ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇAO CAMPO MOURÃOCOLÉGIO ESTADUAL LUZIA GARCIA VILLAR – EFM/EJA
Rua: Pernambuco 488- Centro - Barbosa Ferraz /PR Fone/fax : (44) 3275 15 14 E-mail: [email protected]
COLÉGIO ESTADUAL LUZIA GARCIA VILLAR – ENSINO FUNDAMENTAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
“ O real não está na chegada, nem na partida...ele se dispõe pra gente no
meio do caminho.” Scudero
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Sumário1 APRESENTAÇÃO............................................................................................................................52. IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO..................................................................................................8
2.1 NÍVEIS, MODALIDADES E HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO...................................9
3 CORPO ADMINISTRATIVO, DOCENTE E TÉCNICO PEDAGÓGICO:....................................94 ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO.....................................................................................9
4.1 OS DIRETORES.....................................................................................................10
5 ESPAÇO FÍSICO............................................................................................................................116. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO....................................................................................137. MARCO SITUACIONAL..............................................................................................................15
7.1 DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, ESTADO, MUNICÍPIO E DA ESCOLA......15
7.1.1 IDEB OBSERVADO E PROJEÇÃO BRASIL...............................................................187.1.2 PROVA BRASIL - 2009...................................................................................................197.1.3 IDEB OBSERVADO E PROJETADO - PARANÁ.........................................................207.1.4 IDEB OBSERVADO E PROJETADO – BARBOSA FERRAZ.....................................207.1.5 IDEB OBSERVADO E PROJETADO - C.E. LUZIA GARCIA VILLAR 2007...........207.1.6 IDEB OBSERVADO E PROJETADO - C.E. LUZIA GARCIA VILLAR 2009...........207.1.7 RESULTADOS ANO LETIVO 2010:..............................................................................21
8.MARCO CONCEITUAL................................................................................................................238.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO................................................................................27
9. MARCO OPERACIONAL............................................................................................................309.1 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO...............................................................................35
10. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO:..............................................................3510.1 PDE - ÁREA DE ESTUDO: LÍNGUA PORTUGUESA................................................35
10.2 PDE - ÁREA DE ESTUDO: CIÊNCIAS....................................................................44
10.3 PROJETO PROFESSORAS PDE 2010/2011...........................................................50
10.4 AÇÕES PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA...........................51
10.4.1 FÓRUM, PUBLICAÇÃO E ESTUDOS DO REGIMENTO ESCOLAR E REGULAMENTO INTERNO :.................................................................................................5110.4.2 REUNIÕES BIMESTRAIS - ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA NA VIDA ESCOLAR:.................................................................................................................................5210.4.3 PREVENÇÃO E USO INDEVIDO DE DROGAS........................................................52
11. AÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E AO ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA AFRICANA E/OU INDÍGENA:.......................................................................................................................................5212.MARCO OPERACIONAL...........................................................................................................53
12.1 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO...........................................................................53
12.2 PLANO DE AÇÃO EQUIPE PEDAGÓGICA.............................................................56
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12.3 FUNÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS............................................................57
12.4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO.........58
12.5 REFERÊNCIAS....................................................................................................59
13. ANEXOS......................................................................................................................................6113.1 MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS OFERTADOS.....................................62
13.1.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL MANHÃ.........................6213.1.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL TARDE...........................6313.1.3 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO MANHÃ ....................................................................................................................................................6413.1.4 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO TARDE............................................65
13.2 PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.....67
13.2.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE...............6913.2.2 PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA.....9113.2.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS.....10313.2.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA..................12213.2.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO ESCOLAR..........................................................................................................13313.2.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA . .14313.2.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA...........15413.2.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA..................................................................................................................................................17313.2.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA....19313.2.10 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA......20813.2.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA..................................................................................................................................................24613.2.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA....27313.2.13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA ..................................................................................................................................................28313.2.14 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LINGUA INGLESA..................297
13.3 ATA DE APROVAÇÃO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO...................................312
13.4 ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.............................313
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1 APRESENTAÇÃO
Ao construirmos o Projeto Político Pedagógico da escola, colocamos nele nossas
intenções, nossas metas, nossos sonhos, nossa missão para a educação, enfim o que pretendemos
mudar, o que tencionamos realizar. Lançamo-nos para um futuro diferente, com base no presente.
O Projeto Político Pedagógico, além de dar suporte a qualquer ação educativa
desenvolvida na escola, pretende retratar a realidade que permeia este estabelecimento de ensino,
bem como oportunizar a conquista de sua identidade que é própria, única e passa pela sua
autonomia.
Pois a identidade da escola justifica-se em possibilitar à população o acesso ao saber
elaborado. Sua autonomia está na conquista do espaço necessário, bem como no compromisso e
responsabilidade de todos, para solucionar os problemas do ensino/aprendizagem recebendo
assistência técnica pedagógica e financeira das instâncias superiores, observando a legislação
vigente.
Considerando as decisões coletivas abertas à participação da sociedade civil através
das Instâncias Colegiadas: Conselho Escolar e da Associação de Pais, Mestres e Funcionários,
Grêmio Estudantil e das parcerias com o poder público dos segmentos da sociedade, principalmente
ouvindo os alunos, professores em seu cotidiano, e todos os que participam do processo educativo
deste estabelecimento.
O Projeto Político Pedagógico funciona como princípio orientador do trabalho
escolar, respaldando as ações da Proposta Curricular a qual deverá estar em consonância com a Lei
9394/96, devendo constituir-se como um processo permanente, de reflexão e discussão dos
problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade,
proporcionando a vivência democrática necessária à participação de todos os membros da
comunidade escolar.
Buscar uma educação de qualidade, que consiga subsidiar o educando a dar
continuidade aos estudos para que possa ser um cidadão atuante na sociedade, transformando e
ressignificando o saber historicamente acumulado, embasado em conhecimentos teórico-científicos
é proposta fundamental. Para alcançar este objetivo, a Proposta pedagógica é amparada pela
Constituição Federal e pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, que
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garantirá condições de infra-estrutura para o desenvolvimento do processo educativo. Assegurar
condições adequadas ao ensino e a permanência do aluno na escola, com uma formação de
qualidade, em todos os níveis e etapas do ensino, dando atenção às especificidades e às diversidades
culturais concretizando com uma educação democrática que atenda as necessidades do educando.
Garantir ao longo do processo educativo o atendimento à diversidade social, econômica, cultural ,
em uma proposta de ensino que reconheça e valorize o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem de modo a contemplar a participação de todos os alunos, considerando seus
conhecimentos prévios e suas necessidades linguísticas.
Os resultados de todo trabalho realizado, são analisados dentro do processo de
avaliação, observados nos princípios dispostos na Deliberação 007/99 de 09/04/99, a qual define e
regulamenta a Avaliação de Aprendizagem e Recuperação de Estudos que deverá constituir um
conjunto integrado ao processo de ensino, ofertada a todos os alunos que não atingirem a nota
integral, utilizando instrumentos diversificados, possuindo valor substitutivo, prevalecendo sempre
a maior nota.
O Pré-conselho e o Conselho de Classe, dentro dessa proposta de avaliação do
processo ensino e aprendizagem, constitui-se num momento de espaço de avaliação coletiva do
trabalho pedagógico e da ação docente, exigindo uma tomada de decisões relativas aos
encaminhamentos necessários, para a superação de dificuldades detectadas ao decorrer do bimestre.
A escola propicia ainda, a adoção do regime de Progressão Parcial, que permite ao
aluno cursar a série seguinte mesmo quando este fica em Dependência em até três disciplinas,
cursando em horário adverso ao turno freqüentado, com plano especial de estudo que integra a pasta
individual do aluno. O aluno contemplado pela progressão parcial em três disciplinas estará
reprovado, caso não passe em nenhuma delas, não podendo assim, acumular disciplinas para o ano
seguinte.
As adaptações Curriculares fazem parte do processo educacional, buscando soluções
para as necessidades específicas dos alunos, favorecendo a inclusão, evitando a centralização das
deficiências e limitações do aluno. Sendo a adaptação curricular um conjunto de modificações que
se realizam nos conteúdos, critérios e procedimentos de avaliação, atividades e metodologias para
atender as diferenças individuais dos alunos. Adotando esse procedimento a escola vem procurando
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respostas educativas, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre estes, os que apresentam
necessidades educativas especiais.
Para o sucesso da permanência e do aproveitamento educacional do aluno , este
estabelecimento de ensino, promove também a Adaptação de Estudos que é realizada na escola,
durante o período letivo, com base na fundamentação legal da Deliberação nº 09/01.
Para a execução de uma ação docente de qualidade que venha atender as
necessidades do educando, esta escola conta hoje, com um Corpo Docente de nível muito bom,
todos os profissionais, possuem habilitação e especialização em sua área de atuação e, participam
assiduamente de cursos de capacitação, buscando em todas as instâncias colaborar para a
implementação e execução da Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino.
Momentos de reflexão, discussão e revisão dessa ação docente, são proporcionados em: reunião
pedagógicas, reuniões com os pais e comunidade escolar para análise de aproveitamento de ensino
e reuniões técnicas administrativas bimestrais, bem como, a Hora Atividade do professor, também
utilizada para momentos de interação e análise das Atividades Educativas em execução na escola.
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2. IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO
1 – Denominação da Instituição: 00013
Colégio Estadual Luzia Garcia Villar – Ensino Fundamental e Médio
2 – Endereço completo
Rua: Pernambuco, 488.
3 – Bairro/Distrito
Centro
4 – Município: 0250
Barbosa Ferraz
5 – NRE: 05
Campo Mourão
6 – CEP
86960-000
7 –Caixa Postal 8 – DDD
044
9 – Telefone
3275-1514
10 – Fax
(44) 3275-1514
11 – E-mail
12 – Site
www.bbfluziavillar.seed.pr.gov.br
13– Entidade mantenedora
Governo do Estado do Paraná
14 – Dependência Adm: 02 15 – CNPJ/MF
76.416.965/0001-21
16-Distancia do NRE: 70 km 18 – Assinatura
Direção
17 – Local e data
Barbosa Ferraz, Fevereiro de 2012.
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2.1 NÍVEIS, MODALIDADES E HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO
NÍVEL MODALIDADE HORÁRIOS
ENSINO FUNDAMENTAL
( ANOS FINAIS)
REGULAR *MATUTINO – 07h30min -11h50min
* VESPERTINO – 12h50min – 17h10min
ENSINO MÉDIO REGULAR
*MATUTINO – 07h30min -11h50min
* VESPERTINO – 12h50min – 17h10min
– FUNDAMENTAL - Fase II
_ ENSINO MÉDIO
EJA
* NOTURNO – 18h50min – 11h00min
3 CORPO ADMINISTRATIVO, DOCENTE E TÉCNICO PEDAGÓGICO:
Cargo Quantidade VínculoDiretor 01 QPMDiretor Auxiliar 01 QPMSecretário 01 QPMProfessor Pedagogo 03 QPMAgentes Educacionais I 11 QPMAgentes Educacionais II 05 QPMDocentes 53 QPM
4 ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO
Resoluções 1.521/89 de 12 de junho de 1.989 e 1.762/93 de 06 de abril de 1.993, em
funcionamento a partir de 16 de junho de 1989.
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A partir de 1.989, de acordo com a Deliberação n.º 028/88, da Câmara de Ensino de
1º Grau, aprovada em 07 de outubro de 1988, este estabelecimento passa a ofertar o Ciclo Básico
de Alfabetização que amplia o tempo destinado à alfabetização através de um “continuum”
formado pelas duas séries iniciais, insere práticas pedagógicas embasadas em metodologias
inovadoras e estabelece a avaliação descritiva, diagnóstica e cumulativa. Com a implantação do
CBA, a escola passa a ofertar o contra-turno, que constitui num acréscimo de duas horas de estudo
em período adverso para os alunos que apresentam defasagem de conteúdos.
No ano de 1994, respaldada pela Deliberação nº 033/93 de 12 de novembro de 1.993,
a Escola amplia o Ciclo Básico de Alfabetização, passando então a ofertar o CBA 04 anos, a
diferença é que agora, além do contra-turno, o CBA implanta os projetos: Educação Física e
Educação Artística com professores específicos e habilitados nestas disciplinas.
A partir da publicação da Del. 3.120/98 DE 11/09/98, esta Escola passa a denominar-
se Escola Estadual Luzia Garcia Villar - Ensino Fundamental. No final do ano de 2001 cessou a
oferta do Ciclo Básico de Alfabetização através da Resolução 3034/2001, conforme Parecer
2347/2001/CEF, o CBA 04 anos é municipalizado e a escola continua ofertando o ensino de 5ª a 8ª
série do Ensino Fundamental no período diurno e a Educação de Jovens e Adultos - EJA. Ensino
Fundamental Fase II e Ensino Médio, presencial, individual e coletivo por Disciplina, no turno
Noturno.
No ano de 2007 este Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se Colégio
Estadual Luzia Garcia Villar – Ensino Fundamental e Médio, através da Resolução 3728/2007 de
29/08/2007.
4.1 OS DIRETORES
Retratando historicamente o quadro de diretores, a princípio e atendendo a
conjuntura política da época, teve seus primeiros diretores indicados e ou nomeados. Sendo eles: a
Professora Odette Massaroni da Silva, Diretora do então Grupo Escolar Barbosa Ferraz, José Arno
Turke, Henorá Aparecida Gasparotto Buim, Cleide Maria da Silva Antunes, Maria Tereza Cobra de
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Carvalho, Maria Lázara da Silva Costa. Neste período as gestões não tinham tempo determinado,
cada diretor permanecia durante o tempo que atendesse e interessasse ao sistema.
No ano de 1984, inaugura-se um novo tempo no que se refere à direção das escolas
públicas no Estado do Paraná. É aprovada pela Assembléia Legislativa do Estado, a Lei n.º 7.961 de
21 de novembro de 1.984, de autoria do Deputado Rubens Bueno que regulamenta a eleição para
diretores das escolas públicas estaduais. Assume neste ano, através de consulta à comunidade, a
Professora Mariza José Machado que foi reconduzida por diversas vezes permanecendo no cargo
até 1996. Em 08 de janeiro de 1996 com a aprovação de 96% da comunidade escolar, através de
eleição, assume a direção a Professora Áurea Silveira Pohlman Zibetti para dirigir o
estabelecimento por um período de dois anos. Tendo cumprido com êxito este mandato, e,
recebendo o apoio da comunidade escolar pela seriedade com que desempenhou a função que lhe
fora confiada, em outubro de 1.997, a professora Áurea concorre novamente ao cargo e como
candidata única, obtém grande aceitação, perfazendo um total de 89,4% dos votos. Seu outro
mandato teve início em 1.998 e seu término previsto para dezembro do ano 2.000. A professora
Áurea continuou sua gestão que foi prorrogada até 2002. Foi eleita mais uma vez no ano de 2003,
onde teria seu mandato até final de 2005, interrompeu a sua gestão com o pedido da aposentaria,
encerrando suas atividades em maio/2005. Assumindo o seu lugar o Diretor-Auxiliar Professor Jair
Pedro da Silva até o final de seu mandato. Sendo eleito e reeleito por mais dois mandatos
consecutivos permanecendo na Direção do Colégio até o presente momento.
5 ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual Luzia Garcia Villar - Ensino Fundamental e Médio, localizado à
Rua Pernambuco, 488, centro, possui um terreno de 11.025m2, cuja área construída é de 2500m2. O
prédio possui: 14 salas de aula, todas em alvenaria e em boas condições de uso, equipadas com
carteiras, quadro branco, armários e mesa para o professor, uma Sala de Apoio à Aprendizagem e
uma Sala de Recursos. A cozinha encontra-se em boas condições e equipada para o uso, possui um
depósito de merenda, e sanitários destinados ao uso dos funcionários Agentes de Apoio I.
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A área do prédio destinado ao setor administrativo atende deficitariamente às
necessidades reais, estando disposta da seguinte maneira: duas salas destinadas a Laboratório de
Informática, uma sala da vice-direção e entrada para dar acesso às demais dependências
administrativas. O setor administrativo conta ainda com uma sala para a Direção, outra para Equipe
Pedagógica , uma sala para hora atividade, equipada com computadores, e Sala para os Professores.
A secretaria e a Sala para Equipe pedagógica funcionando em espaços que ainda não são
compatíveis com suas reais necessidades, para atendimento e arquivamento de documentos.
Em 1998, foi realizada a adequação do piso bem como a cobertura da quadra de
esportes, isto veio proporcionar melhoria na qualidade das aulas de educação física, bem como a
participação mais efetiva da comunidade na escola através do esporte. Em 2008 passamos
novamente por uma ampla reforma com nova pintura e adequação de espaços, com a ampliação das
arquibancadas, construção do vestiário e de um palco na quadra de esportes, para propiciar local
adequado às atividades culturais, a prática desportiva e recreativa.
Para melhorar a qualidade das aulas de Educação Física, pois há grande demanda de
alunos no mesmo período ,necessitaríamos de mais uma quadra poli esportiva. Pois, há momentos
em que coincidem dois professores no mesmo horário de aula.
Quanto às áreas livres, a escola dispõe de um pátio interno sem cobertura , utilizado
para organização das turmas, a serem conduzidas para as salas de aula, execução de Hinos Pátrios, e
repasse de avisos da direção aos alunos. Este pátio embora pequeno para atender à demanda de
alunos, é utilizado também para a prática de educação física e atividades de lazer. Há ainda um
pátio coberto que deveria ser utilizado como refeitório, porém por não acomodar toda a clientela,
não cumpre tal função sendo utilizado apenas como via de acesso às salas de aula e sanitários
destinados aos alunos.
Para melhor atender os alunos, conter a violência e visando uma integração da
comunidade escolar durante o recreio e horários vagos, foram construídas mesas de concreto para
leituras, mesas para jogar ping-pong, e delimitou-se um mini campo de futebol; a criação desses
espaços possibilita organizar melhor o recreio dos educandos.
No momento, estamos passando por uma reorganização e revitalização do espaço
físico do colégio, através de implementação de um Projeto na disciplina de Ciências com uma
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professora _PDE (Projeto de Desenvolvimento Educacional), organizando principalmente a entrada
do colégio.
6. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
Descendentes direta ou indiretamente de europeus, a população se constitui em sua
maioria de brancos, seguida de mulatos, negros e mestiços. Por estar geograficamente bem
localizado e possuir bons recursos naturais, destacando-se o solo (terra roxa) favorável à
agricultura, especialmente o cultivo do mentol, o município tornou-se área de atração populacional,
ocorrendo nesta fase intenso fluxo migratório, o que contribuiu para a pluralidade cultural e étnica.
Destacando-se a princípio a migração mineira, sendo acompanhada por paulistas e gaúchos. Bem
mais tarde é que vieram os nordestinos.
Podemos citar como pioneiros os senhores: Joaquim Rodrigues Júnior (Quincas),
João Caetano de Menezes, Manoel Maurício dos Santos, Augusto Ferreira de Souza, José Caetano
Coelho, Otacílio Gonçalves Pereira, Alcides Ferreira, João Massaroni, João Aureliano, Brasilino
Fracioli, Mário Chináglia, Antônio Gaspar da Silva, Osmar Ferreira, Antonio Pinto Barbosa, José
Pinto Barbosa, Ovídio Pinto Barbosa, João Pinto Barbosa e outros.
Final da década de 60 e início dos anos setenta terminam aqui, o ciclo do mentol
cultura que concedeu ao município o título de: Capital Mundial da Menta e inicia-se o ciclo das
lavouras anuais, do café e da formação de pastagens destinadas à pecuária. É o início do êxodo
rural, não só no município como também em toda a região. Como conseqüência ocorre o
enfraquecimento do comércio e uma estagnação no progresso do município.
É importante salientar que o município vem sendo duramente penalizado. No
passado o lucro proveniente da cultura da menta, por deficiência na fiscalização não beneficiou o
município e sim os atravessadores, principalmente de Maringá. Barbosa Ferraz levou o título e
Maringá os lucros.
A redução na renda familiar, por falta de opção na área econômica, e uma
transformação nos valores culturais leva as famílias a prática de um maior controle da natalidade a
mudança das famílias em busca de melhores condições de vida ou de opções de estudo, contribui
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para uma considerável redução na população do município que passa de 37.455 habitantes na
década de 70 para 12.466 habitantes conforme dados do senso de 2010.
Segundo dados estatísticos de 1.993, ocorreram uma inversão significativa em
relação à concentração populacional, sendo atualmente, maior o número da população urbana,
comerciários, operários das poucas fábricas aqui existentes, trabalhadores do mercado informal e
uma grande parte de trabalhadores volantes (“bóias frias”), estes últimos fazendo o caminho
inverso, cidade - campo. Entre os setores produtivos que demandam maior oferta de mão de obra
volante está na cana-de-açúcar e as lavouras de café. É importante salientar que estes trabalhadores
percorrem todos os dias, longos trajetos até outros municípios (local de trabalho).
Em 1.997 mediante nova contagem da população, constatou-se que de um universo
de 8.667 pessoas entrevistadas, 66,2% somos provenientes do próprio Estado, os demais são:
17,86% mineiros, 6,87% paulistas, 1,80% baianos, 1,44% gaúchos, 1,25% capixabas, seguidos por
alagoanos, catarinenses, pernambucanos, rondonienses, potiguares, roraimenses, paraibanos, e
estrangeiros (Fonte: Prefeitura Municipal).
Para caracterizar melhor o perfil do aluno o Colégio aplicou um questionário Sócio-
econômico e Cultural, realizado com pais da comunidade escolar deste Estabelecimento de Ensino,
com o objetivo de colher dados para a elaboração do Projeto Político Pedagógico apresentou o
seguinte resultado:
Quanto à profissão do pai prevaleceu a grande maioria sendo agricultor, e as mães do
lar, e entre as profissões que mais apareceram entre as mães foi a de doméstica e de diarista.
Constatou-se ainda com a aplicação do questionário sócio-econômico que os nossos
alunos possuem uma renda familiar entre um e dois salários mínimo, e que essas mesmas famílias
participam de algum programa de governo tais como: bolsa família, Vale-gás, PETI, e
principalmente bolsa escola.
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Quanto à escolaridade dos pais, a pesquisa comprova ainda que os pais cursaram
apenas o ensino de 1ª a 4ª série, e que poucos conseguiram concluir de 5ª a 8ª série e o ensino médio
os concluintes tem uma percentagem muito baixa. Ainda hoje a religião Católica prevalece na
maioria dos lares dos nossos educandos entrevistados.
O ponto positivo desta pesquisa é que a maioria dos educandos pertencem à famílias
constituídas de pai e mãe, sendo a minoria criada ou educados pelos tios, avós ou outros. Isto não
quer dizer que não tenhamos problemas de afetividade entre os alunos, pois, sabemos que este é o
mal do mundo moderno, quando se trata de famílias de trabalhadores que muitas vezes saem de
casa com o dia amanhecendo e só retornam ao entardecer, deixando assim seus filhos sozinhos, ou
sob a responsabilidade do filho mais velho.
No questionário sócio - econômico-cultural foi feita a seguinte pergunta: O que está
faltando em sua comunidade? A resposta desta questão foi que as pessoas necessitam ter mais paz,
união, compreensão, respeito. E também está faltando trabalho e existe uma carência muito grande
de estradas conservadas para estas comunidades. O item segurança e saúde , aparecem em
praticamente em todos os questionamentos, como pedido de urgência.
Diante do exposto, para se ter uma escola de excelência é necessário que os
profissionais tenham uma formação que atenda as necessidades do aluno e do mundo globalizado,
assim um dos requisitos a ser pensados numa perspectiva critica e reflexivo é o desempenho dos
profissionais da Educação, no fazer educação atendendo cada um em seu setor, mas, com uma visão
ampla da proposta culminando em ações conjuntas.
7. MARCO SITUACIONAL
7.1 DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, ESTADO, MUNICÍPIO E DA ESCOLA
A educação ao longo de toda a vida não é um ideal longínquo, mas, uma realidade
que tende, cada vez mais, a inscrever-se nos fatos, no seio da paisagem educativa complexa,
marcada por um conjunto de alterações que a tornam cada vez mais necessária. Para conseguir
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organizá-la é preciso deixar de considerar as diferentes formas de ensino aprendizagem como
independentes uma das outras e, de alguma maneira, sobrepostas ou concorrentes entre si, e
procurar, pelo contrário, valorizar a complementaridade dos espaços e tempos da educação
moderna.
Atualmente o progresso científico e tecnológico e a transformação dos processos de
produção resultante da busca de uma maior competitividade fazem com que os saberes e as
competências adquiridas, na formação inicial, tornem–se, rapidamente obsoletos e exige o
desenvolvimento da formação profissional permanente. Assim a educação ao longo de toda a vida, é
uma construção contínua da pessoa humana, do seu saber e das suas aptidões, mas também da sua
capacidade de discernir e agir.
Esta Escola, em sua concepção pedagógica, busca o atendimento à diversidade
social, econômica e cultural. Prevendo um atendimento educacional que contemple em sua oferta de
ensino, Fundamental e Médio: Educação de Jovens e Adultos, estabelecendo em sua Proposta
Pedagógica as práticas culturais destes sujeitos que não tiveram acesso à escolarização em idade
própria, atende especialmente alunos trabalhadores e tem como objetivos a formação humana e o
acesso à cultura geral para que estes sujeitos tenham condições de participar política e
produtivamente das relações sociais de forma ética e consciente. Contemplando também, a
Educação do Campo e o atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais, garantindo
o seu reconhecimento como instituição, voltada para a inclusão, assegurando o acesso, a
permanência e a aprendizagem de todos, indistintamente.
Nesta perspectiva, o sujeito é visto como ser ativo que, agindo sobre os objetos de
conhecimento, no seu meio, interage socialmente e sofre as influências dos mesmos, ao mesmo
tempo em que interioriza vários saberes a partir de sua ação.
Neste contexto podemos dizer que, na socialização de um saber supõe um pré-
existente, mas, isso não significa que ele seja saber estático, acabado. É um conhecimento suscetível
de transformação, mas, sua transformação depende de alguma forma do domínio deste saber pelos
agentes sociais. Portanto, o acesso a ele se impõe, pois, o objetivo do processo pedagógico é o
crescimento do aluno, do indivíduo imediatamente observável com determinadas sensações, desejos
e aspirações, interesses reais definidos pelas condições sociais, significa que a educação é entendida
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como mediação no seio da prática social global, que se impõe como ponto de partida e ponto de
chegada da prática educativa.
Nesta abordagem o Professor deixa de ser visto como agente exclusivo de
informação, tornando-se o mediador do conhecimento, uma vez que a interação estabelecida entre
os indivíduos, também tem um papel fundamental na promoção de avanços no desenvolvimento,
pois a proposta de socialização do saber elaborado é a tradução pedagógica do princípio mais geral
da socialização dos meios de produção e conhecimento.
O professor é visto como parceiro privilegiado, justamente porque tem maior
experiência, informação e a incumbência, entre outras funções, de tornar acessível ao aluno o
patrimônio cultural já formulado pelos homens e, portanto, desafiar através de sua ação docente
sistematizara o saber, finalizando com o processo de aprendizagem. Desta forma, as demonstrações,
explicações, justificativas, abstrações e questionamentos do professor são fundamentais no processo
educativo.
Como se vê, a clareza em termos de concepção filosófica é uma necessidade. Assim
sendo, há que se pensar a educação dentro de uma sociedade que não se manifesta como um fim em
si mesmo, mas sim, como um instrumento de transformação social. Tendo o pressuposto que:
... Um nível inicial de educação cada vez mais elevado e uma educação constantemente renovada e completa no decorrer da vida passaram a constituir necessidade absoluta para todos os seres humanos, a fim de que eles possam levar a vida com sentido, obter um rumo na sociedade, enfrentar os inúmeros desafios e evitar cair numa situação sem identidade e objetivos claros.“. Frederico Mayor.
A Educação hoje exige uma Escola democrática, que em uma ação conjunta de todos
que dela participam busquem, através de sua ação pedagógica não só a igualdade de condições de
acesso e permanência, mas de oportunidade e qualidade, voltada para os fins, valores e conteúdos.
A escola de qualidade tem obrigação de evitar todas as maneiras possíveis à
repetência e evasão ;para tanto buscamos sempre em nossas reuniões pedagógicas analisar dados
relativos aos resultados obtidos ,quais sejam dentro das disciplinas bem como os resultados gerais
de movimentação de alunos. Isto proporciona ao grupo de professores funcionários, direção, pais e
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alunos, um entendimento maior sobre as metas propostas e respostas alcançadas,além de fortalecer
a confiança entre todos pois somente quando há confiança e entendimento que os dados expostos
são fruto do trabalho coletivo e os sucessos ou fracassos são responsabilidade de todos envolvidos ,
é que podemos avançar na melhoria das atividades e condições na busca de melhores resultados.
Sendo uma das metas principais deste projeto , possibilitar condições necessárias para que esse
problema seja diminuído ao máximo. Portanto, a escola que desejamos e pela qual estamos
trabalhando, é a que seja um elemento básico da vida social e da cultura, reconhecida, valorizada,
concebida e caracterizada como escola para todos, que resgate realmente seu papel e eduque para a
vida e a cidadania. Dentro deste contexto sempre analisamos nossa caminhada enquanto resultados
sendo os últimos levantados :
7.1.1 IDEB OBSERVADO E PROJEÇÃO BRASIL
Anos Finais do Ensino Fundamental
IDEB Observado Metas
2005 2007 2007 2021
TOTAL3,5 3,8 3,5 5,5
Pública3,2 3,5 3,3 5,2
Federal6,3 6,1 6,3 7,6
Estadual3,3 3,6 3,3 5,3
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Municipal3,1 3,4 3,1 5,1
Privada
5,8 5,8 5,8 7,3
7.1.2 PROVA BRASIL - 2009
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7.1.3 IDEB OBSERVADO E PROJETADO - PARANÁ
Fases de Ensino
IDEB Observado
Metas Projetadas
2005 2007 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Anos Finais do Ensino Fundamental
3,3 4,0 3,3 3,5 3,8 4,2 4,5 4,8 5,1 5,3
Fonte: Saeb e Censo Escolar.
7.1.4 IDEB OBSERVADO E PROJETADO – BARBOSA FERRAZ
Fases de Ensino
IDEB Observado
Metas Projetadas
2005 2007 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Anos Finais do Ensino Fundamental
3,3 4,0 3,3 3,5 3,8 4,2 4,5 4,8 5,1 5,3
Fonte: Saeb e Censo Escolar
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7.1.5 IDEB OBSERVADO E PROJETADO - C.E. LUZIA GARCIA VILLAR 2007
Ensino FundamentalIDEB Observado Metas Projetadas
2005 2007 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Anos Finais 3,5 4,1 3,6 3,7 4,0 4,4 4,8 5,0 5,3 5,5
Fonte: Prova Brasil e Censo Escolar.
7.1.6 IDEB OBSERVADO E PROJETADO - C.E. LUZIA GARCIA VILLAR 2009
Ensino Fundamental
IDEB Observado Metas Projetadas
2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
Anos Finais 3,5 4,1 4,5 3,6 3,7 4,0 4,4 4,8 5,0 5,3 5,5
7.1.7 RESULTADOS ANO LETIVO 2010:
SÉRIE APR. REPR. DESIST. TRANSFERÊNCIAS EXPEDIDAS TRANSFERÊNCIAS RECEBIDAS
MANHÃ 79 11 02 05 03
5ª TARDE 57 05 00 05 01
6ª
MANHÃ
54 08 00 07 01
6ª
TARDE
41 01 00 04 01
7ª
MANHÃ
62 02 02 04 03
7ª TARDE 34 02 01 07 02
8ª MANHÃ 49 05 00 04 02
8ª
TARDE
22 00 01 01 01
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8ª NOITE 14 01 03 02 05
TOTAL 412 35 09 39 19
RESULTADO ESTATÍSTICO GERAL-2010
SÉRIE APRO REPR DESIS T.EXP T.REC APCC
5ª 136 16 02 10 04 19
6ª 95 09 00 11 02 14
7ª 96 04 03 11 05 11
8ª 85 06 04 07 08 10
TOTAL 412 35 09 39 19 54
MATR. 475
APROVADOS PELO CONSELHO DE CLASSE
SÉRIE QUANTIDADE DISCIPLINA
5ª SÉRIE
19
Artes 11 Geografia 2
História 3L. Portuguesa 1
Matemática 2
6ª SÉRIE
14Artes03
Geografia 03História 01
Matemática 07
Série Quantidade Disciplina
7ª
11
Artes 7Educação física 1Geografia 3
8ª10
Artes 3
l.Portuguesa 4Matemática 3
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8.MARCO CONCEITUALO momento vivido pela escola hoje, requer uma nova ação pedagógica. Ao tornar
obrigatória a matrícula da criança aos seis anos de idade, no ensino fundamental com duração de
nove anos, mais que uma determinação legal há que se pensar em um trabalho de qualidade que
propicie a aquisição do conhecimento, respeitando o desenvolvimento psicossocial da criança.
Compreender que, os fatores que influenciam no desenvolvimento da criança são os mais variados,
uma vez que a pessoa se constrói a partir das suas, mas também das vivências dos outros. Onde
temos como fatores próprios da criança a inteligência, a motivação, a curiosidade, acompanhados de
fatores sociais históricos, culturais, afetivos, emocionais que compõem o meio no qual ela está
inserida.
Sabemos que o desenvolvimento humano não é apenas natural, mas também
histórico e social, e que algumas aprendizagens, as mais complexas, precisam de uma estrutura
organizada e de adultos competentes para serem estabelecidas. A leitura e a escrita, - letramento
como aprendizagens formais que são, necessitam de um ambiente propício à sua consolidação. A
alfabetização vai além das letras descontextualizadas precisam de textos e contextos.
Partindo do pressuposto de que o homem é um ser histórico, natural e social,
acreditamos que ele construiu sua evolução através da busca em satisfazer suas necessidades
básicas de sobrevivência, bem como através do acúmulo de informações e experiências anteriores
que proporcionaram a produção de novos conhecimentos. Estas conquistas se deram através do
trabalho; da ação sobre os objetos e da interação dos sujeitos; fatores dentre outros, que levaram o
homem a compreender que pode ser agente da sua própria história.
Na base das relações humanas, sempre esteve presente o trabalho, que envolve uma
organização, que tem a função de produzir bens necessários para a sobrevivência e a evolução da
espécie, portanto possui uma ação intencional e, por isso, é carregado de relações de poder,
principalmente num país capitalista como é o nosso.
Não podemos nos esquecer que o trabalho não é apenas para a produção de bens
materiais, mas também de bens não materiais como é o caso da educação, que é um trabalho
necessário para a formação do ser humano, pois através dele o homem torna-se capaz de atuar
melhor no mundo do trabalho material.
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Agindo socialmente e sobre a natureza, o homem constrói uma identidade, ou seja,
seus valores; sua crença; sua religião; técnicas de trabalho; hábitos de vida; etc. Tudo aquilo que
começa a ter um sentido ou significado para ele, passa ser chamado de cultura, por isso, podemos
perceber diferentes hábitos culturais, pois foram baseadas em suas relações sociais, que diferem
muito umas das outras.
Na busca constante de explicações para alguns fenômenos observados na natureza ou
culturalmente no decorrer do desenvolvimento histórico da humanidade, nasceu a ciência, que veio
para reproduzir ou transformar ações, dependendo da sociedade. Através da ciência todos podem ter
acesso aos saberes produzido historicamente, sendo indispensável para a compreensão e
transformação do mundo.
Em nossa sociedade o conhecimento científico é produzido de forma desigual, pois
ele está a serviço de alguns interesses políticos, econômicos e sociais do processo histórico e,
portanto, não atingem a totalidade da população. Faz-se necessário, então, uma democracia, que
pressupõe a compreensão do que vem a ser cidadania, pois esta é capaz de contribuir para que os
homens sejam sujeitos de sua história.
A cidadania pode ser entendida como processo de formação social e pessoal que
ajuda na compreensão do reconhecimento dos direitos e deveres de cada um. É no processo
educativo, através do conhecimento, que se possibilita a compreensão das contradições da
sociedade capitalista com seu processo de exclusão e exploração instrumentalizar o sujeito para agir
de forma consciente sobre sua prática social no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos.
À escola cabe não só transmitir os conhecimentos sistematizados, reconhecer que
todos os espaços da escola, além do espaço de sala de aula, são importantes espaços educativos.
Possibilitando a integração entre todos que fazem parte da comunidade escolar professores, equipe
pedagógica, agentes educacionais, alunos e pais na organização do trabalho pedagógico.
Para cooperar nesse processo está a tecnologia, presente em todos os ramos do
conhecimento tendo um impacto não só na produção de bens de serviços, mas também no conjunto
das relações sociais e nos padrões culturais vigentes, ela é mais uma alternativa educacional,
podendo ajudar na articulação entre ação, teoria e prática como ferramenta pedagógica.
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Sabemos que o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo
trabalho, e assume diferentes formas: senso comum, científico, teológico e estético e pressupõe
concepções de que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sua condição social, através dele o
homem avalia e atualiza sua forma de agir sobre o mundo.
Na escola, o conhecimento é o resultado de fatos, conceitos, e generalizações sendo,
portanto objeto de trabalho do professor, por isso, deve ter em mente que o conhecimento sozinho
não transforma em ação, através da práxis. Aprender e ensinar são processos inseparáveis. Deve ser
preocupação da escola o atendimento à diversidade social, econômica e cultural existentes que lhe
garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente para a inclusão de todos os
indivíduos.
A educação é um fenômeno próprio do ser humano que pode ser visto como
processo, como um fato existencial, social, intencional e libertadora que visa atingir: apropriação de
instrumentos adequados para pensar globalmente e agir localmente, orientando a vida; satisfazendo
as necessidades e realizando as aspirações, voltando-se para a formação humana.
Para melhor entendermos a função social que a educação ocupa dentro da sociedade;
precisamos compreender em que tipo de sociedade nós estamos inseridos e, para isso,
primeiramente temos que ter definido o que vem a ser uma sociedade.
Vários autores poderiam ser citados para esta definição, porém, analisando tais
conceitos podemos compreendê-los como, agrupamento de relações configuradas pelas experiências
individuais do homem inserido em seu meio.
A sociedade em sua formação é um processo construído historicamente e que foi
conseqüentemente marcado por fatores: econômicos, políticos, religiosos e ideológicos. É neste
contexto que está a educação, por isso sua função está focada na ação transformadora do sujeito na
sociedade.
Nesse novo cenário da educação será preciso reconstruir o saber da escola e a
formação do educador. É na formação continuada, proporcionada pela Secretária Estadual de
Educação e também na escola através de Grupos de Estudos, Seminários e outros, que o professor
trará para sua prática novas estratégias e poderá com maior segurança, vencer os desafios postos na
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realidade escolar, tais como os aspectos da defasagem na aprendizagem, inclusão, entre outros, que
influem de sobremaneira no desenvolvimento do educando.
Nesse contexto, há que se pensar e efetivar um processo de avaliação ( diagnóstica
,somativa, processual, qualitativa e formativa), que corresponda a uma concepção que venha
realmente subsidiar o acompanhamento do processo de ensino- aprendizagem para garantir a todos
o acesso ao conhecimento.
Para isso, se faz necessário que a escola identifique e reconheça, através de uma
Avaliação realizada no contexto escolar, visando através das informações obtidas formularem um
juízo de valor acerca da realidade avaliada e tomar decisões educativas, sociais e terapêuticas, para
prevenir possíveis distorções ou disfuncionalidades. Analisando também, e os condicionantes
sociais que determinam o sucesso ou fracasso escolar, de forma, que possa criar mecanismos de
enfrentamento aos diversos preconceitos existentes, pois se trata de uma prática de avaliação de
cunho não classificatório e seletivo, para que possa garantir ao aluno acesso e permanência com
qualidade no processo educacional.
Nesse sentido a Organização do Trabalho Pedagógico que na escola pública envolve a
elaboração do Projeto Político Pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular, Plano de Ação
Docente, Plano de Ação da Escola, regulamentados pelo Regimento Escolar, busca de forma
coletiva, discutir a função desse espaço, definindo a identidade da escola e o papel de cada um na
construção e concretização de sua Proposta.
8.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Para que a aprendizagem realmente se efetive, é preciso que a avaliação assuma seu
verdadeiro papel de instrumento dialético, de diagnostico para o crescimento, que esteja preocupada
com a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos, com a transformação social e
não sua conservação.
Observam-se os princípios dispostos na Deliberação 007/99 de 09/04/99 a qual
acrescenta que a avaliação hoje se aplica não somente ao nível da aprendizagem do aluno, mas
também do aperfeiçoamento do ensino e da reformulação do currículo. Apresenta-se, portanto como
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um elemento necessário em diferentes níveis do planejamento, exercendo nesses níveis a função
diagnóstica e formativa.
Garantindo a evolução de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Considerando
que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e
diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a
tempo.
A avaliação assim, não tem como objetivo classificar ou selecionar. Fundamenta-se
nos processos de aprendizagem em seus aspectos cognitivos, afetivos relacionais, aprendizagens
significativas e funcionais que se aplicam em diversos contextos.
Com isso pretende-se ultrapassar definitivamente a concepção de avaliação na
função de certificação, seleção e exclusão que vinha exercendo dentro de um contexto clássico de
ensino cartorial e seletivo. Para tanto o educador deverá estar comprometido em redefinir os rumos
de sua ação pedagógica, pois ela não é neutra. Ela se insere num contexto maior e está a serviço
dele.
Então, o passo fundamental para redirecionar os caminhos da prática da avaliação é
assumir um posicionamento pedagógico claro e explícito, que possa orientar constantemente a
prática pedagógica, no planejamento, na execução é na avaliação.
Contudo, nesse contexto, o elemento essencial para que se dê a avaliação
educacional escolar um rumo diferente ao que se vem sendo exercitado é o resgate de sua função:
crítica, reflexiva, participativa, contínua, permanente, formativa, somativa e diagnóstica somente
assim, a avaliação será o instrumento de reconhecimento dos caminhos percorridos e da
identificação dos caminhos a serem perseguidos.
No Ensino Fundamental- Anos Finais (6º e 9º anos), de acordo com o currículo e
objetivo propostos pelo Estabelecimento de Ensino, os resultados são impressos em notas (médias)
de 0,0 a 10,0 (zero a dez vírgula zero)
A média bimestral será resultante da somatória dos valores atribuídos a cada
instrumento de avaliação em várias aferições na seqüência e ordenação de conteúdos.
Após a apuração dos resultados finais, aproveitamento e freqüência, serão definidas
as situações de aprovação ou reprovação dos alunos; considerando que o aluno deverá freqüentar
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uma carga horária de 75% anual, e ter média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) para
obter aprovação.
A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo de
ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos podendo assumir várias formas, tais como:
pesquisa, relatórios, relatórios a partir de vídeos e leituras de livros, atividades individuais e em
grupo, produção e/ou aferições escritas. A recuperação de estudos será realizada durante o ano
letivo de forma paralela sendo considerada para efeito de documentação escolar, subsidiando o
processo de aprendizagem.
Os conhecimentos básicos definidos na Proposta de Educação de Jovens e Adultos
serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a
Matriz Curricular, tendo o seu atendimento nas formas coletiva e individual ao longo do processo
ensino/aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como
ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará necessariamente as
experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior
ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização.
O Pré-conselho é realizado com o objetivo de análise do aproveitamento dos alunos
no processo ensino/aprendizagem e conseqüente desenvolvimento do mesmo no processo de
aquisição do conhecimento. Analisados em especial os alunos que apresentam dificuldades
detectadas e que necessitam de acompanhamento e intervenção a tempo de recuperação nestes
processos.
Para tanto o referido pré-conselho realiza-se sempre que se fizer necessário com
reuniões por turmas e disciplinas com a presença de todos os professores da turma, direção e
pedagogo, como também em sala de aula sob a coordenação do professor representante de turma
e/ou pelo (s) pedagogo (s) .
Para o enfrentamento de toda esta situação em torno da avaliação, necessita-se ainda
um redimensionamento do Conselho de Classe, que deve constituir-se num momento ou espaço de
avaliação coletiva do trabalho pedagógico, que exige uma tomada de decisões relativas aos
encaminhamentos necessários, para a superação dos problemas diagnosticados.
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O que poderá resignificar as práticas do Conselho de Classe seria a de permitir ao
professor uma reflexão sobre seu próprio trabalho que é o melhor instrumento de aprendizagem e de
formação em serviço, já que permite a ele colocar-se diante de sua própria realidade de maneira
crítica, e a possibilidade ainda, de congregar em sua prática as possibilidades de produção de
proposta de intervenção inovadora.
A adoção do regime e progressão parcial permite ao aluno a cursar a série seguinte
mesmo quando este fica em dependência em até três disciplinas. Na impossibilidade, do educando
cursar em horário adverso a Equipe deverá estabelecer plano especial de estudo registrando-o em
relatório, que deverá integrar a pasta individual do aluno. O aluno contemplado pela Progressão
Parcial em três disciplinas estará reprovado caso não passe em nenhuma delas, não podendo assim
acumular disciplinas para o ano seguinte, devendo cursar novamente a série.
9. MARCO OPERACIONALA qualidade política, figura como eixo central para a participação do individuo como
sujeito de sua própria história, como agente transformador, pois ao investir na construção da
cidadania dos indivíduos, a educação escolar estará articulando o projeto político da sociedade.
Um bom projeto Político Pedagógico precisa envolver a comunidade escolar e extra-
escolar, assim, a soma de responsabilidades e de força será maior. Cada setor da sociedade é
chamado a participar, para que, em conjunto possa definir claramente a formação do tipo de
sociedade que se espera e, para alcançar esses objetivos precisam-se traçar metas que efetivará a
proposta, garantindo a qualidade para todos, pois, o acesso à escola por si só não é garantia de
educação para todos, é preciso mais, que o aluno ao deixar os bancos escolares esteja capacitado
para gerir sua sobrevivência na sociedade em que está inserido.
Na perspectiva de uma escola cidadã a prática administrativa somada ao trabalho
pedagógico, administrativo, financeiro e comunitário da escola, deverá ser traduzido na forma de
princípios, diretrizes, e proposta de ação.
A divisão de responsabilidade entre o corpo docente e discente, agentes educacionais
I e II, gera um compromisso de todos, onde a meta almejada é o sucesso coletivo. A construção da
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Proposta Pedagógica pautada nos princípios de igualdade e liberdade gera também o compromisso
de se chegar ao sucesso, assim de fato a gestão democrática se efetivará.
Da organização das estruturas administrativas e pedagógicas a escola define o que
pretende, seja aonde ela quer chegar, levando-se em consideração, os limites e recursos disponíveis
seja pedagógico em financeiro.
A organização curricular, por sua natureza, e especificidade, precisa contemplar
várias dimensões da ação humana dentre elas, a concepção de cultura. Na escola, em sua prática há
a necessidade de consciência de diversidades culturais, especialmente de sua função de trabalhar as
culturas populares, de forma a levá-los a produção de uma cultura erudita. A escola aproveita esta
diversidade existente, para fazer dela um espaço motivador e democrático, com um currículo
voltado para a inclusão e que atenda o educando com necessidades especiais.
Neste projeto busca-se caracterizar o mais preciso possível à estrutura organizacional
da Escola, os problemas que afetam o processo ensino-aprendizagem e a organização do
conhecimento escolar. Principalmente no que diz respeito a questões como: evasão e repetência.
Avaliar a estrutura organizacional significa questionar os pressupostos que embasam
a burocracia da escola, que inviabiliza a formação de cidadão apto a criar ou modificar a realidade
social.
A escola assim assume novas formas de organização: administrativas e pedagógicas,
melhorando o trabalho de toda a comunidade escolar, tecendo no coletivo o Projeto Político
Pedagógico.
No entanto, há que se pensar que alguns avanços têm se constatado, no sentido de
trazer a comunidade à escola em busca de soluções para que sejam minimizados os problemas desta
instituição e cremos que o marco para esta alavancada foi à criação dos Conselhos Escolares, re-
estruturação da APMF- Associação de Pais Mestres e Funcionários e reuniões bimestrais com pais.
Quanto à rotatividade de professores, esta escola é privilegiada, porque faz algum
tempo que o quadro de professores é efetivo, com exceção de Educação Física , que ainda há
necessidade de contratação de professores.
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A evasão neste Estabelecimento de Ensino é muito baixa, já houve ano letivo em que
apresentamos índice de evasão zero. O trabalho realizado através de um Plano de Ação bem
estruturado, do quadro docente e a utilização da ficha FICA, em parceria com Conselho Tutelar do
município é que contribuem para o diferencial: O aluno sentir prazer em estar nesta escola.
Para a conquista do sucesso no aproveitamento escolar, a escola conta com uma
Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, que busca dar atendimento aos alunos egressos de
Educação Especial e àqueles que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico
significativo com Transtornos Funcionais Específicos, Deficiência Intelectual, Transtornos Globais
do Desenvolvimento e Deficiência Neuromotora e que necessitam de apoio especializado
complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na Classe Comum. Contamos
também Salas de Apoio a Aprendizagem de 6º a 9º ano, que objetiva uma ação pedagógica para o
enfrentamento dos problemas relacionados à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática , no
que se refere aos conteúdos básicos dessas disciplinas.
Ao analisarmos a escola que temos, podemos perceber que existe ainda muito que
ser conquistado, principalmente na efetiva participação dos pais no acompanhamento escolar de
seus filhos, o que infelizmente não é característica apenas de nossa instituição.
Estamos vivenciando um novo momento, a escola pretende usar de metodologias
voltadas para inserir alunos do 6º Ano no contexto escolar do Ensino Fundamental de 09 (nove)
Anos, respeitando essa fase de desenvolvimento, na qual as atividades devem ser de caráter lúdico.
Para que isso ocorra, é preciso garantir que no espaço escolar não aconteça a ruptura
dos saberes, mas que possibilite a complementaridade e continuidade de processos de
aprendizagem dos conhecimentos sistematizados, efetivando a integração entre os diferentes
conteúdos trabalhados na busca de uma articulação qualitativa entre os Anos Iniciais e Finais do
Ensino Fundamental em um trabalho sequencial e articulado.
Promovendo ainda, atividades extracurriculares, dentre estas, o intercâmbio cultural e
desportivo entre esta instituição e a escola municipal de Ensino Fundamental dos Anos Iniciais,
para que os alunos possam conhecer estas realidades, fazendo comparações e reconhecimento do
espaço escolar. Realizando a divulgação do trabalho produzido no ambiente escolar para a 31
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comunidade; respeitando à individualidade do educando no cognitivo, afetivo, motor e sócio-
econômico/cultural.
Para a efetivação de todo esse processo, esta escola vem buscando, junto ao seu
corpo docente, a implementação da hora atividade. Disponibilizando sala com material didático-
pedagógico, computadores e uso da Internet, para pesquisa e enriquecimento de sua prática.
Buscando promover o acesso e permanência do educando, a escola vem efetivando com sucesso o
Projeto de Interatividade e união entre alunos nos momentos de intervalos com objetivo de melhorar
a disciplina e combater a violência entre os estudantes.
Com isso os alunos são incentivados a ocuparam-se de atividades lúdicas e
esportivas canalizando a energia para praticas sadias, melhorando o relacionamento e sua auto-
estima. Para isso a escola construiu 05 mesas de ping-pong, 02 mini-campos de futebol suíço, 02
mini quadras, quadra polivalente e uma quadra de voleibol de grama e, uma sala de aula ao ar livre
com 06 mesas e bancos para o projeto de leitura que também serve para jogos intelectivos como
xadrez, dama, dominó, trilha e outras disciplinas.
O Laboratório de Informática tem sido um dos Recursos Pedagógicos fundamentais
no processo ensino aprendizagem, pois é uma alternativa educacional, servindo, e muito, na
articulação entre ação, teoria e prática, proporcionando a inclusão digital de nossos educandos.
Sabemos que os indicadores de uma boa escola não são as paredes, jardim ou uma
quadra polivalente, claro que uma escola bonita bem cuidada, influencia, mas não se constitui em
indicador essencial para melhoria do rendimento escolar. Boa escola é aquela que desperta no aluno
o gosto para aprender a participar da vida em sociedade como cidadão.
Nesse sentido, o desenvolvimento do ensino-aprendizagem desta escola tem como
enfoque principal o respeito para com a comunidade na qual está inserida, criando e elaborando
atividades escolares dirigidas, para comunidade em eventos como: Olimpíadas Esportivas e
Culturais, Festa Junina e outras.
Ainda nessa direção de preocupação com a interação com a comunidade estão às
publicações nos jornais locais, emissoras de rádio e TV de eventos escolares, esportivos, culturais e
artísticos, há preocupação ainda, de reunir os trabalhos escritos pelos alunos em folder para a
veiculação dentro e fora da escola. Enfim há sempre a preocupação de envolver da melhor maneira
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possível todos os responsáveis no processo educativo para obtermos maiores possibilidades de
sucesso em nosso trabalho.
A Escola como instituição social, presencia hoje um grande desafio: a busca de sua
identidade, que exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade de todos os membros da
comunidade escolar, mudança que implica deixar de lado os velhos preconceitos de que a escola
pública é apenas um aparelho burocrático do estado e não uma conquista da comunidade.
A escola não tem um fim em si mesmo, mas necessita determinar o que é especifico
da escola “o ensino”. Ela necessita estar a serviço da comunidade e deve proporcionar um melhor
conhecimento do funcionamento da escola a todos que dela participam.
A escola possui como objeto de trabalho constituído historicamente. O conhecimento
científico, e o grande nó esta em como relacionar tal conhecimento com o conhecimento empírico
do aluno, mediando os saberes também historicamente construídos e os desafios sócio-culturais
exigidos pela sociedade atual.
Não se pode negar. Há uma interdependência entre o processo educativo e o
desenvolvimento social do país. O desenvolvimento social implica na qualidade de vida para a
população, Independentemente do desenvolvimento econômico e político vigente.
Pensar na identidade da educação implica pensar numa educação para a diversidade
e de uma ética e uma cultura da diversidade, uma sociedade multicultural deve educar um ser
humano multicultural, capaz de ouvir, de prestar atenção ao diferente, respeitá-lo.
A ação pedagógica tem como objetivo fundamental à interdisciplinaridade e articula,
saber, conhecimento, vivência escolar e comunitária apontando para uma construção participativa e
decisiva na formação do sujeito social, em que o educador, sujeito de sua ação pedagógica, elabora
programas e métodos de ensino, para inserir a escola na comunidade local e globalizada.
Para que esta ação pedagógica realmente se efetive, a escola busca na prática de um
Planejamento Participativo o envolvimento de todos. A Direção e Vice-Direção, em uma Gestão
Democrática, organizando as estruturas administrativas e pedagógicas da escola levando em
consideração os limites e recursos disponíveis. Garantindo a concretização da Gestão Democrática
Compartilhada, através de uma ação conjunta com o Conselho Escolar, que através de uma ação
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deliberativa, trabalha para o fortalecimento da unidade escolar, onde todos juntos, planejam e
executam as ações para que a escola cumpra sua função.
A Equipe Pedagógica, elo entre os profissionais de educação na escola, busca entre
outras ações dar apoio e subsídios para que o professor consiga realizar a transposição didática entre
a teoria e a prática, auxiliando-os no processo de aquisição e construção de aprendizagem.
Como a ação pedagógica de sucesso necessita do envolvimento de toda a
comunidade escolar a Equipe Administrativa, agentes educacionais I, é imprescindível no
cumprimento de suas atribuições inerentes ao cargo, participando da elaboração e implementação
do Projeto Político Pedagógico da escola, desempenhando sua função de modo a assegurar o
princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no
estabelecimento de ensino, no que é também imprescindível a participação da Equipe Auxiliar
Operacional, agentes educacionais II, que como parte do processo educacional colabora em todas as
instâncias para a manutenção, zelo e conservação das instalações escolares, contribuindo, no âmbito
de sua competência, para que o estabelecimento de ensino mantenha um ambiente favorável ao
desenvolvimento do processo escolar.
Para a realização do trabalho na Educação de Jovens e Adultos, são considerados
sempre os eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo. O processo de construção do
conhecimento, dentro do perfil do educando desta modalidade, busca valorizar a diversidade
cultural do indivíduo, fazendo com que ele perceba que o conhecimento adquirido em sala de aula,
pode ser inserido em seu contexto de vida e que é repleto de significados. Onde a metodologia de
ensino norteia o princípio sujeito-realidade-sujeito.
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9.1 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
O aluno da Educação de Jovens e Adultos – Ensino Médio, normalmente é aquele
aluno que já está inserida no mundo do trabalho e, em consonância com a Lei17788/08 que dispõe
sobre estágio de estudantes a equipe pedagógica busca subsidiar com seu trabalho além das funções
que lhe são pertinente, um efetivo acompanhamento do estágio, com a exigência de relatórios
periódicos, avaliando sua frequência e produtividade, zelando pelo cumprimento do termo de
compromisso firmado entre esta instituição de ensino e as demais instituições. ( Ata de aprovação
em anexo a este Projeto)
10. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO:
10.1 PDE - ÁREA DE ESTUDO: LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO E APRENDIZAGEM DE LEITURA – FORMAÇÃO DO LEITOR
IDENTIFICAÇÃOPROFESSOR-PDE: HELENA DA CONCEIÇÃO PEREIRA
ÁREA PDE: LÍNGUA PORTUGUESA
NRE: CAMPO MOURÃO
PROFESSOR ORIENTADOR IES: MÔNICA LUIZA S. FERNANDES/FECILCAM
IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL LUZIA GARCIA VILLAR-ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PÚBLICO OBJETO DE INTERVENÇÃO: ALUNOS DE 5ª SÉRIE DO ENSINO
FUNDAMENTAL
TEMAIncentivo à leitura por meio da Contação de Histórias com alunos do ensino fundamental – 5ª a 8ª
séries.
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TÍTULOCONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: Uma estratégia no desenvolvimento do gosto pela leitura.
JUSTIFICATIVAO presente projeto de intervenção será desenvolvido na Escola Estadual Luzia Garcia
Villar – Ensino Fundamental e Médio, do município de Barbosa Ferraz – Estado do Paraná, em
vista a necessidade de se estimular o hábito da leitura e por se perceber que no cotidiano da escola
há grandes dificuldades dos professores em relação à prática da leitura. Até porque, ler em tempos
atuais, quando o homem vive em constantes e repentinas mudanças, tanto no que diz respeito a era
da imagem e do virtual, da reconstrução das verdades, da falta de identidade dos sujeitos, como nas
relações sociais: as noções de identidade, a subjetividade, a velocidade com que as notícias, os
fatos, as imagens chegam, a redução de distâncias, a cultura do excesso de consumo. Isso tudo vem
se tornando um grande desafio. É preciso, portanto, antes de tudo, disputar espaços com as novas
tecnologias: televisão, vídeo-game, computador, internet. Logicamente, não resta a menor dúvida de
que as exigências da vida moderna modificaram e modificam o fazer pedagógico, mas também não
há como negar a importância desses meios em nossas vidas. Assim sendo, cabe à escola e mais
especificamente ao professor ir em busca de novas metodologias que despertem no aluno
possibilidades de encantamento e de reconhecimento da leitura como instrumento essencial na
construção do conhecimento. Principalmente porque, em muitos casos, é na escola que o aluno tem
contato com a leitura, pois no contexto atual percebe-se que poucas são as crianças que cultivam
esse hábito, ou seja, não têm contato sistemático com a leitura e nem com adultos leitores. Essas
circunstâncias nos levam a pensar a escola como espaço privilegiado para desenvolver o gosto pela
leitura e proporcionar o encontro entre leitor e livro e assim, utilizar-se da literatura para a
compreensão de si, das coisas que o cercam e das relações inerentes a esse encontro.
Sabemos que a formação do gosto pela leitura deveria ser despertado já na família.
As cantigas de ninar, as cantigas de roda, as histórias infantis, os brinquedos cantados, enfim o
contato com as narrativas orais e com livros, logo nos primeiros anos, cria atitudes positivas em
relação à leitura. Se isso ocorresse no seio das famílias, caberia à escola apenas dar continuidade ao
trabalho da instituição familiar. Segundo Fox e Guirardelo (2008, p.133): “partilhar com as crianças
a emoção e a lucidez que as histórias trazem é uma forma elevada de ação educacional”. 36
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Isso não ocorrendo, cabe ao professor investir em técnicas e metodologias que
coloquem o aluno em contato com os livros de forma prazerosa e abra espaços para que ele se insira
no universo da leitura e desenvolva habilidades de dialogar com os textos lidos, por meio da
capacidade de ler em profundidade e interpretar textos significativos para a formação de sua
cidadania, cultura e sensibilidade. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná, (2008,
p.71), colocam:
Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade.
Cabe também ao professor ser, concomitantemente, alguém que participa ativamente
desse processo, alguém que lê, estuda, expõe sua leitura e gosto, tendo para com o texto a mesma
sensibilidade e atitude crítica que propõe a seus alunos. É importante que conheça a natureza das
obras, que saiba selecionar textos e, apropriando-se desses conhecimentos, estabeleça as interações
necessárias entre leitor e leitura, pois o sujeito, ao ler, está mergulhado num processo de produção
dos sentidos. A leitura, então, é algo que se inscreve no sujeito, enquanto ser social em todas as suas
dimensões, constituindo-se como prática social.
Leitura não é esse ato solitário; é interação verbal entre indivíduos, e indivíduos socialmente determinados: o leitor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações com o mundo e com os outros; o autor, seu universo, seu lugar na estrutura social, sua relação com o mundo e os outros. (Soares, 2000, p.18)
Portanto, conhecendo a realidade que nos cerca, percebendo a urgência em buscar
formas, possibilidades de desenvolver o hábito da leitura de maneira que o aluno entenda a mesma
como um processo ativo, dinâmico e social, e possa questionar, refletir, construir juízos de valor
sobre o texto, sobre si mesmo, sobre a sociedade. Passando assim a ser agente transformador da
realidade, sem perder de vista o lado lúdico da literatura. Propõe-se, nesse intuito Projeto de 37
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Intervenção: “CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: uma estratégia no desenvolvimento do gosto pela
leitura”. Acredita-se que por meio da sensibilização, possa desenvolver o gosto pela leitura
significativa e prazerosa contribuindo também no resgate da arte de contar histórias. Com
estratégias essas, que possibilitem a perpetuação das histórias que as pessoas contam e lêem,
criando assim, o hábito da leitura, do saber ouvir, da atenção à fala do outro, bem como o
desenvolvimento da capacidade de expressão e comunicação. Destaca-se ainda a possibilidade de
expressão da realidade vivida pelo aluno por meio de seu envolvimento com atividades de leitura.
Com referência à importância das histórias, Santos, 2008, p. 169. afirma:
Se é através da linguagem que descrevemos, explicamos, e acreditamos na realidade, podemos dizer que quanto mais histórias uma pessoa ouvir na sua vida ( principalmente nos períodos iniciais de desenvolvimento) mais representações e possibilidades diferentes de “leituras” do mundo ela vai ter, isso, por sua vez, lhe dará mais opção de como agir diante das exigências do meio.
Podemos desse modo, confirmar a idéia de que a utilização da contação de histórias
pode ser uma ferramenta eficaz no desenvolvimento do gosto pela leitura, atuando na formação dos
educandos de forma plena e, mais ainda, uma maneira de mantermos a tradição das narrativas orais
viva.
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PROBLEMATIZAÇÃO:Conforme citado anteriormente, há poucos estímulos no tocante ao desenvolvimento
do hábito da leitura. Grande parte das crianças, adolescentes e jovens vem à escola e demonstram
apatia e desinteresse por atividades que envolvam leitura, interpretação e reflexão, o que interfere
negativamente na aprendizagem, pois a leitura é imprescindível na construção do conhecimento, na
inserção cultural e social do sujeito no mundo. Ao mesmo tempo, a escola, preocupando-se com o
rol de conteúdos, nem sempre oferece ao aluno o tempo necessário para o aprofundamento dos
temas que envolvam a leitura, a discussão, a exposição de idéias de forma verbal (oral), não
tratando a leitura como um processo que exige tempo, e que envolve cinco dimensões: a
neurofisiológica, a cognitiva, a afetiva, a argumentativa e a simbólica. Como diz Kleiman, 1989, 13:
Ler é uma atividade complexa, plural, multidirecionada e necessita do engajamento de muitos fatores – memória, atenção, percepção e conhecimentos lingüísticos, que precisam ser ativados quando se quer fazer sentido do texto.
Há ainda a questão da preocupação com características específicas dos alunos, seus
interesses, suas experiências, suas crenças, suas opiniões, enfim sua maturidade em relação a
leituras anteriores, bem como seu conhecimento de mundo. É de suma importância também
observar o tempo necessário para a aprendizagem para que se possa adequar, as leituras propostas,
os temas, os gêneros, a serem trabalhados, favorecendo o desenvolvimento da atividade de leitura
como fundamental à formação do indivíduo.
O sujeito aprende os sentidos, coteja-os à luz de seus conhecimentos e introjeta-os, incorporando de acordo com suas possibilidades e necessidades. O nível reflexivo da experiência estética propicia ao sujeito vivência e consciência da vivência e o prazer advém da possibilidade de integrar a sua vida, os frutos dessa ação” ( JAUSS. 1982. p.21).
Vemos desse modo que a leitura só será significativa para o leitor, se satisfizer as
expectativas de sua vida prática, refazendo seu entendimento de mundo e interferindo sobre seu
comportamento social.
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Por fim cabe ressaltar que muitas histórias, com caráter cultural, estão sendo
esquecidas. São lendas causos, fábulas, aspectos da cultura local que poderão ser resgatados por
indivíduos da comunidade, pelo professor, por alunos, por meio de pesquisas e da transmissão oral
na escola, para outros aluno e para toda a comunidade. Levando sempre em consideração a ética do
narrador, o compromisso com a história, o compromisso com o outro, o compromisso consigo
mesmo e o compromisso com a arte e o ofício de narrar. Para G. e H. Papashvily, apud FOX, Geof
e GIRARDELLO, Gika “Uma história é uma carta que chega de ontem para nós. Cada pessoa que
a reconta acrescenta a ela sua palavra e a envia para o amanhã.”
Portanto, cabe ao professor utilizar-se da contação de histórias cumprindo assim um
papel importante na propagação e resgate das histórias que se encontram adormecidas no
imaginário humano.
OBJETIVOSOBJETIVO GERAL: Exercitar a leitura como prática social e democrática na formação do senso
crítico da cidadania, possibilitando momentos de integração para que os alunos sejam, além de
leitores, contadores de histórias.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
_ Formar leitores críticos, conscientes de sua capacidade de transformação da realidade;
_ Exercitar o desenvolvimento da autonomia, a desinibição, a expressão corporal e a oral;
_ Desenvolver habilidades de leitura por meio da observação e prática que possibilitem contar as
histórias de maneira mais elaborada;
_ Refletir, por meio das histórias e seus discursos, sobre sua conduta diante do meio em que vive.
ESTRATÉGIAS DE AÇÃOO presente projeto será desenvolvido na Escola Estadual Luzia Garcia Villar-Ensino Fundamental e
Médio, do município de Barbosa Ferraz, no estado do Paraná envolvendo um grupo de alunos do
Ensino Fundamental. Considerando as dificuldades em se trabalhar leitura na escola, conhecendo o
potencial e o interesse do grupo de alunos em participar de forma ativa das atividades desenvolvidas
e, tendo como referência os reflexos de tal atividade no rendimento escolar e na disseminação da
leitura entre os alunos da escola.
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Para isto procederemos da seguinte forma:
1º PERÍODO: 13 DE MAIO A 31 DE OUTUBRO DE 2009
_ Elaboração do Plano de Ação baseando-se em leituras e reflexões sobre a importância da leitura
para o desenvolvimento pleno do educando e sobre a arte de contar histórias como forma de
estimular a leitura entre crianças, adolescentes e jovens, considerando as implicações desse trabalho
na melhoria do ensino-aprendizagem.
2º PERÍODO: O1 DE NOVEMBRO DE 2009 A 31 DE MAIO DE 2010
_ Elaboração de Produção Didático-Pedagógica, observando os seguintes passos:
• Estudos sobre a arte de contar histórias tendo como referência a evolução dessa prática;
• Elaboração de material (edição de vídeos) para a realização da apresentação do trabalho
para professores e grupos de alunos_ contadores de histórias;
• Organização de leituras para o grupo de alunos – contadores de histórias – escolha das
histórias a serem utilizadas posteriormente;
• Material didático: pendrive com vídeo para o trabalho com professores e alunos, livros.
3º PERÍODO: 01 DE JUNHO A 10 DE DEZEMBRO DE 2010
- Implementação do projeto na escola:
• Reunião com professores e grupo de alunos para esclarecimentos sobre o projeto;
• Trabalho envolvendo a equipe pedagógica, professores e grupo de alunos para a
organização e aplicação do projeto;
• Aplicação de questionários e sondagem sobre o gosto por leitura e suas preferências;
• Leitura de histórias e escolha daquelas que farão parte do trabalho de contação;
• Ensaios de preparação dos alunos contadores de histórias;
• Preparação de materiais (adereços, cartazes, figuras, etc) que serão utlizadas na
contação de histórias;
• Apresentação das histórias para alunos de 5ª séries do Ensino Fundamental;
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• Produção de documentário em vídeo incluindo todas as etapas de desenvolvimento do
trabalho de implementação.
4º PERÍODO: 08 DE FEVEREIRO A 13 DE MAIO DE 2011
_ Produção de trabalho final (artigo científico) a partir da análise das experiências vivenciadas e do
resultado do trajeto realizado no PDE.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Cronograma de trabalho Ano 2009
mai jun jul Ago set out nov Dez
Revisão bibiliográfica
sobre contação de
histórias utilizadas
como estratégia para a
formação de leitores
X X X X X
Elaboração de projeto
de pesquisa
X X X
Cronograma
de trabalho
2010
fev mar abr mai jun jul ago Set out Nov DezElaboração
de projeto de
pesquisa
X X X
Elaboração
de material
didático a
partir de
leituras sobre
contação de
X X
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históriasImplementaç
ão do projeto
na escola.
Cronograma
de trabalho
2011
fev mar abr mai jun jul ago Set out Nov DezProdução de
Artigo
Científico
X X X X
REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes curriculares de Língua
Portuguesa,Curitiba, 2008
G e H. PAPASHVILY apud FOX, Geof e GIRARDELLO, Gika. A Narração de Histórias na
Sala de Aula, in Baús e chaves da Narração de Histórias. Org. Gilka Girardello. ed. 4.
Florianópolis: Sesc/SC, 2008.
Jauss, Hans Robert. A História da Literatura como provocação à Teoria Literária. São
Paulo: Ática, 1994.
KLEIMAN, Angela. Leitura: Ensino e Pesquisa. São Paulo. ed. 2 Pontes,1996.
MEIRELES, Cecília. Problemas da Literatura Infantil. São Paulo. ed. 3 Summus 1979.
SANTOS, Daniel Rosa dos. Conjecturas de um Contador de Histórias, GILKA, Guirardelo
(org) Baús e Chaves da Narração de Histórias. ed. 4. Florianópolis: Sesc/SC, 2008.
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SOARES, Magda. As Condições sociais da leitura: Uma Reflexão em contraponto. In
Zilberman, Regina & SILVA , Ezequiel Teodoro. (org). Leitura: perspectivas disicplinares. São
Paulo. Ática. 1991.
10.2 PDE - ÁREA DE ESTUDO: CIÊNCIAS
A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE NA DISCIPLINA DE CIENCIAS
IDENTIFICAÇÃOÁREA – PDE Ciências / Agenda 21 Escolar
IES – Universidade Estadual de Maringá
AUTOR – Maria Pereira
ÁREA DE ESTUDO – Encaminhamento metodológico Articulado dos Conteúdos Específicos.
TEMA DE ESTUDO – Meio Ambiente
TÍTULO – A preservação do meio ambiente na disciplina de ciências
JUSTIFICATIVA É do conhecimento de todos que atualmente, a classe docente se encontra bastante frustrada
ao se deparar com situações diversas no âmbito escolar, em virtude dos conflitos familiares e
sociais.
A probabilidade de mudança da realidade em que nos encontramos está pautada nos valores
que, por diferentes fatores, ficaram no esquecimento, e para tanto faz-se necessário o resgate dos
mesmos. É próprio do ser humano e enaltece o ego ser útil, ser importante. Segundo Paulo Freire, a
aprendizagem acontece na ação concreta, mas esta ação está embasada no conhecimento teórico.
Como o educando é autor fundamental na construção de sua história se torna necessário criar
situações que possibilitem mudanças na sua educação de forma crítica e eficaz de modo que o
aprendizado seja efetivamente colocado em prática e com isso se tenha uma nova era educacional.
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É possível verificar que a educação está enfrentando grandes problemas e conflitos oriundos
do desinteresse por parte dos educandos e pela falta da estrutura familiar. Em virtude disso, é
preciso aplicar uma didática inovadora que desperte no indivíduo o desejo de mudar a realidade no
qual está inserido, portanto, começando pelo ambiente escolar. A Escola tem a responsabilidade de
ensinar e orientar os educandos à socialização e à cidadania através da articulação de diferentes
matérias, levando-os a uma melhor qualidade de vida, com a preservação do meio ambiente. A
proposta da didática inovadora e a responsabilidade com a Educação já são partes integrantes do
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Luzia Garcia Villar EFM (.2009).
Desse modo, este projeto propõe aos educandos atividades voltadas para a preservação do
meio ambiente e consequentemente a melhoria da saúde física e mental do ser humano.
Partindo do princípio de que a aprendizagem vivenciada na prática propicia a assimilação
dos conteúdos, este projeto: A Preservação do Meio Ambiente na Disciplina de Ciências propõe
atividades que constam na Agenda 21 do Colégio Estadual Luzia Garcia Villar EFM da cidade de
Barbosa Ferraz, Paraná e envolverá a participação da clientela escolar. Dentre as atividades
incluem: Jardinagem, Cultivo de plantas medicinais e Hortaliças, Preparo de adubo orgânico por
meio da compostagem e observação de insetos que visitam as plantas. Através da participação dos
educandos nessas atividades, acredita-se que proporcionará um ambiente escolar mais agradável
devido à mudança na paisagem e pelo clima harmonioso entre as pessoas que se uniram para
realizar as atividades, gerando o respeito mútuo e a colaboração, além da conscientização da
preservação do ambiente, realizando o controle biológico de insetos pragas reduzindo o uso de
inseticida, aproveitando o lixo orgânico para produzir adubo evitando o acúmulo excessivo de lixo.
Certamente, o educando, personagem atuante, terá uma visão diferente do contexto escolar, com
isto a educação acontecerá com êxito e a sociedade poderá contar com cidadãos críticos e
responsáveis, pois, a teoria aliada à prática, permitirá uma melhor compreensão do ensino –
aprendizagem.
PROBLEMAS/ PROBLEMATIZAÇÃO.- Dificuldade de aprendizagem
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- Falta de interesse da clientela escolar.
- Indisciplina desencadeada por diversos fatores.
- Danos ao patrimônio público.
- Falta de respeito com os colegas e professores.
- Atitudes que agridem o meio ambiente.
OBJETIVOS:Geral:
Propor uma metodologia diferenciada que desperte na comunidade escolar, o interesse por
atividades que propicie mudanças de atitude, em prol da educação de qualidade almejada por parte
de educadores e educandos, sujeitos envolvidos neste contexto.
Específico:Despertar na comunidade escolar o interesse por um ensino de qualidade relacionando a teoria à
prática.
Resgatar a auto-estima dos alunos tornando-os agentes transformadores da realidade em que se
encontram.
Conscientizar a clientela escolar sobre a importância de preservar o meio ambiente, começando pelo
ambiente escolar.
Entender que só existe qualidade de vida se cuidar do meio ambiente.
Mudar os hábitos que compromete o equilíbrio ambiental.
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO:- Realizar fórum, envolvendo lideranças da escola e da comunidade para expor as atividades do
projeto e discutir ações voltadas para ‘’o cuidado com o meio ambiente’’;
- Realizar reunião com comerciantes propondo parceria no uso das sacolas reutilizáveis para
compra ao invés das sacolas plásticas descartáveis que poluem o ambiente;
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- Realizar mutirão envolvendo os alunos e a comunidade para preparar o local onde será cultivado
as plantas;
- Arrecadar mudas de plantas ornamentais para incrementar o paisagismo do ambiente escolar;
- Arrecadar mudas de plantas medicinais para ampliar as variedades;
- Cultivar diversas hortaliças para serem utilizadas na merenda escolar e orientar na importância dos
alimentos naturais.
CRONOGRAMA DE AÇÕES:- Apresentar para a Direção e comunidade escolar as atividades que serão desenvolvidas para atingir
os objetivos propostos;
- Definir com a Direção da Escola os locais onde serão instalados os jardins, o Horto de plantas
medicinais e a Horta;
- Preparo do adubo orgânico por meio da compostagem;
- Nos jardins, além de forrageiras e plantas ornamentais será feito o plantio de Citronela para repelir
os mosquitos;
- Pesquisa de campo sobre o uso de plantas medicinais (saber popular)
- Cultivar plantas medicinais;
- Realizar Palestras sobre plantas medicinais apresentando a maneira correta de preparação e suas
aplicações;
- Cultivar hortaliças para serem utilizadas no preparo da merenda escolar, incentivando a ingestão
de hortaliças orgânicas;
- Observar e fotografar os insetos que visitam as flores, plantas medicinais e hortaliças e montar um
álbum entomológico;
- Palestra sobre a importância dos insetos e o controle biológico destes;
- Exposição dos trabalhos realizados no decorrer do projeto, ressaltando pontos positivos e pontos
negativos.
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CRONOGRAMA DE ATIVIDADESCronograma de trabalho Ano 2009
mai jun jul Ago set out nov DezRevisão bibiliográfica
sobre meio ambiente
utilizadas como
estratégia para a
formação dos
educandos.
x
x x x
Elaboração de projeto
de pesquisa
x
Cronograma
de trabalho
2010
fev mar abr mai jun jul ago Set out nov DezElaboração de
projeto de
pesquisa.
x x x
Elaboração de
material
didático a
partir de
leituras sobre
meio
ambiente.Implementaçã
o do projeto
na escola.
x x x x X
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Cronograma
de trabalho
2011
fev mar abr mai jun jul ago Set out nov DezProdução de
Artigo
Científico
x X x x
Acompanham
ento e
manutenção
das plantas
que foram
plantadas e
renovação dos
canteiros.
x x x x x x x x x x x
Referências Bibliográficas:
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências, Curitiba, 2008.
Colégio Estadual Luzia Garcia Villar EFM - Projeto Político Pedagógico.2009.
Agenda 21 do Colégio Estadual Luzia Garcia Villar EFM da cidade de Barbosa Ferraz, Paraná
OLIVEIRA, Renato José de. A Escola e o Ensino de Ciências. São Leopoldo: Unissimos, 2000
DELIZOICOV, D, Angotti, I. A. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo Cortez, 1992
CHASSOT, A. I. A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança.Paz e Terra S/A 2006
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10.3 PROJETO PROFESSORAS PDE 2010/2011
DADOS DE IDENTIFICAÇÃOProfessora PDE: Elizabete Aparecida de Oliveira Cornelian
Área PDE: Língua Portuguesa
NRE: Campo Mourão
IES vinculada: UEPR
Escola de Implementação: Colégio Estadual Luzia Garcia Villar
Público objeto de intervenção: Alunos da 6ª série (7º ano) do Ensino Fundamental
TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE: Ensino e Aprendizagem da Leitura
TÍTULO: Lendo e Aprendendo com Fábulas
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:Professora PDE: Vanora Marla Buim de Andrade
Área PDE: Língua Portuguesa
NRE: Campo Mourão
IES vinculada: UEPR
Escola de Implementação: Colégio Estadual Luzia Garcia Villar
Público objeto de intervenção: Alunos da 5ª série (6º ano) do Ensino Fundamental
TEMA DE ESTUDO PROFESSOR PDE:FORMAÇÃO DE LEITORES DE 6º ANO
TÍTULO: UMA PROPOSTA DE LEITURA COM CONTOS DE FADAS CLÁSSICOS E CONTEMPORÂNEOS DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:Professora PDE: Marilda aparecida de Souza Pereira
Área PDE: Geografia
NRE: Campo Mourão
IES vinculada: UEPR
Escola de Implementação: Colégio Estadual Luzia Garcia Villar
Público objeto de intervenção: Alunos da 1ª série – Ensino Médio
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TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE: SOCIOAMBIENTAL
TÍTULO: O RISCO DOS METAIS CONTIDOS EM PILHAS E BATERIAS DE APARELHOS
CELULARES: O CASO DE BARBOSA FERRAZ
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:Professora PDE: Lucília Caetano
Área PDE: Educação Física
NRE: Campo Mourão
IES vinculada: UEM
Escola de Implementação: Colégio Estadual Luzia Garcia Villar
Público objeto de intervenção: Alunos da 5ª série ( 6º ANO) Ensino Fundamental
TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE: Jogos Cooperativos
TÍTULO: Educação física como um processo de humanização
10.4 AÇÕES PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA
10.4.1 Fórum, Publicação e Estudos do Regimento Escolar e Regulamento Interno :
Visa estabelecer contato para discussão de normas e regras direitos/deveres e respeito ao patrimônio
público, conscientizando sobre o ressarcimento de possíveis prejuízos causados.
Participação: Pais e Alunos
Promoção: Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica, Professores, Conselho Tutelar
Cronograma: Início do Ano Letivo.
10.4.2 Reuniões bimestrais - envolvimento da Família na vida escolar:Reuniões bimestrais, por série e turma, promovidas pela Direção, Equipe pedagógica, Professores
Coordenadores de turma e alunos líderes de sala para a ciência do processo de aproveitamento
educacional dos filhos, da Proposta Curricular e sistema de Avaliação.
Participação: Pais e Alunos
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Promoção: Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica, Professores,
Cronograma: Ao final de cada bimestre.
10.4.3 Prevenção e uso indevido de Drogas
Atividades Interdisciplinar-temáticas que tem como objetivo a reflexão e fortalecimento do
conhecimento dos males e consequências negativas que o uso indevido de drogas pode causar nas
vidas tanto de alunos como de seus familiares. Tais como: Palestras com temas relacionados à
valorização do ser, auto estima, motivação pessoal e profissional/ Implementação de uma Rede de
Proteção no Município envolvendo Conselho Tutelar, Promotoria Pública e o CRAS- Centro de
Referência da Assistência Social, Secretaria Municipal da Saúde, Secretaria Municipal de Esporte,
Polícia Militar (Patrulha Escolar)- com um Fórum de discussão permanente sobre o Tema. Além de
palestras educativas e preventivas, atividades desportivas e culturais, bem como assistência médica
e/ou , psicológica especializada para casos específicos que necessitam de tal atendimento
Participação: Pais / Alunos / Profissionais das áreas competentes
Promoção: Equipe Diretiva, Equipe Pedagógica, Professores,
Cronograma: Durante todo o ano letivo
11. AÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E AO ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA AFRICANA E/OU INDÍGENA:Manutenção da EQUIPE MULTIDISCIPLINAR: composta por profissionais dos vários segmentos
do Colégio e instituída com objetivo de atender a legislação vigente, organizar e coordenar os
trabalhos e reflexões sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais e ao ensino da História e
cultura Afro Brasileira e Africana e ou Indígena. Sendo proposto durante o ano letivo as seguintes
atividades:
• Seminários para discussão de problemas referentes à diversidade, enfrentamento e a
desconstrução de preconceitos e todo tipo de exclusão que possa acontecer no meio escolar
contribuindo assim para a formação do cidadão.
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• Atividades de leituras, debates, produções artísticas (dança, músicas, painéis, desenhos,
exposição de trabalhos)
• Trabalho Pesquisa: relacionada aos diversos povos formadores da cultura do município, seus
costumes, origem, tradição etc.
Período de Realização: durante o Ano Letivo.
Responsáveis: Professores, Equipe Pedagógica Instâncias Colegiadas.
Envolvidos: Alunos, Agentes Educacionais I e II.
12.MARCO OPERACIONAL
12.1 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO
O Colégio tem influência efetiva não apenas dentro de seus muros, nos momentos de instrução de
seus alunos, mas também em todas as comunidades formadas pelos respectivos familiares e
moradores de seu entorno.
Busca-se a adoção de uma metodologia de trabalho em consenso entre representantes do
estabelecimento escolar, alunos da coletividade em sua área de influência, Poder Público e de
organismos governamentais, técnicos líderes comunitários e religiosos, na efetivação do Projeto
Político Pedagógico do estabelecimento, tendo em vista a formação integral do educando.
Pensar a educação hoje é contextualizá-la a partir das grandes transformações econômicas, sociais,
políticas e culturais que geram a sociedade global, onde o mal estar causado pela falta de visão do
futuro, conjuga-se com a consciência cada vez maior das diferenças existentes no mundo.
Qualquer sociedade humana retira a sua coesão de um conjunto de atividades e projetos comuns,
mas de valores partilhados, que constituem outros aspectos de vontade de viver juntos, onde são
complexas as realidades dos agrupamentos e as características que os unam e diferenciam em sua
cultura expressa.
Cultura que diz respeito à humanidade como um todo e a cada um dos povos, nações sociedades e
grupos humanos.
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Há na atualidade, um crescente interesse pelos estudos culturais no campo da educação. Na busca
de entendimento das práticas sociais próprias da complexidade da vida escolar se distingue como
fundamental o estudo das relações que permeiam o social e o simbólico e produzam significado
dando sentido às ações pedagógicas.
O trabalho da educação e que orienta a construção do plano escolar, se distingue de outras práticas
educativas, como as que acontecem na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nas demais formas
de convívio social, é a função social da escola, que é proporcionar um conjunto de práticas pré-
estabelecidas com o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e
culturais de maneira crítica e construtiva.
Pois é no universo da escola que o aluno vivencia situações diversificadas que favorecem o
aprendizado, para dialogar de maneira competente com a comunidade/sociedade aprender a
respeitar e a ser respeitado, ouvir e ser ouvido, a reivindicarem direitos e cumprir obrigações, a
participar ativamente da vida científica, cultural, social e política do país e do mundo.
A construção do Projeto Político Pedagógico pautado nos princípios de igualdade e liberdade gera
também o compromisso de se chegar ao sucesso, assim de fato a Gestão democrática se efetivará.
Necessita, portanto envolver toda comunidade escolar e extra-escolar, assim a soma de
responsabilidade e de força será maior. Cada setor da sociedade é chamado a participar, para que
em conjunto possa definir claramente a formação do tipo de sociedade que se espera e, para
alcançar esses objetivos é preciso traçar metas que efetivará a proposta, garantindo a qualidade de
ensino para todos.
O acesso à escola por si só não é garantia de educação para todos é preciso mais, que o aluno ao
deixar os bancos escolares esteja capacitado para gerir sua sobrevivência na sociedade em que está
inserido.
É da organização das estruturas administrativas e pedagógicas que a escola define o que pretende,
ou seja, aonde quer chegar, considerando seus limites e recursos disponíveis, seja ele pedagógico
ou financeiro.
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A função social do plano de ação é a garantia da efetivação da aprendizagem. A
avaliação servirá para subsidiar as decisões em relação aos alunos, professores, agentes
educacionais e comunidade com ações democráticas como:
-Execuções das ações mencionadas no presente plano;
-Aceitação da escola pela comunidade;
-Interação professor–aluno, professor–direção, aluno/funcionários e comunidade;
-Utilização, melhoria e conservação dos ambientes e recursos oferecidos pela escola para realização
do processo ensino-aprendizagem;
-Participação de pais nas atividades escolares mantendo um bom relacionamento escola–família;
-Reuniões com professores e pais de alunos;
-Reuniões semestrais avaliativas com Conselho Escolar, Associação Pais Mestres e Funcionários,
Professores e Funcionários para levantar os pontos positivos e negativos da atual gestão e assim
buscar melhorias;
-Diminuir o índice de evasão e repetência;
-Incentivar os professores a utilizar metodologias, capazes de proporcionar uma educação para
formação integral do cidadão, subsidiando-o para agirem e transformarem o meio em que vivem.
-Avaliar é necessário, pois, o Gestor na Educação é, na verdade um Educador de Educadores: Sua
principal ferramenta de trabalho é a sua habilidade nas relações interpessoais. Saber lidar com
pessoas e conseguir resultado através delas. Conhecer-se a si mesmo, ouvir o outro, querendo
compreendê-lo de verdade, informando-se, sendo humilde, deixando-se avaliar e recebendo feed
backs e assim estará aprimorando quotidianamente a execução do plano de ação, concretizando
uma gestão democrática, qualitativa, participativa e construindo assim um Ensino de Qualidade.
12.2 PLANO DE AÇÃO EQUIPE PEDAGÓGICA
Sendo responsável pela coordenação e implantação das Diretrizes Pedagógicas
emanadas da Secretaria de Estado da Educação. A Equipe Pedagógica desta Escola terá como Eixo
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Norteador do Trabalho, além das instruções e documentos da SEED, as seguintes metas do plano de
ação:
- Diagnosticar analisar e buscar soluções para os problemas apresentados pelos professores e
alunos;
- Planejar as ações, destacando aspectos prioritários a serem tratados;
- Explicitar a Proposta Pedagógica para os professores, alunos e pais;
- Orientar os profissionais envolvidos na educação, procurando motivá-los para mudanças de
atitudes quanto ao processo de aquisição e construção da aprendizagem dos alunos;
- Subsidiar os professores com apoio pedagógico, através do atendimento aos educandos que
apresentarem dificuldades de aprendizagem;
- Acompanhar os grupos de estudos, procurando meios argumentativos que fundamente a
teoria/prática do professor, dando subsídios para que o professor consiga realizar a transposição
didática de forma que possa auxiliá-lo na elaboração de respostas para suas indagações e
dificuldades;
- Propor e implementar atividades com as temáticas: Valorização pessoal, Ética, Saúde e Cidadania;
- Priorizar o acompanhamento das turmas e professores na medida que forem diagnosticados
problemas no encaminhamento do processo educativo;
- Dedicar momentos de atendimento aos alunos que apresentarem problemas de aprendizagem, para
diagnosticar aspectos que contribuíram para um baixo rendimento, propondo encaminhamentos
práticos visando à retomada do processo de aprendizagem;
- Atender sistematicamente os pais dos alunos com problemas de aprendizagem, orientando-os
quanto aos procedimentos que podem auxiliar o aluno;
- Propiciar situações que favoreçam a definição de critérios básicos comuns a serem adotados por
todos os professores na prática avaliativa, tendo como referencial a Proposta Pedagógica;
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-Redimensionamento do Conselho de Classe, transformando-o realmente num espaço de avaliação
coletiva do trabalho pedagógico, subsidiando os professores com dados, informações e material de
apoio;
- Orientação no sentido de registrar em livro o cotidiano da sala de aula com clareza e realidade;
-Criar momentos de estudos e interpretação dos documentos enviados pela SEED e NRE, para
melhor atender os professores e todos os envolvidos na Educação;
-Trabalhar como peça integrante e mediadora em situações de conflito.
12.3 FUNÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Garantir a concretização da Gestão Compartilhada através da atuação conjunta com
as instâncias colegiadas: Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários-
A.P.M.F, Grêmio Estudantil, Representantes de Turmas e Conselho de Classe assegurando a
consolidação de Parcerias e a co-responsabilidade de todos na construção de uma escola
democrática, eficiente e de qualidade, adotando as medidas descentralizadoras da SEED, delegando
tarefas compartilhando ações na busca da excelência da Educação, tendo como princípio:
-Incorporação e participação de Organizações não Governamentais e das famílias no processo da
educação;
-Repasse de orientações emanadas do N.R.E. e da SEED;
-Atuação constante do Conselho Escolar em atividades da escola;
-Realização de reuniões ordinárias e extraordinárias, do Conselho Escolar e da Associação de Pais,
Mestres e Funcionários - APMF;
-Reuniões de pais e professores bimestralmente para acompanhar a vida escolar dos filhos;
-Acompanhar a avaliação do Plano de Trabalho de cada setor da escola;
-Intercâmbio e parcerias com as entidades organizadas da sociedade para o desenvolvimento de
projetos;
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-Ações conjuntas com a equipe pedagógico-administrativa;
-Dinamização da Associação de Pais Mestres e Funcionários- A.P.M.F, ações conjuntas, reuniões
para estudo e atividades que desenvolvam clima de amizade, cooperação e socialização;
-Atenção e apoio a todos os níveis e modalidades de ensino da Escola;
- Buscar o envolvimento do Grêmio Estudantil em atividades de integração e apoio pedagógico,
interação e descontração no ambiente escolar.
12.4 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO
A construção do Projeto Político Pedagógico pela equipe escolar pressupõe a
existência de autonomia, de modo a se eliminarem relações verticalizadas, entre a escola e os
dirigentes educacionais e dentro dela própria.
Entendemos que cada escola é única, no sentido de que atende alunos com
características e necessidades próprias e nela atuam profissionais com diferentes experiências de
trabalho e de vida e diferentes percepções de sociedade, educação, escola e aprendizagem. As
condições de funcionamento de cada escola também variam. Cada uma delas é um local singular de
trabalho, com seu jeito próprio de organização de espaço físico e distribuição de tarefas. Tudo isso,
associado ao fato de que cabe a cada Instituição de Ensino, trabalhar com a produção de idéias
conduzem a necessidade de organizar suas próprias atividades, de forma coletiva e criativa, para
que seja um espaço compartilhado de experiências. Mas, é preciso entender que o que lhe dá o
direito de ter autonomia não é “ensinar o que quiser da maneira como quiser e a quem quiser”, mas
o compromisso de garantir que cada aluno aprenda o que necessita aprender.
Ter autonomia não significa desvincular-se do conjunto de normas educacionais
básicas, mas criar os melhores meios de aplicá-los. A escola que a sociedade democrática requer é
aquela capaz de programar seu próprio Projeto Político Pedagógico, elaborado coletivamente,
devidamente atualizado, divulgado e Avaliado por todos os interessados.
Na busca de uma avaliação processual, evolutiva e participativa, esta escola buscará
com o envolvimento de toda uma avaliação anual do trabalho escolar com data a ser fixada pela
Direção e Equipe Pedagógica em consenso e com o envolvimento de todos os segmentos, 58
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principalmente a APMF – Associação de Pais Mestres, Funcionários e o Conselho Escolar para que
possa a partir das informações e análises do cumprimento das Metas e Ações estabelecidas, mudar o
que deve ser mudado, aperfeiçoar o que deve ser aperfeiçoado e construir o que deve ser construído.
Conseqüentemente os resultados divulgados, com competência, seriedade, comprometimento,
profissionalismo e rigor.
Tendo como princípio fundamental o Programa de Avaliação Institucional da
Educação Básica da Secretaria Estadual da Educação do Paraná. Busca-se efetivar o processo de
avaliação desta Instituição de Ensino como um processo sistemático de discussão das práticas
vivenciadas na escola e em seu entorno, buscando sempre garantir uma política educacional
vinculada à prática social e ao mundo do trabalho, dentro dos princípios de igualdade, acesso e
permanência na escola, tendo como finalidade o pleno desenvolvimento do educando, com vistas à
emancipação humana e social a formação do cidadão consciente e capaz de ações transformadoras
no meio em que vive praticando seus direitos e deveres na sociedade.
12.5 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Elizabethe B de & PRADO, Maria Elizabete Brizola Brito Prado-
Integração Tecnológica, Linguagem e Representação.
ALMEIDA, Maria Elizabethe B de – Tecnologias para a Gestão Democrática
BRZEZINSKI Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. SP: Cortez,
1997.
DEMO , Pedro – A Nova LDBEN – Ranços e Avanços- Campinas , SP Ed. Papirus – 1197
DEMO, Pedro – Educação e Qualidade – Campinas -São Paulo Ed. Papirus -1194 5ª ed.
FREIRE , Paulo – Pedagogia do Oprimido ,Rio de Janeiro: Paz e Terra- 2005 , 40ª ed.
GADOTTI, Moacir – Perspectivas Atuais da Educação et al, Porto Alegre , RS – Ed. Arte
Médica Sul – Ltda- 2000
GARCIA, Paulo Sergio – Internet Como Nova Mídia da Educação
_______SEED, Plano Estadual de Educação. Uma Construção Coletiva- versão
preliminar- Curitiba 2004.
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_______SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação
Básica do Estado do Paraná – Julho de 2006.
_______SEED, Ensino Fundamental de Nove Anos- Orientações Pedagógicas para os
Anos Iniciais- Curitiba -2010.
_______SEED, Cadernos Temáticos: Avaliação Institucional – Curitiba 2004.
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13. ANEXOS
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13.1 MATRIZES CURRICULARES DOS CURSOS OFERTADOS
COLÉGIO ESTADUAL LUZIA GARCIA VILLARENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Pernambuco, 488 – Tel.Fax. 0xx 4432751514 – CEP: 86960000 – Barbosa Ferraz – PR
13.1.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL MANHÃ
NRE: CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: BARBOSA FERRAZ
ESTABELECIMENTO:
ENDEREÇO: Rua Pernambuco -488
TELEFONE: (44) 3275 15 14
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIOANAL
COMUM
DISCIPLINAS/ ANOS 6º 7º 8º 9º
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 3 4
EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3
ENSINO RELIGIOSO* 1 1
GEOGRAFIA 3 3 3 3
HISTÓRIA 3 3 4 3
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFIC
ADA
L.E.M. - INGLES 2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96*Ensino Religioso- Disciplina de matrícula facultativa.
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COLÉGIO ESTADUAL LUZIA GARCIA VILLARENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua Pernambuco, 488 – Tel.Fax. 0xx 4432751514 – CEP: 86960000 – Barbosa Ferraz – PR
13.1.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL TARDE
NRE: CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: BARBOSA FERRAZ
ENDEREÇO: Rua Pernambuco -488
TELEFONE: (44) 3275 15 14
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIOANAL
COMUM
DISCIPLINAS/ ANOS 6º 7º 8º 9º
ARTE 2 2 2 2
CIÊNCIAS 3 3 3 4
EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3
ENSINO RELIGIOSO* 1 1
GEOGRAFIA 3 3 3 3
HISTÓRIA 3 3 4 3
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFIC
ADA
L.E.M. - INGLES 2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96*Ensino Religioso- Disciplina de matrícula facultativa.
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13.1.3 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO MANHÃ NÚCLEO: 05 CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0250 – BARBOSA FERRAZESTAB.: 00013 – COL. EST. LUZIA GARCIA VILLAR EFM ENT. MANTEN.: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANT.: 2011 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BNC DISCIPLINAS / SÉRIES 1ª 2ª 3ª
ARTE 2
BIOLOGIA 2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2
FILOSOFIA 2 2 2
FÍSICA 2 2 2
GEOGRAFIA 2 2 2
HISTÓRIA 2 2 2
LÍNGUA PORTUGUESA 3 4 4
MATEMÁTICA 2 3 3
QUÍMICA 2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
BNC SUBTOTAL 23 23 23
PD L.E.M. INGLÊS 2 2 2
L.E.M. ESPANHOL* 4 4 4
PD SUBTOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/9 *DISCIPLINA DE MATRÍCULA FACULTATIVA OFERTADA NO TURNO CONTRÁRIO NO CELEM.
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13.1.4 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO TARDE
NÚCLEO: 05 CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0250 – BARBOSA FERRAZESTAB.: 00013 – COL. EST. LUZIA GARCIA VILLAR EFM ENT. MANTEN.: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: TARDE ANO DE IMPLANT.: 2011 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BNC DISCIPLINAS / SÉRIES 1ª 2ª 3ªARTE 2BIOLOGIA 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2 2FÍSICA 2 2 2GEOGRAFIA 2 2 2HISTÓRIA 2 2 2LÍNGUA PORTUGUESA 3 4 4MATEMÁTICA 2 3 3QUÍMICA 2 2 2SOCIOLOGIA 2 2 2
BNC SUBTOTAL 23 23 23PD L.E.M. INGLÊS 2 2 2
L.E.M. ESPANHOL* 4 4 4PD SUBTOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 *DISCIPLINA DE MATRÍCULA FACULTATIVA OFERTADA NO TURNO CONTRÁRIO NO CELEM
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13.2 PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO Tendo como referência o programa de construção das Diretrizes Curriculares elaborado pela equipe de Superintendência da Educação da Secretaria Estadual de Educação do Paraná, onde foram adotados referenciais teóricos, metodológicos e orientações para o processo de discussão e construção desta Proposta Pedagógica Curricular e com base na observação da história educacional construída no Estado do Paraná, nos princípios políticos apontados pela atual gestão bem como fundamentos legais em que estes se sustentam.
E após levantamento da situação concreta da realidade escolar, em uma avaliação e identificação dos elementos norteadores e ações a serem desenvolvidas firmou-se o compromisso com os seguintes princípios: o compromisso com a diminuição das desigualdades sociais; a articulação das propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da educação básica e da escola pública, gratuita de qualidade, como direito fundamental do cidadão; a articulação de todos os níveis e modalidades de ensino, e a compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos.
Durante todo o processo de Construção da Proposta Pedagógica Curricular de Ensino, deste estabelecimento, evidenciou-se a necessidade de reconhecimento da visão de mundo, de homem e de escola. O que Temos e que Queremos. Fundamentando-se na concepção de Educação frente à conjuntura nacional; os estudos da realidade sócio-econômica e cultural de nossa região, o perfil do aluno e do professor, da escola e dos órgãos colegiados que a compõe.
Na construção destas diretrizes, busca-se estratégias para garantir a participação do coletivo dos profissionais da educação nas discussões. Nesse propósito, a competência técnica e pedagógica individual dos professores está cotidianamente a serviço do coletivo da escola cujo desafio é o zelo pela aprendizagem de todos os alunos, independentes das condições sociais, econômicas e culturais.
Ao reconhecer as características dos alunos do Ensino Fundamental e Médio, busca-se também oportunizar a todos os alunos conhecimentos específicos das diferentes linguagens. Isso implica questionar práticas excludentes que ainda persistem no meio escolar e que, se não forem superadas por encaminhamentos pedagógicos que contemplem todos os alunos no processo de ensino e de aprendizagem, estarão contribuindo para a manutenção das desigualdades sociais que marcam a vida de muitos alunos de nossas escolas.
Tendo consciência da diversidade e dentro dos princípios de uma pedagogia histórico-crítica está à preocupação com a educação como direito de todos; a valorização dos profissionais da educação, o trabalho coletivo, e a gestão democrática; o atendimento às diferenças, evidenciando a inclusão, não só das pessoas com deficiências, mas, buscando atender as diferenças individuais, respeitando as necessidades de quaisquer dos alunos, pois, o insucesso na escola revela que não são apenas os alunos portadores de deficiência os que apresentam necessidades referentes ao processo de aprendizagem e que devem ser
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beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais que promoverão a sua inclusão. Nessa perspectiva, dentro desta Proposta Pedagógica Curricular, procura-se evidenciar a organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilização e adaptações de conteúdos curriculares (conteúdos, métodos e avaliação), de modo a contemplar a participação e o sucesso de todos os alunos, considerando seu conhecimento prévio, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social.
A escola, assim concebida, necessita valorizar e colocar em contato diferentes saberes historicamente construídos com metodologias que priorizem as diversas formas de ensinar, avaliar e principalmente priorize a concepção de conhecimento considerando suas dimensões científica, filosófica e artística, que aponte na direção da totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano.
Diante do exposto, a escola vem buscando a efetivação de currículo que destaca a importância dos conteúdos disciplinares, historicamente construídos. Os temas transversais que até então eram impostos de forma arbitrária e fora do contexto inerentes a todas as disciplinas, ganham aqui outro enfoque, são abordados pelas disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada e articulados com os respectivos objetos de estudo dentro de seus referenciais teórico-conceituais.
Assim, para que a proposta curricular deste colégio realmente se efetive, buscou-se o envolvimento de todos. Convocados a participar, de forma direta, além de todos os professores, equipe técnica-pedagógica pais, alunos e instâncias colegiadas, permitindo de forma democrática o atendimento às necessidades, ora postas pela nossa sociedade.
A partir da Proposta Pedagógica Curricular aqui apresentada, o professor irá elaborar seu plano de trabalho docente, vinculado à realidade e às necessidades de seus educandos, tendo a clareza de que esse contexto em que o sujeito está inserido, não é apenas espacial, mas é sim elemento fundamental das estruturas sócio-históricas, reconhecendo esse sujeito como produtor do conhecimento.
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13.2.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE
APRESENTAÇÃO:
Durante o período colonial ocorreu a primeira forma registrada de arte na
educação em vilas e reduções jesuíticas. Nas reduções jesuíticas, realizaram um
trabalho de catequização dos indígenas com os ensinamentos de artes e ofícios,
através da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e outras artes
manuais. Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250
anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na construção da matriz
cultural brasileira. Essa influência manifesta-se na cultura popular, na música, no
folclore, na folia de Reis, entre outras, que permanecem com algumas variações.
Por volta do século XVIII, busca-se a efetiva superação do modelo teocêntrico
medieval, voltando-se ao projeto conhecido como iluminista, que tinha como
característica marcante a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do
homem e pela ciência. Ocorre uma reforma na educação colonial, conhecida como
Reforma Pombalina, mas na prática não se apresenta efetiva mudança. Os colégios
jesuítas foram substituídos por colégio-seminário de outras congregações religiosas.
Entre esses colégios-seminários destacam-se o de Olinda e o Franciscano do
Rio de Janeiro, construídos no inicio do século XIX. Incluíram em seus currículos,
diferentemente dos demais, estudos de desenho associados a matemática e da
harmonia na musica, características da arte na sociedade burguesa européia do
século XVIII e fundamentadas no principio do iluminismo.
Em 1808, com a vinda da Família Real de Portugal para o Brasil, inicia-se
uma série de obras e ações para acomodar, em termos materiais e culturais, a corte
portuguesa. Entre essas ações destaca-se a chegada ao Brasil de um grupo de
artistas franceses encarregado da fundação da Academia de Belas Artes, na qual os
alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.
Em 1890 surge a primeira reforma educacional no Brasil República. Essa
proposta educacional procurava atender ao modo de produção capitalista,
caracterizado pelo inicio da industrialização no Brasil, secundarizava e deslocava do
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currículo o ensino de Arte, que tendia a ser centrado nas áreas técnicas e artes
manuais ou em atividades sem vínculo com as propostas curriculares das escolas.
Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas foi
a Semana da Arte Moderna em 1922, que influenciou os artistas brasileiros. Esse
movimento baseava-se na valorização da identidade nacional e na reafirmação da
cultura brasileira.
A partir dos anos 60 as produções e movimentos artísticos se intensificaram
nas artes plásticas com as Bienais e os movimentos contrários a ela: na música com
a bossa nova e os festivais; no teatro com o teatro de rua, teatro oficina e o teatro de
arena de Augusto Boal; e no cinema com o cinema novo de Glauber Rocha. Esses
movimentos tiveram um forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade
social e gradativamente deixaram de acontecer com o endurecimento do regime
militar. Em 1968, esses movimentos foram reprimidos com a perseguição e o exílio
de vários artistas, professores, políticos e outros que se opunham ao regime.
Contraditoriamente, nesse momento de repressão política e cultural o ensino de Arte
torna-se obrigatório. Com uma concepção centrada nas habilidades e técnicas,
minimizando o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte.
A partir de 1980, o país inicia um amplo processo de mobilização social pela
redemocratização e para a nova constituinte de 1988. Surgem nessa fase,
movimentos para a valorização da educação partindo das influências da Pedagogia
histórico-crítica. No final dos anos 80 e na década de 90, professores de arte das
escolas de educação básica, das universidades e profissionais da área que atuavam
em museus, organizaram-se em seminários, simpósios nacionais e internacionais,
propondo novas formas de ensino de arte nas escolas, principalmente das públicas,
mobilizaram-se também pela manutenção da obrigatoriedade do ensino de arte no
texto da LDB, promulgada em 1996.
Na década de 1990, as empresas de capacitação de executivos e demais
profissionais passaram a utilizar a arte e os conceitos de estética como meio e
principio nos seus cursos. Esse padrão foi muito utilizado nas capacitações de
professores da rede pública em Faxinal do Céu (Pinhão) de 1997 a 2002.
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Em 2005 implementa-se através da Lei Federal 10.639/03 a obrigatoriedade
no âmbito das escolas brasileiras, oficiais ou privadas, no nível de ensino
fundamental e médio, o estudo da “história e cultura afro-brasileira e africana”. É
importante destacar que o ensino de Arte passa a se preocupar com o
desenvolvimento do sujeito inserido em uma sociedade transformadora. Portanto, é
necessário conhecer a nossa história para entender e transformar nossa realidade.
Durante o período colonial ocorreu a primeira forma registrada de arte na
educação em vilas e reduções jesuíticas. Nas reduções jesuíticas, realizaram um
trabalho de catequização dos indígenas com os ensinamentos de artes e ofícios,
através da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e outras artes
manuais. Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250
anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na construção da matriz
cultural brasileira. Essa influência manifesta-se na cultura popular, na música, no
folclore, na folia de Reis, entre outras, que permanecem com algumas variações.
Por volta do século XVIII, busca-se a efetiva superação do modelo teocêntrico
medieval, voltando-se ao projeto conhecido como iluminista, que tinha como
característica marcante a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do
homem e pela ciência. Ocorre uma reforma na educação colonial, conhecida como
Reforma Pombalina, mas na prática não se apresenta efetiva mudança. Os colégios
jesuítas foram substituídos por colégio-seminário de outras congregações religiosas.
Entre esses colégios-seminários destacam-se o de Olinda e o Franciscano do
Rio de Janeiro, construídos no inicio do século XIX. Incluíram em seus currículos,
diferentemente dos demais, estudos de desenho associados a matemática e da
harmonia na musica, características da arte na sociedade burguesa européia do
século XVIII e fundamentadas no principio do iluminismo.
Em 1808, com a vinda da Família Real de Portugal para o Brasil, inicia-se
uma série de obras e ações para acomodar, em termos materiais e culturais, a corte
portuguesa. Entre essas ações destaca-se a chegada ao Brasil de um grupo de
artistas franceses encarregado da fundação da Academia de Belas Artes, na qual os
alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.
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Em 1890 surge a primeira reforma educacional no Brasil República. Essa
proposta educacional procurava atender ao modo de produção capitalista,
caracterizado pelo inicio da industrialização no Brasil, secundarizava e deslocava do
currículo o ensino de Arte, que tendia a ser centrado nas áreas técnicas e artes
manuais ou em atividades sem vínculo com as propostas curriculares das escolas.
Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas foi
a Semana da Arte Moderna em 1922, que influenciou os artistas brasileiros. Esse
movimento baseava-se na valorização da identidade nacional e na reafirmação da
cultura brasileira.
A partir dos anos 60 as produções e movimentos artísticos se intensificaram
nas artes plásticas com as Bienais e os movimentos contrários a ela: na música com
a bossa nova e os festivais; no teatro com o teatro de rua, teatro oficina e o teatro de
arena de Augusto Boal; e no cinema com o cinema novo de Glauber Rocha. Esses
movimentos tiveram um forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade
social e gradativamente deixaram de acontecer com o endurecimento do regime
militar. Em 1968, esses movimentos foram reprimidos com a perseguição e o exílio
de vários artistas, professores, políticos e outros que se opunham ao regime.
Contraditoriamente, nesse momento de repressão política e cultural o ensino de Arte
torna-se obrigatório. Com uma concepção centrada nas habilidades e técnicas,
minimizando o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte.
A partir de 1980, o país inicia um amplo processo de mobilização social pela
redemocratização e para a nova constituinte de 1988. Surgem nessa fase,
movimentos para a valorização da educação partindo das influências da Pedagogia
histórico-crítica. No final dos anos 80 e na década de 90, professores de arte das
escolas de educação básica, das universidades e profissionais da área que atuavam
em museus, organizaram-se em seminários, simpósios nacionais e internacionais,
propondo novas formas de ensino de arte nas escolas, principalmente das públicas,
mobilizaram-se também pela manutenção da obrigatoriedade do ensino de arte no
texto da LDB, promulgada em 1996.
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Na década de 1990, as empresas de capacitação de executivos e demais
profissionais passaram a utilizar a arte e os conceitos de estética como meio e
principio nos seus cursos. Esse padrão foi muito utilizado nas capacitações de
professores da rede pública em Faxinal do Céu (Pinhão) de 1997 a 2002.
Em 2005 implementa-se através da Lei Federal 10.639/03 a obrigatoriedade
no âmbito das escolas brasileiras, oficiais ou privadas, no nível de ensino
fundamental e médio, o estudo da “história e cultura afro-brasileira e africana”. É
importante destacar que o ensino de Arte passa a se preocupar com o
desenvolvimento do sujeito inserido em uma sociedade transformadora. Portanto, é
necessário conhecer a nossa história para entender e transformar nossa realidade.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:
Propiciar o desenvolvimento do pensamento artístico, que caracteriza um modo
particular de dar sentido a imaginação. Aprender arte envolve, basicamente, fazer
trabalhos artísticos, apreciar e refletir às experiências das pessoas: por meio dele, o
aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão sobre eles.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA:
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas:diatônica,
pentatônica, cromática,
maior, menor, Improvisação
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Idade Média
Música Popular (folclore)
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Gêneros: erudito, popular.
ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa/Abstrato
Geométrica
Técnicas: Pintura, desenho,
baixo e alto relevo,
escultura, arquitetura...
Gêneros: paisagem, retrato,
cenas da mitologia.
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Indígena
Arte Oriental
Idade Média
Arte Popular (folclore)
Arte Pré-Histórica
Renascimento
Barroco
TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais.
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais,
teatro indireto e direto,
improvisação, manipulação,
máscara.
Gênero: Tragédia,
Comédia, enredo, roteiro.
Espaço Cênico, circo.
Adereços
Greco-Romana
Teatro Oriental
Africano
Teatro Medieval
Renascimento
Teatro Popular
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DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Deslocamento
Ponto de Apoio
Formação
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
Pré-história
Greco-romana
Renascimento
Dança Clássica
7º Ano
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Estrutura
Gêneros: folclórico, popular,
étnico.
Técnicas: vocal,
instrumental, mista.
Improvisação
Música popular e étnica
(ocidental e oriental)
Brasileira
Paranaense
Africana
Renascimento
Neoclássica
Caipira/Sertanejo Raiz
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ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativa
Abstrata
Geométrica
Técnicas: Pintura, desenho,
escultura, modelagem,
gravura, mista,
pontilhismo...
Gêneros: Paisagem,
retrato, natureza morta.
Arte indígena
Arte Popular Brasileira e
Paranaense
Arte Africana
Abstracionismo
Expressionismo
Impressionismo
TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais.
Ação
Espaço
Representação,
Leitura dramática,
Cenografia.
Gêneros: Rua, Comédia,
arena,
Caracterização
Técnicas: jogos dramáticos
e teatrais, Mímica,
improvisação, formas
Comédia dell' arte
Teatro Popular
Teatro Popular Brasileiro
e Paranaense
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Rua: Pernambuco 488- Centro - Barbosa Ferraz /PR Fone/fax : (44) 3275 15 14 E-mail: [email protected]
animadas...
DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Direções
Coreografia
Salto e queda
Níveis (alto, médio, baixo)
Gênero: Folclórica, popular
e étnica.
Dança popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena.
8º Ano
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a fusão de
ambos.
Técnicas: vocal,
instrumental, eletrônica,
informática e mista.
Sonoplastia
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
Sertanejo pop
Vanguardas
Clássica
77
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ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Cenografia
Técnicas: pintura, desenho,
fotografia, audiovisual,
gravura...
Gêneros: Natureza morta,
retrato, paisagem.
Indústria Cultural
Vanguardas
Arte Indígena
Arte Africana
Arte Contemporânea
Op Art
Pop Art
Classicismo
TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais.
Ação
Espaço
Representação no Cinema
e Mídias (Vídeo, TV e
Computador)
Texto dramático
Cenografia
Maquiagem
Sonoplastia
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Vanguardas
Classicismo
78
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Roteiro, enredo
Técnicas: jogos teatrais,
sombra, adaptação cênica
DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Direções
Dinâmicas
Aceleração
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria Cultural,
espetáculo.
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultura
Dança Moderna
Dança Clássica
9º Ano
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Estrutura
Técnicas: vocal,
instrumental, mista.
Gêneros: popular, folclórico,
Música Engajada
Música Popular Brasileira.
Música contemporânea
Hip Hop, Rock, Punk
Romantismo
79
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étnico.
ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Geométrica
Figura-fundo
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Cenografia
Técnica: Pintura, desenho,
performance...
Gêneros: Paisagem urbana,
idealizada, cenas do
cotidiano.
Realismo
Dadaísmo
Arte Indígena
Arte Africana
Pré-colombiana
Grafite (Hip Hop)
Romantismo
TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
Técnicas: Monólogo, jogos
teatrais, direção, ensaio,
Teatro-Fórum, Teatro
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
80
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faciais.
Ação
Espaço
Imagem.
Representação
Roteiro, enredo
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Gêneros
DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Dinâmica
Aceleração
Ponto de Apoio
Salto e Queda
Rotação
Níveis
Formação
Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo, industrial
cultural, étnica, folclórica,
circular, populares, salão,
moderna, contemporânea...
Dança Clássica
Dança Popular
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Dança Contemporânea
81
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ENSINO MÉDIO
1ª Série
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Modal, Tonal e fusão de
ambos.
Gêneros: erudito, clássico,
popular, étnico, folclórico,
Pop
Técnicas: vocal,
instrumental, eletrônica,
informática e mista.
Improvisação
Música Popular Brasileira
Música Paranaense
Música Popular
Música Engajada
Música Vanguarda
Música Ocidental
Música Oriental
Música Africana
ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Arte na Pré-História;
Arte Egípcia;
Arte Greco Romana;
Arte Africana;
Arte Indígena;
Arte Medieval: (Gótico,
82
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Cor
Luz
Contrastes
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, desenho,
modelagem, instalação
performance, fotografia,
gravura e esculturas...
Gêneros: paisagem,
natureza-morta, designer,
história em quadrinhos...
Bizantino e Românico);
Renascimento;
Barroco;
Neoclassicismo;
Romantismo;
Arte Brasileira;
TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais.
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro
direto e indireto, mímica,
ensaio, Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação, leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia,
Drama e Épico
Dramaturgia
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia, sonoplastia,
figurino, iluminação.
Direção
Produção
Teatro Greco-Romano
Teatro Medieval
Teatro Brasileiro
Teatro Paranaense
Teatro Popular
Teatro de Vanguarda
Teatro Realista
83
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DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Dinâmica
Aceleração
Ponto de Apoio
Salto e Queda
Rotação
Níveis
Formação
Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo, industrial
cultural, étnica, folclórica,
circular, populares, salão,
moderna, contemporânea...
Dança Greco-Romana
Dança Medieval
Dança Clássica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Dança Contemporânea
2ª Série
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Modal, Tonal e fusão de
Música Africana
Música Eletrônica
Música Barroca
Música Clássica
84
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Densidade ambos.
Gêneros: erudito, clássico,
popular, étnico, folclórico,
Pop
Técnicas: vocal,
instrumental, eletrônica,
informática e mista.
Improvisação
Música Contemporânea
MPB
Rock
ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, desenho,
modelagem, instalação
performance, fotografia,
gravura e esculturas...
Gêneros: paisagem,
natureza-morta, designer,
história em quadrinhos...
Cubismo;
Abstracionismo;
Dadaísmo;
Surrealismo;
Tendências Artísticas;
Op Art;
Pop Art;
Vanguardas Artísticas;
Arte Contemporânea;
Cultura Afro;
Arte Brasileira;
Arte Paranaense;
Movimento Paranismo;
85
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TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais.
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro
direto e indireto, mímica,
ensaio, Teatro-Fórum
Roteiro
Encenação, leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia,
Drama e Épico
Dramaturgia
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia, sonoplastia,
figurino, iluminação.
Direção
Produção
Teatro Popular
Teatro de Vanguarda
Teatro Realista
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro Renascentista
Teatro Latino Americano
DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Dinâmica
Aceleração
Ponto de Apoio
Salto e Queda
Rotação
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Arte Engajada
86
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Níveis
Formação
Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gêneros: Espetáculo, industrial
cultural, étnica, folclórica,
circular, populares, salão,
moderna, contemporânea...
Vanguardas
Moderna
Dança Contemporânea
METODOLOGIA
Embasados nos pressupostos teóricos, direcionaremos o pensamento para o
método a ser aplicado: Para quem? Como? Por quê? E o quê? Considerar as
determinações socioeconômicas que interferem nas relações, para assim
compreendermos o valor estético que as funções artísticas têm desempenhado
historicamente no modo da organização da sociedade.
O professor deve desenvolver seu trabalho no sentido de ensinar a ver, ouvir,
apreciar e interpretar a realidade, independente das condições apresentadas,
podendo utilizar as novas mídias tecnológicas tais como vídeos, músicas, pesquisas
na internet, reportagens, imagens, ilustrações, textos, dramatizações,
improvisações, danças, teatro, leituras, confecção de cartazes, variadas técnicas,
pesquisa de campo, experiências, debates, seminários, trabalhos em grupo, enfim,
as mais variadas e novas experiências que enriqueçam o seu trabalho diário. O criar
e o conhecer devem ter a flexibilidade que é a condição fundamental para o
aprender, considerando a individualidade de cada aluno e a dificuldade que cada um
apresenta
O professor deve colocar a existência de diferenças e de individualidades e a
necessidade de todos saberem respeitar essas diversidades. Uma vez que as aulas
não almejam formar artistas plásticos, atores, bailarinos, etc., mas sim de assimilar e
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desenvolver a autonomia dos mesmos a fim de atuarem criticamente em sua
realidade.
A música e a dança desenvolvem a expressividade corporal, facial, voz,
gesto, a improvisação, o que é importante para desenvolver o psico-motor. As
atividades musicais por fazerem parte do universo cultural dos jovens, estimulam a
criatividade, a fala, a escrita, a comunicação, a leitura, etc. Esta interação é
fundamental para construção da identidade e consciência do jovem, que
compreende melhor sua participação e importância na sociedade.
É extremamente importante que o ensino de Artes passe a se preocupar com
o desenvolvimento do sujeito inserido em uma sociedade transformadora, que sofreu
e sofre influências históricas, portanto, é necessário conhecer a nossa história para
entender e transformar nossa realidade, assim a educação em arte poderá
contemplar sempre que necessários ou oportunos conhecimentos a respeito da:
História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº11.645/08); História do
Paraná (Lei nº13381/01); Música (Lei 11.769/08); Prevenção ao uso indevido de
drogas, sexualidade humana; Educação Ambiental ( Lei 9795/99)
Dec.4201/02;Educação Fiscal; Enfrentamento à violência contra a Criança e ao
Adolescente ( Lei Federal nº 11525/07;Educação Tributária Dec. nº1143/99, portaria
nº 413/02,que será abordado de forma contextualizada e relacionadas aos
conteúdos de ensino de Arte, sempre que for possível a articulação entre os
mesmos.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do
processo de ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da
prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim
desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que
haja a reflexão sobre a prática pedagógica.
Para avaliar os conteúdos de arte é necessário estabelecer critérios que são
próprios da disciplina, porque a participação dos alunos nas atividades propostas é
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mais importante do que a perfeição das atividades realizadas. Também é importante
para os alunos que o professor acompanhe seu progresso, valorizando seu
empenho e respeitando sua individualidade.
O processo avaliativo deve ser: contínuo, diagnóstico e cumulativo, do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais, utilizando de diferentes critérios e instrumentos tais como: trabalhos práticos,
trabalhos de pesquisa, seminário, discussões em grupo, debates, questionários,
releituras de obras, apresentações de dança, música e teatro, produção de objetos
artísticos.
Os conteúdos envolvidos nas avaliações podem ser representados na forma
de linguagem oral, musical, escrita, corporal ou plástica, enfim, de múltiplas formas.
Além disso, não podemos esperar que todos os educandos se manifestem da
mesma maneira, ao serem avaliados cada um tem uma maneira especial de se
expressar. Não existem manifestações artísticas melhores ou piores, existem
maneiras diferentes de se expressarem. Após o andamento deste processo se
verificada a não apreensão de conteúdos por parte dos educandos, será necessário
rever os conteúdos através de metodologias variadas e utilizar outros critérios e
instrumentos avaliativos como recuperação paralela para que o aluno possa chegar
ao processo de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BARRETO, Débora. Dança: Ensino, Sentidos e Possibilidades na Escola. Campinas, SP: Autores Associados, 2ª ed. 2005.
BRASIL. Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
__________ Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
__________ Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008.
CUNHA, Suzana Rangel Vieira. Cor, Som e Movimento: A Expressão Plástica, Musical e Dramática no Cotidiano da Criança. Porto Alegre: Mediação. 5ª Ed., 2005.
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FISCHER, Ernest. A Necessidade da Arte. 9ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
JAPIASSU, Ricardo Ottoni Vaz. Metodologia do Ensino de Teatro. Campinas, SP: Papirus, 2001.
KOHL, MaryAnn F.; POTTER, Jean. Descobrindo a Ciência pela Arte: Propostas de Experiências. Porto Alegre: Artmed, 2003.
MARQUES, Isabel A. Dançando na Escola. 2ª ed., São Paulo: Cortes, 2005.
PARANÁ. Cadernos Temáticos: A inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos currículos escolares/PR. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2005.
__________ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Arte. Curitiba: SEED, 2008.
__________ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro Didático Público - Arte. 2.ed. Curitiba: SEED, 2008.
RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalidade e Estética do Cotidiano no Ensino das Artes Visuais. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003.
VILLAR, Colégio Estadual Luzia Garcia . Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011 .
________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da Arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.BOURCIER, P. História da Dança no Ocidente. São Paulo: Martins Fonte
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13.2.2 PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO :
Na Antigüidade, as pessoas não tinham idéia de como as coisas vivas
funcionavam. As primeiras pesquisas em Biologia se iniciaram a olho nu.
Descrevendo sintomas de algumas doenças comuns, e atribuindo suas causas à
dieta, ou a outros problemas físicos, e não à obra divina. Apesar disso, pouco se
conhecia sobre a composição dos seres vivos. Acreditava-se, então, que a matéria
era composta por quatro elementos (fogo, terra, ar e água), e os corpos vivos, em
geral, de quatro "humores": sangue, bile amarela, bile preta e flegma. As doenças
em geral teriam origem no excesso de algum desses componentes.
Aristóteles, na Grécia, não foi somente um grande filósofo, mas também um
grande biólogo, ao compreender que o conhecimento da natureza requeria
observação sistemática. Já Galeno, romano do século II d.C. percebeu que somente
a observação cuidadosa das partes externa e interna (esta, por dessecação) de
plantas e animais não seria o bastante para compreender a Biologia.
O ritmo da investigação científica se acelerou na Idade Média. Lineu ampliou
o trabalho de Aristóteles, criando as categorias de classe, ordem, gênero e espécie.
Uma idéia de origem comum da vida passou a ser discutida a partir de semelhanças
entre os diferentes ramos da vida.
Apesar do progresso rápido, a biologia estacionou quando o olho humano já
não era mais suficiente. Só no século XVII é que lentes foram reunidas em um tubo,
formando o primeiro microscópio. Começava a descoberta de um novo mundo,
derrubando conceitos tradicionais sobre a vida.
A teoria celular foi então formulada em princípios do século XIX. Esta teoria
explica que as células constituem todo o corpo de animais e plantas, e que, de certa
maneira, elas são unidades individuais com vida própria. Mesmo com a teoria
celular, por razões físicas, o microscópio óptico não permitia a visualização de
detalhes da estrutura da célula. Com a descoberta do elétron em fins do século XIX
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e do microscópio eletrônico décadas depois, novas estruturas subcelulares foram
descobertas, como os orifícios do núcleo, ou a membrana dupla das mitocôndrias.
Explicitar o conceito de Biologia, bem como o de vida, ou o de ciência de
estudo da vida, por si só, já é uma tarefa muito abrangente, que nos conduz aos
mais diversos questionamentos, a diferentes campos de saber, com a possibilidade
de várias abordagens. Muitas vezes, a noção de vida, no sentido biológico, se funde
com a idéia de vida social, vida animal, vida humana, vida moral... Isto porque o
conceito de vida se apresenta nas fronteiras de diversos saberes e práticas, com
vários significados estabelecidos pelo senso comum, pelo mito, pela arte, pela
ciência, pela filosofia, etc.
Nos últimos anos vem ocorrendo um grande avanço na Biologia, por exemplo,
nos conhecimentos em genética. Esses conhecimentos mudam o cotidiano das
pessoas, a tal ponto que a sociedade hoje, está rodeada de produtos geneticamente
modificados e se vê frente a discussões sobre manipulação genética, clonagem,
células-tronco, etc.
A mídia traz notícias sobre as biotecnologias e leva a população a inúmeros
questionamentos. Assim, torna-se importante perguntar: Como os alunos de hoje
observam essas descobertas? Quais teorias utilizam para se posicionarem perante
tais temas? Nota-se que os avanços recentes em ciência e tecnologia ocupam
pouco ou nenhum espaço nas aulas de Biologia. Porém, com tanta progressão é
praticamente impossível admitir que os alunos permaneçam alheios a estas
descobertas, e é papel da escola e, conseqüentemente, do professor, proporcionar
oportunidades para discussões destes assuntos. Portanto, é desafio preparar os
profissionais da educação para o enfrentamento dessas questões aliadas e
capacitá-los a transformar os conhecimentos sobre as novas biotecnologias em
conteúdos pedagogicamente assimiláveis pelos alunos do ensino médio,
considerando ainda seus aspectos éticos, epistemológicos, religiosos e econômicos.
A concepção que o professor constrói ao longo de sua vida sobre escola,
educação, ensino, aprendizagem e da própria Biologia que ensina, recebe forte
influência no seu processo de formação inicial e precisa ser repensada e
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reestruturada para melhorar a prática pedagógica. Portanto, a participação de
professores experientes em projetos, programas, atividades que lhes permitam
refletir sobre sua própria prática e outras questões inerentes a função de educador,
são primordiais para dar continuidade a sua formação profissional. E assim
promovendo também o processo ensino/aprendizagem com relação ao educando.
O momento atual necessita de um professor com uma formação diferente de
décadas atrás, capaz de direcionar o processo pedagógico, interferir e criar
condições à apropriação do conhecimento, também à sociedade de hoje exige um
aluno crítico, ativo e capaz de transformar o mundo em que vive, se utilizando dos
conteúdos trabalhados para ajudar a solucionar os seus problemas encontrados no
seu cotidiano que lhe permitam desenvolver como cidadão adequado às novas
exigências sociais, num mundo mergulhado em tantas novas tecnologias e
descobertas.
A Biologia ao longo do tempo passou por várias tendências curriculares na
tentativa de desenvolver um objetivo próprio para solucionar uma indagação que
persistia “o que queremos para o nosso aluno”.
Atualmente o objetivo central do estudo da Biologia, é desenvolver um
repertório de habilidades intelectuais, que ajudem o aluno a resolver problemas por
meio da capacidade de buscar dados, analisá-los, propor hipóteses, organizar
investigações para testá-las e avaliar as soluções possíveis. A Biologia preocupa-se
também em respeitar as características individuais e os estilos próprios de cada um,
tornando o aluno um sujeito ativo, crítico e envolvido com ações concretas. Faz-se
necessário um aprofundamento conceitual e reflexivo, com vista a dotar o aluno das
significações dos conteúdos em sua formação.
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
Neste conteúdo Estruturante deve-se abordar a classificação dos seres vivos
como uma tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, de maneira
a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes, compreendendo e
distinguindo o vivo do não vivo, enfatizando o estudo dos seres vivos.
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Tendo como propósito o pensamento biológico descritivo para conhecer,
compreender e analisar a diversidade biológica existente, sem, no entanto,
desconsiderar a influência dos demais Conteúdos Estruturantes, introduzindo-se o
estudo das características e fatores que determinam o aparecimento e/ou extinção
de algumas espécies ao longo da história.
MECANISMOS BIOLÓGICOS
Privilegia o estudo dos mecanismos que explicam como os sistemas
orgânicos dos seres vivos funcionam. Com isso, o trabalho pedagógico deve
abordar desde o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos
de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração, até o
estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções.
Partindo da visão mecanicista do pensamento biológico, baseada na visão
macroscópica, descritiva e fragmentada da natureza, podemos ampliar a discussão
sobre a organização dos seres vivos, analisando o funcionamento dos sistemas
orgânicos nos diferentes níveis de organização destes seres - do celular ao
sistêmico. Esta análise deve considerar a visão evolutiva, a ser introduzida pelo
conteúdo estruturante Biodiversidade, bem como as influências dos demais
conteúdos estruturantes.
BIODIVERSIDADE
Devemos abordar a biodiversidade como um sistema complexo de
conhecimentos biológicos, interagindo num processo integrado e dinâmico e que
envolva a variabilidade genética, a diversidade de seres vivos, as relações
ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além dos processos
evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações.
Portanto, pretende-se discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem
modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações
ecológicas, garantindo a diversidade de seres vivos. Destaca-se assim, a
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construção do pensamento biológico evolutivo, considerando também o descritivo e
o mecanicista.
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Trata das implicações dos conhecimentos da biologia molecular sobre a
VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de manipular o
material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA
como fato natural, independente da ação do ser humano.
Da necessidade de ampliar o entendimento sobre a mutabilidade, chega-se à
necessidade de compreender e explicar como determinadas características podem
ser inseridas, modificadas ou excluídas do patrimônio genético de um ser vivo e
transmitidas aos seus descendentes por meio de mecanismos biológicos que
garantem sua perpetuação.
Ao propor este conteúdo, ampliam-se as explicações sobre como novos
sistemas orgânicos se originam e como esse conhecimento interfere e modifica o
conceito biológico VIDA.
Desta forma, o trabalho pedagógico, deve abordar os avanços da biologia
molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços
biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo compreender a
interferência do ser humano na diversidade biológica. A abordagem do conteúdo
organismo geneticamente modificado a partir deste conteúdo estruturante permite-
se perceber como a aplicação do conhecimento biológico interfere e modifica o
contexto de vida da humanidade, e como requer a participação crítica de cidadãos
responsáveis pela VIDA.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
A Disciplina de Biologia tem como objetivo, valorizar a construção histórica
dos conhecimentos biológicos, articulados à cultura cientifica, socialmente
valorizada. Diante disso, a formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, efetiva-se
por meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar
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concepções pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os
alunos a afirmação e a produção de saberes científicos.
A Disciplina precisa ser entendida como um elemento da cultura e também
como uma construção humana, considerando que os conhecimentos
Biotecnológicos desenvolvem-se em grande escala na atual sociedade.
A prática pedagógica, portanto, deve possibilitar, para além da mera
exposição de idéias, a discussão das causas e dos fenômenos, o entendimento dos
processos em estudo, a análise acerca de onde e como aquele conhecimento
apresentado em sala de aula está presente na vida dos sujeitos. E sempre que
possível, as implicações destes conhecimentos na sociedade, bem como o
entendimento e utilização de recursos tecnológicos atuais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA:
ENSINO MÉDIO
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
MECANISMO BIOLÓGICO
BIODIVERSIDADE
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
• Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
• Teorias evolutivas;
• Transmissão das características
hereditárias;
• Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência
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MANIPULAÇÃO GENÉTICA
com o ambiente;
• Organismos geneticamente modificados.
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
MECANISMO BIOLÓGICO
BIODIVERSIDADE
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
• Sistemas biológicos: anatomia,
morfologia e fisiologia;
• Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
• Teorias evolutivas;
• Transmissão das características
hereditárias;
• Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente;
• Organismos geneticamente modificados.
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
MECANISMO BIOLÓGICO
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
• Sistemas biológicos: anatomia,
• morfologia e fisiologia;
• Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
• Mecanismos celulares biofísicos e
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BIODIVERSIDADE
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
bioquímicos
• Teorias evolutivas;
• Transmissão das características
hereditárias;
• Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente;
• Organismos geneticamente modificados.
METODOLOGIA:
O ensino dos conteúdos de Biologia aponta para as seguintes estratégias
metodológicas de ensino: prática social, problematização, instrumentalização,
catarse e o retorno à prática social.
Assim, ao utilizar-se destas estratégias metodológicas e retomando as metodologias
que favoreceram a determinação dos marcos conceituais apresentados na Diretriz
Curricular para o ensino de Biologia, propõem-se a utilização das estratégias acima
apresentadas e considerar os princípios metodológicos utilizados naqueles
momentos históricos, porém adequando ao ensino neste momento atual.
Recursos como aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as pesquisas
no laboratório de informática entre tantos outros, devem ser utilizados no sentido de
possibilitarem a participação dos alunos favorecendo a expressão de seus
pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vez que
aprender envolve a produção/criação de novos significados, tendo em vista que esse
processo acarreta o encontro e o confronto das diferentes mediações, das
influências e incorporações que os alunos demonstram.
Os alunos inclusos e aqueles que demonstrem dificuldades serão respeitados o seu
tempo de aprendizagem e outros instrumentos que colaboram muito com a
aprendizagem como: imagens de vídeo e DVD, transparências, fotos, atividades
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experimentais no laboratório de Ciências são muito utilizados nas aulas, pois
requerem uma problematização em torno da questão demonstração/interpretação.
Ao introduzir a experimentação faz-se necessário considerar os aspectos éticos da
experimentação animais que envolva a vivissecção de animais domésticos e
exóticos, ou ainda, experimentos que causem danos à fauna e a flora nativa, à
biodiversidade e de modo mais amplo ao próprio ser humano.
Dentro das metodologias citadas faz-se necessário à implementação dos conteúdos
relacionados a Historia e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº.
11.645/08); Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana; Educação
Ambiental (Lei Nº. 9.795/99) Dec.4201/02; Educação Fiscal; Enfrentamento à
violência contra a Criança e ao Adolescente (Lei Federal nº11525/07); Educação
tributária Dec. nº 1143/99, portaria nº 413/02 serão abordados de forma
contextualizada e relacionados aos conteúdos de ensino de Biologia, sempre que for
possível a articulação entre os mesmos.
AVALIAÇÃO
Avaliar implica um processo cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o
desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos
de ensino-aprendizagem.
Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento
dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.
Este processo deve procurar atender aos critérios para a verificação do rendimento
escolar, que considera a avaliação como um processo contínuo e cumulativo sobre
os quantitativos.
Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do
processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que
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professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de
superarem os obstáculos existentes. Tendo assim como instrumento de avaliações:
Pesquisas bibliográficas:
A contextualização identifica a situação e o contexto com clareza ao problema,
apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado delimitando o foco da pesquisa
na busca da solução, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa.
Atividades a partir de recursos audiovisuais
Compreende e interpreta a linguagem utilizada;
Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado
pelo audiovisual;
Reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
Palestra:
Possibilitar ao educando momentos de reflexão sobre o conteúdo abordado, bem
como argumentar, organizar e expor suas idéias.
Apresentação Oral
Demonstra conhecimento do conteúdo;
Apresentar argumentos; Demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;
Faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
Questões discursivas
Compreende o enunciado da questão;
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Planeja a solução, forma adequada;
Comunica-se por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da língua
portuguesa, sistematizando o conhecimento de forma adequada.
Trabalho em grupo
Interagem com o grupo, compartilha o conhecimento;
Demonstra o conhecimento formal da disciplina, estudados em sala de aula;
Na produção coletiva de trabalhos;
Compreende a origem da construção histórica dos trabalhos e sua relação com a
contemporaneidade.
Atividades Experimentais
Proporciona a formação de hipóteses sobre o fenômeno que está sendo estudado;
Registra as hipóteses e os passos seguidos;
Compreende o experimento, sabe usar o ambiente e os instrumentos necessários.
Projeto de pesquisa de campo
Registra as informações, no local de pesquisa, organiza e examina os dados
coletados. Atende ao que foi solicitado no projeto.
REFERÊNCIAS
− Bueno Carvalho Lopes. – 11ª. Ed. Ver. – São Paulo: Saraiva, 2001.
− Gowdak, Demétrio, Biologia : volume único/Demétrio Gowdak, Neide S. de Mattos, São Paulo: FTD, 1991.
− Lopes, Sônia Godoy Bueno Carvalho. Bio: volume único: completo e atualizado/Sônia Godoy
101
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− Lopes, Sônia. Biologia – volume único/ Sônia Lopes, Sérgio Rosso – 1ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2005.
− PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008
− VILLAR. Colégio Estadual Luzia Garcia . Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011.
− ________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011.
− Wilson Roberto Paulino. Engenheiro – agrônomo e professor. Biologia atual – volume 1. Ática,2005.
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13.2.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO
O Corpo Docente da disciplina de Ciências do Colégio Estadual Luzia Garcia
Villar - EFM, em consonância com a Secretaria Estadual de Educação de acordo
com as DCEs, tem se empenhado em viabilizar a construção de uma proposta
curricular voltada para um ensino fundamental coerente com a política prioritária de
melhoria da qualidade do ensino.
Por certo, os professores terão grande proveito das orientações contidas na
proposta, tendo em vista a melhoria da aprendizagem do aluno, centro de nossas
ações educativas.
A história da disciplina de Ciências busca compreender e interpretar a
construção do conhecimento científico, investigando tanto a predominância de
determinadas tendências quanto às transformações ocorridas no cotidiano do aluno.
Entretanto, tais investigações não têm por objetivo apenas a reconstrução sócia
histórica de currículos hegemonicamente posicionados. Na verdade, tais estudos
buscam entender as razões e os efeitos sociais tanto das inclusões quanto das
exclusões nos currículos escolares, resgatando determinadas posições que
perderam as disputas e reconstruindo os processos que acabaram por definir o que
é ou não é escolar em um dado momento histórico.
A história da ciência é uma atividade humana complexa, histórica e
coletivamente construída que tende a influenciar e sofrer influências de diversas
questões, como: sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas. E seu surgimento
se relaciona com a maneira como a ciência ganhou status a partir do século XVII. Há
algumas questões relevantes para a disciplina. Por exemplo, o historiador da ciência
deve ser um cientista de formação? Os núcleos de história da ciência devem estar
atrelados aos departamentos de ciência ou de história?
São problemas que podem ajudar a compreender os rumos da disciplina até
aqui, bem como tentar prever qual será o seu futuro. E existem partidários para
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todos os gostos. O fato é que os primeiros historiadores da ciência foram mesmo
cientistas. O que parece ser um movimento natural, afinal ninguém é mais
interessado em ciência do que o cientista.
Mas podem decorrer alguns problemas. O cientista provavelmente irá estudar
a história de sua especialização. E ao se deparar com o passado, pode tentar
compreendê-lo usando os conceitos presentes. Se assim o for, é quase certo que o
cientista-historiador vai acabar “viciando” sua análise.
A Disciplina de Ciências, no Ensino Fundamental, se constitui historicamente
por um conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para
compreender os fenômenos naturais, nesta etapa da escolarização. A historia da
ciência está relacionada e integrada aos processos que constituem a própria historia
da sociedade humana. Todas as diferentes visões de mundo e suas teorias
correspondem a diferentes abordagens do fenômeno cientifico da produção cientifica
e do que é ser cientista. Hoje, vários significados são aceitos para o termo Ciência,
portanto se faz necessário deixar clara a concepção da Disciplina de Ciência
adotada.
A Disciplina de Ciência deve estar embasada em uma construção humana
coletiva da qual participam a imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade
cientifica sofre a influencia do contexto social, histórico e econômico em que está
inserida. Sendo assim, não existem neutralidade e objetividade absolutas: fazer
Ciência exige escolhas e responsabilidades humanas. O conhecimento cientifico
está em permanente transformação, as afirmações cientificas são provisórias e
nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.
Para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências
no mundo, a disciplina deve possibilitar a articulação entre os diferentes
conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros, o cotidiano, entendido
aqui como sendo os problemas reais socialmente importantes que afetam direta e
indiretamente a vida das pessoas. O processo ensino/aprendizagem da Disciplina de
Ciências decorre da valorização da dúvida, da contradição, da diversidade, da
divergência e do questionamento das certezas e incertezas, superando o tratamento
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curricular dos conteúdos por eles mesmos, priorizando a sua função de formação
social.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a
interferência do ser humano sobre a natureza possibilita incorporar experiências,
técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos
culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional
asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas
formas de pensar, de dominar a natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus
recursos a história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do
conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na
Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos
que nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura
científica com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento
científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as
tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam. Nesses
termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa
identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e
compreendê-la, nos diversos momentos históricos.
Entretanto, diante da impossibilidade de compor uma análise totalmente
abrangente a respeito da história da Ciências optou-se , por um recorte
epistemológico que permite refletir sobre a gênese, o desenvolvimento, a articulação
e a estruturação do conhecimento cientifico.
Os epistemólogos contemporâneos, contribuíram de forma significativa com
reflexões voltadas à produção do conhecimento científico, apontando caminhos para
a compreensão de que, na ciências, rompem-se com modelos científicos
anteriormente aceitos como explicações para determinados fenômenos da natureza.
O pensamento pré-científico representa um período marcado pela construção
racional e empírica do conhecimento científico.
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Este estado representa a busca da superação das explicações místicas, com
base em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da
natureza, além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a
Antiguidade até fins do século XVIII, dentre os quais Aristóteles, Ptolomeu, Versálius
e Lineu, que representaram este período, em que se registrava o conhecimento
científico em grandes obras que o divulgava.
Contrapondo-se à idéia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza
a partir de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material, porções
imutáveis e indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se
mover e se combinar no espaço vazio e, assim, construir uma multiplicidade de
sistemas maiores que, por sua vez, evoluem por meio de recombinações atômicas.
Mesmo o pensamento atomista permanecendo como tradição, a ideia da
constituição da matéria, a partir dos quatro elementos, continuou a ser referência
entre os pensadores gregos. Aristóteles (século III a.C.), ao propor um modelo de
Universo único, finito e eterno, composto por esferas que se dispunham em círculos
concêntricos em relação à Terra, descrevendo movimentos circulares perfeitos,
formulou as bases para o modelo geocêntrico.
O modelo mecanicista, utilizado pela ciência até os dias atuais para explicar o
funcionamento dos sistemas do organismo, superou o modelo organicista, pois
comparava, por analogias, o corpo humano às máquinas. Por exemplo, a analogia
do coração com uma bomba hidráulica e o funcionamento do sistema respiratório
com a idéia de combustão.
As sistematizações de Lavoisier no final do século XVIII marcaram um
importante momento para a ciência porque contribuíram para superar as idéias do
flogisto que levaram as novas pesquisas científicas, culminando com a
reorganização de toda nomenclatura à luz dos estudos voltados à nova teorização
dos átomos e à química orgânica, no século XIX.
A alquimia, por sua vez, desde a Antiguidade, era uma prática que objetivava,
principalmente, a transmutação dos metais e a busca pelo elixir da vida eterna, com
a cura de todas as doenças. Outra interpretação da finalidade da alquimia
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relacionava-a com uma prática de investigação a respeito da constituição da matéria
para dividir os compostos em elementos e estudar sua recombinação. No período do
estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano de investigação
dos fenômenos da natureza, com maior divulgação do conhecimento científico em
obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.
O estado do novo espírito científico configura-se, também, como um período
fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de
divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços
científicos.
Ressalta-se que, o mesmo na atualidade represente a superação dos estados
pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em que ocorre na atividade
científica e tecnológica, o processo de produção do conhecimento científico seria
mais bem vivenciado no âmbito escolar, possibilitando discussões acerca de como a
ciência realmente funciona.
Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a
superação dos estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em
que ocorre na atividade científica e tecnológica, o processo de produção do
conhecimento científico seria mais bem vivenciado no âmbito escolar, possibilitando
discussões acerca de como a ciência realmente funciona.
A consolidação desta disciplina vai além e aponta para “questões que
ultrapassam os campos de saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins
educacionais e fins sociais”, de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos
conhecimentos científicos que resultam da investigação da Natureza, em um
contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.
As decisões políticas instituídas na LDB n. 4024/61 apontaram para o
fortalecimento e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos
avanços em relação às reformas educacionais de décadas anteriores foi a
ampliação da participação da disciplina de Ciências Naturais no currículo escolar,
ampliando para todas as séries da etapa ginasial a necessidade do preparo do
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indivíduo (e da sociedade como um todo) para o domínio dos recursos científicos e
tecnológicos por meio do exercício do método científico.
Na década de 1980 o ensino de Ciências orientava se por um currículo
centrado nos conteúdos e atrelado a discussões sobre problemas sociais que se
avolumaram no mundo, o que mudava substancialmente os programas vigentes.
Isso ocorreu porque as crises ambientais, o aumento da poluição, a crise energética
e a efervescência social, manifestada em movimentos como a revolta estudantil e as
lutas antissegregação racial, ocorridas entre 1960 e 1980, determinaram profundas
transformações nas propostas das disciplinas científicas em todos os níveis de
ensino.
Nesse contexto histórico, ao final da década de 1980 e início da seguinte, no
Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico
para o ensino de 1° grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia
histórico-crítica. Este documento resultou de reflexões e discussões realizadas no
Estado do Paraná, visando debater os conteúdos e as orientações de
encaminhamento metodológico. Esse programa analisava as relações entre escola,
trabalho e cidadania.
O Currículo Básico, no início dos anos 1990, ainda sob a LDB n. 5692/71,
apresentou avanços consideráveis para o ensino de Ciências, assegurando sua
legitimidade e constituição de sua identidade para o momento histórico vigente, pois
valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três eixos
norteadores e a integração dos mesmos em todos os anos do 1º Grau, hoje Ensino
Fundamental, a saber, 1. Noções de Astronomia; 2. Transformação e Interação de
Matéria e Energia; e 3. Saúde - melhoria da qualidade de vida.
Com a promulgação da LDB n. 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e Bases
para a Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN) que propunham uma nova organização curricular em âmbito federal. O
Currículo Básico para o Estado do Paraná foi, oficialmente, substituído pelos PCN
cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da disciplina de Ciências,
pois, nesse documento o quadro conceitual de referência da disciplina e sua
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constituição histórica como campo do conhecimento ficaram em segundo plano.
Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e
estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de
produzir novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova
identidade para o ensino de Ciências.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A Disciplina de Ciências precisa ser entendida como um elemento da cultura e
também como uma construção humana, considerando que os conhecimentos
científicos e tecnológicos desenvolvem-se em grande escala na atual
sociedade. A prática pedagógica, portanto, deve possibilitar, para além da mera
exposição de idéias, a discussão das causas e dos fenômenos, o entendimento dos
processos em estudo, a análise acerca de onde e como aquele conhecimento
apresentado em sala de aula está presente na vida dos sujeitos e, sempre que
possível, as implicações destes conhecimentos na sociedade, bem como o
entendimento e utilização de recursos tecnológicos atuais atendendo os avanços
científicos/tecnológicos vivenciados.
Os objetivos de desenvolvimento científicos serão norteados pela importância
e qualificação das seguintes áreas e abordagens: Prevenção ao uso indevido de
drogas, sexualidade humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Tributaria,
Enfretamento à Violência contra a Criança e Adolescente, além dos conteúdos
Estruturantes e Básicos das DCEs.
O ensino de Ciências deverá então se organizar de forma que, ao final do ensino fundamental, os alunos tenham as seguintes capacidades:
Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive;
Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
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Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
Saber combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc., para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;
Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva;
Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.
6º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros.
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS Níveis de organização Celular
ENERGIA Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE Organização dos Seres vivos Ecossistemas Evolução dos seres vivos
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Astros Movimentos terrestres Movimentos celestes
MATÉRIA Constituição da matéria
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6SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
ENERGIA Formas de energia Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Origem e Evolução do Universo.
MATÉRIA Constituição da matéria
7SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
ENERGIA Formas de energia
BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos.
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA Astros Gravitação Universal
8SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética
ENERGIA Formas de energia Conservação de energia
BIODIVERSIDADE Interações ecológicas
METODOLOGIA
Alguns aspectos são importantes e essenciais para o ensino de Ciências: a
história da mesma, a divulgação científica e a atividade experimental. Tais aspectos
não se dissociam em campos isolados, mas sim, relacionam-se e complementam-se
na prática pedagógica. Considera-se que a história da ciência contribui para a
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melhoria do ensino, porque propicia melhor integração dos conceitos científicos
escolares, prioritariamente sob duas perspectivas: como conteúdo específico em si
mesmo e como fonte de estudo que permite compreender melhor os conceitos
científicos, enriquecendo assim suas estratégias de ensino.
Ao optar pelo uso de documentos, pesquisas, consultas, textos, imagens e
registros da história da ciência como recurso pedagógico, contribui para a formação
científica, além de propiciar melhorias na abordagem do conteúdo específico, pois
sem a história da ciência perdem se a fundamentação dos fatos e argumentos
efetivamente observados, propostos e discutidos em certas épocas, além de
estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e contextuais das diversidades.
O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de:
• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriqueçam a prática docente, tais como:
livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,
música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo,
modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre
outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor,
entre outros;
• de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
• de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus,
laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.
Favorecer o uso de simulações para atividades que envolvam diversos temas,
desde dramatizações, as TIC’s (laboratório de informática) para análise de
processos.
Dependendo do assunto, a aula poderá ser complementada com leituras
diversificadas; debates entre os alunos; palestras de especialistas; entrevistas com
parentes, vizinhos, funcionários e professores; interpretação de textos sobre
avanços tecnológicos; projeções em retro projetor e consulta a CD – ROMS;
excursões; confecções de quadros murais; organização do ambiente escolar.
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Elementos da prática pedagógica de ciências: A abordagem problematizadora, a relação
contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a
observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais, o lúdico.
Será trabalhado o conteúdo relacionado a Cultura afro-brasileira por uma
Educação que contemple as diversidades (“história da África e dos Africanos, a luta
dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do negro nas áreas: social, econômica e política
pertinentes à história do Brasil ” - Lei 10639/03, Art. 26- A, parágrafo 1º), visando a
contribuir para um trabalho efetivo e produtivo de promoção da igualdade racial
desde o início da escolaridade. Não deixando de contemplar a Cultura Indígena no
currículo que estabelece a inclusão, no currículo oficial da rede de ensino, a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura afro-brasileira, africana e Indígena”
( Lei nº 11.645, de 10 março de 2008)
De acordo com o art.1 § 2o, os conteúdos referentes à história e cultura afro-
brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o
currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e
história brasileiras.”
Neste sentido, o trabalho com estas culturas deverá ser contemplado na
Metodologia, no momento da exploração e interpretação dos textos,nas
contextualizações, intertextualidades, pesquisas: biográficos e culturais e etc.
Prevenção ao uso indevido de drogas; sexualidade humana; Educação
Ambiental (Lei 9795/99) Dec.4201/02 e Enfrentamento à violência contra a Criança e
ao Adolescente (Lei Federal nº 11525/07).
AVALIAÇÃO
Esta é uma atividade fundamental e de extrema importância no processo
ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos e escolares, prevista pela Lei nº
9394/96, ou seja, a avaliação deve ser diagnóstica, contínua, cumulativa e
mediadora em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
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Avaliação como prática pedagógica que compõe a mediação didática
realizada pelo professor é entendida como “ação, movimento, provocação, na
tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa”.
Resume-se em professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista,
trocando ideias e reorganizando-as.
A ação avaliativa pode propiciar um momento de interação e construção de
significados, nos quais o estudante aprende. Para que isso ocorra, o professor
precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o
modelo consolidado da avaliação tão somente classificatória e excludente.
Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido no contexto
das relações que permeiam a construção do conhecimento científico escolar. Desse
modo, a
avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos
no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que
envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos. É importante retomar a
compreensão do “erro”, pode sugerir ao professor a maneira como o estudante está
pensando e construindo sua rede de conceitos e significados, com isso é importante
para o professor rever e articular o processo ensino em busca de sua superação,
corrigindo erros conceituais para a necessária retomada do ensino dos conceitos
ainda não apropriados, diversificando recursos e estratégias para que ocorra a
aprendizagem de conceitos.
Ao investigar se houve tal compreensão da aprendizagem significativa, o
professor precisa utilizar instrumentos por meio de problematizações envolvendo
relações conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou mesmo a partir da
utilização de jogos educativos, entre outras possibilidades, como o uso de recursos
instrucionais que representem como o estudante tem solucionado os problemas
propostos e a transformação dos conhecimentos adquiridos.
A avaliação escrita pode ser um excelente instrumento de investigação do
aprendizado do estudante e de diagnóstico do conceito científico escolar ainda não
compreendidos por ele, além de indicar quanto o nível de desenvolvimento potencial
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tornou-se um nível real. Para isso, as questões da prova/avaliação precisam ser
diversificadas e considerar outras relações além daquelas trabalhadas em sala de
aula. Tendo ainda como instrumentos e critérios de avaliação:
Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a
compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário
a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de
forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.
Critérios:
O aluno:
Compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de ques-
tionamentos, concordâncias ou discordâncias.
Ao falar sobre o texto, expresso suas idéias com clareza e sistematiza o conheci-
mento de forma adequada.
Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado
claro e recortes precisos do que se pretende.
Critérios:
O aluno, quanto a contextualização: identifica a situação e o contexto com
clareza;ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,
delimitando o foco da pesquisa na busca de solução; a justificativa, aponta
argumentos sobre a importância da pesquisa. O aluno, na escrita, remete-se aos
textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.
Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral possibilita
ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como
argumentar, organizar e expor suas idéias.
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Critérios
O aluno: demonstra conhecimento do conteúdo ;apresenta argumentos
selecionados;demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;faz uso de
recursos para ajudar na sua produção.
Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e
propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando
em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa.
Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da
interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade.
Critérios
O aluno ao realizar seu experimento:registra as hipóteses e os passos seguidos;
demonstra compreender o fenômeno experimentado;sabe usar adequadamente e de
forma conveniente os materiais ;consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os
instrumentos necessários.
Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio que
demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse
sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como
agentes sociais.
Critérios
O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:registra as informações, no local de
pesquisa;organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;apresenta
sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de
análise dos dados coletados, capacidade de síntese;atende ao que foi solicitado
como conclusão do projeto (relatório, elaboração de croquis, produção de texto,
cartazes, avaliação escrita, entre outros).
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O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida,
auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão
sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento.
No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou
desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados
podem-se extrair deles.
São elementos do relatório:
Introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais
Critérios
O aluno:
Faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório, apon-
tando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado
e dos conceitos construídos;
Descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida,
possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão
que permita que se aprimore a atividade.
Faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados ob-
tidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram ori-
gem à atividade em questão.
Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de
uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo
fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato
direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.
Critérios:
O aluno:
Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas répli-
cas;
Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos
utilizados);faz adequação da linguagem;demonstra pertinência quanto as fontes de
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pesquisa;traz relatos para enriquecer a apresentação;faz adequação e toma como
relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos, permitindo
que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso
garantir a participação de todos.
Critérios
O aluno:
Aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos di-
vergentes;ultrapassa os limites das suas posições pessoais;explicita racionalmente
os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;faz uso adequado da língua
portuguesa em situações formais;busca, por meio do debate, da persuasão e da su-
peração de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproxima-
ção possível entre as posições dos participantes;registra, por escrito, as idéias surgi-
das no debate;demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no
debate;apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação
com o conteúdo da disciplina.
Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo que
está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três
momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da
atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios
de avaliação.
Critérios
O aluno:
Compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto; faz a articulação do concei-
to/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido;reconhece os recursos
expressivos específicos do texto literário.
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Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido,
é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado,
vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela
que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
Critérios
O aluno:
Compreende e interpreta a linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema
discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual;reconhece os re-
cursos expressivos específicos daquele recurso.
Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de
proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem.
Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu
conhecimento.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas,
escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e
outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Critérios
O aluno:
Interage com o grupo;compartilha o conhecimento;demonstra os conhecimentos for-
mais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de
trabalhos;compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados
e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão
discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão
realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.
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Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique
com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância
pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Critérios
O aluno:
Compreende o enunciado da questão. Planeja a solução, de forma adequada.
Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua por-
tuguesa. Sistematiza o conhecimento de forma adequada.
Questões objetivas
Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão
do que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um
bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
Critérios
O aluno:
Realiza leitura compreensiva do enunciado;Demonstra apropriação de alguns aspec-
tos definidos do conteúdo;Utiliza de conhecimentos adquiridos.
Com isso avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-
aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos
conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma
aprendizagem realmente significativa para sua vida, possibilitando que o educando
faça interferências no meio em que vive.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Hilda de Paiva. Ciência e Vida: (5ª a 8ª série do Ensino Fundamental – Ciências).
Belo horizonte: Dimensão, 2006.
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CANTO, Eduardo Leite do, 1966 – Ciências Naturais: Aprendendo com o Cotidiano / Eduardo Leite
do Canto. – 2. ed. – São Paulo: Moderna, 2004.
GEWANDESZNAJDER, Fernando. Ciências (5ª a 8ª séries – E.F.). São Paulo: Ática,
2006.
GOWDAK, Demétrio – Ciências: novo pensar/ Demétrio Gowdak, Eduardo Martins. – 2. Ed.
Renovada.—São Paulo: FTD, 2006.
PARANÁ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba,
2009.
________. Regimento Escolar.Barbosa Ferraz, 2011.
SANTANA, Olga. Ciência Natural, 5ª a 8ª série. 1ª ed. São Paulo: Saraiva 2006.
VALLE, Cecília. Coleção Ciências 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries/ Cecília Vale – 1. Ed. –
Curitiba. Positivo, 2004.
VILLAR. Colégio Estadual Luzia Garcia. Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011.
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13.2.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO:
A Educação Física vem fazendo uma trajetória histórica, a partir do século XIX
devido às transformações sociais ocorridas no país e, com a Proclamação da República
vem à tona a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais. Rui
Barbosa emite um parecer sobre o projeto denominado “Reforma do Ensino Primário e
várias Instituições Públicas”(SEED,2008).
No ano de 1882, onde outras conclusões, afirmam a importância da ginástica para a
formação do cidadão. A partir de então a Educação Física torna-se um componente
obrigatório dos Currículos Escolares.
As práticas pedagógicas de Educação Física foram fortemente influenciadas pela
Instituição Militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios
sistematizados pela instituição militar foram re-elaborados pelo conhecimento médico numa
perspectiva pedagógica. Para atender aos objetivos de adquirir, conservar, promover e
restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos foram importadas da Europa práticas
conformativas, como modelo de saúde e os sistemas ginásticos. Estes foram fundamentais
para o surgimento e incorporação da Educação Física brasileira nos currículos escolares e
na formação do cidadão. A partir da constituição de 1937, então a Educação Física torna-se
um componente obrigatório dos Currículos Escolares.
Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar confundindo-se com a
Educação Física. Houve uns incentivos as praticas desportivas com intuito de promover
políticas nacionalistas pensadas para o país, ressaltando o sentimento de valorização da
prática por meio dos esportes.
Com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino Secundário, em 1942, também
conhecido como a Reforma Capanema. Essa reforma ampliou a obrigatoriedade da
Educação Física até os 21 anos de idade, objetivando formar mão de obra fisicamente
adestrada e capacitada para o mercado de trabalho. A partir de 1964, o esporte passou a
ser tratado com mais ênfase no Brasil, devido aos acordos feitos entre o MEC e o
Departamento Federal de Educação Americana. Sendo priorizados os Esportes Olímpicos
com os objetivos de formar atletas para representar o país em competições internacionais.
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A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório nas escolas, com a
promulgação da Lei 5692/71 através do Artigo 7ª e, pelo Decreto 69450/71, a disciplina
passou a ter legislação especifica. Instituiu-se, assim, a integração da disciplina como
atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do sistema de
ensino mas, continua com a formação militar com a intenção de tornar o país uma potência
Olímpica.
Na área pedagógica, uma das primeiras referencias a ganhar destaque entre os
profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma suposta legitimação da disciplina na
escola. A educação psicomotora surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral
da criança.
Tal perspectiva, centrada na educação “pelo movimento”, fez com que o papel da
Educação Física ficasse subordinado a outras disciplinas escolares, contribuindo assim,
para a negação de conteúdos até então tidos como próprios da disciplina.
Em meados dos anos 80, já se pode falar não só de uma comunidade cientifica na
Educação Física, mas também da delimitação de tendências ocorrentes suscitando os
primeiros debates voltados à criticidade. Visando a construção de um movimento
renovador na disciplina, surgem preposições decorrentes progressistas destacando-se
abordagens: Desenvolvimentistas e Construtivistas.
Na década de 90, o Paraná elabora o Currículo Básico, comprometido com a
educação pública do Paraná, no sentido de responder as necessidades sociais e históricas
da educação brasileira no primeiro grau, embasado na pedagogia histórico critica.
Tendência esta, denominada, por alguns teóricos, como Educação Física Progressista,
revolucionária e crítica, com os fundamentos teóricos pautados no materialismo Histórico-
dialético.
O documento proposto assim, um modelo de superação das contradições e injustiças
sociais. As políticas públicas assumidas pelas novas gestões governamentais no estado
enfraqueceram a força Político-pedagógico do Currículo Básico.
No mesmo período, foi elaborado o documento de reestruturação da proposta
curricular do ensino de segundo grau para a disciplina de Educação Física.
A proposta fundamentou-se na concepção histórico-crítica de educação e, naquele
momento, pretendia-se o resgate do compromisso social da educação pedagógica da
Educação Física, visando mudanças e transformações de uma sociedade fundamentada em
valores individuais, para uma sociedade mais igualitária.
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Todos esses avanços teóricos da Educação Física sofrem um retrocesso na década
de 90, quando após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes de Base da Educação
Nacional (LDB), apresentou-se a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)
para a disciplina de Educação Física.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física do Ensino Fundamental
buscaram romper as perspectivas da aptidão física, fundamentado em aspectos técnicos e
fisiológicos, destacando outras questões consideradas relevantes relacionadas às
dimensões culturais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseada em
concepções teóricas que discutem o corpo e movimento.
Nos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio, há a descaracterização dos
conhecimentos historicamente construídos. Verificam-se uma desvalorização da teoria, em
nome de questões imediatistas e abstratas, presentes nas pedagogias das competências.
Trazem uma proposta confusa e acrílica com a redação aparentemente progressista.
No contexto histórico citado, a Educação Física, transitou em diversas perspectivas
teóricas, desde as mais reacionárias até as mais críticas, tornando-se possível sistematizar
propostas pedagógicas que orientem essas diretrizes, com vista há avançar sobre a visão
hegemônica que aplicou e continua aplicando a Educação Física à função de treinar o
corpo, sem qualquer reflexão corporal.
Educação física visa constituir o conhecimento especializado e sistematizado, ao
educando, dentro de uma forma conceitual de qualidade, onde os conteúdos receberão
abordagens contextualizadas histórica, social e politicamente de modo que façam sentido
para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com
a sua formação cidadã.
Portanto compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa
entender que ela é composta por interação que se estabelecem nas relações sociais,
políticas econômicas e culturais do povo. Estimulando a reflexão sobre o acervo de formas e
representação do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizado pela expressão
corporal em jogos, brinquedos brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes.
Desta forma faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma
reflexiva, contextualizada, reconhecendo a gêneses da cultura corporal, que reside a
atividade humana.
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OBJETIVO GERAL:
Desenvolver a cultura corporal do aluno, mostrando a importância da atividade física
no processo de formação humana, respeitando os seus limites corporais e dos outros, por
meio do esporte, dança, ginástica, luta e jogos.
Assim o aluno encontrará o equilíbrio do seu corpo, entendendo que poderá superar
os vícios e os males adquiridos na vida. Com a prática dos movimentos corporais, em sua
totalidade e perceberá os efeitos da atividade física sobre a saúde, dentro de um contexto
histórico mediada pelas ações pedagógicas que intensifiquem a compreensão do aluno
sobre os aspectos: biológico, psicológicos, sociológicos e culturais.
A prática da Educação física permitirá ao aluno ampliar sua visão de mundo através
do contexto histórico de cada modalidade, tendo assim uma visão critica quando abordado o
momento político, histórico econômico e social em que os fatos ocorreram.
A busca de uma linguagem coerente entre a concepção defendida e as práticas
avaliativas que entregam o processo de ensino/aprendizagem promoverá no aluno uma
cultura corporal conduzindo a melhoria na qualidade de vida.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
ENSINO FUNDAMENTAL:
6º ano
Conteúdo Estruturante: Conteúdo básico:
Esporte - Coletivos e individuais
Jogos e brincadeiras - Jogos e Brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda
- Jogos de tabuleiros
- Jogos Cooperativos
Dança - Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
Ginástica - Ginástica rítmica
- Ginásticas circenses
- Ginástica geral
Lutas - Lutas de aproximação capoeira.
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7º ano
Conteúdo Estruturante Conteúdo básico:
Esporte - Coletivos e individuais
Jogos e brincadeiras - Jogos e Brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda
- Jogos de tabuleiros
- Jogos Cooperativos
Dança - - Dança folclóricas
- Dança da rua
- Danças criativas
- Danças circulares
Lutas - Lutas de aproximação
- Capoeira.
Ginástica - Ginástica rítmica
- Ginástica circense
- Ginástica geral
8º ano
Conteúdo Estruturante Conteúdo básico:
Esporte - Coletivos e Radicais
Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares
- Jogos de tabuleiros
- Jogos dramáticos
- Jogos Cooperativos
Dança - Danças criativas
- Danças Circulares
Ginástica - Ginástica rítmica
- Ginástica circense
- Ginástica geral
Lutas - Lutas com instrumento mediador.
- Capoeira
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9º ano
Conteúdo Estruturante Conteúdo básico:
Esporte - Coletivos e radicais
Jogos e brincadeiras - Jogos de tabuleiros
- Jogos dramáticos
- Jogos Cooperativos
Dança - Danças criativas
- Danças circulares
Ginástica - Ginástica rítmica
- Ginástica geral
Lutas - Lutas com instrumento mediador. -
Capoeira
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE
Esporte - Coletivos - Individuais- Radicais
Jogos e brincadeiras - Jogos de tabuleiro- Jogos Dramáticos- Jogos cooperativos
Dança - Danças folclóricas- Danças de salão- Danças de rua
Ginástica - Ginástica artística/olímpica- Ginástica de condicionamento físico- Ginástica geral
Lutas - Lutas com aproximação- Lutas que mantêm à distância- Lutas com instrumentos mediadores- Capoeira
2ª SÉRIE
Esporte - Coletivos - Individuais- Radicais
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Jogos e brincadeiras - Jogos de tabuleiro- Jogos Dramáticos- Jogos cooperativos
Dança - Danças folclóricas- Danças de salão- Danças de rua
Ginástica - Ginástica artístico-olímpica- Ginástica de condicionamento físico- Ginástica geral
Lutas - Lutas com aproximação- Lutas que mantêm à distância- Lutas com instrumentos mediadores- Capoeira
3ª SÉRIE
Esporte - Coletivos - Individuais- Radicais
Jogos e brincadeiras - Jogos de tabuleiro- Jogos Dramáticos- Jogos cooperativos
Dança - Danças folclóricas- Danças de salão- Danças de rua
Ginástica - Ginástica artístico-olímpica- Ginástica de condicionamento físico- Ginástica geral
Lutas - Lutas com aproximação- Lutas que mantêm à distância- Lutas com instrumentos mediadores- Capoeira
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem
sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade sobre as
práticas corporais.
O Professor de Educação Física tem assim, a responsabilidade de organizar e
sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e
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o dialogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação e de
pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de
conhecimento que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas praticas e nas
reflexões.
Essa concepção permite ao aluno ampliar sua visão de mundo por meio da cultura
corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na desportivização das
praticas corporais. No encaminhamento proposto esses mesmos conhecimentos são
transmitidos e discutidos com aluno levando-se em conta é o momento político, histórico,
econômico e social em que estava inserido.
Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo ”teórico”,
mas sobre tudo, desenvolver uma metodologia que tenha como circo central a construção
do conhecimento pela práxis proporcionar ao mesmo tempo a expressão corporal,
aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos proposto é a reflexão sobre o movimento
corporal.
Ao pensar o encaminhamento metodológico, é preciso levar em consideração aquilo
que o aluno fez como referencia, este momento caracteriza a construção do conhecimento
escolar, após conhecer este mapeamento, propõe-se o desafio remetendo-o ao cotidiano.
Desta forma os alunos, terá um conteúdo sistematizado, para que tenham condições de
assimilação do mesmo, para o professor realizar as intervenções pedagógicas necessárias,
para que o conteúdo não se desvincula dos objetivos estabelecidos. O professor pode
solicitar aos alunos que criem outras formas de trabalho, vivenciando-as
Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física, é
preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como referência acerca do
conteúdo proposto, ou seja, a primeira leitura da realidade. O processo de
ensino/aprendizagem transformando-se intelectual e qualitativamente em relação a prática
realizada. A prática corporal da Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena Lei 11.645,
10/03/2008 e a Lei n° 11.769/08 música são elementos importantes para entender a história
do Brasil. Os conteúdos referentes a Cultura Afro brasileira, africana, indígena e música,
serão abordados dentro de jogos e brincadeiras, danças, ginásticas e lutas, sempre que for
possível a articulação entre os mesmos.
A Educação Física apresenta um contato direto com o aluno, onde há uma grande
oportunidade de desenvolver trabalhos referentes a: Prevenção ao uso indevido de drogas,
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sexualidade humana e Enfrentamento à violência contra a Criança e ao Adolescente(Lei
Federal n° 11.525/07).
O professor deverá despertar no aluno o interesse e o cuidado preliminar que busca
saber quais pré ocupações estão nas mentes e nos sentimentos dos estudantes, o que
possibilita ao professor um trabalho pedagógico mais adequado, a fim de que os alunos, nas
fases posteriores apropriem-se de um conhecimento significativo para suas vidas
(Gasparim, 2002, p.15 -16).
É também possível a efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo
ensino/aprendizagem, fazendo uma leitura crítica dos conteúdos transformando-os numa
visão intelectual e qualitativa em relação a pratica realizada. Outros métodos que são
utilizados tais como: recursos tecnológicos, exposição de vídeos na TV Pendrive, diálogo
em grupos, dinâmicas, seminários, debates, júri simulado, recriação de jogos, pesquisas,
organização e realização de festivais e jogos escolares, trabalhos escritos, provas e internet
onde oportunizará aos alunos o contato com alguns movimentos “diferentes das aulas
proposta”.
Espera – se que o professor desenvolva um trabalho efetivo com seus alunos na
Educação Física, cuja função social é contribuir para que ampliem sua consciência corporal
e alcancem novos horizontes, como sujeitos singulares e coletivos. O papel da Educação
Física é desmistificar formas arraigada e não refletidas em relação às diversas praticas e
manifestações corporais historicamente produzidas e acumuladas pelo ser humano.
Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento sistematizado, como oportunidade
para reelaborar idéias e atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre suas
implicações para a vida, enfim é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de
experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se
efetiva, sejam elas a famílias, a escola, o trabalho e o lazer.
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AVALIAÇÃO
Deve-se caracterizar como um processo contínuo, diagnóstico, permanente e
cumulativo, em que a professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentando nas
diversas práticas corporais, com a ginástica, o esporte, o jogos, brinquedos e brincadeira,
música, a dança e as lutas. A avaliação deverá ainda estar relacionada aos
encaminhamentos metodológicos constituídos na forma de resgatar as experiências e
sistematizações realizadas durante o processo de aprendizagem. Portanto, tanto o professor
quanto os alunos poderão revisar o trabalho realizado identificando os avanços e as
dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de (re) planejar e propor
encaminhamentos que reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades
constatadas.
O reconhecimento e a valorização das manifestações diante de diferentes tarefas,
buscando formas de expressão ou alternativas, que garanta a inclusão dos alunos,
trabalhando de maneira diferenciada suprindo as dificuldades de apropriação dos conteúdos
propostos.
O professor deve buscar conhecer as experiências individuais e coletivas advindas
das diferentes realidades dos alunos. A avaliação possibilita ao professor reconhecer as
experiências corporais e os entendimentos prévios por parte dos alunos sobre o conteúdo
podendo ser feito de vários instrumentos: Atividades de leituras, projetos de pesquisa
bibliográfica, produção de textos, palestras, apresentação oral, atividades experimentais,
projeto de pesquisa de campo, relatórios, diálogo em grupos, dinâmicas, seminários,
debates, júri simulado, recriação de jogos, atividades com textos literários, atividades a partir
de recursos audiovisuais, organização e realização de festivais e jogos escolares, trabalhos
escritos, questões discursivas e objetivas.
E imprescindível utilizar os critérios de comprometimento e envolvimento: se os
alunos entregam as atividades propostas pelo professor; se houve assimilação dos
conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue
resolver, de maneira criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro,
respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências; se o
aluno se mostra envolvido nas atividades, sejam através de participação nas atividades
práticas ou realizando relatório. É necessário utilizar-se de critérios e instrumentos que
permitam aos alunos se auto-avaliarem reconhecendo seus limites e possibilidades, para
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que posam ser agentes do seu próprio processo de aprendizagem, onde demonstre a
capacidade de liberdade e autonomia.
REFERÊNCIAS:
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.
______ Portal dia-a-dia-educação- www.diaadiaeducação.pr.gov.br
________Secretaria de Estado da Educação Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica. Educação Física, 2006.
VILLAR, Colégio Estadual Luzia Garcia . Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011 .
________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011
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13.2.5 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO ESCOLAR
APRESENTAÇÃO:
O Ensino Religioso pautou-se historicamente no ensino do catolicismo que
expressava a proximidade do Império com a Igreja Católica. Depois, com o advento
da República, a nova constituição separou o Estado da Igreja e o ensino passou ser
laico. Mesmo assim, a presença das aulas de religião foi mantida nos currículos
escolares, isso se deve ao poder da Igreja Católica junto ao Estado.
Tal influência pode ser constatada em todas as constituições do Brasil, nas
quais o Ensino religioso foi citado, expressando a representatividade
hegemonicamente cristã no processo de definição dos preceitos legais. Em
consequência disso, desde a época do Império, a doutrina cristã tem sido preterida
na organização do currículo de Ensino Religioso.
Em meados da década de 1960, surgiram grandes debates retomando a
questão da liberdade religiosa, devido à pressão das tradições religiosas e da
sociedade civil organizada, que partiu de diferentes manifestações religiosas.
Assim, o Ensino religioso perdeu sua função Catequética devido ao pluralismo
religioso, levando a ser muito questionado o modelo curricular centrado na
doutrinação, porém, as aulas continuavam com professores leigos e voluntários, o
que levava a uma postura e encaminhamento com grande influência das tradições
religiosas e de caráter proselista, ou seja, o seu objetivo era converter para sua
própria religião. Assim, a identidade do Ensino Religioso enquanto disciplina, foi
muito fragilizada, sem um comprometimento maior do estado em adotar medidas
que promovessem a sua regulamentação destacando-se ainda a ausência de cursos
de licenciatura para professores do Ensino religioso, abrindo espaço para que
tradições religiosas hegemônicas se ocupassem em preparar professores por meio
de cursos e preparação de materiais ligados a princípios catequéticos.
No contexto atual, as Diretrizes Curriculares para o Ensino religioso
expressam a necessária reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de
escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas, que exigem a
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compreensão ampla da diversidade cultural, postas também no âmbito religioso
entre os países e, de forma mais restrita, no interior de diferentes comunidades.
Nunca, como no presente, a sociedade esteve consciente da unidade do destino do
homem em todo planeta e das radicais diferenças culturais que marcam a
humanidade.
Esse é o contexto em que se encontra a escola e nela o currículo da disciplina
de Ensino Religioso, historicamente marcado como um espaço de transposição do
que se realizava na catequese e que permitia a introdução sistemática e orgânica do
complexo doutrinal cristão.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a
necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos
que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas
paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e
econômicas de que são impregnadas.
Além disso, é necessário que o ensino religioso escolar adquira status de
disciplina escolar, a partir da definição mais consistente de seus conteúdos
escolares, da produção de referenciais didático-pedagógicos e científicos, bem como
da formação de professores.
É necessário reafirmar que, no processo de constituição do Ensino religioso
como disciplina escolar, ainda persiste dúvida quanto aos conteúdos a serem
tratados na escola, portanto, é importante destacar que para a sociedade as
religiões são confissões de fé e de crenças.
No ambiente escolar, as religiões interessam como objeto de conhecimento a
ser tratado nas aulas de Ensino Religioso, por meio do estudo das manifestações
religiosas que delas decorrem e as constituem. As diferenças culturais são
abordadas, de modo a ampliar a compreensão da diversidade religiosa como
expressão da cultura, construída historicamente, e que, portanto, são marcados por
aspectos econômicos, políticos e sociais.
Dessa forma, reafirma-se o compromisso da escola com o conhecimento,
sem excluir do horizonte os valores éticos que fazem parte do processo educacional.
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A partir dessas considerações, as Diretrizes Curriculares para o Ensino
religioso têm como Objetivo orientar também a abordagem e a seleção dos
conteúdos. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como
conteúdos nas aulas de Ensino religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo
cultural humano, fazendo parte do modelo de organização de diferentes sociedades.
Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar aos alunos, por meio
dos conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações
do sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina
de Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos
no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições
religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
O Ensino Religioso, em seu currículo, pressupõe promover aos educandos a
oportunidade de processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes
de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o
substrato religioso, de modo a colaborar com a formação da pessoa. Contribui
também para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito
Constitucional de liberdade de crença e expressão, conforme o Art. 5º, inciso VI, da
Constituição Brasileira. Permitirá que os educandos possam refletir e entender como
os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o
Sagrado. E, ainda compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço
escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças, para que no
entendimento destes elementos, o educando possa elaborar o seu saber, passando
a entender a diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e as suas
manifestações são significativo para todos os alunos durante o processo de
escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces
da cultura e da constituição da vida em sociedade.
Para viabilizar a proposta de Ensino Religioso no Paraná, a Associação
Interconfessional de Curitiba (ASSINTEC), formada por um pequeno grupo de
caráter ecumênico, preocupou-se com a elaboração de material pedagógico e
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cursos de formação continuada. O resultado desse trabalho foi o Programa
Nacional de Tele Educação (Prontel), elaborado em 1972, que propôs a instituição
do Ensino Religioso radiofonizado nas escolas municipais. A Secretaria de Estado
da Educação (SEED) e a Prefeitura Municipal de Curitiba aceitaram o Prontel, com
parecer favorável do Conselho Estadual de Educação.
Em 1976, pela Resolução n. 754/76, foram autorizados cursos de atualização
religiosa em quatorze municípios do Estado, com o apoio da Associação das
Escolas Católicas (AEC). Os objetivos desses cursos eram aprofundar e atualizar
os conhecimentos de fundamentação bíblica, e oferecer esclarecimentos sobre a
pedagogia da Educação Religiosa. Os conteúdos se pautavam na visão do Antigo e
Novo Testamento.
Vale lembrar que, o Conselho Estadual de Educação do Paraná,em 2002,
aprovou a Deliberação 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas escolas
Públicas do sistema Estadual de Ensino do Paraná. Com a aprovação dessa
deliberação,a SEED elaborou a Instrução Conjunta n. 001/02 do DEF/SEED, que
estabeleceu as normas para esta disciplina na Rede Pública Estadual. No início da
gestão 2003/2006, retomou a responsabilidade sobre a oferta e organização
curricular da disciplina no que se refere à composição do corpo docente,
metodologia, avaliação e formação continuada dos professores.
Em fevereiro de 2006, a SEED sustentou um longo processo de discussão
que resultou na primeira versão das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para
a Educação Básica. O resultado final, mas não conclusivo deste processo é a
proposta de implementação de um Ensino Religioso Laico e de forte caráter escolar.
Entendemos que em nosso colégio, é de fundamental importância, que essa
disciplina contribua para que os estudantes entendam como os grupos sociais se
constituem culturalmente e, como se relacionam com o sagrado. Essa abordagem
possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por ela produzidos,
em suas marcas de religiosidade.
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OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:
O Ensino Religioso, no Ensino Fundamental, pressupõe oferecer aos alunos a
oportunidade de processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes
de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura e colaborar com a
formação da pessoa. Contribuir também para superar a desigualdade étnico-
religiosa e garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão,
conforme o Art. 5º, inciso VI, da Constituição Brasileira. Permitindo que os alunos
possam refletir e entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e
como se relacionam com o Sagrado. E, ainda compreendendo suas trajetórias, suas
manifestações no espaço escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e
diferenças, para que no entendimento destes elementos o aluno possa elaborar
seus saberes, passando a entender e respeitar a diversidade de nossa cultura,
marcada pela religiosidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA:
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
Conteúdos Estruturantes:
• Paisagem Sagrada;
• Universo Simbólico Religioso;
• Texto Sagrado.
Conteúdos Básicos:
• Organizações Religiosas;
• Lugares Sagrados;
• Símbolos Religiosos;
• Textos Sagrados orais e escritos.
7º Ano
Conteúdos Estruturantes:
• Paisagem Sagrada;
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• Universo Simbólico Religioso;
• Texto Sagrado
Conteúdos Básicos:
• Festas Religiosas;
• Ritos;
• Temporalidade Sagrada;
• Vida e Morte
METODOLOGIA
Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso,
não se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem
utilizados em sala de aula, mas pressupõe constante repensar das ações que
subsidiarão este trabalho. Logo as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo
professor da disciplina poderão fomentar o respeito às diversas manifestações
religiosas, ampliando e valorizando universo cultural dos alunos.
Uma das inovações propostas, é a abordagem dos conteúdos de Ensino
religioso, tendo como objeto de estudos o sagrado, conceito discutido nos
fundamentos teórico-metodológicos e que será a base a partir da qual serão tratados
todos os conteúdos de Ensino Religioso.
Os conteúdos de prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana;
enfrentamento à violência contra a criança e ao adolescente (Lei Federal nº
115225/07); História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº 11.645/08);
Educação Ambiental (Lei 9795/99) Dec. 4201/02, serão abordados de forma
contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino da disciplina de Ensino
Religioso, sempre que for possível a articulação entre os mesmos.
Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da
disciplina, sem desconsiderar sua aproximação com as demais áreas do
conhecimento. Pode-se citar, por exemplo, que os espaços sagrados podem
também constituir conteúdos de geografia, de arte e história, no entanto, o
significado atribuído a esses espaços pelos adeptos desta ou daquela religião, serão
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tratados, de forma mais profunda nas aulas de Ensino religioso, tendo como foco o
sagrado.
Destacando que todo conteúdo a ser tratado nas Aulas de Ensino religioso
contribuirá para a superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer
crença religiosa; de toda forma de proselitismo, bem como a discriminação de
qualquer expressão do sagrado.
A considerar a diversidade de referenciais teóricos torna-se recomendável
que o professor dê prioridade às produções de pesquisadores da respectiva
manifestação do sagrado em estudo para evitar fontes de informação
comprometidas com interesses de uma ou outra tradição religiosa. Tal cuidado é
importante porque, como estratégia de valorização da própria doutrina ou como meio
de atrair adeptos, há produções de cunho confessional que buscam legitimar seus
pressupostos e, por essa razão, desqualificam outras manifestações.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão
aspectos conhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e da diversidade
sociocultural.
Com o objetivo de superar preconceitos e contemplar a História e Cultura
Afro-brasileira e Indígena ( Lei 11.645), nosso trabalho está voltado a promover uma
educação de cidadãos atuantes e conscientes buscando relações étnico-raciais
positivas e democráticas.Para tanto,se propõe a discussão e análise das inter-
relações sociais humanas e de respeito às várias formas de existir, refletindo sobre
os princípios significativos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, buscando
esclarecer termos e idéias de como este documento foi elaborado,suas finalidades e
possíveis aplicações. Onde serão utilizados os recursos midiáticos /tecnológicos
disponíveis.
Os conteúdos apresentados devem contemplar as diversas manifestações do
sagrado, entendidas como integrantes do patrimônio cultural e poderão ser
enriquecidos pelo professor, desde que contribuam para a construção, a reflexão e a
socialização do conhecimento religioso, proporcionando assim, conhecimentos que
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favoreçam a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o
diferente.
Para que isso se efetive, os conteúdos serão trabalhados que forma a buscar
o envolvimento de todos os alunos em atividades através de: leituras de textos
diversos, pesquisas bibliográficas, montagem de painéis e cartazes, lendas e
parlendas, teatro, músicas, filmes e análise de poemas..
AVALIAÇÃO
Dentre as orientações para a disciplina de Ensino Religioso, faz-se necessário
destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez que este
componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no
que se refere à atribuição de notas e ou conceitos. Ou seja, o Ensino religioso não
se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou
conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter facultativo da
matrícula na disciplina.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos
elementos integrantes do processo educativo da disciplina do ensino religioso.
Assim, cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas como: relatórios;
seminários; debates; trabalhos em grupo; questões discursivas que permitam
acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe,
tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.
Para atender a esse propósito, o professor deverá elaborar atividades
diversificadas que o auxilie a registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou
têm se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso, que deve
ser observado pelo professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem.
Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação
respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua;
aceita as diferenças e, principalmente, reconhece que o fenômeno religioso é um
dado da cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados
para referir-se às diferentes manifestações do sagrado.
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A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do
Ensino Religioso. Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e
construir instrumentos de avaliação que permitam acompanhar e registrar o
processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a
intencionalidade do ensino explicitadas no plano de trabalho docente. O que se
busca, em última instância , com o processo avaliativo é identificar em que medida
os conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do
sagrado pelos alunos.
Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações, o
professor terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de
ensino e aprendizagem, retomando as lacunas identificadas no processo de
apropriação dos conteúdos pelos alunos, bem como terá elementos para
dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos
conteúdos que irá desenvolver posteriormente.
Mesmo não havendo aferição de notas ou conceitos que impliquem na
aprovação ou reprovação dos alunos, é necessário que o professor proceda um
registro formal do processo avaliativo, adotando instrumentos e critérios que
permitam à escola, ao aluno, aos pais ou responsáveis, identificarem os progressos
obtidos na disciplina. Pautada em uma avaliação cumulativa, processual e
formativa.
REFERÊNCIAS:
• BIACA,Valmir et al. O sagrado no ensino religioso / Valmir Biaca; Elson
Oliveira Souza;
• EMERLI Scholgl; Sérgio Rogério Azevedo Junqueira [ e ] Sant`ana, René
SIMONATO.O Sagrado no Ensino religioso – Curitiba: SEED-Pr.,2006.- 136
( Cadernos pedagógicos de ensino fundamental , v.8 ).
• CROATTO - José Severino – As Linguagens da Experiência Religiosa –
Paulinas – 2004.LDBN 9394/96....
• PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento
de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Ensino Religioso.
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Curitiba, 2008.
• ___________Currículo Básico Para a Escola Pública do Estado do Paraná –
Ensino Religioso – 1992.
• __________SEED – Semana de Estudos Pedagógicos Descentralizados –
Ensino Religioso Fevereiro/2005.
• ____________ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de
Desafios Educacionais Contemporâneos.
• VILLAR. Colégio Luzia Garcia. Projeto Político Pedagógico. Barbosa
Ferraz, 2011.
• _________Regimento Escolar- Barbosa Ferraz, 2011.
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13.2.6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO:
Nas Diretrizes Curriculares Estaduais, a disciplina de Filosofia a ser
ministrada na sala de aula da escola pública paranaense, aborde questões das
ciências, do mito, da ética, da estética, da política, do conhecimento. Se por um
lado, a dificuldade para seu ensino está no fato de nela residir o pensamento
racional e sistemático de mais de 2500 anos, por outro lado, a facilidade para o seu
ensino está no fato de que nela se pode encontrar pedagogias e métodos que
trazem luz para a definição da pedagogia e do método a ser adotado pelo professor
para o ensino da filosofia.
A importância do conhecimento proporcionado por essa disciplina, no
contexto escolar, resulta no aprimoramento das capacidades intelectuais, éticas,
morais e sociais que pode favorecer a expressão do pensamento e a construção de
uma inserção social mais crítica.
Diferente de outras disciplinas, a filosofia faz chegar a resultados que não são
tidos como definitivos /absolutos. Assim, ela pode não oferecer a segurança que
uma ciência exata dá ao aluno e isso pode ser prejudicial ao ensino da mesma; por
outro lado, se bem entendida pelos alunos as possibilidades ilimitadas que essa não
exatidão dá, pode ser fator estimulante ao aprendizado dos mesmos.
O ensino da filosofia apresenta inúmeras possibilidades de abordagem. As
mais tradicionais são: a divisão cronológica linear, geográfica e por conteúdos
estruturantes, mas, para não ser apenas História da Filosofia, faz-se mister
preservar suas características específicas, ex: diálogo, problematização,
argumentação, sistematização, imparcialidade, busca constante.
A experiência mais recentemente do ensino de filosofia no Brasil reporta ao
período da publicação da nova LDB 9394/96, mas foi os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCNs, que normatizou como seria o ensino de filosofia. No documento
PCN/Ensino Médio, Conhecimentos de Filosofia, o conteúdo filosófico passa para a
perspectiva da transversalidade. Permanece na ante-sala, algo que se atribuía
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importância, mas que no limite na passava de um objeto de decoração. Foram vários
os encontros e debates de professores e a comunidade propondo recolocar a
obrigatoriedade do ensino de filosofia e o resultado foi o projeto de Lei nº 3.178/97,
aprovado na Câmara e no Senado (2001), vetado pelo presidente F H C.
Em 2003 foi realizada na Câmara dos Deputados, a audiência pública em
defesa da volta da Filosofia e Sociologia ao currículo do Ensino Médio. O CNE/CEB,
atende tais aspirações e aprova o Parecer sob n.º 38/2006 e no Paraná é aprovada
a lei Nº 15. 228 de 25/07/2006, que no Art. 2º, lês-se que “a Filosofia objetiva
consolidar a base humanista da formação do educando, propiciar a capacidade do
pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido pela humanidade, sua
relação com o mundo e a constituição de valores culturais, históricos e sociais,
fundamental na construção e aprimoramento da cidadania”.
Na esfera federal, a Lei nº 11.684 de 2 de junho de 2008, institui a
obrigatoriedade da disciplina no território nacional e nesse sentido, o Conselho
Estadual de Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação N.º 03/08, com o
seguinte teor: uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos
cursos de 4 anos. Do ponto de vista legal está demarcado o retorno da disciplina de
Filosofia à Matriz Curricular do Ensino Médio.
O desafio posto é como ensinar filosofia e que filosofia ensinar. A filosofia
busca compreender a vida humana que se manifesta no cotidiano em busca de um
sentido, seu objeto é “os sentidos, os significados e os valores que dimensionam e
norteiam a vida e a prática histórica humana, trata dos fundamentos últimos do
existir humano na história” (LUCKESI, 2002). Nesse sentido, a filosofia é um
instrumento para os estudantes lerem a realidade histórico-social. Tal instrumento se
diferencia das outras disciplinas em seu próprio método de ensino, pois “o ato de
ensiná-la se confunde com a transmissão do estilo reflexivo, e o ensino da filosofia
somente logrará algum êxito na medida em que tal estilo for efetivamente
transmitido, pensar e repensar a cultura não se confunde com compatibilização de
métodos e sistematização de resultados; é uma atividade autônoma e de índole
crítica” (LEOPOLDO, 1992, p. 163).
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É nessa perspectiva que se deve ler a diretriz de Filosofia/SEED/PR, que
propõe o ensino de filosofia a partir dos conteúdos elaborados pela tradição
filosófica, denominados de Conteúdos Estruturantes. A presente Proposta
Pedagógica Curricular é uma ferramenta de orientação para o trabalho com a
disciplina de Filosofia na escola que, em conjunto com a Diretriz da Disciplina, o
Livro Didático Público, a Ontologia de textos filosóficos e os materiais disponíveis na
biblioteca do professor contribuem para o trabalho com a filosofia no espaço escolar.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:
A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia
não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si
mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os
acontecimentos além de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para
qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos;
pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar o próprio homem em sua
vida cotidiana, a economia, a política, a ética. Diz-se que a Filosofia incomoda certos
indivíduos e instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas,
do mundo. Isto é, questiona a prática política, científica, técnica, ética, econômica,
cultural e artística.
Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino
Médio é entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno.
Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais
para os homens, em cada época.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática
e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a
radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao
instituir a disciplina de Filosofia no Ensino Médio; a busca pelo ensino da reflexão
filosófica, instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar
em sua realidade.
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A Filosofia objetiva consolidar a base humanista da formação do educando,
propiciar a capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento
produzido pela humanidade, sua relação com o mundo e a constituição de valores
culturais, históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento da
cidadania.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA:
Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da DCE de
Filosofia, o qual organizou-se também o livro didático público de Filosofia, a partir de
conteúdos denominados conteúdos estruturantes e básicos. Os conteúdos
específicos serão apresentados pelo professor no Plano de Trabalho Docente - PTD.
ENSINO MÉDIO
1º ANO
Conteúdos Estruturantes:
* Mito e Filosofia;
* Teoria do conhecimento;
Conteúdos Básicos:
* Saber mítico;
* Saber filosófico;
* Relação Mito e Filosofia;
* Atualidade do mito;
* O que é Filosofia?Possibilidade do conhecimento;
* As formas de conhecimento;
* O problema da verdade;
* A questão do método;
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* Conhecimento e lógica.
2º ANO
Conteúdos Estruturantes:
* Ética;
* Filosofia Política;
Conteúdos Básicos:
* Ética e moral;
* Pluralidade ética;
* Ética e violência;
* Razão, desejo e vontade;
* Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das Normas;
* Relações entre comunidade e poder;
* Liberdade e igualdade Política;
* Política e Ideologia;
* Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou Participativa;
3º ANO
Conteúdos Estruturantes:
* Filosofia da Ciência;
* Estética;
Conteúdos Básicos:
* Concepções de ciência;
* A questão do método Científico;
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* Contribuições e limites da Ciência;
* Ciência e ideologia;
* Ciência e ética;
* Natureza da arte;
* Filosofia e arte;
* Categorias estéticas –Feio, Belo, Sublime, Trágico, Cômico, Grotesco,
Gosto, Etc.
* Estética e sociedade;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A Diretriz de Filosofia propõe quatro passos para orientar o professor no trabalho
escolar, tais passos devem ser tomados numa perspectiva dialética para um ensino
significativo, que contemple a formação cidadã e democrática. Para tanto, é possível
viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da
linguagem, da literatura, da história, das ciências e das artes, dialogando
criticamente todos os conceitos. A Diretriz propõe ao professor relacionar os
conteúdos estruturantes e básicos com os problemas vivenciados pelos alunos, para
que na investigação o estudante perceba como tais problemas foram resolvidos na
história da filosofia com o auxílio de textos filosóficos. A leitura do texto deve dar
subsídios para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações,
criar conceitos e desenvolver o exercício do próprio pensamento, isto é,
problematizar filosoficamente situações da vida atual, sem doutrinação, dogmatismo
e niilismo.
* Mobilização para o conhecimento:
É o momento de “ganhar” os alunos para estudar o tema proposto.
Normalmente os alunos se apresentam em posição de desconfiança em relação ao
que o professor propõe, mas se o tema for apresentado na perspectivas da
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mobilização, penso que é possível iniciar um processo de ensino significativo. É
interessante iniciar tal processo com uma música; uma figura; um vídeo; um poema;
uma brincadeira; um jogral. Enfim, algo que seja convidativo para o início de uma
aprendizagem.
* Problematização:
Esse é um passo central na aprendizagem, pois inicia com um problema e/ou
problematização. Isso significa que o convite realizado na mobilização passa
necessariamente por um processo de questionamento. O professor instiga os alunos
a proporem problemas para investigar. São esses questionamentos que vão nortear
os passos seguintes. (exemplo: Porque o Mito serviu como a primeira forma para
homem explicar a realidade?)
* Investigação:
Aqui o papel do professor é central, pois é ele que vai auxiliar os alunos a
avançarem no conceito e no entendimento filosófico do estudo. Aqui se deixar o
aluno por conta, corre-se o risco de ficar na superficialidade. Promova formas dos
alunos se expressarem nesse momento. Assim, cabe ao professor proporcionar um
ambiente propício a partir da realidade em que se encontra o aluno para iniciar sua
prática docente.
* Criação de conceitos:
Esse processo só ocorrerá a partir do trabalho realizado na “Investigação”,
aqui nunca será possível saber de fato o quanto o aluno avançou no conceito, mas
ele pode dar algumas dicas nas brincadeiras, na sala quando se possibilita o
momento, etc. e até mesmo na avaliação.
Outra possibilidade é o professor trabalhar princípios que estruturam a
pedagogia histórico-crítica desenvolvidas por João Luiz Gasparin: Prática social
inicial do conteúdo, problematização, instrumentalização, catarse e Prática social
final do conteúdo (GASPARIN, 2007, p.9).
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Tal proposta metodológica corrobora com a descrita na Diretriz de Filosofia,
conforme apresentado acima. Nesse sentido, o conteúdo filosófico trabalhado em
sala de aula será abordado a partir da necessidade do aluno.
Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica de
integração; Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos alunos.
Quando for possível, a sala será organizada em semi-círculo para melhor contato
com os alunos; Usar os recursos da TV pen drive; Aula na biblioteca organizada em
duplas e/ou trio para pesquisa e conceituação, pois além de facilita no diálogo a
compreensão dos conceitos, ele mesmo inconsciente, estará aprendendo a arte
pesquisa bibliográfica; Aula na sala de informática para desenvolver o processo de
pesquisa e aprofundar temas; Quando for possível as aulas poderão ocorrer no pátio
da escola aproveitado do espaço físico para trabalhar conteúdos específicos;
poderão ser utilizados documentários, filmes e músicas.
Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino
da historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, a lei de Prevenção ao uso
indevido de drogas, sexualidade humana; Educação Ambiental ( Lei 9795/99)
Dec.4201/02, lei federal 11525/07 trata do enfrentamento a violência contra a
criança e o adolescente,serão contextualizadas na disciplina de Filosofia. O
professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o
diálogo do conteúdo filosófico com os conteúdos acima citados.
AVALIAÇÃO:
Segundo Vasconcellos (1999, p. 43), “avaliação é um processo abrangente da
existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de
captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada
de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”. Nesse sentido, a
avaliação é uma busca de alternativas para que ocorra um verdadeiro processo de
ensino-aprendizagem.
A avaliação é o aspecto mais difícil em todas as áreas. O que avaliar em
filosofia e como? A Diretriz propõe que se siga quatro pressuposto:
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Nesse sentido as avaliações ocorrerão nas modalidades:
* formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de
diferentes instrumentos avaliativos;
* contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do
período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do
desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos;
* diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento,
se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir destas constatações
toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do
trabalho,
* formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo
para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar
sobre as ações e não o resultado;
* somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados
obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa
quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas;
fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam
sobre os quantitativos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à Filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1993.
ASPIS, R. O professor de filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez, 2004.
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BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas - o século XX. Rio de Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
__________ Filosofia. Série Novo Ensino Médio, São Paulo, Ática, 2004.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo: Saraiva, 2005.
FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
GALLO, S.; KOHAN, W. (Orgs) Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 4. ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2006.
KOHAN, Walter O. (org.) Filosofia: Caminhos para seu Ensino. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.
KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In: PARANÁ, Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Curitiba, 2005.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e preposições. 17. ed., São Paulo: Cortez 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Filosofia. Curitiba: SEED, 2008.
__________ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro Didático Público – Filosofia. 2. ed. Curitiba: SEED, 2008.
REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003. (Vol. I, II e III, IV, V, VI, VII).
REZENDE, Antônio (org.). Curso de Filosofia: para professores e alunos dos cursos de segundo grau e de graduação. 13. ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed. 2005.
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SCHIMDT, MARIA A.[org.], Diálogos e Perspectivas de Investigação, Coleção cultura Escola e Ensino. Ed. Unijuí.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1993.
TOMELIN, Janes F. e TOMELIN, Karina N. Diálogos Filosóficos. 3. Ed. Blumenau. Nova Letra, 2007.
VASCONCELOS, Celso dos S. Avaliação: Concepção dialética - libertadora do
processo de avaliação escolar. 15. ed., São Paulo: Libertad, 2005.
VILLAR, Colégio Estadual Luzia Garcia. Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011 .
. ________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011
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13.2.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO:
O conhecimento da física é algo em constante transformação a partir das
necessidades e anseios da humanidade, sendo orientada por modelos e teorias,
assim o ensino da física deve estar voltado para a construção de conceitos
científicos com significado nas atividades diferenciadas dentro ou fora da sala de
aula com o estudo da matéria, energia e suas transformações físicas; levando o
aluno a pensar criticamente, investigando mistérios do mundo microscópio, das
partículas que compõem a natureza e, ao mesmo tempo, permitindo à análise de
todos os fenômenos físicos que interage com a vida do nosso planeta.
A disciplina de Física tem como meta encaminhar o educando ao
desenvolvimento de uma cultura científica efetiva partindo do senso comum,
ampliando-se os conceitos físicos e sensibilizando – os a um compromisso com as
inovações tecnológicas do futuro (eletromagnetismo) de forma a acompanhar a
evolução globalizada.
O grande desafio atual é de que as atividades científicas possam contribuir
com uma nova perspectiva de entendimento da física, estimulando um melhor
aprimoramento no processo ensino – aprendizagem e percebendo durante as
observações, relatos, leituras científicas e outras (músicas, poemas e histórias em
quadrinhos) de maneira contextualizada; e nas atividades práticas a descoberta e
valorização do conhecimento científico sistematizado; aguçando no aluno a
curiosidade bem como a de conhecer mais sobre a relação da física com o mundo
que o rodeia.
A Física é uma ciência que tem como objeto de estudo o Universo na sua
totalidade e complexidade, sua evolução, suas transformações e as interações com
outros saberes da sua realidade, propondo-se então, o estudo da natureza; mas
galgados nos modelos elaborados pelo homem.
Desde épocas mais remotas o homem vem tentando solucionar muito dos
seus problemas de ordem prática para garantir sua sobrevivência.
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Entende-se que a disciplina de Física deve contribuir educando também para
a cidadania e o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da
produção científica ao longo da história. Essa ciência evoluiu a partir da filosofia
natural tendo encontrado através do conhecimento a intenção da abstração; pois era
através dos sentidos que o homem percebia as informações do universo com uso do
raciocínio que nas civilizações mais antigas (gregos) se encarregavam dos estudos
dos fenômenos ocorridos na natureza (tentavam explicar as variações cíclicas
observadas no espaço), dando início ao estudo dos movimentos, das propriedades
físicas da matéria e da energia.
Na Idade Média a filosofia medieval cristã (escolástica) submetia a fé e as
verdades ao cristianismo; no século XIII com São Tomás de Aquino influenciado
principalmente por Platão, Aristóteles e a Astronomia Geocêntrica; mas a física foi
inaugurada por Galileu Galilei no século XVI, como uma nova forma de se conceber
o Universo aliada as descrições matemáticas dos fenômenos físicos; surgiram as
bases da Ciência Moderna possibilitando construir as leis universais; desse modo
abriu-se caminho para Isaac Newton no século XVIII que realizasse a primeira
grande unificação da ciência, elevando a física ao estatuto de Ciência.
Mas foi no século XVIII que a Revolução Industrial abriu caminho para que a
ciência também se desenvolvesse; nesse período houve a incorporação das
máquinas a vapor (termodinâmica) à indústria o que contribuiu para as grandes
transformações sociais e tecnológicas.
O conhecimento científico tem permitido à humanidade construir
conhecimentos sobre o mundo, evoluindo de acordo com as experiências
vivenciadas voltadas para as práticas sociais contemporâneas, e podendo ainda
relacionar-se com os múltiplos aspectos: histórico – social político e econômico
envolvendo todos os tipos de cultura situados no tempo e no espaço; preparando-os
também para uma educação mais ampla e voltada à formação de sujeitos
comprometidos agregando a visão da natureza, das produções tecnológicas bem
como das relações humanas. Atuando de forma dinâmica junto à clientela
procurando atender seus anseios independentes da classe social a que pertence na
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tentativa de superar as dificuldades de aprendizagem e relacionamento humano;
valorizando as experiências do cotidiano.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
O objetivo geral da disciplina de física é construir o conhecimento relativo ao
mundo físico e às suas transformações, levando em consideração como estes
conhecimentos foram construídos e elaborados ao longo da história.
Além disso, a disciplina de física pretende atuar de forma dinâmica junto aos
educandos procurando atender seus anseios independentes da classe social a que
pertence na tentativa de superar as dificuldades de aprendizagem e relacionamento
humano, valorizando, portanto, suas experiências do cotidiano .
O ensino de física deverá contemplar atividades práticas de experimentação
(lúdicas) que aguçará o gosto do aluno por observação de fenômenos físicos na
sala (no pátio da escola, em laboratórios ou na natureza; interagindo com outros
profissionais (interdisciplinaridade) sempre que possível.
Esta disciplina pretende também valorizar as atividades desenvolvidas
extraclasse, atividades estas, que poderão despertar no educando o anseio de
estudar, dando suporte para que faça a melhor opção em continuar seus estudos.
Tais atividades contribuirão para que o aluno venha entender a relação entre as
experiências de senso comum adquirido, e o conhecimento sistematizado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS
Conteúdo Estruturante
Movimento
Metodologia
Mostrar a evolução das ideias e conceitos físicos, seus erros e acertos, avanços e
retrocessos, a não-neutralidade da produção científica, suas relações externas, sua
interdependência com os sistemas produtivos, enfim, os aspectos: sociais, políticos,
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econômicos e culturais desta ciência; levando-se em conta as concepções
espontâneas dos estudantes.
Avaliação
Verificar o progresso da aprendizagem do estudante quanto aos aspectos históricos,
conceituais, culturais, e a evolução do conhecimento científico; através de
observações, relatos, debates, análises de textos científicos, etc.
Conteúdo Básico
- Introdução à Física
- História da Física: Campo de estudo e atuação da física;
- A física contemporânea e suas aplicações tecnológicas;
- Movimento e inércia;
- Conservação de quantidade de movimento;
- Variação da quantidade de movimento: Impulso
- 2º Lei de Newton
- 3º Lei de Newton
Metodologia
Os conteúdos básicos devem ser abordados considerando-se:
O contexto histórico-social, discutindo a construção cientifica como um produto
da cultura humana sujeita ao contexto de cada época;
A epistemologia e a filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a utilização
de textos originais traduzidos para o português, pois se entende que eles
contribuem para aproximar estudantes e professor da produção cientifica da
compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos
epistemológicos encontrados, etc;
O reconhecimento da física como um campo teórico, ou seja, considera-se
prioritário os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos
movimentos, pois se entende que para ensinar uma teoria cientifica é necessário
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o domínio e a utilização de linguagens próprias de ciência, indispensável e
inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das idéias, das
leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem cientifica;
As relações da física com a física e, com outros campos do conhecimento;
O contexto social dos estudantes, seu cotidiano e os jogos e brincadeiras que
fazem parte deste cotidiano;
As concepções dos estudantes e a historia da evolução dos conceitos e idéias
em física como possíveis pontos de partida para problematização;
Que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores
propõem-se uma discussão em conjunto sobre o quadro teórico da Física no final
do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam os cientistas a respeito
de algumas questões que envolviam o eletromagnetismo, as tentativas de
adaptar o eletromagnetismo à mecânica, o surgimento do Principio da incerteza e
as conseqüências para a física clássica;
Textos de divulgação científica, literários, etc.
Ao contemplar estes conteúdos, poderão ser abordados ainda tópicos referentes
à Prevenção ao uso indevido de drogas, assim como também de sexualidade
humana;
Avaliação
Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de
intervalo de tampo, deslocamento, referencias e o conceito de velocidade.
Espera-se que o Estudante:
Formule uma visão geral da ciência (física), presente no final do século XIX e
compreenda a visão de mundo dela decorrente;
Compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de
partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e, outros princípios
(entre eles o da incerteza);
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Perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o
conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como conseqüência, um conceito
básico da mecânica clássica: trajetória;
Compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção
cientifica ligada a concepção de força entendendo-a (do ponto de vista clássico)
como uma resistência a variação do movimento, ou seja, uma constante de
movimento e, o momentum como uma medida dessa resistência (translação);
Compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a dificuldade
apresentada pelo objetivo ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e, a
distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminuição
do momento de inércia implica num aumento de velocidade de giro, e vice-versa;
Associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um
sistema (impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou
desaceleração) e à concepção de massa e inércia;
Entenda as medida das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.)
Como dependentes do referencial e, de natureza vetorial;
Perceba em seu cotidiano movimentos simples que acontecem devido a
conservação da quantidade movimento translacional ou linear;
Compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os
movimentos rotacionais;
Perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados ao outros, tanto os
translacionais como o rotacional;
Perceba a influência da dimensão de um corpo no eu comportamento perante a
aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;
Aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1º lei de
Newton, e as noções de equilíbrio estável e instável.
Reconheça e represente as força de ação e reação nas mais diferentes situações.
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Avaliação
Espera-se que o estudante compreenda a lei da Gravitação Universal como
uma construção cientifica importante, pois unificaram a compreensão dos
fenômenos celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço,
matéria e movimento, desde que os primeiros estudos sobre a natureza, até Newton.
Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele:
•Associe a gravitação com as leis de Kepler;
•Identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de
vista clássico.
•Compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria
da Relatividade Geral;
Conteúdo Básico
- Energia e o Principio da Conservação da energia;
- Variação/Transformação da energia de parte de um sistema – trabalho e potencia.
Metodologia
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos adotará uma abordagem
pedagógica que considere:
O contexto histórico-social, discutindo a construção cientifica como um produto
da cultura humana sujeita ao contexto de cada época:
• A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma será a
utilização de textos originais traduzidos para o português (ou não), pois
se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professor
da produção cientifica a compreensão dos conceitos formulados pelos
cientistas, dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc.
• O campo teórico da física no qual a energia tem um lugar fundamental,
pois se entende que para ensinar uma teoria cientifica é necessário o
domínio e a utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e
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inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das
idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e uma
linguagem científica;
• As relações da Física com a Física e, com outros campos do
conhecimento;
• Texto de divulgação cientifica, literários, etc.
• O cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução
dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para
problematização;
Avaliação
Espera-se que o estudante perceba a idéia de conservação de energia como
uma construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica
como um dos princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Principio da
Conservação da Energia, aplicando a todos os campos de estudo da física, bem
como outros campos externos à física. Assim, ao se avaliar o estudante espera-se
que ele:
Conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas
formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinéticas, potencial elástica e
potencial gravitacional;
Perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação
de energia;
Compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico.
Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorre às transformações
de energia, indicada pela grandeza física potência.
Conteúdo Básico
Fluídos
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Metodologia
A abordagem teórica - metodológico deste conteúdo básico deve considerar: O
contexto histórico-social, discutindo a construção cientifica como um produto da
cultura humana sujeita ao contexto de cada época;
A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma será a utilização
de textos originais traduzidos para o português (ou não), pois se entende que eles
contribuem para aproximar estudantes e professor da produção cientifica a
compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos
epistemológicos encontrados, etc.
As relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
Texto de divulgação cientifica literário, etc;
O cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos
e idéias em Física como possíveis pontos de partida para a problematização;
Avaliação
O estudo dos fluídos e da mecânica dos fluídos é importante para compreender a
evolução das idéias que levaram a formulação do conceito de calor. Assim, ao se
avaliar O estudante, espera-se que ele:
• Identifique algumas propriedades físicas inerentes aos materiais como a
massa específica, a viscosidade e a tensão superficial, associando-as com as
interações elétricas:
• Formule o conceito de pressão de um fluído, seja ele um líquido ou um gás, e
extrapole o conceito a outras aplicações físicas;
• Entenda a densidade como uma medida relativa em relação à massa
específica da água;
• Compreenda as relações entre volume, peso e empuxo e, entre densidade e
empuxo.
Conteúdo Básico
Oscilações
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Metodologia
A abordagem teórica – deve-se considerar: O contexto histórico-social,
discutindo a construção metodológica deste o conteúdo básico ao cientifico como
um produto da cultura humana sujeita ao contexto de cada época;
• A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma será a
utilização de textos originais traduzidos para o português (ou não), pois se
entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores nas
produções cientificas, a compreensão dos conceitos formulados pelos
cientistas, dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc.
• As relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
• Textos de divulgações científicos e literários, etc;
• O cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos
conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para
problematização;
• Que o estudo da ondulatória deve começar pelas ondas mecânicas, pois são
mais “visíveis” ou perceptíveis no cotidiano. No entanto, as ondas
eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presentes no dia-a-
dia, porem o modelo matemático para ondas não encontra uma
correspondência direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a
diferença entre modelo e fenômeno, diferenciando real do abstrato.
Avaliação
Na natureza, muitos eventos apresentam, em algum momento ou aspecto,
características ondulatórias o que torna seu estudo importante para a compreensão
do universo físico.
Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele:
• Conheça o modelo clássico de onda, seus limites e possibilidades,
percebendo as grandezas físicas identificadoras dos processos ondulatórios, ou
seja, a velocidade, a freqüência e o comprimento da onda;
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• Associe a produção de pulsos de onda a alguma forma de
transferência ou transformação de energia, da fonte produtora para o
meio de propagação da onda;
• Associe os fenômenos da refração, reflexão, difração e interferência ao
movimento ondulatório;
• Compreenda fenômenos típicos ondulatórios como: efeito Doppler,
ressonância e superposição de ondas;
• Identifique que uma onda mecânica presente no cotidiano, explicando
o seu comportamento;
• Entenda a natureza das oscilações, ou seja, diferencie as ondas
mecânicas das eletromagnéticas;
• Perceba em alguns fenômenos luminosos características ondulatórias,
compreendendo-os a partir da interação da luz com a matéria, o que
envolve relação com o eletromagnetismo;
• Identifique, nos diversos materiais, propriedade mecânica ligada a
elasticidade, por exemplo, a constante elástica de uma mola em um
sistema massa-mola.
Conteúdo Estruturante
Termodinâmica
Conteúdo Básico
- Leis da Termodinâmica:
- Lei zero da Termodinâmica;
- 1º Lei da Termodinâmica
- 2º Lei da Termodinâmica
- 3º Lei da Termodinâmica
Metodologia
A abordagem teórico-metodológica deste conteúdo básico deve considerar:
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• O contexto histórico-social, discutindo a construção cientifica como um
produto da cultura humana sujeita ao contexto de cada época;
• A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma será a
utilização de textos originais traduzidos para o português (ou não), pois se
entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professor da
produção cientifica a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas,
dos obstáculos epistemológicos encontrados, etc;
• O reconhecimento da física como um campo teórico, ou seja, considera-se
prioritário os conceitos e idéias fundamentais que dão sustentação ao corpo
teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria
cientifica é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da
ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é
fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições
presentes na teoria e sua linguagem cientifica;
• As relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
• O cotidiano, as concepções dos estudantes e a História da evolução dos
conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para
problematizações;
• Utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e
idéias;
• Textos de divulgações científicos e literários, etc.
• Durante a abordagem destes conteúdos, por exemplo ao citar como
funcionavam os “Navios Negreiros” e como os mesmos se movimentavam,
poderá ser contemplado a História e Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena que prevê a Lei nº 11.645/08, onde poderá ser relatado a forma em
que os negros eram “traficados” e transportados por meio de Navios que por
sua vez, utilizavam “calor” para se mover.
• Poderá ser abordado também, informações relativas à Educação Ambiental,
conforme prevê a Lei nº 9795/99 (Dec. 4201/02), por exemplo, ao abordar
Escalas Termométricas e Formas de Energia, poderá ser citado o “aumento
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da temperatura” que vem sido provocado pelo grande aumento de poluentes
que vem sendo lançados na atmosfera;
Tem-se como expectativa que o aluno compreenda o quadro teórico
da termodinâmica composto por ideias expressas nas suas leis e em seus conceitos
fundamentais: temperatura, calor e entropia.
Avaliação
Assim, ao se avaliar o aluno, espera-se que ele:
• Entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas
propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação
molecular em um sistema;
• Compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e
válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido
como ideal e, fundamental para o desenvolvimento das ideias em
termodinâmica;
• Diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma
das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro
teórico da termodinâmica;
• Entenda o processo de construção das escalas termométricas, associando
essas escalas às propriedades térmicas do material utilizado na sua
construção;
• Compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação
de Energia, bem como sua construção no contexto da termodinâmica e a sua
importância para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor
como forma de energia;
• Associe a primeira lei á ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de
calor.
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• Compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como
propriedade de um material identificável no processo de transferência de
calor. Da mesma forma, o conceito de calor latente;
• Identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e, b) os irreversíveis, que
vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda
lei. Esse princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o
de conservação de energia e sugere um estudo da entropia;
• Compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos
espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e, probabilidade;
Conteúdo Estruturante
Eletromagnetismo
Conteúdo Básico
-Carga, corrente elétrica.
- Campo
- Força eletromagnética
- Equações de Maxwell:
- Lei de Gauss;
- Lei de Coulomb;
- Lei de Ampére;
- Lei de Gauss magnética;
- Lei de Faraday
Metodologia
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar:
O contexto histórico-social, discutindo a construção cientifica entendido como um
produto da cultura humana sujeita aos determinantes de cada época;
A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – utilização de textos originais,
pois se entende que contribuam para aproximar estudantes e professores da
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produção cientifica, da compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos
obstáculos epistemológicos encontrados, etc.
O reconhecimento da física como um campo teórico, com conceitos fundamentais
que dão sustentação ao eletromagnetismo,bem como o domínio das idéias, das leis,
dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem cientifica;
As relações da Física com a Física e, com outros campos do conhecimento;
O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis
pontos de partida para problematização;
Textos de divulgações científicos e literários, etc.
Experimentação para discussão das ideias e conceitos do conceitos do
eletromagnetismo.
Poderá ser abordado durante estes conteúdos a Educação Tributária Dec. nº
1143/99, portaria nº 413/02 ao contemplar por exemplo Potência elétrica, mostrando
o quanto de tributos incidem sobre uma conta de consumo de energia elétrica. Deste
modo, será contemplado também, tópicos de Educação Fiscal (Portaria Conjunta do
Ministério da Fazenda e da Educação nº 413 de dezembro de 2002);
Avaliação
Espera-se que o estudante:
Compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois
todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga.
Compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o
campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de
campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que
o estudante entenda esse conceito, uma entidade teórica cariado para o
eletromagnetismo, é básica para a teoria e mediador de interação entre carga;
Compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base
para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos;
Entenda o campo como uma entidade física dotado de energia;
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Apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento
(acorrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;
Associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;
Conheça as propriedades elétricas dos materiais, por exemplo, a resistividade e a
condutividade;
Conheça as propriedades magnéticas dos materiais;
Entende corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao
campo;
Reconheça as interações elétricas como às responsáveis pela coesão dos sólidos,
pelas propriedades dos gases;
Compreenda a força magnética como resultado da ação do campo magnético
sobre a corrente elétrica;
Entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos
constituintes;
Conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de
manifestação de energia, como a nuclear, a eólica, etc.
Compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema
elétrico;
Perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à
transformação/variação de energia.
Conteúdo Estruturante
Óptica
Conteúdo Básico
A natureza da Luz e suas propriedades
Metodologia
Mostrar a evolução das idéias e conceitos físicos, seus erros e acertos, avanços
e retrocessos, a não-neutralidade da produção científica, suas relações externas,
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sua interdependência com os sistemas produtivos, enfim, os aspectos: sociais,
políticos, econômicos e culturais desta ciência; levando-se em conta as concepções
espontâneas dos estudantes.
Os conteúdos básicos devem ser abordados considerando-se:
− O contexto histórico-social, discutindo a construção cientifica como um
produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
− A epistemologia e a filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é a
utilização de texto original traduzido para o português, pois se entende que
eles contribuem para aproximar estudantes e professor da produção cientifica
da compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos
epistemológicos encontrados, etc.
− O reconhecimento da física como um campo teórico, ou seja, considera-se
prioritário os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos
movimentos, pois se entende que para ensinar uma teoria cientifica é
necessário o domínio e a utilização de linguagens próprias de ciência,
indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o
domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e
sua linguagem cientifica;
− As relações da física com a física e, com outros campos do conhecimento;
− O contexto social dos estudantes, seu cotidiano e os jogos e brincadeiras que
fazem parte deste cotidiano;
− As concepções dos estudantes e a historia da evolução dos conceitos e
idéias em física como possíveis pontos de partida para problematização;
− Que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores
propõem-se uma discussão em conjunto sobre o quadro teórico da Física no
final do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam os cientistas a
respeito de algumas questões que envolviam o eletromagnetismo, as
tentativas de adaptar o eletromagnetismo à mecânica, o surgimento do
Principio da incerteza e as conseqüências para a física clássica;
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− Deverá ser abordado também, em momentos oportunos, tópicos relativos ao
Enfretamento à violência contra a Criança e ao Adolescente (Lei Federal nº
11525/07);
Avaliação
A partir da formulação das equações de Maxwell e, a comprovação
experimental de Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade
eletromagnética. No entanto, estudos realizados no final do século XIX e inicio do
século XX levaram ao estabelecimento da natureza corpuscular da luz (os quantas).
Isso contribui para a apresentação da física como uma ciência construída e em
construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:
• Entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;
• Conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre
as radiações de alta baixa energia, que manifesta dois comportamentos:
ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a
matéria;
• Entenda os processos de desvio de luz, a refração, que pode ocorrer tanto
com a mudança do meio com a alteração da densidade do meio, alem do
processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;
• Entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão
difusa, dispersão e absorção da luz, dentre outros, importantes para a
compreensão de fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na
natureza, porem, às vezes uns ou outros se sobressaem;
• Associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como, por exemplo: a
formação do arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros,
aos fenômenos luminosos estudados;
• Compreenda a luz como energia quantizada, que ao interagir com a
matéria apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas
(por exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a
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interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento
dual:
• Extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como
por exemplo, ao elétron.
REFERÊNCIAS:
ANTUNES,Celso. Glossário para educadores. Petrópolis: Vozes, 2001
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito e desafio: uma perspectiva
construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2006.
SAMPAIO, José Luiz. Universo da Física, 1, 2 e 3. 2º ed. São Paulo: Atual, 2005.
(Coleção Ensino Médio Atual.)
SAMPAIO, José Luiz. Física: Volume único. 2º ed. São Paulo: Atual, 2005.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – Diretrizes Curriculares de Física Ensino Médio; SEED-PR/2008;
VILLAR. Colégio Estadual Luzia Garcia . Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011
________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011
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13.2.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO:
As relações do homem com a natureza no processo de construção e transformação do
espaço geográfico tiveram início desde a origem da humanidade. As alterações nos espaços eram
praticamente insignificantes, pois se vivia da coleta, da caça e da pesca. Existia um equilíbrio entre o
homem e a natureza. A apropriação do espaço era realizada após longo período de observação e
descrição, permitindo grandes avanços na elaboração do conhecimento geográfico.
Na Idade Média, alguns conhecimentos geográficos foram desconsiderados
porque feriam aos interesses do poder político. A partir do século XII, as questões
cartográficas, a forma da Terra, voltavam a ser discutidas, pois, os mercadores
precisavam registrar as rotas marítimas, a localização e distâncias dos continentes,
alcançando o período das Grandes Navegações. Desde o século XVI, as expedições
terrestres passaram a descrever e representar detalhadamente os elementos
naturais bem como as relações homem-natureza.
Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser
evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam
explicar questões referentes ao espaço e à sociedade. Porém, até o século XIX não
havia sistematização da produção geográfica.
No período Imperialista desse século (século XIX), várias comunidades que mais
tarde viria a ser a atual Alemanha, organizaram expedições cientificas para a África,
Ásia e América Sul. Essas pesquisas acabaram servindo aos interesses das classes
dominantes proporcionando o surgimento das Escolas Geográficas, alemã e a
francesa.
O pensamento geográfico, da escola alemã, teve precursores Humbolodt e
Ritter, mas coube a Ratzel a fundação da Geografia Cientifica. A Escola Francesa
teve como principal representante Paul Vidal de La Blache.
A produção destas duas Escolas marca a dicotomia Sociedade – Natureza e
o determinismo geográfico que justificou o avanço dos impérios Europeus nos
territórios Africanos e Asiáticos.
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Enquanto na Alemanha e na França, a ciência já se encontrava
sistematizada, presente nas Universidades desde o século XIX, no Brasil, isso só
aconteceu mais tarde. A institucionalização da Geografia no Brasil se consolidou a
partir de 1930. As pesquisas buscavam compreender e descrever o ambiente físico
nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do Estado na perspectiva
do nacionalismo econômico, como a exploração mineral, desenvolvendo a indústria
de base entre outros.
Essa abordagem do conhecimento Geográfico perpetua-se por boa parte do
século XX, principalmente em períodos de governos autoritários e ficou conhecida
como Geografia Tradicional.
As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a
Segunda Guerra Mundial, trouxeram mudanças que interferiram no pensamento
Geográfico sob diversos aspectos. Essas transformações ocorreram cada vez mais
intensamente ao longo da segunda metade do século XX dando novos enfoques
para a análise dos espaços Geográficos.
Do ponto de vista político e econômico, a internacionalização da economia e a
instalação das multinacionais em vários países alteraram as relações de produção e
consumo, trazendo para as discussões geográficas ligadas à degradação ambiental,
às desigualdades e injustiças da produção capitalista, às questões culturais e
demográficas afetadas pela internacionalização da economia e pelas relações
políticas da economia e pelas relações político-econômicas de dependência, cada
vez mais acentuadas, nos diferentes países.
Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do país-guerra
desencadearam reformulações na geografia. No Brasil, essas mudanças mais
acentuadas ocorreram nos anos 60.
As mudanças teórico-metodológicas do ensino da Geografia tem como meta a busca
de um ensino voltado para a conquista da cidadania, proporcionando aos alunos a
possibilidade de compreenderem sua própria posição no conjunto de interação entre
a sociedade e a natureza.
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A valorização da formação profissional contribuiu para as transformações
significativas no ensino, regulamentadas pela lei 5692/71 (Lei das Diretrizes e Base
da Educação Nacional) que afetou, principalmente, as disciplinas relacionadas às
Ciências humanas e instituiu a área de estudo denominada Estudos Sociais que no
1o.Grau envolveria conteúdos de Geografia e História. No 2o.Grau foram impostas às
disciplinas de OSPB e EMC. Nos anos 80, ocorreram movimentos visando o
desenvolvimento da disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e
História.
As discussões teóricas que se sobressaíram, centraram-se em torno do
Movimento da Geografia Crítica. Um dos marcos históricos nessa época foi o
Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978. Esse movimento adotou o
método do materialismo histórico dialético para os estudos geográficos e para a
abordagem dos conteúdos de ensino da Geografia.
Encontros e conferências realizados em âmbito mundial priorizaram a
educação como alvo das reformas necessárias para a formação do novo perfil de
trabalhador, necessário para o capitalismo no atual período histórico. Foi nesse
contexto que ocorreu a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Base da Educação
Nacional, bem como a construção dos P.C.Ns.
A partir de então, os P.C.Ns., apresentaram-se como documento balizador
para as reformulações curriculares que deveriam ocorrer nos estados brasileiros. As
críticas feitas pelo P.C.Ns. de Geografia recaíram sobre as linhas de pensamento
Tradicional e Crítica. Este documento desconsiderou o esforço de aprimoramento
teórico-conceitual que o movimento da Geográfica Crítica vinha fazendo, ao tomá-la
pela perspectiva economicista, que inicialmente foi adotada por alguns de seus
autores, vinha sendo superada. Os P.C.Ns não apresentaram uma alternativa
teórica consistente, mas, ao contrário, assumiram um ecletismo ancorado numa
concepção filosófica, pouco clara.
Entre as mudanças provocadas pelos P.C.Ns destacam-se os conteúdos de
ensino vinculados às discussões ambientais e multiculturais. A presença desses
conteúdos nos P.C.Ns deve-se ao resgate e aprofundamento das discussões sobre
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cultura e ambiente que, na Geografia, ganharam força no contexto histórico dos
anos 90, tanto com as transformações políticas que desencadearam conflitos étnicos
e a fragmentação territorial de alguns países, quanto com os avanços nos sistemas
técnicos de comunicação e informação que possibilitam a fragmentação da
produção industrial e ampliação do mercado mundial.
Essa reorganização estrutural da produção e do mercado envolveu e afetou a
natureza, as culturas e as relações sócio-espaciais de alguns “espaços da
globalização”, situados em todos os continentes. Isso trouxe relevância para as
questões sócio-ambientais e culturais, como campo de estudo da Geografia.
Porém, é preciso lembrar que as questões ambientais e culturais estiveram
inseridas no temário geográfico desde a institucionalização da Geografia e foram
abordadas de várias perspectivas teóricas das descritivas às críticas. Portanto,
apenas inseri-los no currículo como conteúdos de ensino, não garantem criticidade à
disciplina.
A política educacional desenvolvida a partir de 2003, nesse Estado, assumiu
como uma de suas prioridades, ações que visam à retomada de estudos das
disciplinas de formação do professor, estimulando seu papel de pensador e
pesquisador. Assim, estas Diretrizes Curriculares apresentam-se como documento
norteador para um repensar da prática pedagógica dos professores de Geografia.
Considera-se que o ensino da geografia deve dar subsídios aos alunos
levando-os a pensar e agir criticamente, buscando elementos que permitam
compreender e explicar o mundo. Cabendo assim, à geografia a função de preparar
o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a
“neutralidade” dos fenômenos que imprimem certa passividade aos indivíduos com
este enfoque assumir uma visão geral do local para o global e através desse
conhecimento agindo e interagindo com autonomia na sociedade e no espaço em
que está inserido.
Oportunizando ao educando a possibilidade de situar-se na dinâmica das
transformações contemporâneas, fazendo com que o mesmo atue criticamente e
construtivamente no contexto local, como parte integrante do global.
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OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia dentro dos seus parâmetros busca possibilitar aos alunos
conhecer as especificidades dos lugares e das paisagens geográficas levando-o a
compreender o todo que é o espaço geográfico. Além disso, realizar um trabalho
investigativo do ambiente onde o aluno vive, valorizando sua história de vida e acima
de tudo torná-lo um cidadão crítico para interagir em sua realidade, resolvendo
problemas e percebendo a dimensão de seu papel no interior da sociedade. Cabe
ainda à Geografia propiciar ao aluno conhecer as realidades vividas por outros
grupos sociais, com ênfase no estudo da organização socioespacial, no modo de
vida, das atividades e das paisagens, na maioria das vezes muito diferentes
daquelas existentes na realidade do aluno.
Conhecendo melhor o espaço, o aluno haverá de participar de modo mais
ativo e conseqüente da sua (re)construção.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA:
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
Conteúdos Estruturantes:
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção;
A formação, localização e exploração dos recursos naturais;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a
(re)organização do espaço geográfico.;
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As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos da população;
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural;
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ANO
Conteúdos Estruturantes:
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfica
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
As diversas regionalizações do espaço geográfico brasileiro;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
Movimentos migratórios e suas motivações;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
a urbanização;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaço geográfico;
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A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
8º ANO
Conteúdos Estruturantes:
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfica
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
O comércio em suas implicações socioespaciais;
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico;
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
Os movimentos migratórios e suas motivações;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
A formação, a localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
9º ANO
Conteúdos Estruturantes:
Dimensão econômica do espaço geográfico
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Dimensão política do espaço geográfica
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço
da produção;
O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
A formação, a mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
A transformação demográfica, sua distribuição espacial e seus indicadores
estatísticos;
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re) organização do espaço geográfico ;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
ENSINO MÉDIO
1º ANO:
Conteúdos Estruturantes:
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfica
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
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Formação e mobilidade das fronteiras e a refiguração dos territórios;
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
A formação, localização e exploração dos recursos naturais;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da
paisagem, a (re)organização do espaço geográfico.;
As diversas regionalizações do espaço geográfico brasileiro;
A dinâmica da natureza e suas alterações climáticas
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da
paisagem, a (re)organização do espaço geográfico.;
As diversas regionalizações do espaço geográfico;
A formação, localização e exploração dos recursos naturais
2º ANO:
Conteúdos Estruturantes:
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfica
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
Distribuição espacial das atividades produtivas, transformação
da paisagem, a (re) organização do espaço geográfico;
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
As relações entre o campo e cidade na sociedade capitalista
O espaço rural e a modernização da agricultura;
Os movimentos sociais, urbanos e rurais e a apropriação do espaço;
Revolução tecnocientífica informacional e os novos arranjos no espaço da
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produção;
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial;
A circulação de mão- de- obra, capital, das mercadorias e das informações;
O comércio e as implicações socioespaciais;
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
3º ANO:
Conteúdos Estruturantes:
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfica
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Conteúdos Básicos:
A transformação demográfica, a distribuição espacial seus os indicadores
estatísticos;
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da
diversidades cultural;
Os movimentos migratórios e suas motivações;
Os movimentos sociais, urbanos e rurais e a apropriação do espaço;
Revolução tecnocientífica informações e os novos arranjos no espaço da
produção;
A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos
e a urbanização;
A circulação de mão- de- obra, capital, das mercadorias e das informações;
A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da
paisagem, a (re)organização do espaço geográfico.;
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METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de uma forma
crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência
dos fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia como ferramenta
essencial, possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do
local ao global e vice-versa.
O professor de Geografia deve estar atento a Lei 11.645/08 que torna
obrigatório abordar temas que envolvam a temática de história e cultura Afro
Brasileira e Indígena e a Lei 9.795/99, Decreto 4.0201/02, referente a Educação
Ambiental.
Dentre os conteúdos trabalhados na disciplina, as temáticas mencionadas a
pouco, devem ser abordadas destacando a importância desses temas na formação
do aluno como cidadão.
Quanto a Cultura Afro e Indígena é importante destacar sua contribuição na
formação sociocultural da população brasileira.
O tema Educação Ambiental deve permear os demais conteúdos mostrando
aos alunos a importância em utilizar os recursos naturais de maneira sustentável,
desta forma contribuindo na preservação do meio ambiente.
Esses temas serão trabalhados através de análise de mapas, confecção de
maquetes, interpretação de textos, imagens, fotos, debates e outros,
Abordar, conforme a instrução nº. 04/2005 da SEED/SUED, a Geografia do
Paraná nos conteúdos curriculares da disciplina matriz. A metodologia utilizada será
na forma de pesquisas em jornais, revistas e sites, slides de imagens e textos,
problematização dos conteúdos, análise de fotos e mapas de paisagens naturais do
Estado, diálogos e debates.
Além de trabalhar os conteúdos específicos de geografia em sala de aula, o
professor, quando necessário, pode promover aulas de campo, desde aquela ao
redor da escola, até outras de maior distância, pois a compreensão da realidade
será mais completa quanto maior for o contato do aluno com a concretude do real, o
que lhe permitirá perceber a complexidade do mundo.
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Além das aulas de campo, destaca-se ainda o uso da linguagem cartográfica,
pois esta resulta de uma construção teórica e prática que vem desde as séries
iniciais e que deve seguir até o final da Educação Básica. Outros instrumentos
metodológicos como: TV Pen Drive, laboratório de informática, globo terrestre, kit de
rochas e minerais, mapas, atlas geográficos, jornais, revistas, recursos audio
visuais: recortes de filmes, programas, de reportagem, e imagens em geral
(fotografias, slides, charges, ilustrações), a literatura e pesquisas bibliográficas que
poderão contribuir no processo ensino aprendizagem.
Cabe ressaltar a importância do papel do professor no processo ensino
aprendizagem em proporcionar constantemente oportunidades que despertem o
interesse do educando pela pesquisa, onde ele será não apenas um mero ouvinte,
mas um ator na construção desse processo.
O professor de Geografia deverá abordar questões sobre o “Enfrentamento à
Violência Contra a Criança e o Adolescente (Lei Federal nº 11.525/07)” de modo que
o aluno perceba a necessidade em aprender, valorizar e praticar normas de
convivência e boa conduta contribuindo na formação de uma sociedade mais justa.
AVALIAÇÃO:
Entendemos que a avaliação está inserida dentro do processo de
ensino/aprendizagem e, respaldada no Projeto Político Pedagógico da escola, será
formativa, diagnóstica, contínua e cumulativa, capaz de considerar as
especificidades, respeitando as diferenças de cada educando.
Nas avaliações, devem-se evitar as atividades que contemplem apenas uma
das formas de comunicação com os alunos, ou seja, apenas a prova escrita.
Propomos que o processo de avaliação esteja articulado com os conteúdos
estruturantes, conceitos geográficos, objeto de estudo, categorias espaço e tempo,
relação sociedade-natureza, as relações de poder. Sendo uma avaliação diagnóstica
e continuada devemos contemplar diversos instrumentos avaliativos, tais como:
Atividade de leitura e interpretação de imagens, mapas, tabelas e gráficos –
essa avaliação possibilita ao professor verificar a compreensão dos conteúdos
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abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa de
imagens, mapas, tabelas e gráficos, de forma a permitir a reflexão e a discussão,
bem como a ampliação de conhecimento.
Critérios
O aluno:
Compreende as idéias presentes e interage por meio de questionamentos, con-
cordância e discordância.
Ao falar sobre as atividades propostas, expressa suas idéias com clareza e siste-
matiza o conhecimento de forma adequada.
Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e
recortes precisos do que se pretende.
Critérios:
O aluno, quanto:
A contextualização identifica a situação e o contexto com clareza;
Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando
o foco da pesquisa na busca de solução;
A justificativa aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
Escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases,
referenciando-os adequadamente.
Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a
característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo.
Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos
diferentes gêneros textuais.
Critérios
O aluno:
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Produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,
finalidade, etc.)
Adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe
diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da
disciplina em termos de léxico, de estrutura;
Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão);
Elabora argumentos consistentes;
Estabelece relações entre as partes do texto;
Estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
Apresentação Oral - a atividade de apresentação oral possibilita ao aluno
demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como
argumentar, organizar e expor suas idéias.
Critérios:
O aluno:
Demonstra conhecimento do conteúdo;
Apresenta argumentos selecionados;
Demonstra sequência lógica e clareza na apresentação;
Faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e
propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando
em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa.
Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da
interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade.
Critérios
O aluno ao realizar seu experimento:
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Registra as hipóteses e os passos seguidos;
Demonstra compreender o fenômeno experimentado;
Sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais
Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários.
Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio
que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse
sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como
agentes sociais.
Critérios
O aluno ao proceder a sua pesquisa de campo:
Registra as informações, no local de pesquisa;
Organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;
Apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua
capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;
Atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de
croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros)
O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida,
auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão
sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento.
São elementos do relatório:
Introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.
Critérios
O aluno:
Faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório,
apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo
abordado e dos conceitos construídos;
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Faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados
obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas que deram
origem à atividade em questão.
Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos, permitindo
que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso
garantir a participação de todos.
Critérios:
O aluno:
Aceita a lógica da confrontação de posições;
Explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;
Faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
Busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições
particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as
posições dos participantes;
Registra, por escrito, as idéias surgidas no debate;
Apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com
o conteúdo da disciplina.
Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido,
é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado,
vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela
que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
Critérios
O aluno:
Compreende e interpreta a linguagem utilizada;
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Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual;
Trabalho em grupo - desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa
de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de
aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a
compartilhar seu conhecimento.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de atividades escritas, orais,
gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros,
abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Critérios
O aluno:
Interage com o grupo;
Compartilha o conhecimento;
Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula,
na produção coletiva de trabalhos;
Questões discursivas – Essas atividades possibilitam que o professor avalie o
processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a
exposição/discussão do conteúdo.
Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor
identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a
importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Critérios
O aluno:
Compreende o enunciado da questão. Planeja a solução, de forma adequada.
Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua
portuguesa.
189
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Sistematiza o conhecimento de forma adequada
Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação
do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão
do que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um
bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
Critérios
O aluno:
Realiza leitura compreensiva do enunciado;
Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
Utiliza de conhecimentos adquiridos.
Através dos instrumentos acima, espera-se que o aluno forme conceitos
geográficos e assimile as relações Espaço-Tempo e Sociedade-Natureza para que
compreenda as diversas escalas geográficas e melhor avalie a realidade
socioespacial em que vive, sob a perspectiva de transformá-la, onde quer que
esteja.
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente e
concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com ati-
vidades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversifica-
dos e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas du-
rante o processo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento.
Referências
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: Geografia geral e do
Brasil. Vol. Único. 1. Ed. São Paulo: Ática, 200
VILLAR, Colégio Estadual Luzia Garc. Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011
190
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MOREIRA, Igor Antonio Gomes; AURICCHIO, Elizabethe. Construindo o Espaço. 3. ed. São Paulo:
Ática, 2008.
• IBGE. Anuário estatístico do Brasil 1999. Rio de Janeiro, 2000.
• ____. Atlas geográfico escolar / IBGE. - Rio de Janeiro: IBGE, 2002.
• ____. Brasil em números. Rio de Janeiro, 2001.
• ____. Censo demográfico 2000.
• ____. Coleção Geografia do Brasil: as grandes regiões.
• ____. Geografia e questões ambientais. Rio de Janeiro, 1993.
• PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento
de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008.
• PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro Didático Público. Geografia. 2ª Ed. Curitiba: SEED – PR, 2006.
• SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova: da crítica da Geografia a uma Geografia crítica.
São Paulo, Hucitec, 1990.
• ______. A urbanização brasileira. São Paulo, Hucitec, 1996.
• ______.Manual de geografia urbana. São Paulo, Hucitec, 1981.
• ______.O espaço dividido: os dois circuito da economia urbana nos países
subdesenvolvidos. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1979.
• ______. Por uma economia política da cidade. São Paulo, Hucitec, 1994.
• ______. Por uma outra globalização – do pensamento único à consciência universal. Rio de
Janeiro, Record, 2001.
• VILLAR, Colégio Estadual Luzia Garcia. Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011
.
• ________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011
SITES CONSULTADOS:
CAMPOS, Rui Ribeiro de. Cinema e Geografia na Sala de Aula.
Campinas. Junho de 2006. Disponível em:
http.:/www. planetaeducação. Com. br/novo/artigo.=825
SANTOS, Gladis. Revista Aprende Brasil n. 14. Disponível em :
http://gladislsantos.googlepages.com/revistaaprendebrasil.
191
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MACHADO, João Luis Almeida. Cinema na Educação. Disponível em:
http/:www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo=825.
MORAN, José Manuel. O Vídeo na Sala de Aula. Disponível em: http:/
www. eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm.
BONIFÁCIO, Rosa Costa, Cinema e escola para o Professor. Disponível
em: http:/www facecla.com.br/revistas/rece/trabalhos/.
Brasil em Mapas, http: /www.brasilemmapas.com.br
Portal dia – a – dia educação – Geografia.
http/:www.geocites.com.
http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?
PHPSESSID=201008041116058 9 acesso em 04/08/2010.
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13.2.9 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO:
A disciplina de História no Colégio Estadual Luzia Garcia Villar, tem como
objetivo explanar os processos históricos relativos às ações e as relações humanas.
Nesse sentido, é de suma importância que o discente se aproprie deste
conhecimento para que através dele ocupe a posição de indivíduo crítico e atuante
na sociedade.
No Colégio Estadual Luzia Garcia Villar o conhecimento histórico, acontecerá
de forma contextualizada, oportunizando ao discente a compreensão dos diferentes
processos de formação, como agente histórico no contexto social, político e
econômico identificando as relações no seu próprio grupo de convívio, na região no
país e no mundo, bem como em manifestações estabelecidas em outros tempos e
espaços. Nesse sentido o Colégio disponibilizará dos meios tecnológicos e
professores com uma parceria entre escola/docente para que a prática pedagógica
seja efetuada.
OBJETIVO GERAL
Sendo assim o objetivo principal da disciplina de História no Colégio
Estadual Luzia Garcia Villar, é a de formar e desenvolver no educando uma
consciência histórico crítica, pautada na aprendizagem histórica das experiências do
passado por meio das experiências humanas no tempo, a fim de constituir uma
consciência histórica voltada a prática social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA:
Conteúdos Estruturantes são conhecimentos construídos historicamente e
considerados fundamentais para a compreensão do objeto e organização dos
campos de estudo de uma disciplina escolar. Deles derivam os conteúdos
específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino-
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aprendizagem no cotidiano da escola, devendo ser trabalhados de forma articulada
entre si.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA:
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
Conteúdos Estruturantes:
• Relações de Trabalho;
• Relações de Poder;
• Relações Culturais;
Conteúdos Básicos: OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS CULTURAS E SUAS
HISTÓRIAS.
1 – A Experiência Humana no Tempo;
2 – Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: As gerações e as Etnias.
3 – A Cultura Local e a Cultura Comum;
7º ANO
Conteúdos Estruturantes:
• Relações de Trabalho;
• Relações de Poder;
• Relações Culturais;
Conteúdos Básicos
A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A
FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES ESPAÇOS E TEMPOS.
1 – As Relações de Propriedade;
2 – A constituição histórica do Mundo do Campo e o Mundo da Cidade;
3 – As Relações entre o Campo e a Cidade;
4 – Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade;
194
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8° ANO
Conteúdos Estruturantes:
• Relações de Trabalho;
• Relações de Poder;
• Relações Culturais;
Conteúdos Básicos:
O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA.
1 – História das Relações da Humanidade com o Trabalho;
2 – O Trabalho e a Vida em sociedade;
3 – O trabalho e as contradições da modernidade - O Mundo do Trabalho;
4 – As Resistências e as Conquistas de Direito;
5 – Os trabalhadores e as conquistas de direito
9º ANO
Conteúdos Estruturantes:
• Relações de Trabalho;
• Relações de Poder;
• Relações Culturais;
Conteúdos Básicos:
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E
DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS.
1 – A Constituição das Instituições Sociais;
2 – A Formação do Estado;
3 – Sujeitos Guerras e Revoluções.
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE:
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Conteúdos Estruturantes:
• Relações de Trabalho;
• Relações de Poder;
• Relações Culturais;
Conteúdos Básicos:
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre;
Urbanização e Industrialização;
2ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
• Relações de Trabalho;
• Relações de Poder;
• Relações Culturais;
Conteúdos Básicos:
O Estado e as Relações de Poder;
Os sujeitos, as revoltas e as guerras;
3ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
• Relações de Trabalho;
• Relações de Poder;
• Relações Culturais;
Conteúdos Básicos:
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;
Cultura e Religiosidade;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA;
196
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O Colégio Estadual Luzia Garcia Villar propõe para a disciplina de História
uma metodologia que contribua para que o discente se aproprie dos fundamentos
históricos necessários à formação do pensar crítico. Para que este processo se faça
de forma eficaz a prática escolar será feita de forma diversificada, oportunizando
momentos de reflexão e questionamentos através de seminários, debates, análise
de vídeos (recortes) e leitura de imagens.
O método aplicado em sala de aula também deve considerar que as idéias
históricas dos alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios
de comunicação.
Nesse sentido e sob uma perspectiva de Inclusão Social, a disciplina de História
considerará a diversidade cultural e a memória paranaense, buscando contemplar
demandas em que se situam os movimentos sociais organizados.
• Cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do
Paraná;
• Cumprimento da Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade da História e da Cultura Afro-Brasileira, seguidas das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino
de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
• Cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a
obrigatoriedade do ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.
Assim sendo os conteúdos de História do Paraná tem como finalidade a
ampliação das possibilidades de trabalho, ressaltando as relações culturais de
trabalho e de poder, estimulando a reflexão sobre os conteúdos proposto, os
conceitos e as concepções presentes em diferentes contextos, e por fim demonstrar
como articular as memórias e histórias locais e regionais, favorecendo a construção
do conhecimento histórico do Paraná.
Para que esse conhecimento seja apreendido de forma eficaz, o Colégio
Luzia Garcia Villar propõe viagens ao sítio arqueológico de Vila Rica do Espírito
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Santo, que se localiza no município de Fênix, Paraná, pois ali se encontra vestígios
históricos de povos indígenas que viveram nesta região, somando a esta
metodologia, propõe também a realização em sala de aula de atividades que
ressaltem a importância dos tropeiros como colonizadores do estado do Paraná.
Diante do cumprimento da lei nº 10.639/03, propõe-se a apresentação de
peças teatrais que relatam a trajetória do negro através da diáspora africana, sendo
essa metodologia aplicada de forma a vislumbrar a importância da etnia negra na
formação econômica, social e política no Brasil, contribuindo assim para um
conhecimento que promova novas relações sociais e étnicas.
A metodologia empregada nas aulas de História serão as seguintes:
- Aulas Expositivas;
- Explicação de mapas e imagens que aparecem no texto;
- Discussão das legendas que aparecem no texto;
- Pesquisa Bibliográfica;
- Leitura e discussão do livro-texto;
- Jogos com questões de assuntos estudados;
- Apresentação de seminários e discussões:
- Discussões sobre filmes assistidos;
- Analises de gráficos de linha do tempo;
- Histórias em Quadrinho;
- Análise de fotos;
RECURSOS DIDÁTICOS;
- Uso de Vídeo e DVD;
- Mapas e Imagens;
- Textos diversificados;
- Figuras ilustrativas da época;
- Quadro e Giz;
- Trilha da História (jogos com questões de assuntos estudados).
- Laboratório de Informática;
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- Uso da Tv – Pen-Drive;
AVALIAÇÃO
De acordo com as Diretrizes Curriculares de história do Estado do Paraná, a
avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o
conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a esse processo.
Nesse sentido a avaliação proposta contempla:
• Avaliação Diagnóstica: Permite ao professor identificar o desenvolvimento
da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades didáticas que possibilitem a
compreensão dos conteúdos a serem trabalhados.
• Avaliação Formativa: Ocorre durante o processo pedagógico e tem por
finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos,
identificar a aprendizagem alcançada desde o início até o momento avaliado;
• Avaliação Somativa: Permite ao professor tomar uma amostra em objetivos
propostos no início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com o
perfil dos alunos e como esses encaminhamentos metodológicos utilizados para
compreensão dos conteúdos. Está avaliação é aplicada em um período distante um
do outro, como por exemplo, o Bimestre, Trimestre e o Semestre.
De acordo com essas propostas de avaliação, os instrumentos avaliativos
utilizados na disciplina de história serão:
1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar
a compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se
necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de
avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de
conhecimento.
Critérios:
O aluno:
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• Compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de
questionamentos, concordâncias ou discordâncias.
• Ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o co-
nhecimento de forma adequada.
• Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige
enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.
Critérios:
O aluno, quanto:
• A contextualização: identifica a situação e o contexto com clareza;
• Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitan-
do o foco da pesquisa na busca de solução;
• A justificativa: aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
• O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou pará-
frases, referenciando-os adequadamente.
3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a
característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo.
Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos
diferentes gêneros textuais.
Critérios
O aluno:
produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,
finalidade, etc.). Adéqua a linguagem às exigências do contexto de produção,
dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo
especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;
• Expressa as idéias com clareza (coerência e coesão);
200
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• Elabora argumentos consistentes;
• Estabelece relações entre as partes do texto;
• Estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral
possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado,
bem como argumentar, organizar e expor suas idéias.
Critérios
O aluno:
• Demonstra conhecimento do conteúdo;
• Apresenta argumentos selecionados;
• Demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;
• Faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado
e propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando
em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa.
Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da
interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidade.
Critérios
O aluno ao realizar seu experimento:
• Registra as hipóteses e os passos seguidos;
• Demonstra compreender o fenômeno experimentado;
• Sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ;
• Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessá-
rios.
201
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6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento
prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar.
Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos
alunos como agentes sociais.
Critérios
O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:
• Registra as informações, no local de pesquisa;
• Organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;
• Apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua ca-
pacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;
• Atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração
de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros)
7. O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade
desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando
ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento.
No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou
desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados
podem-se extrair deles.
São elementos do relatório:
introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.
Critérios
O aluno:
• Faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu relatório,
apontando quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteú-
do abordado e dos conceitos construídos;
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• Descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade desenvo-
lvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando, ou para
uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.
• Faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resulta-
dos obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões teóricas
que deram origem à atividade. em questão.
8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos.
Trata-se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando,
de modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em
contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.
Critérios
O aluno:
• Demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas
réplicas;
• Apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos
textos utilizados);
• Faz adequação da linguagem;
• Demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa;
• Traz relatos para enriquecer a apresentação;
• Faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do
grupo que assiste a apresentação.
9. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos,
permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é
preciso garantir a participação de todos.
Critérios
O aluno:
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• Aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamen-
tos divergentes;
• Ultrapassa os limites das suas posições pessoais;
• Explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posi-
ção;
• Faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
• Busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições parti-
culares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre
as posições dos participantes;
• Registra, por escrito, as idéias surgidas no debate;
• Demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
• Apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação
com o conteúdo da disciplina.
10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo
que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por
três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da
atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios
de avaliação.
Critérios
O aluno:
• Compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto;
• Faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto
literário lido;
• Reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
11. Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido,
é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado,
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vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela
que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
Critérios
O aluno:
• Compreende e interpreta a linguagem utilizada;
• Articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apre-
sentado pelo audiovisual;
• Reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
12. Trabalho em grupo – desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na
tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de
aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a
compartilhar seu conhecimento.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas,
escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e
outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Critérios
O aluno:
• Interage com o grupo;
• Compartilha o conhecimento;
• Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos;
• Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e
sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão
discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão
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realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.
Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique
com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância
pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Critérios
O aluno:
• Compreende o enunciado da questão.
• Planeja a solução, de forma adequada.
• Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da Lín-
gua Portuguesa.
• Sistematiza o conhecimento de forma adequada
14. Questões objetivas - Este tipo de questão tem como principal objetivo a
fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão
do que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um
bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
Critérios
O aluno:
• Realiza leitura compreensiva do enunciado;
• Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
• Utiliza de conhecimentos adquiridos.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº. 9394/96. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.
CERRI, Luís Fernando (org.) O Ensino de História e a Ditadura Militar. Curitiba:
Aos Quatro Ventos, 2005.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. São Paulo: Ática, 2002.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: UNICAMP, 1992.
PARANÀ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes curriculares da Educação
Básica: história. Curitiba: SEED, 2008.
________.Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011.
VILLAR. Colégio Estadual Luzia Garcia.Projeto Político Pedagógico. Barbosa
Ferraz 2011.
207
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13.2.10 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO :
O acesso à educação é um direito de todos e um dever do Estado, é o
que assegura a Constituição Brasileira em seu artigo 5°. E é nos processos
educativos, ou seja, exatamente nas aulas de Língua Materna que esse cidadão
brasileiro efetiva esse direito, tendo acesso às oportunidades de aprimoramento
de sua competência linguística de forma que garanta a ele inserir-se de forma
crítica e participativa na sociedade e nela interagir através do uso da língua
fazendo-se entender e ser agente de transformação.
Para compreendermos melhor o ensino de Língua Portuguesa e sua
importância é necessário um breve resgate histórico para que saibamos sobre
ela nos diversos contextos sociais e políticos.
A história da Língua Portuguesa como disciplina escolar é ainda muito
recente se formos considerar a época de chegada dos primeiros colonizadores
até os dias de hoje, em que novas teorias a respeito da linguagem apontariam
diferentes concepções e metodologias para o ensino.
O direito de saber ler e escrever é para o povo brasileiro, aquele que
nasceu no universo da Língua Portuguesa e dela necessita, como instrumento
legitimo de luta e posicionamento, para que de posse desse instrumento, possa
assumir uma postura de cidadão ativo na sociedade brasileira.
O processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil teve início com os
jesuítas. A educação jesuítica era instrumento fundamental na formação da elite
colonial ao mesmo tempo em que propunha a “alfabetizar” e a “catequizar” os
indígenas (MOLL, 2006,p.13). A concepção de educação e o trabalho de
escolarização dos indígenas estavam ligados ao entendimento de que a
linguagem reproduzia o modo de pensar e que a linguagem se constituía no
interior da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento.
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Nessa época o ensino não era institucionalizado e partia-se de práticas
pedagógicas restritas à alfabetização, e objetivavam manter os discursos
hegemônicos da metrópole e da igreja e para que se expandisse o catolicismo e
ainda atendesse o sistema modelo econômico de subsistência da comunidade, a
saber, sistemas escravocrata.
As primeiras práticas pedagógicas eram destinadas às elites e se
plantava no ensino do latim, às minorias, com a finalidade de reproduzir uma
sociedade de aparências e atender às necessidades de construção de uma
sociedade patriarcal. Era a pedagogia da inculcação á obediência [...] uma não
pedagogia, acionando no cotidiano o aparato repressivo para inculcar a
obediência à fé, ao rei e à lei segundo (VILLALTA,1997, p. 351).
Nessa época o ensino de Língua Portuguesa, nos cursos secundários,
limitava-se à leitura e a escrita da gramática latina e da retórica das obras dos
grandes autores clássicos.
No período do Brasil colônia a língua mais utilizada pela população era o
tupi. O português “era a língua da burocracia” (ILARI, 2007 s/p), usada para as
transações comerciais e escritura de documentos legais. As relações entre
colonizadores e colonizados resultou no surgimento da Língua Geral (Tupi
Guarani), utilizada pelos portugueses para exercer domínios sobre a nova terra.
A população não escolarizada usou por muito tempo essas línguas na
comunicação informal.
A partir do século XVIII, época das expedições e descobertas das
riquezas nacionais, Portugal precisava manter a colônia, tornando então a
Língua Portuguesa o idioma oficial do Brasil através de um decreto do Marques
de Pombal em 1758, proibindo a Língua Geral e expulsando do Brasil os
jesuítas que ao catequizar os índios produziram a literatura em língua indígena.
Essa hegemonia da língua “foi conseguida, a ferro e fogo: com decretos e
proibições expulsões e prisões, perseguições e massacres.” (BAGNO, 2003,
p.74).
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A partir da Reforma Pombalina o ensino passou a atender à elite colonial
que concluíam seus estudos na Europa.
Com o tempo, por falta de infraestrutura e de professores especializados,
o ensino de Língua Portuguesa sofreu lacunas e interferência da educação
européia até 1808, com a vinda da família real ao Brasil. Instala-se nesse
período as primeira instituições de ensino superior no Brasil, porém os que
precisavam do ensino para aprender ler e escrever foram negligenciados.
Foi somente na ultimas décadas que a disciplina de Língua Portuguesa
passou a integrar os currículos escolares brasileiros, com caráter elitista,
ensinava-se seguindo os moldes do ensino de latim.
Ainda no final do século XIX, e com o advento da República o ensino
passou a atender os interesses da industrialização, tendo em vista a formação
profissional. Nesse momento há um ensino aberto às massas, para a
aprendizagem de uma língua considerada a “boa língua“, e assim com a
multiplicação das escolas publicas, o curso de Retórica.
Em 1871, o conteúdo de gramática passa a ser chamada de Português e,
nesta mesma data, cria-se o cargo de Professor de Português através de
decreto imperial.
[...] com a expansão quantitativa da rede escolar, passaram a freqüentar a escola em número significativo falantes de variedades do português havendo assim um choque entre a fala dos alunos com a fala do professor que tinha como modelo a lingüística tradicional (FARACO.1997, p.57).
E é nesse contexto que o ensino de Língua Portuguesa deveria trazer, às
necessidades dos alunos, propostas pedagógicas que valorizasse o seu saber e
registros lingüísticos e culturais diferentes ainda não aceitos pela escola.
Ainda nesse contexto consolida-se e traz a concepção tecnicista de
educação pela ditadura militar, e cujos exercícios de memorização (teoria
comportamentista behaviorista) reflete uma política autoritária que cerceia a
análise e o pensamento critico, sendo de formação passiva.
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Em detrimento do aprimoramento das capacidades lingüísticas de falante a
pedagogia tecnicista vê a linguagem como meio de comunicação e objeto de
estudo se baseando nos estudos de Saussure, priorizando deste modo os
alunos oriundo das classes letradas.
A partir da Lei 5692/71 a disciplina de Português passou a ser, no
primeiro grau, Comunicação e Expressão e Comunicação em Língua Portuguesa
(nas últimas séries). Outras teorias a respeito da linguagem passaram a ser
discutida com: a Sociolinguística, a Analise do Discurso, a Semântica e a
Linguística Textual. Apesar das discussões e estudos os livros didáticos ainda
reproduziam uma concepção tradicional de linguagem. O que se trazia de novo
era o trabalho sistemático em produção de texto e a leitura como ato mecânico.
O importante na década de 70 era que o ensino incutisse sentimentos
nacionalistas, religiosos e morais.
Com o fim do militarismo há um investimento maior na formação de
professores e pesquisadores que vêem a educação como um meio de
transformação da sociedade brasileira, através da pedagogia histórica - critica.
Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia foi importante para
os estudos porque via o texto e seu contexto como interação social das práticas
discursivas. Novas contribuições às concepções da Língua Materna se deram
com as obras de Bakhtin, final da década de 70 e início de 1980. A partir daí
com novos paradigmas sobre o ensino da Língua, passa-se a valorizar o texto
como unidade fundamental de análise.
O avanço dos estudos em torno das questões sociológicas da linguagem
muito se deve aos teóricos do Círculo de Bakhtin que consideravam “a língua
como um processo de evolução ininterrupta, que se realiza através da interação
verbal social dos locutores”(BAKHTIN/ VOLOCHINOV,1999, p.127).
No Paraná, o marco sobre as discussões a respeito do ensino da Língua
Portuguesa deve-se ao livro: “O texto na sala de aula”, de João Wanderley
Geraldi e outros linguistas como: Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival
Leme Britto que ainda nos dias de hoje contribuem para o ensino de defender
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uma abordagem com as unidades básicas do ensino de português tendo como
partida o texto, valorizando o domínio efetivo do falar e escrever.
Ao final da década de 1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) fundamentaram as discussões e a proposta de Língua Portuguesa na
concepção interacionista a respeito da linguagem oral e escrita. Porém esses
PCNs traziam modelos preestabelecidos e que não iam de encontro com a
proposta do dialogismo bakhtiniano, o que de acordo com Brait (2000,p.24)
“impede um trabalho mais aberto e histórico com os textos e seus leitores.” Pois
um texto é sempre um meio de comunicação ativa entre outros textos e seus
leitores num contexto social.
Em face do analfabetismo funcional que é uma triste realidade em nosso
país, ainda nos dias de hoje, fez-se importante e urgente a construção de novas
práticas para o ensino de Língua Portuguesa e um comprometimento com um
ensino que resulta em oportunizar ao aluno os meios necessários para que ele
possa se apropriar da língua de maneira ativa, consciente, reflexiva e que seja
para ele um instrumento de transformação.
Em vista a essa necessidade, a Secretaria de Estado da Educação, a
partir de 2003, toma a iniciativa de elaborar uma nova proposta que, trazida à luz
das teorias , numa relação teoria-prática, venha integrar inúmeras atividades em
que profissionais da educação, principalmente os professores, em parceria com
as Instituições do Ensino Superior, em eventos que contaram com a participação
de teóricos, acadêmicos e educadores no processo de reflexão sobre as
necessárias transformações da educação pública do Paraná. Todo esse trabalho
resulta na construção de um documento inovador “Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Estado do Paraná” que traz a dimensão histórica de cada
disciplina, além dos fundamentos teóricos-metodológicos, conteúdo estruturante,
encaminhamentos metodológicos e avaliação.
Essa proposta, na disciplina de Língua Portuguesa enfatiza a língua viva,
dialógica, em constante mudanças, permanentemente reflexiva e produtiva,
levando em consideração as diferentes práticas sociais que utilizam a oralidade
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a leitura e a escrita com fim de inserir o educando nas diversas esferas de
interação e assim, garantir sua participação crítica, constante e transformadora
no meio em que está inserido.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:
Ensinar Língua Portuguesa é desenvolver um trabalho de linguagens que
permita ao aluno observar, perceber, inferir, descobrir, refletir sobre o mundo,
interagir com seu semelhante por meio do uso funcional da linguagem, e que
esta reflita a posição histórico-social do autor, levando-o a perceber consciente
ou inconscientemente as marcas de sua ideologia, que estão subjacentes ao seu
discurso, seja ele oral ou escrito.
Assim, o aluno tornar-se-á um cidadão crítico, atuante, transformador para
existência de uma sociedade mais justa, humana, democrática.
O ensino da Língua Portuguesa deve ser concebido, como um
possibilitador de competências linguísticas no sentido de inserir o aluno num
contexto globalizador e globalizante produzido, principalmente, pela mídia. Ao
mesmo tempo em que deva lhe proporcionar meios generalizantes de
escuta\leitura de textos produzidos pelos formadores de opinião, o ensino deve,
também, valorizar uma variedade linguística que reflita as diferenças regionais.
Além das variedades linguísticas que refletem diferentes valores sociais, o
ensino de Língua Portuguesa deve contemplar os diferentes gêneros literários,
buscando dar ao aluno condições de ler e entender os tipos de discursos bem
como produzidos, a partir de suas necessidades reais. Ele precisa ter
consciência dos diferentes níveis de linguagem e saber utilizar, a cada situação
concreta, o padrão linguístico mais adequado, inclusive aquele exigido pelas
situações mais formais.
Considerando a relação estreita entre linguagem e pensamento o aluno
deve estar preparado para perceber e produzir bons textos de acordo com seus
interesses e necessidades, deixando de ser um aluno reprodutor para ser
produtor de ideias próprias.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /BÁSICOS
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso enquanto prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 6º ANO: história em quadrinho,
piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, causos,
convite, classificados, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, , aviso, ,
regras de jogo, anedotas.
ORALIDADE
• Tema do texto
• Finalidade;
• Pontos de vista;
• Clareza de ideias;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos (entonação, pausas, gestos, marcas de
regionalismo...);
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos da fala;
• Turnos da fala;
• Variações lingüísticas;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
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LEITURA
• Identificação do tema;
• Interpretação textual, observando:
• conteúdo temático,
• interlocutores,
• fonte,
• Intertextualidade,
• informatividade,
• intencionalidade,
• marcas linguísticas: Coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto pontuação recursos gráficos (aspas, travessão, negrito)
ESCRITA
• Contexto de produção
• Adequação ao gênero:
• conteúdo temático,
• elementos composicionais do gênero;
• intencionalidade;
• interlocutor;
• discurso direto e indireto;
• paragrafação;
• marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
• Ortografia;
• Concordância verbal e nominal.
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ANÁLISE LINGUÍSTICA
A análise lingüística, como prática didática complementar às práticas de
leitura, oralidade e escrita, tem como objetivo a reflexão sobre a organização do
texto escrito, falado ou lido levando os estudantes a compreender os fenômenos
gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos lingüísticos. Dessa
forma, é importante que o estudante da língua falada/ouvida/escrita perceba a
multiplicidade de usos e funções da língua, reconheçam as diferentes
possibilidades de ligações e construções textuais conduzindo-o à construção
gradativa de um saber lingüístico mais elaborado. É importante salientar também
que o estudo que a análise lingüística é fundamental para o ensino e
compreensão da língua mediante seu uso e funcionalidade no textos, pois esta
permeia as diferentes práticas realizadas em salas de aula.
7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso enquanto prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 7º ANO: entrevista (oral e escrita), ,
música, notícia, narrativa mítica, tiras, paródia, provérbios, álbum de família,
literatura de cordel, diário, provérbios, memórias literárias.
• ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentação;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralingüísticos ( entonação, pausa, gestos etc)
• Adequação do discurso ao gênero;
• Variações lingüísticas;
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• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos
• Semântica
LEITURA
• Diversidade textual;
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Argumentos do texto;
• Argumentos do texto;
• Informações explícitas e implícitas no texto
• Repetição de palavras
• Ambiguidade
• Intertextualidade;
• Contextualidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas;coesão, coerência, função das classes gramaticais,
pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem
ESCRITA
• Contexto de produção
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
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• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Análise Linguística se dará a partir do estudo dos Gêneros definidos para
a série, de acordo com a necessidade da turma, a abordagem do gênero em
questão e em grau de profundidade exigido.
8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso enquanto prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 8º ANO: slogan, reportagem (oral e
escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de terror, charge, narrativa de
humor, resumo, anúncio publicitário, poema, biografia, relato pessoal, haicai,
mesa redonda, dissertação escolar, regulamentos, crônicas, contos, memória
literária.
ORALIDADE
• Conteúdo temático
• interlocutor
• Finalidade
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• Argumentos
• Aceitabilidade do texto;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: (entonação, expressão facial, corporal,
gestual, pausas...)
• Adequação do discurso ao gênero;
• Variações lingüísticas (Lexicais e Semânticas)
• Marcas lingüísticas( coesão, coerência, gírias, repetição)
• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições)
• Diferença entre o discurso oral e o escrito.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Ideologias e vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Partículas conectivas do texto;
• Marcas linguísticas: (coesão, coerência, função das classes de palavras
no texto, pontuação, recursos gráficos como travessão, negrito e aspas);
• Semântica;
• operadores argumentativos;
• ambigüidade;
• sentido figurado;
• expressões que expressam ironia e humor no texto.
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ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade;
• Informatividade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Contexto de produção;
• Vozes sociais presentes no textos;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e conseqüência entre em as partes e elementos do
texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Marcas linguísticas: ( coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como: travessão, negrito e aspas);
• Concordância verbal e nominal;
• Papel sintático e estilístico dos pronomes, retomada e sequenciação do
texto;
• Operadores argumentativos
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Sentido figurado
• Modalizadores e polissemia.
• Expressões que denotam ironia e humor no texto;
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Análise Linguística se dará a partir do estudo dos Gêneros definidos para
a série, de acordo com a necessidade da turma, a abordagem do gênero em
questão e em grau de profundidade exigido.
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9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso enquanto prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O 9º ANO: artigo de opinião, debate, resenha
crítica, narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, editorial, ,
entrevista oral e escrita, novela fantástica, palestra, depoimento, imagens, e-
mail, chat, cartum, artigo de opinião.
ORALIDADE
• Adequação do discurso ao gênero;
• Conteúdo temático
• Finalidade;
• Argumentos;
• Elementos extralingüísticos; (entonação, expressão facial, gestual,
corporal, pausas etc);
• Turnos de fala;
• Variedades lingüísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas etc)
• Marcas lingüísticas ( coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos etc);
• Intencionalidade do texto oral;
• Argumentação;
• Papel do locutor e do interlocutor:
• Adequação da fala ao contexto (uso de gírias, repetições, supressões etc)
• Diferença e semelhança entre o discurso oral e o escrito
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Intencionalidade do texto;
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• Argumentos do texto;
• Interlocutor;
• Intencionalidade
• Contexto de produção
• Intertextualidade
• Discurso ideológico presente no texto;
• Informatividade
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero
• Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas;
• Marcas lingüísticas (coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito etc);
• Identificação do argumento principal e dos Argumentos secundários;
• Informações implícitas em textos;
• As vozes sociais presentes no texto;
• Estética do texto literário;
ESCRITA
• Adequação ao gênero:
• Conteúdo temático
• Elementos composicionais de gênero;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
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• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial do texto;
• Marcas Lingüísticas (coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito
etc);
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação das palavras
• Semântica: Operadores argumentativos, modalizadores, polissimia
• Vício de Linguagem;
• Resumo de textos
• Paragrafação
ANÁLISE LINGUÍSTICA
A Análise Lingüística se dará a partir do estudo dos Gêneros definidos para a
série, de acordo com a necessidade da turma, a abordagem do gênero em
questão e grau de profundidade exigido.
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIECONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso como prática social
LEITURA
• Consistência argumentativa
• Conteúdo temático
• operadores argumentativos
• dêiticos
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• Intencionalidade
• Finalidade
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto
• Os recursos de argumentação
• Modalizadores argumentativos
• Discurso ideológico presente no texto
• Contexto de produção
• Marcas linguísticas:
• Função das classes gramaticais
• Pontuação
• Recursos gráficos; aspas, negrito, itálico.
• Coesão e coerência
• Variedade linguística / níveis de linguagem
• Figuras de linguagem
• Contextualização e intertextualidade
• Vozes sociais presentes no texto
• Situacional idade
• Suportes da publicação
• Padrões normativos legais da Língua Portuguesa
• As novas regras ortográficas
• Gêneros textuais:
• Poemas, crônicas, contos, romances, novela, faturas, notas fiscais,
artigos, textos de opinião, Orkut, twitter, MSN, blog, charges, caricaturas,
cartoon, HQ, documentos oficiais (ofício, requerimento, autos, decreto,
regulamento, regimento, estatuto etc.).
ESCRITA:
• Consistência argumentativa
• Conteúdo temático
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Rua: Pernambuco 488- Centro - Barbosa Ferraz /PR Fone/fax : (44) 3275 15 14 E-mail: [email protected]
• Operadores argumentativos
• Dêiticos
• Intencionalidade
• Finalidade
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto
• Os recursos de argumentação
• Moralizadores argumentativos
• Discurso ideológico presente no texto
• Contexto de produção
• Marcas lingüísticas:
• Função das classes gramaticais
• Pontuação
• Recursos gráficos; aspas, negrito, itálico.
• Coesão e coerência
• Variedade linguística / níveis de linguagem
• Figuras de linguagem
• Contextualização e intertextualidade
• Vozes sociais presentes no texto
• Situacional idade
• Suportes da publicação
• Padrões normativos legais da Língua Portuguesa
• As novas regras ortográficas
• Gêneros textuais:
• Poemas, crônicas, contos, romances, novela, faturas, notas fiscais,
artigos, textos de opinião, Orkut, twitter, MSN, blog, Chat, torpedos, home
page, charges, caricaturas, cartoon, HQ, documentos oficiais (ofício,
requerimento, autos, decreto, regulamento, regimento, estatuto, contratos,
caução, letras de câmbio, títulos de capitalização, currículo etc.), novelas,
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resenha, editorial, texto de opinião, infográficos, sinopse, textos
epistolares, folders, júri simulado, seminário, manifesto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático
• Finalidade
• Intencionalidade
• Argumentos
• Papel do locutor e interlocutor
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal,
gestual, pausas, etc.
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas: lexicais, semânticas, prosódica etc.
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gíria, repetição.
• Elementos semânticos
• Adequação da fala ao contexto: uso de conectivos, gírias e repetições.
• Diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito
• Gêneros discursivos: poema, crônica, entrevista, seminário, júri simulado,
teatro, poemas, música, jornal falado, reportagem, relatos, síntese,
sinopse, debate, fórum, contrato, regulamentos.
2ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso como prática social
LEITURA
• Consistência argumentativa
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• Os recursos de argumentação
• Moralizadores argumentativos
• Discurso ideológico presente no texto
• Contexto de produção
• Marcas linguísticas:
• Função das classes gramaticais
• Pontuação
• Recursos gráficos; aspas, negrito, itálico.
• Coesão e coerência
• Variedade linguística / níveis de linguagem
• Figuras de linguagem
• Contextualização e intertextualidade
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ESCRITA
• Consistência argumentativa
• Conteúdo temático
• Operadores argumentativos
• Dêiticos
• Intencionalidade
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• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto
• Os recursos de argumentação
• Modalizadores argumentativos
• Discurso ideológico presente no texto
• Contexto de produção
• Marcas linguísticas:
• Função das classes gramaticais
• Pontuação
• Recursos gráficos; aspas, negrito, itálico.
• Coesão e coerência
• Variedade linguística / níveis de linguagem
• Figuras de linguagem
• Contextualização e intertextualidade
• Vozes sociais presentes no texto
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• As novas regras ortográficas
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ORALIDADE
• Conteúdo temático
• Finalidade
• Intencionalidade
• Argumentos
• Papel do locutor e interlocutor
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal,
gestual, pausas, etc.
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas: lexicais, semânticas, prosódica etc.
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gíria, repetição.
• Elementos semânticos
• Adequação da fala ao contexto: uso de conectivos, gírias e repetições.
• Diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito
• Gêneros discursivos: poema, crônica, entrevista, seminário, júri simulado,
teatro, poemas, música, jornal falado, reportagem, relatos, síntese,
sinopse, debate, fórum, contrato, regulamentos.
3ª SÉRIECONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Discurso como prática social
LEITURA:
• Consistência argumentativa
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• Discurso ideológico presente no texto
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ESCRITA:
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• Operadores argumentativos
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• Intencionalidade
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• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto
• Os recursos de argumentação
• Moralizadores argumentativos
• Discurso ideológico presente no texto
• Contexto de produção
• Marcas linguísticas:
• Função das classes gramaticais
• Pontuação
• Recursos gráficos; aspas, negrito, itálico.
• Coesão e coerência
• Variedade linguística / níveis de linguagem
• Figuras de linguagem
• Contextualização e intertextualidade
• Vozes sociais presentes no texto
• Situacional idade
• Suportes da publicação
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• As novas regras ortográficas
• Gêneros textuais:
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• Papel do locutor e interlocutor
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal,
gestual, pausas, etc.
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala
• Variações linguísticas: lexicais, semânticas, prosódica etc.
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gíria, repetição.
• Elementos semânticos
• Adequação da fala ao contexto: uso de conectivos, gírias e repetições.
• Diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito
• Gêneros discursivos: poema, crônica, entrevista, seminário, júri simulado,
teatro, poemas, música, jornal falado, reportagem, relatos, síntese,
sinopse, debate, fórum, contrato, regulamentos.
Obs.O ensino da língua, como prática discursiva significativa, não é e nem pode ser delimitado em série, uma vez que os conteúdos, para cada nível de aprendizagem, é proporcional à apreensão do que foi ensinado. Isto quer dizer que, na medida em que se avança em série, o grau de dificuldade, a dosagem da exigência deve ser cada vez maior.
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METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
De acordo com a concepção sociointeracionista assumidas nas Diretrizes
Curriculares pretende-se uma prática diferenciada, uma vez que a língua só
existe em situação de interação e através das práticas discursivas. A seleção de
conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um processo histórico social,
detentor de um repertório lingüístico que precisa ser considerado. Sendo assim,
as indicações que seguem precisam ser problematizada a partir da pesquisa,
reflexão, discernimento com os quais estamos comprometidos.
Na prática da oralidade, assume as variantes lingüísticas como legítimas
formas de expressão. Esta prática será realizada por meio de operações
lingüísticas, complexas, relacionadas a recursos expressivos. As possibilidades
de trabalho com a oralidade são ricas e apontam diferentes caminhos,
favorecendo o desenvolvimento das habilidades, dando condições ao aluno de
falar com fluência em situações formais, adequando a linguagem conforme as
circunstâncias e ouvir com atenção e respeito os diferentes interlocutores,
favorecendo assim a convivência social.
Quanto às estratégias de leitura é fundamental possibilitar ao aluno a
percepção e reconhecimento, mesmo que inconscientemente, dos elementos de
linguagem que o texto manipula. O professor terá que propor uma variedade de
textos, a fim de desenvolver a subjetividade do aluno, devendo considerar,
também a preferência e a opinião dele, ao selecioná-los. O trabalho com a
leitura deverá implicar no reconhecimento da incompletude dos processos
discursivos os vazios que eles apresentam – implícitos, pressupostos,
subentendidos – que devem ser preenchidos pelo leitor.
A escrita deverá ser pensada e trabalhada em uma perspectiva
discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora de sentidos,
através da prática textual. A função do professor de Língua Portuguesa e
Literatura será de ajudar seus alunos a ampliarem seu domínio de uso das
linguagens verbais e não verbais pelo contato direito com textos de variados
gêneros, orais ou escritos. Considerando a interlocução como ponto de partida
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para todo o trabalho com texto, os conteúdos gramaticais diversão ser
estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de
sentido dos enunciados. Daí a importância de se considerar não só a gramática
normativa, mas também outras, como a descritiva e a internalizada no processo
de ensino da Língua Portuguesa. Cabe ao professor planejar e desenvolver
atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto. O
trabalho deverá propiciar que o aluno se capacite a construir transformar,
mostrando a eles que a escola é o espaço do erro, onde ele pode errar para que,
a partir dessa consciência, construa o aprendizado do fato lingüístico.
Os estudos literários serão realizados com base nos pressupostos
teóricos da Estética da Recepção que define a literatura como um sistema de
produção, recepção e comunicação, tecendo uma relação dialética entre autor,
obra e leitor. Essa proposta visa formar um sujeito ativo no processo de leitura
que perceba a complexidade que envolve a estrutura textual e desenvolva
leituras compreensivas e críticas, que esteja sempre aberto para novos textos,
que questione as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural
e mais que isso, que transforme os próprios horizontes de expectativas, bem
como os do professor, da escola, da comunidade familiar e social.
Desse modo, o trabalho com a Literatura deve potencializar uma prática
diferenciada que rompe os limites da cronologia e do conhecimento
fragmentado, interligando a outras manifestações artísticas e culturais
relacionadas com a Cultura Afro-Brasileira e Indígena de acordo com a Lei
11.645/2008, na perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação
compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica.
Os conteúdos que dizem respeito ao uso indevido de drogas, à
sexualidade humana, à educação ambiental (Lei 9795/99) Dec.4201/02,
enfrentamento à violência contra a criança e ao adolescente (Lei Federal nº
11525/07, educação tributária Dec. nº 1143/99 portaria nº413/02, serão
abordados de forma contextualizada e relacionada aos conteúdos de ensino de
Língua Portuguesa sempre que for possível a articulação entre os mesmos.
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Para serem adquiridos esses conhecimentos pretendidos, serão
empregados os recursos didáticos e tecnológicos tais como: internet; materiais
didáticos e paradidáticos, da imprensa escrita, televisiva, materiais midiáticos
diversos, tais como TV pendrive, por exemplo; produções cinematográficas; e/ou
todos os recursos facilitadores da apreensão e progresso dos educandos.
AVALIAÇÃO:
A avaliação é o instrumento dimensionador do trabalho do professor e
sempre será um meio e jamais um fim. Acusará as falhas e os pontos que
devem ser retomados. A avaliação deverá provocar instigar mais a inteligência e
a criação do que meramente um processo de memorização, onde a qualidade
trabalhada demonstrará um cidadão que formado, estará engajado na
sociedade, na busca de uma melhor qualidade de vida.
A avaliação indicará a necessidade de replanejamento por meio de
atendimento às expectativas do educando e da sociedade, sendo dessa maneira
ampla e complexa. Ela será diagnostica continua cumulativa formativa e
somativa, respeitando à heterogeneidade dos alunos, sendo portanto inclusiva.
Para o professor, a avaliação consiste num instrumento fundamental, uma
vez que os resultados obtidos pelos alunos poderão subsidiar a reflexa e, se
necessário alteração da prática pedagógica. Devendo priorizar a leitura, a
oralidade e a escrita.
A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos
diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a
fluência da fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao
defender seus pontos de vista e de modo especial, a sua capacidade de adequar
o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.
Na leitura serão avaliadas as estratégias empregadas pelos alunos na
compreensão de textos lidos, na construção dos sentidos e nas relações
dialógicas construídas entre textos, o reconhecimento de posicionamentos
ideológicos presentes no texto, os efeitos de ironia e humor e a localização das
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informações tanto explícitas como implícitas, além do argumento principal,
entre outros. Também há de se avaliar se o aluno, ao ler, ativa os
conhecimentos prévios, se compreende o sentido das palavras desconhecida a
partir do contexto, se faz inferências corretas e se reconhece o gênero e o
suporte textual.
Em relação à escrita, é preciso ver os textos dos alunos como uma fase
do processo de produção nunca como um produto final. Os elementos
lingüísticos utilizados nas produções dos alunos precisam ser avaliado em uma
prática reflexiva e contextualizado, que possibilite a eles a compreensão desses
elementos no interior do texto. Uma vez entendidos, os alunos podem utilizá-los
em outras operações lingüísticas (de reestrutura do texto, inclusive). É utilizando
a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados continuamente em
termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e refletindo sobre as
diferentes possibilidades de uso da língua, que os alunos, gradativamente,
chegam à almejada proficiência em leitura e escrita, ao letramento.
Na Análise Lingüística os diferentes gêneros serão avaliados sob uma
prática reflexiva e contextualizada que permitam aos estudantes compreender
esses elementos no interior do texto já que é no texto oral ou escrito que a
língua se manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais e
gramaticais. Dessa forma será avaliado o uso da linguagem formal e informal, a
implicação lexical, a percepção de sentidos causados pelo uso de recursos
estilísticos ou lingüísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores
argumentativos e modalizadores e também as relações semânticas entre as
partes do texto (causa, tempo, comparação etc). Ao se apropriarem da
compreensão desses mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras
operações lingüísticas como a reestruturação do texto.
Os instrumentos e critérios abaixo relacionados podem servir para
efetivar o processo de avaliação e, consequentemente, levar-nos a ter e oferecer
uma educação de qualidade:
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• ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o
professor verifique a compreensão dos conteúdos abordados em aula,
analisando o conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido ao longo do
processo de ensino-aprendizagem.
Ao avaliar a leitura dos alunos o professor deve considerar se:
- houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo
com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
- o aluno ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e
sistematizou o conhecimento de forma adequada;
- foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala
de aula.
• PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Constitui-se numa consulta bibliografia que tem como finalidade proporcionar
ao aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele
está pesquisando.
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do
que se propõe ao aluno.
Passos para uma consulta bibliográfica:
1 – CONTEXTULIZAÇÃO: significa abordar o tema de forma a identificar a
situação, o contexto (espaço / temporal) no qual o problema a seguir será
identificado. É uma introdução ao tema.
2 – PROBLEMA: uma questão levantada sobre o tema, uma situação
problema, apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da
pesquisa na busca de solução para o problema.
3 – JUSTIFICATIVA: argumentar sobre a importância da pesquisa para o
contexto em que alunos e professores encontram-se inseridos.
4 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA / CONSULTA BIBLIOGRÁFICA: é o texto
escrito pelo aluno, a partir de leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-
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se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os
adequadamente.
• PRODUÇÃO DE TEXTO
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica
e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender
que a linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas
práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
- planejar o que será produzido, tenso em vista a intenção;
- escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
- revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade
definida.
Critérios de avaliação na Produção de Texto:
- produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero,
interlocutor, finalidade, etc.);
- expressar as idéias com clareza (coerência e coesão);
- adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe
diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da
disciplina em termos de léxico, de estrutura;
- elaborar argumentos consistentes;
- produzir textos respeitando o tema;
- estabelecer relações entre as partes do texto;
- estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-
la.
• APRESENTAÇÃO ORAL
A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão
do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a
organização e exposição de idéias.
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Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são:
- conhecimento do conteúdo;
- argumentos selecionados;
- adequação da linguagem;
- sequência lógica e clareza na apresentação;
- produção e uso de recursos.
- em classe, o trabalho de organização dos dados e exame do material
coletado, concluindo assim o trabalho prático.
• RELATÓRIO
O relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida.
Na educação básica, os relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade
nesta área específica da comunicação escrita.
O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou
procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas e a qual resultados se
chegaram.
São elementos do relatório:
INTRODUÇÃO: informações iniciais que apresentem o trabalho que deu
origem ao relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como
a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos construídos.
METODOLOGIAS E MATERIAIS: descreve, objetiva e claramente, como
realmente se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma
descrição cinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o
leitor compreenda a respeito do que está falando, ou para uma reflexão que
permita que se aprimore a atividade.
ANÁLISE: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e
dos resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e
situações interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o
estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens que permitam uma
visualização melhor dos resultados. É importante, na análise, que se
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estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos realizados e o
objeto de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em
questão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: neste item do relatório será possível observar se
a atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que,
aqui, o aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-
os com os objetivos da atividade realizada.
Este é um item importante, pois vai possibilitar ao estudante a apreciação
sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
• DEBATE
É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos
tornamos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é
preciso garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a
qualidade do debate, os participantes devam atender as seguintes normas que,
constituem-se em possíveis critérios de avaliação:
1- aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem
pensamentos divergentes;
2- estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições
pessoais;
3- explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua
posição;
4- admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
5- buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da
superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior
aproximação possível entre as posições dos participantes;
6- registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate.
Além disso, o debate possibilita que o professor avalie:
- o uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
- o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
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- a compreensão sobre o assunto específico debatido e a sua relação com o
conteúdo da disciplina.
• ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS
Para a avaliação das atividades com textos literários levar-se-á em
consideração Método Recepcional que colocam o leitor tanto como ponto de
partida, considerando seus interesses e conhecimentos prévios, quanto de
chegada, vendo-o como sujeito ativo e capaz de reflexões a respeito da
construção de sentidos elaboradas a partir do texto da construção de seu próprio
conhecimento.
Dessa forma, a avaliação será pautada nas cinco etapas pautadas pelo
método, a saber:
_ Determinação do Horizonte de expectativas: Momento em que o professor
toma conhecimento da realidade sócio cultural do aluno, seus interesses, o nível
de leitura, crença, estilo de vida, lazer, a fim de prever estratégias de
transformação do mesmo. O trabalho será realizado a partir de discussões de
texto, organização de “Cantinhos de Leitura”, visitas à biblioteca, exposição de
livros etc.
_ Atendimento ao horizonte de expectativas: etapa em que serão
proporcionados aos alunos experiências com textos literários, com temas que
sejam próximos ao conhecimento de mundo e às experiências de leitura
atendendo assim às expectativas dos alunos.
_ Ruptura do horizonte de expectativas: Momento em que serão introduzidos
textos que abalem às certezas do aluno levando-o a perceber que nem sempre a
leitura é o que se espera dela. Nesse momento torna-se importante trabalhar
com obras que, partindo das experiências de leitura do aluno, aprofundem seus
conhecimentos, levando-s a se afastar do senso comum e assim, ampliem seu
horizonte de expectativa.
_ Questionamentos do horizonte de expectativas: Momento de
questionamentos e de auto-avaliação em que serão comparados os dois
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momentos anteriores, percebendo que os textos oferecidos na etapa anterior
trouxeram maior dificuldade de leitura, mas proporcionaram mais
conhecimentos o que facilitou na ampliação de seus horizontes.
_ Ampliação do horizonte de expectativas – nessa última etapa, os alunos,
conscientes de suas novas possibilidades de leitura, buscam novos textos que
atendam às suas expectativas, possibilitando uma reflexão e uma tomada de
consciência das mudanças e das aquisições, levando-os a ampliação de seus
conhecimentos.
• ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem
que podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais possibilitam que o
professor avalie, entre outros critérios:
- a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
- a articulação do conceito/conteúdo/tem discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual;
- o reconhecimento dos recursos expressivos daquele recurso.
• TRABALHO EM GRUPO
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos
grupos, na.
Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno:
- demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos em sala de aula ou em espaços
diferenciados;
- compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e
sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
• QUESTÕES DISCURSIVAS
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Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam
verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de
aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de
investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do
conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva
permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que
possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção
do conhecimento.
Alguns critérios devem ser considerados:
- verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve
esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do
aluno ouse o próprio enunciado carece de clareza e objetividade;
- observar, quando for o caso, se o aluo planejou a solução, e se essa
tentativa foi adequada;
- capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da
norma padrão da língua portuguesa;
- observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um
enunciado de forma clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom
planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente
considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação.
• QUESTÕES OBJETIVAS
Esse tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da
avaliação, nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa,
pois seu principal objetivo é a fixação do conteúdo.
A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do
enunciado; a apropriação de alguns aspectos definidos dos conteúdos; a
capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos.
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• TAREFAS DE CASA
A tarefa é mais um recurso que possibilita ao professor, a partir de
atividades realizadas pelos alunos em sala ou extra classe, analisar se o
mesmo realiza atividades de complementação dos estudos, refazendo
percursos, efetuando novas leituras, revisando os conteúdos, num trabalho que
resultará uma maior compreensão, dos conteúdos e uma ampliação dos
conhecimentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo:
Parábola
Editorial, 2003.
.
_____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no
caminho. São Paulo: Parábola, 2007.
BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de
Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
_____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
CAVALCANTE, Mariane C. B.; MELLO,Cristina T. V. de. Oralidade no ensino
Médio: Em busca de uma prática. In: BUNSEN, Clecio.; MENDONÇA, Márcia.
(orgs.) Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo:
parábola, 2006.
FIORIN, José Luiz. O romance e a representação da heterogeneidade
constitutiva. In: FARACO, Carlos Alberto (org). Diálogos com Bakhtin. Curitiba
UFPR, 2007
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GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In : O
texto na sala de aula. 5. ed. Cascavel: Assoeste, 1990
KLEIMAN, Ângela.Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura.7 ed.
Campinas, SP: Pontes 2000.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo:
Ática, 2001.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de
Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2009
POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4 ed. Campinas, SP:
Mercado das Letras, 1996.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação: uma proposta para
o ensino de gramática no 1° e 2° graus. 5. ed. São Paulo: Cortez 2000.
VILLAR, Colégio Estadual Luzia Garcia. Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011.
________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011
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13.2.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Matemática nasceu por volta de 2000 A.C. quando os Babilônicos
acumularam registros que classificamos atualmente como álgebra elementar. São as
Primeiras considerações da humanidade, originária da observação e
reconhecimento de configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos
e quantidade. Contudo, como Ciências a Matemática emergiu somente mais tarde,
em solo grego, nos séculos V I e V a.C. Com a civilização grega surgiram regras,
princípios lógicos e exatidão de resultados. Com os pitagóricos, na Grécia,
ocorreram as preocupações e importância da Matemática no ensino e na formação
das pessoas, buscando assim um instrumento que instigaria o pensamento do
homem. Por isso o ensino da Matemática, as interpretações e o pensamento
matemático, até hoje exercem influencias na prática docente.
As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em práticas
pedagógicas ocorreram no século a.C., com os sofistas, considerados profissionais
do ensino. A Matemática ensinada se baseava nos conhecimento de aritmética,
geometria, música e astronomia. Com suas metodologias, introduziram a
Astronomia. Com suas metodologias, introduziram uma educação com caráter de
intelectualidade e valor científico.
Por volta dos séculos IV a II a.C. o ensino de Matemática estava reduzido a
contar números inteiros, cardinais e ordinais. A Matemática no século I a.C. se
desdobrou nas disciplinas de Aritmética, Geometria, Música e Astronomia.
No século V d.C. a Matemática tinha o objetivo de entender os cálculos do
calendário litúrgico e determinar as datas religiosas. As produções Matemáticas
feitas pelos Hindus, Árabes, Persas e Chineses se configuraram como importantes
avanços no conhecimento algébrico.
Entre os séculos VIII e IX surgiram as escolas e a organização dos sistemas
de ensino.
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Nos séculos X e XV, as discussões filosóficas nas universidades medievais
contribuíram para o desenvolvimento da Matemática especulativa.
No Brasil, na metade do século XVI, com a educação Jesuítica, a matemática
foi introduzida nos currículos da escola brasileira.
O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial, a
pesquisa matemática se direcionou então, a atender os processos de
industrialização.
No início do Século XIX, o ensino da Matemática se desdobrou em Aritmética,
Geometria, Álgebra e trigonometria. A Matemática escolar demarcava programas de
ensino da época, por ser a ciência que daria base de conhecimento para solucionar
os problemas de ordem prática.
Com a aprovação do Departamento Nacional de Ensino e da Associação
Brasileira de Educação, as disciplinas de Aritmética, Álgebra, Geometria e
Trigonometria foram unificadas surgindo assim à disciplina de Matemática em 1928
a pedido de Euclides Roxo, baseado nas discussões do Colégio Pedro II e das
discussões internacionais.
Com o movimento da Escola Nova, as ideias do ensino da matemática foram
reformuladas, orientando assim um ensino com uma concepção Empírica ativista,
valorizando os processos de aprendizagem e o envolvimento dos estudantes em
atividades de pesquisa, atividades lúdicas, resolução de problemas, jogos e
experimentos.
As produções de diversos materiais didáticos de Matemática e da prática
pedagógica de muitos professores no Brasil foram construídas nas décadas de 1940
a 1980. Com o objetivo no desenvolvimento da criatividade e das potencialidades e
interesses individuais. O estudante era considerado o centro do processo e o
professor, o orientador da aprendizagem.
Até o final dos anos de 1950, o ensino da Matemática no Brasil estava
baseado na tendência Formalista Clássica, nesta tendência a aprendizagem era
centrada no professor e no seu papel de transmissor e expositor do conteúdo,
através de desenvolvimentos teóricos em sala de aula. O ensino era livresco e
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conteudista e a aprendizagem consistia na memorização e na repetição precisa de
raciocínios e procedimentos.
Após a década de 1950, a tendência Formalista Moderna, abordava o ensino
da Matemática centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de
aula. Enfatizava-se o uso preciso da linguagem Matemática, o rigor e as justificativas
das transformações algébricas través das propriedades estruturais.
O regime militar brasileiro de 1964 oficializou a tendência pedagógica
Tecnicista, que afirma que a escola tinha a função de manter e estabilizar o sistema
de produção capitalista com o objetivo de preparar o indivíduo para ser útil e servir
ao sistema. O método de aprendizagem enfatizado era memorização de princípios e
fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de manipulação de algoritmos e
expressões algébricas e de resolução de problemas. A pedagogia Tecnicista não se
centrava no professor ou no estudante mas, sim, nos objetivos instrucionais, nos
recursos e nas técnicas de ensino. Os conteúdos eram organizados por
especialistas, muitas vezes em Kits de ensino, e ficavam disponíveis em livros
didáticos, manuais, jogos pedagógicos, recursos audiovisuais e computacionais.
A tendência Construtivista surgiu no Brasil a partir de 1960, 1970 e 1980 nela
o conhecimento matemático resultava de ações interativas e reflexivas dos
estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas. O Construtivismo dava
ênfase ao processo e não ao produto do conhecimento, valorizando a interação
entre os estudantes e o professor, o espaço de produção individual de cada um fazia
acontecer a interação das ações e reflexões realizadas coletivamente.
A tendência pedagógica Socioetnocultural valorizou os aspectos sócio-
culturais da Educação Matemática e tinha sua base teórica e prática na
Etnomatemática.
O conhecimento matemático passou a ser visto como um saber prático,
relativo, não universal e dinâmico, produzido histórico-culturalmente, nas diferentes
práticas sociais, podendo ser sistematizado ou não. A relação professor-aluno era a
dialógica.
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A tendência Histórica-crítica concebia a Matemática como um saber vivo,
dinâmico, construído historicamente para atender as necessidades sociais e
teóricas. Nesta tendência a aprendizagem efetiva da Matemática consiste no
desenvolvimento de estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e
significado às ideias matemáticas e assim tornar-se capaz de estabelecer relações,
justificar, analisar, discutir e criar. O papel do professor era de articular o processo
de ensino e da aprendizagem, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da
vida, da história e do cotidiano. No final da Década de 1980 e início de 1990, o
Estado do Paraná fez um movimento coletivo no sentido de produzir um documento
de referência curricular para a sua rede pública de Ensino Fundamental. O texto de
Matemática sofre influência da tendência histórico-crítica posto que:
(...) aprender matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível (Paraná, 1990 p, 66).
Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional número
9394/96, no que diz respeito à oferta de disciplinas, foram criadas nas escolas,
disciplinas que são na verdade, campos de conhecimento da Matemática, como a
Geometria, Desenho Geométrico, e Álgebra, adequando o ensino brasileiro às
transformações do mundo do trabalho.
No início do Século XX o ensino da Matemática teve consciência da
necessidade de acontecer de forma a realizar análise, discussões, conjecturas,
apropriação de conceitos e formulação de ideias.
Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se em
processo de construção, pode-se dizer que o ensino de matemática contribui para as
transformações sociais através da socialização do conteúdo matemático, através de
uma dimensão política construída na própria relação entre o conteúdo matemático e
a forma de sua transmissão-assimilação.
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A Educação Matemática proposta atualmente, é um campo de estudos que
possibilita ao professor desenvolver-se intelectual e profissionalmente, refletir sobre
sua prática, além de tornar-se um educador matemático e pesquisador, que vivencia
sua própria formação continuada, fazendo acontecer sua ação docente,
fundamentada numa ação reflexiva que concebe a Ciência Matemática como uma
atividade humana que se encontra em construção.
2- OBJETIVO GERAL:
O conhecimento matemático contribuiu para o desenvolvimento e
aprimoramento do processo de pensamento e aquisição de atitudes formando no
educando a capacidade e o hábito de investigação levando-o a analisar, refletir e
enfrentar a formação de uma visão ampla, profunda e científica da realidade
permitindo a aplicação dos conhecimentos sistematizados em situações diversas e
reais do seu dia-dia. Assim, a Matemática tem como função desenvolver a
consciência crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a
interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais.
3- CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Números e Álgebra
Grandezas e medidas
Geometrias
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Sistemas de Numeração
• Números Naturais
• Múltiplos e Divisores
• Potencialização e Radiciação
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• Números Fracionários
• Números Decimais
• Medidas de Comprimento
• Medidas de Massa
• Medidas de Área
• Medidas de Volume
• Medidas de Tempo
• Medidas de Ângulos
• Sistema Monetário
• Geometria Plana
• Geometria Espacial
• Dados, Tabelas e Gráficos
• Porcentagem
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
• Conheça os diferentes sistemas de numeração;
• Identifique o conjunto dos naturais, comparando e reconhecendo seus
elementos;
• Realize operações com números naturais;
• Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações problema que
envolvam (as) operações com números naturais;
• Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número
decimal; fração e número misto;
• Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;
• Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação
como sua operação inversa;
• Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões
numéricos e geométricos;
• Identifique o metro como unidade padrão de medida de comprimento;
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• Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
• Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
• Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas;
• Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;
• Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus
múltiplos e submúltiplos;
• Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos);
• Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais
sistemas mundiais;
• Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície
padronizada;
• Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;
• Conceitue e classifique polígonos;
• Identifique corpos redondos;
• Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de
área e perímetro de diferentes figuras planas;
• Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;
• Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus
elementos;
• Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,
sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que
se apresentam;
• Resolva situações problema que envolvam porcentagem e relacione-as com
os números na forma decimal e fracionária.
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
•Números e Álgebra
•Grandezas e medidas
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•Geometrias
•Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS:
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e Inequação do 1º grau;
• Razão e Proporção;
• Regra de Três
• Medidas de temperatura
• Medidas de ângulos
• Geometria Plana
• Geometria Espacial
• Geometria não-euclidianas
• Pesquisa e estatística
• Média aritmética
• Moda e mediana
• Juros simples
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
• Reconheça números inteiros em diferentes contextos;
• Realize operações com números inteiros;
• Reconheça números racionais em diferentes contextos;
• Realize operações com números racionais;
• Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;
• Compreenda o conceito de incógnita;
• Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos
através de incógnitas;
• Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa
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ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;
• Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;
• Resolva situações problema aplicando regra de três simples;
• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;
• Compreenda o conceito de ângulo;
• Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadro para medi-los;
• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
• Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior,
fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados;
• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;
• Leia, interprete, construa e analise gráficos;
• Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;
• Resolva problemas envolvendo cálculo de juros
8º ANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
• Números e álgebra
• Grandezas e medidas
• Geometrias
• Tratamento da informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Números racionais e irracionais
• Sistemas de equações do 1 grau
• Potências
• Monômios e polinômios
• Produtos notáveis
• Medidas de comprimento
• Medidas de área
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• Medidas de volume
• Medidas de ângulo
• Geometria plana
• Geometria espacial
• Geometria analítica
• Geometrias não-euclidianas
• Gráfico e informação
• População e amostra
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
− Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;
− Reconheça números irracionais em diferentes contextos;
− Realize operações com números irracionais;
− Compreenda, identifique e reconheça o número pi como um número irracional
muito especial;
− Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;
− Opere com sistema de equações do 1ºgrau;
− Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;
− Utilize as Regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que
envolvam expressões algébricas;
− Calcule o comprimento da circunferência;
− Calcule o comprimento e a área de polígonos e círculo;
− Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por
transversal;
− Realize cálculo de área e volume de poliedros;
− Reconheça triângulos semelhantes;
− Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos
regulares;
− Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num
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plano;
− Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos,
identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob
diversos contextos;
− Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e
discuta suas propriedades;
− Interprete e represente dados em diferentes gráficos;
− Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados;
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
•Números e Álgebra
•Grandezas e medidas
•Geometrias
•Tratamento da Informação
•Funções
CONTEÚDOS BÁSICOS
•Números reais
•Propriedades dos radicais
•Equação dos 2º grau
•Teorema de Pitágoras
•Equações irracionais
•Equações biquadradas
•Regra de três composta
•Relações métricas no triângulo retângulo
•Trigonometria no triângulo retângulo
•Noção intuitiva de função afim
•Noção intuitiva de função quadrática
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•Geometria plana
•Geometria espacial
•Geometria analítica
•Geometria não-euclidiana
•Noções de análise combinatória
•Noções de probabilidade
•Estatística
•Juros compostos
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
•Opere com expoentes fracionários;
•Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as
propriedades para a sua simplificação;
•Extraia uma raiz usando a fatoração;
•Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo
seus elementos;
•Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos;
•Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
•Identifique e resolva equações irracionais;
•Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;
•Utilize a regra de três composta em situações problemas;
•Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;
•Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um
triângulo retângulo;
•Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;
•Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade
em relação ao sinal da função;
•Relacione gráfico com tabelas que descrevem uma função;
•Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a
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concavidade da parábola em relação ao sinal da função;
•Analise graficamente as funções afins;
•Analise graficamente as funções quadráticas;
•Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;
•Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver
situações problemas;
•Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
•Aplique o Teorema de Tales em situações problemas;
•Noções básicas de geometria projetiva;
•Realize cálculo da superfície e volume de poliedros;
•Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações problema que
envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo;
•Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;
•Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;
•Resolva situações problema que envolva cálculos de juros compostos.
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
•Números e Álgebra
•Grandezas e Medidas
•Funções
•Geometrias
•Tratamento da informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
•Conjuntos
•Conjuntos numéricos
• Estatística
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• Equações e Inequações: Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
• Função Polinomial
• Estudo da função polinomial do 1º grau e Inequações do 1º grau
• Estudo da função e Inequação polinomial do 2º grau
• Função, Equações e Inequação modular
• Função, Equação e Inequação Exponencial
• Função, Equação e Inequação logarítmica
• Progressão Aritmética e Geométrica.
•Trigonometria
2ª SÉRIE
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
•Números e Álgebra
•Grandezas e Medidas
•Funções
•Geometrias
•Tratamento da informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
•Análise Combinatória
• Probabilidades
• Estatística
• Matemática Financeira
• Matrizes
• Determinantes
•Sistemas Lineares
•Funções trigonométricas
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3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•Números e Álgebra
•Grandezas e Medidas
•Funções
•Geometrias
•Tratamento da informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias Não-Euclidianas;
• Números Complexos;
• Polinômios
• Binômio de Newton
• Funções trigonométricas
AVALIAÇÃO ENSINO MÉDIO:
Espera-se que o aluno:
• Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes
contextos;
• Compreenda os números complexos e suas operações;
• Conceitue e interprete matrizes e suas operações;
• Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por
meio de determinante;
• Identifique e realize operações com polinômios;
• Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as
exponenciais, logarítmicas e modulares.
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• Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de
diferentes grandezas e compreenda as relações matemáticas existentes nas suas
unidades;
• Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar
elementos desconhecidos.
• Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as;
• Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações problema;
• Realize análise gráfica de diferentes funções;
• Reconheça, nas sequências numéricas, particularidades que remetam ao conceito
das progressões aritméticas e geométricas;
• Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica.
• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;
• Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria
Analítica;
• Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a compreensão de
conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de
Euclides;
• Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço das
teorias científicas;
• Articule ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;
• Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal
(Geometria da superfície esférica).
• Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura
crítica dos mesmos;
• Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;
• Compreenda a ideia de probabilidade;
• Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas;
• Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade
humana;
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• Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição
da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.
Obs. Os conteúdos Básicos: Medidas de Energia e Vetoriais ( constantes nas
DCEs de Matemática) serão trabalhados na Disciplina de Física , conforme
orientações após debates realizados no DEB ITINERANTE 2008- NRE Campo
Mourão.
4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Ao iniciar o ano letivo, o professor fará uma sondagem da aprendizagem com
relação às séries anteriores com o propósito de se verificar a que nível encontra-se a
classe. Após análise dos resultados e detectada possíveis falhas na assimilação de
determinados conteúdos, faz-se necessário que sejam retomados independente de
qual ano o problema é localizado.
Serão adotadas alguns recursos para se alcançar satisfatoriamente a
aprendizagem, como:
• Utilização de livros didáticos;
• Quadro de giz/laminado;
• Relação de exercícios;
• Pesquisa em biblioteca;
• Pesquisa em laboratório de informática;
• Resolução de situações problemas;
• TV Pendrive e DVDs;
• Pesquisa de campo;
• Trabalhos em grupos;
• Debates e discussões;
• Jogos intelectivos;
• Material dourado;
• Leitura sobre a história da Matemática;
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• Tabelas;
• Gráficos;
• Calculadoras;
• Instrumentos de medidas;
É importante estarmos atentos porque nossa metodologia deve atender à
diversidade cultural (observar a Lei 11645/08), além de levarmos em consideração
os diferentes níveis de aprendizagem, por isso é necessário contemplar maneiras
diferenciadas aqueles que apresentam maior grau de dificuldade na assimilação dos
conteúdos. Para tanto o professor precisa ser coerente e preparado para fornecer
subsídios que sanem tais deficiências ou que possa amenizar o distanciamento de
acordo com cada nível apresentado.
A Educação Matemática proposta atualmente, é um campo de estudos que
possibilita ao professor desenvolver-se intelectual e profissionalmente, refletir sobre
sua prática. Além de tornar-se um educador matemático e pesquisador, que vivencie
sua própria formação continuada, fazendo acontecer sua ação docente,
fundamentada numa ação reflexiva, que concebe a Ciência Matemática como uma
atividade humana que se encontra em construção.
Tendo em vista que no processo de ensino e aprendizagem o aluno deve ser o
agente de transformação e da construção do seu conhecimento, pelas relações que
estabelece com seu conhecimento prévio num contexto, oportunizando a fixação e
automação de elementos já dominados, onde os procedimentos utilizados pelo
professor em sala de aula devem propiciar condições para que o aluno dê
significado ao conteúdo e seja capaz de fazer conexões entre os diferentes temas
matemáticos e também entre estes e as demais áreas do conhecimento e as
situações do cotidiano.
Conhecer as diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é
fundamental para que o professor construa sua prática. Dentre elas, destaca-se a
História da Matemática, as Tecnologias e os jogos como recursos que podem
fornecer os contextos dos problemas, como também os instrumentos para a
construção das estratégias de resolução.
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Também é fato que as calculadoras, computadores e outros elementos
tecnológicos estão cada vez mais presentes nas diferentes atividades da população.
O uso desses recursos traz significativas contribuições para o processo ensino
aprendizagem.
Os conteúdos deverão ser retomados constantemente, ora com
desenvolvimento de conceitos aritméticos, ora como desenvolvimento dos conceitos
geométricos, relacionando-os sempre entre si e aprofundando os assuntos de
acordo com a condição de educando e a própria necessidade do conteúdo
abordado.
Além dos conteúdos presentes na proposta curricular da disciplina de
matemática, o professor deverá propor, sempre que for possível a articulação,
atividades de forma contextualizada, com temas voltados para a Educação Fiscal e
Educação Tributária (Dec. nº 1 143/99, portaria nº 413/02).
5- AVALIAÇÃOA avaliação se dará ao longo do processo ensino-aprendizagem, fazendo com
que o aluno compreenda o ambiente natural em que vive, tanto no social, cultural,
político, tecnológico, artes e valores em que se fundamenta a sociedade. O aluno
deverá compreender e se apropriar da Matemática concebida como um conjunto de
resultados, métodos e procedimentos.
De acordo com D`Ambrósio, a avaliação deve orientar o professor em sua
prática docente; não é instrumento para reprovar ou reter alunos. “Selecionar,
classificar, filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isto ou aquilo não são missão
de educador”. (2001, p.78).
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão
formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação
dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática
pedagógica.
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Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.
Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação:acompanhar o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar
as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e
emergir novas práticas educativas” (LIMA, 2002).
A avaliação dentro da disciplina será organizada de maneira contínua e
diagnóstica. No processo avaliativo, o professor pode fazer encaminhamentos, tais
como: observação, intervenção, revisão de noções e subjetividades; isto é, buscar
diversos métodos (formas escritas , orais e de demonstração) contemplando
diversos instrumentos como: trabalhos, pesquisas, tarefas de casa, atividades
realizadas no caderno, participação nas atividades em sala, inclusive por meio de
ferramentas e equipamentos como: materiais manipuláveis (material dourado,
malhas quadriculadas, sólidos geométricos, jogos matemáticos,...), computador e
calculadora.
Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o
ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Sendo assim, os
critérios são elementos de grande relevância no processo avaliativo, pois articulam
todas as etapas da ação pedagógica.
Os critérios fornecerão ao professor argumentos capazes de se verificar se os
objetivos previstos estão sendo atingidos em relação ao aluno, permitindo que os
mesmos possam evidenciar seus próprios erros e corrigi-los posteriormente.
Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos ao longo do
processo ensino-aprendizagem de acordo com as possibilidades teórico-
metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos.
INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS AVALIATIVOS:
1- Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a
compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, fazem-se
necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de
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avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de
conhecimento.
Critérios:
O aluno:
Compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio de
questionamentos, concordâncias ou discordâncias.
Ao falar sobre o texto, expressa suas ideias com clareza e sistematiza o conheci-
mento de forma adequada.
Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
2- Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige
enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.
Critérios:
O aluno, quanto:
a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza;
ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando o
foco da pesquisa na busca de solução;
a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
estabelece relações entre as partes do texto;
estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
3. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio
que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse
sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos para
identificação dos elementos matemáticos que se pretende estudar.
Critérios
O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:
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registra as informações, no local de pesquisa;
organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;
apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capaci-
dade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese e tabulação;
atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração de
tabelas, produção de gráficos ou poliedros, cartazes, avaliação escrita, entre outros)
4. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos, permitindo
que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso
garantir a participação de todos.
Critérios
O aluno:
aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos
divergentes;
ultrapassa os limites das suas posições pessoais;
explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posi-
ção;
faz uso adequado da língua portuguesa e conceitos matemáticos em situações
formais;
busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particu-
lares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as po-
sições dos participantes;
registra, por escrito, as idéias surgidas no debate;
demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação
com o conteúdo da disciplina.
5- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes,
documentários, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso
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considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem
apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que
existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.
Critérios
O aluno:
compreende e interpreta a linguagem utilizada;
articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apre-
sentado pelo audiovisual;
reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
6- Trabalho em grupo - desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa
de proporcionar, aos alunos, atividades que facilitem o processo de aprendizagem.
Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu
conhecimento.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam
elas, escritas, orais, gráficas, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e
outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos, científicos e
matemáticos.
Critérios
O aluno:
interage com o grupo;
compartilha o conhecimento;
demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula,
na produção coletiva de trabalhos;
compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e
sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
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7- Questões abertas para resolução - Essas questões possibilitam verificar a
qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula.Uma
questão aberta possibilita que o professor avalie o processo de raciocínio, reflexão e
resolução realizado pelo aluno, demonstrando assim a aquisição dos conteúdos e
seus conceitos matemáticos básicos.
Além disso, a resposta a uma questão aberta permite que o professor identifique
com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância
pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Critérios
O aluno:
Compreende o enunciado da questão.
Planeja a solução, de forma adequada.
Comunica-se por escrito, com clareza, registrando o raciocínio, utilizando-se
dos conceitos básicos matemáticos.
Sistematiza o conhecimento de forma adequada
8- Questões objetivas
Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do
conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e
esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a
compreensão do que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um
bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
Critérios
O aluno:
• Realiza leitura compreensiva do enunciado;
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• Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
• Utiliza de conhecimentos adquiridos;
9- Jogos Intelectivos:
A atividade de propor aos alunos a oportunidade lúdica de jogar, desenvolvendo a
capacidade de concentração, atenção, raciocínio, honestidade, senso crítico,
melhorando seu próprio limite e respeitando o adversário, tornando a Matemática
uma disciplina atrativa e prazerosa.
Critérios:
O aluno:
• Compreende as regras dos diversos jogos e as respeita;
• Joga honestamente, respeitando o seu adversário;
• Se concentra, com atenção no jogo;
• Utiliza o raciocínio para melhorar seu próprio limite;
Observação:
Ao longo do processo avaliativo serão propostos trabalhos extras
(recuperação de estudos ) aos alunos que apresentarem rendimento não
satisfatório.
Todas as atividades devem respeitar as potencialidades dos educandos e
“cobrar” o que é essencial para o raciocínio matemático, mas em momento algum
deixar de dar oportunidades aos que têm habilidades a fim de que possam
desenvolvê-las o máximo possível.
5- Referências:
ASSIS, Miguel Name – Tempo de Matemática – Editora Brasil S/A. 1996 Guarulhos
SP.
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CADERNOS TEMÁTICOS – História e Cultura – Afro-Brasileira e Africanos;
CADERNOS TEMÁTICOS - Educação do Campo.
VILLAR. Colégio Estadual Luzia Garcia . Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011 D’AMBRÓSIO, Diretrizes Curriculares de Matemática – Ensino Fundamental –
Versão Preliminar – jul/2006;
LIMA Diretrizes Curriculares de Matemática – Ensino Fundamental – Versão
Preliminar / 2009.
MELÃO, Walderez Soares, – Matemática, 2ª Edição,Modulo Editora
MATSUBARA, Roberto, ZANIRATTO, Ariovaldo Antonio – Coleção Big
Matemática, São Paulo: IBEP, 2002.
PARANÁ. Educando para as Relações Étnico-Raciais II. Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas
Educacionais.
_________, Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos.
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas
Educacionais.
_________, Cadernos temáticos dos desafios educacionais contemporâneos.
Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED-
Pr.,2008 p.- (, 5).
_________, Diretrizes curriculares da educação básica. Matemática. Secretaria
de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica Curitiba, 2008.
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SOUZA, Maria Helena de – Matemática – Livro do Professor – 4O. Volume – 5a. a 8a.
Séries – São Paulo – Ed. Ática – 2003;
VILLAR. Colégio Estadual Luzia Garcia . Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011 .
________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011.
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13.2.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
APRESENTAÇÃO :
O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da
matéria e presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por
necessidades humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e,
posteriormente, o domínio do processo de cozimento. Esses saberes e/ou práticas
(manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos unguentos, chás, remédios,
iatroquímica, entre outros), em sua origem, é um conjunto de ações e procedimentos
que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o século XVII.
A Química como ciência teve seu berço na Europa no cenário de
desenvolvimento do modo de produção capitalista, dos interesses econômicos da
classe dirigente, da lógica das relações de produção e das relações de poder que
marcaram a constituição desse saber. Neste século, na Europa, ocorria a expansão
da indústria, do comércio, da navegação e das técnicas militares, particularmente
em cidades como Paris, Londres, Berlim, Florença e Bolonha, onde existiam as
grandes universidades.
Ao longo dos séculos XVII e XVIII, com o estudo da química pneumática
(Boyle, Priestley, Cavendish) e com o rigor metodológico de Lavoisier, definiu-se um
novo saber, que passou a ser conhecido como química, o qual foi dividido em
diferentes ramificações procedimentais, dentre elas: alquimia, boticários,
iatroquímica e estudo dos gases.
No século XIX, essa química pautou-se num corpus teórico de explicações
atômico-moleculares com os estudos de Dalton, Avogadro, Berzelius, entre outros.
Foi nesse cenário que a Química ascendeu ao fórum das Ciências. O avanço desse
conhecimento estava vinculado às investigações sobre a composição e estrutura da
matéria, estudos estes partilhados com a Física, que investigava as forças internas
que regem a formação da matéria. Isso ocorreu para atender ao desenvolvimento da
própria Ciência, no século XIX, que tinha como um dos focos de investigação a
composição dos materiais e a descoberta de novos elementos químicos.
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No século XX, a Química e todas as outras Ciências Naturais tiveram um
grande desenvolvimento, em especial nos Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha.
Esses países destacaram-se no desenvolvimento da Ciência, no intuito de
estabelecer e, posteriormente, manter influência científica que pudesse garantir
diferentes formas de poder e controle bélico mundial, essenciais nas tensões vividas
neste século. Vários foram os investimentos desses países em áreas como:
obtenção de medicamentos, indústria bélica, estudos nucleares, estrutura atômica e
formação das moléculas, mecânica quântica, dentre outras que estreitaram as
relações entre a ciência e a indústria.
Esse estreitamento gerado por interesses econômicos e pelas instâncias do
poder resultou, entre outros fatores, na eclosão das duas guerras mundiais do
século XX e no estabelecimento de discussões a respeito da ética na ciência e de
seus impactos na sociedade. Passou então a questionar a utilização do saber
científico tanto para o progresso da humanidade quanto para seu possível
aniquilamento.
Dentre as descobertas e avanços científicos, nas últimas quatro décadas do
século XX passou a conviver com a crescente miniaturização dos sistemas de
computação, com o aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, o que
constitui uma era de transformações nas ciências que vêm modificando a maneira
de se viver. Esse período, marcado pela: descoberta de novos materiais, engenharia
genética, exploração da biodiversidade, obtenção de diferentes combustíveis, pelos
estudos espaciais e pela farmacologia; marca o processo de consolidação científica,
com destaque à Química, que participa das diferentes áreas das ciências e colabora
no estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais arraigada no
capitalismo e presente na sociedade, e, por conseguinte, na escola.
As Diretrizes têm como objetivo subsidiar reflexões sobre o ensino de
Química, bem como possibilitar novos direcionamentos e abordagens da prática
docente no processo ensino–aprendizagem, para formar um aluno que se aproprie
dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o meio em
que está inserido.
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Para isso, a ênfase no estudo da história da disciplina e em seus aspectos
epistemológicos, defende uma seleção de conteúdos estruturantes que a identifique
como campo do conhecimento constituído historicamente nas relações políticas,
econômicas, sociais e culturais das diferentes sociedades.
Não se pode dizer que a Química é fruto apenas da ciência ocidental e do
capitalismo. Afirmar que o estudo da Química foi constituído a partir das relações
históricas e políticas, é um modo de demonstrar a natureza desse conhecimento,
inclusive questões ideológicas que o influenciaram, o que por sua vez, possibilita o
desenvolvimento de concepções mais críticas a respeito das relações da Química na
sociedade. É importante ressaltar a influência do Oriente no estatuto procedimental
da Química – as práticas alquímicas, dos boticários, perfumistas e da medicina
oriental que foram difundidas pelos árabes em séculos anteriores ao
estabelecimento da Química como Ciência Moderna. Esses são pressupostos para
uma abordagem pedagógica crítica da Química, que visa ultrapassar a
subserviência da educação ao mercado de trabalho.
A abordagem dos conteúdos no ensino da Química será norteada pela
construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada a
contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais, e estará
fundamentada em resultados de pesquisa sobre o ensino de ciências, tendo como
alguns de seus representantes: Chassot (1995, 1998, 2003, 2004); Mortimer (2002,
2006); Maldaner (2003); Bernardelli (2004).
OBJETIVO GERAL
Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de
refletir criticamente sobre o meio em que está inserido, conhecendo os conceitos
químicos presentes nos materiais por ele utilizados em seu cotidiano e
compreendendo a Ciência como uma construção de homens e mulheres, portanto,
inseparável dos processos sociais, políticos e econômicos.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA:
1º ANO
Conteúdos Estruturantes:
Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química Sintética.
Conteúdos Básicos:
Matéria
Solução
Ligação química
Velocidade das reações
Equilíbrio químico
2º ANO
Conteúdos Estruturantes:
Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química Sintética.
Conteúdos Básicos:
Reações químicas
Velocidade das Reações
Radioatividade
Equilíbrio Químico
Funções Químicas
3º ANO
Conteúdos Estruturantes:
Matéria e sua Natureza, Biogeoquímica, Química Sintética.
Conteúdos Básicos:
Ligação química
Funções químicas
Reações químicas
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Reações químicas
Gases
Velocidade das reações
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
“A ciência não é objetiva nem neutra, mas preparada e orientada por teorias
e/ou modelos que, por serem construções humanas com propósitos explicativos e
previstos, são provisórios” (CHASSOT, 1995, p. 68).
O conhecimento químico, assim como todos os demais saberes, não é algo
pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação. Esse processo
de elaboração e transformação do conhecimento ocorre em função das
necessidades humanas, uma vez que a ciência é construída por homens e
mulheres, portanto, falível e inseparável dos processos sociais, políticos e
econômicos.
Acredita numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e
reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de
aula (MALDANER, 2003, p. 144). Isso ocorre por meio da inserção do aluno na
cultura científica, seja no desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de
situações cotidianas, e ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a
tecnologia. Isso implica compreender o conhecimento científico e tecnológico para
além do domínio estrito dos conceitos de Química.
A Diretriz propõe que a compreensão e a apropriação do conhecimento
químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da
Química: as substâncias e os materiais. Esse processo será planejado, organizado e
dirigido pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos
conceitos químicos constitua apropriação de parte do conhecimento científico, o
qual, segundo Oliveira (2001), deve contribuir para a formação de sujeitos que
compreendam e questionem a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade,
uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo
químico, via experimentação.
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Desse modo, os aprendizes estabelecem relações entre a teoria e a prática e,
ao mesmo tempo expressam seus questionamentos, permitindo uma melhor
compreensão da cultura e prática científica na reflexão de como são construídos e
validados os conceitos cientificamente aceitos. Isso possibilitará aos alunos uma
participação mais efetiva no processo de sua aprendizagem. Para tanto, é
necessário que a atividade experimental seja problematizadora do processo ensino-
aprendizagem. Cabendo ao professor criar situações de aprendizagem de modo que
o aluno pense mais criticamente sobre o mundo, sobre as razões dos problemas
ambientais.
O educando tem um saber prévio (senso comum ou concepção alternativa)
sobre diversos assuntos trabalhados. No entanto, cabe ao professor dar
fundamentos teóricos para que estes se apropriem dos conceitos da Química e do
conhecimento científico e assim, desenvolva atitudes de comprometimento com a
vida no planeta.
Outros recursos que se fazem necessários no processo de ensino
aprendizagem são: experimentos relacionados com as teorias e práticas, jogos
educativos, revistas científicas, jornais, computadores, internet, CD-ROM, livros
paradidáticos, DVDs, TV pendrive,TV Paulo Freire, TV Educativa, filmes, visitas a
mercados, fábricas e laboratórios de análises clínicas, palestras com profissionais da
área, entre outros, que possam vir a contribuir para a melhor compreensão dos
conteúdos.
A temática Cultura e História Afro-Brasileira e Africana, História e Cultura dos
Povos Indígenas, de acordo com a lei N.11.645/08 e Educação Ambiental, com
base na lei 9.795/99 que institui a política nacional de educação ambiental. Bem
como prevenção ao uso indevido de drogas sexualidade humana serão abordados
de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos da disciplina de química,
sempre que for possível a articulação dos mesmos.
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AVALIAÇÃO
A avaliação dos conteúdos de Química será efetuada de acordo com as
Diretrizes Curriculares Estaduais Orientadoras da Educação Básica, e deve ser
tratada como um processo de intervenção processual, formativo, contínuo e
diagnóstico, levando em conta o conhecimento prévio do aluno, valorizando o
processo de construção e reconstrução de conceitos, orientando e facilitando a
aprendizagem, assim como também deve subsidiar e redirecionar as ações dos
professores, buscando assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo
da escola.
A avaliação deverá ser feita através de instrumentos diversificados que
possibilitem as várias formas de expressão dos alunos. Um deles é a leitura e
interpretação de textos, onde o professor verificará se houve compreensão das
ideias presentes no texto, se o aluno interage com o texto por meio de
questionamentos, concordâncias ou discordâncias; se o aluno, ao falar sobre o
texto, expressou suas idéias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma
adequada e ainda se foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo
abordado em sala de aula.
Outro instrumento é o de produção de textos onde o professor deverá verificar
se o educando é capaz de produzir textos atendendo às circunstâncias de produção
(gênero, interlocutor, finalidade, etc.); expressar as idéias com clareza (coerência e
coesão); adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe
diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da
disciplina em termos de léxico, de estrutura; elaborar argumentos consistentes;
produzir textos respeitando o tema; estabelecer relações entre as partes do texto;
estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
Quando for solicitado que os alunos façam uma pesquisa bibliográfica, é de
se esperar do aluno quanto à contextualização, identifica a situação e o contexto
com clareza; ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, deli-
mitando o foco da pesquisa na busca de solução; a justificativa aponta argumentos
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sobre a importância da pesquisa; o aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por
meio de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.
As atividades experimentais requerem que o aluno, ao realizar o experimento,
seja capaz de registrar as hipóteses e os passos seguidos; demonstra compreender
o fenômeno experimentado; sabe usar adequadamente e de forma conveniente os
materiais; consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos
necessários.
Na apresentação de seminários, será considerado se o aluno demonstra con-
sistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; apresenta
compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);
faz adequação da linguagem; demonstra pertinência quanto às fontes de pesquisa;
traz relatos para enriquecer a apresentação; faz adequação e toma como relevante
as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
Ao fazer uso de questões discursivas, deverá ser considerado se o aluno
demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica por escrito, com
clareza utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o
conhecimento de forma adequada. Já nas questões objetivas se o aluno realiza
leitura compreensiva do enunciado; demonstra apropriação de alguns aspectos
definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os conhecimentos adquiridos e
principalmente a fixação do conteúdo.
Outros instrumentos poderão ser empregados desde que se mostrem
adequados aos critérios estabelecidos para cada conteúdo. Logo, espera-se que o
aluno entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na
área de Química; construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; tome
posições críticas frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela
produção do conhecimento químico; compreenda a constituição química da matéria
a partir dos conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e
natureza elétrica da matéria.
Espera-se ainda que o aluno formule o conceito de soluções a partir dos
desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos
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de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares; identifique a ação
dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas; compreenda o
conceito de equilíbrio químico, a partir da concentração, pressão, temperatura e
efeito dos catalisadores; elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da
interação entre o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos
desdobramentos desse conteúdo básico.
Por fim, espera-se que entendam as reações químicas como transformações
da matéria a nível microscópico e diferencie as reações nucleares das demais
reações que ocorrem na natureza; diferencie gás de vapor, a partir dos estados
físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis dos
gases; reconheça as funções químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a
outras funções com a qual estabelece interação.
Esse processo avaliativo tem como finalidade não separar teoria e prática, e
sim, observar a posição do aluno em relação à leitura de mundo, que se espera, seja
crítica nos debates conceituais, articule o conhecimento químico às questões
sociais, econômicas e políticas agindo assim no meio em que está inserido.
REFERÊNCIAS
CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. da Ulbra, 1995.
HALL, NINA. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre:
Bookman, 2004.
LEI 10 639, de 09 de janeiro de 2003.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química:
professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica. Química. Curitiba: SEED, 2009.
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Livro
Didático Público. Química. 2 ed. Curitiba: SEED, 2008.
________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz ,2011
SANTOS, W. L. P. MÓL, G.L.; Química e Sociedade: cálculos, soluções e estéticas.
São Paulo: Nova Geração, 2004.
SARDELLA, A. ; FALCONE, M. Química: série Brasil. São Paulo: ÁTICA, 2004.
SARDELLA, A, ; MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. 3.ed. São Paulo:
ÁTICA, 1992.
SARDELLA, ANTONIO. Novo Ensino Médio. 5.ed. São Paulo: ÁTICA, 2000.
USBERCO, J. ; SALVADOR, E. Química: Volume Único. 1.ed. São Paulo:
SARAIVA, 1997.
VANIN, J.A. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São
Paulo: MODERNA, 2002.
VILLAR, Colégio Estadual Luzia Garcia. Projeto Político Pedagógico. Barbosa
Ferraz, 2011.
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13.2.13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
INTRODUÇÃO
De acordo com Celso Vasconcelos (2009), há duas tarefas básicas em
relação à Proposta Curricular: definir os saberes necessários e organizar a forma de
trabalhá-los no âmbito da instituição de ensino. Cabe aqui, esclarecer os propósitos
da própria proposta curricular, apresentar a disciplina de Sociologia, seus conteúdos
e sua importância, além do processo histórico que a levaram a fazer parte da grade
curricular nacional a partir de 2008, como disciplina obrigatória. O currículo alcança
uma dimensão política e social e neste contexto, a disciplina de Sociologia teve uma
trajetória de idas e vindas no histórico escolar do ensino médio no Brasil.
Evidencia-se a necessidade de relatar brevemente a trajetória desta disciplina
exatamente pela instabilidade da Sociologia nos currículos escolares, ora presente,
ora ausente, ao sabor dos interesses dos governantes em determinar os saberes e
os conteúdos que deveriam ser ensinados nas escolas de nível médio. Os saberes e
os conteúdos relacionados a esta disciplina devem ser contextualizados exatamente
porque se faz necessário problematizar e discutir nas escolas as questões políticas
e sociais.
Segue-se a orientação por uma proposta pedagógica que seja articulada a
partir das noções de trabalho e conhecimento. Parte-se da noção de trabalho porque
ele é o elemento organizador da vida social, pois é a única atividade que permite ao
ser humano desenvolver uma auto-reflexão sobre a natureza a ponto de transformá-
la, segundo suas necessidades. Sendo o trabalho uma atividade coletiva, percebe-
se que os seres humanos atuam uns com os outros e tecem assim as relações
sociais. Parte-se também do conhecimento porque é uma dimensão do próprio ato
de trabalhar: nos gestos da produção e reprodução da sua existência, os indivíduos
organizam e acumulam experiências, desenvolvem uma reflexão (sistematizada ou
não), que lhes permitem aperfeiçoar sua vida. O conhecimento também é, portanto,
expressão de um determinado modo de organização social. (Meksenas, 1994)
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De acordo com o sociólogo Paulo Meksenas (1994, p. 23-24), “ser cidadão é
ter direito ao trabalho, à participação consciente das riquezas sociais que o indivíduo
ajuda a construir. O que só é possível plenamente quando o sujeito compreende a
organização do trabalho e do conhecimento na sociedade contemporânea em que
ele vive e atua”.
Para atingir o objetivo de que o aluno obtenha o domínio dos conhecimentos
de Sociologia para o exercício da cidadania como está escrito na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação – LDB 9394/94, é necessário ir além dos conteúdos
programáticos. Enxergar o aluno como sujeito de direitos. É preciso apreender,
professores e alunos a importância de todas as disciplinas e como elas se inter-
relacionam no intuito de formar para a vida em comunidade.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINACom o título de Sociologia: O que estuda e como se relaciona com as
disciplinas afins, Alfredo Guilherme Galliano em seu livro Introdução à Sociologia,
explica que a palavra Sociologia é de origem recente, do mesmo modo que a própria
disciplina. É uma mistura composta de elementos de duas línguas, criada pelo
francês Augusto Comte em 1839. Do latim vem o termo sócio, que exprime a ideia
de “social”, e do grego vem o termo logos, que significa “palavra” ou “estudo”. A
definição etimológica de Sociologia significaria então, simplesmente, “o estudo do
social” ou “o estudo da sociedade” (GALLIANO, 1981, p. 5). Logicamente que a
etimologia da palavra não é suficiente para definir e entender o que é a Sociologia.
Nesta ótica Galliano explica:
Quando se fala em sociedade, o que se tem em mente é sempre a ideia de homens (seres humanos) em interdependência. A noção de interdependência diz respeito, aqui, ao fato básico de que os homens não vivem isolados, mas juntos; à formação de agrupamentos estáveis onde se dá o encontro do homem com o homem; ao estabelecimento de relações de cooperação, luta e domínio entre os homens no interior desses agrupamentos; e ao desenvolvimento ou destruição das culturas humanas que decorrem de tais relações (GALLIANO, 1981, p. 5).
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Assim aproxima-se um pouco mais da definição do termo Sociologia, e
também se define melhor o objeto de estudo desta disciplina. Ainda segundo
Galliano: “Sociologia é o estudo dos homens em interdependência” (GALLIANO,
1981, p. 5).
Um dos autores que melhor sintetizou a trajetória da Sociologia no Brasil e da
Sociologia no Ensino Médio no Brasil é Nelson Dácio Tomazi, professor da
Universidade Estadual de Londrina (UEL), com base em suas análises aponta-se
aqui um breve histórico desta disciplina. Para esse autor, desde 1865, a Sociologia
começa a dar os primeiros passos no Brasil. Sob forte influência do positivismo
comtiano, foi publicada a obra A escravatura no Brasil, de F. A. Brandão Júnior. Em
seguida, um dos precursores da Sociologia no Brasil, Sílvio Romero, publicou
Etnologia selvagem, em 1872, e Etnografia brasileira, em 1888. No início da década
de 1920, a Sociologia inicia sua trajetória no Ensino Médio através das escolas de
São Paulo e Rio de Janeiro (TOMAZI, 2000, p. 9)
Pode-se afirmar que é no período 1930/1940 que a Sociologia coloca as suas
bases no Brasil, pois procura, por um lado, definir mais claramente as fronteiras com
outras áreas do conhecimento afins, como a literatura, a história e a geografia. Por
outro lado, institucionaliza-se com a criação de escolas e universidades, nas quais a
disciplina de Sociologia passa a ter um espaço e é promovida a formação de
sociólogos (TOMAZI, 2000, p. 9).
Assim, foi criada em 1933 a Escola Livre de Sociologia e Política (ELSE), em
São Paulo, com o objetivo de formar técnicos, assessores e consultores capazes de
produzir conhecimento científico sobre a realidade brasileira e, principalmente, que
aliassem esse conhecimento à tomada de decisões no interior do aparato
estatal/governamental federal, estadual e municipal (TOMAZI, 2000, p. 9).
A seguir foram fundadas a Universidade de São Paulo (USP) e a
Universidade do Distrito Federal (UDF), respectivamente, em 1934 e 1935. Nelas,
através das Faculdades de Filosofia, a preocupação maior era formar professores
para o ensino médio, principalmente para as escolas normais, formadores de
professores para o ensino fundamental. Definia-se, assim, o espaço profissional dos
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sociólogos: trabalhar nas estruturas governamentais ou serem professores
(TOMAZI, 2000, p. 9).
Foram muitos os professores estrangeiros que aqui vieram principalmente
para a implantação da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo; por
isso, pode-se afirmar que foram eles que deram o grande arranque inicial para o
desenvolvimento da Sociologia no Brasil. Entre eles podem ser citados: Donald
Pierson, Radcliff Brown, Claude Levi-Strauss, Georges Gurvitch, Roger Bastide,
Charles Mozaré, e Jacques Lambert, que estiveram tanto em São Paulo como no
Rio de Janeiro e permitiram a formação e o desenvolvimento de inúmeros
sociólogos no Brasil (TOMAZI, 2000, p. 9).
Com as obras de Gilberto Freire, Oliveira Vianna, Fernando Azevedo, Sérgio
Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior já se encontrava uma produção
sociológica significativa. Agora com a presença dos professores estrangeiros, essa
produção aumenta e a Sociologia no Brasil se firma, surgindo uma nova geração
que vai definir claramente os rumos dessa disciplina no Brasil. Os trabalhos de Egon
Shaden, Florestan Fernandes, Antonio Cândido, Azis Simão, Rui Coelho, Maria
Izaura de Queiroz, em São Paulo, e A. Guerreiro Ramos, A. Costa Pinto e Hélio
Jaguaribe, no Rio de Janeiro, terão seguidores em todo o território nacional
(TOMAZI, 2000, p. 9-10).
A partir das décadas de 1950/1960 disseminam-se as Faculdades de
Filosofia, Ciências e Letras no Brasil, em universidades ou fora delas, e a Sociologia
vai fazer parte do currículo dos cursos de Ciências Sociais ou apresentar-se como
independente em outros cursos. O objetivo dos cursos de Ciências Sociais era
formar pessoas (técnicos e professores) capazes de produzir uma “solução
racional”, isto é, baseada na razão e na ciência, para as questões nacionais. Assim,
a Sociologia, nessas décadas, tornou-se disciplina hegemônica no quadro das
Ciências Sociais no Brasil, a primeira a formar uma “escola” ou uma “tradição”, tendo
em Florestan Fernandes um dos seus principais mentores (TOMAZI, 2000, p.10).
Como decorrência desse projeto, vários autores surgem em diferentes áreas
do pensamento sociológico e estes desenvolverão pesquisas e ensino. Apenas para
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citar alguns daqueles que a partir das décadas de 1960/1970 passam a ter suas
obras lidas e reconhecidas: Octavio Ianni, Fernando Henrique Cardoso, Francisco
Weffort, Francisco de Oliveira, José de Souza Martins, Leôncio Martins Rodrigues,
Juarez Brandão Lopes, Maurício Tragtenberg, entre outros (TOMAZI, 2000, p. 10)
Em relação a presença da Sociologia no ensino médio, o mesmo autor aponta
que pela primeira vez no Brasil, a disciplina de Sociologia foi apresentada como
integrante do currículo do ensino fundamental e médio através da reforma proposta
por Benjamim Constant, cuja morte não permitiu a continuidade de discussão do
projeto. Somente a partir de 1925 é que a disciplina passou a integrar o currículo do
curso médio do Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Fernando
de Azevedo (TOMAZI, 2000, p. 10).
A partir de então, a disciplina de Sociologia teve um percurso de difícil
presença no currículo do ensino médio. A Reforma Rocha Vaz (1928) integrou os
currículos dos cursos das Escolas Normais do Distrito Federal e de Recife. Nesta
última cidade a Sociologia foi incluída por iniciativa de Gilberto Freire, cuja obra
marcaria a consolidação da pesquisa científica na área (TOMAZI, 2000, p. 10)
A Reforma Francisco Campos (1931) ampliou a inserção da disciplina nas
escolas de nível médio, mas a reforma educacional de Gustavo Capanema (1942)
restringiu seu ensino, determinando sua presença obrigatória apenas nas Escolas
Normais e no período de 1964 até 1982 foram promulgadas a Lei 7.044 e a
Resolução SE/236/83. Esta última recomendava, explicitamente, a inserção da
Sociologia na grade curricular optativa das escolas de nível médio, ela estava fora
do currículo (TOMAZI, 2000, p. 10)
Mais recentemente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei n°
9394/1996, recolocou a disciplina na estrutura curricular do ensino médio. Afirma
que os alunos, ao final do período, devem deter os conhecimentos sociológicos,
deixando, portanto, para os governos estaduais, núcleos regionais de ensino e até
para as escolas a liberdade da definição do modo como serão passados esses
conhecimentos (TOMAZI, 2000, p. 10)
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A luta pela reinserção das disciplinas de Sociologia e Filosofia extrapolou os
âmbitos do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais de Educação e
ganhou força em toda a sociedade civil organizada. Partidos políticos, grêmios
estudantis, sindicatos de professores entre outras organizações, todos no intuito de
que essas disciplinas voltassem a ser obrigatórias nas grades curriculares do Ensino
Médio em todo o Brasil. Na década de 1990 foi aprovada no Congresso Nacional
uma lei que incluía as disciplinas de Sociologia e Filosofia no ensino médio. Em
2001 essa lei foi vetada pelo então Presidente da República Fernando Henrique
Cardoso, dizendo que não haveria professores suficientes para ministrarem essas
aulas entre outras alegações.
A partir de 2002 as reivindicações continuaram e os atores envolvidos na
questão não desistiram da luta pela obrigatoriedade do ensino destas disciplinas nas
escolas de nível médio. Em 24 de novembro de 2005 foi protocolado no Conselho
Nacional de Educação o Ofício n° 9647/GAB/SEB/MEC. Neste ofício o Secretário de
Educação Básica do Ministério da Educação encaminhou para apreciação um
documento anexado sobre as “Diretrizes Curriculares das disciplinas de Filosofia e
Sociologia do ensino médio”, elaborado pela Secretaria com a participação de
representantes de várias entidades. O documento juntado continha uma série de
considerações favoráveis à inclusão obrigatória das disciplinas no currículo do
ensino médio. Com apoio na própria LDB, mas com a necessidade de alterá-la, os
componentes desta comissão desenvolveram uma argumentação que defendia a
presença da Sociologia e Filosofia como disciplinas obrigatórias.
O Conselho Nacional de Educação - CNE aprovou parecer favorável à
inclusão das disciplinas de forma obrigatória no Ensino Médio e abriu caminho para
a deliberação no Congresso Nacional. Estas disciplinas passaram a ser obrigatórias
no Ensino Médio após a aprovação da Lei Federal n° 11.684, de 02 de junho de
2008. No Paraná a obrigatoriedade da Sociologia já havia sido determinada pela lei
nº 15.228 de 25/07/2006, mas diante da nova determinação legal de que a disciplina
deve estar presente em todas as séries do Ensino Médio, o Conselho Estadual de
Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação n.º 03/08, com o seguinte teor:
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uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 4
anos.
Nesse sentido, esta Proposta Pedagógica Curricular busca orientar o trabalho
com a disciplina de Sociologia no âmbito das escolas públicas jurisdicionada ao NRE
de Campo Mourão.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
A Disciplina de Sociologia tem como objetivo compreender os processos de
formação, transformação e funcionamento das sociedades contemporâneas, as
relações que se estabelece entre os grupos na sociedade e como se estruturam e
atingem as relações entre os homens e a coletividade. Trata-se de um modo de
interpretar as contradições, os conflitos que configuram o cotidiano de cada
um.Portanto, a disciplina de Sociologia, também objetiva contribuir com a ampliação
do conhecimento dos homens, refletindo sobre sua própria condição de vida,
fundamentado em teorias e pesquisas que possam estabelecer relações e soluções
de problemas. Através do conhecimento de regras, estabelecimento de padrões de
métodos o aluno poderá solucionar os problemas da vida e também socialmente,
compreendendo as conseqüências das relações sociais ( individual e coletiva ).
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA:
ENSINO MÉDIO
1º ANO
Conteúdo Estruturante: * O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.
Conteúdos Básicos:* Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
* Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.
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* O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
Conteúdo Estruturante:
* Processo de socialização e as instituições sociais.
Conteúdos Básicos:
* Processo de socialização;
* Instituições familiares;
* Instituições escolares;
* Instituições religiosas;
* Instituições de reinserção.
2º ANO
Conteúdo Estruturante: * Cultura e Indústria Cultural
Conteúdos Básicos:* Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
* Diversidade cultural;
* Identidade;
* Indústria cultural;
* Meios de comunicação de massa;
* Sociedade de consumo;
Conteúdo Estruturante* Trabalho, Produção e Classes Sociais
Conteúdos Básicos* O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
* Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
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* Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
* Globalização e Neoliberalismo;
* Relações de trabalho;
* Trabalho no Brasil.
3º ANOConteúdo Estruturante:
* Poder, Política e Ideologia
Conteúdos Básicos:* Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
* Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
* Estado no Brasil;
* Conceitos de Poder;
* Conceitos de Ideologia;
* Conceitos de dominação e legitimidade;
* As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Conteúdo Estruturante:* Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
Conteúdos Básicos:* Direitos: civis, políticos e sociais;
* Direitos Humanos;
* Conceito de cidadania;
* Movimentos Sociais;
* Movimentos Sociais no Brasil;
* A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
* A questão das ONG’s.
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METODOLOGIA A Diretriz de Sociologia trás uma proposta de abordagem metodológica para o
trabalho em sala de aula, “os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico
para a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico:
pesquisa de campo; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos
sociológicos” (PARANÁ, 2008, p. 95). Ao apresentar cada uma das propostas
ressalta a importância do trabalho com os estudantes, na perspectiva de
desenvolver um aprendizado significativo e crítico. Sobre o trabalho com a pesquisa
de campo salienta
A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o desenvolvimento dos conteúdos, os resultados deverão comprovar ou refutar o que foi discutido à luz das teorias sociológicas (PARANÁ, 2008, p. 95).
A prática da pesquisa de campo é uma boa opção para envolver os
estudantes em um trabalho mais dinâmico, mas para isso é necessário um bom
planejamento. Cabe ao professor a tarefa de planejar e conduzir a execução da
pesquisa que pode ser realizada no próprio ambiente escolar e na comunidade ao
entorno.
A opção por “filmes e vídeos sob um olhar crítico” é alternativa para o ensino
de sociologia, para tanto, uma advertência, “um filme deve ser entendido também
como texto e, como tal, é passível de leitura pelos alunos. Os filmes são dotados de
linguagem própria e compreendê-los não significa apenas apreciar imagens e sons“
(PARANÁ, 2008, p. 96).
No que tange a esse encaminhamento é preciso ter claro a dificuldade de se
trabalhar com tais ferramentas e o planejamento deverá ser rigoroso. Ao professor
cabe propor:
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Uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns passos devem ser seguidos: a) a escolha do filme não deve estar relacionada somente ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos; b) aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde e quando se passa; c) a elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais para o conteúdo em estudo possibilitará uma melhor compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões sociológicas que possam estar correlacionadas; d) a discussão das temáticas contempladas deve estar articulada às teorias sociológicas e à realidade histórica referida; e) a sistematização das análises a partir do filme e/ou vídeo, pode ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão – visual, musical, literário – para completar a atividade (PARANÁ, 2008, p. 96 - 97).
Por fim, a Diretriz propõe o trabalho em sala de aula a partir da leitura e
análise de textos sociológicos, organizado pelo professor, a partir dos recortes
permitidos pelos conteúdos. Tais recortes precisam ser contextualizados com a obra
do autor e com outros textos para que os estudantes percebam as controversas
entre os autores e assim, rompem com a visão dogmática das “verdades”
estabelecidas. Para tanto, “recomenda-se articular os excertos dos textos
sociológicos acadêmicos a textos de livros didáticos, procurando garantir a
cientificidade do conteúdo trabalhado, adequando-o ao universo cultural do aluno
(PARANÁ, 2008, p. 97).
Uma das dificuldades para tal proposta diz respeito à falta de obras
disponíveis ao alcance dos professores e alunos. Tal dificuldade pode ser
solucionada com o “acervo bibliográfico formado pela Biblioteca do Professor, pela
Biblioteca do Ensino Médio e pela Biblioteca de Temas Paranaenses. Nelas, estão
disponíveis fontes de pesquisa para o professor, seja para seu próprio estudo e
aperfeiçoamento, seja como material para dar suporte ao trabalho com os alunos”.
Não se pode esquecer-se do “Livro Didático Público de Sociologia é outro
importante suporte teórico e metodológico desta disciplina e constitui um ponto de
partida para professores e alunos” (PARANÁ, 2008, p. 97).
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Embora a Diretriz aponte uma proposta metodológica, não significa que esteja
proibido trabalhar com outras abordagens. Muitos professores que atuam nas
escolas conhecem e trabalha com a proposta formulada pelo professor João Luiz
Gasparim, tal proposta contempla o que solicita a Diretriz. Existem ainda outras
abordagens que podem ser usada pelo professor.
Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da
Historia e Cultura afro-brasileira, africana e indígena, Prevenção ao uso indevido de
drogas, sexualidade humana, Educação Ambiental (Lei 9795/99) Dec.4201/02),
Educação Fiscal, Enfrentamento a violência contra a Criança e ao Adolescente (Lei
Federal n 11525/07), Educação Tributaria Dec. N 1143/99, portaria n 413/02, serão
abordados, quando do trabalho em sala de aula com o conteúdo específico de
sociologia possibilitar tal diálogo.
Para finalizar o professor conta ainda com uma orientação dos recursos
didático-pedagógico que podem ser útil em seu trabalho diário: aulas expositivas
dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando possível;
Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos; leituras de textos:
clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos, literários,
jornalísticos; Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras
e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica; Análises críticas: de filmes,
documentários, músicas, propagandas de TV; análise crítica de imagens
(fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.
AVALIAÇÃO
As propostas de avaliação que constam na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) serão levadas em consideração no ensino desta disciplina. Uma
avaliação que seja diagnóstica, formativa, processual e continuada. De acordo com
as DCEs:
A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com os
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critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento de senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade (PARANÁ, 2008, p. 98).
As formas de avaliação devem constar no Plano de Trabalho Docente.
Abaixo, algumas formas de avaliação conforme segue:
1. Prova individual com vários tipos de questões como: responder perguntas;
questões para enumerar; questões para completar; questões objetivas com múltipla
escolha;
2. Prova individual com uma ou duas questões que deverão ser respondidas
dissertativamente;
3. Atividades diferenciadas como: trabalhos, pesquisas, relatórios, exercícios no
caderno, participação nas aulas, entre outras;
4. Atividade extraclasse;
5. Trabalhos em grupo;
6. Aplicar no mínimo três avaliações por bimestre;
7. Realizar uma avaliação de recuperação de conteúdos, se necessário.
REFERÊNCIAS
GALLIANO A. G. Introdução à Sociologia. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1981.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-crítica. Campinas – SP: Autores Associados, 2002. – (Coleção Educação Contemporânea)
GIROUX, H. Pedagogia Social. São Paulo: Cortez, 1983.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério 2º grau)
TOMAZI, Nelson D. (coord.) Iniciação à Sociologia. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Atual, 2000.
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: SOCIOLOGIA. Curitiba: SEED, 2008.
VILLAR, Colégio Estadual Luzia Garcia. Projeto Político-Pedagógico. Barbosa Ferraz, 2011.
. ________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011.
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13.2.14 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LINGUA INGLESA
APRESENTAÇÃO
Pode-se considerar como marco inicial do ensino de língua estrangeira no
Brasil a chegada dos jesuítas, que ensinavam a língua portuguesa, com caráter de
segunda língua, aos nativos como forma de propagação e expansão da religião
católica.
Somente com a vinda da Família Real e a criação do Colégio D. Pedro II no
Rio de Janeiro é que se dá a devida importância às línguas estrangeiras, chegando
a períodos onde se ensinavam três ou quatro línguas diferentes. No entanto, a partir
de 1996, a oferta da língua estrangeira ficou restrita a apenas uma língua, sendo ela,
a língua inglesa.
Em tempos de globalização e capitalismo crescente é inegável que o ensino
dessa língua seja indispensável, em razão da própria situação social, econômica e
política da sociedade contemporânea. Nesse contexto, a língua inglesa é o
instrumento mor no processo de adequação dos indivíduos à condição de cidadãos
do mundo e que, como tais, possam compreender e ser compreendidos na
expressão de questões que afetam pessoas de diferentes lugares que partilham
interesses comuns.
Uma vez que é na língua que percebemos e entendemos a realidade, a
percepção do mundo está vinculada às línguas que se conhece e, assim a
comparação entre os modos de construção de significados na língua materna e na
LEM amplia e expande os horizontes e as capacidades interpretativas e cognitivas
dos alunos.
Cabe, portanto, ao professor expor os alunos a valores e significados de
diferentes culturas, questionando concepções e práticas de linguagem e levando-os,
com isso, a desenvolverem atitudes transformadoras e críticas.
Diante disso, é válido ressaltar a importância do ensino de língua inglesa
como suporte para estudos futuros, crescimento profissional, conhecimento de
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outras culturas e valorização da própria cultura objetivando-se a formação de um
sujeito que possa interagir criticamente com o mundo à sua volta.
Partindo da concepção do Círculo de Bakhtin que concebe a Língua como
Discurso, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná de 2008 estabelecem os
objetivos do ensino de uma Língua Estrangeira Moderna e resgatam a função social
e educacional desta disciplina na Educação Básica. Para Bakhtin, cada palavra
transforma-se na arena onde competem as diferentes vozes socais. Toda
enunciação, envolve a presença de pelo menos duas vozes: a voz do eu e a voz do
outro e é no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos
e ao que somos.
Então, a responsabilidade do professor é bem maior, pois há de ser guia que
não vai somente ensinar o código, mas, maneiras de construir significados no
processo de construção do conhecimento, em constante transformação.
Nesse sentido prioriza-se a formação do sujeito como forma de acesso a
outras possibilidades culturais, ampliando e alargando sua visão de mundo, em um
processo de afirmação de sua própria identidade.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino de Língua Estrangeira objetiva contemplar as relações com a
cultura, o sujeito e a identidade, bem como, a aprendizagem das percepções de
mundo e maneiras distintas de atribuir sentidos, reafirmar subjetividades e permitir
que se reconheça, no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,
independentemente do grau, de proficiência atingido (PARANÁ, 2008).
As aulas de Língua Estrangeira devem proporcionar ao aluno uma análise
das questões sociais, políticas e econômicas da nova ordem mundial,
desenvolvendo, dessa forma, a consciência crítica e transformadora do aluno,
permitindo, portanto, por meio da prática da leitura, da escrita e da oralidade, o
incentivo a pesquisa e a reflexão.
Sendo assim, o uso da língua deve ocorrer em situações de comunicação
oral e escrita estabelecendo relações entre ações individuais e coletivas, para que o
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aluno tenha uma maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade,
reconhecendo, dessa maneira, a diversidade cultural e os benefícios para o
desenvolvimento cultural do país, formando sujeitos sociais, historicamente
construídos e passíveis de transformação na prática social.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Conteúdo Estruturante é o discurso enquanto prática social
materializado nas práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, as quais
efetivarão o desenvolvimento do trabalho em sala de aula e a construção do
significado por meio do engajamento discursivo.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos básicos, a seguir, serão trabalhados sempre a partir de um
texto significativo, atendendo às especificidades de cada ano.
Ensino Fundamental: 6º Ano
Gêneros Textuais
Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático- Estilo- Elementos Composicionais
Esfera social de circulação
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Práticas discursivas
LEITURA ORALIDADE ESCRITA• Tema do texto;• Interlocutor;• Finalidade;• Aceitabilidade do
texto;• Informatividade;• Léxico;• Repetição proposital
de palavras;• Semântica:
- operadores argumentativos;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Tema do texto;• Finalidade;• Papel do locutor e
interlocutor;• Elementos
extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;• Variações linguísticas;• Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Ortografia; Concordância
verbal/nominal.
Ensino Fundamental: 7º Ano
Gêneros Textuais
Marcas do Gênero- Conteúdo Temático- Estilo- Elementos Composicionais
Esfera social de circulaçãoSuporte
Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA• Tema do texto;• Interlocutor;• Finalidade;• Aceitabilidade do
texto;
• Tema do texto;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Informatividade;• Marcas linguísticas:
• Tema do texto;• Finalidade;• Papel do locutor e
interlocutor;• Elementos
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• Informatividade;• Léxico;• Repetição proposital
de palavras;• Situacionalidade;• Informações
explícitas;• Discurso direto e
indireto.• Semântica: • operadores
argumentativos;• ambiguidade;• sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto;
• expressões que denotam ironia e humor no texto.
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;• Concordância
verbal/nominal.
extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;• Variações linguísticas;• Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Ensino Fundamental: 8º Ano
Gêneros Textuais
Marcas do Gênero- Conteúdo Temático- Estilo- Elementos Composicionais
Esfera social de circulaçãoSuporte
Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITA•Tema do texto;•Interlocutor;•Finalidade;•Aceitabilidade do
texto;•Informatividade;•Léxico;•Repetição proposital
de palavras;•Semântica:
− Intertextualidade;− Vozes sociais
presentes no texto;− Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;- significado das
palavras;- sentido conotativo e
• Tema do texto;• Finalidade;• Papel do locutor e
interlocutor;• Elementos
extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
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•operadores argumentativos;
•Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
•Intertextualidade;•Vozes sociais
presentes no texto;
denotativo;- expressões que
denotam ironia e humor no texto.
• Turnos de fala;• Variações linguísticas;• Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
• Elementos semânticos;• Adequação da fala ao
contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Ensino Fundamental: 9º Ano
Gêneros Textuais
Marcas do Gênero- Conteúdo Temático- Estilo- Elementos Composicionais
Esfera social de circulaçãoSuporte
Práticas discursivas de:
LEITURA ORALIDADE ESCRITATema do texto;
Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Léxico;
Repetição proposital de palavras;
Semânticaoperadores
argumentativos;
Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Tema do texto;• Finalidade;• Papel do locutor e
interlocutor;• Elementos
extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;• Variações linguísticas;
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Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Temporalidade;Discurso direto e
indireto;Polissemia.
Ortografia; Concordância
verbal/nominal.Temporalidade;Discurso direto e
indireto;Relação de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
Polissemia;Processo de formação
de palavras.
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
• Semântica.
ENSINO MÉDIO: 1ª, 2ª E 3ª SÉRIE
Gêneros Textuais
Marcas do Gênero
- Conteúdo Temático- Estilo- Elementos Composicionais
Esfera social de circulaçãoSuporte
Práticas discursivas de:LEITURA ORALIDADE ESCRITA• Tema do texto;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Aceitabilidade do tex-
to;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Referência textual;• Partículas conectivas
do texto;
• Conteúdo temático;• Finalidade;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Papel do locutor e inter-
locutor;• Elementos extralinguísti-
cos: entonação, expres-sões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Tema do texto;• Interlocutor;• Finalidade do texto;• Aceitabilidade do texto;• Informatividade;• Situacionalidade;• Intertextualidade;• Temporalidade;• Referência textual;• Partículas conectivas do
texto;• Discurso direto e indireto;
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• Discurso direto e indi-reto;
• Elementos composi-cionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotati-vo no texto;
• Palavras e/ou expres-sões que denotam iro-nia e humor no texto;
• Polissemia;• Marcas linguísticas:
coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), fi-guras de linguagem;
• Léxico.
• Turnos de fala;• Variações linguísticas;• Marcas linguísticas: co-
esão, coerência, gírias, repetição, semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conec-tivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
• Elementos composicio-nais do gênero;
• Emprego do sentido co-notativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expres-sões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;• Marcas linguísticas: coe-
são, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, re-cursos gráficos (como aspas, travessão, negri-to), figuras de linguagem;
• Ortografia;• Concordância
verbal/nominal.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A metodologia proposta tem por base o uso da linguagem para a
comunicação e interação, envolve o conhecimento e a capacidade de usá-la para a
construção social dos significados na compreensão e produção oral e escrita. O
texto significativo, verbal ou não-verbal, apresenta-se como um espaço para
discussão de temáticas fundamentais para o desenvolvimento intercultural,
manifestados por um pensar e agir crítico, por uma prática cidadã imbuída de
respeito às diferentes culturas, crenças e valores. O texto nesta proposta apresenta-
se como norteador do desenvolvimento de práticas linguístico-discursivas. Para
tanto, o professor utilizará metodologias que permitam o efetivo envolvimento e
desenvolvimento da consciência cidadã, valorizando também a utilização de
recursos visuais para o auxílio do trabalho pedagógico em sala. Assim, os alunos
com dificuldades auditivas terão possibilidades de participar das aulas na medida em
que ela se configura como espaços nos quais os diversos sentidos são mobilizados
para a aprendizagem de língua: visuais, orais e cognitivas.
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O enfoque dos conteúdos estará na utilização de estratégias que ajudarão o
aluno a construir significados via LEM, uma vez que enfatiza o engajamento
discursivo do aluno ao proporcionar a aprendizagem, por meio do discurso
materializado nos diferentes gêneros que permeiam as práticas sociais. Para esse
fim, será então preciso utilizar o material didático disponível na prática pedagógica:
livros didáticos, dicionários, livros para didáticos, vídeos, DVDS, Folhas, biblioteca
do professor e do aluno, TV Paulo Freire, TV na sala de aula, Portal, CD Roms,
Internet.
No tocante a leitura, faz-se necessário que o professor considere os
conhecimentos prévios dos alunos; formule questionamentos que possibilitem
inferências sobre o texto; encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; relacione o tema
com o contexto atual; oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;
estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; conduza a uma
reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; leve em
consideração: a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do
texto. No trabalho com o gênero,
“Propõe-se que [...]o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e somente depois de tudo isso a gramática em si. [...] Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. É necessário provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar o contexto de uso e os seus interlocutores. (PARANÁ, 2008, p.
No que diz respeito à oralidade, as atividades terão “como objetivo expor
os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos” de forma que essa
exposição implique no uso e “adequação da variedade lingüística para as diferentes
situações [...] visando a familiarização do aluno com os sons específicos da língua
que está aprendendo” (PARANÁ, 2008, p. 66). Além disso, o professor orientará
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sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; organizará
apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu uso
formal e informal; estimulará a conotação de histórias de diferentes gêneros,
utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial,
corporal e gestual, pausas e outros.
Com relação à escrita serão propostas atividades sócio-interativas,
significativas, com delimitação do gênero, da finalidade, da temática, do objetivo da
produção, do suporte, da esfera social de circulação, do locutor e do interlocutor,
para que o aluno perceba o uso real da língua. Haverá um planejamento, leitura e
revisão do texto produzido pelos alunos. Nesse sentido, caberá ao professor
“oferecer ao aluno elementos discursivos, lingüísticos, sociopragmáticos e culturais
para que ele melhore sua produção” (PARANÁ, 2008, p. 67). Além disso, serão
propostas atividades relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas durante
o processo.
A presente proposta também contempla a inclusão das temáticas “História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Lei no 11,645/08), Prevenção ao uso Indevido às
Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente, Direito da Criança e Adolescente (L.F. No 11525/07), Edu-
cação Tributária (Dec. No1143/99, Portaria no 413/02), Educação Ambiental L.F. No
9795/99, Dec. No 4201/02)” nos conteúdos a serem trabalhados, de acordo com o
que for oportunizado pelo texto, dada a importância que essas temáticas trazem
para a construção de um Estado Democrático de Direito, de acordo com o que dis-
põe a Constituição da República Federativa do Brasil e a obrigatoriedade de seu en-
sino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como a Deliberação Esta-
dual 04/06.
9AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem de LEM precisa superar a concepção de mero
instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto que ela se configura
como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades
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e avanços dos alunos sujeitos a partir de suas produções, no processo de ensino
aprendizagem.
Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando
que o engajamento discursivo em sala de aula se realiza por meio da interação
verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor;
entre os alunos na turma; na interação dos alunos com o material didático; nas
conversas em língua materna e na língua estrangeira estudada e no próprio uso da
língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de
pensamentos e idéias. (VYGOTSKY, 1989).
O objetivo principal da avaliação é verificar se aluno foi efetivamente exposto
a interação com os discursos em língua estrangeira, uma vez que a avaliação nos
possibilita um diagnóstico para indicar quais os pontos a serem mais amplamente
aprofundados com relação aos conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio
pragmático ou cultural. Para isso, serão utilizados instrumentos e critérios variados,
conforme segue:
Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende as idéias presentes no texto;
interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias;
fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de
forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala.
Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: apresenta em seu texto os seguintes passos: 1.
Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões levantadas sobre o
tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa 4. Consulta
bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de
paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5. Referência – cita as fontes
pesquisadas.
Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como:
planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta
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apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da
intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o
texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades,
etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às
exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou
informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos
consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e
estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta argumentos
selecionados; adéqua a linguagem; apresenta seqüência lógica e clareza na
exposição oral e se usa os recursos adequadamente.
Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno atende aos seguintes tópicos:
1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade)
que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta
atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos
construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente
se deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição
sucinta, não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor
compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma
reflexão que permita o aprimoramento da atividade.
3. Análise: constam os elementos e situações interessantes que tenham
acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a
atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem
à atividade em questão.
4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item
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importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho
(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo
abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de pesquisa
com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e
relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a
ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os
conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes
contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em
situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina
envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e sua
relação com o conteúdo da disciplina.
Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no
texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido;
reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem
utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos
daquele recurso.
Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados em
sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços
diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos
trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.
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Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica
por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa,
sistematiza o conhecimento de forma adequada.
Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os
conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma
permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às
avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento.
Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em
cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político
Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da
LDB.
REFERÊNCIAS:
BAKTHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
___________. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.10
11BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008.
________. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
_________. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
PARANÁ. Grupo de estudos. Disponível em
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http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010
________. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
VILLAR, Colégio Estadual Luzia Garcia. Projeto Político-Pedagógico. Barbosa
Ferraz, 2011 .
________. Regimento Escolar. Barbosa Ferraz, 2011
VYGOTSKY, L, S. Pensamento e linguagem. 2ed. São Paulo: 1999
WATKINS, Michael, Gramática da Língua Inglesa / Michael Watkins, Timothy Porter.- 1. ed. São Paulo: Ática, 2002.
SITES:
Portal Dia-a-dia Educação:
htpp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/atividadeseducativas.com.br
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/
http://www.ingles.seed.pr.gov.br/
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13.3 ATA DE APROVAÇÃO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
Ata nº 001/2010
Aos nove dias do mês de Fevereiro do Ano de Dois mil e Dez, às dezenove horas e trinta
minutos, em uma das salas do Colégio Estadual Luzia Garcia Villar – Ensino Fundamental e
Médio, sob a presidência do senhor diretor Jair Pedro da Silva, reuniu-se o Conselho Escolar,
para discussão, análise e aprovação do estágio não obrigatório- Lei 11788/08 de 25 (vinte e
cinco) do mês de setembro do ano de 2008 ( dois mil e oito) em que dispõe sobre o Estágio
de Estudantes, como ato educativo escolar supervisionado. Após leitura e análise dos
documentos propostos:- orientações da CGE e a Súmula da Lei nº11788/08. Chegou-se ao
seguinte veredicto: Incluir no Projeto Político Pedagógico, para a modalidade da Educação de
Jovens e Adultos – ensino médio “as atividades de estágio não obrigatório, constando da
página 36 ( trinta e seis ) do referido Projeto Político Pedagógico, conforme prevê a lei nº
11788/08. Ficando claro e definido que o estágio faz parte do projeto pedagógico do curso,
além de integrar o itinerário formativo do educando. Nada mais havendo a constar, após
aprovação de todos os presentes. Eu professora pedagoga, Marli Ramos, designada para
escrituração da presente ata, que após lida e achada conforme será assinada por mim e pelos
demais participantes da referida reunião.
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13.4 ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Ata nº11 /2011
Aos sete dias do mês de dezembro de dois mil e dez, as dezenove horas e trinta minutos, em
uma das Salas deste Colégio. Reuniu-se a Direção, Vice-direção, equipe pedagógica,
membros do Conselho Escolar, Associação de Pais Mestres, Funcionários e Grêmio
Estudantil, deste Estabelecimento, para a apresentação análise e aprovação do Projeto Político
Pedagógico do Colégio Estadual Luzia Garcia Villar-Ensino Fundamental e Médio, conforme
Instrução 006/2010- SUED/SEED. Sob a presidência do Diretor Professor Jair Pedro da Silva,
Diretora auxiliar Professora Tânia Regina Pohlmann Caparroz , equipe pedagógica,
professoras pedagogas: Leci da Silva Sbrolini, Marli Ramos dos Santos e Fulvia Christian de
Paula Pereira, que após agradecimentos pelo comparecimento e participação de todos deu-se a
explanação propriamente dita do referido Projeto, tendo como enfoque principal as intenções,
metas, bem como a realidade da ação educativa desenvolvida no colégio elucidando a todos
os presentes que o objetivo central do embasamento teórico e prático do Projeto em questão
funcionará como princípio orientador de todo o trabalho escolar que respalda as ações.da
Proposta Pedagógica Curricular e Plano de Trabalho Docente, no processo ensino
aprendizagem a qual deverá estar em consonância com a LDB ( Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional nº 9394/96) que constituirá como um processo permanente de reflexão e
tomada de decisão dos problemas do colégio na busca de alternativas viáveis para a efetivação
das metas propostas, deixando claro a todos os participantes que a efetivação do presente
Projeto é compromisso e responsabilidade de todos, considerando que as decisões deverão ser
coletivas e abertas a participação da sociedade civil presentes e Instancias Colegiadas:
Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Associação de Pais Mestres e Funcionários envolvendo
principalmente os que fazem parte mais diretamente do trabalho cotidiano e que realizam o
trabalho educativo no estabelecimento. Após explanação, discussão e análise dos pontos
centrais do Projeto colocou-se em votação por aclamação ficando aprovado por unanimidade
o Projeto Político Pedagógico da escola. A seguir o senhor Diretor Jair Pedro da Silva
agradeceu a todos os presentes pela participação convocando-os na colaboração para a
efetivação concreta de seu trabalho administrativo colegiado. Nada mais havendo a constar eu
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Sellene Aparecida Mirandula, lavrei a presente Ata que será assinada por mim e demais
participantes.
Barbosa Ferraz, 07 de Dezembro de 2011.
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