OS PSICANALISTASPrecursores da história
Muitos foram os que contribuíram para a formação e desenvolvimento da ciência
psicanalítica.
Esta série apresenta os precursores que fizeram esta história.
Philippe Pinel
(1745-1826)
Médico francês, considerado por
muitos o pai da psiquiatria.
Notabilizou-se por ter considerado
que os seres humanos que sofriam
de perturbações mentais eram
doentes e que ao contrário do que
acontecia na época, deviam ser
tratados como doentes e não de
forma violenta. Foi o primeiro
médico a tentar descrever e
classificar algumas perturbações
mentais.
Jean-Martin Charcot
(1825-1893)
Foi um médico e cientista francês;
alcançou fama no terreno da
psiquiatria na segunda metade do
século XIX. Foi um dos maiores
clínicos e professores de medicina
da França e, juntamente com
Guillaume Duchenne, o fundador da
moderna neurologia. Suas maiores
contribuições para o conhecimento
das doenças do cérebro foram o
estudo da afasia e a descoberta do
aneurisma cerebral e das causas de
hemorragia cerebral.
Jozef Breuer
(1842-1925)
Breuer descobriu, em 1880, que
ele havia aliviado os sintomas
de depressão e hipocondria
(histeria) de uma paciente,
Bertha Pappenheim, depois de
induzi-la a recordar experiências
traumatizantes sofridas por ela
na infância. Para isso Breuer fez
uso da hipnose e de um método
novo, a terapia de conversa.
Sigsmund Schlomo Freud
(1856-1939)
Freud inicia seu pensamento
teórico assumindo que não há
nenhuma descontinuidade na
vida mental. Ele afirmou que
nada ocorre ao acaso e muito
menos os processos mentais.
Há uma causa para cada
pensamento, para cada
memória revivida, sentimento ou
ação.
Paul Eugen Bleuler
(1857-1939)
Bleuer é conhecido por nomear
a esquizofrenia, doença que era
anteriormente conhecida como
dementia praecox. Bleuler
entendeu que a condição não
era uma demência ou exclusiva
de indivíduos jovens (praecox
significa precoce). Assim, ele
nomeou a doença com um
termo menos estigmatizante,
mas ainda controverso das
raízes gregas schizo (dividida) e
phrene (mente).
Wilhelm Fliess
(1858-1928)
As influências diretas do Flies
para o nascimento da
psicanálise são consideradas
geralmente sem importância.
Não obstante, Flies foi o
primeiro a chamar a atenção de
Freud para o significado dos
gracejos como material útil para
a pesquisa psicanalítica.
Por suspeita de que Freud
tivesse plagiado algumas de
suas ideias, a amizade foi
rompida por Flies em 1902 e os
amigos se afastaram.
Adolf Meyer
(1866-1950)
Neuropatologista. Não
interessado em metapsicologia
adotou um método
psicobiológico de senso prático
para o estudo de transtornos
mentais, enfatizando o inter-
relacionamento de sintomas e
funções psicológicas e
biológicas individuais.
Alfred Adler
(1870-1937)
Adler jamais aceitou a primazia
da teoria da libido, a origem
sexual da neurose ou a
importância dos desejos infantis.
Sua teoria da personalidade
postulou um empenho por auto-
estima e tentativa de superar
um sentimento de inferioridade.
Ele igualava saúde psicológica à
consciência social construtiva.
Sandor Ferenczi
(1873-1933)
Psiquiatra e psicanalista
húngaro. A obra escrita de
Ferenczi é composta de
numerosos artigos, redigidos em
estilo inventivo e sempre ligados
à realidade. Escreveu inúmeros
artigos pré-psicanalíticos, dentre
eles, “Espiritismo”, dedicado à
telepatia.
Carl Gustav Jung
(1875-1961)
Jung , criador da psicologia
analítica, em contraposição à
tese freudiana do inconsciente,
postula que o comportamento
humano é condicionado não
apenas pela história individual,
mas também racial e coletiva.
Alfred Ernest Jones
(1879-1958)
Alfred Ernest Jones foi um
neuropsiquiatra e psicanalista
galês, além de biógrafo oficial
de Sigmund Freud. Aluno de
Emil Kraepelin, Ernest Jones
introduziu a psicanálise na Grã-
Bretanha e foi presidente da
Associação Psicanalítica
Internacional.
Marie Bonaparte
(1882-1962)
Psicanalista e escritora francesa
ligada a Sigmund Freud.
Utilizou-se de sua fortuna para
ajudar a popularizar a
psicanálise. Também ajudou
Freud a fugir da Alemanha
nazista.Escreveu extensa obra,
grande parte dela explorando os
mistérios da sexualidade
feminina.
Melanie Klein
(1882-1960)
Uma analista leiga educada na
Alemanha. Sua teoria da
psicopatologia, baseada na
observação de brinquedo livre
de crianças, diz que a agressão
inata excessiva ou a reação
psíquica à agressão era a causa
de distúrbios emocionais
severos como os transtornos
psicóticos.
Hermann Rorschach
(1884-1922)
Psiquiatra e psicanalista
freudiano suíço, mais conhecido
por desenvolver um teste
projetivo conhecido como o
teste da mancha de tinta de
Rorschach. Este teste teria sido
projetado para refletir partes
inconscientes da personalidade
que se "projeta" nos estímulos.
Otto Rank
(1884-1939)
Ele via cada pessoa como um
artista cuja tarefa final é a
criação de uma personalidade
individual.
Para Rank, o neurótico é um
artiste manque, uma pessoa
cujo forte impulso criativo é
frustrado pelo uso negativo da
vontade.
Karen Horney
(1885-1952)
A médica psicanalista Karen
Horney, enfatizou a
preeminência de influências
sociais e culturais sobre o
desenvolvimento psicossexual,
focalizou sua atenção sobre as
psicologias divergentes de
homens e mulheres e explorou
as vicissitudes dos
relacionamentos maritais.
Franz Alexander
(1891-1964)
Foi da segunda geração de
psicanalistas. Ele lançou os
fundamentos para as áreas da
medicina psicossomática,
medicina comportamental e
psicofisiologia. Criou a base
para o modelo biopsicossocial e
estudou a mente e o corpo em
um momento em que a
psiquiatria americana, apesar
das idéias originais de Freud,
tornara-se puramente
psicológica em orientação.
Harry Stack Sullivan
(1892-1949)
A teoria de Sullivan é
fundamentalmente uma teoria
de necessidades e ansiedade.
As necessidades são as
necessidades por satisfação e
as necessidades por segurança.
Sullivan definiu segurança como
a ausência de ansiedade.
Anna Freud
(1895-1982)
Ela publicou estudos das
crianças debaixo de tensão em
“Crianças Jovens em Tempo de
Guerra” e “Crianças Sem
Família” junto com Dorothy
Burlingham. Depois ela disse:
“Eu fui especialmente
afortunada toda minha vida.
Desde o começo, eu pude me
mover de um lado para outro
entre prática e teoria.”
Donald Woods Winnicott
(1896-1971)
Para Winnicott, cada ser
humano traz um potencial inato
para amadurecer, para se
integrar; porém, o fato de essa
tendência ser inata não garante
que ela realmente vá ocorrer.
Isto dependerá de um ambiente
facilitador que forneça cuidados
que precisa, sendo que, no
início, esse ambiente é
representado pela mãe
suficientemente boa.
Wilfred Ruprecht Bion
(1897-1979)
Foi um psicanalista britânico,
pioneiro em dinâmica de grupo.
O pensamento geral de Bion
enquadra-se no pensamento da
escola da Teoria das Relações
Objetais.
Wilhelm Reich
(1897-1957)
Foi um discípulo dissidente de
Sigmund Freud, propôs a
gênese da neurose como
consequência dos conflitos de
poder que se estabelecem nas
relações sociais e suas
implicações emocionais e
psicológicas.
Erich Seligmann Fromm
(1900-1980)
Fromm defendeu a tese de um
humanismo normativo: O ser
humano tem, segundo Fromm,
não tem apenas necessidades
básicas físicas, mas também
necessidades básicas
psíquicas, enraizados em sua
existência.
Jacques-Marie Émile Lacan
(1901-1981)
Sua primeira intervenção na
psicanálise é para situar o Eu
como instância de
desconhecimento, de ilusão, de
alienação, sede do narcisismo.
Lacan reafirma, a divisão do
sujeito, pois o Inconsciente seria
autônomo com relação ao Eu.
E é no registro do Inconsciente
que deveríamos situar a ação
da psicanálise.
Carl Ransom Rogers
(1902-1987)
Dentre os autores que se
opuseram ás teorias do
inconsciente e buscaram formas
alternativas para explicar o
fenômeno da motivação
humana, está Carl Rogers.
Para ele, em último caso, só
temos acesso aos dados de
nossa experiência consciente.
Nossa vida é determinada em
grande parte pelas escolhas que
fazemos e pelo conceito que
desenvolvemos acerca de nós
mesmos.
Erik Homburger Erikson
(1902-1994)
Com base em pesquisas sobre
a influência de fatores culturais
no desenvolvimento psicológico
formulou a teoria segundo a
qual as sociedades criam
mecanismos institucionais que
propiciam e enquadram o
desenvolvimento da
personalidade, embora as
soluções específicas para
problemas similares variem de
cultura para cultura.
Burrhus Frederic Skinner
(1904-1990)
O único meio razoável para a
compreensão do homem é o de
seu comportamento manifesto:
o mundo da objetividade.
Através da explicação do autor,
tomamos conhecimento de que
o comportamento é
extremamente complexo, desde
que é um processo, e não uma
coisa.
Viktor Emil Frankl
(1905-1997)
Viktor Emil Frankl foi um médico
psiquiatra austríaco, fundador
da escola da Logoterapia, que
explora o sentido existencial do
indivíduo e a dimensão
espiritual da existência.
De uma forma prática e simples
assim diferenciava a Psicanálise
da Logoterapia: Na psicanálise,
o paciente tem que contar
coisas que, às vezes, são muito
desagradáveis. Na logoterapia o
paciente tem de ouvir coisas
que, às vezes, são muito
desagradáveis.
Abraham Harold Maslow
(1908-1970)
Segundo Abraham Maslow ,
grande parte da natureza
interna é inconsciente. O
reprimido permanece, no
entanto, como determinante do
comportamento. A fonte de
repressão pode ser externa ou
intra-psíquica.
Françoise Dolto
(1908-1988)
Pode-se resumir assim a obra e
pesquisa de F. Dolto como uma
tentativa para uma boa
maternagem, de fazer com que
a criança seja bem situada
dentro de seu esquema corporal
e sua imagem corporal, pelo
efeito que ela denominava como
“castração simboligenica”.
Família de Freud
Sigmund Freud, G. Stanley Hall, Carl Jung;
Abraham A. Brill, Ernest Jones, Sándor Ferenczi
1909
Sigmund Freud, Sándor Ferenczi, Hanns Sachs
Otto Rank, Karl Abraham, Max Eitingon e Ernest Jones
1922
Sigsmund Freud e Wilhelm Fliess
Sigmund Freud e seu cão Yofi
Produzido por:
Felix J Lescinskiene
2014