Projeto de Pesquisa
AMOSTRA DIGITAL VARSUL
(cf. edital MCT/CNPq 14/2008 � Universal)
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
TÍTULO DO PROJETO: AMOSTRA DIGITAL VARSUL
Instituição sede: UFSC
Instituições participantes: PUCRS, UFRGS e UFPR
Área de concentração: Sociolingüística e Dialetologia.
Período: novembro de 2008 a outubro de 2010 (duração de 24 meses)
COORDENADORA DO PROJETO
Profa. Dra. Izete Lehmkuhl Coelho (CPF 436 583 429-00)
Instituição: UFSC
Coordenadora Geral do Projeto VARSUL � biênio: 2007-2008
DEMAIS PARTICIPANTES DO PROJETO:
Instituição: UFSC
Professores:
Prof. Dr. Paulino Vandresen (CPF 002 274 639-00)
Profa. Dra. Edair Maria Görski (CPF 224 489 690-00)
Aluno de Pós-graduação:
Doutoranda Isabel de Oliveira e Silva Monguilhott (CPF 003 456 569 89)
Aluno de Graduação:
Christiane Maria Nunes de Souza (CPF 044 451 489 97)
Instituição: PUCRS
Profa. Dra. Leda Bisol (CPF 010 404 210-91)
Profa. Dra. Cláudia Regina Brescancini (CPF 137 539 958-60)
Instituição: UFRGS
Profa. Dra. Gisela Collischonn (CPF 461 365 250-20)
Instituição: UFPR
Profa. Dra. Odete Menon (CPF 231 619 149-53)
1 INTRODUÇÃO
Este projeto, numa parceria interinstitucional que reúne a UFSC, a PUCRS, a
UFRGS e a UFPR, tem por objetivo central disponibilizar à comunidade científica
nacional e internacional uma amostra digital de fala (i) do projeto VARSUL (Variação
Lingüística Urbana na Região Sul), referente às três capitais do Sul do Brasil (Curitiba,
Florianópolis e Porto Alegre); e (ii) dos bancos de dados de fala rural de Florianópolis
� descritos abaixo �, a fim de servir como fonte de informação sobre a(s) variedade(s)
sociolingüística(s) do Sul do País e como fonte para a pesquisa sociocultural dos
informantes.
A disponibilização deste banco virtual poderá fornecer o desenvolvimento de
projetos voltados para a pesquisa, o ensino e a extensão, tanto nos cursos de Pós-
graduação quanto nos de Graduação, nas modalidades presencial e a distância; bem
como oferecer aos interessados em geral uma fonte de dados lingüísticos reais.
1.1 O banco VARSUL
O VARSUL, ao longo de dezoito anos, tornou-se o maior banco de dados de
fala do Sul do Brasil (e um dos maiores do país), com o acervo de 288 entrevistas
transcritas e armazenadas eletronicamente, de diferentes regiões dos três Estados:
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A partir de 1996, o banco foi oficialmente
apresentado à comunidade acadêmica no I Encontro de Variação Lingüística do Cone
Sul, de 02 a 04 de setembro de 1996, na UFRGS, ficando arquivado em cada uma das
quatro agências que fazem parte do projeto: UFRGS, UFSC, UFPR e PUCRS para
descrição e análise.
Numa retrospectiva histórica, constata-se que, já em agosto de 1982, com o
objetivo de discutir recursos e meios para dinamizar os estudos nas áreas de
Geografia Lingüística, Bilingüismo e Variação Lingüística, a convite do Centro de
Lingüística Aplicada do Instituto de Letras da UFRGS, reuniram-se, em Porto Alegre,
professores representantes de três universidades federais do Sul do Brasil: UFRGS,
UFSC e UFPR. Nascia, desse encontro, um projeto regional constituído de três áreas
de pesquisa: 1) o estudo do bilingüismo, voltado para o contato do português com as
línguas minoritárias da região; 2) estudos dialetológicos, voltados para a constituição
de um atlas lingüístico e etnográfico dos três estados; e 3) estudo da variação
lingüística, buscando descrever o português falado na região Sul. Cada um desses
grupos desenvolveu, na seqüência dos encontros, projetos diferenciados (cf.
VANDRESEN, 2005 e VANDRESEN & COELHO, 2007).
O grupo de variação lingüística discutiu inicialmente a proposta de Leda Bisol
de organizar um banco de dados lingüísticos da região Sul do País, dentro da
metodologia laboviana (cf. LABOV, 1972), abrangendo os estados do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e Paraná. A idéia era desenvolver pesquisas na linha temática e
metodológica do Projeto Censo de Variação Lingüística do Estado do Rio de Janeiro,
conhecido atualmente como PEUL, coordenado à época pelo professor Anthony Naro,
com o propósito de organizar uma amostra representativa do português falado na
região sul do País. Em 1985, um grupo de pesquisadores, coordenado por Leda Bisol,
deu origem ao projeto que, sob o nome de Variação Lingüística Urbana na Região Sul
(VARSUL)1, instala-se em quatro agências: UFRGS, UFSC, UFPR, PUCRS; essa
última incluída em 1990. O Projeto VARSUL desde a sua constituição é
interinstitucional (cf. VANDRESEN, 2005 e VANDRESEN & COELHO, 2007).
Na formação do Projeto VARSUL, definiu-se que quatro cidades de cada
Estado2 comporiam seu banco de dados lingüísticos. Cada cidade seria representada
por um conjunto de 24 entrevistas, 96 por estado, estratificadas por região/etnia, sexo,
escolaridade e faixa etária, formando um total de 288 entrevistas, cada uma delas com
a duração aproximada de sessenta minutos. Com respeito aos grupos geográficos, as
amostras deveriam privilegiar etnias culturalmente expressivas na formação de cada
um dos estados, como alemã, italiana, açoriana, ucraniana e polonesa, por exemplo.
Quanto ao grau de instrução, seriam coletadas amostras de informantes com quatro,
oito e onze anos de escolarização (abandonando, na formação do banco, os dois
extremos: analfabetos e universitários). Com relação à faixa etária, optou-se por
amostras de informantes de duas faixas: informantes de 25 a 50 anos e de 51 anos ou
mais (cf. BISOL, 2005).
A coleta de dados iniciou-se no Rio Grande do Sul em 1988, e nos demais
estados em 1990, completando-se a amostra básica em 1996, ano em que foi
oficialmente inaugurado o Banco de Dados, no I Encontro de Variação Lingüística do
Cone Sul, ocorrido na UFRGS. O Encontro marcou a conclusão da primeira grande
etapa do VARSUL: a consolidação do banco de dados de língua falada da região Sul,
1 Informações adicionais a respeito do Projeto VARSUL podem ser encontradas no site: www.pucrs.br/fale/pos/varsul/index.php. 2 As quatro cidades que compõem o banco de dados do VARSUL, em cada um dos estados,
são: (i) no Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Flores da Cunha, Panambi e São Borja; (ii) em
Santa Catarina: Florianópolis, Blumenau, Chapecó e Lages; e (iii) no Paraná: Curitiba,
Londrina, Irati e Pato Branco.
concretizado graças ao trabalho conjunto das equipes de pesquisadores e alunos
bolsistas das quatro universidades que integram o projeto e ao apoio de diversas
agências de fomento à pesquisa. Vale destacar aqui os primeiros recursos recebidos
pela FINEP, no convênio FINEP/FAPEU 89/90, na gestão de Paulino Vandresen como
coordenador geral; o apoio do CNPq, em forma de bolsas de pesquisa, bolsas de
iniciação científica e auxílio a vários pesquisadores; o da CAPES (com os alunos do
programa PET); o da FAPERGS; o do FUNCITEC e o apoio das universidades
participantes (cf. VANDRESEN, 2005).
Com respeito à metodologia de coleta de dados representativos da linguagem
falada (autêntica e natural, na medida do possível), os pesquisadores do projeto
VARSUL optaram pela entrevista face-a-face, seguindo, como já foi dito anteriormente,
a metodologia laboviana. A orientação do grupo era para deixar o informante discorrer
sobre os temas abordados (em geral, sobre algum aspecto da história de vida do
entrevistado), sem muita interferência lingüística, justamente para tentar minimizar a
artificialidade da situação. Os princípios de escolha do gênero textual entrevista
utilizado na coleta de dados obedeceram a um conjunto de regras estabelecidas e
(re)discutidas freqüentemente em reuniões, de modo que as amostras coletadas
fossem o mais representativas possível do vernáculo, ou seja, da fala usada em
situações informais nas diferentes regiões.
As entrevistas encontram-se arquivadas em todas as quatro agências, a partir
das seguintes especificações (cf. COSTA, 2005):
(i) cada agência conta com a cópia integral das entrevistas gravadas em fita
cassete. As fitas contêm o registro do diálogo entre o entrevistador (em
geral um bolsista de Iniciação Científica) e um informante selecionado
criteriosamente para a constituição da amostra;
(ii) todas as entrevistas foram transcritas de acordo com normas de transcrição
estabelecidas no projeto, no formato de três linhas: na primeira linha optou-
se pela transcrição ortográfica e, na segunda, pela indicação das variações,
por ser possível, assim, fazer uma relação eletrônica imediata entre a
ortografia de uma forma, normalmente uniforme, e suas diversas
realizações; na terceira linha, foi feita uma classificação morfossintática dos
itens, bem como alguns registros de estilo de fala. Transcritos os dados,
foram eletronicamente armazenados;
(iii) os arquivos armazenados em disquete podem ser acessados, nas
agências, pelos programas Editor-VARSUL�Engesis e Interpretador-
VARSUL-Engesis3. O módulo editor permite a leitura das entrevistas e a
impressão total ou parcial de uma, duas ou três linhas do texto. O módulo
interpretador possibilita a busca automática de informações a partir de
parâmetros fornecidos pelo pesquisador;
(iv) além das cópias em disquetes (e em CDs), cada agência do projeto
VARSUL possui também cópias impressas e encadernadas de todas as
entrevistas transcritas, que podem ser consultadas pelos usuários nas
próprias agências;
(v) o projeto também possui um conjunto de informações complementares
sobre os informantes, as localidades e as particularidades de cada uma das
coletas de dados. A cada entrevista corresponde uma ficha social, que
contém algumas informações sobre o informante, como idade real,
profissão, relações familiares, atividades de lazer mais freqüentes,
exposição aos meios de comunicação de massa, etc. A ficha registra
também quem foi o entrevistador, informa a data em que a entrevista foi
feita e fornece informações adicionais;
(vi) outra fonte de informação é o manual do usuário, o qual contém o registro
da história do projeto VARSUL, desde a sua criação (em 1985), o início das
primeiras coletas de dados (em 1988), a transcrição, a revisão e a digitação
das entrevistas. Registra também a abertura oficial do banco de dados à
comunidade científica no I Encontro de Variação Lingüística do Cone Sul
(em 1996).
O banco de dados lingüísticos do VARSUL funciona atualmente em quatro
agências (UFPR, UFRGS, PUCRS e UFSC). Cada uma das quatro agências tem uma
equipe responsável pela constituição e manutenção do acervo do banco das 288
entrevistas. Essa equipe é formada por um coordenador local, por professores e por
bolsistas. Além disso, o projeto VARSUL conta com um coordenador geral, escolhido
entre os professores integrantes do grupo. Anualmente, o grupo se reúne (em uma
das agências) para tomar conhecimento das pesquisas e ações realizadas pela equipe
em cada Estado e propor novas metas.
1.2 Bancos de dados de fala rural de Florianópolis
3 Detalhes sobre os programas Editor e Interpretador podem ser encontrados em Knies, 2005, p. 156-163.
Desde o final da década de 1990, pesquisadores que atua(ra)m no projeto
VARSUL, especialmente pós-graduandos, vêm realizando coletas diversificadas de
dados de fala da Região Sul, ampliando, assim, o banco inicial do projeto. Essa
ampliação recobre perfis socioculturais distintos: (i) na zona urbana, em relação à faixa
etária, estão sendo feitas entrevistas com crianças e jovens, e quanto à escolaridade,
com universitários; e (ii) na zona rural, estão sendo feitas entrevistas, em Florianópolis,
nos mesmos moldes da zona urbana. As amostras de fala rural, coletadas por
Monguilhott, Brescancini, e Brescancini e Valle, serão descritas a seguir.
1.2.1 Banco de dados Monguilhott
Esse banco, composto de 16 informantes, foi constituído para o trabalho de
tese de Monguilhott que está em andamento. A coleta foi realizada em quatro pontos
distintos da cidade de Florianópolis: Ribeirão da Ilha, Costa da Lagoa, Ingleses e
Trindade. Para a amostra digital será utilizada a coleta dos dois pontos de fala rural
(Ribeirão da Ilha e Costa da Lagoa), conforme quadro apresentado no item 3, a seguir.
Seguindo a mesma metodologia do Projeto VARSUL e com a experiência de
ter sido bolsista do projeto durante três anos quando cursava a graduação em Letras
na UFSC, a doutoranda Isabel Monguilhott realizou todas as entrevistas que compõem
a amostra.
1.2.2 Banco de dados Brescancini
Composto de 24 informantes, a constituição desse banco deu-se entre 1994 e
1995 e entre 2000 e 2001 no distrito do Ribeirão da Ilha, Florianópolis, de acordo com
a metodologia seguida no Projeto VARSUL.
1.2.3 Banco de dados Brescancini e Valle
Coletado entre 2000 e 2001, esse banco conta com 28 entrevistas de
experiência pessoal obtidas no distrito da Barra da Lagoa, Florianópolis. Assim como
os bancos anteriores, seguiu-se a metodologia adotada pelo Projeto VARSUL.
As amostras de Brescancini, e Brescancini e Valle que serão disponibilizadas
no formato digital estão descritas no Quadro 3 do item 3 a seguir.
Até o presente momento, apenas os pesquisadores que têm acesso às quatro
agências do projeto VARSUL podem consultar o banco de dados da zona urbana. A
consulta à amostra da zona rural encontra-se ainda restrita à agência UFSC. Com a
disponibilização de uma amostra digital de parte do banco de dados da zona urbana
das três capitais do Sul do Brasil e de parte do banco de dados da zona rural de
Florianópolis, entendemos que outros pesquisadores possam obter informações a
respeito dos usos da linguagem no Sul do Brasil. Essa é a principal meta deste
projeto, que será detalhada a seguir.
2 OBJETIVOS E METAS A SEREM ALCANÇADOS
O objetivo central deste projeto é disponibilizar à comunidade científica
nacional e internacional amostras digitais de língua falada urbana das três capitais do
Sul do Brasil e de língua falada rural de Florianópolis. Vale enfatizar que a
documentação da língua falada é fundamental para que os estudiosos da linguagem
busquem comprovação empírica para suas hipóteses e teorias.
Os objetivos operacionais são:
Criar um site interinstitucional para disponibilizar o banco de dados digital.
Selecionar excertos correspondentes a 15 minutos de fala de cada uma das
entrevistas: (i) das três capitais pertencentes ao Banco VARSUL; e (ii) da zona
rural de Florianópolis para fazer parte do banco digital.
Organizar um manual de transcrição, com o registro detalhado dos caracteres
que serão colocados para a identificação adequada das marcas em variação.
Para os dados de fala urbana das três capitais, fazer a transcrição dos trechos
selecionados das entrevistas, no formato de uma linha, com base nas
informações já registradas nas entrevistas do projeto VARSUL (no formato de
três linhas) e nas informações dos dados de fala gravados em fitas cassete e
CDs.
Para os dados de fala rural de Florianópolis, fazer a transcrição dos trechos
selecionados das entrevistas, no formato de uma linha, com base nas
informações dos dados de fala gravados em fitas cassete e CDs.
Revisar a transcrição feita.
Disponibilizar as entrevistas transcritas no site.
Disponibilizar as informações referentes aos metadados dos informantes no
site, a partir das informações que já se encontram na ficha social sobre cada
informante nas agências VARSUL.
Disponibilizar excertos das entrevistas urbanas e rurais em áudio no site.
Disponibilizar o manual de transcrição no site.
Divulgar o site referente à amostra digital em congressos científicos nacionais.
Adicionalmente, para fins de preservação do Banco de dados, tenciona-se
regravar em CDs e em HDs externos todo o material que se encontra gravado em fitas
cassete e armazenado em computadores, em cada uma das agências.
3 METODOLOGIA DO TRABALHO
A organização da Amostra Digital VARSUL compõe-se das etapas
metodológicas descritas a seguir.
1) A primeira etapa consiste na criação de um site para a disponibilização digital de
parte do banco de dados de fala urbana e rural que está armazenado no projeto
VARSUL.
2) A segunda etapa consiste na atividade de seleção de 8 informantes da zona urbana
de cada uma das capitais representativas do projeto VARSUL (Florianópolis, Porto
Alegre e Curitiba), num total de 24 entrevistas, considerando a seguinte estratificação
para cada uma das capitais:
Escolaridade Primária Escolaridade Colegial
25 a 50 anos 51 anos
em diante 25 a 50 anos
51 anos em
diante
M F M F M F M F
Curitiba 01 01 01 01 01 01 01 01
Florianópolis 01 01 01 01 01 01 01 01
Porto Alegre 01 01 01 01 01 01 01 01
Total 03 03 03 03 03 03 03 03
Quadro 1: Distribuição da amostra das três capitais do sul do Brasil: Florianópolis,
Curitiba e Porto Alegre
3) Na terceira etapa, será feita a seleção dos excertos correspondentes a 15 minutos
de fala de cada uma das 24 entrevistas que comporão a amostra digital.
4) A quarta etapa consiste na atividade de seleção de 08 informantes de cada uma
das amostras da zona rural de Florianópolis, num total de 16 entrevistas, considerando
a seguinte estratificação:
Escolaridade Primária Escolaridade Universitária
15 a 33 anos 46 a 74 anos 15 a 33 anos 46 a 74 anos
Ribeirão da Ilha 01 01 01 01
Costa da Lagoa 01 01 01 01
TOTAL 02 02 02 02
Quadro 2: Distribuição da amostra da zona rural de Florianópolis: Ribeirão da Ilha e
Costa da Lagoa.
Escolaridade Primária Escolaridade Colegial
15 a 20 anos 61 anos ou
mais 15 a 20 anos
61 anos ou
mais
Ribeirão da Ilha 01 01 01 01
Barra da Lagoa 01 01 01 01
TOTAL 02 02 02 02
Quadro 3: Distribuição da amostra da zona rural de Florianópolis: Ribeirão da Ilha e
Barra da Lagoa.
5) Na quinta etapa, será feita a seleção dos excertos correspondentes a 15 minutos de
fala de cada uma das entrevistas da zona rural que farão parte da amostra digital.
6) Na sexta etapa, será elaborado um manual de transcrição, considerando as marcas
morfossintáticas em variação. Esse manual servirá para a codificação das amostras de
fala urbana e rural.
7) Na etapa seguinte, será feita a (re)transcrição da amostra de fala urbana, de acordo
com as informações constantes nas primeiras e segundas linhas do Banco de dados
VARSUL (já transcritas). Nessa (re)transcrição, as duas linhas se transformarão em
uma só, de acordo com o manual descrito acima.
8) Na oitava etapa, será feita a transcrição dos dados de fala rural de Florianópolis,
nos mesmos moldes da amostra de fala urbana, ou seja, em uma linha, seguindo o
manual de transcrição.
9) Na nona etapa, será feito o armazenamento no site das informações referentes aos
dados de fala dos informantes das três capitais e aos dados de fala rural de
Florianópolis, bem como referentes aos metadados dos informantes e ao manual de
transcrição.
10) Na próxima etapa será feito o armazenamento no site do áudio referente aos
dados de fala das três capitais e aos dados de fala da zona rural de Florianópolis.
11) A última etapa consiste na divulgação do banco de dados digital à comunidade
científica.
Durante os 24 meses do projeto será feita também a regravação em CDs e em
HDs externos de todo o material que se encontra gravado em fitas cassete e
informatizado no VARSUL.
4 CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS E TECNOLÓGICAS DA PROPOSTA
Desde o final da década de 90, pesquisadores integrantes do grupo VARSUL
(das quatro agências) estão coordenando projetos que visam à descrição e análise do
português falado na região Sul, nos moldes da pesquisa sociolingüística de orientação
laboviana. Na PUCRS, Leda Bisol coordena trabalhos que apontam certos padrões
fonético-fonológicos desse português falado. Em seus projetos sobre os estudos de
variação, a professora reúne pesquisadores que atualmente também fazem parte do
projeto VARSUL, como Cláudia Regina Brescancini na PUCRS, Valéria Neto de
Oliveira Monaretto, Luiz Schwindt, Gisela Collischonn e Laura Rosane Quednau na
UFRGS. Algumas descrições lingüísticas se destacam nessa área: a variação das
vogais pré-tônicas, a palatalização da fricativa em posição de coda, a monotongação
dos ditongos decrescentes /ow/, /ey/, /ay/, a preservação da lateral alveolar na coda, o
apagamento da vibrante pós-vocálica, a elisão, entre outros.
Na UFPR, Odete Pereira da Silva Menon tem coordenado trabalhos com as
amostras do VARSUL na área da variação morfossintática (ou apenas sintática), em
destaque aqueles que discutem a variação e mudança do paradigma pronominal e as
formas de indeterminação do sujeito.
Na UFSC, Paulino Vandresen, Edair Maria Görski e Izete Lehmkuhl Coelho
têm coordenado trabalhos de variação, que utilizam o banco de dados do VARSUL,
em diferentes áreas, em geral, da (morfo)sintaxe ao discurso, tais como: (i) trabalhos
sobre a variação na concordância verbal e nominal, sobre a alternância pronominal (tu
versus você, nós versus a gente e seu versus teu) e sobre as diferentes formas do
paradigma temporal (formas do mais-que-perfeito, alternando-se com o perfeito,
formas do futuro do presente alternando-se com o presente, formas do futuro do
pretérito alternando-se com o imperfeito, etc.); (ii) trabalhos que tratam da variação da
ordem do sujeito, da ordem do clítico e do preenchimento do sujeito pronominal; e (iii)
trabalhos referentes à ordenação de orações temporais, a construções de
topicalização, a articuladores oracionais como aí, daí, e, então, e a marcadores
discursivos do tipo né, sabe?, tá?, entende? não tem? olha, veja, quer dizer, entre
outros.
Alguns desses resultados estatísticos estão documentados em revistas e livros
publicados a partir de 19964. Ressaltam-se certos trabalhos de descrição que estão
inseridos nas revistas Fragmenta n. 13, de 1996, Letras de Hoje v. 35, de 2000, Letras
de Hoje v. 40, de 2005, Organon n. 28/29, de 2000, e Organon n. 36, de 2004. Além
disso, trabalhos que se encontram no livro Fonologia e variação: recortes do português
brasileiro, organizado por Leda Bisol e Cláudia Brescancini, em 2002, e nos dois livros
organizados por Paulino Vandresen, Variação e mudança no português falado da
região sul (2002) e Variação, mudança e contato lingüístico no português da Região
Sul (2005), ambos publicados pela Educat, Pelotas/RS.
Outros resultados de descrição do português falado na região sul encontram-se
em inúmeros trabalhos de conclusão de curso (TCC), relatórios de iniciação científica,
em dissertações de mestrado e teses de doutorado que utilizaram o banco VARSUL
4 A listagem dos trabalhos feitos com o Banco VARSUL, publicados em periódicos e em forma
de capítulos de livros, encontra-se nas seções 10.1 e 10.2.
como fonte de dados verificáveis5. Vale lembrar que muitos desses trabalhos foram
feitos por alunos bolsistas que participaram de todas as etapas do projeto, desde a
coleta de dados, a transcrição, a digitação das entrevistas, até a descrição dos
fenômenos lingüísticos em variação, com trabalhos de Iniciação Científica
(primeiramente), de dissertação de mestrado e, posteriormente, de doutorado,
confirmando o fato de o projeto ser um lugar privilegiado de formação de novos
pesquisadores.
Os trabalhos citados apresentam resultados estatísticos significativos
referentes a padrões de uso e a condicionadores internos e externos da variação nos
diferentes níveis lingüísticos. São uma pequena mostra da importância da formação e
disponibilização do corpus do VARSUL para a descrição e o (re)conhecimento do
português falado da Região Sul.
Para oferecer à comunidade científica parte do material de que o VARSUL
dispõe, estamos organizando este projeto Amostra Digital VARSUL. Acreditamos que
nossas principais contribuições científicas e tecnológicas são as seguintes:
A disponibilização da primeira amostra digital de fala do Sul do Brasil servirá
para que se possa fazer estudos de comparação dos dados desse banco com
outros de diferentes regiões do Brasil.
A disponibilização da primeira amostra digital de fala do Sul do Brasil
oportunizará a inserção do Projeto Interinstitucional VARSUL no âmbito das
novas tecnologias, permitindo o acesso da comunidade científica nacional e
internacional a dados reais de fala dessa região.
A disponibilização de uma amostra digital do banco de dados do VARSUL,
ilustrativa da fala das três capitais do Sul do Brasil (zona urbana), e do banco
de dados de zona rural de Florianópolis a toda comunidade científica nacional
e internacional poderá: (ii) favorecer, institucionalmente, o desenvolvimento de
projetos voltados para a pesquisa, o ensino e a extensão, tanto em cursos de
Pós-graduação quanto em cursos de Graduação, nas modalidades presencial
e a distância; e (i) fornecer, a estudiosos da linguagem em geral, informações
concernentes a fenômenos de variação e mudança lingüística, bem como a
questões ligadas à identidade sociocultural dos falantes.
5 Na seção 10.3 encontra-se a listagem dos trabalhos de conclusão de curso (TCC), de
iniciação científica, de dissertações de mestrado e teses de doutorado que foram feitos com
dados do Banco VARSUL, coletados nas quatro agências.
Uma vez desenvolvido um aparato tecnológico eficiente capaz de suportar o
Banco de Dados VARSUL, e digitalizada uma amostra ilustrativa da fala da
região Sul, estarão criadas as condições para dar continuidade à alimentação
do Banco digital com novos dados não só de fala mas também de escrita,
contemplando as perspectivas sincrônica e diacrônica da língua.
5 ORÇAMENTO DETALHADO
Material bibliográfico Valor total
Livros de Sociolingüística (nacionais e internacionais)
Dicionários de Língua Portuguesa
Dicionários de Sociolingüística (nacionais e internacionais)
Total estimado R$ 5.000,00
EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE
Valor total
01 Processador Intel Servidor 3.0 ghz, que deve ficar na agência da UFSC, com a seguinte especificação: Placa mãe Intel Memória 8Gb DDR2 HD 250 GB SATA2 Gabinete ATX 4 baias preto com fonte TOTAL...........................................................................................................
05 Processadores Intel Core 2 Duo E4500 (02 para a agência VARSUL da UFSC,
01 para a agência da PUCRS, 01 para a agência da UFRGS e 01 para agência da
UFPR), com a seguinte especificação: Placa mãe S/R/V Memória 1Gb DDR2 HD 160 GB SATA2 Gabinete ATX 4 baias preto com fonte Teclado PS/2 Preto Mouse Óptico Preto Monitores LCD 17� TOTAL.................................................................................................................
4 Impressoras HP Laser Jet 2600N (01 para cada agência do VARSUL) TOTAL ................................................................................................................
04 HDs externos de 250 GB IDE Sansung (01 para cada agência do VARSUL) TOTAL...........................................................................................................
R$ 5.200,00
R$ 10.500,00
R$ 3.960,00
R$ 1.000,00
04 Webcam GOLTEC EYE CAM 100 USB com microfone (01 para cada agência do
VARSUL)
TOTAL...........................................................................................................
R$ 320,00
Total estimado para equipamentos R$ 20.980,00
CUSTEIO
Valor total
Material de consumo para os 24 meses de projeto (para as quatro instituições que
participam do projeto) resmas de papel A4 tôner de tinta para impressora laser CD-roms, lápis, caneta, borracha, clips, grampos, etiquetas, etc.
Total .....................................................................................................................
Recuperação e manutenção de equipamentos Total .....................................................................................................................
R$ 8.000,00
R$ 4.000,00
SERVIÇOS DE TERCEIROS
contratação de um técnico de informática para (i) serviços de programação de um site para a constituição do banco de dados digital; e (ii) serviços de correção
de erros de reconhecimento de caracteres. O site deve ser feito com janelas para o acesso ao banco digital, aos metadados dos informantes e aos caracteres de busca, além disso deverá ter uma janela para o áudio. O serviço
deverá ser feito durante 06 meses, ao valor de R$1,500,00 por mês, e com a
garantia de manutenção durante os 24 meses do projeto. Total dos serviços ................................................................................................
contratação de três técnicos para o trabalho de transcrição e digitalização das
amostras de zona urbana e de zona rural. O serviço deverá ser feito durante 12
meses, ao valor de R$ 500,00 por mês. Total dos serviços ...............................................................................................
contratação de um técnico para os serviços de disponibilização de trechos das
amostras em áudio. O valor a ser pago ao técnico é de R$ 500,00 por mês,
durante 06 meses. Total dos serviços ...............................................................................................
R$ 9.000,00
R$ 18.000,00
R$ 3.000,00
Total estimado para custeio
R$ 42.000,00
PASSAGENS E DIÁRIAS6
08 passagens aéreas para o trecho Porto Alegre � Florianópolis/Florianópolis � Porto Alegre (no valor de R$1.219,00 cada) e 2 passagens aéreas para o trecho Curitiba/Florianópolis � Florianópolis/Curitiba (no valor de 1.508,00 cada) para as
6 Leda Bisol não usará verba do projeto para passagens e diárias porque tem GRANT.
reuniões do grupo, que deverão ser feitas em Florianópolis: Cláudia Brescancini Gisela Collischonn Odete Menon
2 passagens aérea para divulgação do banco de dados digital nos Congressos Científicos ANPOLL/2010 e CELSUL/2010, no valor estimado de R$2.100,00 e R$1.508,00, respectivamente. Total estimado para passagens aéreas................................................................
14 diárias
10 diárias para os professores participantes do projeto, por ocasião das
reuniões do grupo; 2 diárias para o representante da equipe que irá ao CELSUL divulgar o
banco compartilhado. 2 diárias para o representante da equipe que irá à ANPOLL divulgar o banco
compartilhado. O valor unitário das diárias, de acordo com a tabela de diária para auxílios
individuais e bolsas de curta duração, é de R$148,45 Total estimado para diárias ....................................................................................
R$ 16.37600
R$ 2.07830
Total geral ................................................................................................................. R$ 86.434,30
6 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES
Descrição das atividades - de novembro de 2008 a outubro de 2010 (24 meses)
1. Leitura dos pressupostos básicos da metodologia variacionista.
2. Criação de um site para armazenamento das entrevistas e dos metadados dos
informantes.
3. Seleção dos trechos das entrevistas da zona urbana que deverão ser transcritos.
4. Seleção dos trechos das entrevistas da zona rural que deverão ser transcritos.
5. Elaboração de um manual de transcrição para o usuário.
6. (Re)transcrição revisada dos dados das três capitais do sul do Brasil.
7. Transcrição revisada das amostras de fala de zona rural de Florianópolis.
8. Digitalização da transcrição de fala de zona urbana e rural.
9. Revisão da digitalização da amostra.
10. Armazenamento no site do áudio com amostras da zona urbana e rural.
11. Armazenamento dos metadados dos informantes no site.
12. Armazenamento do manual de transcrição no site.
13. Revisão do funcionamento do site.
14. Divulgação da amostra digital em Congressos Científicos (ANPOLL, previsto para
julho de 2010 e CELSUL, previsto para outubro de 2010).
15. Regravação em CDs e HDs de todo o banco de fala armazenado em fitas cassete
no VARSUL.
Cronograma de Atividades
ATIVIDADE NOV/
DEZ
2008
JAN/
FEV/
MAR
2009
ABR
/MAI
2009
JUN
/JUL
2009
AGO/
SET
2009
OUT/
NOV/
DEZ
2009
JAN
FEV/
MAR
2010
ABR
MAI
JUN 2010
JUL/
AGO
2010
SET/
OUT
2010
1 X X X X X X X X X
2 X X X
3 X X
4 X X X
5 X X X
6 X X X X X
7 X X X X X
8 X X X X X
9 X X
10 X X
11 X X
12 X X
13 X X
14 X X
15 X X X X X X X X X X
7 DISPONIBILIDADE EFETIVA DE INFRA-ESTRUTURA E DE APOIO TÉCNICO
PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
A agência VARSUL da UFSC sediará este projeto. Fica localizada na
Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis, na sala 407 do prédio B do
Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Essa agência contém as 288 entrevistas
do Banco de fala VARSUL, além de entrevistas de fala que fazem parte da expansão
do banco (outra faixa etária e outra escolaridade). Atualmente, está armazenando
também um banco de escrita com peças de teatro de escritores catarinenses,
representativos dos séculos XIX e XX, e com redações de alunos do Ensino
Fundamental (cf. Projeto de Extensão: Variação lingüística e ensino de gramática nas
escolas do Ensino Fundamental: um estudo do paradigma pronominal). A agência
VARSUL conta com um acervo bibliográfico e uma sala equipada com 03
computadores, 1 impressora e 1 scanner.
A agência VARSUL da PUCRS localiza-se na Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul, Prédio 8, 4º. Andar, sala 430. Esta Unidade contém a amostra
total do Banco VARSUL em fitas cassete e CD-roms e responsabiliza-se pelo site
oficial do Projeto (http://www.pucrs.br/fale/pos/varsul/index.php). Além do acervo
bibliográfico, há 06 computadores, 03 impressoras, um gravador de CD, 10 gravadores
do tipo cassete e 05 fones de ouvido.
A agência VARSUL da UFPR localiza-se na Universidade Federal do Paraná,
em Curitiba/PR. Esta agência contém uma sala com mesa, dois computadores,
cadeiras e armário para guarda das 288 entrevistas do projeto.
A agência VARSUL da UFRGS localiza-se na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, em Porto Alegre/RS. Esta agência contém uma sala com mesa,
computadores, cadeiras e armário para armazenar todo o acervo do projeto, além de
uma biblioteca setorial.
8 DESCRIÇÃO DA EQUIPE
Nº NOME TITULAÇÃ
O FUNÇÃO NO PROJETO
DEDICAÇÃO
HS/SEMANA
1 Izete Lehmkuhl Coelho
Doutorado COORDENADOR 10
2 Paulino Vandresen
Doutorado PESQUISADOR 10
3 Edair Maria Görski
Doutorado PESQUISADOR 10
4 Leda Bisol Doutorado PESQUISADOR
10
5 Cláudia Regina Brescancini
Doutorado PESQUISADOR 10
6 Gisela Collischonn
Doutorado PESQUISADOR 10
7 Odete Menon
Doutorado PESQUISADOR 10
8
Isabel de Oliveira e Silva
Monguilhott
Doutoranda Pesquisa e inserção de
dados 10
9
Christiane Maria Nunes de Souza
Graduação em Letras
Pesquisa e inserção de
dados 10
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BISOL, Leda. VARSUL: amostra, coleta e transcrição. In: ZILLES, Ana Maria Stahl
(org.). Estudos de variação lingüística no Brasil e no Cone Sul. Porto Alegre: Editora
da URGS, 2005, p. 151-153.
COSTA, Iara Bemquerer. O banco de dados lingüísticos VARSUL e seus usuários. In:
ZILLES, Ana Maria Stahl (org.). Estudos de variação lingüística no Brasil e no Cone
Sul. Porto Alegre: Editora da URGS, 2005, p. 165-170.
LABOV, William. Sociolinguistic Patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania
Press, 1972.
VADRESEN, Paulino. O banco de dados VARSUL: do sonho à realidade. In: ZILLES,
Ana Maria Stahl (org.). Estudos de variação lingüística no Brasil e no Cone Sul. Porto
Alegre: Editora da URGS, 2005, p. 145-149.
VANDRESEN, Paulino e COELHO, Izete Lehmkuhl. Formação e políticas de
disponibilização do banco VARSUL. Trabalho apresentado no II Congresso
Internacional da AILP: Língua portuguesa, identidade, difusão e variabilidade, de 25 a
27 de setembro de 2007, na Faculdade de Letras da UFRJ.
10 DESCRIÇÃO DE TRABALHOS ELABORADOS COM DADOS DO PROJETO
VARSUL7
10.1 Artigos publicados em periódicos
1) Revista Letras de Hoje. Volume 35, n° 1, março de 2000, PUCRS.
BATTISTI, E. A redução variável dos ditongos nasais átonos no português do Sul do
Brasil.
BISOL, L. A elisão, uma regra variável.
COELHO, I. L. A ordem V NP em construções monoargumentais: uma restrição
sintático-semântica.
COLLISCHONN, G. A epêntese vocálica no português do Sul do Brasil: análise
variacionista e tratamento pela teoria da otimalidade.
GÖRSKI, E. Motivações discursivas em competição na ordenação de orações
temporais.
7 Informações mais detalhadas sobre os trabalhos feitos com o banco de dados do VARSUL podem ser encontradas no site: www.pucrs.br/fale/pos/varsul/index.php
HINSKENS, HOUT e WETZELS. Um balanço de dados e teoria no estudo da variação
e da mudança fonológica. Tradução de Marisa do Amaral.
MENON, O. P. S. Pronome da segunda pessoa no Sul do Brasil: tu/você/o senhor em
Vinhas da Ira.
MONARETTO, V. N. O. O apagamento da vibrante pós-vocálica nas capitais do Sul do
Brasil.
SEARA, I. C. Estudo de uma hipótese semântico-pragmática para a omissão de
clíticos pronominais.
SILVEIRA, G. A realização variável do objeto indireto (dativo) na fala de Florianópolis.
TASCA, M. A preservação da lateral alveolar na coda: uma explicação possível.
TAVARES, M. A. Influência de variáveis sociais sobre um fenômeno semântico-
discursivo.
VAZZATA-DIAS, J. F. A concordância de número nos predicativos/particípios passivos
na fala do Sul do Brasil - motivações extra-lingüísticas.
ZILLES, A. M. S. A posposição do sujeito ao verbo no português falado no Rio Grande
do Sul.
2) Revista Letras de Hoje. Volume 40, n° 3, setembro de 2005, PUCRS.
AMARAL, M. P. Ditongos variáveis no sul do Brasil.
BATTISTI, E. Haplologia no português do sul do Brasil: Porto Alegre.
BISOL, L. O clítico e seu hospedeiro.
BRESCANCINI, C. R. e BARBOSA, C. S. A elisão da vogal média /e/ no sul do Brasil.
COLLISCHONN, G. e COSTA, C. F. Ressilabação da lateral pós-vocálica final e sua
limitação prosódica.
MONARETTO, V. N. O. O estudo da mudança de som no registro escrito: fonte para o
estudo da fonologia diacrônica.
QUEDNAU, L. R. Os ditongos do latim ao português.
SCHWINDT, L. C. A forma e uso dos prefixos PRÉ- e PÓS- no português falado no sul
do Brasil.
TASCA, M. A inserção de glide em sílaba travada por /s/.
3) Revista Organon. Volume 14, número 28/29, UFRGS, 2000.
CABREIRA, S. H. A monotongação dos ditongos orais decrescentes no sul do Brasil.
COAN, M. Configurando os contextos de ocorrência dos pretéritos perfeito e mais-que-
perfeito.
COELHO, I. L. Sobre a natureza do verbo monoargumental na ordem V NP.
COSTA, I. B. Cadeias referenciais no português falado.
GÖRSKI, E. M. Variação no uso de infinitivo pessoal.
GUY, G. R. A identidade lingüística da comunidade de fala: paralelismo interdialetal
nos padrões da variação lingüística.
LEIRIA, L. L. A ditongação variável em sílabas tônicas finais travadas por /s/.
MENON, O. P. S. Uso do pronome sujeito de primeira pessoa no português do Brasil.
SEARA, I. C. A variação do sujeito nós e a gente na fala florianopolitana.
VAZZATA-DIAS, J. F. e FERNANDES, M. A inter-relação da concordância nominal e
da concordância nos predicativos/particípios passivos sob o enfoque da teoria da
variação e mudança lingüística.
ZILLES, A. M. S. et alii. A concordância verbal com a primeira pessoa do
plural na fala de Panambi e Porto Alegre, RS.
4) Revista Organon. Volume 18, número 36, UFRGS, 2004.
BATTISTI, E. Haplologia sintática e efeitos de economia.
BRESCANCINI, C. R. A aspiração da fricativa em posição de coda no dialeto
florianopolitano - variação e teoria.
COSTA, C. F. A vocalização da lateral pós-vocálica como fenômeno neogramático do
nível pós-lexical.
SCHWINDT, L. C. e COLLISCHONN, G. Harmonia vocálica variável no sistema verbal
do português do sul do Brasil.
10.2 Capítulos publicados em livros
1) Fonologia e Variação: recortes do português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRS,
2002
AMARAL, M. P. A síncope em proparoxítonas: uma regra variável.
BATTISTI, E. A redução dos ditongos nasais átonos.
BISOL, L. A degeminação e a elisão no VARSUL.
BRESCANCINI, C. R. A análise da regra variável e o programa VARBRUL 2S.
COLLISCHONN, G. A epêntese vocálica no português do Sul do Brasil.
MONARETTO, V. A vibrante pós-vocálica em Porto Alegre.
QUEDNAU, L. R. A síncope e seus efeitos em latim e em português arcaico.
SCHWINDT, L. C. A regra variável de harmonização vocálica no RS.
TASCA, M. Variação e mudança do segmento lateral na coda silábica.
VIEIRA, M. J. B. As vogais médias postônicas: uma análise variacionista.
2) Variação e Mudança no Português Falado da Região Sul. Pelotas: EDUCAT, 2002
COELHO, I. L. e VANDRESEN, P. Ali encostava o navio Hoepcke e o navio Hoepcke
encostava ali: sobre os preenchedores locativo/temporais em construções
inacusativas.
DAL MAGO, D. e GÖRSKI, E. M. "Quer dizer": um elemento lingüístico com múltiplas
funções.
GÖRSKI, E. M. et alii. Variação nas categorias verbais de tempo e modo na fala de
Florianópolis.
MENON, O. P. S. e LOREGIAN-PENKAL, L. Variação no indivíduo e na comunidade:
tu/você no sul do Brasil.
MONGUILHOTT, I. O. S. e COELHO, I. L. Um estudo da concordância verbal de
terceira pessoa em Florianópolis.
TAVARES, M. A. e GÖRSKI, E. M. Disputa por um lugar ao sol: conectores
seqüenciadores na fala de Florianópolis.
ZILLES, A. M. S. e FARACO, C. A. Considerações sobre o discurso reportado em
corpus de língua oral.
3) Teoria Lingüística - Fonologia e outros temas. João Pessoa: Editora Universitária,
2003.
HORA, D. e MONARETTO, V. N. O. Enfraquecimento e apagamento dos róticos.
BRESCANCINI, C. R. A palatalização da fricativa em posição de coda no dialeto
florianopolitano: variáveis lingüísticas.
TASCA, M. O plural dos nomes terminados em -l: um estudo variacionista.
GÖRSKI, E. M. e COELHO, I. L. Efeitos da definitude/especificidade e do estatuto
informacional sobre o sn-sujeito: algumas considerações.
4) Variação, mudança e contato lingüístico no português da Região Sul. Pelotas, RS:
EDUCAT, 2006.
ARDUIN, J. e COELHO, I. L. A variação dos possessivos teu e seu e suas implicações
estilísticas.
COAN, M. Tempos variáveis: os pretéritos mais-que-perfeito simples e composto e
perfeito simples em variação e mudança do século XVI ao século XX.
COELHO, I. L.; MONGUILHOTT, I.; COSTA, S.; MARTINS, M. A. e SILVA, G. M. O
estatuto das construções inacusativas no PB: por trás das freqüências.
GÖRSKI, E. e FREITAG, R. M. Marcação e comportamento sociolingüístico de
marcadores discursivos interacionais na fala de Florianópolis.
5) Funcionalismo e gramaticalização: teoria, análise, ensino. João Pessoa: Idéia, 2004.
p. 29-64.
GÖRSKI, E.; ROST, C. e DAL MAGO, D. Aspectos pragmáticos da mudança via
gramaticalização.
6) Português brasileiro: contato lingüístico, heterogeneidade e história. Rio de Janeiro:
7 Letras, 2003. p.106-122.
GÖRSKI. E.; GIBBON, A.; VALLE, C.; DAL MAGO, D. e TAVARES, M. A. Fenômenos
discursivos: resultados de análises variacionistas como indícios de gramaticalização.
7) Estudos de variação Lingüística no Brasil e no Cone Sul. Porto Alegre: Editora da
UFRGS, 2005.
VANDRESEN, P. O Banco de dados VARSUL: do sonho à realidade.
BISOL, L. VARSUL: amostra, coleta e transcrição.
KNIES, C. B. Os programas Editor e Interpretador do VARSUL.
COSTA, I. B. O Banco de Dados Lingüísticos VARSUL e seus usuários.
10.3 Teses de doutorado e dissertações de mestrado elaboradas com dados do
projeto VARSUL:
10.3.1 Teses de doutorado
1) Variação Fonológica
Os Clíticos Pronominais no Português Brasileiro e sua Prosodização
Luciene Bassols Brisolarai
A fricativa palato-alveolar e sua complexidade: uma regra variável
Cláudia Regina Brescancini
A lateral em coda silábica no Sul do Brasil
Maria Tasca
Um reestudo da vibrante: Análise variacionista e fonológica
Valéria Neto de Oliveira Monaretto
Em busca da palavra prosódica
Lúcia Lovato Leiria
2) Variação Sintática
O apagamento de Se nas funções sujeito e objeto: um estudo variacionista com
dados do Varsul do Paraná.
Grace dos Anjos Freire Bandeira
As ocorrências do modo subjuntivo nas entrevistas do VARSUL no estado do
Paraná e as possibilidades de variação com o modo indicativo
Edson Domingos Fagundes
(Re) análise da referência de segunda pessoa na fala da região Sul
Loremi Loregian-Penkal
As leituras aspectuais da forma do progressivo do português brasileiro
Teresa Cristina Wachowicz
A ordem V DP em construções monoargumentais: uma restrição sintático-
semântica.
Izete Lehmkuhl Coelho
3) Estudo Sociofuncionalista
A expressão do passado imperfectivo no português: Variação/gramaticalização e
mudança.
Raquel Meister
A gramaticalização de e, aí, daí e então: estratificação/variação e mudança no
domínio funcional da seqüenciação retroativopropulsora de informacões. Um estudo
sociofuncionalista.
Maria Alice Tavares
As categorias tempo, aspecto, modalidade e referência na significação dos
pretéritos mais-que-perfeito e perfeito: correlações entre função(ões) - forma(s) em
tempo real e aparente.
Marluce Coan
10.3.2 Dissertações de mestrado
1) Variação Fonológica
A monotongação dos ditongos orais decrescentes em Curitiba, Florianópolis e
Porto Alegre
Sílvio Henrique Cabreira
A palatalização das oclusivas dentais /t/ e /d/ nas comunidades bilíngües de
Taquara e Panambi - RS - Análise Quantitativa.
Alice Telles de Paula
Estudo do Rotacismo: variação entre as consoantes líquidas.
Luciane Trennephol da Costa
Alçamento das Vogais Médias Pretônicas sem Motivação Aparente.
Patrícia Klunck
A degeminação dos clíticos portadores de vogal média final /e/ e /o/ na capital e na
fronteira do Rio Grande do Sul.
Éverson Ribas da Rocha
A elisão da vogal média /o/ Porto Alegre-RS e Curitiba-PR.
Ana Paula Mello Alencastro
A elisão da vogal média /e/ no Sul do Brasil: uma regra variável.
Cláudia Soares Barbosa
A palatalização das oclusivas dentais em São Borja.
Lisiane Buchholz Pires
Harmonização vocálica: análise variacionista em tempo real.
Graziela Pigatto Bohn Casagrande
A degeminação no interior do vocábulo.
Daniela Borsatos
A variação das oclusivas dentais na comunidade bilíngüe de Flores da Cunha: uma
análise quantitativa.
Marco Antônio Bomfoco de Almeida
Apagamento da vibrante pós-vocálica em Porto Alegre.
Hilaine Gregis
A palatalização das oclusivas dentais /t/ e /d/ nas comunidades de Porto Alegre e
Florianópolis: uma análise quantitativa.
Fernanda Kamianecky
Elevação da vogal média átona final em comunidades bilíngües: português e
italiano.
Suzana Damiani Roveda
A palatalização da fricativa alveolar não-morfêmica em posição de coda no
português falado em três regiões de influência açoriana do município de Florianópolis -
uma abordagem não-linear.
Cláudia Regina Brescancini
A harmonia vocálica em dialetos do sul do país: uma análise variacionista
Luiz Carlos da Silva Schwindt.
Formação de ditongo em sílaba travada por /s/ na linguagem coloquial gaúcha.
Vera Helena Dantee de Mello
Neutralização das vogais médias postônicas.
Maria José Blaskorviski Vieira
Elevação das vogais médias pretônicas em sílaba inicial de vocábulo na fala
gaúcha.
Elisa Battisti
A lateral pós-vocálica no português gaúcho: análise variacionista e representação
não-linear.
Laura Rosane Quednau
A vibrante: representação e análise sociolingüística.
Valéria Neto de Oliveira Monaretto
Redução vocálica postônica e estrutura prosódica.
Cristina Job Schmitt
2) Variação Morfológica
A concordância nominal em Porto Alegre.
Sandra Beatriz Koelling
3) Variação Sintática
A expressão do modo imperativo em dialeto gaúcho: uma regra variável.
Daniela Cardoso
Entre estrutura, variação e mudança: uma análise sincrônica das construções com
-se indeterminador no PB.
Marco Antônio Martins
A variação dos pronomes possessivos de segunda pessoa do singular teu/seu na
Região Sul do Brasil.
Joana Arduin
A variação da preposição para na fala de Porto Alegre.
Leonardo Zechlinski Maya
A variação na concordância verbal da terceira pessoa do plural.
Liege Therezinha Vogt Barden
A sintaxe dos clíticos pronominais do dialeto gaúcho atual.
Márcia Silva de Castro
A realização do sujeito pronominal: um estudo sociolingüístico paramétrico para a
cidade de Londrina - norte do Paraná.
Maridelma Laperuta
Alternância pronominal nós/a gente no interior de Santa Catarina.
Andréa Maristela Bauer Tamanine
Estudo sociolingüístico dos pronomes-objeto de primeira e de segunda pessoas
nas três capitais do Sul do Brasil.
Cristiane Dias de Lima Dalto
Preposições do português brasileiro: um estudo freqüencial.
Eduardo Diório Junior
A variação dos pronomes sujeito: 'nós' e 'a gente' na fala de informantes
florianopolitanos.
Dayse C. Laureano
Variação na concordância verbal de terceira pessoa do plural na fala dos
florianopolitanos.
Isabel de Oliveira e Silva Monguilhott
O uso variável do quantificador universal no sintagma nominal na língua falada de
Florianópolis.
Ângela Back
A ordem verbo/sujeito no português falado do Rio Grande do Sul.
Cristiane Alberton
Concordância verbal do pronome 'tu' no interior do estado de Santa Catarina.
Telma Acácia Pacheco Hausen
Segunda e terceira pessoa - o pronome possessivo em questão: uma análise
variacionista.
Alexandre Sebastião Ferrari Soares
A indeterminação do sujeito no interior paranaense: uma abordagem
sociolingüística.
Maria Alice Maschio de Godoy
O pronome tu: uma das marcas da linguagem do gaúcho.
Dirce Welchen
A elipse do sujeito pronominal na linguagem falada do Paraná - uma análise
variacionista.
Jacqueline Ortelan Maia Botassini
A indeterminação do sujeito nas três capitais do Brasil.
Adriane Cristina Ribas Setti
Ocorrências do objeto direto e indireto nas três capitais do sul do Brasil: clíticos,
pronomes lexicais e ausência de preenchimento.
Edson Domingos Fagundes
A concordância de número nos predicativos e nos particípios passivos na fala da
região sul: um estudo variacionista.
Juçá Fialho Vazzata Dias
Concordância verbal com o pronome 'tu' na fala do sul do Brasil.
Loremi Loregian
Concordância nominal na Região Sul.
Marisa Fernandes
O pronome ético: uma característica dialetal.
Neires Maria Soldatelli Pairani
4) Estudo Sociofuncionalista
Variação no uso do pretérito imperfeito (indicativo e subjuntivo) na função de
cotemporalidade a um tempo de referência passado.
Rosemary de Fátima de Assis Domingos
'Bom' e 'bem' e suas multifunções na fala da região sul do Brasil.
Ladigenia Tereza Martins
Gramaticalização e variação de 'acho (que)' e 'parece (que)' na fala de
Florianópolis.
Raquel Meister Ko. Freitag
'Olha' e 'veja': multifuncionalidade e variação.
Cláudia A. Rost
'Sabe' ~ 'Não tem?' ~ 'Entende?': itens de origem verbal em variação como
requisitos de apoio discursivo.
Carla Regina Valle
Anterioridade a um ponto de referência passado: pretérito (mais-que-) perfeito.
Marluce Coan
Construções de alçamento a sujeito: uma análise com base em corpus de fala e
escrita.
Maryualê M. Mittmann
Um estudo variacionista de aí, daí, então e e como conectores seqüenciadores
retroativo-propulsores na fala de Florianópolis.
Maria Alice Tavares
A expressão do tempo futuro na língua falada de Florianópolis: gramaticalização e
variação.
Adriana de Oliveira Gibbon
Expansão e redução de cláusulas infinitivas na fala de Florianópolis
Diomara Finck.
A alternância entre o futuro do pretérito e o pretérito imperfeito na fala de
Florianópolis.
Tereza Santos da Silva
Construções bi-transitivas em português: forma e função.
Isaura Maria Longo Naumann
Variação no presente do modo subjuntivo: uma abordagem discursivo-pragmática
Tatiana S. Pimpão
5) Sociolingüística
Marcas da história: características dos imigrantes italianos na fala de Chapecó.
Marizete Bortolanza Spessato
A redução da nasalidade em ditongos de sílaba átona em final de vocábulo entre
falantes bilíngües e monolíngües do Rio Grande do Sul.
Taís Bopp da Silva
6) Sintático-Discursivo-Pragmática
'Quer dizer': percurso de mudança via gramaticalização e discursivização.
Diane Dal Mago
ASSIM se fala, ASSIM se escreve.
Madelaine Gasparini
Tudo: multifuncionalidade e definitude.
Daiane Martins de Oliveira
7) Lingüística do Texto
A progressão referencial - anafórica na fala cotidiana.
Milton Francisco da Silva