PROPRIEDADE INTELECTUAL E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
A ATUAÇÃO DA ACADEMIA
Fabíola M. Spiandorello
Gerente de Propriedade Intelectual
Agência Unesp de Inovação – AUIN
Anápolis, 5 de novembro de 2014.
• INSTITUCIONALIZAÇÃO
• PROPRIEDADE INTELECTUAL
• TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
• INSTITUCIONALIZAÇÃO
Financiamento do
Governo
Pesquisa na
Universidade
Conhecimento
inovador
Criação / incremento
de empresa
Geração de empregos
Aumento de renda
Ampliação de
arrecadação de
impostos
Bahy-Dole Act rationale
Renée Ben-Israel - Yissum
Governo
Universidade
Empresa
CICLO VIRTUOSO DA INOVAÇÃO
Financiamento do
Governo
Pesquisa na
Universidade
Conhecimento
inovador
Criação / incremento
de empresa
Geração de empregos
Aumento de renda
Ampliação de
arrecadação de
impostos
Bahy-Dole Act rationale
Renée Ben-Israel - Yissum
Governo
Universidade
Empresa
CICLO VIRTUOSO DA INOVAÇÃO
“A universidade passou
a exercer um papel
relevante na promoção
da inovação
tecnológica,
procurando ampliar sua
contribuição efetiva à
sociedade, deixando de
ser somente um
espaço de qualificação
profissional e de
realização da pesquisa
básica”. Scholze e
Chamas, 1998
Inovação é a transformação de uma idéia em um produto ou serviçocomercial, um novo processo de manufatura ou de distribuição, ou umanova forma de prover serviços. OCDE
“A performance em inovação
não depende de como as
instituições agem (empresas,
institutos de pesquisa,
universidades etc.), mas de
como elas interagem entre
si…” OECD, 1994.
SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO
Percepção anterior à Lei de Inovação:
- relações Universidade-Empresa nem sempre eram entendidas como integrantes
das atividades de extensão da universidade;
- ênfase na transferência de tecnologia para a sociedade a partir da publicação de
resultados de pesquisa em periódicos (artigos).
Lei de Inovação
- Lei Federal 10.973/2004;
- Lei Complementar Estadual nº 1.049/2008 (São Paulo);
- Lei nº 16.922, 08/02/2010 (Goiás);
- reconhecimento do papel da Universidade no processo de inovação;
- legitimação das parcerias entre Universidade e empresa;
- estabelece mecanismos de estímulo à inovação na empresa;
- determina a institucionalização de NIT´s em todas as ICT´s.
MARCO REGULATÓRIO DA INOVAÇÃO
ESCRITÓRIOS ACADÊMICOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
São aquelas organizações ou partes de uma organização que auxiliam o staff de
uma instituição de pesquisa pública a identificar, proteger, explorar e defender a
propriedade Intelectual (OCDE, 2003).
Sistema Nacional de Inovação EUA
- Bayh-Dohle Act (1980) – universidades passaram a ser titulares das tecnologias
custeadas por agências públicas de fomento à pesquisa;
- criação dos escritórios de PI e TT nas universidades;
- Technology Transfer Offices (TTO) / Technology Licensing Offices (TLO)
ESCRITÓRIOS ACADÊMICOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
AGÊNCIA UNESP DE INOVAÇÃO
Conhecimento
Inovador
UNESP EMPRESA
- Lei Federal 10.973/2004 (Lei de Inovação)
- Lei Complementar Estadual 1.049/2008 (Lei Paulista de Inovação)
Criação /
incremento
de empresa
Missão: gerir a política de proteção
e inovação das criações
intelectuais da UNESP
ESCRITÓRIOS ACADÊMICOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
ESCRITÓRIOS ACADÊMICOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
Gonzalo Barrera-Hernández
Office of Technology Transfer
University of California
A PIRÂMIDE DO DESAFIO
1 licença > US$ 1m
16 licenças geram receitas
50 patentes licenciadas
100 pedidos de patente depositados
400 comunicações de invenção
ESCRITÓRIOS ACADÊMICOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Art. 16. A ICT deverá dispor de núcleo de inovação tecnológica, próprio ou em
associação com outras ICT, com a finalidade de gerir sua política de inovação.
Parágrafo único. São competências mínimas do núcleo de inovação tecnológica:
I - zelar pela manutenção da política institucional de estímulo à proteção das
criações, licenciamento, inovação e outras formas de transferência de tecnologia;
II - avaliar e classificar os resultados decorrentes de atividades e projetos de
pesquisa para o atendimento das disposições desta Lei;
III - avaliar solicitação de inventor independente para adoção de invenção na
forma do art. 22;
IV - opinar pela conveniência e promover a proteção das criações desenvolvidas
na instituição;
V - opinar quanto à conveniência de divulgação das criações desenvolvidas na
instituição, passíveis de proteção intelectual;
VI - acompanhar o processamento dos pedidos e a manutenção dos títulos de
propriedade intelectual da instituição.
ESCRITÓRIOS ACADÊMICOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
ESCRITÓRIOS ACADÊMICOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Atividades executadas
Propriedade Intelectual
• Prospecção Tecnológica – identificação de tecnologias existentes na
universidade que podem ser comercializadas;
• Proteção –
• Gestão do portfólio de PI – acompanhamento de processos, gestão de
tecnologias (priorização)
Transferência de Tecnologia
• Marketing tecnológico
• promover aproximação com empresas;
• promover comercialização de tecnologias (licenciamento).
• Apoiar a negociação de tecnologias ou o desenvolvimento de parcerias
universidade-empresa;
• Valoração de tecnologias;
• Elaboração de contratos de transferência de tecnologia.
ESCRITÓRIOS ACADÊMICOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
ESCRITÓRIOS ACADÊMICOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Atividades executadas (continuação)
• Apoiar a criação de empresas start-ups;
• Apoiar as atividades de incubadoras de empresas e parques tecnológicos.
Resolução UNESP nº 44 de 20/07/2007 – criação do NIT
Resolução UNESP nº 41 de 05/06/2009 – criação da AUIN
Deliberação CO de 26.08.10 – integrada ao Estatuto e ao Regimento Geral da
Unesp
- atendimento à Lei Federal 10.973/2004
- órgão ligado ao Gabinete do Reitor;
- FUNDUNESP é interveniente administrativa;
- competências mínimas:
- gestão da política de proteção e inovação das criações
intelectuais da Unesp;
- procedimentos para proteção de criações;
- procedimentos para transferência tecnológica;
- emitir parecer sobre cláusulas de Propriedade Intelectual em
Contratos ou Convênios celebrados pela Unesp.
NORMATIZAÇÃO DA INOVAÇÃO NA UNESP
Resolução UNESP nº 100 de 17/07/2012
Estabelece regras para a transferência de tecnologia e registro da propriedade
industrial no âmbito da UNESP
Dever de confidencialidade até a data do depósito
A UNESP é proprietária (titular) das criações / cotitularidade com outras
instituições
Comercialização da tecnologia (licenciamento ou transferência)
- sempre em nome da Universidade;
- pode haver necessidade de edital de licenciamento;
- royalties auferidos
- 1/3 destinado aos inventores;
- 1/3 destinado à Unidade;
- 1/3 destinado à Reitoria.
NORMATIZAÇÃO DA INOVAÇÃO NA UNESP
• PROPRIEDADE INTELECTUAL
CÍRCULO VIRTUOSO DO SISTEMA DA
PROPRIEDADE INTELECTUAL
Jungmann, Diana de Mello. Inovacao e propriedade intelectual: guia para o docente / Diana de
Mello Jungmann, Esther Aquemi Bonetti. – Brasilia: SENAI, 2010. 93 p.: il.
Ativos Corporativos
Bens, direitos, créditos e valores pertencentes a uma
empresa ou pessoa
Ativos intangíveis
ativo de capital que não tem existência física, cujo valor é
limitado pelos direitos e benefícios que, antecipadamente, sua posse
confere ao proprietário (Kohler).
Conhecimento
Inovação e ativos
intelectuais
Direitos de propriedade
intelectual (DPI)
Patentes, marcas, DI etc...Como toda propriedade, pode ser:licenciada (alugada);doada;cedida (vendida); etc.
Capital humano
Ativos tangíveis
bens físicos, materiais
INOVAÇÃO E PROPRIEDADE INTELECTUAL
“IP is the oil of the 21st century.” Mark Getty
GERAÇÃO DE VALOR
gera
ATIVOS INTANGÍVEIS
Kayo, E. K. (2002). A estrutura de capital e o risco das empresas tangível e intangível- intensivas: uma contribuição ao estudo da valoração de
empresas. Tese de Doutorado, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, SP, BR.
PROPRIEDADE INTELECTUAL
Propriedade industrial
(Lei 9.279/96)
Marcas;
Patentes;
Desenhos industriais;
Indicações geográficas;
Concorrência desleal.
Direito de autor e conexos
(Lei 9.610/98)
criações do espírito,
expressas por qualquer meio ou
fixadas em qualquer suporte,
tangível ou intangível.
Proteção sui-generis
Proteção de Cultivares
(Lei 9.456/97)
Topografia de circuitos integrados
(Lei 11.484-07)
Conhecimento tradicional
(Decreto 3.551/00)
Patrimônio genético e conhecimento tradicional
associado
(MP 2.186/01)
Programas de
computador
(Lei 9.609/98)
•Todo sinal distintivo aposto facultativamente aos produtos e artigos das indústrias em
geral para identificá-los e diferenciá-los de outros idênticos ou semelhantes de origem
diversa.
US$81 bilhões US$ 19 bilhões US$ 118 bilhões
US$ 231 bilhões
•Funções da Marca
– individualização do produto – diferenciar produtos e serviços;
– identificação da origem – permite ao industrial identificar os seus produtos e serviços,
ao mesmo tempo constitui ao consumidor a garantia de legitimidade e de origem do
produto;
– sugestão de qualidade – função de indicar a qualidade do produto, ou melhor
um grau de qualidade;
– divulgação do produto – comunicação .
MARCAS
Lei 9.279, de 14.05.1996 – Lei da Propriedade Industrial
Fonte: Interbrand
MARCAS
AS PRINCIPAIS MARCAS GLOBAIS - 2014
Fonte: Interbrand – http://bestglobalbrands.com/?_ga=1.67429393.1888636330.1415114824
MARCAS
AS PRINCIPAIS MARCAS BRASILEIRAS - 2011
http://www.interbrand.com/Libraries/Branding_Studies_PT/Best_Brazilian_Brands_2011.sflb.ashx
PATENTES
Conceito Jurídico
título de propriedade temporário (20 anos), concedido pelo Estado, sobre um
bem imaterial.
contrapartida – revelação da tecnologia (que fica “patente”)
Conceito Econômico
- O que é: título temporário de reserva legal de mercado (20 anos).
- Para que serve: retorno do capital aplicado no desenvolvimento
- (a) buscando a exclusão dos concorrentes, tanto normais quanto
desleais (“piratas”) – art. 42 LPI;
- (b) utilizando a patente como moeda.
Art. 42 - A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiro, sem o
seu consentimento, de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar
com estes propósitos:
I – produto objeto de patente;
II – processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado.
Microbomba Implantável- aplicação intracorporal de medicamentos;- motor piezoelétrico a silício;- dimensões - 16x12x1.86 mm- 17 invenções, protegidas por 44 patentes.
Lista das invenções (títulos):1) Câmara de bombeamento com limitador de curso2) Volume isolado da câmara de bombeamento3) Válvula anti-retorno com elementos de ligação4) Válvula incluindo uma membrana que define os compartimentos montante e jusante5) Método químico para obtenção de uma cavidade6) Válvula encurvada fechada por compressão na falta de influência externa7) Válvula aberta na falta de segunda camada8) Válvula com detetor de posição9) Parede móvel com duplo limitador de curso10) Microbomba auto-escorvante11) Componente de conexão vítrea, incluindo uma camada de ouro12) Componente metálico de conexão caracterizado por um único passo de fixação13) Filtro para microbomba14) Adesão diferencial15) Folha de metal16) Peça intermediária integrada17) Válvula espessa
Debiotech, Lausanne, Suíça.
MU8400590 4 – Disposição construtiva aplicada em rede para acondicionamento de frutas
Marca DOCE REDINHA (827064870)
PATENTES
novidade, atividade inventiva e aplicação industrial
Patente de Invenção o objeto de uso
prático, suscetível de aplicação industrial, nova forma ou disposição, ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação
Patente de Modelo de Utilidade
a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial
Desenho Industrial
Adaptado de http://www.inpi.gov.br/images/stories/downloads/patentes/pdf/Guia_de_Deposito_de_Patentes.pdf
CONFIGURAÇÃOFUNCIONALIDADE
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Vigência
20 anos
Período de graça
12 meses
Sujeito a exame de patenteabilide
Atividade inventiva
para um técnico no assunto, a invenção não decorre de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica
Patente de Invenção Vigência
15 anos
Período de graça
12 meses
Sujeito a exame de patenteabilide
Ato inventivo
para um técnico no assunto, o modelo de utilidade não decorre de maneira comum ou vulgar do estado da técnica
Patente de Modelo de Utilidade
Vigência
10 anos, prorrogável por 3 períodos de 5 anos (total de 25 anos)
Período de graça
180 dias
Titular pode requerer exame de mérito (novidade e originalidade)
Desenho Industrial
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
PATENTEABILIDADE
REQUISITOS
• novidade – LPI, art. 11;
• atividade inventiva (ato inventivo – MU) – LPI, art. 13;
• aplicação industrial – LPI, art. 15.
CONDIÇÕES
• suficiência descritiva – LPI, art. 24
•permitir sua reprodução por um técnico no assunto, devendo indicar, quando
for o caso, a melhor forma de execução;
• unidade inventiva - LPI, art. 23;
•Referir-se a uma única invenção ou a um grupo de invenções inter-
relacionadas de maneira a compreenderem um único conceito inventivo
• clareza e precisão das reivindicações – LPI, art; 25.
•fundamentadas no relatório descritivo, deverão definir, de modo claro e
preciso, a matéria objeto da proteção
Busca prévia (inventor/AUIN)
Depósito no Brasil
Extensão ao exterior (12 meses) Publicação (18 meses)
Exame técnico (36 meses)
Concessão (60 a 84 meses)
Extinção (20 anos)
PROCESSAMENTO DE PEDIDO DE PATENTE
Meu artigo /
dissertação / tese
– www.espacenet.com
– www.inpi.gov.br
– Derwent (portal CAPES)
Mas, e o período
de graça?
EXCEÇÕES AO ESTADO DA TÉCNICA
• Período de Graça
•Art. 12. Não será considerada como estado da técnica a divulgação
de invenção ou modelo de utilidade, quando ocorrida durante os 12
(doze) meses que precederem a data de depósito ou a da prioridade
do pedido de patente, se promovida:
•I - pelo inventor; (...)
REQUISITOS DE PATENTEABILIDADE
NOVIDADE
Inventor divulga no
Brasil ou no exterior
Prazo para executar o
depósito pelo inventor
12 meses
Divulgação, uso ou
pedido de patente
de terceiro
Não é válido em
diversos países
PROGRAMAS DE COMPUTADOR
Lei 9.609/98 – proteção a programas de computador
Programa de computador – “é a expressão de um conjunto organizado de instruções em
linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego
necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos,
instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para
fazê-los funcionar de modo e para fins determinados”. É o código-fonte!
Software = programa de computador + apresentação verbal ou esquemática + materiais
descritivos + instruções para os usuários.
Excluídos da protenção patentária
- não atende aos critérios de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial
- exclusão de programas per se (LPI, art. 10, V)
Direito autoral – proteção do código fonte
Prazo do registro – 50 anos
Validade internacional
REGISTRO TOPOGRAFIA
CIRCUITO INTEGRADO
Art. 26 – topografia de circuitos integrados é uma série de imagens
relacionadas, construídas ou codificadas sob qualquer meio ou forma, que
represente a configuração tridimensional das camadas que compõem um circuito
integrado, e na qual cada imagem represente, no todo ou em parte, a disposição
geométrica ou arranjos da superfície do circuito integrado em qualquer estágio
de sua concepção ou manufatura.
Topografia deve ser original, no sentido de que resulte do esforço intelectual do
seu criador e que não seja comum ou vulgar para técnicos
Prazo – 10 anos data do depósito
Lei 11.484/07 – promulgada em virtude do
PAC, no sentido de conferir proteção a
empresas de semicondutores que
quiserem se estabelecer no Brasil
PROTEÇÃO A NOVAS VARIEDADES VEGETAIS
CULTIVARES
Lei 9.456, de 25.04.97 – Lei de Cultivares
Serviço Nacional de Proteção de
Cultivares – SNPC
É passível de proteção a nova cultivar ou a cultivar essencialmente derivada, de
qualquer gênero ou espécie vegetal.
•concessão de Certificado de Proteção de Cultivar – 15 anos de proteção
•proteção: a produção com fins comerciais, o oferecimento à venda ou a
comercialização, do material de propagação da cultivar, sem sua autorização.
PLANTAS ENCONTRADAS OU RETIRADAS
DA NATUREZA NÃO SÃO PASSÍVEIS DE
PROTEÇÃO
INDICAÇÃO GEOGRÁFICA
Indicação de Procedência - nome geográfico de país, cidade, região oulocalidade de seu território, que se tenha tornado conhecido como centro deextração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestaçãode determinado serviço.
Ex.
Denominação de Origem - nome geográfico de país, cidade, região oulocalidade de seu território, que designe produto ou serviço cujasqualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente aomeio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos.
Ex. Champagne, Cognac
Uso é restrito aos produtores e prestadores de serviço estabelecidos nolocal, exigindo-se, ainda, em relação às denominações de origem, oatendimento de requisitos de qualidade.
LPI, art. 195:
Comete crime de concorrência desleal quem:
XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos,
informações ou dados confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio
ou prestação de serviços, excluídos aqueles que sejam de
conhecimento público ou que sejam evidentes para um técnico no
assunto, a que teve acesso mediante relação contratual ou
empregatícia, mesmo após o término do contrato.
SEGREDO INDUSTRIAL
NÃO HÁ DEFINIÇÃO LEGAL PARA SEGREDO INDUSTRIAL.
Algumas definições encontradas na doutrina são (*):
-“Segredo industrial corresponde a todo conhecimento reservado sobre idéias,
produtos ou procedimentos industriais que o empresário deseja manter oculto,
por seu valor competitivo para a empresa”;
- “Qualquer coisa que se encontra relacionada com uma empresa, a qual não foi
divulgada e que, segundo a vontade do titular da empresa, deve manter-se
secreta”
-“Um processo de fabricação oferecendo um interesse prático comercial,
empregado por um industrial e mantido escondido de seus concorrentes que não
o conhecem”;
- “É um meio de fabricação de caráter industrial e secreto, provido de certa
originalidade, interesse prático e comercial”
(*)”O Regime Jurídico Do Segredo De Indústria e Comércio No Direito Brasileiro”,
Elisabeth Kasznar Fekete, Editora Forense, Rio de Janeiro, 2003.
SEGREDO INDUSTRIAL
SEGREDO INDUSTRIAL
Independe de registro – não é um título de propriedade.
Para ser caracterizada como segredo industrial, a informação deve:
-ser secreta – não ser conhecida, ou de fácil acesso, a
profissionais da área;
-ter valor comercial devido a sua confidencialidade;
-estar sujeita a graus de segurança por seu detentor.
Vantagens Desvantagens
Não têm limitação temporal Não concede direito de excluir terceiros de sua utilização
Não há custos para registro Se for tornado público, todos podem se beneficiar
Têm efeito imediato É mais difícil de fazer cumprir o direito a ele – é um direito fraco
Não obedece a formalidades. Ex. relatório descritivo patentes
Pode ser patenteado por terceiro que o desenvolva por meios legítimos
SEGREDO INDUSTRIAL vs. PATENTES
ESTRUTURAS PARA PROTEÇÃO DA PI
DPIs existem para recompensar o inovador original, dificultando a terceiros a duplicação de
aspectos intangíveis da inovação, auxiliando as vantagens comerciais da inovação original.
• 15% das patentes são capazes de excluir concorrentes de entrar no mercado por
mais de 4 anos;
• 60% das patentes não garantem nenhuma exclusividade;
• 10% das patentes mundiais refletem 90% do valor patentário;
• o valor médio de uma patente na Europa é de € 500.000.
Patente / Segredo industrial e de negócios
Direitos de autor
Marca
Marketing
Expressão
Função
O Átomo
da PI
ATIVOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL PRESENTES EM UM TELEFONE CELULAR
Marcas
• Nokia
• Modelo “N95”
• Sistema operacional “Symbian”
Patentes
• Circuitos;
• Materiais; etc.
Desenho Industrial
• Design do aparelho;
• Relevo das teclas;
• Distribuição das teclas; etc.
Segredo Industrial
• ?
Direito Autoral
• Código fonte do SO;
• Manual;
• Toques; etc.Adaptado de EPO “ Core Module 1: Protect your ideas”
ESTRATÉGIA DE PROTEÇÃO DA PI
826004164
ESTRATÉGIA DE PROTEÇÃO DA PI
Processo Modalidade Objeto Observação
818998067Marca
nominativa de
produto
Viagra Composto para tratamento de
disfunção da capacidade de ereção
826004164Marca
tridimensional
de produto
Preparados cardiovasculares e
preparados farmacêuticos para o
tratamento de disfunções sexuais
PP11000088-0Patente de
invençãoMecanismo
Pirozolpirimidinonas para tratamento
de impotência
PI9202525-0Patente de
invenção
Produto e
processo
Composto, composição farmacêutica,
uso, método de tratamento ou
prevenção de angina, processo para
a preparação de um composto
PI9703580Patente de
invenção
Melhoria do
processo
Processo para preparação de
sildenafil
DI5801671-6Desenho
IndustrialComprimido farmacêutico
PANORAMA DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL DA UNESP
Pedidos de patentes requeridos por área tecnológica
Pedidos de
Patente
(prioridades)
PCTFases
Nacionais
Desenhos
Industriais
Programas
de
Computador
Cultivares Marcas
192 30 53 6 72 0 143
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
Lei de Propriedade Industrial (Lei 9.279/96)
Art. 6º Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de
obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas
nesta Lei.
(...)
§ 3º Quando se tratar de invenção ou de modelo de utilidade realizado
conjuntamente por duas ou mais pessoas, a patente poderá ser requerida por
todas ou qualquer delas, mediante nomeação e qualificação das demais, para
ressalva dos respectivos direitos.
Pedidos de patente em
cotitularidade internacional
148 países signatários – Março de 2014
http://www.wipo.int/pct/en/list_states.pdf
PATENT COOPERATION TREATY – PCT
http://www.wipo.int/export/sites/www/pct/en/presentations/pct_overview_july2007.pdf
CUP e PCT
CUP
PCT
PATENTEABILIDADE EM BIOTECNOLOGIA
MATÉRIA BR AU CN UE EUA IN JP
Descoberta
Material isolado da natureza
Microorganismo isolado
Microorganismo transgênico
Célula humana
Célula animal
Variedade animal
Animal transgênico
Processo de produção de animais não ess. biológico
Célula vegetal
Planta transgênica
Variedade vegetal
Processo de produção de plantas não ess. biológico
Método terapêutico
Estudo Comparativo dos Critérios de Patenteabilidade para Invenções Biotecnológicas em Diferentes Países – GTEB/INPI
Art. 88. A invenção e o modelo de utilidade pertencem exclusivamente ao
empregador quando decorrerem de contrato de trabalho cuja execução ocorra no
Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou a atividade inventiva, ou resulte esta da
natureza dos serviços para os quais foi o empregado contratado.
§ 1º Salvo expressa disposição contratual em contrário, a retribuição pelo trabalho a
que se refere este artigo limita-se ao salário ajustado.
§ 2º Salvo prova em contrário, consideram-se desenvolvidos na vigência do contrato a
invenção ou o modelo de utilidade, cuja patente seja requerida pelo empregado até 1
(um) ano após a extinção do vínculo empregatício.
Inventores / criadores / autores – pessoas físicas
PROPRIEDADE INDUSTRIAL
• Primazia da publicação sobre o patenteamento – prestígio acadêmico
• Reconhecimento de pedidos de patente como produto acadêmico –
avaliação
• Pouco conhecimento acerca da importância estratégica de uma patente
para a Universidade – patrimônio institucional
• “Período de graça” – risco
• Primeiro proteger, depois publicar
• articulação com políticas institucionais e governamentais
PUBLICAR OU PATENTEAR?
Adaptado de Marli Elizabeth Ritter dos Santos – ETT/PUCRS
– Sigilo entendido como privatização do conhecimento
• Sigilo na pós-graduação
– Defesa de tese fechada
• Tradição: defesa pública
– Defesa de tese aberta
• Proteção antes da defesa
• Banca assina Termo de Confidencialidade
• Defesa pública sem detalhamento para garantir sigilo
• Tese não disponível para consulta
DOMÍNIO PÚBLICO X SIGILO
Adaptado de Marli Elizabeth Ritter dos Santos – ETT/PUCRS
INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA
Informação tecnológica é todo tipo de conhecimento sobretecnologias de fabricação, de projeto e de gestão que favoreça a melhoria contínua da qualidade e a inovação no setor produtivo.
Glossário Geral de Ciência da Informação. Brasília: CID/UNB, 2004.
Onde encontrar:
•Artigos científicos e livros técnicos;
•Eventos, feiras, mercado;
•Sistema de propriedade intelectual.
Mantida em sigilo
•Segredo industrial
INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA
Usos da informação tecnológica:
•Evitar duplicação de esforços de P&D;
•Na Europa, 30% do trabalho em P&D é duplicado – US$100 milhões.
•Identificação de novas ideias, novas alternativas técnicas;
•Promoção e avaliação de tecnologias;
•Monitoramento de concorrentes e tendências;
•Avaliação em nível mundial de empresas, inventores, tecnologias
•Decisões de investimento e marketing;
•Indicadores de performance;
•Avaliação de programas científicos.
•Avaliação de disponibilidade da tecnologia;
•Evitar litígios / contrafação.
•Patentes – fonte de citações científicas / tecnológicas;
•Subsídios à redação de patentes e ao exame técnico / nulidade;
http://www.wipo.int/edocs/mdocs/innovation/en/wipo_ip_msu_97/wipo_ip_msu_97_2.pdf
INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA
Utilização de patentes como fonte de IT:
•Volume de documentos
•estimativa mundial de 50 milhões de documentos;
•70 – 80% das tecnologias têm divulgação exclusiva por patentes.
•Abrangem todos os campos tecnológicos;
•Acessibilidade;
•documentos centralizados em escritórios nacionais ou regionais, com acessoeletrônico;
•Classificação internacional;
•critério objetivo para acesso a documentos relevantes;
•Conteúdo;
•informação relevante acerca do estado da técnica, suficiente para que um técnicoconsiga realizá-la;
•Formato universal.
•campos específicos numerados.
DOCUMENTO PATENTÁRIO
INFORMAÇÕES EM UM PEDIDO DE PATENTE
Dados identificadores do documento – padronização internacionalCódigos normatizados para identificação dos diferentes documentos.
A1 – publicação do pedido de patente;
A2 – publicação do pedido sem o relatório de busca;
A3 – publicação do pedido com o relatório de busca;
B1 – publicação da patente concedida.
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE PATENTES – CIP
A 61 K 39 / 112 2006.1
Seção
Classe
Subclasse
Grupo
Subgrupo
A – Necessidades humanas
A61 – Ciência médica ou veterinária; higiene
A61K – Preparações para propósitos médicos, dentários ou higiene
pessoal
A61K 39/00 – preparações médicas contendo antígenos ou anticorpos
A61K 39/02 – antígenos bacterianos
A61K 39/112 – Salmonella; Shigella
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE PATENTES – CIP
http://petersalmon.com/whatwedo/patent_landscape_analysis/
BASES DE DADOS PATENTÁRIOS
INSTITUTO NACIONAL DA
PROPRIEDADE INDUSTRIAL – INPI
(www.inpi.gov.br)
ESCRITÓRIO EUROPEU
DE PATENTES – EPO
(http://worldwide.espacenet.com/)
ESCRITÓRIO NORTE-AMERICANO
DE MARCAS E PATENTES – USPTO
(www.uspto.gov)
DERWENT INNOVATIONS INDEX
(acesso pelo portal Periódicos Capes)
Arquivamento
Avaliação prévia
de patenteabilidade
Busca prévia de
anterioridades
Avaliação:
Gerência PI
Redação de relatório
descritivo de pedido
de patente
Avaliação junto ao
pesquisador dos
termos da patente
Encaminhamento do
pedido de depósito
no INPI
É patenteável?
Termos
corretos?
Busca de parceiros
para o licenciamento
Recurso ao
Conselho de Gestão
Tecnológica
Há parceiros?
Continuidade
da proteção?
Comunicação
de Invenção
Parecer de
Patenteabilidade
(Form 1.5)
Comunicação
de Invenção
Descrição detalhada
da tecnologia
(Form 1.3)
Licenciamento da
tecnologia
Retirada do processo
junto ao INPI ou
cessão da tecnologia
aos inventoresNão
Sim
Não
Sim
Sim
Não
Sim
Não
Comunicação
de Invenção
(Inteum)
Avaliação da
modalidade de
proteção pertinente
Programa de
computador
Desenho
industrialPatente
Form 1.6Form 1.8
Indeferido Deferido
Avaliação do
Conselho de Gestão
Tecnológica
Avaliação da
modalidade de
proteção pertinente
PatenteDesenho
industrial
Avaliação da
modalidade de
proteção pertinente
PatentePrograma de
computador
Desenho
industrial
Avaliação da
modalidade de
proteção pertinente
Patente
Avaliação da
modalidade de
proteção pertinente
PatenteDesenho
industrial
Avaliação da
modalidade de
proteção pertinente
Patente
É patenteável?
Há parceiros?
Termos
corretos?
É patenteável?
Há parceiros?
Continuidade
da proteção?
Termos
corretos?
É patenteável?
Há parceiros?
Licenciamento da
tecnologia
Retirada do processo
junto ao INPI ou
cessão da tecnologia
aos inventores
Avaliação da
modalidade de
proteção pertinente
PatenteDesenho
industrial
Avaliação da
modalidade de
proteção pertinente
Patente
Continuidade
da proteção?
Termos
corretos?
É patenteável?
Parecer de
Patenteabilidade
(Form 1.5)
GESTÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL EM UM NÚCLEO DE INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA
GESTÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL EM UM NÚCLEO DE INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA
https://unesp.ttoportal.com/Login.aspx
GESTÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL EM UM NÚCLEO DE INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA