Reservado à ESAFIdenti que-se apenas nos campos próprios, abaixo da linha pontilhada.
Escola de Administração Fazendária
Nome do Candidato:
Número de Inscrição: Cidade de realização da prova:
Data:
Assinatura do Candidato: ____________________________________________________
Escola de Administração Fazendária
Concurso Público PROCURADOR DA FAZENDA
NACIONAL - 2005/2006
PROVA DISCURSIVA II
PROVA DISCURSIVA II
Nota
Reservado à ESAF
Reservado à ESAF
Prova Discursiva IIProcurador da Fazenda Nacional - 2005/2006 2
CONCURSO PÚBLICO PARA PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL - 2005/2006Prova Discursiva II
ORIENTAÇÕES AO CANDIDATO1 - Esta prova tem a duração de 5 horas e consiste na elaboração de uma peça judicial e de respostas a três
questões discursivas. 2 - A duração da prova inclui o tempo necessário para que sua peça judicial e suas respostas aos três
questionamentos sejam passadas a limpo (a caneta).3 - Identifi que-se apenas na capa da prova; sua peça judicial e suas respostas não poderão ser assinadas ou
rubricadas nem conter marcas ou sinais identifi cadores.4 - Use as folhas pautadas desta prova para a peça judicial e para as respostas aos questionamentos. 5 - Não escreva nada no espaço à direita “Reservado ao Examinador”.6 - As folhas em branco, no fi nal deste caderno, poderão ser usadas para rascunho.7 - Procure ser claro, conciso e preciso, de modo que seu trabalho possa ser concluído no tempo previsto.8 - Ao fi nal de sua prova, devolva todo o material recebido ao Fiscal de Sala.
PEÇA JUDICIAL
O contribuinte (pessoa jurídica) propôs, em 01.09.05, ação ordinária, declaratória e condenatória, contra a União (Fazenda Nacional) alegando, em síntese: (a) que, de 01.01.98 a 31.12.99, recolheu o denominado “adicional à contribuição social sobre o faturamento”, destinado ao suprimento do “Fundo Especial de Assistência Social aos Portadores de Defi ciência Física Carentes”, incidente no percentual de 1% (um por cento) sobre a mesma base de cálculo (e sujeito às mesmas regras) da contribuição social sobre o faturamento devida ordinariamente pelas pessoas jurídicas, instituído pela Lei “X” de 30.12.97; (b) que o referido “adicional” é inconstitucional, porque (b.1) já existe uma “contribuição social sobre o faturamento”, não podendo o legislador validamente instituir nova exação sobre a mesma base de cálculo, (b.2) os recursos arrecadados por meio de “contribuição social sobre o faturamento”, ou seu “adicional”, constitucionalmente apenas podem ser destinados ao custeio de benefícios do regime geral de previdência social, (b.3) é inconstitucional a vinculação dos recursos arrecadados em virtude do referido “adicional” a um “fundo” específi co e (b.4) o referido “adicional” foi instituído sem observância à “anterioridade nonagesimal” exigida para a espécie (art. 195, parágrafo 6o, da Constituição). Ao fi nal, requereu a declaração incidental da inconstitucionalidade do referido “adicional” e a condenação da União (Fazenda Nacional) a restituir ao contribuinte os valores a esse título por ele recolhidos (que totalizariam, em valores nominais e originários R$ 718.000,00 – setecentos e dezoito mil reais), acrescidos de juros moratórios e atualização monetária desde o pagamento indevido, tudo conforme venha a ser apurado em liqüidação mediante arbitramento.
A União (Fazenda Nacional), em contestação, repudiou a pretensão do contribuinte-autor, alegando, entre outros aspectos, (a) preliminarmente que a pretensão do contribuinte está prescrita, considerando a data do pagamento do tributo cuja repetição é requerida, e (b) que a Lei “X” é decorrente da conversão em lei, sem alteração substancial no ponto, da Medida Provisória “Y”, editada em 01.10.97.
A sentença julgou procedente a ação acolhendo, integralmente, os argumentos da petição inicial, sendo que a contestação da União (Fazenda Nacional) foi formalmente desconsiderada porque intempestiva – apresentada 64 (sessenta e quatro) dias após o ato pessoal de citação da União (Fazenda Nacional) por ofi cial de justiça – e, adicionou o magistrado, apenas ad argumentandum tantum, que, mesmo se admissível a contestação, não seriam acolhidos os seus argumentos porque, especifi camente sobre os argumentos antes expressamente referidos, (a) o prazo prescricional nas ações de repetição de indébito, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é de 10 (dez) anos – ou seja, “5+5” (cinco mais cinco), resultado da aplicação articulada dos arts. 150, caput e parágrafo 4o, e 168, inciso I, do Código Tributário Nacional (CTN) –, e (b) de acordo com “a melhor doutrina” o prazo da “anterioridade nonagesimal” apenas se conta no caso de lei resultante da conversão de Medida Provisória, desde a última edição desta mesma MP – ou seja, daquela que imediatamente antecedeu à conversão em lei.
Diante desse cenário, formule, fundamentadamente e na qualidade de Procurador da Fazenda Nacional, o recurso cabível – ou, se entender que não é cabível qualquer recurso, justifi que esse entendimento –, considerando todas as razões de direito material e processual que julgar pertinente, inclusive, se e onde for o caso, a adequada articulação das matérias, e correspondentes razões, para eventual futura interposição de recursos especial e/ou extraordinário.
Prova Discursiva IIProcurador da Fazenda Nacional - 2005/2006 3
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Prova Discursiva IIPrimeira questão
De acordo com a legislação e, especialmente, com a jurisprudência, discorra sobre a possibilidade e a viabilidade, na execução fi scal, do requerimento, pela União (Fazenda Nacional), de penhora sobre: (a) saldo ou movimento de conta bancária no país e/ou (b) receita corrente bruta (ou “faturamento”) de contribuinte-executado pessoa jurídica.
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Prova Discursiva IIProcurador da Fazenda Nacional - 2005/2006 15
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Nota conteúdo Nota uso do Idioma
Prova Discursiva IISegunda questão
Identifi que os requisitos para o exercício da competência residual da União em matéria de contribuições e responda, fundamentadamente, à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, se teria ocorrido violação a tais princípios quando do estabelecimento de alíquotas adicionais para o fi nanciamento da aposentadoria especial, aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente (art. 22, II, da Lei n. 8.212/91 e art. 57, §§ 6o e 7o, da Lei n. 8.213/91).
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Prova Discursiva IITerceira questão
ENUNCIADO:
O Prof. José Edwaldo Tavares Borba, na obra Direito Societário (Rio de Janeiro: Renovar, 2004), afi rma, em relação à sociedade limitada, que: “Enquanto agirem no âmbito dos seus poderes, os administradores obrigarão a sociedade. Vem, todavia, se afi rmando, de modo crescente, o entendimento de que as limitações contratuais aos poderes dos administradores não são oponíveis a terceiros, de tal modo que a sociedade se obrigará, mesmo que o administrador haja se excedido, desde, naturalmente, que o ato praticado seja compatível com o objeto social. Essa teoria funda-se na culpa in eligendo”.
Discorra sobre essa opinião do autor à luz dos dispositivos do Código Civil sobre o tema, abordando, necessariamente, sobre: a Teoria Ultra Vires, a Teoria da Aparência e a Responsabilidade Pessoal dos Administradores.
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