Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Título: Linguagem Fílmica: Uma Proposta de Reflexão sobre a Prática do Bullying
Autor Eliane Rose Monteiro
Disciplina/Área Pedagogia
Escola de implementação do Projeto
Colégio Estadual “Senador Moraes de Barros” – EFM – Rua Álvares Cabral
Município da escola
Jussara
Núcleo Regional da Educação
Cianorte
Professor Orientador
Teresa Kazuko Teruya
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual de Maringá - UEM
Relação Interdisciplinar
Resumo
Este Projeto de Intervenção Pedagógica foi elaborado com base nos estudos realizados no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) na temática: Pedagogia e Tecnologias Educacionais. O objetivo desta proposta de intervenção pedagógica é propiciar reflexões e análises sobre a prática do bullying por meio da linguagem fílmica com os(as) alunos(as) do Ensino Fundamental. O bullying é um fenômeno que se configura em atitudes agressivas, sejam elas verbais ou físicas, que acontecem de forma repetitiva. Esta prática passou a ocorrer com muita frequência nos ambientes escolares, desta forma, faz-se necessário proporcionar um conhecimento sistemático sobre o bullying aos(às) alunos(as), como possibilidade de amenizar essa situação dentro da escola. Com base no levantamento bibliográfico serão exibidos os filmes selecionados que tratam do tema, a fim de problematizar e analisar suas narrativas com os(as) alunos(as) participantes do projeto de intervenção na escola. As discussões destas narrativas fílmicas têm por finalidade evidenciar o conceito e as consequências desta prática, buscando debater as formas de combate das práticas do bullying no espaço escolar. Os filmes suscitam debates ao entrar em contado com as situações que faz refletir e observar por meio do diálogo que despertam para outras maneiras de pensar e agir sem violência.
Palavras-chave Bullying, linguagem fílmica, ensino e aprendizagem.
Formato do Material Didático
Unidade Didática
Público Alvo Alunos dos 8º anos do Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO
Atualmente cresce em todo o mundo discussões e debates sobre a questão da
violência dentro da escola. A violência escolar ocorre de diversas formas desde
as agressões verbais ou físicas contra alunos(as) e professores(as), além da
depredação do patrimônio escolar e outras. Entretanto, não trataremos de todos
os tipos de violência. O que chama atenção e tem se tornando um problema
mundial no espaço escolar é uma violência que ocorre de forma sutil, intencional
e repetitiva, muitas vezes confundida como uma brincadeira inocente entre
alunos(as), ou seja, o que se denomina de bullying. Estes comportamentos
agressivos que ocorrem nas escolas e que erroneamente são admitidos como
naturais, muitas vezes, são ignorados ou não valorizados pela comunidade
escolar.
A prática do bullying ocorre em qualquer idade e nível escolar. Fante (2011)
afirma que em todo o mundo essa prática está se tornando comum entre crianças
dos primeiros anos de escolarização. Deste modo é mais difundida entre as
crianças menores, ou seja, na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, tanto
na escola da rede pública quanto na rede privada, independente do turno,
situação social da comunidade escolar e localização. A autora ainda afirma que
esta prática ocorre em 100% das nossas escolas, consequentemente o Colégio
Estadual Senador Moraes de Barros de Jussara-Pr. não é diferente desta
realidade, por isso tem enfrentado problemas com relação à prática do bullying.
Aqui, se configura nossa problematização, ou seja, proporcionar um
conhecimento sistemático sobre o bullying aos(às) alunos(as) dos 8º anos do
Ensino Fundamental, do período matutino, para que eles(as) tentem evitar essa
violência dentro da escola.
Muitas vezes, as pessoas que sofrem ou as que testemunham essas atitudes,
principalmente os(as) alunos(as), sentem medo e não denunciam os(as)
agressores(as). Ainda, segundo Lopes Neto (2005), de acordo com pesquisas da
ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à
Adolescência) uma considerável parcela dos(as) alunos(as) admite não saber as
razões que levam à ocorrência de bullying ou acreditam que essa prática é
apenas uma brincadeira, aliás, muitas brincadeiras são violentas.
Na minha trajetória enquanto professora pedagoga dentro da escola, algo que
sempre me incomodou, além de perceber esta prática no ambiente escolar, é o
fato de que a escola é vista como aquela que nunca faz nada para mudar essa
situação e, percebemos claramente na fala dos(das) alunos(as) que quando
procuram a Equipe Pedagógica relatam que já eram agredidos(as) há muito
tempo, só que tinham medo de falar e mais, a escola ou os(as) professores(as),
pedagogos(as) e direção segundo eles(as), “nunca fazem nada mesmo”, por isso
não procuram ajuda com os(as) profissionais da escola.
A prática do bullying, além de ser identificada, necessita ser trabalhada e,
principalmente prevenida em todo o ambiente escolar. Desta forma, a escola
necessita se tornar um ambiente favorável ao desenvolvimento de relações
sociais saudáveis entre os(as) estudantes para uma efetiva socialização e,
qualquer fato que não seja favorável a este contexto deve ser considerado como
objeto de reflexão para possível intervenção.
Daí a necessidade de propiciar momentos de reflexão, onde a linguagem fílmica é
uma possibilidade de promover uma intervenção pedagógica para debater sobre a
prevenção contra o bullying no espaço escolar. Se os/as alunos/as, principais
envolvidos(as), tiverem oportunidades para refletir sobre a violência na escola há
uma chance de evitar as agressões de bullying. Assuntos delicados e complexos
como este fenômeno, fazem parte do cotidiano dos(as) alunos(as), os(as) quais
têm dificuldades em lidar com essa situação. Neste contexto, os filmes suscitam
debates ao entrar em contado com situações que nos obrigam a refletir,
observando e presenciando diálogos, que nos despertam para nossa própria
maneira de pensar e agir.
Neste sentido, este trabalho de implementação visa propiciar reflexões e análises
sobre a prática do bullying por meio da linguagem fílmica com os(as) alunos(as)
dos 8º anos do Ensino Fundamental do Colégio Estadual “Senador Moraes de
Barros” - EFM. Espera-se que com esse conhecimento os(as) alunos(as) tenham
a possibilidade de tentar amenizar essa prática dentro da escola.
Para esta reflexão, este estudo está estruturado em uma unidade didática, onde
serão apresentados alguns aspectos gerais do bullying, como conceitos,
características dos envolvidos, das causas e das consequências desta prática
dentro da escola. Também serão abordadas as contribuições da linguagem
fílmica e dos passos da concepção metodológica proposta por João Luiz
Gasparin, proposta essa que tem como referencial epistemológico a teoria
dialética do conhecimento.
Este estudo convida a pensar na prática do bullying, como amenizá-la e como
conviver melhor com os(as) demais dentro da escola.
1 Violência na Escola: Bullying
O termo bullying é uma palavra inglesa e não tem equivalência na Língua
Portuguesa. Deriva do termo inglês bully que significa valentão, tirano. No Brasil,
a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência
– ABRAPIA, adotou o termo “comportamento agressivo entre estudantes” como
definição de bullying na língua portuguesa (CUBAS, 2006, p. 201). Esta
Associação é a mais importante em nosso país por realizar um programa para
diagnosticar e implementar ações contra a prática deste fenômeno dentro de
escolas.
O bullying não é algo novo, já ocorre há muito tempo, principalmente em
ambientes escolares, só que acontecia de forma esporádica, e hoje, vem
crescendo consideravelmente, tomando proporções e gerando consequências
muito graves. Torna-se um fenômeno novo, no sentido de que vem sendo objeto
de investigação e de estudos somente nestas últimas décadas, devido às
constantes tragédias que assistimos pela mídia, pois o bullying “tem o poder de
desencadear transtornos psíquicos em suas vítimas” o que pode se transformar
em tragédias como as que assistimos pela televisão (FANTE, 2011, p. 24).
Este fenômeno vem cada vez mais se transformando em tragédias. De acordo
com Pereira (2002) ao mesmo tempo em que é muito difícil explicar o que leva à
prática do bullying, é inegável a necessidade de organizar programas de
intervenção para conscientizar as pessoas sobre o risco que correm com essa
prática.
Os primeiros estudos, de acordo com Fante (2011), foram feitos por Dan Olwens
(década de 80), na Noruega e, após suas pesquisas criou-se um programa de
intervenção para desenvolver ações efetivas contra o bullying no ambiente
escolar, procurando detectar o problema, diferenciando-o das brincadeiras
inocentes, indisciplina, buscando envolver mais ativamente os(as) professores(as)
e aumentando a conscientização em torno desta problemática.
Em vários países, o tema passou a ser preocupante e de grande interesse devido
ao seu crescimento e suas consequências assustadoras. No Brasil, este problema
ainda é pouco estudado. “... estamos com pelo menos 15 anos de atraso”
(FANTE, 2011, p.46).
O bullying é definido como:
[...] um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais (FANTE, 2011, p. 29).
Sendo assim, a prática do bullying é caracterizada por atitudes agressivas,
repetitivas, por um período prolongado de tempo contra uma mesma vítima e por
desequilíbrio de poder, o(a) agressor(a) agride uma vítima que ele(a) julgue
psicológica ou fisicamente mais fraca e sempre, em locais que não há a presença
de adultos. Desta forma, o termo bullying “expressa qualquer comportamento
agressivo, cruel, proposital e sistemático presente nas relações interpessoais”
(SILVA, 2010, p. 22). Pereira também ressalta que o bullying parte de “uma
vontade consistente e desejo de magoar ou amedrontar alguém quer física, verbal
ou psicologicamente” (PEREIRA, 2002, p. 17).
A vítima dificilmente conta para outras pessoas, sejam elas pais ou
professores(as), pois o medo ou por acreditar que ela não tem valor e é
merecedora dos ataques.
O medo constante e repetitivo bloqueia a agressividade e o bom funcionamento mental, prejudicando as funções de raciocínio, abstração, interesse por si mesmo e pelo aprendizado, além de estender-se a outras faculdades mentais ligadas à autopercepção, concentração, autoestima e capacidade de interiorização (FANTE, 2011, p.24).
As vítimas, principalmente os(as) alunos(as), além de terem prejuízos no seu
desenvolvimento psicológico e emocional, apresentam comprometimento no seu
processo social e educacional.
Essa prática, afirma Lopes Neto (2005), pode ainda ser caracterizada como
bullying direto (agressões físicas, tomar pertences, colocar apelidos, ofensas
verbais) e indireto (difamações, indiferença, isolamento, exclusão, atitudes
preconceituosas). Para Fante (2011), as agressões indiretas são as que provocam
maiores prejuízos para a vítima, pois podem criar traumas irreversíveis.
Em suas pesquisas a autora constatou que a maior ocorrência da prática do
bullying acontece em sala de aula e que os meninos praticam mais que as
meninas, portanto os maiores agressores são do sexo masculino. Para ela, um
fator preocupante e que precisa ser refletido dentro da escola é a falta de
capacitação dos(as) professores(as) para lidarem com esse fenômeno em sala de
aula, muitos com isso negam a prática ou caracterizam-na como algo normal do
crescimento e amadurecimento dos(as) alunos(as), o que se transforma em algo
muito perigoso e com consequências danosas. Segundo Cubas (2006) tanto
vítimas como agressores(as), carregam as consequências do bullying para a vida
adulta e ainda, podem repassá-las às gerações seguintes.
No contexto desta prática de agressividade os(as) alunos(as) envolvidos(as) são
identificados(as) como vítimas, agressores(as) e espectadores(as). Lopes Neto
(2005) denomina as vítimas como alvos, os(as) agressores(as) como autores(as)
e os espectadores(as) como testemunhas do bullying, de acordo com a
classificação da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à
Adolescência (ABRAPIA).
Segundo Fante (2011), muitos estudiosos desta violência, classificam a vítima
como típica, provocadora e vítima agressora.
A vítima típica é aquela que tem dificuldade para se socializar, não consegue
reagir às agressões, é frágil, muitas vezes não tem habilidades motoras para os
esportes, é insegura, tímida, com baixa autoestima. Não consegue se impor
perante ao grupo. E dificilmente conta a alguém o que está acontecendo com ela.
É considerada um alvo fácil para o(a) agressor(a). Para Cubas (2006) esse tipo
de vítima tem como principal característica não ser violenta e nem provocativa.
Já a pessoa que é classificada como vítima provocadora, sofre agressões devido
às provocações que ela própria faz. Geralmente, é aquela que cria tensões em
sala de aula. Ela provoca e depois não consegue resolver a situação.
A vítima que reproduz a violência que ela sofre, é segundo esta classificação,
nomeada como vítima agressora. É aquela que por sofrer agressões, procura
alunos(as) mais fracos(as) que ela, para praticar agressão. Para Lopes Neto
(2005), a vítima pode apresentar, mesmo que seja raro, atitudes de
autodestruição e de vingança.
O(a) agressor(a) é aquele(a) que agride os(as) mais fracos(as). Não tem empatia,
tem pouco ou nenhum relacionamento afetivo. É impulsivo(a), não aceita regras,
irrita-se facilmente e não sabe lidar com perdas, frustrações. Geralmente é
fisicamente mais forte do que suas vítimas, principalmente no caso dos meninos.
Em muitos casos, os(as) agressores(as) são de famílias que usam a violência
para resolver qualquer tipo de problema. Segundo Lopes Neto (2005), o(a)
agressor(a) é popular e sente prazer e satisfação em dominar, controlar, em fazer
os(as) outros(as) sofrerem. Ele(a) mantém um pequeno grupo de alunos(as) em
torno dele(a), o qual atua como auxiliar em suas agressões. Estes(as) alunos(as),
tidos como seguidores(as), dificilmente tomam a iniciativa de agredir, são
inseguros(as) e ansiosos(as), se deixam subordinar para se proteger do(a)
agressor(a) ou pela satisfação em pertencer ao grupo. De acordo com Silva
(2010) os(as) agressores(as) utilizam o abuso do poder, a intimidação e a
prepotência, como estratégias para se imporem e dominarem suas vítimas.
Dessa forma, os(as) agressores(as)
[...] possuem em sua personalidade traços de desrespeito e maldade e, na maioria das vezes, essas características estão associadas a um perigoso poder de liderança que, em geral, é obtido ou legitimado através da força física ou de intenso assédio psicológico [...] O que lhes falta, de forma explícita, é afeto pelos outros (SILVA, 2010, p. 43-44).
O(a) espectador(a) é aquele(a) que testemunha a prática do bullying. Ele(a) não
interfere e nem denuncia, pois teme se transformar em uma vítima, até porque
não sabe como lidar com a situação e nas palavras de Lopes Neto (2005) por não
acreditar nas atitudes da escola.
Muitas testemunhas acabam acreditando que o uso de comportamentos agressivos contra os colegas é o melhor caminho para alcançarem a popularidade e o poder e, por isso, tornam-se autores do bullying. Outros podem apresentar prejuízo no aprendizado; receiam ser relacionados à figura do alvo, perdendo seu status e tornando-se alvos também; ou aderem ao bullying por pressão dos colegas (LOPES NETO, 2005, p. 168).
Já que esta violência é caracterizada pelo silêncio, portanto, oculta, segundo
Fante (2011) é preciso estar atento aos sinais que denotam esta prática. Silva
(2010) ressalta que é muito importante identificar os(as) alunos(as) que são
vítimas, agressores(as) ou espectadores(as) para que os(as) profissionais da
educação e as famílias dos(as) envolvidos(as) tenham condições de criar
estratégias e ações contra o bullying.
Desta forma, Fante (2011) classifica alguns sinais comportamentais,
fundamentada no pesquisador Dan Olweus, que identifica o indivíduo que está
sofrendo com essas agressões dentro da escola. Dentre eles: o(a) aluno(a) fica
isolado(a) durante o recreio ou procura sempre ficar próximo de um adulto;
apresenta dificuldade em falar na sala de aula, mostra-se inseguro(a) e
ansioso(a); nas aulas de educação física sempre é o(a) último(a) a ser
escolhido(a) para os jogos; sempre está contrariado(a), triste, deprimido(a) ou
aflito(a); começa a não apresentar as tarefas e a faltar às aulas; aparece, muitas
vezes, com ferimentos, contusões, roupa rasgada e perde constantemente os
seus pertences.
Os(as) agressores(as) também apresentam sinais que os(as) identificam, como:
são aqueles(as) que sempre fazem brincadeiras ou gozações, rindo dos(as)
outros(as); coloca apelidos, insulta, menospreza, ridiculariza, difama; faz
ameaças, agride de todas as formas; pega pertences sem consentimento.
Segundo Pereira (2002) experienciar o bullying, quer como vítima, quer como
agressor(a) ou espectador(a), tem consequências negativas imediatas com
reflexos ao longo da vida.
Pereira (2002) relaciona algumas das consequências para as vítimas como para
os(as) agressores(as) do bullying.
Consequências para a(s) Vítima(s)
Vidas infelizes, destruídas, sempre sob a sombra do medo;
perda de autoconfiança e confiança nos outros,falta de auto-estima e autoconceito negativo e depreciativo;
vadiagem;
falta de concentração;
morte (muitas vezes suicídio ou vítima de homicídio);
dificuldades de ajustamento na adolescência e vida adulta, nomeadamente problemas nas relações íntimas. Consequências para o(s) Agressor(es)
Vidas destruídas;
crença na força para solução dos seus problemas;
dificuldade em respeitar a lei e os problemas que daí advêm, compreendendo as dificuldades na inserção social;
problemas de relacionamento afectivo e social;
incapacidade ou dificuldade de autocontrole e comportamentos anti-sociais (PEREIRA, 2002, p. 25).
Cabe ressaltar ainda que, com os avanços tecnológicos, o bullying se evidencia
também pelas redes, por exemplo, o ciberbullying, quando se utiliza os
equipamentos para propagar calúnias e malidicências.
Diante deste fenômeno, como já foi exposto, é necessário que, segundo Silva
(2010), inicialmente, os(as) profissionais da educação reconheçam a existência
do bullying no ambiente escolar e tomem consciência das consequências
gravíssimas que essa prática pode trazer para o desenvolvimento
socioeducacional e para a estruturação da personalidade dos(as) estudantes.
Desta forma é necessário que a escola procure meios para se informar sobre as
formas que possibilitam saber o que os(as) alunos(as) pensam sobre o bullying,
quais suas experiências, quais conhecimentos possuem e desenvolver
estratégias de intervenção e prevenção desta prática dentro da escola. Para tanto,
é preciso que a comunidade escolar, principalmente, os(as) alunos(as) tenham
consciência e conhecimento da existência e, sobretudo, do que é e das
consequências do bullying. Para Cubas (2006) além das vítimas e dos(as)
agressores(as), a escola também é afetada se não há nenhuma intervenção com
relação à prática do bullying. Os(as) alunos(as) começam a se sentir
insatisfeitos(as) e inseguros(as) com relação à escola, além de passarem a
considerar esse tipo de violência como algo natural, o que propicia a ocorrência
de futuros casos mais graves e frequentes do bullying.
A falta de conhecimento sobre a existência, o funcionamento e as consequências do bullying propicia o aumento desordenado no número e na gravidade de novos casos, e nos expõe a situações trágicas isoladas ou coletivas que poderiam ser evitadas (SILVA, 2012, p. 14).
Para Fante “não existe transformação sem conhecimento” (2011, p.18). Portanto,
os(as) alunos(as) precisam conhecer os malefícios causados pelo bullying para
termos uma possibilidade de evitar essa prática dentro da escola. Desta forma, é
importante proporcionar debates e aprofundamento deste conhecimento de forma
sistematizada, visando mudanças de atitude.
A operacionalização do conceito de “bullying” parece-nos particularmente importante, dado poder existir o risco de o confundir com outras formas de comportamento agressivo que é normalmente expresso em determinadas idades, principalmente entre os 7 e os 14 anos; ou ainda, com brincadeiras agressivas activas de grande expansividade e envolvimento físico dos intervenientes, mas em que não existe a intencionalidade de magoar ou causar danos (PEREIRA, 2002, p. 17).
Para Silva (2010), é importante criar ações que sejam capazes de mostrar aos(às)
alunos(as) o valor da paz e da tolerância, bem como do respeito ao(à) outro(a) e à
vida em suas diversas manifestações.
2 Linguagem Fílmica: Possibilidades na Implementação do Projeto
Na sociedade atual, a tecnologia invadiu o nosso cotidiano e, já não conseguimos
nos imaginar sem fazer uso dela, na escola também presenciamos a entrada de
muitos instrumentos tecnológicos, principalmente os trazidos pelos(as)
próprios(as) alunos(as). É uma realidade que não pode mais ser negada pelos(as)
profissionais da educação, e se faz necessário que eles(as) passem a utilizar
essa tecnologia a favor do processo de ensino e, principalmente a favor do
processo de aprendizagem.
A escola não pode estar centrada em si mesma diante das constantes mudanças, que ocorrem na sociedade e na vida contemporânea das pessoas. O terceiro milênio é a era das novas tecnologias. Na sociedade capitalista em que vivemos, a mídia ocupa um espaço bastante significativo na vida das pessoas. Sendo assim, a escola não pode ficar alheia a essa realidade, ignorando que as crianças e jovens estão em contato, mesmo antes da escola, com produções da indústria cultural. Surge então a necessidade de novos procedimentos teórico metodológicos, envolvendo as práticas pedagógicas com as novas tecnologias de informação (VIGLUS, 2009, p. 4).
Neste contexto, um recurso tecnológico que poderá ser usado a favor da
aprendizagem constitui-se pelo uso da linguagem fílmica em sala de aula. Assim,
a utilização de filmes é uma possibilidade de problematizar e refletir com os(as)
alunos(as) sobre a prática do bullying no ambiente escolar, pois as narrativas
fílmicas propiciam discussões sobre um assunto que necessita ser
problematizado.
Atualmente a imagem surge como uma das tecnologias que mais influenciam o pensamento e a formação do indivíduo, por isso a educação, aliada às novas tecnologias, tem como papel principal o desenvolvimento de um saber crítico e consciente por parte de nossos alunos onde eles têm a oportunidade de tornarem-se sujeitos analíticos e construtores do conhecimento (VIGLUS, 2009, p. 20).
Para Fabris (2008) quando assistimos a um filme, seja para lazer ou para análise,
esta ação é precedida de aprendizagens específicas.
Os filmes são produções em que a imagem em movimento, aliada às múltiplas técnicas de filmagem e montagem ao próprio processo de produção e ao elenco selecionado, cria um sistema de significações. São histórias que nos interpelam de um modo avassalador porque não dispensam o prazer, o sonho e a imaginação. Elas mexem com nosso inconsciente, embaralham as fronteiras do que entendemos por realidade e ficção (FABRIS, 2008, p. 118).
Deste modo, os filmes são artefatos culturais. Para Fabris (2008), eles ensinam e
favorecem o conhecimento da sociedade em que vivemos, contribuindo desta
forma, para a criação de significados culturais. Enquanto textos culturais podem
servir como uma ferramenta para analisar a realidade social e despertar reflexões.
As narrativas fílmicas devem ser consideradas “como um artefato cultural que
permite a problematização de questões sociais em sala de aula para além dos
conteúdos escolares...” (TERUYA; FELIPE, 2013, p. 133).
Através dos filmes os(as) alunos(as) têm a possibilidade de vivenciar outras
realidades, novas narrativas, que segundo Teruya e Felipe (2013), contestam as
“narrativas hegemônicas, apresentadas como verdades universais” (TERUYA,
FELIPE, 2013, p. 133).
As linguagens da TV e do vídeo respondem à sensibilidade dos jovens e da grande maioria da população adulta. São dinâmicas, dirigem-se antes à afetividade do que à razão. O jovem lê o que pode visualizar, precisa ver para compreender. Toda a sua fala é mais sensorial-visual do que racional e abstrata. Lê, vendo (MORAN, 1995).
O filme se torna uma ferramenta pedagógica muita atrativa e pode instigar
sentimentos e propiciar “[...] novas ações e novos posicionamentos sociais e
políticos” (TERUYA; FELIPE, 2013, p. 134).
Outro ponto a ser considerado, pelos autores, é o estabelecimento de um objetivo
para a projeção de filmes, pois a falta dele pode levar os(as) alunos(as) a verem o
filme como diversão, entretenimento. E, o que é pior, pensarem que é um
momento de enrolar a aula, ocasionando a perda da dimensão pedagógica da
utilização de filmes em sala de aula. Deste modo, para se ter a valorização da
cultura dos diversos sujeitos históricos, a escola deve ser um espaço da
diversidade, pois tem a função de proporcionar aos(às) alunos(as) um ambiente
de valorização e de respeito pelo(a) outro(a), pelo diferente. (TERUYA; FELIPE,
2008).
Para Teruya (2006) as imagens reproduzidas pela televisão e a utilização
pedagógica dos filmes como fontes históricas são ferramentas muito válidas para
a compreensão e construção de um conhecimento. Entretanto, segundo a autora,
a utilização dos recursos audiovisuais só terá eficiência se o(a) professor(a) tiver
uma boa fundamentação teórica e metodológica que propicie reflexões sobre o
tema a ser trabalhado.
A autora complementa ainda que a utilização do vídeo contribui positivamente
com o processo de ensino e aprendizagem, porém é necessário que o(a)
professor(a) prepare os(as) alunos(as) para a realização de uma leitura crítica no
contexto do conteúdo escolar trabalhado na sala de aula.
Desta forma, o filme se torna uma fonte importante, desde que sejam feitas antes
da projeção, reflexões sobre o tema a ser abordado e “haja preocupação em
mostrar o conteúdo com mensagens que contribuam para enriquecer a discussão
sobre o assunto” (TERUYA, 2006, p. 96).
3 Contribuições da Nova Didática da Pedagogia Histórico-Crítica
Considerando que nas últimas décadas a Pedagogia Histórico-Crítica é uma
possibilidade de melhorar o processo educativo e resgatar a importância da
escola, optou-se na implementação do projeto na escola, ter como suporte
teórico-metodológico a Didática da Pedagogia Histórico-Crítica proposta por
Gasparin (2012). Sua proposta fundamenta-se na Teoria Dialética do
Conhecimento e na Teoria Histórico-Cultural.
Deste modo, o método dialético de construção do conhecimento escolar constitui-
se na relação entre prática, teoria e prática, ou ainda, partindo do nível de
desenvolvimento atual dos(as) alunos(as) para trabalhar a zona de
desenvolvimento próximo, a fim de chegar a um novo nível de desenvolvimento
atual. A Teoria Histórico-cultural que constituem as partes do trabalho
metodológico proposto por Gasparin, foi inspirado nos passos da Pedagogia
Histórica-crítica elaborados por Demerval Saviani.
Deste modo nossa proposta de intervenção metodológica pretende seguir os
passos estruturados por Gasparin (2012):
1º Passo - Prática Social Inicial: É o momento que os(as) alunos(as) são
mobilizados a perceberem relações entre o conteúdo a ser trabalhado e a
realidade cotidiana, é o momento da contextualização, buscando despertar assim
o interesse dos(as) alunos(as) pelo conteúdo. Tem como ponto de partida aquilo
que os(as) alunos(as) já sabem. Esses conhecimentos possuem níveis
diferenciados de compreensão da mesma prática social, uma visão sincrética.
Este passo é desenvolvido, portanto, em dois momentos básicos: o(a)
professor(a) primeiramente anuncia aos(às) alunos(as) o conteúdo a ser
trabalhado e seus respectivos objetivos, após
Dialoga com os educandos sobre o conteúdo, busca verificar que domínio já possuem e que uso fazem dele na prática social cotidiana. É a manifestação do estado de desenvolvimento dos educandos, ocasião em que são expressas as concepções, as vivências, as percepções, os conceitos, as formas próximas e remotas de existência do conteúdo em questão (GASPARIN, 2012, p. 20).
Este momento do diálogo permite ao(à) professor(a) verificar o grau de
compreensão que os(as) alunos(as) possuem sobre o conteúdo. E ainda, busca
estimular a curiosidade dos(as) mesmos(as), fazendo com que eles(as) digam o
que gostariam de saber a mais sobre o que será estudado. Também é necessário
considerar que, neste primeiro passo,
Tanto os conhecimentos prévios que os alunos manifestam em sala de aula como suas curiosidades sobre o tema não são em si definidores do conteúdo científico que deverão aprender. Seus interesses específicos e particulares não constituem o centro do trabalho pedagógico, mas, sim, o ponto de partida. Se o professor se mantiver preso aos interesses imediatos dos educandos, poderá permanecer na superficialidade (GASPARIN, 2012, p. 29).
2º passo - Problematização: consiste no questionamento da prática social, da
realidade e também do conteúdo, portanto, na explicitação dos principais
problemas postos pela prática social com relação ao conteúdo a ser trabalhado.
A Problematização tem como finalidade selecionar as principais interrogações levantadas na prática social a respeito de determinando conteúdo. Essas questões, em consonância com os objetivos de ensino, orientam todo o trabalho a ser desenvolvido pelo professor e pelos alunos (GASPARIN, 2012, p. 35).
Após uma breve discussão sobre esses problemas, os(as) alunos(as) tomarão
conhecimento das razões pelas quais o conteúdo necessita ser aprendido, razões
estas que se transformarão em questões problematizadoras, as quais explicitam
as dimensões (científica, conceitual, histórica, cultural, ética, política, social,
religiosa, etc.) do conteúdo a serem trabalhadas.
3º passo - Instrumentalização: Pela mediação do(a) professor(a) os(as)
alunos(as) se apropriarão do conhecimento científico, ou seja, os conteúdos serão
transmitidos de forma sistematizada visando a aprendizagem pelos(as)
alunos(as).
Este terceiro passo do método realiza-se nos atos docentes e discentes necessários para a construção do conhecimento científico. Os educandos e o educador agem no sentido da efetiva elaboração interpessoal da aprendizagem, através da apresentação sistemática do conteúdo por parte do professor e por meio da ação intencional dos alunos de se apropriarem desse conhecimento (GASPARIN, 2012, p. 49).
É neste momento que professor(a) e alunos(as) buscarão respostas para os
problemas encontrados na prática social inicial e na problematização. Deste
modo, o(a) professor(a), por meio de ação intencional e planejada, proporcionará
aos(às) alunos(as) atividades que visem a apropriação do conhecimento a ser
adquirido. Poderá neste processo dispor dos mais variados recursos para atingir
este objetivo.
4º passo - Catarse: É o momento em que os(as) alunos(as) demonstram
oralmente ou por escrito a compreensão do conteúdo que foi trabalhado.
A Catarse é a síntese do cotidiano e do científico, do teórico e do prático a que o educando chegou, marcando sua nova posição em relação ao conteúdo e à forma de sua construção social e sua reconstrução na escola. É a expressão teórica dessa postura mental do aluno que evidencia a elaboração da totalidade concreta em grau intelectual mais elevado de compreensão. Significa, outrossim, a conclusão, o resumo que ele fez do conteúdo aprendido recentemente. É o novo ponto teórico de chegada; a manifestação do novo conceito adquirido (GASPARIN, 2012, p. 124).
Nesta fase, os(as) alunos(as) farão uma síntese mental, um resumo, buscando
comparar o seu conhecimento inicial e o que aprenderam, de acordo com as
dimensões do conteúdo que foram estudadas.
5º passo - Prática Social Final: Os(as) alunos(as), de posse dos novos
conhecimentos científicos, assumirão novas atitudes práticas e uma proposta de
ação a partir do que foi aprendido.
A Prática Social Final é a nova maneira de compreender a realidade e de posicionar-se nela, não apenas em relação ao fenômeno, mas à essência do real, do concreto. É a manifestação da nova postura prática, da nova atitude, da nova visão do conteúdo no cotidiano. É, ao mesmo tempo, o momento da ação consciente, na perspectiva da transformação social, retornando à Prática Social Inicial, agora modificada pela aprendizagem. (GASPARIN, 2012, p. 143).
Os(as) alunos(as) levarão à prática, ou seja, para fora da sala de aula, os novos
conhecimentos científicos adquiridos.
4 Os filmes na implementação do Projeto
Os filmes selecionados retratam cenas que estimulam reflexões sobre o conceito
de bullying, características dos(as) envolvidos(as), as consequências físicas e
psicológicas causadas com essa violência, além de levar-nos a refletir sobre o
respeito pelo ser humano, pela diversidade.
a) Ponte para Terabítia
Gênero: Aventura
Origem: Estados Unidos
Ano: 2007
Duração: 94 minutos
Direção: Gabor Csupo
Sinopse: O filme “Ponte para Terabítia” conta a história de Jesse Aarons (Josh
Hutcherson), um garoto que vive com seu pai, sua mãe e quatro irmãs. Uma
família humilde que passa por grandes dificuldades financeiras. Jesse é um
garoto solitário, tem uma baixa autoestima, sente que seus pais dão mais atenção
às suas irmãs do que para ele. Na escola é alvo de bullying por ser um garoto
simples. Sempre é perturbado pelos(as) outros(as) alunos(as) em sala de aula, no
recreio, no ônibus escolar. Ele e muitas outras crianças são humilhados por
Janice Avery (Lauren Clinton), considerada a valentona da escola, mas também é
uma menina que tem problemas, principalmente em casa, pois sofre agressões
do pai.
A vida de Jesse muda completamente quando conhece Leslie Burke (AnnaSophia
Robb), uma garota que muda para sua cidade, filhas de pais escritores, que
também por a acharem “diferente”, possuidora de uma imaginação muito fértil, se
torna tão excluída quanto ele. Mas Leslie tem uma postura diferente de Jesse,
não se sente tão triste, procura ignorar aqueles que a ofende. Entretanto, como
Jesse, não conta para ninguém o que acontece com ela. Estudando na mesma
classe e sendo vizinhos eles acabam se aproximando.
Quando têm a ideia de criar um lugar que seja só deles, longe daqueles que os
humilham na escola, eles acham o lugar perfeito e criam Terabítia. Nesse lugar
eles são tudo o que desejam ser, são fortes, ágeis, espertos, não têm medo de
nada, ao contrário do que são na vida real.
b) Um Grande Garoto
Gênero: Comédia
Origem: Inglaterra
Ano: 2002
Duração: 101 minutos
Direção: Chris Weitz e Paul Weitz
Sinopse: Will Freeman (Hugh Grant) é um homem de mais menos uns trinta anos
que nunca tem relacionamentos duradouros. Então ele vai a uma reunião de pais
solteiros para poder conhecer mães solteiras. Nessa reunião Will inventa ter um
filho e conhece uma mulher. Através deste relacionamento, Will conhece o jovem
Marcus (Nicholas Hoult), um garoto de 10 anos, o qual tem muitos problemas em
casa e na escola. Marcus sofria agressões constantes de alunos dentro de sua
escola, por causa do seu modo de ser e de se vestir. Sua mãe é depressiva e ele
sente a obrigação de não trazer mais problemas para ela. Seu pai é ausente. É
um menino que possui baixa autoestima e é muito introvertido.
Com o tempo Will e Marcus se envolvem cada vez mais, aprendendo que um
pode ensinar muito ao outro.
c) Inimigos para Sempre
Gênero: Comédia
Origem: Estados Unidos
Ano: 1996
Duração: 90 min
Direção: Steve Miner
Sinopse: O filme narra a história de David interpretado por Rick Moranis e Rosco
interpretado por Tom Arnold. A história se passa em Hanstings, Minnesota, uma
pequena cidade à beira do rio Mississipi. As primeiras cenas retratam David
quando criança, especificamente na 4ª série primária. David Leary e seus amigos
Ulf, Gerry e Alan eram alvos das piadas e brincadeiras de outras crianças,
principalmente de Rosco, o valentão do bairro. David era agredido tanto física
como psicologicamente.
Um certo dia, seus pais revelam que iriam mudar para outra cidade. Foi o dia
mais feliz da vida de David, tanto que ele tomou coragem, sabendo que Rosco
não poderia mais agredi-lo e o denunciou pelo roubo da “pedra lunar”, a qual
estava em exposição na escola.
David muda-se para Oakland, na costa oeste e Rosco é mandado para um
reformatório. Já adulto, David torna-se um escritor, vive com seu um filho, pois foi
abandonado pela esposa. Certo dia ele recebe uma carta da escola Hasting, onde
passou sua infância, convidando-o para ser professor de redação criativa. Ele
aceita e muda-se com seu filho Ben, com o qual não tem uma relação muito boa.
Lá reencontra seu antigo rival, Rosco, que também é professor da escola. Rosco
tem uma vida uma pouco conturbada, vive com sua mulher e cinco filhos. Então
retomam a antiga rixa. E, seus filhos também.
d) Cuidado com meu Guarda-Costas
Gênero: Drama
Origem: Estados Unidos
Ano: 1980
Duração: 96 min
Direção: Toni Bill
Sinopse: O filme narra a história de Clifford Peach (Chris Makepeace), um garoto
que muda com seu pai para uma nova cidade. Seu pai torna-se gerente de um
grande Hotel, lugar onde moram. Ele é um homem muito ocupado com seu
trabalho. Sua avó também mora com eles. Ela é uma senhora que apresenta
atitudes não muito adequadas para sua idade e acaba causando problemas para
seu pai, mas é muito feliz e dá muita atenção para Clifford.
Em seu primeiro dia de aula, Clifford já começa a ter problemas na escola. Moody
(Matt Dillon), considerado o valentão da escola, passa a persegui-lo. Clifford
também conhece um menino que se torna seu amigo e aconselha-o a ficar longe
de Moody e também de Linderman (Adam Baldwin), cuja simples presença
intimida alunos e professores.
Após passar por algumas humilhações Clifford acaba contando ao seu pai o que
estava acontecendo na escola. Seu pai liga para o Diretor e pede providências.
Clifford passa então a ter sérios problemas.
Ele também percebe que Moody e seus amigos têm medo de Linderman, o qual
não se relaciona com ninguém, é sempre visto sozinho e por ter uma estatura alta
e forte é considerado pelos alunos mais valentão que Moody. Então tem a ideia
de convidar Linderman para ser seu guarda-costas e aí passam a viver uma
grande história de amizade.
e) Sempre Amigos
Gênero: Drama
Origem: Estados Unidos
Ano:1998
Duração: 108 min
Direção: Peter Chelsom
Sinopse: Maxwell Kane (Elden Henson) é um menino de 14 anos com
dificuldades de aprendizagem. Ele vive com seus avós desde a morte trágica de
sua mãe. É um menino considerado grande, tímido, medroso, solitário e enfrenta
muitos problemas na escola, porque é rejeitado pelos colegas por causa dessa
dificuldade no desempenho escolar. Tudo começa quando Kevin Dillon (Kieran
Culkin) muda-se para sua cidade e torna-se seu vizinho. Kevin é um menino que
tem uma doença degenerativa, que o impede de se locomover, mas
extremamente inteligente. Por causa deste problema, ele se afasta do convívio
social e busca na imaginação e no mundo das letras o seu refúgio. Kevin vive
com sua mãe, a qual sempre lhe apóia. Tanto Max quanto Kevin são alvos de
preconceitos e brincadeiras malvadas. Assim, juntos vivem grandes aventuras,
procurando enfrentar o preconceito das pessoas com quem convivem.
f) Karatê Kid
Gênero: Ação e drama
Origem: Estados Unidos
Ano: 2010
Duração: 140 min
Direção: Harald Zwart
Sinopse: Este Filme narra a história de um menino negro, chamado Dre Parker
(Jaden Smith). Inicialmente ele vive com sua mãe (Taraji P. Henson) num bairro
de Detroit, onde tem muitos amigos e uma vida aparentemente normal. Mas, sua
mãe, que trabalha numa montadora de carros, é transferida para a China. Então
mudam-se para lá. Dre fica muito triste em ter que deixar toda sua vida para trás e
ainda sem saber o que vai encontrar.
Ao chegar à China, no lugar onde passará a morar, Dre é recebido muito bem por
um menino loiro que logo o convida para conhecer o lugar. E, nesse primeiro
passeio de reconhecimento que ele conhece uma menina praticando violino na
praça, Meiyin (Han Wenwen), que logo torna-se sua grande amiga, apesar das
dificuldades devido às diferenças culturais. A aproximação deles provoca a
irritação de Cheng (Zhenwei Wang), que lhe dá uma surra usando a técnica do
kung fu. Cheng será um transtorno em sua vida. Este menino o perseguirá e o
agredirá. Dre passará a sofrer bullying na escola. E, neste momento de problemas
que também conhece o Mr. Han (Jackie Chan), um homem que trabalha no
condomínio onde mora e, que juntos passarão a viver uma grande história. Mr.
Han ensinará muitas coisas a Dre, inclusive a verdadeira arte do Kung Fu.
g) O Galinho Chicken Little
Gênero: Animação e Comédia
Origem: Estados Unidos
Ano: 2005
Duração: 81min
Direção: Mark Dindal
Sinopse: Chicken Little (no Brasil: O Galinho Chicken Little) é um filme de
animação da Walt Disney Feature Animation, gerado por computador (CGI), e
lançado pela Walt Disney Pictures e Buena Vista em 4 de novembro de 2005. Foi
dirigido por Mark Dindall.
O Galinho Chicken Little, no início do filme, ao tocar o sinal da escola, pede para
todos correrem, pois suas vidas estavam em perigo. Todos ficam em pânico, há o
maior tumulto. Quando pedem explicações, ele justifica que um pedaço do céu
tinha caído em sua cabeça. Assim ele passa a ser visto como um mentiroso,
tornando-se alvo de piadas por todos da escola, principalmente pela Raposa
Rosa e sua amiga Gansa Pança e, por toda a cidade.
Na tentativa de acabar com o mal entendido e provar que estava falando a
verdade, principalmente para reconquistar o respeito do seu pai, o Galinho
Chicken Little passa a praticar Beisebol. Mas, em um campeonato, ele se depara
novamente com o pedaço do céu que havia provocado toda a antiga confusão,
que na verdade era uma nave, com dois alienígenas, que estavam procurando
seu filho Kirby”. O Galinho, junto com seus amigos, que também eram alvos de
piadas, a Hebe Marreca que era chamada de “Rata feia” por causa de seus
dentes, o Raspa de Tacho, considerado o menor de sua família e o Peixe Fora
D’água, o qual usava um capacete cheio de água e não fala, tentam encontrar e
devolver o filho alienígena para salvarem a cidade e, consequentemente, provar
que ele nunca tinha mentido.
h) A Peste de Janice
Gênero: Drama
Origem: Brasil
Ano: 2007
Duração: 15 min – Curta-metragem
Direção: Rafael Figueiredo
Sinopse: O filme narra a história de duas meninas de 8 anos, Virginia e Janice,
que estão começando um novo ano escolar. Janice é filha da faxineira da escola
e passa a sofrer preconceito de todas as meninas, menos de Virginia, com quem
começa uma amizade. Amizade essa que Virginia não expõe para a turma. Certo
dia, na sala aula, se vê envolvida em uma brincadeira cruel da turma com Janice,
e tem de tomar uma decisão, ficar do lado de Janice ou da turma.
5 Projeto de Trabalho Docente e Discente
A implementação do projeto na escola, como já foi mencionado, terá o suporte
metodológico nos cinco passos da proposta de Gasparin (2012), como
possibilidade de tradução da Pedagogia Histórico-Crítica na prática de sala de
aula. Estes cinco passos serão desenvolvidos em oito encontros de 4 horas/aulas,
totalizando 32 horas/aulas. Em cada encontro será exibido um filme para debater
a prática do bullying no ambiente escolar, a fim de estimular o(a) aluno(a) a refletir
sobre a violência, colocando-se no lugar do(a) outro(a) e valorizar o respeito ao
diferente como um ser humano.
5.1 Plano de Unidade: A prática do bullying na escola
Objetivo Geral: Propiciar reflexões e análises sobre a prática do bullying no
ambiente escolar.
Objetivos Específicos:
Conceituar a prática do bullying;
Caracterizar as vítimas, os(as) agressores(as) e as testemunhas envolvidas na
prática do bullying;
Identificar possíveis consequências, sejam físicas ou psicológicas, para os(as)
envolvidos(as) na prática do bullying;
Propiciar discussões e reflexões sobre possíveis atitudes contra a prática do
bullying na escola.
5.2 Prática Inicial do Conteúdo
Vivência do conteúdo:
a) O que os(as) alunos(as) já sabem sobre o conteúdo.
bullying é: bater no(a) outro(a), xingar o(a) colega, humilhar o(a) outro(a),
torturar, brigar, excluir, zombar o(a) outro(a).
Elaborar com os(as) alunos(as) um quadro com palavras relacionadas ao
bullying e, questionar se essas palavras lembram alguma experiência com o
bullying. Se já vivenciaram essa prática dentro da escola, como reagiram,
como se sentiram, etc.
b) O que os(as) alunos(as) gostariam de saber a mais.
- Por que alguns alunos(as) gostam de provocar brigas?
- Por que existem alunos(as) que zombam do(a) outro(o)?
- Qual o motivo de tanta violência?
- Por que algumas crianças e adolescentes humilham o(a) outro(a) ou outros(as)?
- O que leva alguém a torturar o(a) outro(a)?
- Existem leis contra essa prática?
- Devemos denunciar? Para quem denunciar?
- O(a) professor(a) anotará no quadro as dúvidas e questionamentos.
5.3 Problematização
Serão propostas algumas questões para reflexão, no intuito de despertar os(as)
alunos(as) para os problemas que o bullying traz e a necessidade de combatê-lo
dentro da escola.
a) Questões problematizadoras: A prática do bullying é comum em nossa
escola? Como e por que acontece? Por que é necessário discutir sobre o bullying
na escola? Por que o bullying é um problema? O que fazer diante desse tipo de
violência? Você já presenciou a prática do bullying, seja na sala de aula, no pátio
ou em outro local da escola? Como você reagiu? O que aconteceu? Você já
conversou com alguém sobre o bullying na escola? Já teve alguma aula sobre
bullying?
b) Dimensões do conteúdo a serem trabalhadas:
Conceitual/Científica: O que é bullying? Toda agressão é bullying? Existem
características comuns entre os(as) envolvidos(as) na prática de bullying?
Histórica: O bullying sempre existiu ou é uma prática que só passou a ocorrer
atualmente nos ambientes escolares?
Social: Que consequências o bullying traz para as pessoas, para o ambiente
escolar? O que é possível fazer diante desta prática dentro da escola?
Legal: Existem leis que amparam as vítimas da prática do bullying?
5.4 Instrumentalização
a) Ações didático-pedagógicas:
Ação docente:
Exposição oral do(a) professor(a) com apresentação em PowerPoint de
imagens que mostram a prática de bullying;
Questionamentos sobre o que os(as) alunos(as) vêem e fazer relação com a
prática do bullying;
Serão exibidos 8 filmes e para cada filme será utilizado o seguinte
encaminhamento: antes da exibição, apresentar a sinopse. Em seguida, exibir
o filme. Após assistir ao filme, coordenar as discussões suscitada pela
narrativa fílmica e lançar questões que levem os(as) alunos(as) a refletirem
sobre o bullying, como: O filme apresenta cenas de bullying? Quais? Como é
possível identificar que é bullying? São apresentadas as características do(a)
agressor(a), da vítima, das testemunhas? Que características são
apresentadas, em que momento você as percebeu? O que acontece com a
vítima ou com o(a) agressor(a) na história do filme? Isso acontece na
realidade? As vítimas procuram ajuda? Há testemunhas? Como elas reagem?
No filme são apresentadas soluções para acabar com essa prática? Quais?
São soluções possíveis?
Filmes
1) Ponte para Terabítia:
Material de apoio: trechos de capítulos que retratam a história, conceito e leis
sobre bullying, retirados do Livro de Ana Beatriz Barbosa Silva, intitulado
“Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas”, de 2010, páginas 19 a 22; 111; 119 a
120.
2) Um grande Garoto:
Material de apoio: texto “O que é o Bullying” que retrata a diferenciação entre
bullying e outras manifestações agressivas, texto esse retirado da Apostila
destinada aos(às) alunos(as) do Ensino Fundamental I, da Campanha “Chega de
Bullying, Não Fique Calado”, páginas 4 a 6, disponível no site:
chegadebullying.com.br.
3) Inimigos para Sempre:
Material de apoio: texto que retrata as características da vítima de bullying, texto
esse retirado do Livro de Ana Beatriz Barbosa Silva, intitulado “Bullying: Mentes
Perigosas nas Escolas”, de 2010, páginas 37 a 43.
4) Cuidado com meu Guarda-Costas:
Material de apoio: texto que retrata as características do(a) agressor(a) de
bullying, texto esse retirado do Livro de Ana Beatriz Barbosa Silva, intitulado
“Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas”, de 2010, páginas 43 a 45.
5) Sempre Amigos:
Material de apoio: texto que retrata as características do(a) espectador(a) de
bullying, texto esse retirado do Livro de Ana Beatriz Barbosa Silva, intitulado
“Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas”, de 2010, páginas 45 a 47.
6) Karatê Kid:
Material de apoio: texto que retrata sentimentos e consequências negativas que
podem afetar cada um dos(as) envolvidos(as) na prática do bullying, texto esse
retirado da Apostila destinada aos(às) alunos(as) do Ensino Fundamental II e
Médio, da Campanha “Chega de Bullying, Não Fique Calado”, página 8,
disponível no site: chegadebullying.com.br.
- O texto “O Peso da Palavra”, texto esse retirado da Apostila destinada aos(às)
alunos(as) do Ensino Fundamental II e Médio, da Campanha “Chega de Bullying,
Não Fique Calado”, páginas 18 a 20, disponível no site: chegadebullying.com.br.
7) O Galinho Chicken Little:
Material de apoio: texto que retrata as formas de bullying, texto esse retirado do
Livro de Ana Beatriz Barbosa Silva, intitulado “Bullying: Mentes Perigosas nas
Escolas”, de 2010, páginas 22 a 24.
8) A Peste de Janice
A apresentação deste filme visa à finalização do projeto, antes da elaboração das
intenções e ações dos(as) alunos(as) perante o tema estudado (Prática Social
Final). Os(as) alunos(as) serão levados(as) a se colocarem no lugar de Virginia,
uma das personagens, para darem suas opiniões.
Material de apoio: texto “O que devo fazer diante do bullying”, texto esse retirado
da Apostila destinada aos(às) alunos(as) do Ensino Fundamental I, da
Campanha “Chega de Bullying, Não Fique Calado”, páginas 24 e 25, disponível
no site: chegadebullying.com.br.
- Uma história de superação de uma personalidade famosa, vítima de bullying,
descrita no Livro de Ana Beatriz Barbosa Silva, intitulado “Bullying: mentes
perigosas nas escolas”, de 2010, páginas 96 a 98.
b) Recursos humanos e materiais:
Professor(a), alunos(as), datashow, TV, DVD, pendrive, lousa, giz, sulfites,
cartolinas, lápis de cor, lápis, canetas, borrachas.
5. 5 Catarse
É o momento em que os(as) alunos(as) demonstrarão oralmente e por escrito a
compreensão do conteúdo que foi trabalhado. Os(as) alunos(as) farão uma
síntese mental, um resumo, buscando comparar o seu conhecimento inicial e o
que aprenderam, buscando relatar o que compreenderam sobre o conceito de
bullying, características dos(as) envolvidos(as), consequências e, principalmente,
que atitudes tomar frente a essa violência dentro da escola. Antes da produção
os(as) alunos(as) serão incentivados(as) a falarem sobre o que aprenderam.
Síntese mental do(a) aluno(a):
O bullying não é algo novo, já ocorre há muito tempo, principalmente em
ambientes escolares, só que acontecia de forma esporádica, e hoje, vem
crescendo consideravelmente, tomando proporções e gerando consequências
muito graves, como as que assistimos pela televisão. Sendo assim, a prática do
bullying é caracterizada por atitudes agressivas, repetitivas, por um período
prolongado de tempo contra uma mesma vítima e por desequilíbrio de poder, o
agressor agride uma vítima que ele julgue psicológica ou fisicamente mais fraca e
sempre, em locais que não há a presença de adultos. O bullying causa dor,
angústia e sofrimento, provocando danos físicos, morais e materiais. As pessoas
envolvidas na prática de bullying são identificadas como vítimas, agressores e
espectadores. As vítimas são pessoas que apresentam dificuldades de
socialização, baixa autoestima, frágeis e não conseguem reagir às agressões.
Os(as) agressores(as) não tem empatia, pouco ou nenhum relacionamento
afetivo, impulsivos(as), não aceitam regras, irritam-se facilmente e não sabem
lidar com perdas, frustrações. São populares e sentem prazer e satisfação em
dominar, controlar, em fazer os(as) outros(as) sofrerem. Os(as) espectadores(as)
são aquelas que testemunham a prática do bullying, não interferem e nem
denunciam por temerem se tornar também uma vítima. Essa prática não pode
mais continuar na escola, por isso não podemos mais ficar calados(as), é
necessário denunciar e, mostrar como essa violência causa prejuízos a todos(as).
E ainda, cobrar das autoridades, pois não existem legislações federais sobre a
violência nas escolas em geral e, sobre o bullying as leis são insuficientes e até
mesmo inexistentes.
Expressão da síntese:
Produção de texto sobre o tema, considerando as dimensões trabalhadas. Os(as)
alunos(as) poderão expor ao grupo seu texto. Também poderão dramatizar,
produzir frases, desenhos, cartazes, buscando retratar o conhecimento adquirido.
5.6 Prática Social Final
Finalizando o projeto, os(as) alunos(as), de posse dos novos conhecimentos
científicos, buscarão assumir atitudes e ações a partir do que foi aprendido. O que
é possível fazer na escola?
Após às discussões e conclusões, será elaborado com os(as) alunos(as) um
quadro que sintetize as intenções e as ações dos(as) mesmos(as) perante a
prática do bullying na escola.
Exemplo:
Intenções Ações
Conhecer mais sobre o bullying Ler livros e/ou pesquisar na internet.
Transmitir o conhecimento adquirido Produzir cartazes e expor pela escola.
Produzir uma dramatização para ser
apresentada.
Falar sobre o bullying com
meus(minhas) amigos(as) e com os
adultos que fazem parte da minha vida.
Agir diante de uma situação de bullying Não me omitir, procurar ajuda dos
adultos.
Mão maltratar, excluir ou espalhar
mentiras sobre outras pessoas.
6 Referências
A PESTE DE JANICE. Direção de Rafael Figueiredo. Brasil. Produção de Cíntia Helena Rodrigues e Sabrina Campanella. Gênero: Drama. Curta-metragem, 2007. (15m) Disponível em: http://blogdamercia.wordpress.com/2012/11/11/a-peste-da-janice-curta/. Acessado em 06/11/2013.
CARTOON Network; Plan Internacional; OEI; Visão Mundial; Secretarias De Educação Do Distrito Federal, De São Paulo e Do México (Coord.). Estudantes do Ensino Fundamental I: Informações e Atividades, São Paulo, 2013, 39 p. Apostila da Campanha Chega de Bullying: Não Fique Calado. Disponível em > http://www.chegadebullying.com.br < Acesso em: 13/11/2013.
CARTOON Network; Plan Internacional; OEI; Visão Mundial; Secretarias De Educação Do Distrito Federal, De São Paulo e Do México (Coord.). Estudantes do Ensino Fundamental II e Médio: Informações e Atividades, São Paulo, 2013, 31 p. Apostila da Campanha Chega de Bullying: Não Fique Calado. Disponível em > http://www.chegadebullying.com.br < Acesso em: 13/11/2013.
CUBAS, Viviane de Oliveira. Bullying: assédio moral na escola. In: RUOTTI, Caren; ALVES, Renato; CUBAS, Viviane de Oliveira. Violência na escola: um guia para pais e professores. São Paulo: Andhep, 2006, p. 175-206.
CUIDADO COM MEU GUARDA-COSTAS. Direção de Tony Bill. Estados Unidos. Melvin Simon Productions. Gênero: Drama, 1980. (96m)
FABRIS, Elí Henn. Cinema e Educação: um caminho metodológico. Educação e Realidade, Maringá, n. 33(1), p. 117-134, jan/jun. 2008. Disponível em > http://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/6690/4003 < Acesso em: 27/05/2013.
FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 6. ed. Campinas: Verus, 2011.
GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 5. Ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2012.
INIMIGOS PARA SEMPRE. Direção de Steve Miner. Estados Unidos. Morgan Creek Productions. American Broadcasting Company. Gênero: Comédia, 1996. (90 m)
KARATÊ KID. Direção de Harald Zwart. China/Estados Unidos. Jerry Weintraub, Will Smith, Jada P. Smith, James Lassiter, Ken Stovitz. Gênero: Ação/Drama, 2010. (140 m)
MORAN, José Manuel. O vídeo na Sala De aula. Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. 1995. Disponível em > http:/www.eca.usp.br/moran/vidsal.htm < Acesso em: 20/06/2013.
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O GALINHO CHICKEN LITTLE. Direção de Mark Dindall. Estados Unidos. Wall Disney Feature Animation, Wall Disney Pictures. Gênero: Animação/Comédia, 2005. (81 m)
PEREIRA, Beatriz Oliveira. Para uma escola sem violência: estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. Fundação Calouste Gulbenkian. Fundação para a Ciência e a Tecnologia: Porto, 2002.
PONTE PARA TERABÍTIA. Direção de Gabor Csupo. Estados Unidos. Walden Media. Walt Disney Pictures. Gênero: Aventura, 2007. (94 m)
SEMPRE AMIGOS. Direção de Peter Chelsom. Estados Unidos. Bob Weinstein, Harvey Weinstein. Gênero: Drama, 1998. (108 m)
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