Plano Estratégico da PAC
Programação da PAC pós 2020
ESTRATÉGIAS “GREEN DEAL”, “FARM TO FORK” E BIODIVERSIDADE 2030 NA PAC E ESTRATÉGIA PORTUGUESA NA PAC
11 de Setembro – AGROGLOBAL 2020
Eduardo DinizDiretor Geral do Gabinete de Planeamento,
Políticas e Administração Geral
1. Ponto de situação negociação da PAC
2. Ponto de situação dos trabalhos de programação do PEPAC2.1 a 2.3 Necessidades por Objetivo específico
3. Opções
4. Ligações entre objetivos PAC e Pacto Ecológico Europeu
Ponto de situação negociação da
PAC1
CALENDÁRIO NEGOCIAÇÃO PAC PÓS-2020
maio -
junhoDiscussão do Regulamento de transição – em trílogo – COM/PE/CONS
maio
julho -
dezembro
• Acordo Conselho Europeu Julho - QFP e Plano Recuperação
• Acordo QFP?
outubro -
dezembro
• Discussão dos Regulamento PAC – em trílogo – COM/PE/CONS
• Acordo Regulamentos PAC?
janeiro -
junho• Acordo Regulamentos PAC?
4
Croácia
2020
Alemanha
Comissão - Estratégias F2F e Biodiversidade 2030
Portugal
2021
Comissão – Nova Proposta QFP e Plano de Recuperação
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Regulamento de Transição – Ponto de situação
Em 30 de Junho de 2020 acordo entre Conselho e Parlamento Europeu
sobre o Regulamento de Transição da PAC:
o Os apoios do primeiro e segundo pilares prosseguirão durante os
anos 2021 e 2022, entrando o PEPAC em vigor no ano 2023.
o Este período de transição abre a possibilidade de ter em conta as
orientações do Pacto Ecológico Europeu (F2F e Biodiversidade 2030).
Os EMs prorrogam os PDR até 31 de dezembro de 2022, financiando-os
com fundos provenientes da dotação orçamental dos anos de 2021 e 2022.
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Regulamento de Transição – Ponto de situação
A duração dos novos compromissos plurianuais em relação ao
agroambiente e clima, à agricultura biológica e ao bem-estar dos animais
deve, como regra geral, ser limitada a um período máximo de 3 anos. A
prorrogação dos compromissos existentes deve ser de um ano.
Os Estados-Membros podem dar continuidade à convergência interna dos
pagamentos diretos para a média nacional, ou manter o valor dos direitos ao
seu nível de 2019.
Ponto de situação dos trabalhos de
programação do PEPAC2
TIPOS DE INTERVENÇÕES
Pagamentos Diretos
• Pagamento Base
• Pagamento Redistributivo
• Pagamento JA
• Eco Regimes
• Apoio Ligado
• Outros (Pequena Agricultura
+ 3%PO)
Intervenções setoriais (Vinho,
F&H, Mel…)
Desenvolvimento Rural
• Compromissos ambientais e
climáticos
• Constrangimentos naturais
• Zonas desvantagens
específicas
• Investimentos
• Instalação de JA
• Gestão risco
• Cooperação
• Conhecimento e informação
RENDIMENTO E RESILIÊNCIA
COMPETITIVIDADE E ORIENTAÇÃO PARA O MERCADO
CADEIA DE VALOR
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E ENERGIA SUSTENTÁVEL
GESTÃO EFICIENTE DOS RECURSOS
BIODIVERSIDADE E PAISAGEM
RENOVAÇÃO GERACIONAL
SUSTENTABILIDADE DAS ZONAS RURAIS
ALIMENTAÇÃO E SAUDE
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OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS – PEPAC
8
Abertura para consulta às partes interessadas
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Visão
Uma gestão ativa de todo o território
baseada numa produção agrícola e
florestal
inovadora e sustentável
Atividade produtiva suportada no princípio de uma
“gestão ativa” do território.
Solo como principal ativo dos agricultores e
produtores florestais e associado ao uso dos
restantes recursos naturais.
Desenvolvimento do setor baseado no
conhecimento.
Sustentabilidade económica, social e ambiental
permite assegurar a resiliência e a vitalidade das
zonas rurais
Necessidades – Objetivo Geral 1PROMOVER UM SETOR AGRÍCOLA INTELIGENTE, RESILIENTE E DIVERSIFICADO, DE
MODO A GARANTIR A SEGURANÇA ALIMENTAR
2.1
PROMOVER UM SETOR AGRÍCOLA INTELIGENTE,
RESILIENTE E DIVERSIFICADO, DE MODO A GARANTIR
A SEGURANÇA ALIMENTAR
• Os objetivos específicos contidos neste objetivo geral têm
uma relação de causalidade muito acentuada entre si
• O rendimento depende sobretudo do mercado de produtos
e serviços e, portanto, da competitividade, sendo que a
concorrência se processa entre agricultores mas também,
e principalmente, dentro de uma cadeia alimentar afastada
das condições de concorrência perfeita e mais próxima de
mercados com características oligopolistas e
oligopsonistas
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Necessidades – Objetivo Geral 2APOIAR A PROTEÇÃO DO AMBIENTE E A LUTA CONTRA AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
E CONTRIBUIR PARA A CONSECUÇÃO DOS OBJETIVOS DA UNIÃO RELACIONADOS
COM O AMBIENTE E O CLIMA
2.2
APOIAR A PROTEÇÃO DO AMBIENTE E A LUTA CONTRA AS
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E CONTRIBUIR PARA A CONSECUÇÃO
DOS OBJETIVOS DA UNIÃO RELACIONADOS COM O AMBIENTE E O
CLIMA
• As explorações agroflorestais gerem ¾ do território nacional
desempenhando um papel determinante na prossecução dos
objetivos públicos ambientais
• A existência da atividade agroflorestal permite por si só contribuir
para alguns objetivos ambientais, pela redução dos riscos de
incêndio e de propagação de algumas pragas e doenças bem
como contribuir para a preservação da biodiversidade
• As intervenções referidas no OG1 têm repercussões positivas na
sustentabilidade das explorações (OG2) pelo seu contributo para
a viabilização da atividade agrícola e pelas exigências de
cumprimento de requisitos (condicionalidade), com repercussão
direta na gestão da água e do solo, uso de fertilizantes e
pesticidas.
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APOIAR A PROTEÇÃO DO AMBIENTE E A LUTA CONTRA AS
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E CONTRIBUIR PARA A CONSECUÇÃO
DOS OBJETIVOS DA UNIÃO RELACIONADOS COM O AMBIENTE E O
CLIMA
• No sentido de melhorar a sustentabilidade dos sistemas agrícolas e
florestais, prevê-se a introdução de práticas mais exigentes em termos
ambientais que contribuam para a redução das emissões de GEE, a
preservação da paisagem e dos recursos naturais bem como para
travar a perda da biodiversidade, através sobretudo de medidas
agroambientais e de clima e regimes ecológicos que funcionem como
incentivo para a generalidade dos sistemas produtivos adotarem
práticas mais ambiciosas nesta matéria.• Na relação da agricultura com o ambiente existem duas pressões que é
importante contrariar, as que decorrem dos riscos associados à sobre-
exploração (caso da poluição), e dos riscos que advêm da sobre-
extensificação (caso do abandono)
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Necessidades – Objetivo Geral 3REFORÇAR O TECIDO SOCIOECONÓMICO DAS ZONAS RURAIS
2.3
REFORÇAR O TECIDO SOCIOECONÓMICO DAS ZONAS RURAIS
• A agricultura é um elemento estruturante dos territórios rurais,
pela importância em termos espaciais, sociais e económicos. A
resiliência da agricultura é necessária para o desenvolvimento
equilibrado nestas áreas. No entanto, é insuficiente pois tende a
empregar menos pessoas e tem um papel relevante mas limitado
no crescimento económico
• Os espaços florestais têm estado sujeitos ao processo de
abandono, com todos os riscos daí inerentes, quer em perda de
rendimento, quer em perdas de habitats e biodiversidade, com
incremento do risco de incêndio e de outras vulnerabilidades
onde se incluem também as de origem sanitária
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Opções3
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Questões Financeiras
Pré-
Condicionantes
às decisões
• Envelopes Financeiros (I e II pilar) QFP [9 727 M€]
• Repartição regimes ecológicos/MAA; “Ring-fencing” para
Ecoregimes
• Repartição subvenções ao investimento / instrumentos
financeiros
• Nível de convergência interna obrigatória
• Esforço da Contrapartida Pública Nacional
• Transferência entre pilares (?)
Modelo de ajudas superfície
Necessidades
a responder
com ajudas
superfície
• Resiliência (rendimento e risco)
• Ambiente/território: evitar sobre-extensificação e sobre-
intensificação
• Ambiente e Clima: melhoria de práticas na generalidade
dos sistemas
• Necessidades específicas de abastecimento
• Efeitos localizados (ligação à indústria, zonas de risco)
Modelo de ajudas superfície
Decisões
(variáveis
técnicas)
• A repartição do envelope entre as várias medidas
superfície;
• Grau de convergência do RPB [100% em 2026?];
• Opção entre regime de direitos e abertura do sistema a
todo o hectare elegível no que se refere ao RPB.
Modelo de ajudas superfície
Orientações
alternativas
• I. Modelo histórico: Modelo actual dentro do permitido pelo Regulamento (convergência mínima [75%]; valor máximo de direito; manutenção de AA e MZD …) –
• II. Modelo uniforme: Pagamento uniforme por ha(convergência máxima)
• III. Modelo adaptativo: Modelo orientado para práticas sustentáveis e sistemas produtivos (pagamentos desligados a um nível mais baixo
• Ambição ambiental e climática mais exigente em valor e no conteúdo
das medidas;
• Enfoque das medidas associadas às necessidades identificadas;
• Apoio à melhoria de práticas na generalidade dos sistemas: Intervenções
para fazer face à sobre-extensificação e intervenções bem como à sobre-
intensificação;
• Linha de actuação:
- eco-regime complementar à condicionalidade em formato de top-
up do RPB;
- eco-regimes para situações específicas em articulação com MAA
Arquitetura Verde
Que setores a apoiar?
Continuidade? Pecuária extensiva; leite; arroz; tomate
Introdução de novos setores? cereais; proteaginosas (consumo humano);
Pagamento Ligado, Intervenções Sectoriais ou Ecoregime?
Pagamentos ligados e intervenções setoriais
• RPA
• Redistributivo
• Alteração dos modelos atuais?
• Manutenção do nível de reforço de 2020?
Pequena agricultura / Agricultura familiar
• Os instrumentos financeiros deverão substituir parcialmente apoios a
fundo perdido ao investimento?
• Como impulsionar a utilização partilhada de capital fixo, através de
serviços?
• Infraestruturas de rega – instrumento financeiro específico?
• Níveis de apoio diferenciado para zonas de risco (despovoamento; risco
incêndio etc.)
Capital fixo
Fases de programação – Cronograma
Fases de programação - Cronograma2º Sem.
20191º Sem.
20202º Sem.
20201º Sem.
20212º Sem.
20212022 /
2023 (?)
Elaboração PEPAC
Avaliação Ex-ante
Avaliação das necessidades - Diagnósticos e SWOT
Estratégia (Coerência, elementos comuns, desenho das intervenções, plano financeiro e metas)
Negociação do PEPAC
Construção do Sistema de Informação (monitorização e quadro de desempenho)
Definição do modelo de governação (arquitetura e entidades)
Entrada em vigor do PEPAC
Ligações entre objetivos PAC e
Pacto Ecológico Europeu4
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Principais desafios – F2F e Biodiversidade 2030
no Plano Estratégico da PAC
• Articulação com base legal e institucional para aprovação dos PEPAC;
• Não colocar em causa principio da subsidiariedade no contexto do novo
modelo de prestação da PAC;
• Necessidade de elaboração de avaliações de impacto tendo em conta os pilares da
sustentabilidade
• Necessidade de abordagem diferenciada, respeito pela especificidade de cada
EM, situação de partida e o progresso efetuado, nos objetivos;
• Interação dos PEPAC com os pilares da sustentabilidade (económico, social e
ambiental);
• Estabelecimento de um diálogo que defina objetivos que estejam enquadrados
numa transição justa evitando perda de recursos e frustração das expectativas
(entre agentes no território e sociedade).
Plano Estratégico PAC
Negociação da PAC pós 2020 e situação
dos trabalhos de programação
ESTRATÉGIAS “GREEN DEAL”, “FARM TO FORK” E BIODIVERSIDADE 2030 NA PAC E ESTRATÉGIA PORTUGUESA NA PAC
11 de Setembro – AGROGLOBAL 2020
Eduardo DinizDiretor Geral do Gabinete de Planeamento,
Políticas e Administração Geral