Priscila Regina Pereira
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
Implantação da Gestão de Estoque na Empresa Nutrisempre
Administração de Materiais
ITAJAÍ (SC)
2009
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
PRISCILA REGINA PEREIRA
Trabalho de Conclusão de Estágio - TCE
IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DE ESTOQUE NA EMPRESA NUTRISEMPRE
Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.
ITAJAÍ - SC, 2009
Agradeço a Deus por ter me dado saúde e forças
para completar mais esta etapa da minha vida. Aos
mestres e professores pelo aprendizado que me
proporcionaram. Em especial ao meu orientador
Professor Romeu Zarske de Mello, por sua
paciência, sabedoria e tempo disponibilizado para
me auxiliar. Ao Professor Eduardo Krieger da Silva,
por me ajudar a direcionar os primeiros passos
para a realização deste trabalho. As minhas
amigas Cristiane, Daiana e Heleni pela amizade,
ajuda nos momentos difíceis e contribuição de
diferentes formas para conclusão deste. A meus
pais Sergio e Paula por seu amor, carinho,
compreensão em todos os momentos e incentivo
para a realização de mais este sonho.
Agradeço também a Nutrisempre Laboratório de
Produtos Naturais Comércio Importação e
Exportação Ltda pela oportunidade de realizar este
trabalho e por fornecer as ferramentas,
informações e condições necessárias para sua
execução.
Não deixe que a saudade sufoque,
que a rotina acomode, que o medo
impeça de tentar. Desconfie do
destino e acredite em você. Gaste
mais horas realizando que
sonhando, fazendo que planejando,
vivendo que esperando. Porque,
embora quem quase morre esteja
vivo, quem quase vive já morreu.
Luiz Fernando Veríssimo
EQUIPE TÉCNICA
a) Nome do estagiário
Priscila Regina Pereira
b) Área de estágio
Departamento de Almoxarifado
c) Supervisor de campo
Madson Booz
d) Orientador de estágio
Prof. Romeu Zarske de Mello
e) Responsável pelos Estágios em Administração
Prof. Eduardo Krieger da Silva
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
a) Razão social
Nutrisempre Laboratório de Produtos Naturais Comércio Importação e Exportação Ltda
b) Endereço
Rua Nossa Sra. de Fátima, nº 431, Bairro Cordeiros, Itajaí - SC
c) Setor de desenvolvimento do estágio
Departamento Industrial
d) Duração do estágio
300 horas
e) Nome e cargo do orientador de campo
Madson Booz – Aux. Administrativo
f) Carimbo e visto da empresa
RESUMO
Uma das grandes preocupações dos gestores da área industrial tem sido atender plenamente os clientes com o menor custo possível, para isto é imprescindível que as organizações conheçam sua estrutura estoque. Diante disto, este trabalho conseguiu atingir seus principais objetivos que foram: identificar a situação atual dos itens em estoque da empresa Nutrisempre Laboratório de Prod Nat. Com. Imp. e Exp. Ltda; identificar o rotativo dos itens de maior demanda em estoque; detectar o ponto de pedido dos itens de maior demanda em estoque; identificar a cobertura dos produtos de maior demanda em estoque; e definir políticas de estoque. A abordagem metodológica adotada neste trabalho é a qualitativa com aporte quantitativo, com tipologia de proposição de planos. Os participantes da pesquisa foram gerentes e funcionários da empresa, e a coleta de dados foi feita através de relatórios da empresa e entrevista semi-estruturada. O método de análise dos dados foi análise conteúdo com demonstração por tabelas e quadros. Os resultados obtidos foram de grande importância para a empresa, pois a mesma pode conhecer sua estrutura de estoque e a proporção destes quanto ao faturamento, assim como os produtos de maior demanda. Onde se observou que a empresa não possuía conhecimento efetivo e controle de seus itens em estoque. Assim, este trabalho permitiu à empresa um conhecimento completo de seu estoque e demanda juntamente com os itens de maior representatividade em seu faturamento, o que possibilitou uma visão quanto a melhor forma de administrar seu estoque, implantando assim políticas de estoque.
PALAVRAS-CHAVE: estoque, demanda, controle.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Gráfico dente de serra .............................................................................. 40
Figura 2 – Dente de serra com ruptura ..................................................................... 42
Figura 3 – Dente de serra com estoque mínimo ....................................................... 44
Quadro 1 – Tipos de previsão ................................................................................... 50
Figura 4 – Gráfico da curva ABC ............................................................................... 53
Figura 5 – Foto empresa Nutrisempre no ano de 1990 ............................................. 67
Figura 6 – Foto empresa Nutrisempre no ano de 2008 ............................................. 68
Figura 7 – Organograma da empresa Nutrisempre ................................................... 70
Quadro 2 – Principais clientes ................................................................................... 71
Quadro 3 – Principais fornecedores .......................................................................... 71
Gráfico 1 – Curva ABC .............................................................................................. 76
Quadro 4 – Grau de atendimento .............................................................................. 79
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Itens em estoque ..................................................................................... 73
Tabela 2 – Classificação por valor acumulado .......................................................... 74
Tabela 3 – Classificação curva ABC ......................................................................... 75
Tabela 4 – Giro do estoque ....................................................................................... 77
Tabela 5 – Cobertura de estoque .............................................................................. 78
Tabela 6 – Consumo do produto Mel Exportação – tambor 285 kg .......................... 79
Tabela 7 – Consumo do produto Nutritônico – frasco 240 ml .................................. 80
Tabela 8 – Consumo do produto Nutriguaco – frasco 140 ml ................................... 81
Tabela 9 – Consumo do produto Redcall – frasco com 60 cápsulas ......................... 82
Tabela 10 – Consumo do produto Spray Mel/Própolis/Malva – frasco 30ml ............. 83
Tabela 11 – Ponto de pedido .................................................................................... 84
Tabela 12 – Custo total do estoque ........................................................................... 86
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
∂ - desvio padrão
C – consumo
Ca – custo de armazenagem de um produto
Caq – custo de aquisição
Ci – consumo dado i=ésimo valor
CM – consumo médio
Cp – custo de um pedido
CT – custo total
D – demanda
EM – estoque médio
EMin – estoque mínimo
GE – giro de estoque
K – fator de segurança
LEC – lote econômico de compra
N – unidade de tempo
OPEP – organização dos países exportadores de petróleo
P – população
PP – ponto de pedido
PU – preço unitário
Q – quantidade adquirida
R – renda per capita
TR – tempo de reposição
V – quantidade a ser demandada
X – consumo nos períodos anteriores
Xi – consumo médio nos períodos anteriores
XM – consumo médio
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 12
1.1 Problema de pesquisa / justificativa ........................................... 13
1.2 Objetivos do trabalho ................................................................... 15
1.3 Aspectos metodológicos ............................................................. 16
1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio ........................................ 16
1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa .......................................... 17
1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados ...................... 18
1.3.4 Tratamento e análise dos dados .................................................. 19
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................... 20
2.1 Globalização ................................................................................. 20
2.1.1 Competitividade ........................................................................... 22
2.2 Histórico da administração .......................................................... 24
2.2.1 Conceituando a administração e definindo suas funções ............ 27
2.2.2 Áreas da administração ............................................................... 29
2.3 Administração de materiais ......................................................... 35
2.3.1 Gestão de estoques ..................................................................... 38
2.3.2 Gestão de compras ..................................................................... 55
2.3.3 Gestão de armazenagem ............................................................ 60
2.4 Almoxarifado ................................................................................. 64
2.5 Conceito de logística .................................................................... 65
3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO .................................. 67
3.1 Caracterização da empresa ......................................................... 67
3.1.1 Missão, visão e valores ............................................................... 69
3.1.2 Organograma da empresa Nutrisempre ...................................... 69
3.1.3 Clientes da empresa Nutrisempre................................................ 70
3.1.4 Fornecedores da empresa Nutrisempre ...................................... 71
3.2 Resultados da pesquisa ............................................................... 72
3.2.1 Curva ABC................................................................................... 72
3.2.2 Giro de estoque ........................................................................... 77
3.2.3 Cobertura de estoque .................................................................. 77
3.2.4 Estoque mínimo ou de segurança ............................................... 78
3.2.5 Ponto de pedido .......................................................................... 83
3.2.6 Lote econômico de compra .......................................................... 84
3.2.7 Políticas de estoque .................................................................... 86
3.3 Sugestões ..................................................................................... 87
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 89
Referências bibliográficas ................................................................. 92
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ................................................ 95
1 INTRODUÇÃO
Atualmente torna-se cada vez mais necessário a área de Administração de
Materiais nas organizações, no que tange aos aspectos de planejamento, controle,
aprimoramento do desempenho da produção, do acompanhamento dos
procedimentos, para o equilíbrio e saída dessa produção, que passam a integrar e
dar retorno para as organizações.
A Gestão de Estoque é considerada fator primordial em uma boa
administração, pois permite o controle dos produtos em estoque, e disponibiliza
ferramentas que auxiliam na produção e está diretamente interligada a todos os
departamentos da organização.
Algumas atividades competem a Gestão de Estoques como: assegurar os
materiais e suprimentos em estoques impedindo sua falta e paralisações no
processo de produção, identificar itens defeituosos em estoque e eliminá-los
prevenindo a perda; fornecer informações referentes aos produtos com maior ou
menor giro; responsabilidade pela localização dos produtos em estoques, agilizando
o processo de saída. Enfim é uma área importante que precisa de um eficiente
planejamento e controle, que vise melhorias para a organização.
A empresa Nutrisempre, onde foi realizado o estudo, foi fundada em 1990,
sendo de médio porte, com atuação no Brasil e países da América do Norte como,
Estados Unidos e Canadá, bem como da Europa e Ásia. A organização criou um
portfólio com produtos diversificados, produtos apícolas, suplementos vitamínicos e
alimentos com alegações funcionais. São produtos de qualidade e tecnologia de
ponta e por isso a empresa aposta no segmento de mel, objetivando adequar a
qualidade aos processos produtivos bem como a capacitação dos profissionais
envolvidos, proporcionando satisfação aos seus clientes.
Estudos realizados pela Prospectiva Consultoria Brasileira de Assuntos
Internacionais identificaram que o setor de alimentos tem potencial para aumentar
suas exportações e entre esses produtos, o mel se destaca, sendo que, no ano de
2007 as exportações de mel somaram US$ 45,5 milhões, enquanto a importação foi
praticamente inexistente. A intenção é elevar as vendas de mel e desenvolver outros
mercados, uma vez que a Alemanha, sozinha, fica hoje com 54,6% do produto
13
brasileiro. Os principais compradores de mel do Brasil são: Alemanha, Espanha,
Canadá, Estados Unidos, Porto Rico e México.
Diferencial da empresa, o mel, é adquirido direto do apicultor e os produtos
são comercializados a granel e envasados. A organização trabalha com a Linha
Spray (Mel, Própolis, Roma, Gengibre, Malva), Linha de Compostos (Mel, Própolis,
Copaíba, Catuaba, Guaraná, Ginseng, Guaco, Agrião, Eucalipto, Alho, Babosa),
Linha de Mel em Sachê, (esse processo é feito internamente e, a empresa precisou
contar com ajuda de profissionais qualificados para tanto).
Com uma grande variedade de produtos a base de mel, a organização,
busca a cada dia aprimorar seus procedimentos, para manter-se no mercado
nacional e internacional. Diante disto, com a diversificação de seus produtos,
fabricados e envasados de várias formas, tamanhos e finalidades diferentes, tem-se
uma enorme gama de clientes, que exigem os produtos a pronta-entrega.
Desta forma, faz-se necessário a Gestão de Estoques na organização, a fim
de contribuir para o bom funcionamento de todo o processo produtivo, com objetivo
de interagir com todos os departamentos envolvidos no processo, gerando a
satisfação de seus clientes, com rapidez e agilidade na fabricação e entrega do
produto, e ainda reduzir os custos sobre o capital investido.
1.1 Problema de pesquisa / justificativa
A organização, objeto deste estudo, trabalha com o segmento de mel, e
possui uma diversificada linha de produtos que tem o mel em sua composição.
Com o aumento de produção, surgem alguns problemas que estão
interferindo para o bom funcionamento da empresa. Pois, não existe um controle
preciso dos materiais recebidos, dos pedidos, da saída de materiais, bem como sua
armazenagem. Isso está refletindo na qualidade dos serviços, caracterizando um
problema que pode estar afetando o crescimento da mesma.
Para amenizar esta situação, existe a intenção de implantar a Gestão de
Estoques, através do planejamento, acompanhamento e controle dos produtos. Essa
implantação permitirá manter o controle dos pedidos, da demanda e de toda a linha
14
de produção, para assim, facilitar as atividades dos colaboradores envolvidos no
processo de produção, bem como atender as expectativas da organização.
Para Roesch (2005, p. 100), “um caminho para justificar a importância do
projeto é recorrer aos objetivos-fins do plano ou programa que se está propondo
implementar ou avaliar”.
Com o surgimento desta situação que está prejudicando o desenvolvimento
da organização, é necessário, buscar soluções como conceitua Roesch (2005, p.
90), “no contexto de um projeto de prática profissional, um problema é uma situação
não resolvida, mas também pode ser a indicação de oportunidades até então não
percebidas pela instituição.”
Assim, este trabalho apresenta o seguinte problema de pesquisa: Quais os
fatores, a serem relevados, quanto à implantação da Gestão de estoques na
empresa Nutrisempre, a fim de tornar o departamento industrial mais eficiente?
Diante de um problema que muitas vezes as organizações julgam de difícil
resolução, este estudo pode ajudar na solução do mesmo.
Para Roesch (2005, p.101) “muitas empresas estão respondendo a este
apelo e, portanto o ambiente parece ser favorável para a implementação de
mudanças organizacionais”.
Este trabalho é de grande valia, para a empresa devido a grande
necessidade de implantar uma gestão de estoques para obter maior controle e
otimizar seus processos. Para o acadêmico por poder conciliar o aprendizado
durante o período universitário com prática, desenvolvendo habilidades e
conhecimentos dentro do ambiente organizacional. E para a universidade, por
disponibilizar material científico adicional aos docentes e alunos.
O estudo desenvolvido é original, por ser o primeiro realizado nesta área na
empresa, e pela universidade existem vários projetos nesta área e tema, no entanto
nenhum realizado na empresa citada. Também é viável devido ao baixo custo para a
empresa na coleta das informações, e pela consciente necessidade da empresa
implantar a gestão de estoques
Nesse sentido este estudo, pretendeu propor para a organização a
implantação da Gestão de Estoque no departamento industrial com objetivo de obter
maior domínio do departamento, possibilitando o aumento de sua produção, a fim de
satisfazer a empresa e seus clientes com produtos entregues com rapidez e
eficiência.
15
1.2 Objetivos do trabalho
Define-se como objetivo geral aquele que tem idéia vaga do conteúdo a
partir da comunicação. Conforme Richardson (2007, p. 62), “objetivo geral, é o que
se pretende alcançar com a realização da pesquisa, onde define o propósito da
pesquisa.” Desta forma, objetivo geral é o que sugere a elaboração da pesquisa, o
que irá ser analisado, apresentado pelo pesquisador.
O objetivo geral deste trabalho consiste na implantação da Gestão de
Estoques, na empresa Nutrisempre, a fim de tornar a área de materiais mais
eficiente, refletindo em bom desempenho para todos os setores da empresa.
Os objetivos específicos expressam a idéia particular que estabelece
características e opinião sobre algo, são objetivos mais precisos que mantém
coerência com o objetivo geral. Richardson (2007, p. 63), define que objetivos
específicos são, “etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objetivo geral.”
Tendo esta base descrevem-se abaixo os objetivos específicos do estudo:
• Identificar a situação atual;
• Identificar os itens em estoque;
• Identificar a rotatividade dos itens de maior demanda em estoque;
• Identificar a cobertura dos produtos de maior demanda em estoque;
• Detectar o ponto de pedido dos produtos de maior demanda em estoque;
• Definir as políticas de estoque.
Quando a Gestão de estoque é praticada com eficiência, permite a empresa
obter vantagens diante do mercado cada vez mais competitivo, considerando que,
quanto mais informação, controle e planejamento a empresa apresentar sobre os
itens em estoque, logo irá aumentar o retorno da empresa com os investimentos,
gerando lucro, e a satisfação dos clientes com produtos a pronta entrega.
16
1.3 Aspectos metodológicos
Este item trata da metodologia utilizada no decorrer deste estudo, sua
característica quanto a tipo, fins da pesquisa e meios de investigação,
contextualização e definição dos participantes da pesquisa, bem como a forma de
coleta e análise de dados. A Metodologia da pesquisa significa a forma de pesquisa,
bem como o método que foi empregado para o desenvolvimento do projeto.
A investigação científica se processa de acordo com o método fundamentado em bases lógicas e técnicas, as quais se consolidam a partir de eficiência verificada no passado e com base no exame matemático e filosófico. (Gil, 2002, p. 18)
Para o autor o método significa o percurso para chegar à solução do
problema.
Este tópico procurou descrever como o projeto foi feito e a partir, dos
objetivos já estruturados passa-se a definir que tipo de método é o mais apropriado.
Richardson (2007, p. 22) conceitua da seguinte forma, “metodologia são regras
estabelecidas para o método científico, para a necessidade de observação,
elaboração de instrumentos, formulação de hipóteses etc.”
1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio
Neste tópico apresenta-se a caracterização do trabalho, sua tipologia,
abordagem e estratégia de pesquisa. A tipologia empregada neste trabalho foi a
Proposição de Planos, que como ressalta Roesch (2005, p. 137), “tem a
preocupação de apresentar soluções para os problemas já diagnosticados pela
organização”, ou seja, estudar a viabilidade de planos alternativos, e propor
soluções para resolver o problema da organização.
Na Proposição de Planos, o objetivo é propor para a organização, implantar
a Gestão de Estoque, considerando que, devido à falta controle, a organização está
17
obtendo prejuízos, em certos casos até perdendo o cliente, devido à demora da
entrega do produto.
O método utilizado foi o qualitativo com aporte quantitativo. Qualitativo
devido a coleta dos dados através da análise de documentos da empresa e
entrevistas. Pois analisou-se as variáveis de um problema, sua complexidade,
compreendeu e classificou os processos de produção na organização. E quantitativo
devido a demonstração dos dados através de tabelas e sua quantificação, a fim de
detectar os itens de maior impacto para a empresa.
Conforme escreve Roesch (2005, p.146), “a pesquisa qualitativa é
apropriada quando se trata de melhorar a efetividade de um programa”.
A natureza da pesquisa foi de nível exploratório-descritiva, sendo que no
início da pesquisa foi utilizada a parte exploratória. Este tipo de pesquisa tem como
objetivo principal a captação de idéias, a descoberta dentro da organização, o
amadurecimento das idéias, para descobrir a solução do problema na organização.
A estratégia da pesquisa se caracteriza como estudo de caso, que abordará
a Gestão de Estoque, propondo implantações e sugestões. E como ressalta Yin
(2001, p.73) “o estudo de caso é um estudo empírico que investiga um fenômeno
atual do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre os fenômenos e o
contexto são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de
evidência”. Destaca-se ainda que nas ciências sociais a distinção entre fenômeno e
seu contexto representa uma enorme dificuldade com que se encontram os
pesquisadores.
Gil (2002) relata que, durante muitos anos o estudo de caso era visto como
um procedimento de pesquisa não muito rigoroso, porém é interpretado hoje como
um planejamento mais adequado para uma pesquisa. Assim, para o autor, o estudo
de caso é considerado uma estratégia de pesquisa, com objetivo de examinar um
fenômeno dentro de seu contexto real.
1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa
Neste contexto, definiu-se a população pesquisada. A população consiste na
totalidade dos indivíduos ou objetivos que interessa a investigação e que na opinião
18
de Roesch (2005) é um grupo de pessoas ou organização que se busca entrevistar
com o propósito específico de um estudo.
Para realização da pesquisa é necessário extrair dados que foram
informados através do responsável pela organização, bem como considerar os
elementos de uma determinada população. A população conforme Richardson
(2007) é o conjunto de elementos que possuem pelo menos uma característica em
comum; e, a amostra, é uma parcela desta população.
Os participantes desta pesquisa foram os colaboradores da organização,
são 8 (oito), sendo 1(um) de nível gerencial, responsável pelo departamento
administrativo, 1 (um) supervisor, responsável pelo setor de produção, e 06 (seis) de
nível da produção.
1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados
Os levantamentos de dados foram realizados por meio de entrevistas no
período de outubro/2008 a março/2009, sendo esta, uma forma de comunicação
entre as pessoas, no qual determinada informação é transmitida de uma pessoa
para outra. A entrevista é considerada uma das principais técnicas de coletas de
dados, pela interação que estabelece entre entrevistado e o entrevistador permitindo
absorver inúmeras informações.
Richardson (2007) considera os levantamentos de dados em fontes
primárias e fontes secundárias: as fontes primárias são aquelas que estão
diretamente ligadas com os fatos analisados, ocasionando um relato (trata do
comentário de uma pessoa sobre algo vivenciado pela mesma) ou algum registro de
conhecimento vivenciado, e as fontes secundárias, não têm uma afinidade direta
com o acontecimento relatado, exceto por algum meio de intermediário.
Para a coleta dos dados primários foram realizadas entrevistas individuais,
semi-estruturadas baseada em um roteiro pré-estabelecido. Para os dados
secundários foi efetuado através de levantamentos de documentos, concedidos pela
empresa
19
A entrevista para Lakatos e Marconi (2007, p.95) “tem como objetivo
principal a obtenção de informação do entrevistado, sobre determinado assunto ou
problema”
No decorrer da pesquisa foi utilizada a entrevista, não completamente
aberta, com as questões pré-estabelecidas, pode inserir questões que surgem de
acordo com o acontecimento no processo das informações que se deseja obter.
Mediante este contexto Richardson (2007, p. 210) define que “na entrevista semi-
estruturada o entrevistador tem uma participação ativa, apesar de observar um
roteiro, ele pode fazer perguntas adicionais para esclarecer questões, para melhor
compreender o contexto”.
Observar também é um processo de coleta de dados, pois pode juntar-se a
outras técnicas de coletas de dados. Gil (2002) destaca que observação não é
apenas uma das atividades mais difusas na vida, é também um instrumento básico
da pesquisa cientifica. Existem quatro momentos importantes da observação: a
decisão, o preparo do seu desenvolvimento, o desempenho do emprego, e seu
registro.
O presente estudo foi realizado mediante a pesquisa bibliográfica, fontes já
construídas, material já impresso localizado nas bibliotecas, dados primários
coletados junto à instituição, e observação não participante.
1.3.4 Tratamento e análise de dados
O tratamento e análise de dados é uma ampliação do conhecimento diante
do estudo apresentado, relacionado ao objetivo e tema proposto. Fazem-se
conclusões amplas dos dados observados. É importante que os dados sejam
apresentados de maneira clara e acessível (LAKATOS E MARCONI, 2007).
Os dados foram interpretados por meio da análise de conteúdo, com objetivo
de permitir ao pesquisador entender e capturar a perspectiva de respondente como
conceitua ROESCH (2005).
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Esse capítulo apresentou as informações teóricas que fundamentaram o
trabalho proposto, buscando implantar uma Gestão de Estoque no departamento
industrial.
2.1 Globalização
A era da globalização iniciou-se pós 1945, em meio a agitação de 1972-73,
período de mudanças significativas no desenvolvimento econômico, social, cultural e
político, período de término do crescimento econômico e de pleno emprego nos
países avançados; nesta época, as estratégias eram de intervenção estatal a nível
nacional, e por um regime de administração multilateral da política comercial e
monetária dos Estados Unidos (HIRST E THOMPSON, 1998).
Os autores apresentam algumas fases que marcaram o início da
globalização:
• A crise do Petróleo da OPEP (Organização dos Países Exportadores
de Petróleo), afetando a economia na década de 70 e início dos anos 80.
• A crise da inflação dos países avançados, considerando sua causa
devido o fracasso das políticas internas.
• Empréstimos nos bancos para os países do Terceiro Mundo, durante a
inflação na década de 70.
• A “desindustrialização” na Inglaterra e nos Estados Unidos e o
crescimento em longo prazo do desemprego na Europa, despertando medo da
competição estrangeira, especialmente no Japão.
• Desenvolvimento rápido dos países do Terceiro Mundo, e sua
penetração no mercado do Primeiro Mundo.
• Nas décadas de 80 e 90, surgiu o consenso baseado em suposições
de que os mercados globais são incontroláveis e que o único caminho para
21
evitar tornar-se um perdedor – seja como nação, empresa ou individuo – é ser
o mais competitivo possível.
Assim a globalização é um processo evolutivo de conseqüências cada vez
mais presente no nosso dia-a-dia, pois evidencia a quebra das barreiras entre os
países, com abrangência econômica, cultural, social e política.
Globalização é um processo simultaneamente civilizatório, pois desafia cria,
e inova formas sociais de vida e trabalho, compreendendo modos de ser, pensar,
agir, sentir e imaginar (IANNI, 1999).
Ela está interligada com a necessidade da humanidade de interagir fora das
suas fronteiras, surgindo um intenso processo de transformação e adaptação das
coisas, das pessoas e das idéias.
Para Ianni (1999), a globalização é uma configuração histórico-social
abrangente, convivendo com as mais diversas formas sociais de vida e trabalho,
mas também assinalando condições e possibilidades, impasses e perspectivas.
O avanço da tecnologia é um processo condicionante nas mudanças
tecnológicas das últimas décadas, incluindo também a tecnologia da informação e
da comunicação, que têm a capacidade de impactar todos os setores econômicos
sociais e políticos, oferecendo vantagens para o consumidor, em virtude da
concorrência oriunda da globalização.
A partir da eletrônica, compreendendo a telecomunicação, o computador, o fax e os outros meios, o mundo dos negócios, agilizou-se em uma escala desconhecida anteriormente, desterritorializando, coisas, gentes e idéias. (Ianni, 1999, p. 14)
Ainda o autor acima, considera a globalização, um processo de expansão
capitalista, que deixa muito mais acirrada a concorrência de produtos e serviços, que
podem ultrapassar as barreiras de seus países.
A globalização é um fenômeno que possui grande concentração de capital
reforçado por processos de associação e incorporações de diversos tipos (fusões de
iguais absorções hostis), e adição de valores as posições dos acionistas, redução de
custos, tomada de posição em novos mercados, penetração regional ou nacional,
alcance multinacional e aumento da produtividade (DREIFUS, 1996).
O reflexo da globalização na economia mundial tem contribuído
positivamente para a diversidade de produtos e serviços, aumentando a oferta, a
22
qualidade, obrigando as organizações a melhorar o processo produtivo, com intuito
de reduzir os custos operacionais e de produção, com objetivo de atingir a eficiência
e eficácia do processo, para melhor competir.
Diante disto, os economistas e políticos, afirmam que a causa do declínio da
economia nesta nova era, é a alta tecnologia nas telecomunicações, preços baixos
nos transportes e comércio livre sem limites que convertem o mundo inteiro num
único mercado, que incentiva a concorrência global (MARTINS, 2006).
A economia mundial, com a globalização, vem se adaptando rapidamente a
esta transformação considerada violenta e, a esse crescimento explosivo do
comércio global, que trouxe junto à competição mundial entre os setores.
Hoje em dia nenhum país consegue continuar isolado com sua economia, se
fechar seu mercado à concorrência estrangeira, seus cidadãos pagarão muito mais
pelos bens e serviços, de outra forma se abrirem seus mercados enfrentarão
concorrência rígida e muitas de suas empresas locais sofrerão (KOTLER, 2000).
A globalização sugere mudanças a serem acomodadas dentro do âmbito
econômico mundial nas empresas; no governo, existe uma maior centralização na
internacionalização dos principais mercados financeiros, da tecnologia e de alguns
setores das indústrias e dos serviços isso, desde a década de 70 (HIRST E
THOMPSON, 1998).
Considerando todas as transformações que o mundo vem passando desde
que a globalização tornou-se conhecida mundialmente, verifica-se que ela afetou
todos os setores: tecnológico, industrial, comercial, econômico. Assim se faz
importante para a organização ter o diferencial para atuar no mercado com
eficiência, considerando a competitividade cada vez mais presente e de maneira
bem acirrada, desta forma, obtém sucesso a organização que busca estratégias
para conseguir driblar a concorrência.
2.1.1 Competitividade
Nos últimos anos, o mundo vem passando por mudanças, devido ao avanço
da tecnologia, da globalização e, as organizações vivem em universo competitivo, e
23
que está diretamente ligada com necessidades de seus clientes, atentos as
tendências do mercado e em seus concorrentes. Considera-se assim, que o sucesso
só pode ser assegurando se os concorrentes forem influenciados ou optarem por
responder de uma maneira não destrutiva (PORTER, 1991).
A concorrência cresce não só entre adversários tradicionais em mercados
tradicionais, mas também em novas personagens em nichos ou setores específicos
de negócio, isto é resultado da desintegração das fronteiras e da abertura dos
mercados antes protegidos.
As empresas já não podem ficar confiantes em sua participação de mercado e em sua posição competitiva, pois a concorrência pode vir inesperadamente de qualquer setor e de qualquer tipo de organização, pois as fusões e aquisições alteram a relação de forca existente no mercado (BRETZKE, 2000, p.9).
É necessário manter canais fortes e estar atento ás mudanças que ocorrem
no ambiente competitivo, acompanhando as novas tendências, as alterações do
ambiente, as tecnologias, as necessidades dos clientes, ou mesmo o resultado dos
movimentos do concorrente (CARVALHO, 2007).
Para atuar no mercado competitivo, a empresa precisa manter-se atualizada,
acompanhar as tendências do mercado, saber ouvir seus clientes, estabelecer
padrões e prezar pela qualidade de seus produtos e serviços.
Quanto maior o número de concorrentes, a estratégia da organização em
aproximar esse poder referente, a padronização de seus produtos, investimentos
aumentando seus custos fixos e outras espécies que os levem a tentar aproveitar a
capacidade, e quanto menor o crescimento da indústria, maior será a probabilidade
de esforços repetidos pelas empresas no sentido de buscar seus próprios interesses
(PORTER, 1991).
Para a organização a estratégia, pode ser utilizada com objetivo de
prevalecer diante a concorrência, se tornando ponto primordial neste processo, pois
designar estratégias possibilita a empresa ter melhor controle de seus próprios
objetivos.
Quanto maior a intensidade das forcas competitivas, menor o potencial de
lucro nas empresas, considerando que uma concorrência feroz, faz com que as
empresas lutem para manter seus produtos, ou serviços em destaque, assim a taxa
de retorno tende a ser menor devido a investimentos (CARVALHO, 2007)
24
Por isso a organização precisa estar preparada, criar sua estratégia, inovar,
fazer pesquisa no mercado para saber os desejos dos clientes suas necessidades,
saber o que eles esperam do produto, enfim apresentar produtos com diferencial
com qualidade para conquistar e manter seus clientes satisfeitos.
Neste contexto, o marketing analisa a maneira de pensar, busca entender a
realidade do mercado, com base no conhecimento, e no ponto de vista do cliente.
Entende-se que essa análise, através do diálogo, e na construção de um
relacionamento estável com os clientes, surge à resposta, para o desafio proposto
ao marketing, diante das mudanças que aparecem no ambiente competitivo
(BRETZE, 2000).
De acordo com Porter (1991, p.22) “a continuidade da interação não
depende apenas de um grupo estável de concorrentes, mas também pode ajudar a
motivar uma empresa que está acomodada, em processo estável”. Algumas
empresas utilizam meios contra concorrência, através da competição, uma interação
entre as partes, que facilita a confiança, acreditando que os concorrentes não
desejam levar uns aos outros a falência.
É importante lembrar que rivalidade, não deve ser analisada apenas quando
se fala dos concorrentes já existentes no mercado, a rivalidade está relacionada
também com as empresas que se inserem no mercado, novos produtos ou serviços,
rivalidade nesse contexto se refere as ameaças constantes contra as organizações,
ocorrendo uma competição ainda mais acirrada, em todas as áreas, inclusive na
competição entre o valor agregado ao produto (CARVALHO, 2007).
Observou-se que as organizações buscam satisfazer os desejos e
necessidades de seus clientes e de seus futuros clientes, como estratégia para lutar
contra a concorrência, porém nem sempre a história foi assim, a seguir o histórico da
Administração, bem como os conceitos de administrar conforme os autores citados.
2.2 Histórico da administração
A teoria da Administração iniciou-se com a ênfase na Administração
Científica e Teoria Clássica. A Administração Científica é a primeira escola a se
25
posicionar sendo conhecida como Escola Mecanicista; trata-se de um método de
planejamento e controle, sendo o principal percussor desta teoria Frederick W.
Taylor, famoso por suas idéias e as formas de organizar as empresas. Durante o
século XIX, a indústria teve um crescimento acelerado e desorganizado, Taylor
considerava que a falta de eficiência e a baixa produtividade estavam interligadas a
motivação de seus colaboradores, ele identifica ainda que esta insatisfação fosse
causada devido a péssima remuneração, deste modo os colaboradores não eram
incentivados a produzir (RIBEIRO 2006).
O sentido das práticas de Taylor era claro, pois ele visionava grande
aumento de suas produtividades e sucessivamente, apareceria o lucro dos patrões,
porém os salários teriam de ser aumentados em troca de melhor dedicação de cada
funcionário para a produção (BERNARDES, 2003).
A Administração Científica tem suas características a partir da racionalização
do trabalho que tem início no século XIX e é aceito no mundo no início do século XX.
A escola clássica por sua vez propõe uma maneira correta para a formação
de uma estrutura organizacional, estabelecendo as responsabilidades dos
administradores, determinadas por meio de uma compreensão sucinta e metódica
do trabalho a ser desenvolvido. Esta abordagem teve início com o engenheiro Henri
Fayol, o qual defendia uma concepção anatômica da empresa em termos da
organização formal (CHIAVENATO, 1994; LACOMBE E HEILBORN, 2003).
Sendo assim, também exigindo as responsabilidades dos administradores
por meio da compreensão e método a partir do trabalho executado pelos seus
funcionários; é uma escola que se identifica com as normas, princípios e um sistema
de regras administrativas (ANDRADE, 2007).
Então, Fayol definiu quatro grandes categorias que ainda hoje, com todas as
inovações tecnológicas e mudanças administrativas, ainda prevalecem, são elas:
produção, comercialização, finanças e administração (LACOMBE E HEILBORN,
2003).
Na maneira em que um administrador é capaz, e ao que cabe a ele, Fayol
enunciou as tão conhecidas atividades gerenciais.
• Planejar: calcular e delinear ações futuras.
• Organizar: providenciar os recursos materiais da organização.
• Comandar: dirigir, dar ordem, agir.
26
• Coordenar: combinação das ações, harmonia entre elas.
• Controlar: é a análise das ações, a confirmação se as ações estão
sendo concluídas conforme o planejado.
Os princípios da Administração de Fayol segundo Ribeiro (2006) foram:
divisão de trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando,
direção, remuneração do pessoal, centralização, hierarquia, ordem, equidade,
estabilidade, iniciativa e união, subordinação do interesse particular ao geral.
Destaca-se nesta parte a Teoria Burocrática, onde da mesma forma que
Fayol estudava as estruturas das organizações, Max Weber estudava as
organizações, com o sentido sociológico, denominando assim a burocracia; esta por
sua vez possui ênfase na formalização (normas), hierarquia (obediência de normas),
competência dos funcionários (LACOMBE E HEILBORN, 2003).
A burocracia atribui um sentido de racionalidade, sendo esta passível de
aplicação a qualquer tipo de organização, ela visa alcançar a padronização do
desempenho humano, tentando desta forma chegar à eficiência (RIBEIRO, 2006).
No início da história da Administração, acreditava-se que atuando com
regras, e procedimentos rígidos, seria a maneira correta de chegar à perfeita
administração.
A Teoria Burocrática pode ser comparada a Teoria Clássica, esta visava o
ambiente intra-organizacional, identificando desta forma autoridade racional. A
Teoria Burocrática preocupava-se em apresentar e exemplificar o comportamento
social; enquanto os clássicos tentavam aumentar a eficiência de uma forma
normativa e prescrita, a burocracia era da forma descritiva e explicativa (LACOMBE
E HEILBORN, 2003).
O autor Max Weber defendia um sistema moderno de produção, onde
procurou enfatizar a burocracia, como algo impessoal, com regras definidas, fazendo
com que as pessoas ficassem em segundo plano e enfatizando o processo de
autoridade (RIBEIRO, 2006).
Diante da história da Administração, percebe-se as modificações que
aconteceram ao longo dos anos, com isso a Administração ampliou suas áreas, e
definiu suas funções, e juntas a completam uma administração eficaz e eficiente.
27
2.2.1 Conceituando a administração e definindo suas funções
Para obter maior compreensão sobre o assunto a ser abordado nesta
pesquisa é preciso buscar conceitos abrangentes da Administração, bem como
tarefas e funções da mesma.
Certos conceitos de Administração têm sido desenvolvidos mediante
informações obtidas por meio de problemas já vivenciados e relacionados a
conceitos oriundos de outros campos da ciência, que adaptados à Administração
contribuem significativamente para o sucesso de muitas organizações
(KWASNICKA, 1995).
Entende-se a administração como um processo, o qual trabalha com
pessoas e recursos com a finalidade de alcançar objetivos organizacionais de
maneira eficiente e eficaz.
Diante desta definição, Chiavenato (1994, p. 3) relata a importância da tarefa
da Administração, cujo propósito é:
[...] Interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial através do planejamento, de organização, de direção e de controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos.
A Administração age de forma que as empresas caminhem rumo a seus
objetivos e metas, que conforme Certo (2003), ao designar atividades a serem
realizadas, estas geram um processo administrativo composto por quatro funções
básicas: Planejamento, organização, liderança e controle.
O planejamento define o que a empresa pretende alcançar futuramente e
como concretizar este desejo; ou seja, planejar envolve a escolha de tarefas que
devem ser desenvolvidas para que o objetivo das empresas seja alcançado. Para
que este processo seja possível, é necessário coletar informações e diagnosticar a
situação, estabelecendo desta forma políticas, metas e procedimentos que auxiliarão
no ato da decisão e na elaboração e implantação de planos (LACOMBE E
HEILBORN, 2003; CERTO, 2003).
O planejamento é avaliado das mais importantes estratégias utilizada pelas
empresas, a fim de alcançar o objetivo, sendo que, estabelecer metas, buscar dados
e informações contribuem para o sucesso do processo.
28
A organização reflete como a empresa busca desempenhar seu plano.
Segundo Daft (2005), este método “envolve a atribuição de tarefas, o agrupamento
destas em departamentos, bem como a atribuição de comando e alocação de
recursos pela organização”, além de gerar um mecanismo o qual permite colocar os
planos em andamento.
Neste processo, a organização permite uma melhor aplicação dos objetivos,
que foram definidos através do planejamento, considerando que promove o
aproveitamento de tempo, define funções, gera processos que agilizam a conclusão
do plano estabelecido.
Liderança consiste em dirigir um grupo de funcionários de modo a influenciar
seu comportamento, motivando-os a alcançar metas estabelecidas pela
organização. O líder empresarial com a finalidade de atingir objetivos por intermédio
de liderados age conforme a situação ou ocasião, podendo assim ordenar, motivar,
comandar, persuadir, compartilhar obstáculos e ações, ou delegar e cobrar
resultados, alterando a maneira de operar de acordo com as necessidades de cada
momento, visando atingir os propósitos da empresa (LACOMBE E HEILBORN,
2003; DAFT, 2005).
O papel do líder é de extrema responsabilidade, no cumprimento do projeto,
delegar funções, comandar e motivar sua equipe, bem como estar à frente e tomar
decisões que contribuem para com o crescimento da empresa, não é trabalho fácil,
porém competem ao líder.
A quarta função no processo administrativo é controlar, denominado um
procedimento contínuo; portanto, diante desta concepção é dever do gerente medir
o desempenho do trabalho realizado, compará-lo com o desejado, para assim tomar
as medidas corretivas precisas (DAFT, 2005; LACOMBE E HEILBORN, 2003;
CERTO, 2003).
O controle permite o monitoramento às atividades desempenhadas pelos
colaboradores, diagnosticando se a empresa está caminhando em direção à
realização de seus objetivos, buscando melhorias quando necessário.
O planejamento, a organização, a liderança e o controle, contribuem no
processo administrativo, veja a seguir as principais áreas da administração nas
concepções dos autores.
29
2.2.2 Áreas da administração
Nesta fase do trabalho, as amplas áreas da administração serão
apresentadas.
Administração da Produção: É considerada uma das áreas da
Administração, que tem sua base nos quatro princípios da Administração:
planejamento, organização, direção e controle do setor de produção de uma
empresa (SILVA, 2008).
Tem objetivo de controlar e manter estratégia sobre os recursos escassos,
(ser humano, tecnológico e outros); é uma área responsável pela produção de bens
e serviços.
Slack (2002, p. 34) cita que “a produção é a função central das organizações
já que é aquela que vai se responsabilizar de alcançar o objetivo da empresa”. Este
setor que vai girar o interior da organização, que faz acontecer o processo de
transformação, é a produção dos bens a serem proporcionados aos clientes.
Desta forma Brown (2006, p. 06), afirma que “operações não é tanto uma
função, mais sim uma atividade que abrange toda a empresa, e diferentes áreas,
tendo como objetivo principal a satisfação das necessidades dos clientes”.
Considerando a opinião de Brow (2006), Administração da Produção
trabalha com as operações produtivas, que têm quatro variáveis:
• Volume: é o processo que envolve um grande volume de
operações, um alto nível de repetição dos serviços.
• Variedade: comparam-se os produtos padronizados com os
flexíveis.
• Variabilidade: é a variação da demanda, ex: os serviços
temporários.
• Visibilidade: é a exposição de quanto à operação é vista pelo
cliente.
30
As organizações modernas buscam expandir as expectativas em qualquer
área, através da personalização, fabricação, fornecimento, e desta forma ficam
condicionadas a capacidade de concluir estas expectativas.
Na administração da produção existe um método denominado de sistema
de produção. Este sistema é responsável pelo processo de fabricação, da mão-de-
obra, é o local pelo qual o produto é produzido, este departamento aproveita alguns
temas que competem à gestão do marketing, tais como pesquisa de mercado,
promoção, vendas, e comercialização do produto.
O sistema de produção requer obtenção e utilização dos recursos
produtivos que incluem mão-de-obra, materiais, edifício, equipamentos,
capital (POZO, 2002, p 103).
A ocupação do sistema de produção é transformar as informações
recebidas, através do departamento de marketing, ou departamento de engenharia,
ou mesmos outros departamentos influentes, e planejar a produção, considerando a
capacidade produtiva da organização, a fim de atender a área de vendas, que
também esta interligada como processo de produção, e assim satisfazer as
necessidades da organização e de seus clientes.
Para Novaes (2001, p.343), no processo produtivo, mais flexibilidade,
significa maior habilidade para se adaptar às necessidades e preferências dos
consumidores.
Planejar o processo de produção é de muita importância para as indústrias,
pois este departamento é responsável por controlar todas as etapas da produção,
fazer previsão de erros, e consertá-los.
Essas funções colocam o departamento em uma atuação dinâmica e de controle e tenha uma posição em relação aos outros órgãos da empresa, possibilitando atingir objetivos globais da organização. (POZO, 2002, p. 104)
Planejar o processo de produção é de muita importância para as indústrias,
pois este departamento é responsável por controlar todas as etapas da produção,
fazer previsão de erros, e consertá-los.
Para o departamento de produção, produzir e atender aos pedidos e
demandas solicitados é indispensável que o departamento disponha de condições
31
plenas e adequadas para o bom desempenho das atividades, portanto a
necessidade do espaço físico na empresa.
Administração Financeira: A teoria financeira atravessa um processo de
transformação, essa mudança é notável, pois a tecnologia e inovação em relação à
teoria e a prática, fez os processos mais dinâmicos, científicos.
O conteúdo da Administração Financeira tem como objetivo o tratamento da
parte financeira da empresa, maximizar o capital, saber trabalhar com os recursos
financeiros; este setor fica responsável por prestar contas dos lucros (SILVA, 2008).
O valor da organização atualmente depende do fluxo de receita que se
almeja gerar no futuro. Neste sentido, identifica-se como objeto central da
Administração Financeira a valorização da empresa, assim como o modo pelo qual
as decisões podem ser tomadas para maximizar esta valorização considerando o
ponto de vista financeiro (KWASNICKA, 1995).
Para as famílias dos antigos, ter riqueza era manter posse sobre os
escravos e para o governo, era a cobrança de juros, os preços dos produtos, o
mercado, estes foram alguns dos motivos que impulsionaram o empenho do estudo
das finanças.
Existem documentos que abordam a não aceitação na época pela
sociedade, da atividade financeira, consideravam a fortuna pessoal como suspeita,
que para sociedade trazia característica de fortalecer a separação de classes e a
integridade ética dos indivíduos (MATIAS, 2007).
A religião possuía o controle, era ela que conduzia o comportamento dos
indivíduos, tinha influência sobre os governantes, e em toda a sociedade, até
mesmo no setor financeiro.
Já no século XX, a teoria das finanças passa a influenciar nas políticas, nas
economias e nas organizações. Tem o foco com o planejamento financeiro, análise
de projetos, preço futuro, eficiência do mercado, e outras funções; a área de
finanças é extensa e possui muita responsabilidade dentro da organização (HOJI,
2007).
A teoria financeira como ressalta Matias (2007), tem preocupação com os
preços, análise dos fluxos de caixas, fatores de desconto, ainda as mudanças que
acontecerão com o governo, a relação comercial, a alavancagem financeira, as
crises. Esses são exemplos de alguns fatores que poderão surgir, e as organizações
necessitam estar preparadas para tal, através de uma interação, do conhecimento.
32
Administração de Recursos Humanos: É o conjunto de pessoas de uma
organização. Tem como função planejar, coordenar e controlar a mão-de-obra
necessária para a formação do quadro de funcionários da organização.
A Administração de Recursos Humanos envolve as práticas e as políticas
que se fazem necessárias para conduzir os aspectos relacionados as pessoas, no
trabalho. Compete a área, a contratação, o treinamento, a remuneração,
oferecimento de um ambiente bom e seguro de trabalho, integração do pessoal,
conduzir análise de cargos, oferecer incentivos e benefícios, avaliar desempenho,
construir o desenvolvimento do colaborador, medidas para a segurança no trabalho.
O planejamento de Recursos Humanos, envolve uma avaliação do
desempenho e do potencial do colaborador. Algumas empresas, operam com estas
atividades centralizadas, mas elas devem operar em sintonia com os chefes de
cada unidade organizacional da empresa (DESSLER, 2003).
Ao longo dos tempos, as organizações veem se preocupando com a
complementação dos valores, considerados fundamentais, onde se observa
mudanças de seus recursos estratégicos. Assim o capital financeiro que até então
era o foco, teve sua atenção dividida com o capital humano. Diante de uma época
cheia de inovações , informações, o conhecimento e a criatividade, ganham
destaques, sendo considerados recursos de sobrevivência das organizações
(ASSIS, 2005).
A Administração de Recursos Humanos, busca atrair profissionais do
mercado de trabalho com a finalidade de prepará-los, adaptá-los, desenvolvê-los, e
infundi-los de forma estável ao esforço produtivo, formando profissionais
competentes e adequados as exigências das organizações (KWASNICKA, 1995).
Agregar talentos dentro das organizações tem sido um forte objetivo para os
profissionais de Recursos Humanos, pois é grande a responsabilidade em detectar,
de desenvolver o potencial do ser humano, pois se entende que isso contribui com o
crescimento e desenvolvimento pessoal e das organizações. Considera-se também
neste processo o trabalho qualificado, o indivíduo motivado e comprometido com
os objetivos da organização, estabelecendo os vínculos entre os seres humanos e o
negócio (MARRAS, 2000).
De acordo com Dessler (2003), referente a mudança no departamento de
Recursos Humanos “ o seu papel está mudando: de protetora, ela está se tornando
planejadora e agente de mudancas”.
33
Essa mudança no departamento de Recursos Humanos, pode ser
considerada uma estratégia de mudança, diante da concorrência no mercado, onde
as empresas estão apostando e investindo em seus em seus colaboradores,
tornando-os motivados e comprometidos, acreditando ser esta a chave para driblar
competitividade.
Administração de Marketing: O conceito de Marketing significa trabalhar
com potenciais de mercado, com o propósito de satisfazer necessidades e desejos
humanos. É um processo de planejamento e execução da concepção, preço,
promoção e distribuição de idéias, bens e serviços que satisfaçam metas individuais
e organizacionais (KOTLER, 2000).
Na Revolução Industrial, este estudo teve origem, pela necessidade das
indústrias administrarem a realidade, desta forma, ocorreu uma significativa
transformação nos mercados.
O Marketing destacou-se após a crise de 1929, época em que os Estados
Unidos, passou por uma depressão em que ocorreu a quebra dos mercados,
ocorreu que as pessoas não compravam mais, com isso as organizações, tomaram
providências e passaram a atender a necessidade dos mercados.
Assim, surgiu a valorização do produto, com isso surgiram os
consumidores, o chamado baby boomer, ou seja, os jovens que foram convidados a
partirem para guerra, antes de partir engravidaram suas esposas ou namoradas
favorecendo assim uma onda de bebes nascidos nos Estados Unidos, onde este
país torna-se o mais fértil, e acrescenta o mercado de fraldas, alimentos,
brinquedos, e graças a geração baby boom, o Marketing se estabeleceu na América
(COBRA, 2006).
Com o término da guerra fria, as organizações e países enfrentam uma
crescente competição global, nas áreas financeiras, sociais, políticas, entre outros,
daí surgem desafios e oportunidades a ser conquistada, desta forma, a área de
Marketing vem ajudando as organizações a tirar vantagens dessas oportunidades,
se apoiando no crescimento do mercado, focando na criatividade, buscando atender
os desejos e necessidades do consumidor (KOTLER, 2000).
O Marketing é também amplamente aproveitado para “vender” idéias e
propagandas sociais. Marketing “é o processo por meio do qual as pessoas
adquirem aquilo que necessitam e desejam, com a criação da oferta e livre
negociação de produtos e serviços.” (KOTLER, 2000, p. 30).
34
A Administração de Materiais: é uma atividade muito antiga tornou-se
muito mais importante quando a Logística se ampliou além das fronteiras das
empresas, com o objetivo principal de atender as necessidades e expectativas dos
clientes. Esta por sua vez, tem como objetivo principal, harmonizar os interesses
entre as necessidades de suprimentos e utilizar-se dos recursos financeiros e
humanos da empresa (GONÇALVES, 2004).
Considerando que o objetivo de uma empresa, é ampliar seus negócios e
obter lucro sobre o capital investido, faz-se necessário uma perfeita administração
de materiais, e a sintonia entre os departamentos envolvidos, para aplicação do
capital, para que o mesmo, não fique inativo causando prejuízo dentro de uma
organização.
É importante na Administração de Materiais, obter o máximo de informações
que competem ao departamento, e estabelecer estratégias de controle para que não
ocorram falhas, que podem ser várias, pode citar o desperdício de materiais, ou
mesmo perdas pela falta de estoque, pois com falta de produção, a empresa sofrerá
prejuízos, refletindo em todos os setores da organização desta forma, a área de
materiais merece mérito devido a sua grande utilidade (DIAS, 2006).
Na concepção de Gonçalves, 2004, existem três áreas consideradas
importantes a serem abordadas na Administração de Materiais, quais sejam:
• Gestão de estoques: a função é a de assegurar o suprimento
dos materiais, impedindo assim faltas, paralisações e outros problemas.
• Gestão de armazenagem: tem a função de receber os materiais
e efetuar a guarda bem como atender as solicitações dos usuários. Em uma
administração de materiais bem estruturada é possível alcançar vantagens
competitivas, pela redução de custos,
• Gestão de compras: analisar as condições de compra, e demais
aspectos com enfoque na negociação com o fornecedor e a satisfação do
cliente.
Seguindo o projeto, segue mais informações sobre a Administração de
Materiais, sua gestão, as áreas interligadas e sua competência.
35
2.3 Administração de materiais
O cuidado com os materiais iniciou nas organizações, desde a época dos
primórdios da Administração. Com o passar dos anos, diante de tantas
transformações, a Logística apresentou destaque, sendo bastante utilizada pelas
organizações. Essas mudanças trouxeram junto, a necessidade das organizações
se adequarem, para conseguir ingressar e, manter-se no mercado e desta forma, a
Administração de materiais, começou a ganhar espaço significativo nas
organizações.
A Administração de Materiais envolve o fluxo de materiais, e este fluxo parte
desde o fornecedor até o consumidor final.
De acordo com Arnold (1999, p. 17), algumas atividades relacionadas a este
fluxo incluem o fornecimento físico, planejamento e controle da produção e
distribuição física.
Para Gonçalves (2004, p. 02) “a administração de materiais tem o objetivo
de conciliar os interesses entre as necessidades de suprimentos e a otimização dos
recursos financeiros e operacionais da empresa”, a fim de cooperar para o
desenvolvimento dos demais departamentos, e conseqüentemente refletindo no
crescimento da organização.
O processo da administração de matérias inicia-se no fornecedor da matéria-prima, acompanhando seus intermediários, até o produto chegar a seu destino final. Se os investimentos em estoque, forem bem otimizados, e bem administrados tanto em termos de negociação e estratégia de aquisição quanto de dimensionamento dos estoques e projetos de sistema de distribuição, eles poderão ser significativamente reduzidos e otimizados com elevados ganhos para as empresas. (GONCALVES, 2004 p. 02)
A Administração de Materiais, abrange todo planejamento de controle, dos
fluxos de materiais bem como deve ter técnicas e tecnologias para agilizar os
processos da área.
A administração de recursos é em grande parte baseada em técnicas que integram os elementos de tecnologia e manufatura e aperfeiçoam a utilização de pessoas, materiais e instalações ou equipamentos. (Martins, 2006, p.50).
36
De acordo com Arnold (1999, p. 26), o planejamento e o controle dos fluxos
dos materiais têm objetivos de:
• Maximizar a utilização dos recursos da empresa,
• Fornecer a nível requerido de serviço ao consumidor.
Existem várias técnicas utilizadas, na Administração que visam os objetivos
citados acima.
Pode-se explanar algumas delas, como a técnica do Just-in-time (JIT),
sendo um sistema que fornece produtos de acordo com a necessidade da produção,
procura eliminar tudo aquilo que não agrega valor ao produto, ou serviço, emprega
controle através de inventários, desde o fornecedor até o consumidor final, com
objetivo de melhorar a qualidade, reduzir custos do produto e agilizar o prazo de
entrega (MARTINS, 2006).
Outra técnica utilizada, na gestão de materiais, é o sistema Kanban (cartão
em português), incide no gerenciamento e monitoramento da fábrica, com finalidade
de controlar e garantir a qualidade dos produtos e serviços, evitando o desperdício,
produzindo seus produtos nas quantidades necessárias, assim, as entregas
determinam os níveis de estoque. Na concepção de Martins (2006) o Kanban não
empurra a produção – ele a puxa.
O clássico MRP (materials requirement planning) mantém seu foco na
gestão, envolve a otimização e melhor utilização das variáveis tempo e volume, com
o objetivo de contribuir com o planejamento e controle da produção, avaliar as
quantidades indispensáveis de cada material reservado á manufatura de
determinado produto, cumprindo com os prazos em que esses materiais devem
estar disponíveis para serem agregados ao produto final (GONCALVES, 2004)
Reforçando também de acordo com o autor acima citado existem as três
áreas já citadas que são importantes, e fazem parte da Administração de Materiais:
gestão de estoques, gestão de compras e gestão de armazenagem.
A área de Gestão de Compras inicia-se na escolha do fornecedor,
considerando aquele que ofereça produtos de qualidade, com preço acessível,
respeitando o prazo de entrega, além de controlar a compra na quantidade certa
para não faltar material na produção (MARTINS, 2006).
37
A área de Gestão de Estoques é responsável por garantir o bom
funcionamento do departamento de materiais, controlando e organizando os
materiais em estoque, e principalmente, evitando a falta dos produtos, e dos
materiais para a produção (MARTINS, 2006).
Já a área de Gestão de Armazenagem tem o objetivo de receber os
materiais, adquiridos pela organização, e efetuar a devida guarda e movimentação
dos mesmos, de maneira eficaz e eficiente (MARTINS, 2006).
Além das áreas citadas acima, a Administração de Materiais, está interligada
a outras áreas na organização tais como: financeiro, produção, vendas, recursos
humanos, distribuição física e informática. Assim deve existir um elo entre estes
departamentos, onde deve permanecer a integração e o bom relacionamento entre
os envolvidos em prol do bom desempenho da organização.
Quando a Administração de Materiais é bem planejada, permite a
organização obter vantagens competitivas, através da redução de custos, na
melhoria nas condições de compras, através do contato e relacionamento com os
fornecedores, refletindo assim, na satisfação dos clientes consumidores.
Algumas empresas, hoje em dia, optam em ter poucos, porém bons
fornecedores, baseadas na forte parceria, com o objetivo de garantir a qualidade dos
produtos, desde o fornecimento, e assegurar que o produto final atenda as
expectativas dos clientes (MARTINS, 2006).
Todo esse processo da Administração de Materiais tem um grande objetivo
dentro da organização, reduzir custos, considerando que se os investimentos em
estoques forem bem administrados (negociações, aquisições, distribuição), os
resultados, podem representar um ganho significativo para as organizações
(GONÇALVES, 2004).
Considerando os vários fatores importantes para o bom desempenho da
Administração de Materiais, pode-se ressaltar a grande importância da Gestão de
Estoques neste processo, sendo responsável por todo controle dos itens e,
sobretudo, responsável por evitar a falta de materiais, que acarreta conseqüências
prejudicando o funcionamento do departamento, dentre outras competências, como
apresentado a seguir.
38
2.3.1 Gestão de estoque
Hoje em dia, as organizações procuram vantagens competitivas em relação
aos seus concorrentes, e buscam alternativas para aperfeiçoar seus métodos, e
atender seus clientes, no tempo certo e na quantidade necessária para satisfazer
seus desejos; esta é uma das estratégias empregadas pelas organizações dentro da
Gestão de estoque (MARTINS, 2006)
De acordo com Arnold (1999, p. 265) “a administração de estoque, é
responsável pelo planejamento e controle do estoque, desde o estágio da matéria-
prima até o produto acabado entregues aos clientes”, por isso a necessidade de
uma boa gestão do departamento.
A gestão de estoques torna o processo produtivo mais ágil, possibilitando o
aumento da produção, sem a necessidade de esperar pelo processamento de novos
pedidos ou pelas entregas.
Conforme Dias (2006, p19), “o objetivo, portanto, é otimizar o investimento,
aumentando o uso eficiente dos meios financeiros”. Todo processo tem a finalidade
de desempenhar um controle com detalhes, organizar de maneira eficiente o
departamento e manter o domínio de estoque, do pedido, da demanda, bem como
entrada e saída de materiais, promovendo a redução de custos sobre o capital
investido.
Vários departamentos na organização estão integrados ao departamento de
estoques são eles: departamento de compras, departamento de produção,
departamento de vendas, e departamento financeiro, e todos devem trabalhar
harmonicamente para não prejudicar o funcionamento da organização.
A função de planejar e controlar estoques é fator primordial numa boa administração do processo produtivo. Preocupa-se com os problemas quantitativos e financeiros dos materiais, sejam eles matérias-primas, matérias auxiliares, matérias em processo ou produtos acabados (POZO, 2002, p 35).
Embora o estoque de materiais, seja indispensável para o funcionamento do
processo de produção, ele agrega um custo, e este custo muitas vezes ocasiona
conflitos, entre os departamentos, principalmente o departamento financeiro. Por
39
outro lado pode-se considerar vantajoso, pois se vive em um mundo em que o valor
dos produtos, é bastante variável, e nesta questão é conveniente e lucrativo manter
um estoque em um período de tempo (GONÇALVES, 2004).
Pozo (2002, p 35), apresenta uma lista simplificada dos objetivos do
planejamento e controle de estoques:
• Assegurar o suprimento adequado de matéria-prima, materiais
auxiliar, peças e insumos ao processo de fabricação;
• Manter o estoque mais baixo possível para atendimento
compatível às necessidades vendidas;
• Identificar os itens obsoletos e defeituosos em estoque para
eliminá-los;
• Não permitir condições de falta ou excesso em relação à
demanda de vendas;
• Prevenir contra perdas, danos, extravios ou mau uso;
• Fornecer bases concretas de dados para a elaboração do
planejamento de curto, médio e longo prazo, das necessidades em estoque;
• Manter os custos nos níveis mais baixos possíveis, levando em
conta os volumes de vendas, prazos, recursos, e seu efeito sobre o custo de
venda do produto.
Gonçalves (2004) considera essencial a gestão de estoque, imprescindível
para o funcionamento da organização.
Ainda de acordo com o autor, no processo de produção, é fundamental a
existência de estoque de matérias-primas e dos componentes para a fabricação do
produto. Mesmo diante de diversas técnicas avançadas de produção é preciso
conservar o mínimo que seja de estoque pelo menos para suprir a necessidade do
momento.
O estoque auxilia a organização a elevar ao máximo o atendimento aos
clientes, protegendo-a das inseguranças. Arnold (1999 p. 268) escreve que “se fosse
possível prever exatamente o que os clientes querem e quando, um plano seria feito
para satisfazer a demanda da incerteza”, assim, é necessário também produzir
considerando o incerto.
40
Satisfazer ao cliente é fundamental, para isso os objetivos de muitas
organizações são: acertar na hora e na quantidade correta. Desta forma a agilidade,
e eficiência na distribuição das mercadorias, adquirem cada vez mais um papel
significativo no alcance da vantagem competitiva (MARTINS, 2006).
Para a execução na Gestão de Estoque, alguns conceitos são fundamentais
para o entendimento e aplicação da mesma. Na seqüência, alguns destes pontos
serão apresentados.
2.3.1.1 Curva dente de serra
A Curva dente de serra, é um dos fundamentos da área de materiais que
possibilita o domínio de entrada e saída de um determinado material, considerando
fatores como tempo, quantidade (ARNOLD, 1999).
A curva é construída pela movimentação (entrada e saída) de um
determinado item dentro de um período de tempo e pode ser analisada através do
gráfico, considerando a quantidade (Q) e o tempo decorrido. Para o consumo,
geralmente calculado em meses, segue classificadas pelas quantidades em
unidades de determinada peça em estoque, isso no intervalo do tempo. Esta
apresentação é chamada dente de serra (DIAS, 1995).
Figura 1 – Gráfico dente de serra Fonte: Dias (1995)
41
Analisando a Figura 2.1 Gráfico dente de serra, se determina um ponto, e em
conseqüência, uma quantidade que ficasse de reserva, para suportar os atrasos de
entrega, entre outras ocorrências, a probabilidade do o estoque ir a zero, e assim
não atender a produção ou ao requisitante, seria bem menor. Pode-se representar
este ponto a seguir
Utilizando exemplo do autor acima: o estoque teve início com 140 unidades,
foi consumido durante determinado tempo (janeiro a junho) até chegar a “zero” no
mês de junho. Supondo que este consumo tenha sido igual mensalmente, logo
quando o estoque chegou à zero, deu entrado no almoxarifado uma quantidade de
140 unidades, fazendo com que ele retornasse a posição anterior. Este ciclo sempre
será repetido e constante se:
• Não existir alteração de consumo durante o tempo T;
• Não existirem falhas administrativas que provoquem um
esquecimento ao solicitar a compra;
• O fornecedor da peça nunca atrasar sua entrega; e
• Nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de
qualidade.
Em muitas empresas, as regras acima dificilmente são seguidas, pois sempre
ocorrem imprevistos no decorrer do processo, seja por atraso na entrega de
mercadorias, ou mesmo pela falta de controle da operação.
Na concepção de Dias (1995 p.55), “estas ocorrências e mesmo outras que
possam vir a ocorrer, são consideradas normais e podem acontecer em qualquer
departamento na organização”.
O mesmo autor acrescenta que o consumo de matéria-prima sempre é
variável e nunca se pode confiar plenamente nos prazos de entrega dos
fornecedores, pois como em todo sistema existem falhas de operação, e sempre
haverá o risco entrega de material. Caso isto ocorra freqüentemente, deve-se criar
um sistema que controle essa casualidade, para diminuir o risco de ficar com o
estoque zero durante algum período. A figura abaixo representa este tipo de
situação, chamada Dente de serra com ruptura, veja:
42
Figura 2 – Dente de serra com ruptura Fonte: Dias (1995)
De acordo com a figura anterior 2.13 Dente de serra com ruptura, entende-
se que as falhas são sempre previstas em qualquer operação, para tanto a empresa
deve se proteger considerando a grande probabilidade de erros. Neste contexto o
próximo item irá tratar a importância dessa proteção, e manter o estoque mínimo
para não prejudicar o processo no departamento produtivo da empresa.
2.3.1.2 Estoque mínimo ou estoque de segurança
Ter estoque mínimo ou estoque de segurança significa manter um estoque
extra, garantindo uma quantidade mínima em estoque para não interromper as
funções produtivas.
A determinação do estoque mínimo é considerada uma das mais
importantes informações para a administração do estoque, pois está diretamente
ligada a imobilização financeira da empresa (DIAS, 2006).
Segundo Arnold (1999), na determinação do estoque de segurança é
necessário afastar a insegurança do processo, essa insegurança acontece quando a
quantidade de suprimentos ou de demanda é alterada, ou seja, quando a demanda
é maior ou menor do que a esperada em determinado período.
43
Para Dias (1995), estabelecer uma margem de segurança pequena pode
ocasionar custos de ruptura, que são os custos de não haver materiais disponíveis
quando necessários, logo, ocasiona prejuízo de vendas, paralisação da produção,
despesas com entregas entre outros.
Essas incertezas podem acontecer em vários momentos esperados ou não
pela organização, que pode ocorrer no período de entrega ou recebimento do
produto, ou ainda quando um cliente ou um fornecedor altera a data de entrega do
produto.
Estabelecer um estoque mínimo é o risco que a empresa adquiriu com
relação a ocorrência de falta de estoque. Pode-se determinar o estoque mínimo de
diversas maneiras, mas uma bastante aceita é:
EMin = ∂ x.K
∂ = 1
²)(
−
−
n
CmCE
Onde:
Emin: estoque mínimo
C: consumo
Cm: consumo médio mensal
K: fator de segurança com o qual se deseja garantia contra um risco
∂: desvio padrão
Jacobsen (2006) define estoque de segurança, como sendo a
quantidade de material que se determina conservar em estoque com o objetivo de
equilibrar imprevistos do tipo: rejeição do lote adquirido, diferença entre estoque real
e o informado, divergências na remessa por parte do fornecedor, dentro outros.
Segue Figura 3 com amostra do gráfico dente de serra utilizando o estoque
mínimo, de acordo com Dias (2006, p.57).
44
Figura 3 – Dente de serra utilizando estoque mínimo Fonte: Dias (1999)
Exemplo na concepção do autor de acordo com o gráfico acima: Supondo
que o estoque se inicia com 140 unidades, sendo consumido e, quando chegasse a
20 unidades, seria reposto em 120 unidades, retornando assim as 140 unidades
iniciais. Desta forma as 20 peças, serviriam de segurança para imprevistos que
pudessem ocorrer durante o prazo de entrega do material.
Ainda que as 20 peças sejam um estoque parado é indispensável mantê-lo
como prevenção e não poderá ser esquecido, pois mesmo parado representa capital
investido.
Segundo Martins (2006) o estoque de segurança é determinado para
receber uma ampliação na demanda, desta forma o ponto de pedido (PP), emite um
novo pedido de compra.
2.3.1.3 Ponto de pedido
O ponto de pedido é um método utilizado com o objetivo de controlar e
identificar a quantidade de produto ou matéria-prima disponível no estoque, que
indica o momento exato de se realizar o pedido de reposição.
O ponto de pedido possibilita detectar que quando o estoque for igual a
determinada quantidade é necessário tomar certas providências visando eliminar o
risco da falta (DIAS, 1995).
45
Esse método permite identificar a quantidade de itens que existe no estoque a
qual uma vez atingida, gera como ação um pedido de compra.
Ainda Dias (1995, p. 58) escreve que para calcular o ponto de pedido, deve-
se considerar o tempo de reposição, sendo que esse tempo pode ser dividido em
três partes:
a) Emissão do pedido: corresponde ao tempo que leva desde a emissão
do pedido de compra pela empresa até ele chegar ao fornecedor;
b) Preparação do produto: considera o tempo que leva o fornecedor para
fabricar os produtos, separá-los, emitir faturamento e deixá-los em
condições de serem transportados;
c) Transporte: analisa o tempo que leva da saída do fornecedor até o
recebimento pela empresa dos materiais encomendados.
O ponto de pedido necessita ser emitido enquanto ainda se tem estoque
disponível para atender a demanda do período, até que seja reposto o novo estoque
(ARNOLD, 1999).
O ponto de pedido pode ser definido pela aplicação da seguinte fórmula:
PP = E. Min + C x TR
Logo:
PP = Ponto de Pedido
C = Consumo Médio
TR = Tempo de Reposição
E.Min = Estoque Mínimo
Exemplo, segundo Dias (1995, p. 60): Uma peça é consumida a uma razão
de 30 por mês, e seu tempo de reposição é de dois meses. Qual será o ponto de
pedido, uma vez que o estoque mínimo dever ser de um mês de consumo?
PP = (C.TR) + E.Mn
PP = (30.2) + 30
PP = 90 unidades
46
Na concepção de Dias (1995, p. 59) para calcular o ponto de pedido (PP),
considera-se:
• Estoque existente (físico);
• Os fornecimentos em atraso; e
• Os fornecimentos em aberto ainda dentro do prazo.
O mesmo autor escreve que o estoque disponível pode ser chamado de
estoque virtual, sendo:
Estoque Virtual = Estoque Físico + Saldo de Fornecimento
Algumas empresas que possuem controle de qualidade de recebimento,
também incluem o estoque em inspeção no estoque virtual, segue:
Estoque Virtual = Estoque Físico + Saldo de Fornecimento + Estoque
de Inspeção
Desta forma, explica o autor para o exemplo anterior que, quando o estoque
virtual chegar a 90 unidades, deverá ser emitido um pedido de compra da peça, para
que ao fim de 60 dias, chegue ao almoxarifado a quantidade comprada, assim que
atingir o estoque mínimo.
Conclui-se que, o ponto de pedido é considerado um identificador, e ,
quando o estoque virtual é alcançado, então precisará ser reposto o material, sendo
que a quantidade da diferença no estoque passaria para o consumo durante esse
tempo de reposição (DIAS, 1995).
Outro conceito fundamental na Gestão de Estoque é o que diz respeito a
mobilidade do estoque, ou seja, seu giro. A seguir segue definição referente ao giro
de estoque.
47
2.3.1.4 Giro de estoque
O giro de estoques tem o objetivo de medir quantas vezes, por unidade de
tempo, o estoque se renovou ou girou (MARTINS, 2006). E pode ser calculado pela
formulação abaixo:
Giro de estoques = valor consumido no período
valor do estoque médio no período
Ainda segundo o autor acima; o giro de estoque mede quantas vezes, por
unidades de tempo o estoque se renovou e girou em determinado período de tempo.
Também é possível calcular o giro baseado em valores financeiros.
Em qualquer empresa existe um período considerado normal para manter
materiais em estoque, porém se esses itens forem mantidos em estoque além do
período previsto, ocorre acréscimo nos custos e efeito no investimento, prejuízo no
retorno deixando de aumentar o capital da empresa
De acordo com Jacobsen (2006) em princípio, o giro de estoque indica maior
circulação de capital, imobilizando o mínimo de recursos, entretanto, se o giro for
muito baixo poderá indicar imobilizações demasiadas em estoque e
consequentemente grande imobilização de capital.
Obter o conhecimento de por quanto tempo o estoque existente permite a
operação, é uma informação importante e possível ser determinada através do
conceito da cobertura de estoque.
2.3.1.5 Cobertura de estoque (ou anti-giro)
Cobertura de estoque indica o número por unidade de tempo, por exemplo,
dias, que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média. Abaixo a
formulação que permite a determinação da cobertura de acordo com Martins (2006,
p. 204).
48
Cobertura (em dias) = Número de dias do período em estudo ou
Giro
Cobertura = Estoque médio no período
Consumo no período
A formulação acima permite identificar a quantidade de um determinado item
em estoque que é necessária para cobrir a demanda em determinado período, para
tanto é indispensável fazer a previsão desta demanda antes de ser realizada.
2.3.1.6 Previsão
Previsão faz parte do planejamento do negócio das empresas, toda ação
futura em qualquer departamento deve ser planejada, antes de ser executada.
Na concepção de Gonçalves (2004) prever a demanda futura de bens e
serviços é fundamental para a preparação de um plano de trabalho que compreende
o dimensionamento das competências envolvidas, bem como a disponibilidade e
quantidade de materiais necessários para a produção dos bens e serviços.
A previsão é uma introdução do planejamento. Para Arnold (1999, p. 229)
“antes de fazer planos, deve-se fazer uma avaliação das condições que existirão
dentro de um período futuro”.
Vale ressaltar que previsão não define valores corretos, previsão está
relacionada com erro, e este deve ser considerado de acordo com o real pretendido.
Para Dias (1995), a previsão de consumo ou da demanda estabelece estimativas
futuras dos produtos acabados ou comercializados pela empresa.
A previsão para o próximo período pelo método da média móvel pode ser
obtida calculando a medida dos valores de consumo nos (n) períodos anteriores,
veja fórmula:
Xm = X1 + X2 + X3 + ......... / n
sendo:
49
Xm: consumo médio,
X: consumo nos períodos anteriores,
n: número de períodos.
De acordo com Martins e Laugeni (2005), no contexto de previsão, existe a
média móvel ponderada, que se atribui um peso a cada um dos dados, sendo que a
soma dos pesos deve ser igual a 1(um), segue:
Xmp: ∑ ( i = 1 = n) Ci x Xi / ∑Ci = 1 = n ) C
ou seja:
Ci = peso dado ao i = ésimo valor
Xi = consumo nos n períodos anteriores.
O método dos mínimos quadrados de acordo com
Ainda de acordo com os mesmos autores anteriormente citados, existem 3
(três) tipos de previsão: curto, médio e longo prazo, como mostra o quadro a seguir:
TIPO HORIZONTE MÉTODO
Curto Prazo até 3 meses Estatístico
Médio Prazo 2 ou 3 anos Explicativos ou Economérico
Longo Prazo > 3 anos Explicativos ou Economérico
Quadro 1 – Tipos de previsão Fonte: Martins e Laugeni (2005)
Exemplo: Numa previsão da demanda de automóveis no futuro, deve-se
considerar que a demanda depende do tamanho da população (P), e, da renda per
capita (R). Pode-se, por exemplo, formular um modelo que explique a quantidade de
veículos a ser demandada (V), sendo:
V = K x P x Rβ
E o modelo anterior é um modelo econométrico que explica a demanda de
automóveis.
Segue abaixo algumas características das previsões que devem ser
ressaltadas, segundo Gonçalves (2004, p. 11).
50
1) Nenhuma previsão é perfeita, assim os valores são previstos
e fixados dentro de certos limites de tolerância.
2) Quanto maior o horizonte de planejamento, mais imprecisas
são as estimativas, sendo assim, prever as necessidades próximas da
semana tem muito maior confiabilidade do que estimar as necessidades
do próximo ano.
3) Fazer previsões para família de produtos leva a maior chance
de acerto do que fazer previsões individuais de cada produto.
A previsão pode ser avaliada como o ponto de partida de todo planejamento
da empresa.
Muitos clientes exigem produtos à pronta entrega, por este motivo, a
empresa deve adiantar a demanda futura de produtos ou serviços, além de planejar
a capacidade para satisfazer à demanda (ARNOLD, 1999).
Fazer previsão permite analisar e estabelecer quais produtos, bem como
que quantidades serão compradas pelos clientes; também disponibiliza informações
que permitem decidir quais serão as dimensões e a distribuição no tempo da
demanda dos produtos acabados. Podem ser classificadas em quantitativas e
qualitativas (DIAS, 1995).
Quantitativas referem-se à evolução das vendas no passado; variáveis de
fácil previsão relativamente ligadas a vendas, influência da propaganda, variáveis de
criação ou inovação de produtos ligados a vendas entre outros.
Qualitativa está relacionada à opinião dos gerentes, dos vendedores, dos
compradores, pesquisas de mercado e outros meios a fim.
O mesmo autor apresenta três técnicas utilizadas na previsão: projeção,
explicação e predileção.
a) Projeção: são aquelas que admitem que o futuro seja a
repetição do passado, essa técnica é de natureza quantitativa.
b) Explicação: procura-se explicar as vendas do passado
mediante as leis que relacionem as mesmas com outras variáveis
previsíveis.
c) Predileção: está relacionada com funcionários e
conhecedores de fatores influentes nas vendas e no mercado.
51
Na previsão é necessária a união desses fatores, considerando que, para
fazer uma projeção é necessário, ter conhecimento do produto ou serviço, neste
processo utiliza-se a classificação e codificação de materiais, que contribuem para
eficiência do processo, veja a seguir.
2.3.1.7 Classificação e codificação de materiais
A classificação e codificação de materiais são consideradas importantes,
para todos os departamentos na organização.
A necessidade de um sistema de classificação é primordial para qualquer
departamento de materiais, pois sem ela não pode existir um controle
eficiente dos estoques, procedimento de armazenagem adequado e uma
operacionalização do almoxarifado de maneira correta. (DIAS, 2006, p.
178).
Classificar é um processo de codificar, numerar, identificar o produto, de
acordo com sua forma, tipo, tamanho, sua finalidade, enfim, levantar um histórico
com informações suficientes, para facilitar o controle, e manejo dos profissionais da
área.
Esta classificação é empregada, para ganhar tempo no que diz respeito à
procura do material ou produto, assim reduzindo possíveis erros de controle com
produtos semelhantes. Para Dias (2006) classificar um material, favorece sua
normalização, reduzindo despesas ou evitando que elas oscilem.
A especificação do material ou produto, quanto mais detalhada, melhor será
o entendimento entre o consumidor com o fornecedor.
A codificação tem a finalidade de identificar com facilidade o produto ou
material desejado, por meio dos códigos determinados por sistemas, e escolhidos
pela organização, para melhor forma de manuseio e trabalho dos colaboradores.
Várias são as possibilidades de implantar um sistema de codificação,
segundo Dias (2006), as formas mais utilizadas são através do alfabeto, ou
alfanumérico, ou ainda numérico também chamado de decimal
52
A seguir exemplo de codificação alfanumérico (letras e números), mostrando
a possibilidade de classificação, segundo (Pozo, 2002, p 54).
A . BC – 201 . 010,
Dígito de identificação do item
Dígito de identificação do grupo
Dígito de identificação da classe
Dígito de identificação de controle.
A classificação e codificação podem ser adaptadas, conforme a necessidade
da organização, de forma, que a ajude no processo, de registro de informações e
controle dos materiais, ou produtos, que estão em estoque, e mesmo os produtos
em falta, com intuito de viabilizar, e agilizar o processo, com objetivo de contribuir
para o andamento dos demais departamentos.
Neste contexto, a seguir a formulação da classificação ABC no sentido de
conhecer e saber classificar e identificar os itens de acordo com sua importância,
com a principal finalidade de auxiliar em uma gestão estoque eficiente.
2.3.1.8 Classificação ABC
O estudo da curva ABC, foi desenvolvido por volta de 1987, pelo economista
italiano Vilfredo Pareto. Naquela época, o estudo desenvolvido objetivava entender a
proporção da distribuição de renda das pessoas. Desta forma com o passar dos
anos, o finalidade foi mudando e começou a atender as necessidades das
organizações, se tornando uma ferramenta muito aproveitada na área de
administração.
A curva ABC, tornou-se difundida nos departamentos de estoques,
produção, vendas e ainda tem utilidade ampla em vários departamentos da
organização.
53
Este método é bastante aplicado na Gestão de Estoques, pois tem o
desígnio de analisar os itens, classificá-los, visando um controle eficiente do
estoque.
O principal objetivo de análise ABC, é identificar os itens de maior valor de demanda e sobre eles exercer uma gestão bem mais refinada, especialmente porque representam altos valores de investimento e seu controle, mais apurado vai permitir grandes reduções nos custos de estoque. (GONCALVES, 2004, p. 136)
A curva ABC, ordena os itens do estoque, por meio de classificação, de
acordo com sua importância, levando em consideração seu custo e sua demanda.
A curva ABC, é distribuída em torno de 20% dos itens, que representam
cerca de 80 % do valor de consumo. Conforme Gonçalves (2004, p. 137) esses
percentuais vão variar significativamente em função do perfil da empresa, ao número
de itens de estoque, e da evolução de seus consumos.
Na Figura 4 a seguir, observa-se o gráfico da curva ABC de acordo com
Pozo (2002, p. 86). Onde, se apresenta a porcentagem de valor versus a
porcentagem de itens. Sendo, eixo X a porcentagem de valor e o eixo Y a
porcentagem de itens.
Figura 4 - Gráfico da curva ABC Fonte: Pozo (2002, p. 86).
54
Neste contexto, toda ação da curva ABC, tem a função de auxiliar o
departamento de estoques, a assumir decisões rápidas, a fim de gerar resultados
positivos para a organização.
Segue abaixo, a classificação ABC de acordo com Pozo (2002, p. 86).
• Itens de classe A: Considerados os itens mais importantes, eles
merecem atenção duplicada, são classificados em média 80% do valor
monetário e no máximo 20% dos itens estudados.
• Itens de classe B: São os itens intermediários, a ser analisados,
fica em segundo grau de importância, os dados correspondem em média, a
12% do valor monetário total do estoque, e no máximo 30% dos itens
estudados.
• Itens de classe C: Embora apresente maior quantidade, são
itens de menor importância, são analisados, após análise dos itens A e B, em
geral 5% do valor monetário, porém mais de 50% dos itens, formam sua
estrutura.
A curva ABC, assume cada dia mais valor no departamento de estoques,
para tanto, em sua construção, deve-se considerar alguns aspectos, que na
concepção de Dias (1995), são indispensáveis:
1) Necessidade da Curva ABC, discussão preliminar e definição
dos objetivos,
2) Verificar as técnicas que serão utilizadas na análise, tratamento
de dados, cálculo manual, mecanizado ou eletrônico,
3) Obtenção da classificação: classe A, classe B e classe C, sobre
a ordenação efetuada, tabelas explicativas e traçados do gráfico ABC.
4) Análise e conclusões,
5) Providências e decisões.
Desta forma, para concluir todos os passos de construção da curva ABC,
faz-se necessário, a colaboração de profissionais treinados, e preparados para
atuar, ordenar. No próximo item apresenta-se a contribuição da Gestão de Compras
para o sucesso da Gestão de estoques.
55
2.3.2 Gestão de Compras
Antigamente a gestão de compras, era vista como uma atividade burocrática
e repetitiva, sendo considerada como um centro de despesas, porém ao longo dos
anos, passou a assumir um papel estratégico nas organizações sendo hoje
considerada extremamente importante no planejamento organizacional, vista como
centro de lucros (MARTINS, 2006).
Esta gestão, entre outras funções controla os pedidos, procurando contribuir
na diminuição de custos para a organização, por meio de negociações com os
fornecedores.
A função de compra é um segmento essencial do departamento de materiais, ou suprimentos que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais e serviços, planejá-los quantitativamente e satisfazê-los no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar o armazenamento. (DIAS, 2006, p. 235).
O processo de compras desempenha atividades, do tipo, avaliar a
procedência do produto a ser adquirido, pesquisar preços, saber negociar,
apresentar conhecimento no assunto, desenvolver bons relacionamentos com os
fornecedores, além disso, envolve algumas atividades relacionadas ao recebimento
e armazenagem das mercadorias (MARTINS, 2006).
É importante saber comprar, a organização, necessita de um profissional
qualificado para desenvolver a atividade, pois o processo de negociação é
complexo, e ordena inteligência na busca por preço, prazo, atitude, e precisão no ato
de negociar. Dias (2006, p.236) escreve que “comprar bem inclui a verificação dos
prazos, preços, qualidade e volume, ter bom relacionamento com os fornecedores,
pode prevenir problemas do tipo alcançar metas à produção”.
Com relação a compras, Gurgel (1996), afirma que existem dois aspectos do
problema de compras: aspecto do mercado de oferta, e outro voltado para o interior
da empresa, seguem:
Classificação da empresa quanto ao mercado fornecedor:
• Produtos de venda corrente,
• Produtos com preços fixados correntemente,
56
• Fornecimento sob encomenda, com preços fixados pelo
fornecedor,
• Fornecimento em regime de escassez.
Classificação das compras quanto a freqüência da necessidade de
suprimentos pela empresa:
• Compras constantes e habituais,
• Compras programadas,
• Compras de investimentos,
• Compras de emergência,
• Compras sofisticadas.
As organizações têm a opção de centralizar, ou descentralizar o
departamento de Compras, neste caso pode ocorrer de outros departamentos sentir-
se prejudicados, o autor Gurgel (1996), explica que “centralizar apresenta aspectos
realmente positivos, pela redução dos preços médio de aquisição, apesar de para
certos tipos de compras ser aconselhável a aquisição via descentralização”, esta
alternativa a organização deve optar para melhor fluir o departamento.
Na administração de Materiais, a seleção do fornecedor, é considerada
primordial, segundo Pozo (2002, p.139) “sua escolha depende de preço, qualidade,
continuidade de fornecimento e localização”.
A seleção citada acima está ligada a Logística de distribuição, considerando
o prazo combinado, a distância percorrida e a entrega da mercadoria entre o
fornecedor e o comprador.
Compras está integrado com alguns fatores, os quais dever ser
considerados, nas decisões de organização e controle; segue abaixo, de acordo
com Gurgel (1996):
• Complexidade técnica do produto a ser comprado,
• Valor do item,
• Freqüência de compra,
• Essencialidade do produto,
• Conseqüência de uma decisão errada.
57
Destaca-se neste processo, a confiabilidade entre comprador e fornecedor, o
empenho de desenvolver uma parceria que agrade as partes envolvidas.
Quando o fornecedor passa a suprir as necessidades da organização, o
serviço de compras torna-se responsável em manter um registro, uma
documentação informativa, referente ao comportamento do fornecedor. Tal
documento deve permitir consultas rápidas e eficientes pelos administradores da
organização, com objetivo de agir com segurança na tomada de decisão. Caso
tenham que eliminar ou beneficiar um fornecedor, é através dos dados
documentados que poderão tomar a atitude correta (GURGEL, 1996).
Para alcançar e executar todos os objetivos que competem o departamento
de compras, a comunicação, e integração entre os departamentos, ou processos, é
importante. Esta integração precisa acontecer de maneira eficaz, recebendo e
processando informações, remetidas dos vários departamentos normalmente
localizados na organização, para atender a necessidades da organização, obtendo
retorno desejado (DIAS, 2006).
Considerando a grande importância da Gestão de Compras, e os vários
processos que contribuem para a eficácia desta Gestão, conforme visto acima
ressalta também o Lote Econômico de Compra, próximo item de estudo, com
objetivo de propor melhor gestão dos materiais em estoque, no que se referente à
aquisição dos materiais e a quantidade necessária a ser comprada, contribuindo
ainda mais na redução de custos e com a Gestão de Estoque.
2.3.2.1 Lote econômico de compra (LEC)
O Lote econômico de compra está relacionado com os estoques e permite
determinar a quantidade ideal economicamente de compra de cada item em
estoque.
De acordo com Gonçalves (2004) o lote econômico de compra, tem desígnio
determinar a quantidade a ser comprada, tendo como objetivo a minimização dos
custos totais que atingem os estoques.
Apresenta-se abaixo a fórmula do custo total:
58
CT = CAq + Cp + CA
considerando:
CT: custo total,
CAq: custo de aquisição,
CP: custo de pedir,
CA: custo de armazenagem
Para calcular os itens que compõem a fórmula acima, utiliza-se as seguintes
formulações:
CAq = Pu.D
onde:
CAq: custo de aquisição;
Pu: preço unitário,
D: demanda.
CP = Cp. D
Q
onde:
CP: custo de pedir,
Cp: custo de 1(um) pedido
D: demanda,
Q: quantidade a ser adquirida.
CA = Ca. Q
2
onde:
CA : custo de armazenagem
Ca: Custo de armazenagem de 1 (um) peça durante um período de tempo
Q : estoque médio
2
59
A manipulação matemática desta fórmula permite identificar o ponto de
mínimo, isto é, aquele ponto em que tem-se o menor custo envolvido na operação.
Neste ponto tem-se a quantidade a ser adquirida que é justamente o LEC.
A decisão de estocar ou não determinado item é básica para volume de
estoque em qualquer momento (DIAS 2006).
Ainda Dias (2006, p.95) “a decisão de estocar ou não determinado item é
básica para o volume de estoque em qualquer momento”, para tanto se faz
necessário analisar os itens de maior demanda, para então estar investindo sobre,
tal, de acordo com a necessidade da empresa.
Segue abaixo, a fórmula mais utilizada para calcular Lote Econômico de
compra:
LEC: Ca
CpD..2
onde:
D: demanda no período
Cp: Custo de 1(um) pedido
Ca: Custo de armazenagem
Segue exemplo conforme aulas ministradas pelo Professor Romeu Zarske de
Mello, na apostila da disciplina de administração de materiais (2006): Calcular o lote
econômico de compra, de um item cuja demanda anual é de 2.400 unidades. O
custo de um pedido é de R$3,40, e o custo de armazenagem de uma unidade do
item durante um ano é R$1,20:
LEC: 20,1
40,324002 xx
LEC: 20,1
320.16116,62 (arredonda) ou seja, 117 peças
60
Considerando a importância de todos os processos para obter maior
segurança no controle dos itens em estoque, o próximo item trata da necessidade da
Gestão de Armazenagem para garantir ainda mais a eficiência na Gestão de
Estoques.
2.3.3 Gestão de armazenagem
Os primeiros armazéns foram construídos por volta de 1800 AC, José
nomeado Rei do Egito, começou a construir armazéns e estocar alimentos em cada
cidade do Egito, devido a sete anos de fome, que ocorreria em todo o país. Desta
forma, o país sobreviveu, diante do bom planejamento e distribuição (MOURA,
1997).
De acordo com Rodrigues (2003, p. 38) “as operações de armazenagem,
vêm adquirindo grande importância, não apenas como amortecedor para equilibrar a
produção e a demanda, mas com objetivo de para garantir a continuidade da cadeia
de suprimentos, agregando valores, eliminação de avarias, contribuindo com
registros confiáveis, advindos do desenvolvimento tecnológico”.
Pode-se definir armazenagem como sendo o ato de conservar os materiais
alocados por um determinado período; inicia-se em receber materiais de um
fornecedor, estocá-lo, até que sejam requeridos, então é retirado do estoque, e
enviado para o seu destino (MOURA 1997).
[...] Gerir as operações de armazenagem de forma profissional e eficiente, o ponto de partida consiste em compreender as motivações, procedimentos e necessidades de seus clientes: como se dão os processos industriais, que tipo de armazenagem necessitam e em que circunstância essa operação entrelaça com os demais elementos da cadeia de transporte e distribuição física. (RODRIGUES, 2003, p.39)
Na estocagem dos materiais, é necessário investimento em equipamento, e
sistemas de armazenagem. O investimento tem a finalidade de melhorar a
produtividade do departamento, inclusive diminuindo custos.
“Esses investimentos além de colaborar com a produtividade também
permitem a redução de acidentes no trabalho, redução de desgastes dos
61
equipamentos de movimentação, e menor numero de problemas administrativos”
(DIAS, 2006, p 173).
De acordo com Moura (1997), a função da armazenagem consiste no
recebimento (descarga), identificação e classificação, conferência, endereçamento
para o estoque, estocagem, remoção do estoque (separação do pedido),
acumulação dos itens, embalagem, expedição e registro de operações.
Percebe-se que são várias as vantagens de investimento em equipamentos
e sistemas para melhorar o processo nas organizações.
Os investimentos em capital imobilizado, os ganhos em produtividade, atuam
com base na escolha do sistema hábil que auxilie na localização dos materiais, é
necessário avaliar as facilidades de retirada do material do seu local de
armazenagem, com flexibilidade, maximizando o tempo, ganhando na eficiência do
trabalho desenvolvido (GONÇALVES, 2004).
O significado das palavras armazenagem e estocagem são distintos, o autor
anteriormente citado, afirma que estas, são muitas vezes confundidas. A seguir a
distinção de cada palavra:
Armazenagem: Tem a significação da guarda ordenada e segura, e
distribuição de produtos acabados dentro da própria organização ou em locais
destinados a este processo. Em resumo é a guarda de produtos acabados.
Estocagem: Diz respeito à guarda segura e ordenada de todos os materiais
do armazém, em a ordem de prioridades de uso nas operações de produção (guarda
de produtos em processo).
Devido a volubilidade da economia, em crise financeira, aparecem
problemas e dúvidas nas organizações, no que diz respeito em conservar os
produtos armazenados, pois isso exige a necessidade de uma competência
comercial, previsível. De acordo com Moura (1997) ”é necessário prever que as
mercadorias, sejam produtos acabados e logo devem ser armazenadas em período
determinados”.
As funções de armazenagem não se restringem somente ao recebimento,
conservação e expedição de materiais, esta integrada a vários departamentos,
inclusive administrativo e contábil.
De acordo com Moura (1997) o armazém é um elo que une a produção e o
consumidor. São funções da armazenagem o fornecimento de produtos acabados, e
a construção de um sistema que alimente a comunicação entre o mercado e permita
62
o departamento de vendas proporcionar a seu cliente um serviço adequado e
eficiente.
Ainda segundo o autor acima, é fundamental para qualquer sistema de
armazenagem:
1) Minimizar o “tempo de fluxo” das informações, desde o ponto de
demanda, através do sistema, até a emissão da fatura.
2) Manter a receptividade e a precisão do sistema, em relação aos
níveis de estoque e ao centro de distribuição.
3) Servir como base para a análise e o controle com relação às
vendas, ao espaço aproveitável e aos custos operacionais.
Os investimentos em capital imobilizado, os ganhos em produtividade, atuam
como base na escolha do sistema hábil que auxilie na localização dos materiais, é
necessário avaliar as facilidades de retirada do material do seu local de
armazenagem, com flexibilidade, maximizando o tempo, ganhando na eficiência do
trabalho desenvolvido (GONÇALVES, 2004).
Na estocagem, primeiramente deve-se observar os itens a serem
armazenados, e depois verificar qual o tipo de instalação que poderá ser utilizada.
Para Martins (2006, p 300) “a forma mais comum de armazenagem é por meio de
estruturas porta-paletes, simples ou duplas, convenientemente dispostas de forma a
facilitar o acesso dos equipamentos”.
Conforme Gurgel (1996 p.103) “o almoxarifado deve adotar um sistema de
endereçamento para facilitar a localização e manuseio dos produtos”, deste modo
evita o desvio de materiais que poderiam influenciar no desempenho do
departamento, e mesmo pela falta de organização, desperdício e perda de tempo.
Dentro da Gestão de Armazenagem, o espaço físico torna-se um elo neste
processo, possibilitando maior controle e agilidade na gestão de estoque.
2.3.3.1 Espaço físico
Para as organizações, manter um espaço físico adequado faz-se
indispensável para alojar os materiais, e obter maior controle de todos os materiais e
produtos, que estão estocados, desta forma, proporciona a preservação a
63
mercadorias até sua venda, possui ainda a vantagem de reduzir os custos de
transporte e armazenagem.
Existem muitos questionamentos, no que se refere ao espaço físico, para
estocagem de mercadorias nas organizações, podendo ser aproveitado, de várias
maneiras como: produzir de acordo com a demanda por pedido, manter estoque
para atender aos pedidos a pronta entrega, entre outros.
As empresas usam estoques para melhorar a coordenação entre oferta e
demanda resultante das dificuldades de estabelecer fortes parcerias entre a
empresa, os fornecedores, e o próprio mercado (POZO 2002, p. 78).
Manter um espaço físico nas organizações, ainda que, muitas julguem ser
inviável ou mesmo um gasto desnecessário, pode ser benéfico e contribuir a reduzir
custos, como de transporte e armazenagem. Segundo Pozo (2002, p.79), estocar
produtos em diversas localidades, tende a reduzir custos de transportes pela
compensação nos custos de produção e estocagem.
Um fator que favorece conservar o espaço físico nas organizações, e a
grande oscilação dos preços de commodities dos materiais e produtos, podendo ser
adquiridos em grande quantidade para garantir os preços acessíveis.
O Departamento de Produção necessita de um Espaço Físico, para
armazenar as matérias-prima e seus produtos, Pozo (2002, p.79) “armazéns não
servem apenas para guardar o produto durante o processo de manufatura, mas
também pode ser usada para segurar a mercadoria ate a sua venda”, por isso a
precisão da organização conservar o espaço físico.
O departamento de marketing, também necessita do espaço físico, pois se
entende que produtos a pronta entrega, agrega valor ao produto, conforme Pozo
(2002, p.79) “entregar mais rápido e melhorias no nível de serviço, em razão de
melhor entrega, assim como mais disponibilidade, o que pode ter efeito positivo nas
vendas”, com isso a organização se beneficia, pois muitos clientes procuram
produtos a prontas entregas, em ocasiões não relevam o preço e sim a
disponibilidade do produto de acordo com sua necessidade.
È imprescindível para empresa, controlar e localizar os materiais
armazenados, para isto ela precisa de um método que permita detectar a localização
do material desejado, com isso a classificação e codificação de materiais, contribui
no processo agilizando o trabalho, garantindo maior produção e atendendo as
expectativas de seus clientes.
64
2.4 Almoxarifado
O almoxarifado, também conhecido como depósito ou armazém, tem a
função de abrigar, e organizar as matérias-primas ou cargas recebidas, com
segurança e fácil localização, por um determinado tempo. Compete a este
departamento, as funções de recebimento, armazenamento e distribuição de
materiais.
Para acontecer à guarda desde materiais, é necessários investimento em
equipamentos, e sistemas de armazenagem, e todo esse investimento tem
finalidade de melhorar a produtividade do departamento, inclusive diminuindo
custos.
Para Dias (2006, p. 173) manter o almoxarifado permite controlar e mesmo
reduzir os acidentes no trabalho, redução de desgastes dos equipamentos de
movimentação, e menor numero de problemas administrativos. Para tanto, se
percebe que são varias as vantagens de investimento em equipamentos, e sistemas,
para melhorar o processo nas organizações.
Os investimentos em capital imobilizado, os ganhos em produtividade, atua
como base na escolha do sistema de armazenagem de cargas e operação do
almoxarifado.
Na estocagem, primeiramente deve-se observar os itens a serem
armazenados, e depois verificar qual o tipo de instalação poderá ser utilizada. Para
Martins (2006, p 300) “a forma mais comum de armazenagem é por meio de
estruturas porta-paletes, simples ou duplas, convenientes dispostas de forma para
facilitar o acesso dos equipamentos”, desta forma ira facilitar a localização da
armazenagem na coleta.
Conforme Gurgel (1996 p.103) “o almoxarifado deve precisa adotar um
sistema de endereçamento para facilitar a localização e manuseio dos produtos”,
assim evita o desvio de materiais que poderiam influenciar prejudicando o
departamento, e mesmo pela falta de organização, desperdício e perda de tempo.
65
2.5 Conceito de logística
A logística surgiu logo após a Segunda Guerra mundial, era relacionada às
operações militares, entretanto com toda evolução, do passar dos anos, tornou-se
um elemento considerado, uma estratégia competitiva para as organizações.
Ainda que a logística, seja muito confundido com transporte e
armazenagem, o processo é distinto, proporciona a segurança na movimentação e
armazenagem do produto, desde a aquisição da matéria-prima, até o consumidor
final.
Defini-se logística, sendo uma atividade, que tem objetivo de auxiliar a
organização, por meio de um planejamento, com objetivo de contribuir no
desenvolvimento das atividades, no segmento de transporte e armazenagem do
produto, desta forma, agindo no controle e melhorando a movimentação do produto,
desde sua aquisição, por todo seu trajeto, até o recebimento do consumidor final.
O sistema logístico reflete em toda estrutura organizacional, em especial o
departamento financeiro, pois influência, com melhorias na redução dos custos com
transporte, visto que, toda a organização está constantemente diante de
concorrente, e se destaca aquela que tem produtos e serviços diferenciados, que
oferecem rapidez e agilidade nos serviços prestados, além da estratégia, que faz
diferença no mercado, que esta, cada vez mais exigente e competitivo.
Logística tem como função estudar a maneira como a administração pode otimizar os recursos e suprimentos, estoques, distribuição dos produtos e serviços com que a organização se apresenta no mercado por meio de planejamento, organização e controle efetivo de suas atividades correlatadas, flexibilizando os fluxos dos produtos (POZO, 2002, p. 13).
O sistema logístico é complexo e precisa constantemente ser avaliado, por
meio de um sistema de informações. Conforme Novaes (2001, p. 37) “este fluxo
logístico ocorre nos dois sentidos, trazendo informações paralelamente á evolução
dos fluxos de materiais, mas conduzindo também informações inversas, começando
do consumidor final”. Para o auto é importante o elo de constante informação entre o
fabricante até o consumidor final.
A logística está em ascensão nas organizações, pois apresenta uma nova
visão empresarial, segundo Pozo (2002, p. 14). Preocupa-se em agrupar sob uma
66
mesma gerencia as atividades relacionadas, com fluxo de informações, dentre elas
como veremos a seguir o sistema de produção, e sua relação para uma
administração integrada e dinâmica.
3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO
Este capítulo apresenta a empresa onde o trabalho foi desenvolvido, os
resultados obtidos na pesquisa de campo e a análise dos dados de acordo com a
metodologia apresentada no item 1.3, assim como as sugestões à mesma, dando
respostas aos objetivos propostos.
3.1 Caracterização da empresa
A empresa Nutrisempre, possui 18 anos de história, sendo constituída pelos
sócios Vilson Thomé e Débora Schlemper Thomé.
Após trabalhar por 3 anos comercializando o mel em sachê de porta
em porta, perceberam que este era um mercado próspero, decidiram então montar
um pequeno negócio de entreposto de mel, comprando direto do produtor e
revendendo o mel a granél e envasado em potes.
Figura 5 - Foto empresa Nutrisempre no ano de 1990 Fonte: arquivo da empresa
A empresa Nutrisempre está localizada na Rua Nossa Senhora de Fátima,
431, no Bairro Cordeiros, Itajaí SC e, conta com 12 colaboradores, entre eles: 01
68
gerente administrativo (proprietária) responsável por toda administração da
empresa, 01 vendedor externo, 01 telefonista, 01 pessoa responsável pelo RH, 01
pessoa responsável pelo faturamento e controle de pedidos e mercadorias vendidas,
transporte, 01 pessoa responsável pelo marketing (divulgação), 01 gerente de
produção, e 05 pessoas que trabalham na produção.
Em 1995, a Nutrisempre aumentou seu espaço físico para 200m² de área
construída, com modernas instalações, e equipamentos de ponta, com isso
obtiveram o registro no Ministério da Agricultura SIF/DIPOA,e na ANVISA
credenciando-se a comercializar seus produtos em todo território nacional e
internacional, exportando para os países da Europa, Estados Unidos, Canadá. A
partir desta data, começou a desenvolver um mix de produtos como: Spray na linha
própolis com extratos de mel, Roma, malva, gengibre, a linha de compostos de mel
com própolis, copaíba, catuaba, guaraná, ginseng, guaco, babosa, eucalipto, agrião,
alho, e também a linha de mel em sache, com geléia real, sache com própolis, com
eucalipto, linha de Nutriguaco.
Figura 6 - Foto empresa Nutrisempre no ano de 2008 Fonte: arquivo da empresa
Os produtos podem ser encontrados, em casas de produtos naturais,
farmácias, de todo o Brasil, e exterior.
Atualmente além de atender o mercado interno a Nutrisempre está
exportando mel para Europa e EUA.
No ano de 2001 a empresa iniciou uma nova fase de melhorias buscando
adequar-se a realidade do mercado e as necessidades internas, passando a ocupar
69
uma área construída de 1800 m² em dois pavimentos, incluindo um laboratório de
controle de qualidade e desenvolvimento de produtos. Também nesta data a
Nutrisempre, conseguiu seu registro no Ministério da Saúde para fabricação de
medicamentos fitoterápicos.
A Nutrisempre é uma empresa com foco em satisfazer as necessidades dos
clientes, abaixo iremos acompanhar tópicos importantes para a empresa continuar
crescendo e melhorando seus processos.
3.1.1 Missão, visão e valores
A missão da empresa Nutrisempre é oferecer produtos e serviços da melhor
qualidade, proporcionando a satisfação de todos os clientes do mercado interno e
externo. O foco da empresa Nutrisempre é trabalhar para satisfazer as
necessidades dos cliente, e sua visão é aprimorar seus procedimentos e
proporcionar atendimento com qualidade.
A Nutrisempre tem visão de ser uma empresa de ponta no seguimento, com
uma equipe coerente, fortalecida e comprometida na manutenção de suas marcas e
serviços, estabelecendo sempre a melhor conceituação junto aos seus clientes.
Crescer sempre, com responsabilidade social, ações efetivas de uma empresa
cidadã, pois acreditam que só dessa maneira uma organização pode se destacar em
desempenho e efetivos resultados, trabalhando sempre com base nos seus valores.
O real valor da Nutrisempre se dá pela integridade e a qualidade sistêmica
que empregamos em nossos produtos e ações.
3.1.2 Organograma da empresa Nutrisempre:
Na Figura 7 a seguir, apresenta-se o organograma funcional da empresa
Nutrisempre.
70
Figura 7 - Organograma da empresa Nutrisempre Fonte: arquivo da empresa
O presente Projeto de Estágio, terá como foco a Gestão de estoque que
será realizada no departamento industrial da empresa.
A empresa Nutrisempre, busca o crescimento no mercado e qualidade nos
produtos e serviços, porém existe um grande problema, no que se refere o controle
dos estoques ,sendo que os materiais estão guardados sem uma sala, sem algum
controle ou acompanhamento dos produtos que saíram ou que continuam no
estoque, por conseqüência disto a empresa acaba perdendo no mercado devido a
grande concorrência, e implantar uma Gestão de Estoques ira contribuir para a
solução desde problema.
3.1.3 Clientes da empresa Nutrisempre
A Nutrisempre atua em todo território brasileiro, exportando também mel
para Europa, Estados Unidos e Canadá. Assim, sua carteira de clientes é bem
vasta. No Quadro 2 a seguir, apresenta-se a relação dos principais clientes da
empresa.
71
Nome Cidade (UF)
1 Natufar Comércio de Perfumaria e Cosmético Ltda Curitiba – PR
2 Pro Salute Comércio e Distribuição Ltda Florianópolis – SC
3 Apiário Leão Ltda Rio de Janeiro – RJ
4 Nutripolis Distribuidora de Alimentos Ltda Florianópolis – SC
Nome País
1 Sunland Trading Inc. E.U.A
2 CM Goesttsche Co Inc. E.U.A
PRINCIPAIS CLIENTES
Mercado Interno
Mercado Externo
Quadro 2 – Principais clientes Fonte: Dados da pesquisa
3.1.4 Fornecedores da empresa Nutrisempre
A empresa Nutrisempre conta com apoio de vários fornecedores, também
considerados parceiros importantes para empresa, sem eles se torna impossível a
realização do trabalho. Pois são responsáveis desde o fornecimento da matéria-
prima, até o transporte das mercadorias até o consumidor final, desta forma, segue o
Quadro 3 com a relação dos principais fornecedores da empresa.
Nome Cidade
1 Inplavel Indústria de Plásticos Ltda Joinville (SC)
2 Graforte Gráfica e Editora Itajaí (SC)
3 FexBrasil Com Imp e Exp Ltda Barueri (SP)
4 A Apace Embalagem de Vidro e Plástico Ltda São Paulo (SP)
PRINCIPAIS FORNECEDORES
Fornecedores de Mel
Fornecedores Diversos (Embalagens e demais Matérias-prima)
Quadro 3 – Principais fornecedores Fonte: Dados da pesquisa
Os produtos podem ser encontrados, em casas de produtos naturais,
farmácias, de todo o Brasil, e exterior.
72
Diante disso a realização deste trabalho, que trata da implantação da Gestão
de Estoques, tem o objetivo principal de aumentar o lucro da empresa Nutrisempre,
considerando que a gestão proposta buscou analisar, organizar e controlar os itens
em estoque, estes que estão localizados no departamento industrial.
Esta pesquisa colaborou para a empresa se manter competitiva diante de
um mercado com diversas empresas atuando no mesmo segmento com produtos de
tão boa qualidade, e com clientes exigentes no quesito que qualidade e pronto
atendimento. Desta forma, faz-se necessário a implantação da Gestão proposta
nesta pesquisa
3.2 Resultados da pesquisa
Neste item apresenta-se os resultados obtidos no período de outubro/2007 a
março/2009 de acordo com os objetivos propostos. Devido a empresa atuar no
segmento de mel, os dados foram apresentados e analisados conforme a
metodologia descrita no capítulo 3, apresentando o estoque mínimo, ponto de
pedido, curva ABC, e lote econômico de compra.
Para tanto foram estudados os itens de maior importância, atingindo sua
classificação A e B, os quais representam mais de 97% de movimentação para
empresa.
Atualmente a Nutrisempre não tem conhecimento apurado de seus itens em
estoque, assim como dos que possuem maior representatividade e seu giro. Ou
seja, não existe uma gestão de estoques na empresa. Diante disto, a seguir, é
apresentada a relação dos itens em estoque e sua classificação na curva ABC.
3.2.1 Curva ABC
É necessário que a empresa conheça os itens que há em seu estoque e os
produtos de maior demanda, a fim de tomar decisões quanto ao seu giro, para não
73
ser surpreendida pela falta do produto e dos materiais adicionais, quando ocorrer
determinado pedido. Assim, na Tabela 1 a seguir, observa-se os itens em estoque
da Nutrisempre.
Tabela 1 – Itens em estoque
ITENS R$ UNITÁRIO CONSUMO R$ TOTAL CLASSIFICAÇÃO
Composto Mel Catuaba Guaraná e Ginseng 300 gr 6,00 372 2.232,00 15º
Composto Mel Própolis e Agrião 300 gr 6,00 144 864,00 24º
Composto Mel Própolis e Alho 300 gr 6,00 180 1.080,00 22ºComposto Mel Própolis e Babosa 300 gr 6,00 444 2.664,00 14º
Composto Mel Própolis e Copaíba 300 gr 6,00 240 1.440,00 18º
Composto Mel Própolis e Eucalipto 300 gr 6,00 300 1.800,00 17º
Composto Mel Própolis e Guaco 300 gr 6,00 528 3.168,00 13º
-
Nutriguaco Plus 3,50 15510 54.285,00 3º
Nutritônico 5,00 17268 86.340,00 2º
-
Mel 300 gr 4,00 222 888,00 23º
Mel 1000gr 10,00 18 180,00 34º
Mel Exportação - Tambor 285kg 1.425,00 3.300 4.702.500,00 1º
-
Mel Sachê com Própolis 15,50 72 1.116,00 20º
Mel Sachê Natural 15,50 72 1.116,00 21º
Mel Sache Refil - 0 -
Mel Sache Própolis - 75 caps 5,50 144 792,00 25º
Mel Sache Própolis e Eucalipto - 75 caps 5,50 144 792,00 26º-
Mel Sache Cartela com Natural 10 caps ( 40 gr ) 1,10 480 528,00 29º
Mel Sache Cartela com Própolis 10 caps ( 40 gr ) 1,10 1062 1.168,20 19º
Mel Sache Cartela com Própolis/Agrião 10 caps ( 40 gr) 1,10 576 633,60 27º
Mel Sache Cartela c/ Própolis/Eucalipto 10 caps(40 gr) 1,10 396 435,60 31º
Mel Sache Cartela com Própolis/Guaco 10 caps (40 gr) 1,10 228 250,80 33º
Mel Sache Cartela com Própolis 20 caps ( 80 gr ) 1,60 360 576,00 28º
Mel Sache Cartela com Própolis/Agrião 20 caps (80 gr) 1,60 270 432,00 32º
Mel Sache Cartela com Própolis/Guaco 20 caps (80 gr) 1,60 300 480,00 30º
-
Spray Mel / Própolis / Malva 30 ml (display c/ 12) 3,50 12240 42.840,00 5º
Spray Mel / Própolis / Menta 30 ml (display c/ 12) 3,50 4680 16.380,00 9º
Spray Mel / Própolis / Romã 30 ml (display c/ 12) 3,50 6120 21.420,00 8º
Spray Mel / Própolis / Romã / Gengibre (display c/ 12) 3,50 9216 32.256,00 6º
Nutriguaco Spray 30 ml 3,50 2880 10.080,00 10º
Extrato de Própolis Nutripro Sol. Alcoólica 30% 30 ml 3,50 1440 5.040,00 11º
- Cera de Abelhas Bruta - 0 -
-
Phytoflavin - Gingko Biloba - 40mg 2,56 720 1.843,20 16º
Phytoflavin - Gingko Biloba - 80mg 0 -
Redcall 60 cápsulas 5,00 9000 45.000,00 4º
-
Phytoline Chá Verde 5,20 738 3.837,60 12º
Phytoline Vinagre de maçã 6,50 4200 27.300,00 7º
CURVA ABC
Fonte: Dados da pesquisa
74
Na Tabela 1, observa-se os itens em estoque da empresa Nutrisempre,
considerando o valor de venda unitário e o consumo no período de outubro/2008 a
março/2009. Onde verifica-se que em cinco produtos, a venda total ultrapassa R$
30.000,00.
A seguir na Tabela 2, apresenta-se a classificação dos itens em estoque
pelo valor acumulado.
Tabela 2 – Classificação por valor acumulado
ITENS R$ UNITÁRIO CONSUMO R$ TOTAL R$ TOTAL ACUM. % V. ACUMULADO (Y)
Mel Exportação - Tambor 285kg 1.425,00 3.300 4.702.500,00 4.702.500,00 92,71
Nutritônico 5,00 17268 86.340,00 4.788.840,00 94,42
Nutriguaco Plus 3,50 15510 54.285,00 4.843.125,00 95,49
Redcall 60 cápsulas 5,00 9000 45.000,00 4.888.125,00 96,37
Spray Mel/Própolis/Malva 30 ml(display c/12) 3,50 12240 42.840,00 4.930.965,00 97,22
Spray Mel/Própolis/Romã/Gengibre (display c/12) 3,50 9216 32.256,00 4.963.221,00 97,86
Phytoline Vinagre de maçã 6,50 4200 27.300,00 4.990.521,00 98,39
Spray Mel/Própolis/Romã 30 ml (display c/12) 3,50 6120 21.420,00 5.011.941,00 98,82Spray Mel / Própolis / Menta 30 ml (display c/ 12) 3,50 4680 16.380,00 5.028.321,00 99,14
Nutriguaco Spray 30 ml 3,50 2880 10.080,00 5.038.401,00 99,34Extrato de Própolis Nutripro Sol.Alcoólica 30% 30ml 3,50 1440 5.040,00 5.043.441,00 99,44
Phytoline Chá Verde 5,20 738 3.837,60 5.047.278,60 99,51
Composto Mel Própolis e Guaco 300 gr 6,00 528 3.168,00 5.050.446,60 99,57
Composto Mel Própolis e Babosa 300 gr 6,00 444 2.664,00 5.053.110,60 99,63
Composto Mel Catuaba Guaraná e Ginseng 300gr 6,00 372 2.232,00 5.055.342,60 99,67
Phytoflavin - Gingko Biloba - 40mg 2,56 720 1.843,20 5.057.185,80 99,72
Composto Mel Própolis e Eucalipto 300 gr 6,00 300 1.800,00 5.058.985,80 99,75
Composto Mel Própolis e Copaíba 300 gr 6,00 240 1.440,00 5.060.425,80 99,78
Mel Sache Cartela com Própolis 10 caps ( 40 gr ) 1,10 1062 1.168,20 5.061.594,00 99,80
Mel Sachê com Própolis 15,50 72 1.116,00 5.062.710,00 99,82
Mel Sachê Natural 15,50 72 1.116,00 5.063.826,00 99,84
Composto Mel Própolis e Alho 300 gr 6,00 180 1.080,00 5.064.906,00 99,86
Mel 300 gr 4,00 222 888,00 5.065.794,00 99,88
Composto Mel Própolis e Agrião 300 gr 6,00 144 864,00 5.066.658,00 99,90
Mel Sache Própolis - 75 caps 5,50 144 792,00 5.067.450,00 99,91
Mel Sache Própolis e Eucalipto - 75 caps 5,50 144 792,00 5.068.242,00 99,93
Mel Sache Cartela c/Própolis/Agrião 10 caps(40gr) 1,10 576 633,60 5.068.875,60 99,94
Mel Sache Cartela com Própolis 20 caps ( 80 gr ) 1,60 360 576,00 5.069.451,60 99,95
Mel Sache Cartela com Natural 10 caps ( 40 gr ) 1,10 480 528,00 5.069.979,60 99,96Mel Sache Cartela c/Própolis/Guaco 20 caps(80 gr) 1,60 300 480,00 5.070.459,60 99,97Mel Sache Cartela c/ Própolis/Eucalipto 10 caps(40 gr) 1,10 396 435,60 5.070.895,20 99,98
Mel Sache Cartela c/ Própolis/Agrião 20 caps (80 gr) 1,60 270 432,00 5.071.327,20 99,99Mel Sache Cartela com Própolis/Guaco 10 caps (40 gr) 1,10 228 250,80 5.071.578,00 99,99
Mel 1000gr 10,00 18 180,00 5.071.758,00 100,00
TOTAL 5.071.758,00
CURVA ABC
Fonte: Dados da pesquisa
75
Na Tabela 2, observa-se que os produtos com maior demanda são: Mel
Exportação com venda no período de R$ 4.702.500,00; Nutritônico com venda total
de R$ 86.340,00; Nutriguaco Plus com venda de R$ 54.285,00; Redcall 60 cápsulas
com venda de R$ 45.000,00; e Spray Mel/Própolis/Malva com venda total de R$
42.840,00.
A Tabela 3 a seguir, apresenta a classificação do estoque pela curva ABC,
onde os itens de maior demanda estão classificados como A e B.
Tabela 3 – Classificação curva ABC
ITENS CLASSIFICAÇÃO CLASS. ABC % V. ACUM. (Y) % ITENS ACUM. (X)
Mel Exportação - Tambor 285kg 1 A 92,71 2,70
Nutritônico 2 B 94,42 5,41
Nutriguaco Plus 3 B 95,49 8,11
Redcall 60 cápsulas 4 B 96,37 10,81
Spray Mel / Própolis / Malva 30 ml (display c/ 12) 5 B 97,22 13,51
Spray Mel / Própolis / Romã / Gengibre (display c/ 12) 6 C 97,86 16,22
Phytoline Vinagre de maçã 7 C 98,39 18,92
Spray Mel / Própolis / Romã 30 ml (display c/ 12) 8 C 98,82 21,62
Spray Mel / Própolis / Menta 30 ml (display c/ 12) 9 C 99,14 24,32
Nutriguaco Spray 30 ml 10 C 99,34 27,03
Extrato de Própolis Nutripro Sol. Alcoólica 30% 30 ml 11 C 99,44 29,73
Phytoline Chá Verde 12 C 99,51 32,43
Composto Mel Própolis e Guaco 300 gr 13 C 99,57 35,14
Composto Mel Própolis e Babosa 300 gr 14 C 99,63 37,84
Composto Mel Catuaba Guaraná e Ginseng 300 gr 15 C 99,67 40,54
Phytoflavin - Gingko Biloba - 40mg 16 C 99,72 43,24
Composto Mel Própolis e Eucalipto 300 gr 17 C 99,75 45,95
Composto Mel Própolis e Copaíba 300 gr 18 C 99,78 48,65
Mel Sache Cartela com Própolis 10 caps ( 40 gr ) 19 C 99,80 51,35
Mel Sachê com Própolis 20 C 99,82 54,05
Mel Sachê Natural 21 C 99,84 56,76
Composto Mel Própolis e Alho 300 gr 22 C 99,86 59,46
Mel 300 gr 23 C 99,88 62,16
Composto Mel Própolis e Agrião 300 gr 24 C 99,90 64,86
Mel Sache Própolis - 75 caps 25 C 99,91 67,57
Mel Sache Própolis e Eucalipto - 75 caps 26 C 99,93 70,27
Mel Sache Cartela com Própolis/Agrião 10 caps ( 40 gr) 27 C 99,94 72,97
Mel Sache Cartela com Própolis 20 caps ( 80 gr ) 28 C 99,95 75,68
Mel Sache Cartela com Natural 10 caps ( 40 gr ) 29 C 99,96 78,38
Mel Sache Cartela com Própolis/Guaco 20 caps (80 gr) 30 C 99,97 81,08
Mel Sache Cartela c/ Própolis/Eucalipto 10 caps(40 gr) 31 C 99,98 83,78
Mel Sache Cartela com Própolis/Agrião 20 caps (80 gr) 32 C 99,99 86,49
Mel Sache Cartela com Própolis/Guaco 10 caps (40 gr) 33 C 99,99 89,19
Mel 1000gr 34 C 100,00 91,89
CURVA ABC
Fonte: Dados da pesquisa
76
Na Tabela 3, estão apresentados os itens em estoque da Nutrisempre,
classificados pela curva ABC, onde observa-se que o Mel Exportação está
classificado como A. Os produtos Nutritônico, Nutriguaco Plus, Redcall 60 cápsulas
e Spray Mel/Própolis/Malva 30ml, estão classificados como B. Os demais produtos
estão classificados como C devido a sua demanda ser inferior a dos itens A e B.
Também verifica-se que a maior quantidade dos itens em estoque são da classe C,
no entanto os itens de maior valor são os cinco classificados como A e B.
A representação gráfica dos itens em estoque classificados pela curva ABC,
pode ser observada no Gráfico 1 a seguir.
Gráfico 1 – Curva ABC Fonte: Dados da pesquisa
No Gráfico 1 pode-se observar que no estoque da empresa, os itens de
maior quantidade são os classificados como C, sendo a proporção dos itens A e B
em quantidade, bem inferior ao C.
77
3.2.2 Giro de estoque
Neste item será apresentado o giro de estoque dos itens em estoque
classificados como A e B, com objetivo de medir quantas vezes, no período o
estoque se renovou ou girou. Estes dados podem ser observados de forma
detalhada conforme Tabela 4 a seguir.
Tabela 4 – Giro do estoque
PRODUTO EM CM GE
Mel Exportação-285 Kg 700 550 1,3
Nutritônico Frasco 3000 2878 1,0
Nutriguaco Plus 0 2585 0,0
Redcall Frasco 0 1500 0,0
Spray Mel/Própolis/Malva 3500 2040 1,7 Fonte: Dados da pesquisa
Observa-se na Tabela 4 um giro de estoque no semestre pesquisado, onde
dividindo o estoque médio pelo consumo médio, os produtos Nutriguaco e Redcall
não tiveram giro do estoque. O que se dá ao fato de a empresa não ter estes
produtos estocados, sendo produzidos somente quando há pedidos. No Nutritônico,
percebe-se que o estoque teve 1 giro no período. Quanto ao Mel Exportação e
Spray Mel/Própolis/Malva, verifica-se que seu foi renovado quase 2 vezes no
período.
3.2.3 Cobertura de estoque
Com o cálculo da cobertura de estoque, a empresa passa a saber o tempo
em que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média. Assim, na
Tabela 5 a seguir, será apresentada a cobertura de estoque dos itens A e B.
78
Tabela 5 – Cobertura de estoque
PRODUTO N GE CE
Mel Exportação-285 Kg 180 1,3 138
Nutritônico Frasco 180 1 180
Nutriguaco Plus 180 0 0
Redcall Frasco 180 0 0
Spray Mel/Própolis/Malva 180 1,7 106 Fonte: Dados da pesquisa
Na Tabela 5, observa-se que no período de seis meses, para cobrir a
demanda média, no produto Mel Exportação é necessário 138 dias, 180 dias no
Nutritônico, 106 dias no Spray Mel/Própolis/Malva. E os produtos Nutriguaco e
Redcall tem sua cobertura 0 (zero), pois não há estoque dos mesmos. Ou seja,
durante estes dias há estoque suficiente para cobrir a demanda.
3.2.4 Estoque mínimo ou de segurança
As empresas devem conhecer o ponto mínimo em que seu estoque deve
operar, pois assim evitam-se problemas como falta de produto para atender aos
pedidos. Com isto, a seguir será apresentado o cálculo do estoque mínimo dos itens
com maior demanda, ou seja, os itens classificados como A e B. Onde foi
considerado o grau de atendimento de 90%, que conforme Quadro 4 a seguir,
extraído da apostila de administração de materiais do Professor Romeu Zarske, o
coeficiente é 1,282.
79
RISCO (%) K RISCO (%) K RISCO (%) K52 0,102 80 0,842 90 1,28255 0,126 85 1,036 95 1,64560 0,253 86 1,085 97,5 1,9665 0,385 87 1,134 98 2,08270 0,524 87,5 1,159 99 2,32675 0,674 88 1,184 99,5 2,57678 0,775 89 1,233 99,9 3,09
Quadro 4 – Grau de atendimento Fonte: Apostila disciplina administração de materiais, Profº Romeu Zarske de Mello
A seguir será apresentado o cálculo do estoque mínimo dos produtos A e B,
considerando a média de consumo no período de outubro/08 a março/09 conforme
Tabela 6 baixo.
Tabela 6 – Consumo do produto Mel Exportação – tambor 285 kg
PERÍODO C C-CM (C-CM)²Outubro/08 615 615 - 550 = (65) 4.225
Novembro/08 515 515 - 550 = (35) 1.225Dezembro/08 544 544 - 550 = (6) 36
Janeiro/09 552 552 – 550 = 2 4Fevereiro/09 535 535 – 550 = (15) 225
Março/09 539 539 – 550 = (11) 121Média (6 meses) 550 5.836
Fonte: Dados da pesquisa
Considerando a média de consumo de 550 de Mel Exportação no período,
chega-se a uma demanda de 5.836. Assim, segue o cálculo do estoque mínimo do
produto.
∂ = 1
²)(
−
−∑n
CmC ∂ = 16
5836
−
∂ = 20,1167 ∂ = 34
EMin = ∂ x K = 34 X 1,282
EMin= 44 tambores de Mel Exportação de 285 kg
80
De acordo com a Tabela 6, observa-se que o período com maior demanda,
foi o mês de outubro/2008 apresentando uma demanda de 615 pedidos no mês e o
período com demanda inferior foi o mês de novembro/2008. Aplicando a formulação,
com um desvio padrão de 34, chegou-se a um estoque mínimo de 44 tambores de
mel. Sendo este o nível mínimo de estoque que a empresa deve operar para que
não falte produto e se atenda plenamente os produtos.
A seguir na Tabela 7, apresenta-se a previsão da demanda do produto
Nutritônico (frasco 240 ml).
Tabela 7 – Consumo do produto Nutritônico – frasco 240 ml
PERÍODO C C-CM (C-CM)²Outubro/08 4339 4339–2878=1461 2.134.521
Novembro/08 4075 4075–2878=1197 1.432.809Dezembro/08 1040 1040-2878= 1838 3.378.244
Janeiro/09 3481 3481-2878= 603 364.609Fevereiro/09 2016 2016-2878= (862) 743.044
Março/09 2317 2317-2878= (561) 314.721Média (6 meses) 2878 8.367.948
Fonte: Dados da pesquisa
Considerando a média de consumo de 2.878 de Nutritônico no período,
chega-se a uma demanda de 8.367.948. Assim, segue o cálculo do estoque mínimo
do produto.
∂ = 1
²)(
−
−∑n
CmC ∂ =1
8.367.948
−
∂ = 589.673.1 ∂ = 1.294
EMin = ∂ x K = 1294 X 1,282
EMin= 1.659 frascos de 240 ml
Analisando a Tabela 7 , observa-se que o período com maior demanda, foi o
mês de outubro/2008 apresentando um consumo de 4.339 pedidos no mês e o
período com consumo inferior foi o mês de dezembro/2008, apresentando uma
queda com 1.040 pedidos. Utilizando a fórmula e para ∂, chegou-se a um estoque
mínimo de 1.659 frascos de 240 ml, sendo este o nível mínimo de estoque que a
81
empresa deve operar para que não falte produto e se atenda plenamente os
produtos.
A seguir na Tabela 8, apresenta-se os dados para o produto Nutriguaco Plus
(frasco 140 ml).
Tabela 8 – Consumo do produto Nutriguaco – frasco 140 ml
PERÍODO C C-CM (C-CM)²Outubro/08 2771 2771-2585 = 186 34.596
Novembro/08 2395 2395-2585=(190) 36.100Dezembro/08 2190 2190-2585=(395) 156.025
Janeiro/09 2734 2734-2585=149 22.200Fevereiro/09 2914 2914-2585=329 108.241
Março/09 2506 2506-2585=(79) 6.241Média (6 meses) 2585 363.403
Fonte: Dados da pesquisa
Considerando a média de consumo de 2.585 de Nutriguaco no período.
Assim, segue o cálculo do estoque mínimo do produto.
∂ = 1
²)(
−
−∑n
CmC ∂ = 16
363.403
−
∂ = 60,680.72 ∂ = 270
EMin = ∂ x K = 270 x 1,282
EMin= 346 frascos de 140 ml
Conforme a Tabela 8 , observa-se que o período com maior demanda, foi o
mês de fevereiro/2009 apresentando uma demanda de 2.914 pedidos no mês e o
período com demanda inferior foi o mês de dezembro/2008, apresentando uma
queda com 2.190 pedidos. Através do cálculo, chegou-se a um estoque mínimo de
346 frascos de 140 ml. Sendo este o nível mínimo de estoque que a empresa deve
operar para que não falte produto e se atenda plenamente os produtos.
A seguir na Tabela 9, apresenta-se o consumo do produto Redcall (frasco
com 60 cápsulas).
82
Tabela 9 – Consumo do produto Redcall – frasco com 60 cápsulas
PERÍODO C C-CM (C-CM)²Outubro/08 1086 1086-1500=(414) 171.396
Novembro/08 1520 1520-1500= (20) 400Dezembro/08 530 530-1500=(970) 940.900
Janeiro/09 2937 2937-1500=1437 2.064.969Fevereiro/09 1598 1598-1500=98 9.604
Março/09 1329 1329-1500=(171) 29.241Média (6 meses) 1500 3.216.510
Fonte: Dados da pesquisa
Considerando a média de consumo de 1.500 de Redcall no período, e
demais informações, chega-se ao estoque mínimo do produto.
∂ = 1
²)(
−
−∑n
CmC ∂ = 16
3.216.510
−
∂ = 302.643 ∂ = 802
EMin = ∂ x K = 802 x 1,282
EMin= 1.028 frascos com 60 cápsulas
De acordo com a Tabela 9, observa-se que o período com maior demanda,
foi o mês de janeiro/2009 apresentando uma demanda de 2.937 pedidos no mês e o
período com demanda inferior foi o mês de dezembro/2008, apresentando uma
queda com 530 pedidos. Pelos cálculos, chegou-se a um estoque mínimo de 1.028
frascos com 60 cápsulas. Sendo este o nível mínimo de estoque que a empresa
deve operar para que não falte produto e se atenda plenamente os produtos.
A seguir na Tabela 10, apresenta-se o consumo do produto Redcall (frasco
com 60 cápsulas).
83
Tabela 10 – Consumo do produto Spray Mel/Própolis/Malva – Frasco 30 ml
PERÍODO C C-CM (C-CM)²Outubro/08 2641 2641-2040=601 361.201
Novembro/08 2675 2675-2040=635 403.225Dezembro/08 1043 1043-2040=(99,7) 9.940
Janeiro/09 2166 2166-2040=126 15.876Fevereiro/09 1538 1538-2040=(502) 252.004
Março/09 2177 2177-2040=137 18.769Média (6 meses) 2040 1.061.015
Fonte: Dados da pesquisa
Considerando a média de consumo de 2.040 de Spray Mel/Própolis/Malva
no período, chega-se ao estoque mínimo do produto.
∂ = 1
²)(
−
−∑n
CmC ∂ = 16
1.061.015
−
∂ = 203.212 ∂ = 46
EMin = ∂ x K = 46 x 1,282
EMin= 59 frascos de 30 ml
Conforme apresentado na Tabela 10 , observa-se que o período com maior
demanda, foi o mês de novembro/2008 apresentando uma demanda de 2675
pedidos no mês e o período com demanda inferior foi o mês de dezembro/2008,
apresentando uma queda com 1043 pedidos. Com a formulação e, com um desvio
padrão de 46, chegou-se a um estoque mínimo de 59 frascos de 30 ml. Sendo este
o nível mínimo de estoque que a empresa deve operar para que não falte produto e
se atenda plenamente os produtos.
3.2.5 Ponto de pedido
Dentro da gestão de estoque, poder identificar a quantidade de produto
disponível em estoque e, além disso, o ponto de pedido permite saber o período
certo de realizar o pedido de reposição. É fundamental, neste sentido, tomar certas
84
providências visando eliminar o risco da falta. Assim, neste item será apresentado o
ponto de pedido da Nutrisempre, considerando que a compra do mel é feita
semanalmente.
A Tabela11 a seguir, apresenta o ponto de pedido dos cinco produtos de
maior demanda da Nutrisempre, onde foi considerado um TR de 0,25 devido a
compra do mel ser semanal.
Tabela 11 – Ponto de pedido
PRODUTO E.Min. C TR PP
Mel Exportação-285 Kg 44 550 0,25 182
Nutritônico Frasco 1659 2878 0,25 2.379
Nutriguaco Plus 346 2585 0,25 992
Redcall Frasco 1028 1500 0,25 1.403
Spray Mel/Própolis/Malva 59 2040 0,25 569 Fonte: Dados da pesquisa
Observa-se na Tabela 11, que somando o estoque mínimo com o consumo,
multiplica pelo tempo de reposição, obtem-se o ponto ou a quantidade em que o
pedido deve ser realizado, para cada produto no período estudado. Assim, a
reposição do Mel Exportação deve ser feita quando alcançar a quantidade de 182
unidades, o Nutritônico 2.379 unidades, Nutriguaco 992 unidades, Redcall Frasco
1.403 unidades e Spray Mel/Própolis/Malva 569 unidades.
3.2.6 Lote econômico de compras
Para uma eficiente gestão de estoque, é necessário que a empresa conheça
qual a quantidade ideal de compra, a fim de diminuir seus custos. Diante disto, neste
tópico será apresentado o lote econômico de compras dos produtos classificados
como A e B no período estudado.
85
• Mel Exportação – Tambor 285 kg
LEC = Ca
Cp 2.D. =
1164
,502.3300.997= 75 tambores
• Nutritônico – Frasco 240 ml
LEC = Ca
Cp 2.D. =
1164
502.17268.3,= 10 frascos
• Nutriguaco – Frasco 140 ml
LEC = Ca
Cp 2.D. =
1164
452.15510.2,= 8 frascos
• Redcall – Frasco com 60 cápsulas
LEC = Ca
Cp 2.D. =
1164
02.9000.3,5= 7 frascos
• Spray Mel/Própolis/Malva – Frasco com 30 ml
LEC = Ca
Cp 2.D. =
1164
452.12240.2,= 7 frascos
Em seguida na Tabela 12, será apresentado o cálculo do custo total do
estoque, considerando o período estudado e os produtos com classificação A e B.
86
Tabela 12 – Custo total do estoque PRODUTO PU D VALOR Q D/Q CP Q/2 CA CT
Mel Exportação-285 Kg 1.425,00 3300 4.702.500,00 75 44 997,50 37,5 1.164,00 4.790.040,00
Nutritônico Frasco 5,00 17268 86.340,00 10 1727 3,50 5 1.164,00 98.203,80
Nutriguaco Plus 3,50 15510 54.285,00 8 1939 2,45 4 1.164,00 63.690,94
Redcall Frasco 5,00 9000 45.000,00 7 1286 3,50 4 1.164,00 53.574,00
Spray Mel/Própolis/Malva 3,50 12240 42.840,00 7 1749 2,45 3,5 1.164,00 51.198,00
5.056.706,74 Fonte: Dados da pesquisa
Na Tabela 12, pode-se observar que o custo total para manter o estoque na
empresa no período estudado, considerando os produtos classificados como A e B,
é de R$ 5.056.706,74. Onde, multiplicando o preço unitário de cada produto pela sua
demanda, chegou-se ao valor total unitário. Dividindo a demanda pela quantidade de
compra, obtida no cálculo do LEC, obteve-se a quantidade de pedidos feitos no
período; multiplicado-se pelo estoque médio no período e, fazendo a adição
total,pelo custo de armazenagem, chega-se ao custo total para cada produto.
Cabe destacar que para cálculo do custo de armazenagem, levou-se em
conta as despesas com água, luz, telefone, salários e tributos no período, que
totalizaram R$ 23.280,00 e foram rateados pelos quatro departamentos da empresa,
o que deu R$ 5.820,00 por departamento. Em seguida foi rateado pela quantidade
de produtos estudados, ficando um custo de armazenagem de R$ 1.164,00 por
produto.
3.2.7 Políticas de estoque
De acordo com o que foi levantado neste trabalho e também observado na
empresa, definem-se as seguintes políticas de estoque, para melhor desempenho
do processo produtivo:
� Adquirir matéria prima de acordo com a demanda;
� Dar entrada no estoque assim que o produto for fabricado;
� Armazenar os produtos de forma organizada e enumerá-los com
etiqueta;
87
� Fabricar os produtos de acordo com sua demanda, respeitando o tempo
de reposição do estoque;
� Controlar de forma mais efetiva os itens classificados como A e B;
� Fazer levantamento periódico, através de inventários, dos itens em
estoque, para avaliação de quantidade e estado dos produtos.
3.3 Sugestões
Por meio da pesquisa realizada Nutrisempre Laboratório de Produtos
Naturais Comércio e Importação Ltda, foi possível verificar a falta da gestão de
estoques. Não se tem conhecimento dos itens que compõem seu estoque, assim
como a relação do estoque com os produtos de maior demanda, os classificados
como A e B, nem o nível mínimo de estoque que a empresa deve operar para
atender sua demanda.
Durante a pesquisa, foi observado que pela empresa não ter um controle de
seu estoque, quando acontecia determinado pedido, no momento da produção
faltava algum componente e até material para embalagem, o que ocasionava grande
transtorno e alto custo, pois devido ao prazo de entrega, a empresa tinha que buscar
fornecedores que tivessem os produtos/materiais em pronta entrega, o que
financeiramente nem sempre é viável. Diante disto, sugere-se algumas correções de
forma a melhorar os processos e informações, contribuindo assim para a otimização
de seus processos e diminuição dos custos.
� Pela empresa não possuir um funcionário responsável pelo
departamento de materiais, o que faz com que todos os funcionários
tenham acesso livre ao seu estoque, e pela falta de uma pessoa que
conheça as técnicas de gerenciamento de estoque. Sugere-se que se
contrate um funcionário para desenvolver a atividade de gerenciamento
do departamento;
� Um problema encontrado é o fato de a empresa não utilizar um software
para controle de seu estoque, utilizando planilha eletrônica para controlar
os produtos, o que fica muito mais vulnerável a erros. A empresa possui
88
um software de gerenciamento, onde são controladas as suas finanças,
e o mesmo tem ferramentas que possibilitam o controle de seu estoque
Com isto, a sugestão para este problema é que a empresa utilize este
software, a fim de obter informações mais precisas sobre sua estrutura
de estoque e assim tomar decisões mais eficazes;
� Devido ao fato de alguns clientes solicitarem determinados produtos
para entrega de curto prazo e a empresa não ter produtos a pronta
entrega, e considerando que agora a Nutrisempre já tem conhecimento
dos itens de maior demanda e de sua estrutura de estoques, sugere-se
que a empresa tenha em estoque os produtos que têm saída a pronta
entrega ou de curto prazo, diminuindo assim os custos com embalagem,
frete e produção, de forma a satisfazer as necessidades dos clientes e
reduzir os custos de produção.
� Como a empresa não possui políticas de estoque definidas e por já
conhecer sua estrutura de estoque, como giro, ponto de pedido, estoque
mínimo e seu lote econômico de compras, sugere-se que a empresa
adote políticas como: adquirir matéria-prima de acordo com a demanda,
onde se pode fazer o pedido do mel mensalmente para negociar seu
preço de forma a maximizar o lucro, pois devido a quantidade adquirida
pode-se obter um preço mais vantajoso. Também, ao fabricar um
produto, dar entrada no estoque, armazenar de forma organizada e
enumerando-os com etiquetas, a fim de controlar sua entrada e saída,
utilizando o software da empresa. Fabricar os produtos de acordo com
sua demanda, respeitando o tempo de reposição do estoque. Controlar
de forma mais efetiva os itens classificados como A e B, para evitar
problemas como falta do produto, sendo estes itens de maior
faturamento para a empresa. E, fazer levantamento periódico
(inventários) dos itens em estoque para avaliação de quantidade e
estado dos produtos. Reduzindo assim, seus custos de produção,
otimizando seus processos e satisfazendo plenamente seus clientes.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo principal a implantação da Gestão de
Estoques, na empresa Nutrisempre, a fim de tornar a área de materiais mais
eficiente, refletindo em bom desempenho para todos os setores da empresa,
identificando suas falhas, delineando formas para reduzir os gastos e aumentar a
lucratividade. Para isto foram levantados dados através de relatórios da empresa e
entrevista semi-estruturada com gerentes e colaboradores a fim de detectar
informações relevantes, no período de outubro/08 a março/09. Através dos dados
obtidos, foi possível alcançar os objetivos específicos, onde se identificou que a
empresa não possuía conhecimento dos itens em seu estoque, nem dos que tem
maior demanda.
Também foram identificados e classificados os itens em estoque de acordo
com a classificação ABC, e percebeu-se que os produtos: Mel Exportação,
Nutritônico, Nutriguaco Plus, Redcall e Spray Mel/Própolis/Malva são os produtos
comercializados que proporcionam maior demanda. Sendo o Mel Exportação
classificado como A e os demais como B. Identificou-se o rotativo do estoque
considerando os itens A e B, onde o Nutriguaco e o Redcall não possuem giro de
estoque, pois sua produção é de acordo com os pedidos realizados. Os demais itens
tiveram 1 giro no período, sobrando ainda um pouco de produto para o próximo
período.
Detectou-se o ponto de pedido dos itens A e B, onde no Mel Exportação é
182, Nutritônico 2.379, Nutriguaco 972, Redcall 1.403 e Spray Mel/Própolis/Malva
569. Também identificou-se a cobertura do estoque que no período de seis meses
para cobrir a demanda, é necessário 138 unidades do Mel Exportação, 180 unidades
do Nutritônico, 106 unidades do Spray Mel/Própolis/Malva, e para o Nutriguaco e
Redcall não há cobertura de estoque devido a empresa não possuir estoque dos
mesmos
E por último difiniu-se políticas de estoque como, momento de compra da
matéria-prima; recebimento, registro em software e armazenagem e organização dos
produtos; reposição do estoque; controle mais efetivo dos itens A e B; e
levantamento periódico dos itens em estoque.
90
Assim, foi possível responder o problema de pesquisa proposto, onde os
fatores a serem relevados para a implantação da gestão de estoques são:
conhecimento dos itens em estoque, demanda, itens de maior demanda, ponto de
pedido e tempo de reposição dos produtos, giro e cobertura do estoque.
Durante o levantamento dos dados, foram detectados alguns problemas que
dificultaram um pouco a tabulação dos dados. Problemas estes que estão
diretamente ligados à tecnologia e utilização de softwares. Pode-se citar o fato de a
empresa controlar via planilha eletrônica o seu estoque, ficando mais vulnerável a
erros.
Os resultados obtidos foram de grande importância para a pesquisadora,
para a empresa e para a universidade. Para a pesquisadora, pois através do
trabalho foi possível expandir seus conhecimentos em relação gestão de materiais,
assim como aplicar a teoria aprendida no período acadêmico com a prática.
Para a empresa, esta pesquisa foi extremamente importante, pois foi
possível conhecer sua estrutura de estoques e identificar seus produtos com maior
demanda, controlar seus itens em estoque, assim como a rentabilidade os itens com
maior demanda. As demais informações como ponto de pedido, giro de estoque, lote
econômico de compras, classificação ABC e cobertura de estoque, contribuíram de
forma a propiciar uma melhor tomada de decisão quanto os itens em estoque. Enfim,
por este ser o primeiro trabalho deste gênero realizado na Nutrisempre, foi possível
a empresa ter um conhecimento real da importância da Gestão de estoques, e dos
fatores que impedem seus desenvolvimento e crescimento, assim como em quais
itens devem ser concentrados seus esforços administrativos.
Um fato a se destacar é que este trabalho possibilitou um conhecimento
efetivo dos itens (tanto em quantidade quanto em valor), uma vez que não havia
uma relação e controle dos mesmos. Já para a universidade, sua importância está
justamente em poder inserir o acadêmico ao ambiente empresarial, de forma a
aprimorar seus conhecimentos e contribuir para solução de problemas encontrados.
Por fim, este trabalho é de grande valia e muito gratificante, pois mostra a
situação do departamento de estoques da Nutrisempre, possibilitando um real
conhecimento de sua estrutura de estoques, e gerando informações para tomada de
decisão a fim de maximizar o lucro da empresa.
Esta experiência possibilitou a expansão dos conhecimentos adquiridos pela
acadêmica, e também apresentar sugestões que podem melhorar os processos e a
91
lucratividade da empresa. Assim, observa-se a grande a importância em toda
empresa conhecer e controlar sua estrutura do departamento de estoques, e a
proporção do mesmo para o bom desempenho da empresa, bem como conhecer o
nível mínimo em que se deve operar. Pois, através destas análises é possível tomar
decisões que possibilitem uma melhor lucratividade, como itens a reduzir custos,
precificação dos serviços e otimização de seus processos.
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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS
Priscila Regina Pereira
Estagiária
Madson Booz
Supervisor de campo
Prof. Romeu Zarske de Mello
Orientador de estágio
Prof. Eduardo Krieger da Silva
Responsável pelos Estágios em Administração