PRODUTO 03: BENCHMARKING NACIONAL
REFERENCIAL - RSS
ARM_TEC_02_03_REL_Benchm_Nacref_RSS_04_20150714
AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE
PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)
PRODUTO 03: BENCHMARKING NACIONAL REFERENCIAL – RSS
ARM_TEC_02_03_REL_Benchm_Nacref_RSS_04_20150714
Julho de 2015
Consórcio:
CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
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PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)
Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte
Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status: Externo
Título do documento: Produto 03: BENCHMARKING NACIONAL REFERENCIAL - RSS
Nome/código: ARM_TEC_02_03_REL_Benchm_Nacref_RSS_04_20150714
Versão: Final
Elaboração:
Ο Alex José de Almeida
Ο Alex Quiroga
Ο Ana Maria Castro da Silveira
Ο Cristiano Figueiredo Lima
Ο Cynthia Fantoni
Ο Delfim José Leite Rocha
Ο Eduard Millet
Ο Gonzalo Herranz
Ο Gustavo Azeredo Furquim Werneck
Ο Gustavo Tetzl Rocha
Ο Henrique Ferreira Ribeiro
Ο Henrique S L V Gomes
Ο Isadora Braga Camargos
Ο Jesús Blasco Gómez
Ο José Cláudio Junqueira Ribeiro
Ο Juan Carlos Rives López
Ο Juliana Felisberto
Ο Luciana de Nardi
Ο Marcos Antônio de Almeida Rodrigues
Ο Maria Antônia Vieira Martins Starling
Ο Murilo Zaparoli
Ο Renato Nogueira de Almeida
Ο Solange Vaz Coelho
Ο Thiago de Alencar Silva
Ο Vicente Jimenez de la Fuente
Data: 28/10/2014
Revisão: Jesus Blasco Goméz, Juan Carlos Rives Lopes, Thiago de
Alencar Silva, José Claudio Junqueira Ribeiro Data: 06/03/2015
Aprovação: Jesús Blasco Goméz Data: 15/07/2015
Observações: O Produto em sua primeira versão foi entregue em 12/08/2014 e as considerações para
revisão foram encaminhadas em 16/09/2014. Houve uma nova apresentação no dia 28/10/2014 e outras considerações foram encaminhadas. Uma nova apresentação do documento foi realizada em 06/03/2015 que originou uma nova leva de considerações por parte dos revisores que foram consideradas nesta versão final. Esta é, portanto, a versão final, após todas as possíveis considerações de todos que acompanham o projeto.
Aprovação do Gestor:
Nome: Visto:
Data da Aprovação:
Consórcio:
CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
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APRESENTAÇÃO
Este documento consolidado denominado Benchmarking Nacional Referencial dos
Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) congrega, de forma analítica, as principais
tendências em âmbito internacional para a gestão e gerenciamento dos RSS. Este
documento, formalmente denominado Produto 03 – Benchmarking Nacional Referencial é
o primeiro produto da Fase 02 do PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA
DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) e foi elaborado pelo
Consórcio formado pelas empresas IDP Ingeniería y Arquitectura Iberia e Ferreira Rocha -
Gestão de Projetos Sustentáveis (Consórcio IDP Ferreira Rocha) sob coordenação da
Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) e seu
Grupo de Acompanhamento (GA).
Como definido inicialmente, a elaboração do Plano está estruturada em três fases:
Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RSS na Região Metropolitana de Belo
Horizonte (RMBH) e Colar Metropolitano de Belo Horizonte.
Fase 02: Elaboração de proposta para a gestão e o gerenciamento dos RSS.
Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão
e gerenciamento dos RSS.
O prazo previsto para a conclusão do projeto é de 22 (vinte e dois) meses e como o início
foi em janeiro de 2014 seu término está previsto para setembro de 2015.
A Fase 01, finalizada em setembro de 2014 teve a função de levantar dados e apresentar
o Diagnóstico da Situação Atual dos RSS na RMBH e Colar Metropolitano de Belo
Horizonte e, por sua vez, foi composta por três produtos, além de um Resumo Executivo,
conforme esquema apresentado no Quadro 1.
Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos.
Fonte: Plano de Trabalho Atualizado aprovado, Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, 2014.
A Fase 02, teve início, paralelamente com etapa final da Fase 01 e com a elaboração do
Produto 03, e é composta por seis produtos conforme descrito de forma sintética no quadro
que se segue.
Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RSS na RMBH e Colar Metropolitano de BH
Produto 00: Balizamento técnico, legal e metodológico para elaboração do
Plano
Produto 01: Geração e fluxo de gestão e
gerenciamento dos RSS
Produto 02: Levantamento de planos e projetos, executados e em
execução, para gestão e gerenciamento dos
RSS
Resumo Executivo:Síntese analítica de
dados e informações
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Quadro 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RSS.
Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.
Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RSS
Produto 03 -Benchmarking
Referencial Nacional e
Internacional
Produto 04 -Alternativa de
Gestão e Gerenciament
o de RSS recomendada
Produto 05 -Alternativas
para o Transbordo, Tratamento e Disposição
Final
Produto 07 -Possibilidades
de Implantação de Soluções Integradas
Produto 06 -Áreas
Favoráveis para
Instalação de Infraestruturas
de RSS
Produto 08 -Sistema de
Gerenciamento Proposto
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 2
LISTA DE QUADROS ....................................................................................................... 7
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................... 8
ABREVIATURAS .............................................................................................................. 9
1.0. INTRODUÇÃO ......................................................................................................12
2.0. ASPECTOS METODOLÓGICOS ..........................................................................14
3.0. IDENTIFICAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES ............................15
4.0. INTRODUÇÃO AO BENCHMARKING NACIONAL ...............................................16
5.0. CASO A CASO .....................................................................................................19
5.1. BRASÍLIA ..........................................................................................................19
5.1.1. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) .........................19
5.1.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS) ..19
5.2. PORTO ALEGRE ..............................................................................................21
5.2.1. Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (PERS – RS) .21
5.2.2. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) do município de
Porto Alegre ..............................................................................................................22
5.2.3. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS 23
5.3. CURITIBA ..........................................................................................................31
5.3.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) .........31
5.3.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PMGIRS
...................................................................................................................33
5.4. SÃO PAULO ......................................................................................................43
5.4.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) .........43
5.4.2. Geração de RSS em São Paulo .................................................................45
5.4.3. Coleta de RSS e demais resíduos associados em São Paulo ....................45
5.4.4. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em São Paulo .................49
5.4.5. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS em São Paulo ..50
5.4.6. Diretrizes e objetivos, estratégias e metas para os RSS estabelecidas no
PGIRS do Município de São Paulo ...........................................................................52
5.4.7. Diretrizes para o manejo diferenciado de resíduos dos serviços de saúde
definidas do Plano de Gestão Integrada de Resíduos do Município de São Paulo. ..53
5.4.8. Metas quantitativas e prazos ......................................................................54
5.4.9. METAS DE GOVERNO ..............................................................................56
5.4.10. Iniciativas relevantes ...............................................................................57
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5.4.11. Informações adicionais ...........................................................................60
5.5. FORTALEZA .....................................................................................................60
5.5.1. Cenário Estadual ........................................................................................60
5.5.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS 62
5.6. PALMAS ............................................................................................................69
5.6.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do
Município de Palmas ................................................................................................69
5.6.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS 70
5.6.3. Geração de RSS em Palmas ......................................................................70
5.6.4. Segregação e Armazenamento dos RSS em Palmas .................................70
5.6.5. Coleta de RSS e demais resíduos associados em Palmas .........................72
5.6.6. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em Palmas ......................73
5.6.7. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS em Palmas .......73
5.6.8. Metas, diretrizes, planos e ações para os RSS estabelecidas no PGIRS do
Município de Palmas ................................................................................................74
5.6.9. Informações adicionais ...............................................................................76
6.0. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES .........................................................77
7.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................78
8.0. ANEXOS ...............................................................................................................80
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Etapas da Fase 01 - Diagnóstico da Situação Atual dos Resíduos. ................ 3
Quadro 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RSS. ................................................................................................. 4
Quadro 3 - Dez maiores cidades Brasileiras, de acordo com o IBGE, 2103 e a existência ou não de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. ...........................................16
Quadro 4 - Evolução da média diária de resíduos de serviços de saúde em Porto Alegre, em toneladas por dia útil (base: 6 d/semana) - de 1992 a 2011. ......................................23
Quadro 5 - Locais utilizados para a disposição final/tratamento de RSS no município de Porto Alegre, desde 1969 até o ano de 2011. ..................................................................24
Quadro 6 - Ação 1.2.1. do Planejamento, com destaque para a etapa 1.2.1.1 voltada para atualização dos planos de gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde. ...............28
Quadro 7 - Ação 5.2.4. Ferramentas de Gestão, com destaque para os seus objetivos indicadores, relativos ao desenvolvimento e atualização de um banco de dados para a gestão e gerenciamento de resíduos no município de Porto Alegre. ................................29
Quadro 8 - Quantitativo de resíduos sólidos gerados em Curitiba, em toneladas/dia. ......33
Quadro 9 - Custos por grupo e porte de gerador para a coleta de tratamento dos RSS gerados em estabelecimentos de saúde em Curitiba. ......................................................37
Quadro 10 - Valores contratuais praticados para a coleta de resíduos dos serviços de saúde gerados em unidade penal no Estado do Paraná, 2014. ..................................................38
Quadro 11 - Metas e ações definidas para os RSS no município de Curitiba...................41
Quadro 12 - Objetivo, meta e ações propostas no PMGRS do Município de Curitiba para os RSS. ...........................................................................................................................42
Quadro 13 - Coleta anual de RSS por categoria. .............................................................48
Quadro 14 - Classificação dos empreendimentos geradores de resíduos dos serviços de saúde, a geração respectiva para cada tipo e o valor médio da taxa paga ao Município de São Paulo. .......................................................................................................................50
Quadro 15 - Metas percentuais para implementação da valorização de RSS em ES. .....55
Quadro 16 - Metas percentuais para coleta diferenciada de RSS em ES. .......................55
Quadro 17 - Índices de relevância e incerteza utilizados para os resíduos dos serviços de saúde, no Plano de Gestão de Resíduos do Município de Fortaleza, CE. .......................66
Quadro 18 - Indicadores, definições, equação e unidade utilizados para os parâmetros quantitativos relativos à gestão/gerenciamento de RSS em Fortaleza. ............................69
Quadro 19 - Metas, ações e produtos definidos para a adequação da disposição final dos RSS no âmbito do Programa 2 definidos no Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB Palmas. .................................................................................................................75
Quadro 20 - Rota de coleta dos resíduos dos serviços de saúde gerados nos estabelecimentos listados para uma segunda-feira. ........................................................76
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Relação entre Plano, Gestão e Gerenciamento. ..............................................12
Figura 2 - Ação específica, realçada em amarelo, para a gestão e adequação de armazenamento de resíduos dos serviços de saúde detalhada no Plano Distrital de Saúde do Distrito Federal. ..........................................................................................................20
Figura 3 - Hierarquia de eixos de atuação e programas estratégicos do PMGIRS de Porto Alegre. .............................................................................................................................27
Figura 4 - Relatório de contrato de prestação de serviços de tratamento e destinação final de cadáveres e carcaças de animais no Município de Curitiba referente ao ano de 2009. ........................................................................................................................................39
Figura 5 - Distribuição dos estabelecimentos privados, públicos e total dos serviços de saúde. ..............................................................................................................................45
Figura 6 - Manifesto para transporte de Resíduos (MTR) utilizado pela empresa LOGA que presta serviços ao Município de São Paulo. ....................................................................46
Figura 7 - Ficha de Emergência, de acordo com a NBR 7503 para transporte de produtos perigosos. ........................................................................................................................47
Figura 8 - Variação da massa de RSS coletada em regime público no Município de São Paulo no período entre 2004 a 2012. ...............................................................................48
Figura 9 - Destinação de RSS por tipo de resíduo. ..........................................................49
Figura 10 - Relação dos integrantes do PHS no Município de São Paulo. .......................57
Figura 11 - Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos de Fortaleza, operado pela empresa Marquise Engenharia. .......................................................................................63
Figura 12 - Fluxograma do tratamento de resíduos no Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos - CTRP de Fortaleza, Ceará. ...........................................................................64
Figura 13 - Sistemas de alimentação de resíduos no Centro de Tratamento de Resíduos perigosos de Fortaleza. ...................................................................................................65
Figura 14 - Esquema para cálculo da prioridade na tomada de decisão e ação das carências identificadas no Plano. .....................................................................................................66
Figura 15 - Formas de armazenamento externo de RSS praticadas no Município. ..........72
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ABREVIATURAS
ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
ABRELPE ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA
PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAIS
ACFOR AUTARQUIA DE REGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO AMBIENTAL
AGEMCAMP AGÊNCIA METROPOLITANA DE CAMPINAS
AMA ASSISTÊNCIA MÉDICA AMBULATORIAL
AMLURB AUTORIDADE MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA (SP)
ANTT AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES
ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
ART ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA
ASMOC ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL OESTE DE CAUCAIA
ASSTEPLAD ASSESSORIA TÉCNICA DE PLANEJAMENTO E
DESENVOLVIMENTO
ATT ÁREAS DE TRIAGEM E TRANSBORDO
CCO CENTRO DE CONTROLE OPERACIONAL
CD COMITÊ DIRETOR
CDP CONDICIONANTES/DEFICIÊNCIAS/ POTENCIALIDADES
CETESB COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
CIC CIDADE INDUSTRIAL DE CURITIBA
CMMA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
CNES CADASTRO NACIONAL DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE
CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
CONPAM CONSELHO DE POLÍTICAS E GESTÃO DO MEIO AMBIENTE
CONRESOL CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL PARA A GESTÃO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
CONSIMARES CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS
CORSAP CONSÓRCIO PÚBLICO PARA MANEJO DE RESÍDUOS E ÁGUAS
PLUVIAIS DA REGIÃO INTEGRADA DO DISTRITO FEDERAL
COVISA COORDENADORIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
CTRP CENTRO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS PERIGOSOS
CVS/SP CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE SÃO PAULO
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DMLU DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA
EGRS ESTABELECIMENTO GERADOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE
EMPLASA EMPRESA METROPOLITANA DE PLANEJAMENTO
FEHOSUL FEDERAÇÃO DOS HOSPITAIS E ESTABELECIMENTOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
FEPAM FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
FISLURB FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA
FMLU FUNDO MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA
GTAI GRUPO TÉCNICO DE APOIO INTERINSTITUCIONAL
GTG GRUPO TÉCNICO GESTOR
HVS REDE GLOBAL HOSPITAIS VERDES E SAUDÁVEIS
IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
LIMPURB EMPRESA DE LIMPEZA URBANA DO SALVADOR
MTR MANIFESTO DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS
NBR NORMA BRASILEIRA
OMS ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE
PERS – RS PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO RIO GRANDE
DO SUL
PGIRS PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PHS PROJETO HOSPITAIS SAUDÁVEIS
PMGIRS PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
PMPA PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE
PNRS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
PNUMA PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE
RD REAL DECRETO
RDC RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA
RMBH REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE
RPM RESÍDUOS PERIGOSOS DE MEDICAMENTOS
RSAN RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SANEAMENTO
RSI RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS
RSM RESÍDUOS SÓLIDOS DE MINERAÇÃO
RSS RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
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RST RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES
SEISP SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
PÚBLICOS
SEMA SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE
SEMDU SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO URBANO
SESAU SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
SHS SEMINÁRIO HOSPITAIS SAUDÁVEIS
SINDIPAR SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE DO ESTADO
DO PARANÁ
SINPAR SINDICATO DOS HOSPITAIS E ESTABELECIMENTOS DE
SERVIÇOS DE SAÚDE NO ESTADO DO PARANÁ
SIPERS – RS SISTEMA DE INFORMAÇÕES PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS DO RIO GRANDE DO SUL
SMAM SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE
SMGIRS SISTEMA MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SMMA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
SNIS SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO
TRSD TAXA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES
TRSS TAXA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
UBS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
UTC USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM
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1.0. INTRODUÇÃO
Um plano de gestão de resíduos, em linhas gerais, tem a função de orientar a gestão e o
gerenciamento dos resíduos para a região a que se aplica. O Plano Metropolitano de
Gestão Integrada dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) está sendo elaborado para
promover uma melhoria contínua na gestão do fluxo desses resíduos, considerando a
realidade e as soluções mais adequadas para os municípios da Região Metropolitana
(RMBH) e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. A gestão dos resíduos é de
responsabilidade governamental, intransferível, e abarca a definição de estratégias,
políticas, diretrizes e metas que balizam o gerenciamento dos resíduos - de
responsabilidade do gerador - e guarda um cunho mais operacional, como demonstrado
na Figura 1.
Figura 1 - Relação entre Plano, Gestão e Gerenciamento. Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.
Quando concluído este Plano, que está sendo elaborado a partir das premissas da
pluralidade e da representatividade da RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte,
contribuirá para um processo de gestão e gerenciamento dos resíduos de forma mais
eficiente, uma vez que:
A situação atual será conhecida.
Estarão definidos, com a perspectiva metropolitana, diretrizes, objetivos e metas.
Serão fomentados a implantação e aperfeiçoamento da gestão, e a sistematização
de dados e informações.
Serão planejadas, alinhadas, ordenadas e monitoradas as atividades do
gerenciamento.
PLANO = orientativo / diretrizes, objetivos e
metas
GERENCIAMENTO = operacional /
responsabilidade do gerador
GESTÃO = estratégico / responsabilidade do
poder público
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Serão otimizados esforços, em busca de maior eficiência e menor custo das
atividades.
Este Benchmarking Nacional Referencial de Gestão e Gerenciamento dos RSS apresenta,
de forma objetiva os meios, processos, tecnologias e alternativas para a gestão e
gerenciamento dos RSS mais utilizados em âmbito nacional. Os dados e informações
apresentadas não representam as alternativas mais adequadas à realidade da RMBH e
Colar Metropolitano, mas são exemplos de algumas possibilidades de sucesso praticadas
em outras regiões, estados e municípios brasileiros. Vale ressaltar que todas as referências
apresentadas neste documento devem passar por uma análise criteriosa que leve em
consideração as características intrínsecas da região de abrangência do Plano, com o
objetivo de estudar a sua viabilidade de aplicação para a gestão e gerenciamento dos RSS.
Este documento, portanto, não apresenta uma análise crítica das alternativas encontradas
e salienta-se que esta análise será apresentada no capítulo inicial do próximo produto, o
Produto 04.
A organização deste documento, bem como dos demais produtos que serão desenvolvidos
para a Fase 02, segue recomendações descrita pela Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) para a elaboração de planos de gestão de resíduos, permitindo sua fácil integração
a outros planos desenvolvidos, ou a desenvolver, nos municípios e no Estado de Minas
Gerais.
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2.0. ASPECTOS METODOLÓGICOS
O Benchmarking Nacional Referencial para os RSS foi elaborado a partir de dados
secundários, publicados nos Planos Estaduais, Municipais ou Regionais publicados e
divulgados pelas respectivas esferas governamentais.
Neste documento será dedicada a uma descrição breve das alternativas para
gestão/gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde praticados/implantados em 06
municípios brasileiros - Brasília, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Fortaleza e Palmas -
que possuem os Planos de Gestão Municipal de Resíduos Sólidos, que contemplam com
detalhes sobre gestão e gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde gerados nos
estabelecimentos públicos de saúde.
Os municípios citados, foram escolhidos por estarem entre os 10 maiores municípios
brasileiros de acordo com o IBGE 2013 e, por isso, imaginou-se que eles poderiam
apresentar uma infraestrutura adequada de gestão e gerenciamento dos RSS. Além disso,
foi escolhido um representante para cada região do Brasil sendo que no caso da Região
Norte, como Manaus que não apresenta nenhum dos documentos exigidos por lei para a
gestão de resíduos foi escolhido o município de Palmas como o seu representante já que
este apresentava plano publicado e informações acessíveis.
Todas as informações foram extraídas dos Planos de Gestão Municipais já publicados e
quando utilizadas outras fontes, estas foram devidamente referenciadas. A obtenção de
informações mais detalhadas e esclarecimento de dúvidas e contradições técnicas foram
solucionadas mediante contato telefônico.
Neste documento estão reunidas informações, dados publicados por instituições
governamentais, entidades representativas acadêmicas, e, em alguns momentos são
apresentados materiais comerciais e de comunicação visual de empresas de tecnologias
para a gestão/gerenciamento de RSS. Vale ressaltar que, em todos os casos, o consórcio
não está sendo beneficiado pela apresentação e divulgação destas informações.
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3.0. IDENTIFICAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
O Benchmarking Nacional Referencial para a gestão e o gerenciamento de RSS,
juntamente com os produtos do Diagnóstico da Fase 01, são essenciais ao
desenvolvimento dos próximos produtos do Plano, uma vez que as informações do
diagnóstico, quando cruzadas com aquelas levantadas no benchmarking nacional e
internacional, resultarão em uma base de informações que servirá de análise das
alternativas mais viáveis para a gestão/gerenciamento dos RSS originados na RMBH e
Colar Metropolitano.
Vale salientar que o Plano é um projeto dinâmico, ou seja, durante sua elaboração podem
surgir, a qualquer momento, novas informações que, caso sejam relevantes, podem ser
incorporadas aos documentos e à base de dados de forma que esta atualização poderá
indicar um redirecionamento para os produtos subsequentes.
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4.0. INTRODUÇÃO AO BENCHMARKING NACIONAL
Como já mencionado, o presente documento é parte integrante do Produto 03 –
Benchmarking Nacional e Internacional para Gestão e Gerenciamento dos RSS da Fase
02 do Plano de Gestão Integrada de Resíduos com foco nos RSS e RCCV para Região
Metropolitana de Belo Horizonte e Colar Metropolitano.
Antes de se fazer uma análise específica sobre o tema Resíduos dos Serviços de Saúde
(RSS), optou-se por uma verificação da existência ou não dos Planos Municipais e
Estaduais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos (PMGIRS ou PGIRS) nas
dez maiores cidades brasileiras (IBGE 2013) de forma a subsidiar a análise das alternativas
praticadas por um representante de cada unidade da federação. O quadro abaixo
apresenta de forma resumida um panorama geral da situação.
Quadro 3 - Dez maiores cidades Brasileiras, de acordo com o IBGE, 2103 e a existência ou não de Plano de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Município Unidade
da Federação
População (IBGE, 2013)
PGIRS/Ano Plano Estadual/ Ano/ Observações
Brasília Centro Oeste
2.789.761 Não Não
Porto Alegre
Sul 1.467.816 Sim/ Agosto
de 2013
Não/ Em processo de elaboração pela empresa ENGEBIO; previsto para final de
2014 (http://www.pers.rs.gov.br/documentos.html)
Curitiba Sul 1.848.946 Sim/ Outubro
de 2010 Não/ Início em 2012, mas ainda não foi
finalizado. Convênio com o MMA
São Paulo Sudeste 11.821.873 Sim/ 2012,
revisado em 2014
Não/ Versão preliminar apresentada em Junho de 2014.
Rio de Janeiro
Sudeste 6.429.923 Sim/ Agosto
de 2012 Sim/ Janeiro de 2014
Belo Horizonte
Sudeste 2.479.165
Não/ Plano Municipal de Saneamento,
2012-2015
Não/ Em processo de elaboração
Salvador Nordeste 2.883.682
Não/ Plano de
Saneamento Básico
(Setembro 2010)
Não/ Possui um plano de regionalização para resíduos sólidos de Novembro de
2013.
Recife Nordeste 1.599.513
Sim/ Plano Metropolitano
Resíduos Sólidos, Abril
de 2013
Sim/Julho de 2012
Manaus Norte 1.982.177
Não/ Plano Diretor de Resíduos Sólidos, Julho de
2010
Não/ Finalização prevista para 30/10/2013, elaborado com recurso aprovado pela
Caixa Econômica, no valor de R$ 1 925 milhões, dos quais 10% seria contrapartida
do Estado do Amazonas.
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Município Unidade
da Federação
População (IBGE, 2013)
PGIRS/Ano Plano Estadual/ Ano/ Observações
Fortaleza Nordeste 2.551.806
Sim/ Anexo do Plano de
Saneamento, Novembro de
2012
O Edital de 2011 foi licitado e os serviços iniciados no final de 2012. Previsão de
entrega pelo Consórcio vencedor em Junho de 2015. (Valor total do contrato: R$
1.650.000,00, Empresas Gaia Engenharia e Encosan; em 2013 foram realizadas 13 oficinas regionais mais 4 seminários e
consultas públicas).
Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, 2014.
Em termos de abrangência, verifica-se que os municípios listados no quadro acima que
cada unidade federativa está sendo representada por, pelo menos, um município.
Pelos dados apresentados pôde-se constatar que, até a data de apresentação deste
documento, das dez maiores cidades brasileiras, três delas, incluindo a capital do país,
Brasília, e ainda Belo Horizonte e Manaus, não apresentam ou, pelo menos, ainda não
publicaram seus respectivos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS).
Além disso, observa-se ainda que dos 10 estados apenas os Estados do Rio de Janeiro e
de Pernambuco possuem Plano Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos publicado.
Tendo em vista que o Plano Estadual de Resíduos Sólidos aponta caminhos, orienta
investimentos, subsidia e define diretrizes para os planos das regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregionais, bem como para os planos municipais de gestão
integrada e para os planos de gerenciamento dos grandes geradores de resíduos sólidos,
é alarmante o fato de que 90% dos estados que abrigam as 10 maiores cidades brasileiras
não possuam um plano.
Destaca-se que, dado seu caráter regional, o Plano Metropolitano de Gestão Integrada de
Resíduos da Região Metropolitana de Recife, região esta, que, em termos de organização
territorial se assemelha à Região Metropolitana de Belo Horizonte e Colar Metropolitano.
O município de Fortaleza optou por elaborar o PGIRS como um dos anexos ao Plano de
Saneamento Básico, ou seja, além de atender as exigências da Lei nº 11.445/07, o Plano
abarca também todos os pontos exigidos pela Lei Federal nº 12.305/2010.
Como já mencionado, alguns destes municípios elaboraram seus Planos Municipais de
Resíduos Sólidos, previamente à elaboração e aprovação dos Planos Estaduais de
Resíduos Sólidos de seus respectivos municípios. Este fato pode interferir negativamente
na boa condução e implementação das DIRETRIZES, OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E
METAS planejadas, em espaços de construção participativa junto à sociedade. É, portanto,
indispensável uma articulação e coordenação mínima das DIRETRIZES, OBJETIVOS,
ESTRATÉGIAS E METAS definidas em âmbitos municipal e estadual e nestes casos, o
papel do estado em direcionar ações em escalas mais específicas fica enfraquecido. Além
deste aspecto, nestas situações, o trabalho de coordenação das DIRETRIZES,
OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS E METAS, que são mais complexos, exigirão maiores
esforços da administração pública.
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Nos itens seguintes, serão apresentados, caso a caso, no que diz respeito aos RSS, um
panorama geral desde a geração até a disposição final destes resíduos gerados nos
municípios de Brasília, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Fortaleza e Palmas. Salienta-se
que o município de Palmas, capital do estado do Tocantins, é o representante da região
norte, já que município de Manaus não possui seu próprio PGIRS.
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5.0. CASO A CASO
5.1. BRASÍLIA
5.1.1. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS)
O município teve um plano elaborado em 2009, mas como a política nacional (Lei Federal
nº 12.305/2010) datada de Agosto de 2010, o Plano passará por atualização e adequação
as novas exigências legais por uma empresa de consultoria contratada para este fim. Neste
sentido, a administração informou que a primeira licitação foi cancelada e o resultado da
segunda licitação ainda não foi divulgado.
A CORSAP (Consórcio Público para Manejo de Resíduos e Águas Pluviais da Região
integrada do Distrito Federal) está liderando a elaboração do Plano Intermunicipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PIGIRS que contemplará 11 municípios. Os
produtos consistem em Projeto de Mobilização Social e Divulgação, Diagnósticos da
Gestão e dos Resíduos, além de programas como os de Coleta Seletiva, Logística
Reversa, Resíduos da Construção Civil e de Educação Ambiental, dentre outros produtos.
A publicação de sua versão final esta prevista para Setembro de 2014. O acompanhamento
pode ser feito por meio do site: http://www.corsapdfgo.com.br/. Nenhum documento oficial
foi publicado até o momento.
5.1.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS)
Quando consultada, a administração de Brasília informou que não há nenhuma ação
específica voltada para a elaboração de um Plano de gestão integrada de resíduos de
serviços de saúde. Existe, entretanto, um Plano distrital de saúde para a vigência 2012-
2015 que, dentre as diretrizes apresentadas, lista alguns pontos específicos para os
resíduos com o objetivo geral de promover a melhoria da infraestrutura das unidades de
saúde, como, por exemplo:
“2.3.1. DIRETRIZ 3.1: Melhorar a infraestrutura das unidades de saúde mediante reformas, ampliações e construções para qualificar o acesso aos serviços de saúde.”
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Figura 2 - Ação específica, realçada em amarelo, para a gestão e adequação de armazenamento de
resíduos dos serviços de saúde detalhada no Plano Distrital de Saúde do Distrito Federal.
Fonte: Plano Distrital de Saúde 2012 a 2015, Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal, Brasília, Junho de 2012,
versão atualizada em 30 de Setembro de 2009, Página: 60.
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5.2. PORTO ALEGRE
5.2.1. Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (PERS – RS)
O Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Rio Grande do Sul (PERS – RS), assim como o
Plano Nacional de Resíduos Sólidos terá vigência por prazo indeterminado e apontará para
um horizonte de atuação de 20 anos, prevendo-se sua revisão a cada 4 anos, além da
elaboração da política estadual de resíduos sólidos do RS a partir da Lei nº 9921/93.
A contratação para a elaboração do PERS-RS, ocorreu a partir do Edital N.º 351
/CELIC/2012 e de acordo com a Portaria Conjunta SEMA/FEPAM nº 68/12, a
responsabilidade pela coordenação de elaboração do PERS - RS é realizada por meio do
Grupo de Coordenação formado por técnicos nomeados da Fundação Estadual de
Proteção Ambiental Luís Henrique Roessler (FEPAM) e da Secretaria Estadual de Meio
Ambiente (SEMA).
A elaboração do PERS - RS tem por finalidade a realização de diagnóstico, estudo de
regionalização, proposição de metas de redução de resíduos e rejeitos, desenvolvimento
do potencial energético, incentivando a gestão consorciada e/ou compartilhada dos
resíduos, de forma a promover a eliminação e recuperação de lixões com inclusão social
e emancipação econômica de catadores em suas associações, contemplando de maneira
integrada os 497 municípios do Estado do Rio Grande do Sul por meio das seguintes
metas:
Meta 1: Projeto de Mobilização Social e Divulgação.
Meta 2: Panorama dos Resíduos Sólidos no Estado.
Meta 3: Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais.
Meta 4: Estudos de Prospecção e Escolha do Cenário de Referência.
Meta 5: Diretrizes e Estratégias para a Implementação do PERS.
As tipologias de resíduos sólidos contempladas pelo PERS – RS, são de relevância em
relação à realidade e o desenvolvimento socioeconômico do Estado do Rio Grande do Sul
e definidas por meio de Termo de Referência para a elaboração do plano, sendo estas:
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).
Resíduos Sólidos de Serviços de Saneamento (RSan).
Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS).
Resíduos Sólidos da Construção e Demolição (RCC).
Resíduos Sólidos de Mineração (RSM).
Resíduos Sólidos Industriais (RSI).
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Resíduos Sólidos Agrossilvipastoris (RSA).
Resíduos de Serviços de Transportes (RST).
A Engebio é a empresa contratada para elaboração do referido Plano cujo prazo final para
entrega está previsto para o final de 2014. Tanto no website da empresa,
(http://www.engebio.net/), quanto no portal do Governo do Estado do Rio Grande do Sul,
(http://www.rs.gov.br/lista/707/meio-ambiente) é possível acessar um link dedicado ao
Plano Estadual. Além destas duas ferramentas, o Plano possui seu próprio site
(http://www.pers.rs.gov.br/) onde estão disponibilizados todos os documentos publicados,
além de outros materiais para consulta e gestão das ações referentes à sua elaboração,
tais como:
Home: últimas notícias e informações importantes a divulgar.
O PERS- RS: descrição geral sobre o Plano.
Equipe: descrição da equipe de coordenação por parte do Governo do Estado e por
parte da empresa de consultoria, Engebio.
Noticias: notícias organizadas por data de publicação e manchete.
Documentos: documentos organizados por data de publicação, com opção de
download e visualização online.
SIPERS-RS - Sistema de Informações - PERS-RS: ferramenta de auxílio para
compreensão das suas funcionalidades e dados envolvidos. O sistema foi concebido
para que fosse possível fazer um diagnóstico preciso da situação da coleta,
tratamento e disposição final dos resíduos sólidos no Estado, a partir do
cadastramento das informações obtidas dos representantes de cada um dos
Municípios do Rio Grande do Sul e de representantes setoriais tais como:
federações, associações municipais, sindicatos, associações de trabalhadores entre
outras entidades (representantes setoriais). Esta versão serve especificamente para
usuários que representam os diferentes setores envolvidos com a
produção/armazenamento/gerenciamento dos resíduos sólidos. Estes usuários
podem representar apenas uma ou várias tipologias de resíduos. No mesmo local é
possível realizar o download de um manual bastante detalhado para orientar os dois
tipos de usuários do SISPERS-RS: a. Representantes de Municípios e Convênios
Municipais b. Representantes Setoriais.
5.2.2. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) do município de Porto Alegre
O plano, publicado em agosto de 2013, é apresentado em dois volumes. O volume I é
dedicado ao Diagnóstico e Prognóstico enquanto que o volume II é restrito à descrição do
planejamento. Quanto ao conteúdo, o volume I traz um histórico interessante e extenso
sobre a evolução da gestão e do gerenciamento de resíduos no município. O Plano
apresenta a evolução da média histórica de resíduos sólidos em Porto Alegre para os
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últimos 20 anos, em toneladas por dia útil tomando como base 6 d/semana, como mostra
o quadro apresentado em seguida. Entretanto, o Plano não deixa clara a metodologia
utilizada para obtenção destes dados.
5.2.3. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS
5.2.3.1. Geração de RSS em Porto Alegre
Vale ressaltar que para os Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS), os valores
apresentados no quadro abaixo são computados desde 2006 e representam apenas os
resíduos da Classe D - Comuns.
Quadro 4 - Evolução da média diária de resíduos de serviços de saúde em Porto Alegre, em toneladas por dia
útil (base: 6 d/semana) - de 1992 a 2011.
Evolução da Média Diária de RSS em Porto Alegre, em toneladas por dia útil (base: 6 d/semana)- 1992 a 2011
Ano Quantidade Ano Quantidade
1992 20,6 2002 23,93
1993 21 2003 22,16
1994 20,7 2004 20,68
1995 22,48 2005 17,36
1996 23,05 2006 16,21
1997 24,5 2007 15,31
1998 25,75 2008 19,76
1999 26,09 2009 14,5
2000 25,19 2010 17,63
2001 26,15 2011 19,45
Fonte: Plano Municipal de gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Alegre, página 54, Tabela 4.3, Agosto
de 2013.
5.2.3.2. Armazenamento dos RSS em Porto Alegre
Em relação ao armazenamento dos resíduos de serviços de saúde, de acordo com o Plano,
publicado em Porto Alegre, estes são armazenados em contêineres específicos de grandes
capacidades volumétricas, nas próprias unidades geradoras.
5.2.3.3. Coleta de RSS e demais resíduos associados em Porto Alegre
No que se refere a coleta de RSS, de acordo com o Plano, a prestação de serviços de
coleta e tratamento dos resíduos dos serviços saúde do Grupo “A” (risco biológico),
gerados por todos os empreendimentos do município foi realizada, até 25 de Julho de 2006,
por uma empresa instalada no município e por meio de licitação do Departamento
Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). A partir desta data, entretanto, este serviço passou
a ser executado mediante a contratação prévia por seus geradores, por empresas
licenciadas para o transporte até a planta de tratamento.
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Os RSS do Grupo “A” gerados pelo sistema de Saúde Pública, sob responsabilidade do
poder municipal, são coletados e tratados por empresa devidamente licenciada, contratada
pela Secretaria Municipal de Saúde.
É interessante destacar que dentre as primeiras ações voltadas para a coleta seletiva
implantadas no município de Porto Alegre, no início dos anos 1990 houve também uma
preocupação com os RSS, de modo que, nessa época, foi implantada a segregação na
origem e coleta diferenciada em quatro tipos: potencialmente contaminados, seletivos,
comuns e restos de alimentos. Os resíduos orgânicos, tanto de origem doméstica,
comercial ou dos serviços de saúde são utilizados como ração animal por meio do projeto
denominado Projeto Suinocultura. Para estes resíduos, além do Programa Suinocultura, o
município também iniciou, em 2000, a operação da Unidade de Triagem e Compostagem
de Resíduos Sólidos Urbanos - UTC Lomba do Pinheiro. Ainda de acordo com o
documento, o referido projeto de reaproveitamento dos resíduos orgânicos seletivos de
sobras de alimentos em grandes geradores vem apresentando crescimento desde a sua
implantação e, nas últimas duas décadas, atingiu uma média de reaproveitamento de 11
t/d de resíduos como ração animal.
5.2.3.4. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em Porto Alegre
Ainda no Volume I - Diagnóstico, o Plano apresenta uma relação de todas as áreas de
disposição final de resíduos dos serviços de saúde utilizados entre 1969 até 2011. Os
meios de disposição final, apresentados no Quadro 5 foram computados no período entre
os anos 1969 e 2011, em Porto Alegre. Se não há informação para determinado ano ou
período significa que esta informação não foi levantada ou que, possivelmente, não existia
um processo específico de tratamento/destinação no local.
Quadro 5 - Locais utilizados para a disposição final/tratamento de RSS no município de Porto Alegre, desde
1969 até o ano de 2011.
Data início Data final Método / Local Empresa/Observação
Junho de 1998 Dezembro de 2000 Aterro
Controlado Autorizado pela FEPAM
08.08.2003 17.11.2003 Autoclave Prestação de Serviços Santa Maria
Ltda. (Contrato Emergencial)
18.11.2003 18.04.2004 Autoclave Prestação de Serviços Santa Maria
Ltda. (Contrato Emergencial)
19.04.2004 24.01.2005 Incinerador Ambientuus - Cachoeirinha
(Contrato emergencial)
25.01.2005 23.07.2005 Autoclave Aborgama - Sapucaia do Sul
(Contrato Emergencial)
25.07.2005 25.07.2006 Micro-ondas Cavo - Distrito Industrial Restinga
(Contrato)
25.07.2005 Atualmente, 2014 Autoclave Aborgama - Sapucaia do Sul
Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos de Porto Alegre, página 54, Tabela 4.3, Agosto
de 2013.
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Ainda de acordo com o PGIRS, no município de Porto Alegre, a Secretaria Municipal do
Meio Ambiente (SMAM), requisita as atividades sujeitas a PGRSS ou Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde, juntamente com os planos
apresentados, as Anotações de Responsabilidade Técnica - ART - dos responsáveis por
elaboração e da execução dos mesmos planos.
5.2.3.5. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS
O PGIRS do município de Porto Alegre não apresenta nenhum capítulo claro sobre os
custos da prefeitura com a gestão e gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde.
Entretanto, no portal de transparência da prefeitura é possível encontrar alguns contratos
celebrados entre empresas da região que prestam alguns dos serviços e a prefeitura, ou
demais órgãos públicos. As informações de custos para o setor privado não foram
encontradas/fornecidas.
A seguir, apresenta-se um aditivo de contrato publicado em janeiro de 2013, no qual a
Prefeitura Municipal de Porto Alegre é a contratante e a contratada é a empresa Aborgama
do Brasil Ltda. que, atualmente, e desde 2006, é responsável pelos serviços de coleta e
tratamento de RSS dos hospitais e postos de saúde do município.
PROCESSO 001.021926.09.3
CONTRATANTE: Município de Porto Alegre, por meio da Secretaria Municipal
da Fazenda.
CONTRATADA: Aborgama do Brasil Ltda. CNPJ 05.462.743/0001-05.
OBJETO: Fica prorrogado o prazo do Contrato 45427 por 12 meses, a contar
de 11/03/2013.
EMBASAMENTO LEGAL: Nos termos do artigo 57, inciso ll da Lei Federal
8666/93.
PROCESSO 001.045903.10.7
Porto Alegre, 17 de janeiro de 2013.
Em 18 de Dezembro de 2006, a Câmara Municipal de Porto Alegre, a empresa Aborgama
do Brasil LTDA, a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do
Rio Grande do Sul (FEHOSUL) e a Associação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde
do Rio Grande do Sul, celebraram um Termo de Adesão ao contrato de prestação de
serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos dos serviços de
saúde produzidos pelo Ambulatório Médico do Órgão aderente. Das cláusulas e condições
do contrato, podem ser destacados:
CLÁUSULA PRIMEIRA - OBJETO:
Os serviços de coleta serão executados em horários e dias definidos pelas
partes, adequando-se a rotina de operação do órgão aderente.
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É obrigação do órgão aderente por meio do Serviço Ambulatório Médico, o
gerenciamento prévio de resíduos com segregação dos mesmos, além de
enviar laudos de classificação de acordo com a NBR 10004, da ABNT, conforme
artigos 8º e 9º do Decreto Estadual 38.356, que confere ao gerador, a
responsabilidade sobre o destino final de seus resíduos, mesmo
encaminhando-os a uma central.
CLÁUSULA SEGUNDA - DO PREÇO E DOTAÇÃO
Pela prestação dos serviços objeto do presente contrato, o ÓRGÃO ADRENTE
pagará os mesmos valores estabelecidos pelo Órgão Municipal de Limpeza
Urbana da Capital - DMLU, como segue:
- Até um metro cúbico R$ 34, 42 (trinta e quatro e quarenta e dois centavos)
por coleta realizada.
2.2. Paralelamente, as parte efetuarão análise da qualidade, volume e
periodicidade das coletas dos resíduos e dos serviços, visando estabelecer
relação mais adequada de custos.
(...)
CLÁUSULA SEXTA - DA RESCISÃO DO CONTRATO
A rescisão deverá ser solicitada formalmente com 30 dias de antecedência por
meio de oficio ou documento equivalente, com termo de recebimento, no qual
constem os motivos do cancelamento dos serviços.
Percebe-se, portanto, que este contrato não apresenta o prazo determinado de vigência,
fato este que, de acordo com o próprio DMLU gerou alguns transtornos na prestação dos
referidos serviços nos anos subsequentes que culminaram com a rescisão do referido
termo de adesão.
5.2.3.6. Metas, diretrizes, planos e ações para os RSS estabelecidas no PGIRS
Os objetivos do SMGIRS, ou Sistema Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,
tiveram a sua origem nos conceitos dos próprios objetivos da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, que relacionam aspectos de legalidade ambiental à obtenção desses:
1) Obtenção sustentável do correto fluxo de todos os resíduos gerados no
município, da geração ao destino final, assegurados a melhor logística e o menor
nível de intervenção possíveis.
2) Obtenção do cumprimento da legislação ambiental vigente no território do
município, a partir de ação, fiscalização e intervenção.
3) Manutenção do asseio, da estética e da salubridade dos logradouros do
município, especialmente considerados os aspectos da saúde pública.
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4) Maximização do aproveitamento dos potenciais econômicos dos resíduos, de
maneira articulada com os aspectos da evolução social.
5) Erradicação dos passivos ambientais do município decorrentes da disposição de
resíduos sólidos.
Portanto, dos objetivos citados decorrem todas as ações de planejamento e de processo
empreendidas pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e SMAM e, que
foram observados a partir da vigência do Plano, pelo SMGIRS.
O SMGIRS foi desdobrado em cinco eixos de atuação que podem ser vislumbrados de
forma integrada, cuja organização foi motivada pela seguinte pergunta: “Com o que a
gestão municipal de resíduos sólidos deve preocupar-se?”.
Dos eixos foram formuladas as macrodiretrizes estratégicas do PMGIRS, ou
“macroaspirações”, ou declarações dos resultados desejados dentro de cada eixo de
atuação.
O modelo sistêmico escolhido adotou cinco eixos de atuação e destes foram gerados
programas estratégicos, em um segundo nível hierárquico, que foram considerados
diretrizes de planejamento, resguardando as relações com as macrodiretrizes:
Figura 3 - Hierarquia de eixos de atuação e programas estratégicos do PMGIRS de Porto Alegre.
Fonte: PMGIRS, Porto Alegre, Volume 02, Planejamento, DMLU, 2013.
No que se refere ao RSS, não há previsão de nenhuma ação específica detalhada no O
Eixo 01, Programa 1.2 Gestão dos Geradores de Resíduos Especiais, apresenta como
base fundamental a responsabilidade pelos resíduos por parte dos grandes geradores, e,
neste caso os RSS, a saber:
“Todos os geradores de resíduos sólidos os quais por sua composição, peso ou volume, ou mesmo por questões legais não possam ser encaminhados aos sistemas públicos de coletas de resíduos necessitam controle pelo Poder Público
1. Geração de Resíduos Sólidos
1.1 Aplicação dos 3R's
1.2. Gestãos dos Geradores Especiais
1.3. Educação Socioambiental
2. Coleta e transporte
2.1. Manutenção dos Serviços de
Coleta e Transporte
3.Tratamento e Disposição Final
3.1. Geração de Trabalho e Renda
3.2. Redução do Envio de Resíduos Sólidos Urbanos
para Aterro
4. Qualificação do Ambiente Urbano
4.1. Manutenção da Limpeza
Urbana
5. Sistemas de Gestão e
Estratégia
5.1. Sustentabilidade
Financeira
5.2. Ferramentas de Gestão
5.3. Qualificação organizacional
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Municipal. A necessidade de sistemas especiais de gestão de resíduos é bastante evidente em se tratando de geradores industriais e hospitalares, todavia tais não são os únicos geradores os quais por inabilidade, irresponsabilidade ou deficiência na gestão podem ocasionar problemas ambientais ou mesmo indevidamente utilizar os serviços municipais, custeados pela coletividade, aduzindo excedente de custos ao Município.”
De forma a alcançar os objetivos do programa 1.2, o Plano apresenta a seguinte ação:
“(1.2.1) Elaborar diretrizes para planos de gerenciamento de resíduos e logísticos reversos para geradores de resíduos sólidos, incluindo resíduos seletivos. Definir meios para controle e fiscalização da implementação e operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos e logística reversa, atendidos os artigos 20 e 33 da Lei Federal 12.305/2010.“
A figura abaixo detalha um pouco mais a ação 1.2.1. do Planejamento.
Quadro 6 - Ação 1.2.1. do Planejamento, com destaque para a etapa 1.2.1.1 voltada para atualização dos
planos de gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde.
ETAPAS OU ESTRATEGIAS (Projetos ou Processos)
Etapa Descrição
Cronograma/Recursos (R$ ou R$/ano)
Possíveis Fontes
Responsável
Imediato Curto Médio Longo
1.2.1.1 Revisar e atualizar os termos de referência para elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos bem como os Planos de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS)
X
SMAM
OBSERVAÇOES *Possíveis fontes de recursos 1. DC DMLU: despesa corrente DMLU (não tem acréscimo de custo) 2. Acum. DLMU: tem acréscimo na despesa corrente do DMLU 3. Invest. DMLU: investimento com recursos próprios DMLU/PMPA (Prefeitura de Porto Alegre) 4. Investim. externo: fontes externas (específicas)
-
Fonte: PMGIRS Porto Alegre, Volume 02, página 40/129.
Vale ressaltar também a aplicação do Programa 5.2. Ferramentas de Gestão, parte do
Eixo 5 denominado Sistemas de Gestão Estratégica, já que a inexistência de um banco de
dados confiável para a gestão de resíduos é uma realidade na grande maioria dos
municípios brasileiros e da Região Metropolitana de Belo Horizonte e Colar Metropolitano.
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Este programa contempla as seguintes ações, sendo que, a etapa 5.2.4. está apresentada
de forma mais detalhada na Quadro 7:
“(5.2.1) Concluir o Plano Diretor de Resíduos Sólidos.
(5.2.2) Definir responsabilidades para implementação e operacionalização do PMGIRS, incluindo etapas do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, conforme art. 20 da Lei Federal 12.305/2010, ao encargo do poder público.
(5.2.3) Desenvolver projeto unificado para efetivar e disseminar a comunicação de projetos, iniciativas, legislação pertinentes ao manejo de resíduos sólidos.
(5.2.4)” Desenvolver e manter atualizado um banco de dados contendo especificações e padrões de qualidade dos serviços de manejo de resíduos sólidos.”
Quadro 7 - Ação 5.2.4. Ferramentas de Gestão, com destaque para os seus objetivos indicadores, relativos
ao desenvolvimento e atualização de um banco de dados para a gestão e gerenciamento de resíduos no
município de Porto Alegre.
Município de Porto Alegre - Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
Eixo 5 Sistema de Gestão e Estratégia
Programa 5.2. Ferramentas de Gestão
Ação
5.2.4. Desenvolver e manter atualizado um banco de dados contendo especificações e padrões de qualidade dos serviços de manejo de resíduos sólidos
Líder de Ação
GTG PMGIRS
Descrição da ação
A ação visa prover ao DMLU um banco de dados com a especificação detalhada da realização dos serviços de limpeza urbana e gerenciamento de resíduos sólidos, apontando o padrão qualidade (mínimo) para cada serviço. Tais especificações deverão ser descritas com participação direta dos servidores ligados a operação devendo ficar disponíveis para consulta online na intranet.
SITUAÇÃO ATUAL
No ano de 2002, a Divisão de Destino Final iniciou processo de especificações e padrões de qualidade de serviços. Estas especificações, entretanto, não estão atualizadas. Os demais serviços não dispõem desses padrões estabelecidos.
METAS /PRAZOS
IMEDIA-TO
até 1 ano
CURTO PRAZO
1 a 4 anos
MÉDIO PRAZO
4 a 8 anos
LONGO PRAZO 8 a 12 anos
OBJETIVOS
Qualificar a sistematização das informações gerenciais a partir da mensuração dos indicadores dos serviços de manejo de resíduos servindo como base para tomada de decisão gerencial e para informação ao público.
Desen. 100%
até Julho de
2014
Manter atualizado
Manter atualizado
Manter atualizado
INDICADOR
Desenvolvimento e atualização do banco de dados.
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ETAPAS OU ESTRATÉGIAS (Projetos ou processos)
Etapa Descrição
Cronograma / Recursos (R$ ou R$/ano)
Possíveis Fontes*
Responsável
Imediato Curto Médio Longo
5.2.4.1 Desenvolver o banco de dados.
Julho de 2014
1 Setores DMLU
5.2.4.2
Manter atualizado o banco de dados.
1 Setores DMLU
Observações *Possíveis fontes de recursos 5. DC DMLU: despesa corrente DMLU (não tem acréscimo de custo) 6. Acum. DLMU: tem acréscimo na despesa corrente do DMLU 7. Invest. DMLU: investimento com recursos próprios DMLU/PMPA (Prefeitura de Porto Alegre) 8. Investim. externo: fontes externas (específicas)
-
Fonte: PMGIRS Porto Alegre, Volume 02, página 73/129.
(5.2.5) Acompanhamento, prevenção, correção e monitoramento do PMGIRS.
(5.2.6) Implantar estruturas de gestão do PMGIRS (Comitê Diretor - CD - e Grupo Técnico Gestor - GTG); e estruturas internas de controle operacional e de planejamento do DMLU (CCO - Centro de Controle Operacional - e ASSTEPLAD - Assessoria Técnica de Planejamento e Desenvolvimento).
5.2.3.7. Iniciativas relevantes
Além destes aspectos, o Plano traz em seu Capítulo 4, Item 4.4.2. uma listagem das
iniciativas relevantes existentes. Dentre elas, ressaltam-se aquelas relacionadas
diretamente ou indiretamente à gestão dos RSS:
Existem planos aplicados a grandes geradores: PGRCC, PGRSS, PGIRS para as
atividades licenciáveis.
Existem publicações das caracterizações.
SMAM atualmente solicita caracterização dos resíduos sólidos dos grandes
empreendimentos (em termos de quantitativos).
Existência, boa cobertura, regularidade, periodicidade e programação adequadas e
elevada eficiência de todos os tipos de serviços públicos de limpeza urbana.
Existe rede de Ecopontos (UDC’s, PEOF’s, PERE’s, pilhas e baterias, pontos para
entrega de pneus inservíveis, pontos para entrega de medicações vencidas e
assemelhados), do DMLU e privados.
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Cobertura, qualidade, regularidade, frequência, programação e confiabilidade
apropriadas dos serviços de coletas públicas.
Existe tratamento, privado, dos resíduos sólidos de serviços de saúde.
Existe código municipal de limpeza urbana.
Existe elevada qualificação técnica dos recursos humanos nos órgãos de
saneamento da PMPA.
Existe qualificação dos equipamentos de coleta.
Existe um Portal de Gestão.
Existe a desoneração do órgão de limpeza urbana quanto a serviços não públicos
(coleta especial, RSS, RCC, resíduos industriais).
A despesa corrente do DMLU encontra-se “em dia”.
Os contratos do DMLU são baseados em projetos básicos e editais bem elaborados.
Boa fiscalização dos contratos pelo DMLU, com aplicação de sanções quando
necessário.
Existe a qualificação permanente dos serviços de limpeza urbana.
Existe a centralização dos contratos de limpeza urbana em empresas qualificadas.
Existência de auditorias internas relativas aos contratos do DMLU.
Existe transparência nos pequenos contratos do DMLU.
Existência de um setor de educação ambiental específico, com recursos humanos,
ações e projetos qualificados.
Os dados gerenciais divulgados são confiáveis.
5.3. CURITIBA
5.3.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS)
O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Curitiba foi publicado em duas
versões, uma em setembro de 2010 e outra em outubro do mesmo ano. O Plano foi
desenvolvido em conformidade com a Lei Federal nº 11.445/07, que estabelece a Política
Nacional de Saneamento e a Lei Federal 12.305/10 que estabelece a Política Nacional de
Resíduos Sólidos.
Durante sua elaboração, o Plano foi apresentado à Consulta Pública, com a finalidade de
receber comentários e sugestões e submetido à discussão em Audiência Pública, dando
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oportunidade de participação da sociedade no planejamento das ações, de forma que a
própria elaboração já se constituiu em um instrumento de gestão compartilhada.
O horizonte de tempo considerado para o Plano foi de 10 (dez) anos, com sua primeira
revisão em 2013, em razão da necessidade de compatibilização com o Plano Plurianual, e
as demais de 04 em 04 anos. Em seu desenvolvimento o documento foi estruturado de
forma a apresentar o diagnóstico, que retrata a situação atual da gestão dos resíduos em
Curitiba, a proposição dos objetivos, metas e ações, bem como os mecanismos e
procedimentos a serem utilizados visando avaliar de forma sistemática as ações
programadas. Também compõem este plano, as ações para emergências e contingências
e ainda as proposições relacionadas à forma de como se dará o controle social sobre a
gestão integrada dos resíduos sólidos.
Destaca-se que, em 2012, o Estado do Paraná por meio de convênio firmado com o
Ministério do Meio Ambiente - MMA conseguiu um recurso para contratação da elaboração
do Plano de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do estado e a
elaboração do Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
O objetivo geral deste projeto de iniciativa do Governo do Estado do Paraná consiste em
orientar as intervenções do setor de resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando a
Regionalização do estado e a preparação para a implementação de soluções integradas e
consorciadas, já que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) se articula
com leis de outras áreas e temas de mesma relevância, como por exemplo, a Política
Nacional de Meio Ambiente, a Lei 11.445/2007 do Saneamento Básico, a Lei 9705/1999
da Educação Ambiental e a Lei 11.107/2005 dos Consórcios Públicos. Os estudos, irão
considerar ainda, a implementação de um Consórcio Público para a gestão e manejo dos
resíduos sólidos.
Além disso, a participação da população e dos gestores municipais na tomada de decisão,
além de ser considerada fundamental é também uma política de governo, que pretende
garantir os melhores resultados. Portanto, no decorrer da elaboração dos Planos citados,
além dos diagnósticos, prognósticos e elaboração de proposições, foram promovidas de
forma intermediária às fases, grupos de oficinas regionais de discussão para promoção da
participação de todas as partes envolvidas e incluídas no processo.
Os documentos relativos ao Plano de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos estão todos disponíveis e relacionados no seguinte endereço:
http://www.residuossolidos.sema.pr.gov.br/.
O Plano de gestão integrada de resíduos sólidos do município de Curitiba apresenta em
seu capítulo inicial um breve histórico sobre a gestão e o gerenciamento de resíduos do
município fornecendo um cenário generalizado do funcionamento dos serviços públicos
desde 1854 até o ano de sua publicação.
Dentre os pontos abordados, é interessante citar:
Em 1854, Curitiba possuía cerca de 6.970 habitantes, com uma provável produção diária
de resíduos de cerca de 200 g/habitante (GAIESKI, 1991). Em 2010 Curitiba possuía cerca
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de 1.851.215 habitantes com uma produção média de resíduos de 2.560 toneladas de
resíduos por dia sendo seu per capita estimado em 1,383 kg/hab./dia.
Em 1990, Curitiba recebeu o título de Capital Ecológica da ONU em razão de suas ações
inovadoras no tocante ao gerenciamento de resíduos.
Em 1991, através da Lei 7833/91 a Educação Ambiental passa a ser promovida na
Rede Municipal de Ensino, em todas as áreas do conhecimento e no decorrer de todo
processo educativo em conformidade com os currículos e programas elaborados pela
Secretaria Municipal de Educação, em articulação com a Secretaria Municipal do Meio
Ambiente.
Em 2001, diante da necessidade de integração da região metropolitana na gestão dos
resíduos sólidos, visando o estabelecimento de uma política integrada de gerenciamento
dos resíduos sólidos e tendo como principal objetivo a proteção dos mananciais, foi criado
o Consórcio Intermunicipal para a Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos - CONRESOL.
Atualmente o Consórcio Intermunicipal é composto por 20 (vinte) municípios, sendo que a
participação de Curitiba está amparada nas Leis Municipais nº 10.220 de 02 de julho de
2001 e nº 12.317 de 03 de julho de 2007.
5.3.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PMGIRS
5.3.2.1. Geração de RSS em Curitiba
O plano publicado apresenta uma estimativa da geração de resíduos em Curitiba, que pode
ser observada no quadro a seguir:
Quadro 8 - Quantitativo de resíduos sólidos gerados em Curitiba, em toneladas/dia.
Serviço Quantidade (t/dia)
Resíduos domiciliares da coleta convencional 1.472,70
Resíduos recicláveis provenientes da coleta seletiva 89.16
Resíduos recicláveis provenientes da coleta seletiva informal 445,00
Resíduos vegetais 70,83
Resíduos oriundos dos serviços de limpeza pública (varrição,
manual, varrição mecanizada, serviços de poda, limpeza de
feiras livres e limpeza mecanizada)
266,37
TOTAL 2.569,06
Fonte: PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE CURITIBA, Tabela 02, página 18.
Como pode-se notar, não se encontra contemplado no quadro acima, o quantitativo de
resíduos gerados pelos serviços de saúde, cuja responsabilidade é do gerador.
O serviço de coleta especial hospitalar foi implantado no Município de Curitiba em 1º de
setembro de 1988 simultaneamente à implantação da Vala Séptica no bairro CIC, para
onde era destinado o volume de resíduos coletados nos hospitais e outros
estabelecimentos de saúde de Curitiba e 14 Municípios da Região Metropolitana. Através
da contratação de serviços, o Município se responsabilizava pela coleta dos resíduos de
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serviços de saúde dos estabelecimentos geradores públicos e particulares, separados dos
demais resíduos, e encaminhava para disposição final em vala séptica.
Em 1994, foi iniciado o “Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde”, com
o objetivo de aprimorar o sistema de coleta, acondicionamento, tratamento e disposição
final dos resíduos sólidos de serviço de saúde visando principalmente a segregação dos
resíduos nas unidades geradoras, de forma racional, integrada e participativa com os
estabelecimentos geradores.
Em razão do esgotamento da capacidade da vala, em janeiro de 2004, foi firmado o Termo
de Compromisso de Ajustamento de Conduta por parte do Município de Curitiba,
municípios da região metropolitana que utilizavam a vala séptica e entidades
representativas dos estabelecimentos geradores públicos e privados com o Instituto
Ambiental do Paraná, prevendo a apresentação, no prazo de 365 dias, ou seja, até 26 de
janeiro de 2005 de Sistema de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (para os
Municípios) e plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (estabelecimentos
geradores) prevendo nova proposta para o tratamento e destino final, devidamente
licenciada.
A partir da assinatura do termo de ajustamento, uma das condições fundamentais para o
seu cumprimento passa a ser a existência de alternativas de tratamento dos resíduos de
serviços de saúde para atendimento dos geradores do município de Curitiba e Região
Metropolitana, que produzem em média 14 toneladas/dia de resíduos infectantes. Em
Curitiba, dois empreendimentos formalizaram processo de licenciamento junto à Secretaria
Municipal do Meio Ambiente mediante a apresentação de Estudo de Impacto Ambiental.
Outros empreendimentos foram licenciados pelo Instituto Ambiental do Paraná para
realização da coleta e transporte e levam os resíduos para serem incinerados no Estado
de São Paulo.
Em janeiro de 2005, motivado pela solicitação dos estabelecimentos de saúde, de que não
haviam ainda tido condições de se adequar, procedeu-se a avaliação técnica das
condições da vala, por parte do Município de Curitiba e foi constatada a possibilidade de
sua utilização por um período de no máximo 90 (noventa) dias, procedendo então à
solicitação de mais 90 dias de prazo ao Instituto Ambiental do Paraná para utilização da
vala.
Ressalta-se que naquela ocasião, tanto o Município, quanto o Estado, já haviam
equacionado o tratamento dos resíduos gerados nas unidades de saúde sob sua
responsabilidade, mediante a contratação de empresa prestadora de serviço de
tratamento. O Instituto Ambiental do Paraná concedeu o prazo de 60 (sessenta) dias, com
possibilidade de prorrogação por mais 30 (trinta), sendo então assinado aditivo de prazo
ao Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, que se encerrou no dia 27/04.
Anteriormente ao encerramento da operação da vala séptica, previsto para 28 de abril de
2005, o SINDIPAR – Sindicato dos Estabelecimentos de Saúde do Estado do Paraná
obteve na 1ª Vara da Fazenda Pública, Falências e Concordatas liminar determinando que
o Município tenha continuidade à execução dos serviços de coleta e disposição final dos
resíduos de serviços de saúde. Mediante recurso do Município de Curitiba, ao Tribunal de
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Justiça, a referida liminar foi suspensa em 28 de abril de 2005, sendo então efetivado o
fechamento da vala séptica.
Desta forma, a partir do final de abril de 2005, o Município de Curitiba implantou uma
significativa mudança no sistema de gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de
saúde. Os serviços de coleta e transporte, realizados até então por uma empresa
contratada pelo Município, passou a ser contratado diretamente por parte dos
estabelecimentos geradores. A Vala Séptica, local de destino dos resíduos, foi encerrada,
passando a ser obrigação dos geradores encaminharem os resíduos para tratamento,
antes da disposição final.
Embora o encerramento da vala tenha ocorrido somente em 28 de abril de 2005, como foi
dito anteriormente, a discussão acerca da mudança de sistema vinha sendo tratada desde
o início de 2004, quando foi firmado o Termo de Ajustamento de Conduta por parte dos
usuários da Vala Séptica, mediante compromisso das entidades representativas dos
estabelecimentos de saúde, com o Instituto Ambiental do Paraná e acompanhamento do
Ministério Público.
No referido Termo estava previsto, além do encerramento da Vala, a necessidade de
apresentação dos planos de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, por parte
dos estabelecimentos geradores, à Secretaria Municipal do Meio Ambiente e ao Instituto
Ambiental do Paraná.
5.3.2.2. Armazenamento e acondicionamento dos RSS em Curitiba
O Plano não destacou nenhum ponto específico relativo ao armazenamento de RSS.
5.3.2.3. Coleta de RSS e demais resíduos associados em Curitiba
Ver informações detalhadas no item: “Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de
RSS”.
5.3.2.4. Tratamento e destinação final dos RSS gerados em Curitiba
A Vala Séptica encontra-se situada na região centro-oeste do Município de Curitiba, na
Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira s/n°, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
A figura 01 apresenta a localização. A área em questão foi utilizada para a disposição final
de resíduos de serviços de saúde, no período compreendido entre outubro de 1988 e abril
de 2005. Foi inicialmente projetada para um período de 18 (dezoito) meses de operação,
apresentando 10.000 m2 de área. Seu uso, entretanto, acabou sendo prolongado, com
consequentes ampliações da área inicial. A Vala Séptica foi encerrada com um total de
92.694 m2, dos quais 83.390 m2 correspondem à área onde ocorreu disposição de
resíduos.
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Além de Curitiba, doze municípios utilizaram a Vala Séptica ao longo de sua operação,
sendo eles: São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande, Pinhais,
Piraquara, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Colombo, Campo Largo, Campo
Magro, Araucária e Itaperuçu. A quantidade total de resíduos depositada durante o período
de operação foi de aproximadamente 62.400 toneladas.
Após o encerramento da vala, a empresa Biológica Consultoria Ambiental e Serviços Ltda.,
foi contratada para a realização de estudo de investigação e diagnóstico do passivo
ambiental da área em questão. Em função das baixas concentrações de contaminantes
observadas, o estudo propôs um sistema de monitoramento de atenuação natural da área
como forma de remediação.
O referido estudo ainda propôs a melhoria do sistema de drenagem de águas precipitadas,
cercamento da área, melhoria dos acessos, plantio de vegetação e a recuperação de
pontos de erosão e instabilidade geotécnica, que foram objeto do projeto realizado em 2008
pela empresa Ecotécnica - Tecnologia e Consultoria Ltda. As obras previstas no referido
projeto encontram-se atualmente em execução, sendo objeto de contrato firmado com a
empresa Obetacem Construções e Empreendimentos Ltda.
Encontra-se também em andamento estudo realizado pela Universidade Federal do
Paraná, em conjunto com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Trata-se do trabalho
de doutorado da professora Margarete Casagrande Lass Erbe, que visa identificar passivos
ambientais decorrentes da disposição de resíduos de serviço de saúde no local.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Curitiba, atualmente, no
município, há duas empresas licenciadas para tratamento de RSS, sendo elas:
- Cavo Serviços e Saneamento S/A: utiliza a tecnologia de micro-ondas para tratar os
infectantes e perfurocortantes;
- Serquip Tratamento de Resíduos Ltda.: faz o tratamento dos resíduos infectantes (exceto
A3 e A5) e perfurocortantes por meio de autoclave e por meio de incineração os resíduos
infectantes dos grupos A3, A2, A5 e resíduos químicos, exceto metais pesados.
5.3.2.5. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS
O plano publicado não apresenta informações detalhadas sobre os custos e valores
desembolsados para a gestão e ou gerenciamento de resíduos.
Em consulta ao site do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde
no Estado do Paraná foram encontrados os seguintes valores para a prestação dos
serviços de coleta e tratamento dos RSS do Município de Curitiba no ano de 2005
realizados pela empresa Cavo Serviços de Saneamento S/A que atua no município desde
1995:
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Quadro 9 - Custos por grupo e porte de gerador para a coleta de tratamento dos RSS gerados em
estabelecimentos de saúde em Curitiba.
Porte do gerador
(Kg/dia)
Grupo do resíduo
(“A”, “B” ou “E”)
Valor por quilo
(R$/kg) ou por
mês
Grandes geradores: > 300 kg/dia
Geradores medianos: a partir de 200
kg/dia
Grupos "A" e "E” R$ 1,25/kg
Grupo “B” R$ 1,30/kg
Geradores intermediários: 30 kg a 199
kg/dia
Grupos "A" e "E” R$ 1,35/kg
Grupo “B” R$ 1,40/kg
Pequenos geradores I: 10 kg a 29
Kg/dia (ou 101 a 300 litros/dia)*
Uma coleta Mensal R$ 44,00/mês
Duas coletas ao mês R$ 71,00/mês
Quatro coletas ao mês R$ 89,00/mês
Pequenos geradores II: até 10 kg ou
100 litros/dia
Uma coleta Mensal R$ 39,00/mês
Duas coletas ao mês R$ 58,00/mês
Quatro coletas ao mês R$ 78,00/mês
*Negociação diferenciada: Cavo ofereceu 10% de desconto médio nos seus serviços o que reduz
a taxa de cada “visita” para pouco mais de R$ 22,00.
Fonte: Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná, 2005.
Além destes valores, a notícia veiculada no site do Sindicato dos Hospitais e
Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Paraná (SINPAR) explica que, para
este contrato firmado com a CAVO, em 2005, os condomínios ou locais que concentram
número significativo de geradores de resíduos poderiam negociar contratos coletivos, até
com patamares financeiros de menor custo. Além disso, a empresa garantia um
atendimento personalizado que seria prestado a partir da assinatura com cada empresa
contratante dos serviços e a emissão periódica do certificado de garantia de que os
resíduos tiveram o tratamento e o destino corretos. O contrato foi firmado para um
prazo de 36 meses e previa multa por rescisão. Contudo, estava expressa uma cláusula
que previa a interrupção do contrato na hipótese de órgãos governamentais assumirem a
responsabilidade de coleta e tratamento dos resíduos sólidos de serviços de saúde, esta
precaução foi inserida decorrente do fato de que, na época, havia uma tentativa das
entidades representativas de saúde em buscar respaldo legal na esfera Judicial.
Em contrato celebrado entre a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos
Humanos do Estado do Paraná e a Cavo Serviços de Saneamento S/A, com a respectiva
autorização do início da prestação do serviço em 12 de abril de 2014 e de objeto conforme
apresentado na figura abaixo, os valores contratuais praticados para a coleta de resíduos
de serviços de saúde gerados na unidade penal da secretaria supracitada, estão
apresentados no Quadro 10, a seguir:
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Quadro 10 - Valores contratuais praticados para a coleta de resíduos dos serviços de saúde gerados em
unidade penal no Estado do Paraná, 2014.
Descrição Unidade Quantidade Valor/kg
Prestação de serviços de coleta e remoção de
resíduos infectantes e perfurocortantes (resíduo
hospitalar), duas vezes por semana, incluindo
transporte, tratamento e destinação final dos RSS
gerados no Complexo Médico Penal do Estado com
cessão de recipientes de armazenagem sendo que a
contratada prestará serviços conforme a resolução
RDC ANVISA Nº 306 de dezembro de 2004.
500
kg/mês x
12 meses
6.000 kg
R$ 3,38/kg
com o valor
anual de R$
20.280,00
Prestação de serviços de coleta e remoção de
resíduo químico (reveladores e fixadores de Raios-X
e lixo proveniente de farmácia), incluindo transporte,
tratamento e destinação final dos resíduos sólidos de
serviços de saúde gerados no Complexo Médico
Penal do Estado, com cessão de recipiente de
armazenagem sendo que a contratada prestará
serviços conforme a resolução RDC ANVISA Nº 306
de dezembro de 2004.
250
kg/mês x
12 meses
3.000 kg
R$ 4,25/kg
Com o valor
anual de R$
12.750,00
TOTAL DO LOTE 01 R$
33.030,00
Fonte: Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Contrato Administrativo nº 023/2013. 2013.
Em outra consulta realizada no portal de transparência do Município, pôde ser encontrado
o custo relativo à coleta de cadáveres e de carcaças de animais por meio de empresa
terceirizada contratada pela Secretaria Municipal de Saúde, serviço este que pode ser
solicitado pelo munícipe à Central 156. Esta coleta é executada por 1 (um) caminhão
basculante de 12 m³ com munck, 2 caminhonetes F-350, 3 (três) motoristas e 6 (seis)
coletores. Em 2009 foram coletados uma média de 183 toneladas de cadáveres de
animais.
A seguir, apresenta-se uma cópia do relatório de contratos da Prefeitura de Curitiba, na
qual podemos concluir que o valor de um contrato com a duração de 1 ano e 4 meses, para
realizar tal serviço tem um custo aos cofres públicos municipais de R$ 619.200,00.
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Figura 4 - Relatório de contrato de prestação de serviços de tratamento e destinação final de cadáveres e
carcaças de animais no Município de Curitiba referente ao ano de 2009.
Fonte: Sistema de Gestão Pública Prefeitura de Curitiba.
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5.3.2.6. Iniciativas relevantes
Durante os três primeiros meses de 2005 foi desenvolvido um amplo trabalho de
esclarecimento e orientação aos estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de
saúde, destacando-se:
Elaboração de Termo de Referência contendo orientações sobre como elaborar o
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde. Para os pequenos
geradores de resíduos foi elaborado um formulário, cujo preenchimento atende a
exigência da apresentação do plano.
Plantão técnico diário para orientação dos estabelecimentos geradores, na sede da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, cujo atendimento também foi iniciado em
16/02/2005.
Realização de diversas reuniões com as entidades representativas dos
estabelecimentos geradores, além de palestras para grupos de geradores e
atendimentos individualizados no plantão técnico.
Publicação de comunicado em jornal de circulação, alertando os geradores para o
prazo final de entrega dos planos de gerenciamento estabelecido para 15/03, além de
diversas matérias realizadas com a imprensa.
Publicação de comunicado, em jornal de circulação, alertando os geradores para o
prazo de encerramento da operação da vala séptica e suspensão do serviço de coleta
pública.
Na data de 26/01, prazo definido no TAC, inicialmente haviam 42 (quarenta e dois) planos
de gerenciamento protocolados nesta Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Na
data 15/03, o número de planos protocolizados chegou a 654 (seiscentos e cinquenta e
quatro) e na data de 31/05, quando se encerrou o recebimento dos planos de
gerenciamento no plantão técnico, haviam sido protocolados 911 (novecentos e onze)
planos. Os Planos apresentados foram analisados pela equipe técnica, e o
estabelecimento recebeu a resposta em forma do ofício aprovando o documento ou
apontando as adequações necessárias.
A partir de 2006, nos estabelecimentos de saúde passíveis de licenciamento ambiental nos
termos da legislação vigente realiza-se verificação documental e vistoria para checar a
implementação das ações e procedimentos declarados no Plano. De 2006 até agosto de
2010 foram inspecionados cerca de 500 planos de gerenciamento relacionados à
estabelecimentos de saúde.
5.3.2.7. Objetivos, metas programas, projetos e ações
Curitiba possui três áreas de passivos ambientais resultantes de disposição de resíduos.
1. Vala Séptica: recebeu resíduos de serviços de saúde no período entre outubro de
1988 e abril de 2005.
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2. A área de disposição de resíduos da CIC: recebeu resíduos entre 1982 e 1988.
(domiciliares, comerciais, serviços de saúde, construção civil e industrial)
provenientes da porção sul do Município de Curitiba.
3. Área da Lamenha Pequena: utilizada no período de 1964 a 1989.
Estão sendo realizadas obras de melhorias nas três áreas, a fim de possibilitar seu
processo de recuperação. Neste sentido, os objetivos e metas propostos no plano referem-
se à continuidade das obras em andamento e a implantação de sistema de segurança e
manutenção da infraestrutura existente.
Quadro 11 - Metas e ações definidas para os RSS no município de Curitiba.
OBJETIVO PROMOVER A RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DE PASSIVO AMBIENTAL
META Executar as ações programadas para as 3 (três) áreas de passivo ambiental
identificadas no município.
AÇÕES
Implantar de sistema de segurança e manutenção da infraestrutura nas
áreas da vala séptica e Lamenha Pequena.
Incrementar o sistema de monitoramento das águas subterrâneas e
superficiais nas áreas da vala séptica e Lamenha Pequena.
Realizar estudo de investigação ambiental complementar na área da CIC,
que deve contemplar a recuperação ambiental da área.
Executar as ações de recuperação definidas no estudo.
Fonte: PMGRS do Município de Curitiba, Disponível em: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/plano-de-gestao-integrada-
de-residuos-solidos/6
Dentro do tema CONTROLE AMBIENTAL está voltado aos objetivos, metas e ações com
foco na implantação, no aprimoramento ou na melhoria do controle exercido sobre os
geradores de resíduos, que em função do tipo e natureza e da legislação vigente, têm
responsabilidades específicas no gerenciamento dos mesmos, dentre eles os grandes
geradores de resíduos de serviços de saúde. Apesar de o controle sobre os grandes
geradores de resíduo de serviço de saúde já ter sido iniciado há algum tempo, já tendo
sido possível adquirir certa experiência e conhecimento sobre a dinâmica deste universo,
a separação nos temas da forma como proposta pode, no futuro e na medida em que o
cenário evolua se mostrar inadequada ou desnecessária, devendo ser revista.
Um item específico do tema Controle Ambiental faz referência aos PLANOS DE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE.
O município já desenvolve diversas ações no controle ambiental dos empreendimentos e
atividades cujos resíduos, por força de lei, devem ser gerenciados pelos geradores,
incluídos: coleta, transporte, tratamento e destinação final.
Além de já existir regulamentação municipal sobre o tema, os procedimentos de
licenciamento ambiental já avaliam o aspecto do correto gerenciamento dos resíduos
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sólidos como pré-requisito para a emissão de autorizações e licenças e os agentes públicos
de limpeza urbana trabalham rotineiramente na identificação e responsabilização dos
grandes geradores.
Apesar disto, os gestores públicos acreditam na melhoria contínua dos serviços já
existentes e que, no prazo de 10 anos, definidos como horizonte de planejamento para
este documento, podem surgir novas oportunidades de evolução, inclusive nos aspectos
de acompanhamento, monitoramento controle e fiscalização.
Tomando esta postura como referência e, com a finalidade de aprimorar o que já vem
sendo realizado com bons resultados, e que incluí: a evolução nos aspectos legais (revisão
da regulamentação municipal e acompanhamento da evolução da legislação federal), a
melhoria em aspectos organizacionais relacionados a necessários avanços para que se
consiga realizar um bom gerenciamento dos dados e informações e um reforço em
aspectos operacionais voltados a uma fiscalização eficiente, o Plano de Curitiba apresenta
e propõe os seguintes objetivos, metas e ações para aprimorar o controle ambiental dos
denominado geradores de resíduos de serviços de saúde.
Quadro 12 - Objetivo, meta e ações propostas no PMGRS do Município de Curitiba para os RSS.
OBJETIVO
APRIMORAR O CONTROLE E A GESTÃO DAS INFORMAÇÕES, AÇÕES E
PROCEDIMENTOS TRAZIDOS NOS PLANOS DE GERENCIAMENTO DOS
GRANDES GERADORES E GERADORES DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
SAÚDE
META Vistoriar 100 % dos Planos apresentados.
AÇÕES
Rever, no que couber, o conteúdo dos Planos de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos e Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde,
adaptando-os à experiência adquirida e a nova legislação vigente.
Desenvolver e alimentar sistemas internos para gerenciamento das informações
qualitativas e quantitativas trazidas nos Planos de Gerenciamento com o objetivo
de facilitar consulta e consolidação de dados e informações de interesse para
outras ações ou programas ambientais.
Rever e atualizar o Decreto Municipal 983/2004 - que institui o Sistema Municipal
de Gestão Sustentável e dá outras providências - no que couber.
Regulamentar Relatório Anual de declaração do gerador contendo informações
comprobatórias da execução do Plano de Gerenciamento.
Fiscalizar a implementação dos Planos de Gerenciamento.
Fiscalizar o cumprimento das disposições legais.
Acompanhar a regulamentação da Lei Federal da Política Nacional de Resíduos
Sólidos.
Fonte: PMGRS do Município de Curitiba, Disponível em: http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/plano-de-gestao-integrada-
de-residuos-solidos/6
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5.4. SÃO PAULO
5.4.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS)
O PGIRS, além de atender as exigências da Lei Federal 12.305/2010, atende também às
exigências da Lei Federal de Saneamento Básico, no tocante à prestação dos serviços
públicos de manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana, notadamente as referentes à
exigência de sustentabilidade econômica para os serviços públicos. Além destas, o Plano
observa também os princípios, diretrizes e exigências da Política Nacional sobre as
Mudanças do Clima, principalmente, as relativas à redução das emissões antrópicas de
gases de efeito estufa.
A diretriz fundamental que guia o Plano é a observação da seguinte ordem de prioridade:
não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada apenas dos rejeitos, eixo central da Política
Nacional de Resíduos Sólidos.
No PGIRS da Cidade de São Paulo, essas diretrizes se traduzem na máxima segregação
de resíduos nas fontes geradoras e sua valorização, com o incentivo à retenção de
resíduos na fonte e a elaboração de um plano de coletas seletivas, envolvendo resíduos
domiciliares orgânicos, resíduos domiciliares recicláveis secos, resíduos da construção
civil, resíduos orgânicos de feiras, sacolões, mercados e escolas, bem como a indução de
práticas de coletas seletivas para empresas que devam ter seus planos de gerenciamento
de resíduos sólidos.
O Plano publicado em 2014 é uma complementação do PGIRS entregue à cidade em 2012,
em razão do não atendimento de diretrizes e conteúdo mínimo (exigido pela Lei
12.305/2010), ausência de participação popular na sua elaboração (Lei 11.445/2007) e
inobservância de diretrizes da Política Nacional sobre Mudanças do Clima relativas às rotas
tecnológicas que menos geram gases de efeito estufa. A atual gestão (2013-2016), acolheu
e ampliou o escopo desse trabalho face aos grandes desafios colocados pela Política
Nacional de Resíduos Sólidos à gestão pública municipal dos resíduos sólidos. Para esta
edição, a reelaboração do plano contou com forte participação popular, mobilizada por
ocasião da IV Conferência Municipal de Meio Ambiente.
Já no início do documento, item 2. Situação atual no Município, o PGIRS do Município de
São Paulo, apresenta em forma de breve histórico como foi feita a estruturação dos atuais
instrumentos da administração dos serviços de limpeza urbana nas 32 subprefeituras que
compõe o Município de São Paulo.
“Do ponto de vista administrativo, a cidade é dividida em 32 subprefeituras, cada uma delas constituindo, por si só, uma concentração de população que as colocaria entre os 85 maiores municípios brasileiros. O orçamento municipal de 2013 foi de 42 bilhões de reais; para 2014 a previsão é que chegue a 50 bilhões de reais. O produto interno anual per capita no município em 2010 foi de 46.000 reais, próximo de países desenvolvidos, e muito maior do que a média do
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Brasil, de 22.800 reais. Mas a cidade ainda apresenta enorme desigualdade de renda. O Índice de Gini, calculado para a distribuição de renda de São Paulo resulta em 0,57, contra 0,56 para o Brasil. Há 288 mil famílias vivendo em situação de extrema pobreza”.
(...)
“Já em relação aos resíduos sólidos, conforme a população do município foi crescendo e consequentemente aumentando o volume de resíduos gerados, foram sendo implantadas novas soluções, com o encerramento dos lixões e da operação dos incineradores, altamente poluentes, e implantados os aterros sanitários. Em 1989, foi feita a primeira experiência pública de coleta seletiva de materiais secos, projeto retomado em 2002, quando a nova gestão implantou o Programa Coleta Seletiva Solidária da cidade. Em 2002, foram implantadas diversas Centrais de Triagem, firmados convênios com cooperativas de catadores, e implantado o programa de coleta de resíduos orgânicos Feira Limpa. Iniciou-se a normatização e organização do Sistema de Gestão de Resíduos da Construção e Demolição, com a implantação de Ecopontos, incentivos às ATTs - Áreas de Triagem e Transbordo e recicladores.”
“Para organização do gerenciamento e dos serviços, a cidade de São Paulo foi dividida, a partir de 2004, em dois agrupamentos. O Agrupamento Noroeste compreende 13 subprefeituras e o Agrupamento Sudeste compreendia 18 subprefeituras até 2013, 19 a partir deste ano. Para a prestação dos serviços estão contratadas em cada agrupamento uma concessionária, responsável pelos serviços divisíveis de coleta, transbordo, tratamento e disposição final dos resíduos domiciliares e de coleta e destino final de resíduos de serviços de saúde uma empresa prestadora de serviço por meio de contrato de terceirização, responsável pela prestação dos serviços indivisíveis de limpeza urbana, incluindo varrição, limpeza do sistema local de drenagem, manejo de resíduos da construção civil, entre outros.”
No caso dos resíduos dos serviços de saúde, para o qual a gestão e gerenciamento deve
ser realizada pelos próprios geradores, o Plano de SP explica que:
“(...) os grandes geradores de resíduos sólidos, que devem ser cadastrados na Amlurb, além de contratar coleta particular de empresas autorizadas, sempre que gerarem volume superior a 200 litros/dia, ou quando se tratar de condomínios comerciais e mistos (empresariais e residenciais) geradores de volume superior a 1.000 litros/dia. No Município de São Paulo existem atualmente cerca de 8 mil grandes geradores de resíduos indiferenciados cadastrados, servidos por 60 empresas autorizatárias cadastradas em Amlurb para o processo de coleta, transporte e destinação final dos resíduos.”
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5.4.2. Geração de RSS em São Paulo
Constam no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES, 15.528
estabelecimentos de saúde no município de São Paulo (novembro/2013), constituídos em
grande número por consultórios isolados (73%) e clínicas (13%).
No entanto, este número é parcial, pois, em 2013 estavam cadastrados na AMLURB
27.415 estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde.
A Lei Federal sobre Saneamento Básico não define os RSS entre os resíduos
componentes do serviço público e, com isso, impõe aos entes privados as
responsabilidades o seu manejo e decorrentes custos. No âmbito municipal, está instituída,
desde 2002, a Taxa de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde - TRSS que compõe, com
outras receitas, o Fundo Municipal de Limpeza Urbana - FMLU, destinado a custear, entre
outros, os serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos RSS, de fruição
obrigatória, prestados em regime público pelas concessionárias locais.
Em 2012 foram recolhidas pelas concessionárias 37 mil toneladas de RSS, que demandam
adequada caracterização.
Figura 5 - Distribuição dos estabelecimentos privados, públicos e total dos serviços de saúde. Fonte - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES
5.4.3. Coleta de RSS e demais resíduos associados em São Paulo
A Prefeitura Municipal de São Paulo presta serviços de coleta diferenciada, tratamento e
disposição final de resíduos de serviços de saúde para pequenos e grandes geradores,
públicos e privados conforme determinado em Lei Municipal.
A Portaria 6/08 – LIMPURB/SES, com base na Resolução ANTT 420/2004, estabeleceu
que os estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde cadastrados na
AMLURB estão obrigados a preencher e apresentar, a cada coleta de resíduos dos Grupos
A e B perigosos, operada pelas concessionárias:
Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR).
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Figura 6 - Manifesto para transporte de Resíduos (MTR) utilizado pela empresa LOGA que presta serviços
ao Município de São Paulo.
Fonte: LOGA, 2015. http://www.loga.com.br/PDF/Manifesto-de-Transporte-de-Residuos-REV-3.pdf
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Ficha de Emergência, conforme NBR 7503.
Figura 7 - Ficha de Emergência, de acordo com a NBR 7503 para transporte de produtos perigosos.
Fonte: LOGA, 2015.
Além disso, para os resíduos classificados como Grupo B, o gerador deverá preencher,
também, o formulário de Solicitação de Coleta; para tais - substâncias de uso controlado,
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o gerador deverá providenciar também documentação junto à COVISA (Coordenadoria de
Vigilância Sanitária).
Os dados apresentados no Plano indicam que a coleta de RSS evoluiu nos últimos nove
anos segundo os seguintes quantitativos apresentados nas figuras abaixo.
Quadro 13 - Coleta anual de RSS por categoria.
Ano RSS coletados
(t/ano) Grupo A Grupo B
Animais mortos (A2)
2004 6.848 95% 2% 3%
2005 31.398 96% 1% 3%
2006 31.508 95% 2% 3%
2007 31.287 95% 2% 3%
2008 32.097 95% 2% 3%
2009 33.247 95% 2% 3%
2010 34.163 95% 2% 3%
2011 35.416 95% 2% 3%
2012 36.794 94% 3% 3%
Fonte: AMLURB, 2013; página 165, Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo.
Figura 8 - Variação da massa de RSS coletada em regime público no Município de São Paulo no período
entre 2004 a 2012.
Fonte: AMLURB, 2013; página 166, Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo, AMLURB,
2013.
Obs.: O salto observado após 2004, refere-se à entrada em vigor da Lei 13.478
que dispõe sobre a organização do sistema de limpeza urbana do município de São
Paulo; cria e estrutura seu órgão regulador; autoriza o poder público a delegar a
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execução dos serviços públicos mediante concessão ou permissão; institui a taxa
de resíduos sólidos domiciliares - TRSD, a taxa de resíduos sólidos de serviços de
saúde - TRSS e a taxa de fiscalização dos serviços de limpeza urbana - FISLURB;
cria o fundo municipal de limpeza urbana - FMLU, e dá outras providências.
5.4.4. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em São Paulo
Os RSS são destinados de acordo com sua natureza para tratamento, em unidades
licenciadas pela CETESB, por desativação eletrotérmica, autoclavagem, cremação ou
incineração. Os resíduos já com características de não periculosidade são destinados a
aterro sanitário.
O gerenciamento de resíduos perigosos de medicamentos, parte dos RSS do grupo B –
químicos, tem diretrizes e procedimentos específicos em razão de relatos da presença de
fármacos ou seus subprodutos em rios, lagos e águas subterrâneas, inclusive em águas já
tratadas e destinadas ao consumo humano.
Figura 9 - Destinação de RSS por tipo de resíduo.
Fonte: AMLURB, 2013. Página 166, Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo.
As empresas LOGA e ECOURBIS realizam os serviços de coleta dos RSS do Grupo B,
especificamente dos medicamentos vencidos que são recebidos da população nas
unidades de Assistência Médica Ambulatorial - AMA e Unidades Básicas de Saúde –
UBS’s.
O Município ainda não apresenta nenhuma ação específica voltada para a logística reversa
de descarte de medicamentos, mas ações voltadas para este fim estão em discussão no
Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo - CVS/SP em articulação com a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.
Ainda de acordo com o Plano e informações do próprio setor, todos os RSS coletados dos
27 mil estabelecimentos geradores de RSS cadastrados na AMLURB são monitorados,
tratados e dispostos de forma ambientalmente adequada.
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5.4.5. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS em São Paulo
Para fazer frente aos desafios impostos para a gestão e gerenciamento desse complexo
cenário de geração de resíduos, a cidade dedica parcela expressiva de seu orçamento.
Do orçamento previsto para 2014, 2,01 bilhões de reais (R$ 14 mensais/hab.) serão
despendidos com a gestão dos resíduos sólidos: 947 milhões para pagamento de dois
contratos de concessão; 893 milhões para pagamento de serviços de limpeza urbana; 27
milhões para apoio aos catadores de materiais recicláveis; 87 milhões para pagamento de
manejo de resíduos inertes, e; 59 milhões para investimento e custeio, sem considerar os
custos de limpeza de córregos e piscinões feitos pelas Subprefeituras.
A TRSS, prevista na Lei Municipal 13.478/2002, é cobrada aos geradores de forma
proporcional às faixas de geração e custeia parcialmente os serviços de coleta, transporte,
tratamento e destinação final dos RSS perigosos. O Art. 98 da Lei 13.748/2002, diz que
“para cada estabelecimento gerador de resíduos sólidos de serviços de saúde - EGRS
corresponderá um cadastro de contribuinte”.
Para determinação dos valores de cobrança, a referida Lei municipal, classifica os
geradores por porte e por faixas, segundo o potencial de geração de resíduos, a saber:
Quadro 14 - Classificação dos empreendimentos geradores de resíduos dos serviços de saúde, a geração
respectiva para cada tipo e o valor médio da taxa paga ao Município de São Paulo.
Porte
(Especial, 1, 2, 3, 4 ou 5)
Geração
(kg/dia)
Valor médio da taxa
(Valor por mês)
EGRS* especial: Pequenos geradores de
resíduos sólidos de serviços de saúde Geração até 20 kg/dia R$ 44,30
EGRS* 1: Grandes geradores de resíduos
sólidos de serviços de saúde nível 1
20 kg/dia < Geração <
50 kg/dia R$ 1.410,47
EGRS* 2: Grandes geradores de resíduos
sólidos de serviços de saúde nível 2
50 kg/dia < Geração <
160 kg/dia R$ 4.513,49
EGRS* 3: Grandes geradores de resíduos
sólidos de serviços de saúde nível 3
160 kg/dia < Geração <
300 Kg/dia R$ 8.462,79
EGRS* 4: Grandes geradores de resíduos
sólidos de serviços de saúde nível 4
300 Kg/dia < Geração <
650 kg/dia R$ 18.336,05
EGRS* 5: Grandes geradores de resíduos
sólidos de serviços de saúde nível 4 Geração > 650 kg/dia R$ 22.567,44
*Estabelecimento gerador de resíduos sólidos de serviços de saúde (EGRS)
Fonte: Lei Municipal nº 13.748/2002.
O Artigo 101, da mesma lei, estipula a obrigatoriedade do estabelecimento de saúde em
não apenas efetuar a escrituração diária da quantidade, em quilos, de resíduos sólidos de
serviços de saúde gerados e apresentados à coleta como também de apresentar a referida
escrituração à fiscalização municipal, quando requerido sob risco de, na falta de
apresentação de uma escrituração com tal conteúdo, o contribuinte ficar sujeito a
pagamento de multa de 30% (trinta por cento) do valor devido no período não escriturado.
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Salienta-se que a inadimplência e a insuficiência de receitas para a cobertura dos custos
com a gestão e o gerenciamento dos resíduos de saúde sob competência e
responsabilidade da Prefeitura de São Paulo está apontada no PGIRS como a única
carência e deficiência do sistema para este resíduo.
Em consulta ao portal da Prefeitura, no item relativo a contratos, é possível consultar os
contratos das empresas responsáveis pelos serviços de coleta domiciliar, Loga e Ecourbis,
e de serviços de varrição e limpeza pública, Inova e Soma. Para RSS, seguem algumas
notas de destaque:
Contrato celebrado com a LOGA (Limpeza Urbana S/A SAMPALIMP) em 06
de Outubro de 2004 para o agrupamento Noroeste do Município de São
Paulo
Objeto: prestação dos serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação
final de:
a) Resíduos sólidos e materiais de varredura domiciliares residenciais.
b) Resíduos sólidos domiciliares, não residenciais (aqueles originários de
estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços,
comerciais e industriais, entre outros com caracterização de Classe 2,
conforme NBR 10004 da ABNT, até 200 litros por dia por munícipe usuário.
c) Resíduos inerte, caracterizados como Classe 3 pela norma técnica referida
no item b), entre os quais entulhos, terra e sobras de materiais de
construção que não excedam a 50 kg/dia por munícipe usuário devidamente
acondicionados.
d) Resíduos sólidos dos serviços da saúde, conforme definições da Lei
Municipal 13.478/02, com a redação dada pela lei 13.522/2003.
e) Restos de móveis, de colchões, de utensílios de mudanças e outros
similares, em pedaços, até 200 litros por munícipe usuário.
f) Resíduos sólidos originados em feiras livres e mercados, desde que
corretamente acondicionados.
Valor e prazo do contrato: R$ 4.797.388.512,00 (quatro bilhões, setecentos e
noventa e sete milhões, trezentos e oitenta e oito mil e quinhentos e doze reais)
a ser realizado em um prazo de 240 meses a contar do início da execução dos
serviços em 13 de outubro de 2004;
Contrato na integra disponível em:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/amlurb/arqui
vos/Contrato-Loga.pdf
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Contrato celebrado com a ECOURBIS AMBIENTAL S/A em 06 de Outubro
de 2004 para o agrupamento Sudeste do Município de São Paulo
Objeto: prestação dos serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação
final de:
g) Resíduos sólidos e materiais de varredura domiciliares residenciais.
h) Resíduos sólidos domiciliares, não residenciais (aqueles originários de
estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços,
comerciais e industriais, entre outros com caracterização de Classe 2,
conforme NBR 10004 da ABNT, até 200 litros por dia por munícipe usuário.
i) Resíduos inertes, caracterizados como Classe 3 pela norma técnica referida
no item b), entre os quais entulhos, terra e sobras de materiais de
construção que não excedam a 50 kg/dia por munícipe usuário devidamente
acondicionados.
j) Resíduos sólidos dos serviços da saúde, conforme definições da Lei
Municipal 13.478/02, com a redação dada pela lei 13.522/2003.
k) Restos de móveis, de colchões, de utensílios de mudanças e outros
similares, em pedaços, até 200 litros por munícipe usuário.
l) Resíduos sólidos originados em feiras livres e mercados, desde que
corretamente acondicionados.
Valor e prazo do contrato: R$ 5.039.480.640,00 (cinco bilhões 39 milhões
quatrocentos e oitenta mil e seiscentos e quarenta mil reais) a ser realizado em
um prazo de 240 meses a contar do início da execução dos serviços em 13 de
outubro de 2004.
Contrato na integra disponível em:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/amlurb/arqui
vos/Contrato-EcoUrbis.pdf
5.4.6. Diretrizes e objetivos, estratégias e metas para os RSS estabelecidas no PGIRS do Município de São Paulo
Como já mencionado anteriormente, a versão revisada do PGIRS de SP, contou com
espaços de participação e construção participativa em todas as etapas de sua elaboração.
Da mesma forma, as metas também foram discutidas e definidas em Oficinas Técnicas
que aconteceram após a realização das conferências municipais de meio ambiente. Todas
as diretrizes, objetivos, estratégias e metas definidas no Plano foram pensadas e estão
vinculadas ao seu período de vigência, ou seja, 20 anos.
Em relação aos Resíduos dos Serviços de Saúde, destacam-se as seguintes metas, direta
ou indiretamente relacionadas, já que há uma diretriz específica para os RSS que será
apresentada mais adiante.
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Implementar o manejo diferenciado de resíduos sólidos nas Unidades de Saúde de
São Paulo.
As metas para os resíduos orgânicos foram discutidas e definidas em processo posterior à
IV CMMA, em duas Oficinas Técnicas desenvolvidas em novembro/2013.
Implantar compostagem de resíduos orgânicos em mercados, sacolões,
estabelecimentos municipais de saúde, parques e praças, equipamentos esportivos
e outros estabelecimentos públicos, integrada às hortas urbanas e agricultura
familiar agroecológica, a partir de 2015.
5.4.7. Diretrizes para o manejo diferenciado de resíduos dos serviços de saúde definidas do Plano de Gestão Integrada de Resíduos do Município de São Paulo.
A IV CMMA, ecoando as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, da Resolução
RDC 306/04 e da Resolução Conama 358/05, definiu como diretrizes específicas à
proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, a minimização dos riscos de saúde e
ocupacionais nos ambientes de trabalho, o pagamento adequado dos serviços pelos
geradores e a exigência dos Planos de gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde
- PGIRS.
São objetivos definidos pelos delegados à IV CMMA:
Redução do volume de resíduos perigosos e sua periculosidade.
Segregação dos RSS perigosos, no momento e local de sua geração.
Segregação dos RSS recicláveis, comuns (grupo D), no momento e local de sua
geração.
Garantir formas de tratamento de RSS eficientes e eficazes.
Atingir a universalização da coleta de RSS perigosos.
Implantar a logística reversa da fração de RSS do grupo B (químicos).
5.4.7.1. Estratégias para implementação
O grupo de discussão organizado na IV CMMA para a abordagem específica da gestão
dos RSS traçou as seguintes estratégias para a consecução dos objetivos:
j.1. Redução do volume de resíduos perigosos e sua periculosidade:
Conduzir a tratamento, exclusivamente, os resíduos perigosos segregados: grupo A
(biológicos); grupo B (químicos); grupo C (radioativos); grupo E (perfurocortantes).
Ampliar a coleta diferenciada de RSS a todos os geradores de RSS perigosos.
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Adequar os tratamentos de RSS ofertados aos usuários, a todos os tipos de RSS
perigosos.
De acordo com a PNRS a redução de volume de consumo é item desejável antes da
reciclagem e logística reversa; desta maneira, a indústria da saúde deve distribuir seus
produtos e medicamentos de forma fracionada de modo a melhor atender o tratamento
dispensado ou prescrito.
j.2. Recuperação dos resíduos recicláveis secos e orgânicos
Obrigar progressivamente a recuperação de resíduos recicláveis secos e orgânicos
presentes nos RSS, grupo D, nas fontes geradoras, desde que não tenha ocorrido
contato com resíduos químicos ou infectantes;
Ampliar o cumprimento da obrigatoriedade de desenvolvimento dos PGRSS.
j.3. Logística reversa
Determinar em acordo setorial ou termo de compromisso, a implantação de logística
reversa de Resíduos Perigosos de Medicamentos - RPM, com participação
compartilhada da administração pública, órgãos regulamentadores, fornecedores,
distribuidores, indústria, importadores e consumidores de forma compulsória,
visando à redução de desperdício e segregação dos RSS, com aumento da
responsabilidade compartilhada.
Responsabilização da indústria farmacêutica dos efeitos danosos ao meio ambiente
e saúde e ressarcimento aos órgãos públicos do tratamento de seus resíduos.
Cabe ao poder público informar por meio de website, rótulos de embalagens,
publicações e mídia sobre como e onde descartar os RSS/RPM, inclusive orientando
os pontos de descarte de acordo com a PNRS (drogarias, farmácias, postos de
saúde, hospitais, petshops, clínicas em geral).
5.4.8. Metas quantitativas e prazos
Para o ano de 2015, estão estipuladas as seguintes metas quantitativas:
Criação de um grupo permanente de debate dos RSS na AMLURB com participação
do setor dos serviços de saúde (incluindo organizações públicas municipais,
estaduais e federais, concessionárias, entidades privadas e filantrópicas).
Criação de diálogo com as instâncias governamentais municipais, estaduais e
federais para compatibilizar as normas para os RSS.
Revisar procedimentos de controle de geração, transporte e destinação final dos
RSS exigidos dos geradores, para simplificar e uniformizar processos.
Fortalecimento de ações de Educação Ambiental e Comunicação Social para
manejo correto dos RSS, com responsabilidades para o setor de saúde e para o
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poder público (seguindo a Resolução ANVISA RDC 306/2004 e Resolução
CONAMA 358/2005).
Já as metas apresentadas em sequência foram definidas para serem alcançadas com um
planejamento mais específico e detalhado ao longo dos anos de vinculação do Plano, ou
seja, até 2033.
Implementação e cumprimento progressivo de manejo diferenciado dos resíduos
grupo D, secos e orgânicos, em todos os grandes geradores de RSS, garantindo
sua valorização (% dos estabelecimentos).
Quadro 15 - Metas percentuais para implementação da valorização de RSS em ES.
Ano Meta (% dos estabelecimentos atendidos)
2013 0
2014 15
2015 30
2016 50
2017 70
2018 80
2019 90
2020 100
2021 100
2022 100
2023 100
2024 100
2025 100
2026 100
2027 100
2028 100
2029 100
2030 100
2031 100
2032 100
2033 100
Fonte: AMLURB, 2013; Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo, AMLURB, 2013.
Ampliação da coleta diferenciada a todos os geradores de RSS perigosos (% dos
estabelecimentos não atendidos).
Quadro 16 - Metas percentuais para coleta diferenciada de RSS em ES.
Ano Meta
(% dos estabelecimentos atendidos)
2013 0
2014 20
2015 60
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Ano Meta
(% dos estabelecimentos atendidos)
2016 100
2017 100
2018 100
2019 100
2020 100
2021 100
2022 100
2023 100
2024 100
2025 100
2026 100
2027 100
2028 100
2029 100
2030 100
2031 100
2032 100
2033 100
Fonte: AMLURB, 2013; Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo, AMLURB, 2013.
Deve ser ressaltado que a meta de manejo diferenciado dos RSS Grupo D dos pequenos
geradores (EGRS Especial) deve estar vinculada ao ritmo de avanço do serviço de coleta
seletiva de resíduos secos e orgânicos assemelhados aos domiciliares.
5.4.9. METAS DE GOVERNO
Para a compostagem in situ em equipamentos públicos municipais:
Implantar compostagem de resíduos orgânicos em mercados, sacolões,
estabelecimentos municipais de saúde, parques e praças, equipamentos esportivos
e outros estabelecimentos públicos.
A implantação de soluções de compostagem in situ em todas as instalações públicas
municipais voltadas ao abastecimento, saúde, esporte e lazer, áreas verdes, com espaço
disponível, é meta do governo (% do total de instalações). Meta: a partir de 2015.
Para a implantação da coleta seletiva de orgânicos:
Implementar o manejo diferenciado de resíduos sólidos nas Unidades Públicas de
Saúde, em conformidade com as metas de universalização das coletas seletivas.
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5.4.10. Iniciativas relevantes
Um dos programas em vigor no Município de São Paulo que atendem uma das principais
diretrizes da PNRS - recuperação de resíduos orgânicos e secos gerados nos
estabelecimentos de saúde - e que pode servir de referência para outros municípios e/ou
regiões está descrito com maiores detalhes:
Projeto Hospitais Saudáveis
Participam 22 importantes instituições paulistanas, dentre elas: instituições prestadoras de
serviços, de ensino e de pesquisa em saúde, organizações da sociedade civil em geral e
demais organizações, públicas ou privadas, além de profissionais de saúde,
comprometidas com os objetivos e valores delineados. É uma associação sem fins
econômicos que se dedica a transformar o setor saúde em um exemplo para toda a
sociedade, em aspectos de proteção ao meio ambiente e à saúde do trabalhador, do
paciente e da população.
Figura 10 - Relação dos integrantes do PHS no Município de São Paulo.
Fonte: Página 168, Plano de Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo.
O PHS trabalha para desenvolver e apoiar uma rede de cooperação, partindo do
comprometimento das instituições de saúde do país, bem como dos profissionais de todas
as categorias que atuam no sistema de saúde brasileiro. Além do setor de assistência à
saúde, o PHS atua em parceria com organizações profissionais, sindicais e setoriais,
institutos de ensino e pesquisa, órgãos públicos e organizações não governamentais das
áreas de saúde e segurança do trabalho, saúde pública e meio ambiente.
Website: http://www.hospitaissaudaveis.org/
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Ações prioritárias
i. Seminário Hospitais Saudáveis - SHS
(http://www.hospitaissaudaveis.org/seminario_hospitais_saudaveis.asp)
Tendo os RSS como um de seus temas mais tradicionais, o SHS buscou desde o início,
oferecer um fórum para o debate de experiências, problemas e soluções, com forte
conotação técnica operacional, além da ênfase no respeito pelo meio ambiente e a
segurança do trabalhador. Dessa forma, o SHS se coloca como uma alternativa à postura
estritamente normativa, legalista ou punitiva que domina certos círculos de discussão,
apresentando oportunidades de debate amplo e desenvolvimento do conhecimento, além
do reconhecimento pela própria comunidade de profissionais do setor saúde, dos méritos
e resultados de experiências apresentadas por seus pares.
O SHS acontece anualmente, desde 2008, com duração de dois dias, e conta, a cada
edição, com a presença de um público de mais 500 profissionais (dados de 2009 e 2010)
de saúde de alto nível, envolvidos principalmente nas áreas de assistência à saúde,
técnicos e gestores de serviços públicos e privados, e também de saúde pública e vigilância
sanitária. Também participam profissionais de saúde e segurança do trabalho, controle de
infecção hospitalar, gestão ambiental e consultoria, arquitetura e engenharia hospitalar,
farmacêuticos, dentistas, biólogos, fornecedores de serviços hospitalares, como higiene e
tratamento de RSS, além de professores e pesquisadores de diversas áreas.
Obs.: Todas as apresentações das edições anteriores do SHS (desde 2008), incluindo as
conferências internacionais (keynote speakers) estão disponíveis na área de Biblioteca,
juntamente com os programas completos e fotos dos eventos.
ii. Campanha Saúde Sem Mercúrio
(http://www.hospitaissaudaveis.org/campanha_saude_livre_de_mercurio.asp)
A Organização Saúde Sem Dano, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS)
desenvolve uma Iniciativa Global Saúde Sem Mercúrio (disponível apenas em inglês ou
espanhol) que tem como objetivo a eliminação dos dispositivos à base de mercúrio na área
da saúde. Iniciada em 2005, esta iniciativa visa orientar o público em geral e convencer os
dirigentes de países e de serviços de saúde a substituir os dispositivos médicos que
contenham mercúrio (principalmente termômetros e esfigmomanômetros) por alternativas
economicamente viáveis e mais seguras sob o ponto de vista ocupacional, sanitário e
ambiental, sem prejuízo da qualidade e precisão nas medições.
Paralelamente, um grupo significativo de países, incluindo o Brasil, participa do Comitê
Intergovernamental de Negociação (INC, na sigla em Inglês), promovido pelo Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Nesse comitê se negociam soluções
para a contaminação de mercúrio a nível global e se busca que cada país participante se
comprometa com uma legislação nacional sobre mercúrio. Nesse contexto, caberá ao setor
saúde brasileiro fazer sua parte.
O Projeto Hospitais Saudáveis contribui para o êxito desse esforço no Brasil promovendo
a campanha Saúde Sem Mercúrio que é realizada em parceria com Saúde Sem Dano e
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conta com o apoio e participação de diversas instituições nos níveis nacional, regional e
local.
Os estabelecimentos de assistência a saúde dos brasileiros podem participar dessa
iniciativa cadastrando-se na campanha Saúde Sem Mercúrio
iii. Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis
(http://www.hospitaissaudaveis.org/rede_gobal_hospitais_verdes_e_saudaveis.asp)
A Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis (HVS) é uma comunidade de organizações
de saúde dedicadas a reduzir sua pegada ecológica e promover a saúde pública e
ambiental. Trata-se de uma iniciativa da organização internacional Saúde Sem Dano,
representada no Brasil pelo Projeto Hospitais Saudáveis que promove e organiza a
participação das organizações nacionais nessa rede.
Os membros de Rede Global HVS de todo o mundo estão trabalhando juntos em uma
comunidade de aprendizagem para compartilhar as melhores práticas, encontrar soluções
para os desafios que enfrentam e conquistar resultados mensuráveis.
Hospitais, sistemas e organizações de saúde representando os interesses de mais de 4000
hospitais de seis continentes começaram a se reunir a partir de 2012, tendo como
referência a Agenda Global Hospitais Verdes e Saudáveis. A Agenda consiste em dez
objetivos interconectados: Liderança, Substâncias Químicas, Resíduos, Energia, Água,
Transporte, Alimentos, Produtos Farmacêuticos, Edifícios, Compras. Cada um contém uma
série de ações, bem como links para ferramentas e recursos que hospitais e sistemas de
saúde podem usar para dar suporte a estes objetivos.
Podem participar da Rede HVS:
Estabelecimentos de Assistência à Saúde (hospitais, clínicas, serviços de
diagnósticos, reabilitação, entre outros).
Sistemas de Saúde (organizações públicas ou privadas que gerenciam redes ou
grupos de serviços de saúde).
Organizações de Saúde (ONGs, associações, instituições de ensino ou pesquisa,
órgãos públicos, entre outros).
A participação como membro da Rede HVS é gratuita e está condicionada ao cumprimento
dos compromissos descritos na carta de adesão e nos sites do PHS e da Rede GGHH.
Como funciona:
Hospitais e demais estabelecimentos prestadores de assistência à saúde deverão
desenvolver ações concretas em pelo menos dois dos dez objetivos da Agenda. Para cada
objetivo escolhido, o estabelecimento de saúde deverá apresentar, no prazo máximo de
um ano, um Estudo de Caso, relatando suas ações conforme modelo padronizado.
Para integrar a rede é preciso atender pelo menos dois dos objetivos estabelecidos:
reduções no consumo de água e energia; tratamento de resíduos; controle de estoque de
fármacos; redução da prescrição, considerada desnecessária, de remédios; e a
substituição de substâncias químicas perigosas, como o mercúrio.
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O Hospital Sírio Libanês é uma das instituições citadas que integra o Projeto Hospitais
Saudáveis e iniciou um programa de compostagem de seus resíduos orgânicos em 2010,
com 380 toneladas; em 2011 coletou e destinou para compostagem 462 toneladas, e em
2012, 649 toneladas; ainda em 2012 foram recuperadas 893 toneladas de recicláveis
secos.
O Hospital Israelita Albert Einstein, que também integra o Projeto Hospitais Saudáveis,
realiza parte do processo de compostagem no próprio hospital por meio de dois
biodigestores, com capacidade de processar até 500 quilos, de uma só vez, de resíduos
de restaurantes e lanchonetes. Desidratados, os restos perdem 70% do volume.
5.4.11. Informações adicionais
5.4.11.1. Geração
Do ponto de vista das quantidades, a geração média per capita de resíduos domiciliares
em São Paulo em 2012 foi de 1,1 quilos por habitante por dia, mas há uma variação entre
os resíduos gerados nas Subprefeituras; nos extremos estão as Subprefeituras das
cidades de Tiradentes e de Pinheiros, com geração per capita, respectivamente de 0,63kg.
Habitante/dia e 1,73kg. Habitante/dia.
5.4.11.2. Controle e fiscalização
Atualmente, dois projetos auxiliam o controle e a fiscalização dos serviços de coleta
domiciliar e hospitalar. O Projeto FISCOR foi introduzido com o objetivo de permitir o
monitoramento por GPS/GPRS das rotas dos veículos de coleta de resíduos sólidos
domiciliares, de resíduos de serviços de saúde e veículos utilizados nas estações de
transbordo para transferência de resíduos; o Projeto SISCOR implantou tecnologia no
sistema operacional para pesagem dos veículos nas áreas de disposição final para controle
de entrada e saída de veículos e quantidades de resíduos depositadas.
5.5. FORTALEZA
5.5.1. Cenário Estadual
O Estado do Ceará, com uma população urbana segundo a ABRELPE/2010, de 6.343.990
habitantes, produz em média 8.735 t/dia de resíduos sólidos, com um per capita de 1,377
kg/hab. dia, constitui-se no segundo maior gerador de resíduos sólidos da Região. Dos
nove estados nordestinos apenas a Bahia ultrapassa o Ceará, e Pernambuco, em terceiro
lugar, está bem próximo.
A situação atual reflete a existência de três Aterros Sanitários Metropolitanos, construídos
pelo Governo de Estado, no período de 1989/1994, instalados em Caucaia, no Oeste, o de
Maracanaú ao Sul e em Aquiraz, ao Leste. Mais três aterros sanitários foram construídos
no Estado, estando a política estadual de gestão dos resíduos sólidos a cargo da Secretaria
das Cidades e da CONPAM – Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente.
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Em 2006, a empresa PROINTEC elaborou o Diagnóstico da situação de coleta e destino
final nos municípios do Ceará constatando que naquela época existiam apenas 21 Planos
Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), dos 184 municípios
cearenses, sendo que 85% dos municípios destinam seus resíduos a lixões e vazadouros
a céu aberto.
O Diagnóstico concluiu pela necessidade de desviar, do fluxo geral de resíduos sólidos, o
dos serviços de saúde, a partir de um plano de gestão específico.
Ainda, nas conclusões, aparecem:
Falta de campanhas informativas e de educação dos cidadãos para com os resíduos
sólidos.
Falta de veículos próprios para a coleta e equipamentos complementares.
Falta de definição do programa de coleta seletiva implementados, tendo em vista a
instalação de um mercado não convencional utilizado para a comercialização dos
resíduos, entre outros.
O Governo Estadual do Ceará definiu como meta a elaboração e construção de 30 aterros
sanitários a serem operados de forma consorciada.
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do Município de
Fortaleza
O PMGIRS de Fortaleza foi elaborado com o objetivo primário de integrar o PMSB – Plano
Municipal de Saneamento Básico de acordo com a Lei nº 11.445/2007, em elaboração.
A elaboração dos trabalhos foi fiscalizada e supervisionada pela ACFOR – Autarquia de
Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental e
acompanhada pelo Grupo de Apoio Técnico Interinstitucional, criado pela Portaria
003/2012 da ACFOR, composto por instituições do poder público municipal e estadual que
atuam na área de resíduos sólidos.
A empresa SANETAL ENGENHARIA E CONSULTORIA EM SANEAMENTO E MEIO
AMBIENTE LTDA EPP, sob direção técnica do Engenheiro Adriano Augusto Ribeiro, foi à
empresa contratada para a elaboração do PMGIRS - e a metodologia dos trabalhos foi
fixada nos seguintes elementos:
Termo de Referência para elaboração do Plano, parte integrante do Edital de
Tomada de Preços Nº 02/2011, da ACFOR.
Contrato firmado entre ACFOR e SANETAL, em 07/12/2011.
Relatórios dos Grupos, GTI – Grupo Técnico Interno da ACFOR e Grupo Técnico de
Apoio Interinstitucional (GTAI).
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Definição dos Produtos a serem entregues e da metodologia de acompanhamento
técnico e participação social na elaboração do PMGIRS, especificadas na
sequência.
Em 2012, a empresa TRAMITTY, contratada pelo Conselho de Políticas Públicas e gestão
do Meio Ambiente, com apoio do Ministério do Meio Ambiente, elaborou uma proposta de
Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Estado do Ceará com
apoio do Ministério do Meio Ambiente. A proposta caracterizou Fortaleza na Região
Metropolitana de Fortaleza (RMF – A), integrada pelos municípios de Aquiraz, Caucaia,
Eusébio e São Gonçalo do Amarante, com população estimada para 2032 de 3.648.432
habitantes, com geração de RSD estimada em 4.047,3 t/dia, de RCC em 2.833,1t/dia e
RSS em 21,8t/dia. A proposta incluía 318 intervenções, incluindo a implantação de 145
LEV’s, 50 PEV’s, 19 PEV’s simplificados, 19 PEV’s Centrais, 25 ATT’s, 19 Unidades de
Compostagem, 20 Galpões de Triagem, 15 Aterros de RCC, 04 Unidades de Transbordo,
e requalificação de 02 Aterros Sanitários sendo que os investimentos previstos alcançavam
R$ 52.605.792,83.
5.5.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS
5.5.2.1. Geração de RSS em Fortaleza
Como mencionado no item acima, de acordo com a caracterização elaborada para a
proposta de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos no Estado do Ceará, a
geração média estimada de RSS na Região Metropolitana de Fortaleza é de 21,8t/dia.
Não foi apresentada uma informação específica para a geração de RSS do Município de
Fortaleza isoladamente.
5.5.2.2. Armazenamento dos RSS em Fortaleza
O Plano não apresenta informações específicas sobre esta etapa do fluxo de geração dos
RSS no Município.
5.5.2.3. Coleta de RSS e demais resíduos associados em Fortaleza
Para a coleta e transporte de resíduos de serviços de saúde as empresas necessitam de
licenças de transporte emitidas pela SEMAM e SEMACE, previamente cadastradas na
EMLURB. As principais empresas que fazem a coleta e transporte de RSS em Fortaleza
são:
i. BRASLIMP: http://www.braslimp.com.br/solucoes.php
ii. REPLAMA: http://www.replama.com.br/
iii. LIMPTUDO: http://limptudo.com/
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iv. TRANSÁGUA: http://www.transagua.com.br/transagua/
A responsabilidade da coleta e do transporte é dos próprios geradores sendo os resíduos
provenientes de hospitais, postos de saúde e outros estabelecimentos públicos e/ou
privados, de responsabilidade dos órgãos que os administram.
Os resíduos coletados são encaminhados ao CTRP – Centro de Tratamento de Resíduos
Perigosos, operado pela empresa Marquise
(http://www.marquiseambiental.com.br/2013/07/incineracao/), em Fortaleza.
Figura 11 - Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos de Fortaleza, operado pela empresa Marquise
Engenharia.
Fonte: MARQUISE AMBIENTAL, 2013. Disponível em: http://www.marquiseambiental.com.br/2013/07/incineracao/
Além do cadastro na EMLURB, as empresas transportadoras devem apresentar o
Manifesto de Transporte de Carga (MTR), devidamente preenchido com informações sobre
o tipo de resíduo, quantidade, data e hora, de acordo com a Lei Municipal N°11.633 de
18 de maio de 2004.
5.5.2.4. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em Fortaleza
Para o tratamento dos resíduos de serviço de saúde, Fortaleza conta com o Centro de
Tratamento de Resíduos Perigosos - CTRP, que possui um incinerador e uma autoclave
para fazer o tratamento (inertização) deste tipo de resíduo. Atualmente é operado pela
empresa Marquise, mas a infraestrutura é da própria Prefeitura.
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Após o tratamento as escórias (cinzas) da incineração e os resíduos autoclavados, e serem
descaracterizados, são enviados para o ATERRO SANITÁRIO MUNICIPAL OESTE DE
CAUCAIA (ASMOC).
O CTRP recebe resíduos de serviços de saúde de empresas privadas como Hospitais,
Clínicas, Infraero, entre outros, de Fortaleza e região metropolitana. Em 2011 foram
tratados cerca de 1.740t de resíduos provenientes de 65 empresas privadas, entre
resíduos do grupo A, B e industriais. Estima-se que do total de resíduos recebidos, 20%
sejam de origem industrial.
Além disso, o CTRP trata os resíduos de unidades de saúde provenientes das SER’s
(Secretarias Executivas Regionais) e do Hospital Público - Instituto Dr. José Frota (I.J.F).
Das unidades municipais de saúde de Fortaleza são tratados uma média de 948 t/ano de
resíduos, ou seja, uma média mensal equivalente a 79 t.
Figura 12 - Fluxograma do tratamento de resíduos no Centro de Tratamento de Resíduos Perigosos - CTRP
de Fortaleza, Ceará.
Fonte: SANETAL, 2012.
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Figura 13 - Sistemas de alimentação de resíduos no Centro de Tratamento de Resíduos perigosos de
Fortaleza.
Fonte: SANETAL, 2012/SEMAM, 2012.
Obs.: Em relação a destinação final dos resíduos amálgama, xilol, formol, reveladores e
fixadores, o Plano informa que o Município, até o ano de elaboração do Plano, aguarda
uma determinação do órgão ambiental municipal, a SEMAM.
5.5.2.5. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS em Fortaleza
O incinerador é da Prefeitura, e o valor cobrado pelo tratamento dos resíduos de serviços
de saúde municipais é de R$ 1,17/kg, 12,69% menor que valor cobrado das empresas
privadas que, segundo dados da ACFOR, o valor médio cobrado para o tratamento de RSS
do grupo A é de R$ 1,34/kg.
De acordo com o Plano, o custo anual de inertização dos RSS municipais, executados no
DTRP, representa R$ 1.109.635,01 dos cofres públicos do Município de Fortaleza, sendo
que a mesma unidade presta serviços ao Estado e à particulares e recebe, ao ano, R$
12.781.164,55. Vale observar que estes valores são referentes a 2012, ano de publicação
do Plano.
5.5.2.6. Metas, diretrizes, planos e ações para os RSS estabelecidas no PGIRS do Município de Fortaleza
Para estipular as metas, diretrizes e ações, o plano apresenta uma sistemática denominada
de CPD que consiste na classificação dos elementos segundo
Condicionantes/Deficiências/ Potencialidades, (CDP) atribuindo aos mesmos uma função
dentro do processo de desenvolvimento da cidade. Esta sistemática foi adotada também
para o Plano Municipal de Saneamento Básico o que é muito interessante do ponto de vista
de gestão já que auxilia na compatibilização e fluxo das metas e objetivos delineados. Isto
significa que as tendências desse desenvolvimento podem ser percebidas com maior
facilidade.
A Sistemática CDP apresenta basicamente um método de ordenação criteriosa e
operacional dos problemas e fatos, resultantes de pesquisas e levantamentos,
proporcionando apresentação compreensível e compatível com a situação atual da cidade,
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ou seja, do Diagnóstico. A partir da classificação dos elementos segundo esta metodologia
foi possível estruturar a situação do Município com referência a gestão de resíduos sólidos
da seguinte maneira:
Condicionantes: elementos existentes no ambiente urbano, planos e decisões
existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no
desenvolvimento do Município, e que pelas suas características e implicações
devem ser levados em conta no planejamento de tomadas de decisões. Exemplos:
rios, morros, vales, o patrimônio histórico e cultural, sistema viário, legislação, etc.
Deficiências: são elementos ou situações de caráter negativo que significam
estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o desenvolvimento
do Município.
Potencialidades: são aspectos positivos existentes no Município que devem ser
explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida da
população.
Destaca-se que as deficiências e as potencialidades podem ter algumas características:
técnicas, naturais, culturais, legais, financeiras, sociais, administrativas e econômicas.
A utilização desta sistemática CDP possibilitou a classificação de todos os aspectos
levantados nas leituras técnicas e comunitárias (diagnóstico dos resíduos sólidos) nestas
três categorias, de forma a subsidiar a organização dos cenários, identificando as ações
prioritárias e as tomadas de decisões. Para subsidiar o planejamento das ações, a escala
de PRIORIDADE foi divida em três níveis, Alta para os resultados iguais a 05, Média = 03
e Baixa = 01, de acordo com a equação a seguir.
𝑃𝑅𝐼𝑂𝑅𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸 = 𝑅𝐸𝐿𝐸𝑉Â𝑁𝐶𝐼𝐴 × 𝐼𝑁𝐶𝐸𝑅𝑇𝐸𝑍𝐴
Figura 14 - Esquema para cálculo da prioridade na tomada de decisão e ação das carências identificadas no
Plano.
Fonte: SANETAL, 2012.
Para a sequência do trabalho e metodologias propostas, primeiro foram elencadas todas
as ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão de resíduos no Município de
Fortaleza e logo em seguida foram identificadas as prioridades, por meio do produto das
Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça, anteriormente elencadas. Os índices de
relevância e incerteza utilizados foram os seguintes:
Quadro 17 - Índices de relevância e incerteza utilizados para os resíduos dos serviços de saúde, no Plano de
Gestão de Resíduos do Município de Fortaleza, CE.
AMEAÇA OPORTUNIDADE RELEVÂNCIA INCERTEZA
PRIORIDADE (RELEVÂNCIA
X INCERTEZA)
Grupo: Gestão Integrada
O custo da inertização dos RSS
municipais
Incinerador é propriedade da
Prefeitura Municipal
03 03 09
Grupo: Disposição Final
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AMEAÇA OPORTUNIDADE RELEVÂNCIA INCERTEZA
PRIORIDADE (RELEVÂNCIA
X INCERTEZA)
Presença de RSS em áreas de
transbordo para outros tipos de
resíduos
Incinerador/autoclave operado pela
Marquise. Resolução
RDC ANVISA 306/2004
05 01 05
Fonte: Elaboração própria a partir do conteúdo dos itens 7.3 e 7.4 do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do
Município de Fortaleza, 2012.
Após a elaboração da matriz numérica, as ameaças foram agrupadas por aspecto que lhe
era pertinente. Para Fortaleza dividiu-se em: Gestão Integrada de Resíduos, Produção de
Resíduos, Disposição Final e Educação Ambiental e após o agrupamento foram somados
os valores obtidos na matriz numérica elaborada anteriormente.
Na quarta e última etapa, foi realizada a hierarquização por ordem decrescente, ou seja,
do grupo que mais pontuou para o que menos pontuou.
O Plano apresenta duas tabelas, uma que contém a hierarquização das ameaças, de
acordo com os grupos mencionados acima (Gestão Integrada de Resíduos, Produção de
Resíduos, Disposição Final e Educação Ambiental) e outra que apresenta tais ameaças
igualmente agrupadas, mas priorizadas de acordo com a sua pontuação que está dividida
em grupos cuja pontuação varia de 0 a 5, 5 a 10, 10 a 15 e 15 a 25.
De forma resumida, as pontuações obtidas por grupo, para Fortaleza, foram:
- Gestão de Resíduos = 432 pontos.
- Produção de Resíduos = 259 pontos.
- Disposição Final = 251 pontos.
- Educação Ambiental = 190 pontos.
A pontuação de cada grupo é utilizada para a montagem dos cenários, ou seja, neste caso,
eles serão montados a partir da Gestão Integrada que obteve a maior pontuação, seguida
da Produção de Resíduos (259), Disposição Final (241) e, por último a Educação Ambiental
(190).
5.5.2.7. Iniciativas relevantes em Fortaleza
A Prefeitura de Fortaleza publicou, em 2013, um manual de orientação para controle e
fiscalização do transporte de resíduos que pode ser localizado no seguinte endereço:
http://www.fortaleza.ce.gov.br/sites/default/files/manualdeorientcaofiscalizacaov2.pdf.
Um dos objetivos deste é capacitar a fiscalização municipal quanto ao aparato legislativo
e às normas técnicas utilizadas em matéria de gerenciamento de resíduos sólidos para
orientação ao trabalho de campo e aos geradores sobre práticas de não geração, redução,
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reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos e disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Além
disso, este documento pretende também padronizar procedimentos em fiscalização das
etapas de geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e
destinação final de resíduos sólidos cujas atividades são obrigadas à elaboração do Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, conforme Lei Municipal nº 8.408, de 24 de
dezembro de 1999, Decreto Municipal nº 10.696, de 2 de fevereiro de 2000, Lei Federal nº
12.305, de 2 de agosto de 2010 e Decreto Federal nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010.
Ainda em relação a este documento, vale ressaltar que uma das justificativas
apresentadas para sua elaboração e publicação é a minimização dos custos do poder
público, a partir do trabalho de fiscalização, com os serviços de coleta, transporte,
tratamento e destinação final de resíduos sólidos oriundos das atividades consideradas
grandes geradoras de resíduos, conforme legislação municipal, cuja responsabilidade é
exclusiva do gerador e envolve ainda a formação de indicadores em matéria de
resíduos, com o propósito de avaliar os resultados obtidos e definir os locais prioritários
em ações de educação ambiental e fiscalização no Município de Fortaleza.
Este manual apresenta um capítulo específico para três tipos de resíduos: construção civil
e afins, resíduos comerciais e de prestadores de serviços, e resíduos dos serviços de
saúde. Para cada resíduo, são contemplados os seguintes tópicos:
Legislação Federal.
Resoluções do CONAMA.
Resolução ANVISA.
Normas da ABNT.
Legislações Estaduais.
Legislações Municipais.
Definição e Classificação.
Infrações à legislação.
5.5.2.8. Informações adicionais
Um dos anexos do Plano apresenta uma relação dos indicadores utilizados, bem como
suas definições, equações e unidade de medida. A fonte destas informações não foi
apresentada.
Seguem estes parâmetros utilizados para os RSS:
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Quadro 18 - Indicadores, definições, equação e unidade utilizados para os parâmetros quantitativos relativos
à gestão/gerenciamento de RSS em Fortaleza.
Indicadores sobre coleta de RSS
Indicador Definição do Indicador Equação Expresso em
I036
Massa de RSS coletada per
capta em relação à população
urbana
(𝑹𝒔𝟎𝟐𝟖 + 𝑹𝒔𝟎𝟎𝟖)𝒙 𝟏𝟎𝟔
𝑮𝒆𝟎𝟎𝟐𝒙𝟑𝟔𝟓
Kg/ 1000
habitante/dia
I037
Taxa de RSS coletada em
relação à quantidade total
coletada
(𝑹𝒔𝟎𝟐𝟖 + 𝑹𝒔𝟎𝟎𝟖)𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝑪𝒐𝟏𝟏𝟔 + 𝑪𝒐𝟏𝟏𝟕) percentual
Fonte: Elaboração própria a partir do conteúdo do Anexo 10 do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município
de Fortaleza, 2012. (obs.: legenda de siglas e a fonte das equações utilizadas não foram informadas no plano de referência).
5.6. PALMAS
Na falta de um Plano Municipal para o município de Manaus, foi escolhido o município de
Palmas, capital do Estado do Tocantins, para representar a região Norte do País.
5.6.1. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) do Município de Palmas
O Plano Municipal de Resíduos Sólidos de Palmas/TO descreve a situação atual do
Município, por meio do Diagnóstico Situacional dos resíduos sólidos gerados, estimando
os cenários futuros no Prognóstico que contempla projeções populacionais e de demanda
pelos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos para o horizonte temporal
de 30 anos do projeto e, com base nisso, consolida o planejamento estratégico da gestão
dos resíduos, envolvendo a proposição de Programas, Projetos e Ações para cumprir os
objetivos e as metas pré-estabelecidas.
A elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos pautou-se
pelos princípios, diretrizes e instrumentos definidos em legislação aplicável no âmbito
federal, estadual e local relacionada direta ou indiretamente com o manejo de resíduos
sólidos, e considerou a estrutura institucional do poder executivo do município de
Palmas/TO, no que diz respeito à organização para a gestão dos serviços de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos (planejamento, prestação, fiscalização e regulação
dos serviços, além do controle social).
O Plano foi elaborado com o intuito de compor o Plano Municipal de Saneamento Básico
do Município e, por isso, além das diretrizes estabelecidas pela Lei Federal 11445/2007,
atende também o conteúdo previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei Federal
12.305/2010.
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5.6.2. Informações sobre a gestão/gerenciamento dos RSS relatadas no PGIRS
No Município de Palmas os geradores destes resíduos são representados pelos serviços
relacionados à atenção a saúde humana ou animal, como hospitais, clínicas, postos de
saúde, consultórios odontológicos ou médicos, clínicas veterinárias, serviços de
assistência domiciliar e em campo, laboratórios de análises de produtos para a saúde,
farmácias, necrotério, funerária, centros de zoonoses, estabelecimentos de ensino e
pesquisa na área da saúde, dentre outros.
Cabe a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) o papel de divulgar, orientar e fiscalizar o
cumprimento da resolução RDC ANVISA 306/2004, bem como exigir os PGRSS, já que é
item obrigatório na obtenção de alvará sanitário de cada estabelecimento gerador de
resíduos de serviço de saúde.
Atualmente a empresa Terra Clean é contratada pela Prefeitura para executar a coleta em
todos os estabelecimentos que geram resíduos de serviço de saúde, no total de 280
estabelecimentos. A coleta é realizada em todos os 280 estabelecimentos e obedece a
rotas definidas.
Ressalta-se que não é feita a cobrança diretamente aos geradores, independente de ser
um estabelecimento público ou privado.
5.6.3. Geração de RSS em Palmas
Os dados de geração utilizados no plano foram obtidos por meio de consulta ao Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) durante o período entre 2005 e 2011.
A partir dos dados consultados, adotou-se para a estimativa da geração dos RSS no
Município a média de todos os dados disponíveis de taxa de RSS coletada em relação à
quantidade total dos resíduos sólidos urbanos coletados (segundo informações do SNIS),
o que resultou em um percentual de 1,37% ou 976,70 toneladas/ano.
Com base nestes números é que foi estimada a geração total de RSS para o Cenário
Tendencial, durante o horizonte temporal de 30 anos adotado neste PMGIRS, em
42.678,23 toneladas/ano e para o Cenário Desejável, após a implantação das medidas,
metas e ações e programas propostos esperam-se uma geração total de 38.639,56
toneladas/ano, ou 9,46% inferior ao cenário tendencial detectado.
5.6.4. Segregação e Armazenamento dos RSS em Palmas
De acordo com o relatado no Plano, a elaboração do diagnóstico contemplou a visita de
algumas unidades de saúde com o objetivo de verificar a forma de manuseio dos resíduos
dentro destas unidades.
Durante estas visitas, foi observado:
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as unidades visitadas contavam com o local apropriado para o descarte dos resíduos
que podem ocasionar perfurações e cortes, o recipiente do tipo "descartex",
constituído de papelão e identificado pela cor amarela e com o símbolo de material
infectante;
a existência de recipientes distintos e variados para o acondicionamento interno dos
resíduos infectantes e dos resíduos comuns, (ver figuras abaixo), mas, nem todos
os estabelecimentos contavam com a utilização do saco branco leitoso,
devidamente identificado com o símbolo de material infectante;
em alguns casos ocorre a disposição de resíduos do tipo comum, tais como papéis,
plásticos e copos descartáveis, nos recipientes que deveriam ser destinados
exclusivamente ao descarte de material infectante, prática incorreta e que onera
desnecessariamente o transporte e o tratamento;
o acondicionamento para armazenamento externo dos resíduos de serviço de saúde
é realizado de forma distinta nos estabelecimentos visitados. Em algumas unidades
verificou-se a existência de locais com infraestrutura coberta e devidamente
identificada com relação ao tipo de resíduo a ser armazenado;
existem estabelecimentos que utilizam tambores ou containers para o
armazenamento externo dos resíduos, sem haver a existência de um local protegido
e identificado para o armazenamento dos resíduos infectantes.
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Figura 15 - Formas de armazenamento externo de RSS praticadas no Município.
Fonte: World Wide Web, 2014.
Observa-se que as informações obtidas foram apenas qualitativas e o plano não apresenta
dados quantitativos relativos a este tipo de informação para os geradores de RSS do
Município.
5.6.5. Coleta de RSS e demais resíduos associados em Palmas
O Poder Público Municipal é responsável, diretamente ou por meio de delegação dos
serviços, pela coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sépticos
gerados por estabelecimentos que tenham como mantenedor o Município de Palmas/TO.
Já os estabelecimentos que são da iniciativa privada, serão responsáveis por todo o
manejo dos seus resíduos sépticos gerados.
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O Município, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU), é responsável pela
identificação e cadastramento de todos os geradores de Resíduos de Serviços de Saúde
(RSS). Este cadastramento deve conter informações sobre a localização, tipologia,
produção média de resíduos e existência do Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde (PGRSS) dentre outras informações.
A fiscalização quanto à implantação e operação correta dos PGRSS por parte dos
geradores de RSS fica a cargo da Secretária Municipal de Saúde (SESAU) e da Vigilância
Sanitária e com a participação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços
Públicos (SEISP).
O Equipamento utilizado para coleta de RSS, quando da realização do diagnóstico é: um
caminhão compactador, mas sem a utilização de sua compactação. A empresa segue uma
roteirização de coleta, realizada de segunda a sábado, sendo realizada a coleta em cada
estabelecimento três vezes na semana. De acordo com a empresa, o uso obrigatório de
EPI’s não é negligenciado e seguido da maneira como estabelecido por lei.
5.6.6. Tratamento e disposição final dos RSS gerados em Palmas
Os resíduos de serviço de saúde coletados em Palmas são destinados ao aterro sanitário,
onde existem valas sépticas, devidamente impermeabilizadas para a sua disposição final,
não existindo processo de tratamento prévio dos resíduos. Com base nos valores
repassados pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos de Palmas, nos primeiros
6 meses de 2013 foram encaminhadas para o aterro sanitário aproximadamente 75,12
toneladas/mês de resíduos de serviço de saúde.
Foi informado, durante a realização do diagnóstico, que existe uma empresa privada com
uma proposta de implantação de um incinerador de resíduos de serviço de saúde,
atualmente em processo de licenciamento. Não se obteve dados sobre a capacidade de
operação, custos de disposição e a previsão para o seu início.
5.6.7. Custos e despesas com a gestão/gerenciamento de RSS em Palmas
Das informações apresentadas no Plano não é possível identificar as despesas municipais
no que se refere à gestão e gerenciamento de RSS.
Entretanto, o plano, baseado nos dados do SNIS (2011) prevê que a receita orçada com
os serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, de forma geral, foram de R$
28.672.973.00 por ano e a receita foi equivalente a R$ 2.613.278,00/ano. O Plano traz uma
nota destacando que “tais dados podem conter incoerências, principalmente devido ao fato
de que é a própria Prefeitura a responsável pela alimentação dos dados no sistema do
SNIS, que fica sujeito a erros de preenchimento e até esquecimento de montantes de
valores”.
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5.6.8. Metas, diretrizes, planos e ações para os RSS estabelecidas no PGIRS do Município de Palmas
A construção dos objetivos e metas está alinhada com o estabelecido em normativas
federais, estaduais e municipais, principalmente, com a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010) e a Política Nacional de Saneamento Básico (Lei
Federal nº 11.445/2007).
O Plano apresenta 16 objetivos específicos para o sistema de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos. No que se refere aos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde estes
estão incluídos em sua maioria no Programa 2 – Disposição Final Ambientalmente
Adequada dos Rejeitos Gerados e Valorização das Atuais Áreas de Disposição Final.
A ameaça identificada é que os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são destinados em
valas sépticas impermeabilizadas localizadas no Aterro Sanitário do Município, porém não
existe tratamento prévio desses resíduos antes da disposição final. Portanto, o objetivo
principal é de adequar a disposição final dos RSS no Município e para solucionar este
problema, foram pensadas nas seguintes metas, ações e projetos:
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Quadro 19 - Metas, ações e produtos definidos para a adequação da disposição final dos RSS no âmbito do Programa 2 definidos no Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB Palmas.
Programa 2 - Disposição Final Ambientalmente Adequada dos rejeitos gerados e valorização das atuais áreas de passivo
METAS Ações e Projetos
Responsabilidades
Prioridade/Prazo Supervisão e
Gerenciamento Execução Participação Acompanhamento
Regulação e Fiscalização
2.3
Propiciar a disposição final ambientalmente adequada de
Resíduos dos Serviços de Saúde.
2.3.2 Contratar e fiscalizar empresa autorizada e licenciada para a coleta dos RSS
gerados em 100% dos estabelecimentos públicos. SEISP
SEISP/ SESAU
Vigilância Sanitária e
Sec. de Saúde
Órgão Colegiado Ente
regulador/ Fiscalizador
2014-2043
2.3.3 Contratar, manter e fiscalizar empresa autorizada e licenciada para a coleta e destinação final dos RSS gerados para 100% dos estabelecimentos privados.
SESAU Gerador
Vigilância Sanitária e
Sec. de Saúde
Órgão Colegiado Ente
regulador/ Fiscalizador
2014-2043
2.3.4 Verificar viabilidade técnica e econômica de implantar incinerador para os RSS previamente a disposição final, de modo que reduza seu volume e
potencialize a vida útil da área de disposição. SEMDU SEISP SEPLAG Órgão Colegiado
Ente regulador/
Fiscalizador 2014
2.3
Propiciar a disposição final ambientalmente adequada de Resíduos dos Serviços de Saúde.
2.3.5
Fomentar o descarte adequado de seringas e medicamentos vencidos de usuários domésticos por meio de sistemas de logística reversa,
sensibilizando geradores, comerciantes de farmácias, revendedores e fabricantes.
SESAU SEISP/
Vigilância Sanitária
SEMDU Órgão Colegiado Ente
regulador/ Fiscalizador
2015-2043
SEMDU: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano SEPLAG: Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão SEISP: Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos SESAU: Secretaria Municipal de Saúde
Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB Palmas | Volume IV - Resíduos Sólidos, Página 295.
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5.6.9. Informações adicionais
O Plano traz em seu Apêndice VIII a relação de todos os estabelecimentos geradores de
resíduos dos serviços de saúde com o nome e endereço do gerador. Ao todo, de acordo
com as informações publicadas, o Município de Palmas possui 280 Estabelecimentos.
No Apêndice IX, o plano apresenta um esquema com rota de coleta dos resíduos dos
serviços de saúde, listada por dia da semana e empreendimentos em que a coleta é
realizada. Segue um exemplo para as segundas-feiras:
Quadro 20 - Rota de coleta dos resíduos dos serviços de saúde gerados nos estabelecimentos listados para
uma segunda-feira.
SEGUNDA-FEIRA
Cons. Odont. Coss Farmogral
Ortodontia e Ortopediatria Cons. Odont. Drª Rosiane
Cons. Odont. Reabilitação Oral Off center
Odonto Riso Cons. Odont. Ortodontista
Radio Bucal Pet Center
Hortho Dr. Marcos Cons. Odont. Pais e Filhos
Centro Odontológico JK Mister Cam
Arca Vit Planeta Animal
Mauro Tatuagens Aeroporto
Cons. Odont. Dr. Emanoel Pronto Atendimento Aureni I
Uni Amed Odonto Canta Galo
Zero Cárie Hosp. Padre Luso
Cons. Odont. Drª Célia
Fonte: Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB Palmas | Volume IV - Resíduos Sólidos.
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6.0. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
O aspecto genérico e unicamente teórico dos Planos Municipais de Gestão de Resíduos
Sólidos analisados chamou a atenção, principalmente, em relação à inexistência de dados
e de informações precisas sobre a gestão e o gerenciamento, quando cabível, dos resíduos
dos serviços de saúde. Este fato se torna ainda mais alarmante tendo em vista a
complexidade dos temas relacionados à gestão e gerenciamento dos resíduos dos serviços
de saúde que, quando executada sem a devida atenção, pode não apenas comprometer
os investimentos municipais, como também representar um risco potencial a saúde da
população.
De forma mais específica, os dados sobre a geração municipal de RSS, quando
apresentados, não estavam acompanhados da metodologia de cálculo/estimativa utilizada
e, muitas vezes, não continham a fonte da informação.
Percebeu-se ainda, coincidências em algumas considerações levantadas no Produto 01
da Fase I, como, por exemplo, a inexistência de mecanismos de monitoramento, controle
e gestão do fluxo dos RSS em todas as etapas de gerenciamento em nível municipal e
estadual. A implantação de um sistema de dados para os RSS foi proposta recorrente em
vários dos planos analisados. Entretanto, nenhum deles, até o momento, deu começo a
iniciativa, sendo que em Porto Alegre, em contato realizado por telefone, nos informaram
que o motivo foi estritamente financeiro.
Apesar de todas as deficiências verificadas, foi possível visualizar algumas iniciativas e
ideias interessantes, como por exemplo, a experiência do CONSIMARES, em Campinas-
SP, o Projeto Hospitais Saudáveis que fazem parte alguns estabelecimentos de saúde
privados do Município de São Paulo, a experiência em Fortaleza com o sistema de
tratamento térmico financiado pelo próprio município bem como o manual de orientação
para controle e fiscalização do transporte de resíduos publicado pela Prefeitura de
Fortaleza.
Podemos perceber então, que a RMBH e seu Colar Metropolitano compartilham muitos
dos seus gargalos com a grande maioria das 10 maiores cidades do país e que é possível
aprender com as dificuldades enfrentadas por cada uma delas bem como com o sucesso
e com os avanços na gestão e gerenciamento dos RSS dos últimos anos, desde a
elaboração de seus Planos.
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7.0. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
As informações apresentadas no documento foram retiradas dos Planos Municipais de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e outros tipos de planos, como o de Saneamento,
quando disponível.
As referências serão agrupadas pela ordem que apareceram no documento e por município
para facilitar sua busca e visualização.
Introdução:
- IBGE População. Disponível em:
http://www.ibge.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php#populacao
Brasília:
- CORSAP Brasília. Disponível em: http://corsapdfgo.eco.br/. Nenhum documento
oficial foi publicado até o momento.
- SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL. Plano Distrital
de Saúde 2012 a 2015, Brasília, Junho de 2012, versão atualizada em 30 de
Setembro de 2009, Página: 60. Disponível em:
http://www.saude.df.gov.br/images/Conselho%20de%20Saude%20do%20DF/plan
odesaude_2012_2015%201.pdf
São Paulo
- Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/servicos/arquivos/PGIRS
-2014.pdf
- AMLURB. Plano De Gestão Integrada Resíduos Sólidos do Município de São Paulo.
2013. p. 165.
- FLUXUS, 2010. Plano Integrado de Gestão de Resíduos Sólidos do Consórcio
Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de
Campinas, p. 123.
Curitiba:
- Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos. Disponível em:
http://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/plano-de-gestao-integrada-de-residuos-
solidos/6 e também no endereço http://www.residuossolidos.sema.pr.gov.br/.
- Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do
Paraná, 2005.
- Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Contrato
Administrativo nº 023/2013. 2013. Disponível em:
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http://www.justica.pr.gov.br/arquivos/File/contratos/2013/CONTRATO_023_2013.
Porto Alegre:
- Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos. Disponível em
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu/default.php?p_secao=161
- Plano Estadual Rio grande do Sul. Disponível em:
http://www.pers.rs.gov.br/documentos.html
- Empresa responsável pela Elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos do
Rio Grande do Sul: http://www.engebio.net/
- Informações sobre o processo de elaboração do Plano Estadual de resíduos do RS.
Disponível em: http://www.rs.gov.br/lista/707/meio-ambiente, e
http://www.pers.rs.gov.br/
Palmas:
- Plano municipal de resíduos do município de Palmas. Disponível em:
http://portal.palmas.to.gov.br/media/doc/arquivoservico/PMSB_Palmas_Volume_0
4_Residuos_Solidos_Versao_Final.pdf
Fortaleza:
- Plano municipal de resíduos do município de Fortaleza. Disponível em:
http://portal.palmas.to.gov.br/media/doc/arquivoservico/PMSB_Palmas_Volume_0
4_Residuos_Solidos_Versao_Final.pdf
Anexos:
- CONSIMARES. Consimares: Consórcio Região Metropolitana de Campinas. 2014.
Disponível em: http://www.consimares.com.br/
- CONSIMARES. Orçamento Consimares, 2014. Receitas- Folha 1 de 2. Disponível
em:
http://www.consimares.com.br/util/arquivos/arquivos/Receitas%20e%20Despesas
%20por%20Categoria%202014.pdf
Outros documentos:
- LOGA, 2015. Disponível em: http://www.loga.com.br/PDF/Manifesto-de-
Transporte-de-Residuos-REV-3.pdf
- MARQUISE AMBIENTAL, 2013. Disponível em:
http://www.marquiseambiental.com.br/2013/07/incineracao/
- SANETAL, 2012.
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8.0. ANEXOS
ANEXO I - OUTRAS INICIATIVAS EM MUNICÍPIOS OU REGIÕES METROPOLITANAS
BRASILEIRAS QUE SE DESTACAM NA GESTÃO E/OU GERENCIAMENTO DE RSS
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ANEXO I
OUTRAS INICIATIVAS EM MUNICÍPIOS OU REGIÕES METROPOLITANAS
BRASILEIRAS QUE SE DESTACAM NA GESTÃO E/OU GERENCIAMENTO DE RSS
CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
OUTRAS INICIATIVAS EM MUNICÍPIOS OU REGIÕES METROPOLITANAS
BRASILEIRAS QUE SE DESTACAM NA GESTÃO E/OU GERENCIAMENTO DE RSS
REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS
O Consimares, como o consórcio é conhecido, foi constituído em 17 de janeiro de 2009 e
trata-se da formação do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos entre os
municípios de Americana, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste
e Sumaré todos localizados na região metropolitana de Campinas sendo que a Prefeitura
Municipal de Sumaré assume a sua Secretaria Executiva.
Figura 1 - Localização da Região Metropolitana de Campinas no Estado de São Paulo.
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS, Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 12.
O Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos está localizado na Região
Metropolitana de Campinas, no Estado de São Paulo. Segue tabela com o nome dos
municípios e dados sobre os mesmos:
Quadro 1 - Dados geoeconômicos dos municípios integrantes do Consimares, na Região Metropolitana de
Campinas, SP.
Municípios População
2010 * PIB per capta 2009 IDH 2000
Americana 210.638 29850,41 0,84
Capivari 48.576 19089,11 0,803
Elias Fausto 15.775 34491,85 0,768
Hortolândia 192.692 23588,03 0,79
Monte Mor 48.949 24086,21 0,783
Nova Odessa 51.242 32862,03 0,826
Santa Bárbara d’Oeste 180.009 16434,47 0,819
Sumaré 241.311 28629,39 0,8
Total/media 989.192 25389,07 0,803
Fonte: CONSIMARES.
O objetivo geral do consórcio é “Produzir diretrizes, normas e arranjos administrativos para
o desenvolvimento das atividades do CONSÓRCIO, com ênfase na inclusão
socioeconômica e ambiental dos catadores de materiais recicláveis”.
CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
Como objetivos específicos são apresentados os seguintes:
I. Sistematização dos dados e as informações dos municípios sobre os resíduos
sólidos urbanos a partir dos trabalhos já concluídos.
II. Mapeamento das áreas de concentração de trabalho dos catadores de materiais
recicláveis.
III. Identificação dos grupos de catadores de materiais recicláveis.
IV. Identificação das fragilidades e potencialidades do sistema de limpeza urbana,
coleta e de reciclagem dos municípios.
V. Desenho dos cenários para a gestão integrada dos resíduos sólidos urbanos pelo
Consórcio.
O site dedicado ao consórcio apresenta todos os documentos relativos às atividades
executadas bem como todas as ATAS de reuniões ordinárias e extraordinárias realizadas.
Além disto, está disponível também para consulta o orçamento do ano vigente e dos
anteriores. Como exemplo, seguem alguns detalhes do Orçamento de 2014.
Figura 2 - Orçamento Consimares, 2014. Receitas- Folha 1 de 2.
Fonte: CONSIMARES. Disponível em: http://www.consimares.com.br/consimares/util/arquivos/arquivos/Anexo%202%20-
%20Receitas%202014.pdf.
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PGIRS Consimares
O Plano Integrado de Gestão Resíduos Sólidos do Consórcio Intermunicipal de Manejo de
Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas foi publicado entre dezembro de
2012 e janeiro de 2013.
Sua elaboração teve início no primeiro semestre de 2010 quando foram realizadas oficinas
participativas que contaram com a atuação de uma equipe de pesquisadores do
Laboratório Fluxus da Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp (DSA/FEC/UNICAMP) e
de agentes técnicos das então seis prefeituras responsáveis pelas ações de manejo de
resíduos sólidos; educação ambiental para a minimização de produção e a segregação dos
resíduos sólidos; e, inclusão socioambiental e econômica dos catadores de materiais
recicláveis que resultou na elaboração do estudo para o I Plano Integrado de Resíduos
Sólidos. Este trabalho foi conduzido pela Prefeitura Municipal de Sumaré que utilizou
recursos financeiros do Ministério do Meio Ambiente, pela Secretaria de Recursos Hídricos
e Ambiente Urbano.
Desta forma, o estudo realizado em 2010, bem como os trabalhos: SITUAÇÃO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS realizado pelo
FLUXUS-NESUR/UNICAMP em 2006 e o PLANO DIRETOR DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA
RMC elaborado pela Empresa Metropolitana de Planejamento (EMPLASA), ambos
contratados pela Agência Metropolitana de Campinas (AGEMCAMP), foram utilizados
como fonte de dados e informações referentes aos oito municípios do consórcio.
Salienta-se que o referido Plano apresenta um capítulo específico para o Zoneamento
Regional Comum com o objetivo de regulamentar o uso e a ocupação do solo dos seis
municípios integrantes do Consórcio Metropolitano de Resíduos Sólidos (CRS) que
possuem recentes disposições e diretrizes que constam em suas Leis Complementares
em seus Planos Diretores. Ao final da análise é apresentada uma proposta de definição de
áreas comuns aos municípios integrantes do consórcio bem como um mapa de
zoneamento consolidado.
Para a elaboração do diagnóstico, além dos dados já levantados pelo estudo realizado em
2010, como supracitado, foram consideradas as informações cedidas pelos próprios
técnicos dos municípios, coletadas por meio de questionários e durante a realização de
oficinas. O quadro a seguir, apresenta a geração per capta de RSD (Resíduos Sólidos
Domiciliares) nos municípios que compõem o consórcio e sua comparação com a média
nacional publicada na versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
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Quadro 2 - Variação da quantidade de geração per capta de resíduos nos municípios pertencentes ao
consórcio Consimares na região metropolitana de Campinas.
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 48.
Quadro 3 - Geração de RSD e de RSS nos oito municípios do consórcio Consimares, Região Metropolitana
de Campinas, SP.
RSD RSS RPV RCC Reciclaveis***
Americana 5168,40 10,63 346,47 nao implantada 208,00
Capivari 842,40 0,91 sem informaçao sem informaçao 10,00
Elias Fausto 342,00 0,40 sem informaçao 65,00 sem informaçao
Hortolandia 3300,00 15,00 300,00 30,00 300,00
Monte Mor 600,00 2,00 100,00 6,00 sem informaçao
Nova Odessa 1500,00 2,00 100,00 220,00 33,00
Santa Barbara 3468,00 10,00 261,06 7095,00 13,00
Sumaré 5040,00 9,44 350,00 7365,00 41,50
Total 20260,80 50,38 1457,53 14781,00 605,50
Os dados nas celulas destacadas, foram obtidos no trabalho realizado pela AGEMCAMP (2009).
Demais dados: prefeituras municipais.
Geraçao de Resíduos Sólidos
Municipios
t/mês produzida
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 49.
O quadro a seguir, apresenta a geração de RSS por município. O Plano publicado não
apresenta informações sobre o fluxo de geração, transporte e destinação final, dentre
outras informações mais específicas dos municípios que compõem o consórcio.
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Quadro 4 - Geração de RSS por município pertencente ao CONSIMARE, Região Metropolitana de Campinas
(2012-2013).
Municípios do Consórcio Classificação dos
resíduos produzidos Peso mensal gerado (t/mês)
Americana A-B-E 10,62
Capivari A-B-E 0,91
Elias Fausto A-B-E 0,40
Hortolândia A-B-E 14,00
Monte Mor A-B-E 2,00
Nova Odessa A-B-E 2,00
Santa Barbara A-B-E 10,00
Sumaré A-B-E 9,44
Cosimares A-B-E 3,45
Obs.: As unidades de saúde foram mapeadas por meio das informações disponíveis referentes aos hospitais e postos de saúde, não estando incluídas informações sobre outras unidades de prestação de serviços de saúde
Fonte: Informação fornecida pelas prefeituras municipais dos municípios pertencentes ao Consórcio.
As unidades e estabelecimentos de saúde estão representadas no mapa abaixo.
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Figura 3 - Mapa das unidades de saúde dos municípios que compõem o CONSIMARES.
Fonte: http://www.consimares.com.br/pagina/pagina.aspx?pagina=5
A seguir, estão descritas as diretrizes e estratégias apresentadas no Plano para os RSS:
Diretriz 1: Fortalecer a gestão dos resíduos de serviços de saúde.
Estratégia 1: Apoiar as ações de capacitação permanente para público alvo, considerando
as especificidades locais.
Estratégia 2: Estimular os municípios do CRS a intensificar as ações de fiscalização dos
serviços de saúde.
Estratégia 3: Cobrança referente à coleta, transporte, tratamento e disposição final dos
geradores particulares.
E, por fim, as metas previstas no plano, estipuladas para os RSS.
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Quadro 5 - Tratamento implementado para resíduos perigosos e/ou resíduos que necessitem de tratamento
conforme Resolução CONAMA nº358/2005 em %.
Ano 2015 2019 2023 2027 2031
% 100 100 100 100 100
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 137.
Quadro 6 - Disposição final em local que possua licença ambiental para os RSS (%).
Ano 2015 2019 2023 2027 2031
% 100 100 100 100 100
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 137.
Ações
Registrar os Planos de Gerenciamento de Resíduos das instituições públicas e
privadas no sistema local de informação sobre resíduos.
Criar cadastro de transportadores e processadores, referenciado no sistema local
de informações sobre resíduos.
Cobrança de taxa para coleta e destinação de RSS para geradores privados.
No Capítulo 5 do PGRIS do Consimares são apresentadas algumas diretrizes para logística
dos resíduos, desenvolvidas no estudo da Fluxus (2010) para o sucesso das atividades
que contemplam os serviços de limpeza previstos no estatuto do consórcio. O quadro a
seguir apresenta algumas sugestões para viabilização do transporte de resíduos, em
termos gerais, incluindo os resíduos dos serviços de saúde já que a caracterização da rede
técnica atual existente na região quanto aos aspectos logísticos – carga, veículos e
entrepostos — revela problemas no fluxo de transporte.
Quadro 7 - Cenário Atual da Rede de transporte de alguns tipos de resíduos, incluindo RSS, gerados pelos
municípios da Região Metropolitana de Campinas.
Redes de transporte de resíduos dos Municípios – Cenário Atual
Características das Cargas
Carga fracionada.
Resíduos domiciliares - carga perecível.
Resíduos recicláveis - volume variável
Resíduos de serviços de saúde - carga contaminante.
Resíduos de construção civil - grande peso.
Características dos Veículos
Veículos inadequados ao tipo de carga e com capacidade restrita.
Roteirização da coleta apenas de RSD nos bairros.
Os mesmos veículos que coletam, fazem o transporte até o destino final (podem rodar mais de 100 km para a destinação final).
Características dos Entrepostos
Sucateiros e Cooperativas de Material Reciclável.
Postos de Entrega Voluntária.
Ecopontos apenas para entulhos (RCC).
Aterro Sanitário privado a uma média de 40km de distância.
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, Tabela 37, página 113.
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A seguir é apresentado o cenário proposto para aperfeiçoar a eficiência e eficácia do
sistema atual:
Quadro 8 - Logística Proposta para a Rede Integrada de Transporte de resíduos do Consórcio Consimares.
Rede Integrada de Transporte de resíduos do Consórcio
Características das Cargas
Consolidação de cargas nos Ecopontos como pequenas estações de transferência de resíduos recicláveis para as cooperativas.
Consolidação das cargas na estação de transferência (RSD, RCC).
Coleta Milk-run*
Características dos Veículos
Roteirização de todas as coletas e destinação final.
Veículos distintos conforme tipo de resíduo e volume de carga.
Otimização da capacidade dos veículos.
Características dos Entrepostos
Cooperativas de Material Reciclável.
Ecopontos como Área de Transbordo e Triagem - ATT - pequenas estações de transferência de resíduos distribuídos em raios de 1 km para receber RCC e RR, onde pode ser realizada uma prévia triagem dos resíduos de construção civil.
Estação de transferência (RSD, RCC).
Aterro Sanitário regional.
Legenda: -Consolidação de carga: implantação de estações de transferência para resíduos domésticos, de construção civil e recicláveis. -Consolidação de veículos: uso de veículos diferentes para cada etapa do transporte otimizando a capacidade de carga de acordo com a distância a ser percorrida. -Roteirização da frota: roteirização específica para cada fluxo de resíduo. -Operação cross-docking: centro de transferência e destinação final única e próxima ao município de maior demanda. -Coleta Milk-run: organização e planejamento das atuais rotas de coleta.
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, Tabela 38, página 114.
Diante do exposto, os resíduos dos serviços de saúde que se enquadrarem na Rede de
Logística definida e apresentada no quadro acima, apresentariam um novo fluxo, desde a
geração até a disposição final adequada, como ilustra a figura abaixo:
Figura 4 - Fluxo dos Resíduos dos Serviços de Saúde gerados pelos municípios do consórcio da Região
Metropolitana de Campinas (Consimares).
Fonte: PLANO INTEGRADO DE GESTÃO RESÍDUOS SÓLIDOS do Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos
Sólidos da Região Metropolitana de Campinas, página 115.
Ainda no Capitulo 5 – constituição e Ações do Consórcio, o subitem 5.2.6. - Estudo
Preliminar de Possibilidades Locacionais, apresenta de maneira genérica alguns pré-
requisitos para instalação das infraestruturas propostas no que se refere ao zoneamento
urbano, como mostra o exemplo a seguir para uma Usina Central de Tratamento Térmico.
Coleta roteirizada (hospitais e unidades
de saúde)
Transporte no veículo coletor (van e
caminhão 1 a 3 t)
Destino Final (Inicinerador no aterro regional l)
Resíduos dos Serviços de Saúde
CONSÓRCIO IDP INGENIERÍA Y ARQUITECTURA IBERIA, S.L. - ROCHA CONSULTORIA E PROJETOS DE ENGENHARIA, LTDA. Serviços de consultoria para a execução do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV)
Quadro 9 - Diretrizes urbanísticas para os fluxos da rede técnica de resíduos sólidos, 2010.
UNIDADES DIRETRIZES URBANÍSTICAS PARA O CONSÓRCIO
Aterro Sanitário Localização sujeita a licenciamento. Deve ser instalado próximo à infraestrutura e distar da zona urbanizada de no mínimo 500 metros.
Usina Central (tratamento térmico)
Localização sujeita a licenciamento e restrita às zonas industriais.
Fonte: FLUXUS, 2010.