OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
FAZENDO TEATRO EM SALA DE AULA COM A LITERATURA DE CORDEL: UM INCENTIVO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E À REFLEXÃO CRÍTICA
Autor Simone de Fátima Barros
Disciplina (ingresso no PDE) Artes 2014/ 2015
Escola de implementação do
Projeto e sua localização
Colégio Estadual José Ermírio de Moraes,
localizado na Rua Belmiro Gouveia, 260 –
Tacaniça – Rio Branco do Sul.
Município da Escola Rio Branco do Sul
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte
Professor Orientador Profª Ms Elvira Fazzini da Silva
Instituição de Ensino Superior Universidade do Estado do Paraná – câmpus I
Relação interdisciplinar
Resumo A presente unidade didática traça como linha de estudo o uso do teatro em sala de aula na disciplina de artes, procura resgatar o gosto dos alunos por esta técnica utilizando-se de ferramentas como a sátira e a improvisação, estão presentes na Literatura de Cordel, que direciona a pesquisa e conduz as intervenções. O objetivo aqui estabelecido é que o educando tenha condições de conhecer e apreciar o fazer artístico, possibilitando a percepção de mundo sob diferentes perspectivas, além de identificar a cultura popular. O improviso – característica da Literatura de Cordel – propicia maior liberdade de expressão, possibilidade de criação, amplia as formas de encenação e aproximação com culturas que fazem parte da realidade do aluno. Com a proposta de intervenção para uma turma de sétimo ano, no Colégio Estadual José Ermírio de Moraes, fundamentada na Literatura de Cordel e demais autores que estudam a técnica do improviso, a fim de conquistar e atrair o interesse e gosto do aluno pela arte, em específico pelo teatro.
Palavras-chave Teatro; Literatura de Cordel; Improviso; Artes
Formato do Material Didático Caderno Pedagógico
Público-alvo Alunos do 7º ano do Colégio Estadual José Ermírio de Moraes.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED SUPERINTÊNCIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
FAZENDO TEATRO EM SALA DE AULA COM A LITERATURA DE CORDEL: UM INCENTIVO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E À REFLEXÃO CRÍTICA
SIMONE DE FÁTIMA BARROS
CURITIBA 2014
SIMONE DE FÁTIMA BARROS
FAZENDO TEATRO EM SALA DE AULA COM A LITERATURA DE CORDEL: UM INCENTIVO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E À REFLEXÃO CRÍTICA
Projeto apresentado à Coordenação do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria do Estado de Educação do Paraná, em convênio com a Faculdade de Artes do Paraná – FAP, como requisito para o desenvolvimento das atividades propostas para o biênio de 2014/2015.
Orientadora: Profª Ms Elvira Fazzini
CURITIBA 2014
APRESENTAÇÃO
No cotidiano da docência da disciplina de Arte, atuo exclusivamente na rede
pública de ensino, e neste ambiente convivo com uma realidade que demonstra a
carência de bagagem cultural dos alunos e até mesmo de alguns membros da
comunidade escolar. O acesso ao teatro é praticamente raro, o que dificulta o gosto
e o interesse pela técnica. Tal condição caracteriza esse público como despreparado
para apreciar e aproveitar a riqueza da linguagem teatral como recurso para
interpretar e conhecer a realidade do mundo que os cerca.
O pouco acesso dos alunos à produção artística inviabiliza a formação do
senso crítico, consta nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Arte que “[...]
educar os alunos em arte é possibilitar-lhes um novo olhar, um ouvir mais crítico, um
interpretar da realidade além das aparências, com a criação de uma nova realidade,
bem como a ampliação das possibilidades de fruição” (PARANÁ, 2008, p. 56).
Nas escolas que atuo muitos professores não estão totalmente preparados
para promover uma mudança no ensino da disciplina a ponto de tornar a
aprendizagem significativa; além do que as salas de aula quase sempre com um
número de alunos superior ao que seria ideal e, além disso, os alunos se mostram
pouco envolvidos, muitas vezes eles estão mais interessados nos momentos de
lazer que poderão desfrutar durante a aula enquanto outros colegas preparam o
teatro.
Diante dessa dificuldade busca-se nesta Unidade Didática, propor
intervenções para despertar no aluno do ensino fundamental o interesse para as
atividades teatrais. Para tanto serão propostas atividades com base na Literatura de
Cordel e nas técnicas de improvisação, diante das quais os alunos terão
oportunidade de conhecer os textos desta corrente literária, aproximar-se da
realidade local, desenvolver a criatividade por meio do improviso, fazer uso da sátira
e da crítica social, estratégias potenciais para conquistar o interesse dos alunos e
assim promover maior participação nas aulas de teatro.
MATERIAL DIDÁTICO
Pretende-se nesta Unidade Didática apresentar um planejamento de ações e
um cronograma de atividades para o desenvolvimento do fazer artístico – teatro –
junto a um grupo de alunos do Ensino Fundamental. O objetivo é estabelecer tarefas
que promovam o conhecimento sobre a Literatura de Cordel e estimulem os alunos a
se envolverem mais com o teatro, a ponto de desenvolverem o gosto pela atividade,
para tanto a proposta é de que se faça uso de métodos diferentes do trabalho
convencional realizado em sala de aula nas atividades teatrais. Busca-se não só o
ensino sobre a Literatura de Cordel, mas sim a fusão deste marco cultural com as
técnicas de improviso que podem ser muito bem aproveitadas no teatro.
As atividades propostas ao longo das horas previstas para a intervenção se
dedicam a promover a ampliação do conhecimento cultural, abordando temas
relacionados com a Literatura de Cordel: estudo dos poemas, análise da crítica
social e do regionalismo, a declamação cantada, a impostação da voz, a interação
com o público, aproximação com a técnica da xilogravura, produção de gravuras e
reprodução do ambiente característico do Cordel (gravuras penduras e declamação
dos versos em público). E técnicas teatrais: respiração, voz, posicionamento de
palco e a improvisação.
Com as atividades em andamento será possível avaliar o progresso dos
alunos e a cada reação é possível que adaptações sejam feitas, trata-se de um
material flexível e adaptável com objetivos claros, mas amplos capazes de abranger
as diferentes realidades de sala de aula.
FAZENDO TEATRO EM SALA DE AULA COM A LITERATURA DE CORDEL: UM
INCENTIVO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E À REFLEXÃO CRÍTICA
As DCEs – Arte (PARANÁ, 2008, p. 79) destacam o papel do professor para a
valorização das obras teatrais como bens culturais, enfatizando que “[...] na escola,
as propostas devem ir além do teatro convencional, que não pode ser entendido
somente em seu formato, mas pelas ideologias de uma época que ele simboliza”.
Coelho (1978) defende que todo homem é potencialmente criador, mas a
pressão do meio, dos aspectos culturais, os valores morais, as condições
econômicas e sociais e até algumas limitações psicológicas impostas pela sociedade
restringem a criatividade do indivíduo “chegando mesmo ao ponto de destruí-la por
completo” (p. 1). O autor lembra que inclusive a escola – antes da atual reforma –
encarregava-se desta limitação de opinião e de liberdade de expressão. Ainda bem,
uma série de fatores tem forçado uma modificação profunda nos métodos
tradicionais de ensino e vem cada vez mais permitindo a entrada dos processos de
criatividade nas escolas.
O teatro é ferramenta essencial para o estímulo dessa criatividade, porém se
trabalhado nos velhos moldes imita tal potencial. O improviso, somado a reflexão
crítica, tão presentes na Literatura de Cordel impulsionam essa tão vislumbrada
meta do fazer artístico.
Claro que o estímulo no participante (aluno), depende do papel do orientador
(professor) e da qualidade e organização do material didático. Coelho (1978) lembra
que orientador é aquele que já possui o conhecimento completo e vivenciado do
processo que será apresentado aos participantes e cabe a ele motivar os alunos.
O autor salienta ainda que o sucesso das atividades do material didático para
qualquer intervenção que vise a promoção da criatividade, requer que o orientador
teste os exercícios, uma vez que a consequência do estímulo criativo no participante
dependerá do desenvolvimento das atividades, da forma como serão executadas e
da segurança desse aluno em desenvolvê-las (COELHO, 1978).
Assim sendo, as atividades devem ser colocadas aos alunos de forma
gradual, começando com explanações e aproximação com o tema, vídeos, leitura,
visualização de imagens. Atividades de “aquecimento” que vão fazendo o aluno
submergir no tema.
ATIVIDADES DA UNIDADE DIDÁTICA
Atividade 1 – Conhecendo a Literatura de Cordel
Parte 1 - Explanação teórica sobre o que é a Literatura de Cordel.
Objetivo:
Abordar o histórico, as origens da Literatura de Cordel, colocar o aluno no
mundo dos cordelistas e permitir que passe a pensar como eles.
Desenvolvimento:
A contextualização referente à Literatura de Cordel será feita por meio de
um texto explicativo. Após, será incentivado um debate sobre o tema, com tom de
interpretação do texto lido.
A seguir o texto a ser utilizado na atividade:
Literatura de Cordel, prazer em conhecê-los.
A Literatura de Cordel é conhecida como um gênero popular presente no
Brasil desde o século XIX tem suas origens ligadas com a região de Portugal
(HAURÉLIO, 2012). A origem da Literatura de Cordel é apresentada como sendo
dos romances portugueses em versos, os quais surgiram em expressão oral e
depois foram passados para a escrita (ALVES, 2008).
O gênero faz parte do romanceiro popular do Nordeste, região onde o índice
de letramento é menor, de acesso mais difícil à imprensa. As narrativas, em versos,
eram impressas em papel simples e penduradas num barbante, conhecido como
cordel, encontrou entre os nordestinos, terreno fértil para se propagar. Os cordelistas
divulgavam suas obras em locais de grande movimento, onde o cantador declamava
os versos e, fazendo uma pausa proposital, justamente no clímax da história,
incentivava os populares a comprarem a obra para conhecer o final (ALVES, 2008).
Embora antigos, os textos do cordel se mantem vivos, ainda nos novos
tempos. Mesmo a tecnologia, vista como inimiga do cordel, é hoje uma aliada de
importância, principalmente no que se refere a divulgação e facilidade de acesso
(HAURÉLIO, 2012, p. 12).
Da mesma maneira que faziam os folheteiros, mercando nas praças e nos
locais de grande concentração de público, “os cordelistas da atualidade publicam
parte de seus textos na web e interrompem justamente no momento mais
interessante, estimulando a curiosidade (...)” . (HAURÉLIO, 2012, p. 13).
A Literatura de Cordel é apontada como um gênero secundário, que engloba
o romance, o teatro, o discurso científico, o discurso ideológico, etc. É uma
manifestação artística dentro da cultura popular.
o texto de cordel pode ser usado como um meio, um recurso a mais para a
interlocução do aluno com a sociedade. O cuidado que se deve ter é de apenas não
tomar esse trabalho na escola como um mero pretexto para uma abordagem
puramente gramatical ou mesmo literária, mas sim discuti-lo em toda a sua riqueza,
que envolve questões contextuais, o que serve de ponto de partida para a discussão
dos problemas sociais, históricos, políticos e econômicos do nosso país (ALVES,
2008, p. 106).
O cordel tem o poder de desenvolver o senso crítico do leitor, levando-o a
perceber não só a sua posição no mundo como também a posição do outro,
representada nos diversos contextos sociais. O contato com a Literatura de Cordel
pode ser capaz de proporcionar aos alunos uma ampliação de sua capacidade de
enxergar as diversidades sociais, políticas, econômicas e culturais do país.
Parte 2 – Atividade ilustrativa
Objetivo:
Ilustrar a aula acerca do assunto em questão para reforçar o entendimento
dos alunos e apresentar a eles uma explicação já no formato da narrativa do Cordel.
Desenvolvimento:
É apresentado aos alunos um áudio com texto narrado sobre a Literatura de
Cordel, que leva o seguinte título: “Literatura popular em versos - Os folhetos de
cordel”. A qual está disponível no seguinte endereço eletrônico:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co
_obra=20591.
Atividade 2 – A Literatura no Cordel - Apresentação de vídeo
Objetivo:
Apresentar ao aluno a realidade prática da literatura e as características que
originaram o nome (cordel), realiza uma ilustração lúdica e aguça a curiosidade do
aluno, bem como o interesse em desenvolver atividades sobre o tema.
Desenvolvimento:
Para ilustrar e aproximar os alunos do tema, será feita a apresentação de
um vídeo, que tem cerca de 5 minutos, disponível em
http://m.youtube.com/watch?v=OTxEL9lptW4. O qual mostra como é a Literatura de
Cordel e o formato que ela é apresentada.
Após a apresentação do vídeo, são apresentados alguns folhetos e livros
com textos da Literatura de Cordel para que os alunos manuseiem e façam leitura
livre e observação das rimas, formatos e das gravuras utilizadas nos poemas.
A seguir tela com uma das cenas do vídeo.
A seguir um exemplo de folheto/ texto cordelista a ser apresentado aos
alunos:
Atividade 3 – Conhecendo a Xilogravura
Parte 1 – Contextualização teórica
Objetivo:
Apresentar o histórico da xilogravura, contextualizar a técnica e dar um
suporte teórico aos alunos.
Desenvolvimento:
Apresentar texto e explanação acerca do assunto. O texto que servirá de
base para a aula teórica é apresentado a seguir.
A Xilografia no Brasil
A técnica foi introduzida pelos colonizadores portugueses que aportaram no
Nordeste. Mantendo a influência dos traços medievais da cultura lusitana, a
xilogravura começou a se desenvolver como um meio de obter cópias de imagens e,
aos poucos, incorporou-se à cultura popular, graças à simplicidade com que é
criada. Bem mais tarde, por volta da década de 1930, passou a ilustrar o cordel,
tanto que a maioria dos xilógrafos conhecidos na atualidade provém desse tipo de
literatura, como Abraão Batista, José Costa Leite, J. Borges, Amaro Francisco, José
Lourenço e Gilvan Samico.
O significado de xilografia: A palavra é composta por xilon e grafó, termos
gregos que, respectivamente, podem ser traduzidos por madeira e gravar. Portanto,
de forma simplificada, a xilografia é um processo de impressão que faz uso de um
carimbo de madeira.
Criação xilográfica: O processo tem como base o entalhe de uma imagem
sobre uma placa de madeira que, por sua vez, se torna matriz de reprodução.
Depois, as partes elevadas da matriz recebem uma camada de tinta que,
normalmente, é aplicada com um rolo. Por fim, um pedaço de papel ou de pano de
algodão é posicionado sobre ela para, em seguida, ser pressionado. Dessa forma,
ao mesmo tempo em que o papel ou o pano absorve a tinta, a imagem original
também se transfere para sua superfície, para se revelar em detalhes, em um
processo semelhante ao do carimbo.
Parte 2 – Atividade Prática
Objetivo:
Apresentar técnicas de gravura, desenvolver gravuras em sala de aula.
Desenvolvimento:
Materiais:
Bandejas descartáveis de isopor com a borda já recortada (uma para cada aluno)
Caneta esferográfica que não escreva mais (uma para cada aluno)
Pincel chato (um para cada aluno)
Tintas para artesanato
Folhas no tamanho A4 recortadas ao meio
Passo a passo:
Incentivar o aluno a arranhar a superfície do isopor com a caneta, para formar um
desenho qualquer. Feito isso, explicar que deve ser passada uma camada de tinta
sobre ela.
Posicione e pressionar sobre o isopor impregnado de tinta quantas folhas de papel
forem necessárias, até obter uma impressão perfeita do desenho. Dessa forma,
além de uma matriz original, ela ainda terá uma obra xilográfica de autoria própria
em mãos.
Atividade 4 - Visita ao Centro Cultural Guido Viaro
Objetivo:
Aproximar o aluno da produção de gravuras, aumentar a bagagem cultural do
aluno.
Desenvolvimento:
Os alunos serão levados pela escola, para conhecerem a técnica de gravura
no Centro Cultural Guido Viaro, localizado em Curitiba. Eles farão visitação,
participam de um mini-curso e desenvolvem técnicas de gravura sob a supervisão de
um profissional do museu.
Atividade 5 - Refletindo com a Literatura de Cordel
Objetivo: O vídeo aborda diferenças sociais e promove a reflexão crítica do aluno
acerca das situações representadas no vídeo e que se repetem no cotidiano atual.
Faz a primeira conexão entre o cordel e a dramatização, mostra como eram feitas as
encenações através das gravuras da literatura de cordel.
Desenvolvimento:
Os alunos são convidados a assistir e analisar o filme “A árvore do
dinheiro", disponível em: http://br.youtube.com/watch?v=2p7gMAPwcaU. A seguir
tela com cena do filme:
Após assistirem ao filme os alunos serão convidados a refletir sobre as
seguintes questões:
Pontos para observar no filme e discutir com a turma: O perfil do
personagem principal; exemplos na sociedade; valores expressados na mensagem;
a linguagem: verbal e não verbal e o suporte (animação de gravuras).
Atividade 6 – Colocando em prática – Oficina de Teatro
Objetivo:
No genero teatral, a transmissão das mensagens não é feita exclusivamente
pela fala. Ha também o papel importante da expressão corporal, dos gestos do ator,
que controla e explora o corpo para transmitir as emoçoes imaginadas para as
cenas.Trata-se da atividade base para aulas de teatro (improvisação).
Parte 1 - A linguagem do corpo - faca um cumprimento legal ao seu colega
Desenvolvimento:
Ao som de uma música, os alunos movimentam-se pela sala. Cada vez que a
música parar, eles devem cumprimentar seu colega mais proximo com diferentes
partes do corpo nominadas pelo (a) professor(a). Ex: palma das mãos, cotovelos,
joelhos, quadris, testa, nuca, nariz, pés.
Observação: Ao invés de cumprimentar com as mãos, como normalmente
fazemos, os alunos deverão bater seu joelho no joelho de seu colega e assim por
diante. Devem ocupar todos os lugares da sala.
Avaliacao coletiva e autoavaliacao: E aí? Quantas partes do seu corpo
voce utilizou? Qual a sensação de cumprimentar seu colega utilizando partes de seu
corpo? Foi difícil? Qual foi sua maior dificuldade.
Parte 2 – Atividade de Expressão corporal
Objetivo:
Facilitar e instigar o reconhecimento (individual, grupal e espacial),
entrosamento dos participantes, a disciplinaridade e responsabilidade com o
trabalho realizado, a memória, a aprimoração do poder de concentração, a confiança
mútua, a cumplicidade do jogo cênico e o aquecimento preparatório para cena.
Desenvolvimento:
Os jogadores formam um círculo. Um jogador inicia um movimento. Enquanto
este está em movimento, todos os outros devem ficar parados. Quando o primeiro
interromper seu movimento, deve ficar “congelado” pronto para continuar a fluencia
de seu movimento quando voltar a ser sua vez e então outro inicia outro tipo de
movimento e assim sucessivamente até que retorne ao primeiro que deve voltar a se
movimentar exatamente como antes.
Ilustrar um tema: Dá-se um tema: prisão, por exemplo. Cada ator avança e
sem que outros quatro o vejam faz com o corpo a ilustração desse tema. Depois,
cada um dos quatro vem, cada um da sua vez, e faz a sua própria ilustração, diante
dos companheiros que observam. Por exemplo: o primeiro pode ilustrar o tema
"prisão" ficando deitado, lendo; outro, olhando por uma janela imaginária; um terceiro
jogando cartas; um quarto cozinhando; um quinto olhando com raiva para fora. Outro
tema: igreja. Pode um fazer-se de padre, outro de sacristão, outro de noivo, outro de
turista, etc.
Ao final de todos os exercícios, realizar o relaxamento para que os corpos
voltem ao seu ritmo normal. Todos sentados ou deitados confortavelmente, em
silêncio, numa sala pouco iluminada e com som ambiente, serão seguidos os
seguintes movimentos:
- Todos deverão sentir os dedos e as plantas dos pés, relaxando-se ao máximo.
Respirar profunda e suavemente. - Afrouxar os músculos das pernas e joelhos. -
Fazer o mesmo com o abdome, imaginando ainda que uma grande suavidade
envolve os órgãos digestivos. - O mesmo com o tórax, os ombros, e a nuca mais
demoradamente. - Amolecer os braços as palmas das mãos e os dedos. - Relaxar o
couro cabeludo, e tirar do rosto qualquer ruga de preocupação - Imaginar um lugar
lindo e tranquilo, como um amanhecer no campo. - Pedir a todos que bocejem e se
espreguicem lentamente como gatos.
Atividade 7: Unindo a teoria coma prática. Dramatizando a Literatura de Cordel
Objetivo:
Trabalhar o poema “Historia do Boi Leitão ou o Vaqueiro que não mentia”
através de leitura dramática, utilizando a linguagem da literatura de cordel.
Desenvolvimento:
A turma será dividida em grupos de 5 alunos, para que cada grupo faça a
leitura de uma estrofe, sendo que cada aluno do grupo fica responsável por um
verso.
Aqui deve ser utilizada a técnica da declamação cantada, que os alunos aprenderam
nas aulas teóricas anteriores.
Texto escolhido pelo motivo de ser um texto ao qual induz o leitor a usar o
recurso da oralidade, e a maioria dos alunos tem uma grande dificuldade nesse
aspecto, conduzir para que o educando torne-se um falante competente, que
produza textos usando dos dois maiores artifícios que são o da escrita e a oralidade
adequadamente, por isso esse tema trará maior compreensão para desenvolver a
leitura .
Atividade 8 – Dramatização das cenas do poema: treinando as técnicas de
improvisação
Objetivo:
Unir todas as técnicas aprendidas em uma dramatização improvisada
Desenvolvimento:
Agora os alunos devem unir a expressão oral e corporal, utilizando o
improviso para representar as cenas e acontecimentos do poema. Além de declamar
o poema de forma cantada devem encenar cada situação usando movimentos
improvisados e até mesmo elementos cênicos.
REFERÊNCIAS ALVES, Roberta Monteiro. Literatura de Cordel: por que e para que trabalhar em sala de aula. Revista Fórum Identidades. Ano 2, Volume 4 – p. 103-109 – jul-dez/ 2008. BRANDÃO, Téo. Seis contos populares do Brasil. Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Folclore; Maceió, Universidade Federal de Alagoas, 1982, p.111-113 COELHO, Paulo. O teatro na educação. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1978. HAURÉLIO, Marco. Antologia do cordel brasileiro. São Paulo: Global, 2012.
KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos Teatrais. São Paulo: Perspectiva, 2001.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. Curitiba: SEED, 2008. JAPIASSU, Ricardo Ottoni Vaz. Metodologia do ensino de teatro. 4. ed. Campinas,SP: Papirus, 2001 SLADE, Peter. O jogo dramático infantil. São Paulo: Summus, 1987.
SPOLIN, Viola. Jogos teatrais para a sala de aula: um manual para o professor. 2 ed. São
Paulo: Perspectiva, 2010.