AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SOARES DOS REIS – V. N. de GAIA
PROJETO DE INTERVENÇÃO – 2017/2021
PROPONENTE: MARIA MANUELA VIEIRA MACHADO
“ Uma longa viagem começa com um único passo.”
Lao - Tsé
P rojeto de Intervenção de Maria Manuela V ieira Machado
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Maria Manuela Vieira Machado, Professora do Quadro, do grupo
300, em exercício de funções neste Agrupamento desde 1998, vem
apresentar o seu Projeto de Intervenção para o quadriénio
2017/2021.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SOARES DOS REIS
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ÍNDICE GERAL
1. O CONTEXTO EM QUE ME CANDIDATO .................................................................... 3
2. MISSÃO, VISÃO E VALORES ....................................................................................... 4
3. AS MINHAS MOTIVAÇÕES E METAS GLOBAIS ........................................................ 5
4. A MATRIZ SWOT DO AGRUPAMENTO ....................................................................... 7
4.1 PONTOS FORTES .......................................................................................................... 7
4.2 PONTOS FRACOS ......................................................................................................... 8
4.3 OPORTUNIDADES ......................................................................................................... 9
4.4 AMEAÇAS (CONSTRANGIMENTOS)................................................................................. 9
5. ÁREAS DE INTERVENÇÃO......................................................................................... 11
1. SUCESSO EDUCATIVO .................................................................................................. 11
2. EDUCAÇÃO E CIVISMO .................................................................................................. 12
3. SAÚDE E SEGURNÇA .................................................................................................... 12
6. ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO.................................................................................... 13
7. METAS .......................................................................................................................... 20
8. EDUCAÇÃO ESPECIAL............................................................................................... 21
9. PLANO PLURIANUAL DAS ATIVIDADES (2017/2021) ............................................. 25
NOTAS FINAIS ................................................................................................................. 26
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1. O contexto em que me candidato
A minha candidatura surge no seguimento do trabalho que venho
a desenvolver desde 2003: seis anos como Vice-presidente de um
Conselho Executivo e oito anos como Diretora Executiva deste
Agrupamento. Vencidas incontáveis dificuldades, construímo-lo com
êxito, sempre contando com a participação ativa dos elementos da
Comunidade Escolar e Educativa. Não oculto a minha satisfação por ter,
dedicadamente, trabalhado nesta tarefa.
Nos oito anos em que desempenhei o cargo de Diretora, recordo
com orgulho, quer as avaliações do Conselho Geral, quer os louvores de
vários elementos da Comunidade Educativa, o que me motivou e motiva
a manter-me neste cargo.
Tenho plena consciência de que a figura do Diretor é o elemento
preponderante no sucesso ou no insucesso do Projeto Educativo do
Agrupamento, mas não esqueço a indispensável comparticipação da
Comunidade Escolar e Educativa. O clima emocional, o rendimento do
trabalho dos professores e dos alunos, a disciplina e o bem-estar, que
tão vivamente temos tido ocasião de valorizar como indispensáveis, vão
depender muito das relações interpessoais, em boa parte inspiradas
pela postura e pelas intervenções do Diretor. Neste sentido, tudo farei
para que o bom clima emocional esteja sempre presente nas nossas
Escolas.
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2. Missão, Visão e Valores
Missão
Manter a imagem pública de competência e rigor do
Agrupamento, apostando numa Educação de Qualidade que contribua
para um efetivo sucesso educativo dos alunos e preservar a “alma” do
modelo de gestão educativa que foi sendo construído ao longo dos
últimos anos, jogando dialeticamente entre o saber adquirido e as
mudanças que se impõem.
Visão
Investir, prioritariamente, nos professores, de forma continuada,
apostando no trabalho em equipa (criador de sinergias colaborativas),
na cooperação, no estímulo à motivação e à criatividade, no
reconhecimento e valorização das iniciativas que forem positivas, pois
não há forma de ensinar e de aprender, se não houver imaginação e
afetividade.
Gerir esta Instituição complexa de forma organizada e eficaz,
tendo o Aluno como motor e finalidade de todo o processo.
Valores
Manter os princípios humanistas da liberdade, da solidariedade,
da verdade e da tolerância;
Defender uma Escola ativa e criativa, que tenha como base a
cooperação, a participação, o otimismo e a esperança, fontes
de saúde física, mental e emocional;
Gerir contradições e criar soluções de conciliação entre as
resistências à mudança e a definição de um novo quadro
ideológico da prática docente, promovendo a construção de
relações interpessoais assentes no equilíbrio entre uma
liderança firme e a partilha de poderes.
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3. As minhas motivações e metas globais
O tempo que passei imersa no trabalho da equipa executiva deste
Agrupamento, sem, no entanto, perder a visão crítica, despertou em
mim a motivação para dar uma continuidade modificada aos
processos e aos modelos que tenho vindo a pôr em prática.
Atendendo aos bons resultados obtidos quer na Avaliação Externa
do Agrupamento, quer no sucesso generalizado dos nossos alunos, devo
concluir que o modelo global de gestão foi adequado.
Permanecer neste cargo, assegurando a continuidade no
essencial, mas inovando para progredir, foram sugestões muito
pertinentes, que recebi de várias áreas, e que acabei por interiorizar
conscientemente. Após muita reflexão, aceitei-as como um percurso
lógico.
Pretendo manter um quadro organizacional que permita
estimular e motivar a prática dos professores, de modo que cada
um se sinta representado, valorizado, dignificado e, sobretudo,
participante. Numa gestão que é, por lei, unipessoal, está subjacente
uma liderança forte, o que, em meu entender, torna indispensável a
capacidade de diálogo, o respeito pela democraticidade e pelos
direitos de todos, visando a flexibilidade e a firmeza de decisão,
com especial ênfase na área pedagógica.
Só assim, acredito, se poderá alcançar o sucesso: não apenas
académico, mas o bem-estar físico, emocional, intelectual e social de
cada um dos nossos alunos. Igualmente fundamental é tudo fazer para
assegurar o mesmo bem-estar para os docentes, que dedicam à
Escola grande parte das suas vidas, quantas vezes sem o merecido
reconhecimento que lhes é devido.
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Tendo como referência a experiência de catorze anos, vivida na
gestão deste Agrupamento, o Relatório da última Avaliação Externa
(janeiro 2013), o Relatório da Auditoria ao Sistema de Controlo Interno
(IGEC–julho/setembro 2015), as mais diversas opiniões da Comunidade
Educativa e de outros parceiros, pretendo, em resumo, dar continuidade
genérica ao trabalho que este Agrupamento tem desenvolvido e que
tem contribuído para “manter e divulgar uma imagem pública de
competência e qualidade…” (Relatório de Avaliação Externa, 2008 e 2013).
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4. Matriz SWOT do Agrupamento
Segundo Luísa Carvalho, no seu livro Gestão das organizações –
Uma abordagem integrada e prospetiva, “Uma organização está
necessariamente integrada, e atua, num ambiente dinâmico e complexo
constituído por diversos fatores, sobre os quais a organização tem
pouco ou nenhum controlo, mas que condicionam a sua atuação, que
pode ser definido por ambiente externo. [...] Relativamente ao
ambiente interno da organização, existem igualmente diversos fatores
que podem ter impacto positivo ou negativo na sua atuação e
desempenho (…).
O conhecimento do ambiente interno e externo é o ponto de
partida para a definição da estratégia, tendo sido desenvolvidas várias
ferramentas para o fazer, as quais podemos designar genericamente
por ferramentas de análise da situação estratégica. [...]
A análise de SWOT é uma ferramenta de planeamento que
permite analisar os pontos fortes (strengths), os pontos fracos
(weaknesses), as oportunidades (opportunities), e as ameaças
(threats), de forma a identificar a situação estratégica atual de uma
organização.”
Neste sentido e dentro da minha “esfera de ação”, enquanto
Diretora, a qual é bastante ampla, apresento a seguinte Matriz SWOT,
como diagnóstico estratégico síntese:
4.1. Pontos Fortes
Estabilidade do corpo docente.
• Grande profissionalismo da parte do pessoal docente e não
docente.
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• Pessoal docente e não docente dedicado e dinâmico.
• Bom ambiente de trabalho.
• Boa comunicação, organização, gestão e liderança.
• Bons resultados académicos do Agrupamento.
• Imagem pública bastante positiva.
• Bons equipamentos escolares.
• Bons recursos educativos/tecnológicos.
• Espaços físicos agradáveis e funcionais.
• Articulação horizontal e vertical efetiva.
• Supervisão da prática letiva em sala de aula.
• Existência de um Grupo responsável pelo Grupo de Apoio
aos Resultados Escolares (GARE).
• Formação Pro bono.
• Existência de Projetos ambientais/artísticos/sociais.
• Plano Anual de Atividades ambicioso.
• Existência de um Grupo de Apoio aos Problemas
Disciplinares (GAPD).
• Existência de um Gabinete de Apoio ao Aluno.
• Existência de um Psicólogo Escolar.
• Bibliotecas Escolares/Equipas dinâmicas.
• Existência de Blogues/página Web e Plataforma Moodle
sempre atualizados.
• Existência de uma sala específica para alunos da Educação
Especial, na Escola Sede.
4.2. Pontos Fracos
• Sobrelotação da Escola Sede (poucos espaços de trabalho).
• Falta de espaços de trabalho nas várias Escolas do
Agrupamento.
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• Falta de espaços exteriores abrigados para os alunos de
todos os níveis de ensino.
• Falta de espaços para o funcionamento das Atividades de
Animação e Apoio à Família (AAAF) nos Jardins de Infância e
Componente de Apoio à Família (CAF) no 1.º Ciclo;
• Necessidade de melhorar alguns espaços essenciais na Escola
Sede (campo de jogos e Pavilhão Gimnodesportivo).
• Insuficiência de Assistentes Operacionais no Agrupamento.
• Situações pontuais de falta de autoridade por parte de alguns
docentes.
• Situações pontuais de indisciplina.
4.3. Oportunidades
• Associações de pais dinâmicas e colaborativas.
• Boa articulação com a Autarquia – Câmara Municipal e Junta
de Freguesia.
• Existência de parcerias com a Comunidade Educativa.
• Localização geográfica das Escolas do Agrupamento.
• Abandono escolar residual.
• Sobrelotação da Escola Sede, Escolas do 1.º Ciclo e Jardins
de Infância sem vagas (grande procura por parte dos
Encarregados de Educação).
4.4. Ameaças (Constrangimentos)
• Elevado número de alunos por turma.
• Falta de salas de aula específicas.
• Carga horária elevada para alunos e professores.
• Falta de horas para apoios aos alunos.
• Legislação em constante mudança.
• Excesso de trabalho burocrático para docentes.
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• Falta de verbas para a manutenção e aquisição de material/
equipamentos/espaços escolares.
• Falta de uma cultura de cidadania e civismo em alguns alunos e
respetivos Encarregados de Educação.
• Aumento gradual da indisciplina.
• Falta de oferta de formação para Pessoal Docente e Não
Docente.
• Demora na substituição do Pessoal Docente.
• Impossibilidade de substituição do Pessoal Não Docente.
Grande insuficiência de verbas orçamentais.
É importante referir que os “pontos fracos” apontados na última
Avaliação Externa, realizada em janeiro de 2013, e que abaixo
apresento, foram, durante o meu segundo mandato, totalmente,
superados:
O aprofundamento da análise da qualidade do sucesso escolar,
em ordem a propiciar um conhecimento mais fino da realidade e
promover o progresso dos resultados.
A realização programada de atividades experimentais em todos
os ciclos de ensino e o acompanhamento da sua aplicação por
parte dos docentes visando a promoção e operacionalização do
método científico.
A supervisão da prática letiva em sala de aula, enquanto
processo de melhoria da qualidade do ensino e de
desenvolvimento profissional.
O estabelecimento de mecanismos de monitorização dos critérios
de avaliação em ordem a promover o rigor e a confiança na
avaliação interna dos alunos.
A definição de indicadores/metas mensuráveis e/ou avaliáveis
que facilitem a monitorização regular do Projeto Educativo e
promovam a eficiência e a eficácia da ação pedagógica.
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5. Áreas de Intervenção (linhas de orientação da ação)
Tenho como grandes linhas de orientação da minha ação as
três áreas de intervenção que constam no atual Projeto Educativo do
Agrupamento e que, na minha perspetiva, serão de manter, tendo em
conta a sua importância. Estas três áreas de intervenção irão nortear
toda a minha ação, assim como a de todas as estruturas educativas do
Agrupamento:
I. Sucesso Educativo;
II. Educação e Civismo;
III. Saúde e Segurança.
No âmbito de cada área de intervenção, passarei a definir os
respetivos objetivos e as ações/estratégias de operacionalização, por
forma a alcançar as metas a cumprir até ao final do quadriénio
2017/2021, de acordo com o novo Projeto Educativo.
I. Sucesso Educativo
Promover o sucesso educativo dos nossos alunos;
Melhorar a qualidade do ensino, visando aumentar a qualidade
dos resultados;
Preparar os alunos para o prosseguimento de estudos;
Promover uma cultura de exigência, de trabalho, de rigor, de
responsabilidade e de excelência;
Contribuir para a formação integral do aluno como cidadão
autónomo, culto e consciente;
Melhorar os resultados obtidos pelos alunos nas Provas Finais
Nacionais;
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Promover a inclusão;
Intensificar o envolvimento dos Encarregados de Educação no
percurso escolar dos seus educandos.
II. Educação e Civismo
Desenvolver as capacidades para o exercício de uma cidadania
ativa, responsável e crítica;
Promover o conhecimento de regras cívicas pelos alunos,
constantes do Regulamento Interno;
Promover comportamentos adequados;
Desenvolver nos alunos atitudes de autoestima, respeito mútuo e
regras de convivência;
Promover a educação ambiental;
Promover o envolvimento dos Encarregados de Educação na
prevenção de comportamentos inadequados dos seus educandos.
III. Saúde e Segurança
Contribuir para um ambiente promotor de saúde;
Promover a segurança e contribuir para a prevenção de acidentes;
Promover o bem-estar social;
Promover o gosto pela atividade física;
Promover autoestima e a autonomia, visando a prevenção de
comportamentos de risco;
Consciencializar para a importância dos hábitos de higiene
pessoal, do exercício físico e da alimentação equilibrada como
benefício para a saúde coletiva;
Conhecer regras de segurança e de manuseamento de
equipamentos.
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6. Estratégias de Atuação
Para dar cumprimento aos objetivos que me proponho atingir, nos
próximos quatro anos, quer no que diz respeito às três áreas de
intervenção, quer aos pontos fracos/constrangimentos, apresento as
estratégias de atuação que considero mais relevantes:
1. Promover o sucesso escolar dos nossos alunos, recorrendo às
atividades seguintes e a outras que sejam sugeridas e se avaliem como
viáveis e positivas:
Reforçar as atividades/reuniões de docentes que
proporcionem a articulação entre os diferentes níveis de
ensino do Agrupamento;
Disponibilizar apoios às disciplinas com maior insucesso
e/ou alvo de Provas Finais Nacionais, nomeadamente,
Português, Matemática e Inglês;
Implementar medidas de Promoção do Sucesso Escolar,
designadamente, Projeto Fénix, Coadjuvação em sala de
aula, apoios individualizados e em grupo, Tutorias aos
alunos que delas necessitem, manutenção da Bolsa de
professores na Sala de Estudo, na Escola Sede, para apoio
permanente e apoios individualizados nas várias disciplinas;
Instituir, sempre que necessário, o apoio/acompanhamento
direto da prática letiva em contexto de sala de aula;
Promover a gestão flexível do currículo, quando necessário;
Manter/atualizar materiais didáticos e pedagógicos
diversificados;
Apoiar as iniciativas das duas Biblioteca Escolares;
Monitorizar os resultados dos alunos no final de cada
período e no final do ano letivo;
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Apoiar as iniciativas e sugestões do Grupo de Autoavaliação;
Fomentar a criação de Clubes de Tempos Livres que
contribuam para a integração das componentes cultural e
social na formação dos alunos (Desporto Escolar, Xadrez...);
Manter a atribuição do ”Quadro de Mérito e de Excelência”,
numa perspetiva de valorizar o sucesso educativo e
estimular as aprendizagens;
Promover o desenvolvimento de Projetos de interesse
pedagógico e cultural (Seguranet, Erasmus+, Eco-Escolas,
Jorn@lês, Passezinho, Vou para o 5.º ano, Promoção do
Sucesso Educacional, Educar para os Afetos, …)
Promover o voluntariado de alunos mais velhos para apoiar
alunos com mais dificuldades, na Sala de Estudo/Biblioteca.
2. Promover a educação e o civismo nos nossos alunos,
recorrendo a atividades de melhoria dos comportamentos pessoais e
interpessoais, de civilidade e de prevenção da violência, recorrendo a:
Reuniões com os diferentes intervenientes no processo
educativo (Direção, Professores, Pais/Encarregados de
Educação, Diretores de Turma, Alunos);
Ações de sensibilização e informação, palestras, filmes;
Projetos específicos (Eco-Escolas), Campanhas de
Solidariedade Articulação com a Educação Ambiental da
Câmara Municipal de Gaia, Bombeiros Sapadores e Proteção
Civil;
Vigilância ativa nas cantinas para interiorização de
comportamentos e posturas adequadas;
Vigilância de recreios, fomentando o asseio dos espaços
letivos, a limpeza e a manutenção das zonas ajardinadas;
Resolução rápida das situações de indisciplina e violência de
maior gravidade;
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Envolvimento dos Encarregados de Educação na resolução
de todos os processos de indisciplina;
Manutenção do Grupo de Apoio aos Problemas Disciplinares,
nos 3 Ciclos;
Ações de formação para docentes, discentes e não docentes
de todo o Agrupamento, sobre prevenção de
comportamentos inadequados;
Implementação de programas de prevenção,
nomeadamente através da cooperação com o programa
“Escola Segura”;
Cooperação com projetos e programas a desenvolver pelos
organismos institucionais da comunidade, que tenham por
objetivo a prevenção de comportamentos inadequados.
3. Promover a segurança, a saúde e o bem-estar dos nossos
alunos, recorrendo às atividades seguintes e a outras que possam
surgir:
Dar continuidade ao Programa de Apoio à Promoção e
Educação para a Saúde (PAPES), com o objetivo de
desenvolver competências nas crianças e jovens, a fim de
lhes possibilitar escolhas conscientes e informadas nos seus
comportamentos na área da saúde, permitindo uma maior
informação e segurança nas suas decisões;
Desenvolver ações de sensibilização/palestras, para
docentes e não docentes, sobre alimentação saudável e
importância da prática de exercício físico, bullying, consumo
de substâncias psicoativas, hábitos de higiene (…);
Aplicar os Planos de Segurança e Emergência das várias
Escolas do Agrupamento (simulacros);
Garantir a segurança em todos os estabelecimentos de
ensino do Agrupamento;
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Desenvolver ações de sensibilização/formação de primeiros
socorros dirigidas a toda a Comunidade Escolar;
Implementar Projetos relacionados com saúde e segurança
(PESAF, MPM, …);
Criar painéis esquemáticos com regras de segurança, junto
dos locais/equipamentos;
Reabilitar os espaços e equipamentos;
Promover a conservação dos materiais, edifícios e espaços
circundantes;
Insistir junto da Direção-Geral dos Estabelecimentos
Escolares (DGEstE) na necessidade de requalificar o Campo
de Jogos e de substituir a cobertura do Pavilhão
Gimnodesportivo da Escola Sede;
Manifestar, junto do Ministério da Educação, a necessidade
de alargar o Quadro dos Assistentes Operacionais;
Fazer o levantamento urgente e exaustivo das necessidades
de intervenção nas Escolas, estabelecendo prioridades, para
apresentação à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia;
Estabelecer protocolos com entidades públicas e privadas,
de molde a promover a educação para a saúde;
Envolver as Associações de Pais em projetos relacionados
com a saúde e segurança.
4. Promover, no âmbito do Plano de Formação do Agrupamento,
e com a colaboração do Centro de Formação Gaia Nascente, ou outros,
formação para Pessoal Docente e Não Docente: na área das Novas
Tecnologias, das Didáticas específicas, que constituam matéria
curricular nos vários níveis de educação e ensino, na prevenção de
comportamentos inadequados e da indisciplina; formação específica no
âmbito das Necessidades Educativas Especiais, da Higiene, Saúde e
Segurança no Trabalho e dos Primeiros Socorros/SBV.
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5. Promover um bom clima emocional e um bom ambiente de
trabalho através de:
Acompanhar professores que manifestem maior dificuldade
em atingir os objetivos definidos pelo respetivo
Departamento, quer através de trabalho de pares, em
contexto de sala de aula, quer, de forma indireta, através
da monitorização das planificações;
Rentabilizar os vários meios de comunicação e de trabalho
(Plataforma Moodle, Programas), por forma a permitir a
fiabilidade e rapidez desejadas na circulação da informação,
resolvendo o problema da distância física entre as várias
Escolas do Agrupamento;
Privilegiar o relacionamento interpessoal;
Promover formação em gestão do stress e inteligência
emocional (1 ou 2 vezes por ano), sessões de relaxamento
através de Ioga ou outras terapias, sessões de
descompressão através de Pilates, por exemplo.
Promover o convívio na Comunidade Educativa, através da
promoção de ações e eventos culturais, comemorativos,
desportivos, recreativos, tradicionais, interétnicos e, se
possível, internacionais.
6. Promover a articulação da Escola com os Pais e Encarregados
de Educação e a sua participação através de:
Reuniões periódicas das Direções das Associações de Pais
das diversas Escolas com a Direção do Agrupamento;
Presença da Direção do Agrupamento nas Assembleias de
Pais, quando solicitada;
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Incremento da colaboração ativa dos Pais e Encarregados de
Educação nas reuniões com os Diretores de Turma e
Professores Titulares de Turma;
Incentivo à presença assídua dos Pais nos principais eventos
culturais e desportivos promovidos pela Escola e abertos à
Comunidade.
Promover o voluntariado de Pais/Avós na Horta Pedagógica
a implementar na Escola Sede.
7. Reforçar a participação e articulação com a Autarquia (Câmara
Municipal de Gaia e Junta de Freguesia):
Representação da Autarquia no Conselho Geral do
Agrupamento;
Colaboração da Autarquia em eventos organizados nas
diversas Escolas do Agrupamento e vice-versa;
Contribuição da Junta de Freguesia para o orçamento das
Escolas do 1.º Ciclo e Jardins de Infância, com verbas para
expediente e limpeza;
Promoção de parcerias com a Junta de Freguesia, nos
âmbitos desportivo e recreativo.
8. Desenvolver a articulação e a colaboração com Instituições
locais, nossas parceiras, a saber: Biblioteca Municipal de Gaia
(projetos culturais ligados à leitura/Bibliotecas Escolares), Centro de
Reabilitação Profissional da Granja (importante no processo de
transição para a vida adulta dos alunos com Necessidades Educativas
Especiais do nosso Agrupamento), ACES (Agrupamentos de Centros
de Saúde) de Gaia e de Espinho/Gaia e Centro Hospitalar de
Gaia (projetos ligados à saúde), CPCJ (Comissão de Proteção de
Crianças e Jovens), Parque Biológico de Gaia (atividades/projetos
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ligados à Natureza, meio ambiente e manutenção de espaços verdes),
Centro Comunitário/Cruz Vermelha.
9. Cumprir, integralmente e de um modo exemplar, as minhas
funções/tarefas, inerentes ao Cargo de Diretora, nomeadamente,
Elaborar o Plano Anual e Plurianual de Atividades, a partir das
sugestões dos vários Grupos Disciplinares, elaborar o Relatório Anual
de Atividades no final de cada ano letivo, elaborar o Projeto de
Orçamento, em conformidade com as linhas orientadoras definidas
pelo Conselho Geral, elaborar a Conta de Gerência e submeter à
aprovação do Conselho Geral, analisar e submeter à aprovação do
Conselho Geral as propostas de celebração de contratos de autonomia.
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7. Metas
Após ter identificado as principais linhas de ação do meu projeto,
definido os respetivos objetivos e ações/estratégias de
operacionalização, torna-se também essencial definir as metas a
cumprir até ao final do quadriénio 2017/2021.
É minha convicção, neste momento, apresentar, somente, as
“Metas Gerais” para cada uma das três Áreas de Intervenção, uma vez
que, para elaborar o novo Projeto Educativo, será necessário efetuar
um trabalho minucioso de análise, de molde a definir
“indicadores/metas mensuráveis e/ou avaliáveis que facilitem a
monitorização regular do Projeto Educativo e promovam a eficiência e a
eficácia da ação pedagógica” (Relatório da Avaliação Externa).
Assim, e tendo em conta o patamar de excelência em que este
Agrupamento se encontra, apresento como “Metas Gerais”:
Manter o nível de excelência do Sucesso Escolar na
Avaliação Interna, nos 1.º e 2.º Ciclos;
Alcançar o nível de excelência do Sucesso Escolar na
Avaliação Interna, no 3.º Ciclo;
Superar a média nacional relativa aos resultados das Provas
Finais Nacionais de 9.º ano;
Aumentar a percentagem do número de níveis 4 e 5
atribuídos em cada ano letivo;
Desenvolver, nos nossos alunos, atitudes de autoestima
civilidade, de respeito mútuo e de sã convivência, premissas
que conduzam à formação de cidadãos tolerantes,
autónomos, participativos e civicamente responsáveis;
Dotar os nossos discentes de conhecimentos, atitudes e
valores que os ajudem a fazer opções e a tomar decisões
adequadas à sua saúde e ao seu bem-estar físico, social e
mental, bem como à saúde dos que os rodeiam.
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8. Educação Especial
De acordo com o definido pelo Decreto-Lei n.º 3/2008, e tal como
a prática tem provado, a integração das crianças com Necessidades
Educativas Especiais (NEE) nas Escolas de ensino regular tem
vantagens indiscutíveis, com exceção de casos muito graves, que não
beneficiam do contexto deste ensino, dadas as condições e os requisitos
que exigem.
Persiste o problema da falta de espaços no Agrupamento,
especialmente nas Escolas de 1.º Ciclo e nos Jardins de Infância, para
dar respostas educacionais aos alunos com especificidades próprias, em
contexto mais individualizado. Embora de difícil resolução, iremos
estudar as soluções possíveis para melhorar esta situação.
É essencial que os alunos de 2.º e 3.º Ciclos, com Currículo
Específico Individual, integrem, sempre que possível, a turma a que
pertencem, mesmo que apenas o façam em disciplinas práticas ou
naquelas em que demonstrem mais competências.
É imprescindível que os alunos com patologias como o Autismo, a
Paralisia Cerebral, a Trissomia 21, ou outras que provoquem maior
dependência, tenham, desde o início do ano letivo, um Assistente
Operacional, com perfil para interagir com o próprio aluno e colaborar
com o Professor do Ensino Regular.
Assim, é minha intenção:
Na Escola Sede, melhorar a rentabilização da componente
não letiva dos professores, canalizando-a para o trabalho
com estes alunos em áreas que fazem parte do seu
Currículo Específico Individual (Decreto-Lei n.º 3/2008,
artigo 21.º) e em Apoios Pedagógicos Personalizados
(Decreto-Lei n.º 3/2008, artigo 16.º).
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Manter uma Assistente Operacional, com perfil adequado,
dedicada, quase exclusivamente, a estes alunos. Na Escola
Sede, rentabilizar a recém-inaugurada SALA E, por forma a
proporcionar a implementação de Clubes de caráter
funcional, como preparação para a vida ativa e treino de
competências pessoais e para a vida diária; possibilitar a
utilização de computadores com a instalação de software
apropriado e atividades específicas do currículo destes
alunos, trabalho este que só é possível concretizar em
espaço próprio e não em sala de aula regular.
Dar especial atenção, na formação de turmas, aos alunos
com NEE quer vão frequentar uma nova turma, quer
permaneçam na do ano anterior.
Manter a excelente ligação e as parcerias já existentes com
Instituições, como as seguintes:
o Centro de Reabilitação Profissional da Granja;
o Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão
Deficiente Mental (APPACDM);
o Cooperativa para a Educação e Reabilitação de
Crianças Inadaptadas (CERCI);
o Associação Portuguesa para as Perturbações do
Desenvolvimento e Autismo (APPDA);
o ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) de Gaia e
de Espinho/Gaia;
o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia;
o Centro de Recursos de Tecnologias da Informação e
Comunicação para a Educação Especial (CRTIC) do
Cerco;
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o Instituto de Psicologia Aplicada e Formação (IPAF);
o Centro de Paralisia Cerebral do Porto (APPCP);
o Universidade do Porto.
Solicitar sempre os professores de Educação Especial para a
avaliação de alunos que manifestem problemas e que, se o
entenderem, serão encaminhados para outros técnicos,
Psicólogos ou Pedopsiquiatras.
Estimular a relação próxima destes professores com os
Conselhos de Turma dos respetivos alunos, de importância
fundamental para a adequação e implementação de
medidas, bem como para a condução de todo o seu
processo educativo.
Insistir com a DGEstE na colocação de uma Equipa
Multidisciplinar (Serviço de Ação Social e Psicólogos) no
Agrupamento, dadas as características dos alunos em
questão e os graves problemas surgidos.
Ter especial atenção às especificidades que surjam em cada
ano e tentar flexibilizar os procedimentos, de molde a
garantir uma resposta adequada e eficaz a cada aluno.
Procurar que cada problema seja tratado com bom senso e
equilíbrio, visando o bem-estar de cada um destes alunos.
Promover palestras temáticas sobre questões pertinentes
nesta área, abertas à Comunidade Educativa (docentes e
Assistentes Operacionais), semestral ou anualmente,
envolvendo convidados com vasto conhecimento nos
assuntos, de preferência das associações parceiras;
P rojeto de Intervenção de Maria Manuela V ieira Machado
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Incentivar a criação de clubes em que se desenvolvam
projetos relacionados com a preparação para a vida futura,
indo ao encontro das reais necessidades especiais dos
alunos, de uma forma muito prática/funcional.
É minha convicção que qualquer ação educativa só será completa
e terá sucesso com a cooperação/participação dos Encarregados de
Educação. Tal é ainda mais premente no que se refere a alunos com
Necessidades Educativas Especiais.
Assim, e como já vem sendo prática, os pais dos alunos com NEE,
serão chamados a colaborar na construção do Processo Individual dos
seus educandos, intervindo na implementação dos procedimentos mais
adequados, juntamente com os professores de Educação Especial e
Professores Titulares de Turma.
No fim da escolaridade ou quando se esgotarem todas as
hipóteses de resposta da Escola, promoverei o encaminhamento destes
alunos, de forma cooperante e consensual, envolvendo todos os
intervenientes na solução educativa mais favorável ao desenvolvimento
harmonioso das capacidades de cada um.
P rojeto de Intervenção de Maria Manuela V ieira Machado
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9. PLANO PLURIANUAL DE ATIVIDADES - 2017/2021
Atividades Objetivos Intervenientes Calendarização
Receção ao Pessoal Docente e
Pessoal Não Docente
- Integrar novos elementos (alunos,
professores e funcionários).
- Dar a conhecer as regras de
funcionamento da Escola/
/Agrupamento.
Gestão
Pessoal Docente
Alunos
Pessoal Não Docente
Encarregados de
Educação
Início do ano letivo
Receção aos alunos e EE, com
especial atenção aos anos de
iniciação de cada ciclo e Pré-
Escolar
Atividade de Boas-Vindas
PD/PND
Dia/Semana do Patrono - Associar o nome do Agrupamento à
personalidade que lhe deu nome.
- Reconhecer e valorizar o empenho,
esforço e
dedicação dos alunos.
-Demonstrar publicamente os valores
defendidos
pela Escola: trabalho, dedicação,
solidariedade e
integração cívica e moral.
Comunidade Escolar
Outubro
Quadros de Mérito/Excelência
Festa de Natal - Celebrar a quadra natalícia. Comunidade Escolar Dezembro
Festa da Primavera
Feira das Profissões
- Promover o convívio entre os
elementos da Comunidade Educativa.
- Sensibilizar ao alunos para
diferentes profissões.
Comunidade
Educativa
Alunos de 9.º ano
Final do 2.º Período
Festa de Finalistas 9.º ano
- Proporcionar momentos de convívio
e de confraternização;
- Reconhecer e valorizar o empenho,
esforço e dedicação dos alunos.
Gestão
Pessoal Docente
Alunos de 9.º ano
Junho
Arraial de Final de Ano
- Promover o convívio entre os
elementos da Comunidade Educativa.
-Celebrar a festa do Santo Popular –
S. João.
Comunidade
Educativa
Palestras/Ações de Formação - Sensibilizar para diferentes
temáticas.
Comunidade
Educativa
Ao longo do ano
letivo Passeios culturais
- Promover o convívio entre os
elementos da Comunidade Escolar.
- Conhecer aspetos da cultura
portuguesa
Comunidade Escolar
Almoços/Jantares Convívio
P rojeto de Intervenção de Maria Manuela V ieira Machado
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NOTAS FINAIS
Com o presente Projeto de Candidatura, dou a conhecer o que, de
um modo geral, me motivou: aplicar e rentabilizar, ao serviço de todos, a
experiência que adquiri ao longo destes anos na Direção.
Por um lado, exponho os constrangimentos, lacunas, carências e
dificuldades que senti e sinto, vivamente, na ótica privilegiada de quem
gere e, por outro, procuro apontar estratégias de ação e proponho
diferentes soluções.
Em suma, marco os Valores que inspirarão a minha ação:
democraticidade de decisão, liderança firme, rigor e bom senso,
capacidade de ouvir e dialogar com todos.
Sou uma Mulher de grandes paixões… apaixonei-me pela minha
profissão, vivendo intensamente para “ela”. Apaixonei-me por esta Escola,
e, depois, por este Agrupamento… E é desta forma apaixonada e dedicada
que desempenho este cargo.
Tenho a noção de que será mais um grande desafio na minha
vida, mas que abraço com entusiasmo, sabendo que continuarei bem
acompanhada nesta caminhada a que me proponho, com este “primeiro
passo”.
Finalmente, partilho o simbolismo do Girassol, imagem da minha
candidatura: "A cor amarela ou os tons cor de laranja das pétalas do
girassol simbolizam calor, lealdade, entusiasmo e vitalidade, refletindo a
energia positiva do sol. [...] Acredita-se que traz sorte e boas vibrações ao
ambiente, pois possui as características do Sol."
É isto que eu pretendo para o nosso Agrupamento!
Vila Nova de Gaia, 20 de abril de 2017
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(Maria Manuela Vieira Machado)