Congresso2014
ENQUALAB_RESAG
Qualidade em Metrologia e Saneamento e
Abastecimento de Água São Paulo, 31 de outubro de 2014
Vigilância da
Qualidade da Água
em São Paulo
Sérgio Valentim
Foto: DAEE/SSRH
Vigilância Sanitária
trajetória histórica em São Paulo, que se traduz num perfil centrado na
• Exposição humana a fatores ambientais de risco à saúde;
• Regulamentação e intervenção em situações de risco à saúde;
• Regulação de atividades produtivas e de consumo;
• Diálogo interinstitucional e interlocução com o setor produtivo e com diferentes setores da sociedade;
• Ações norteadas pelos princípios da descentralização, pactuação entre gestores, regionalização,
fortalecimento do Sevisa, controle do risco sanitário, educação continuada.
usuário (serviços de interesse à saúde)
Direitos do consumidor
cidadão (Meio ambiente)
Direitos civis e políticos
trabalhador (Ambientes de trabalho)
Direitos trabalhistas
consumidor (produtos de interesse à saúde)
Direitos do consumidor
Fatores de risco à
saúde
Vigilância de fatores de risco à saúde segundo condição do receptor
(abordagem ampliada do sujeito receptor do risco sanitário)
Caráter transformador da Vigilância
Vigilância Sanitária ampliada, integrada, empoderada, centrada no risco sanitário;
Atenta aos cenários de risco, ao território, às cadeias/processos produtivos;
Centrada nos diferentes status do indivíduo (consumidor, usuário, trabalhador, cidadão), nas
vulnerabilidades da coletividade, na evolução tecnológica de produtos e serviços.
Poder de regulação
(negociação “empoderada”)
Vigilância Sanitária
em sociedades de massas
Grandes coletividades Contextos complexos Cenários dinâmicos
Intensa produção e consumo
COMPLEXO Que abrange ou encerra muitos elementos ou partes
Conjunto, tomado como um todo mais ou menos
coerente, cujos componentes funcionam entre si em numerosas relações de interdependência ou de
subordinação
Passível de ser encarado ou apreciado sob diversos ângulos ou pontos de vista
42 milhões de pessoas, 3 regiões metropolitanas
72% da população em 16% do território.
Movimentos recorrentes de expansão concentração/desconcentração
Qualificação/requalificação Estruturação/reestruturação
RMSP
20 milhões de pessoas em 8051 km²
6 milhões de domicílios
6 mil indústrias
6 milhões de automóveis
870 mil motocicletas
56 mil ônibus
38,9 milhões de MWh de energia elétrica
78 mil litros de água por segundo
Exemplos: 750mil inspeções do tabaco
400mil análises de água 2,6mil inspeções do amianto
200 inspeções usinas açúcar/alcool
Exemplos: Shell Vila Carioca Sabesp Guarujá
Usinas açúcar/alcool
Potencia
de abordagem
6mil técnicos no contexto do
SISTEMA ESTADUAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Ampla regulação de atividades econômicas (234 CNAE)
Uso incisivo e ponderado dos instrumentos legais de coerção, mediado por estatutos jurídicos e bases
democráticas da sociedade, situado no contexto político, social, econômico e técnico vigente.
Qualidade dos procedimentos
de VISA
Recursos humanos
Informação
Organização da demanda/ pactuações
Recursos materiais
Métodos/Roteiros de inspeção
Relações interinstitucionais
Retaguarda laboratorial
Financiamento das ações
Estrutura normativa
Organização administrativa
descrição/relato do procedimento
Controle social
Transparência
Métodos/critérios De priorização
QUALIDADE Propriedade inerente a um objeto ou ser; Propriedade positiva de um objeto ou ser PROCEDIMENTO Modo de agir, de portar(-se); COMPORTAMENTO;
CONDUTA
Modo de fazer alguma coisa; MÉTODO; PROCESSO
FATOR
Qualquer elemento que concorra para um resultado
PADRÃO
objeto ou característica escolhidos como critério de avaliação
PROCEDIMENTOS FATORES
Interações desequilibradas entre sociedade e natureza
Tensões entre o arcaico e o moderno/ entre o local e o global
Tensões entre progresso econômico e desenvolvimento sustentável
Território Paulista
Processos intensivos de urbanização e industrialização
Ocupação irregular do espaço, implicando desequilíbrios de muitas
ordens RMSP – 47% da população paulista em 3,2% do território
Macrometrópole – 72% da população paulista em 16% do território
Influência direta sobre as relações de disponibilidade e demanda dos
recursos hídricos
Contextos diferenciados de produção e consumo de água
Complexos cenários de risco à saúde da população consumidora de água
Figura 3.17 - Demanda total (superficial e subterrânea) em relação à Q95% - 2010. Fonte: SSRH/CRHi/DGRH, 2011.
47% da população do Estado vivendo em apenas 3,2% do território.
72% da população do Estado vivendo em apenas 16% do território.
5363
8089 93 93 96
2011 7 7
44
56
4737
4
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010
Urbana
Rural
Evolução da população urbana e rural no Estado de São Paulo
Fonte: Sabesp
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de
outras atribuições, nos termos da lei:
VI. fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o
controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e
águas para consumo humano;
RESOLUÇÃO SS-45 DE 31 DE JANEIRO DE 1992
Institui o Programa de Vigilância da Qualidade da Água para o Consumo Humano
– PROÁGUA e aprova diretrizes para a sua implantação, no âmbito da Secretaria
da Saúde
Objeto Geral – Desenvolver ações no Sistema Estadual de Vigilância Sanitária,
para melhoria das condições sanitárias dos sistemas de abastecimento de água,
seja pública ou individual, em todo o Estado de São Paulo.
1.1 – Objetivos Específicos
1.1.3 – avaliar o potencial de risco que as condições sanitárias dos sistemas de
abastecimento de água público ou individual oferecem a saúde da população (...)
Matéria Prima Processo Produto Impacto
Mananciais Boas práticas de produção Qualidade Saúde/Doença
Promoção proteção recuperação da saúde
Uso e ocupação do solo Qualidade da água bruta
Relação disponibilidade/demanda
Captação Adução
Tratamento Reservação Distribuição
Padrões de potabilidade Doenças de transmissão hídrica
ABORDAGEM INTEGRAL DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO ESTADO DE SÃO PAULO
ÁGUA Água para
Frentes de trabalho
Consumidor (Produtos de interesse à saúde)
Direitos do consumidor
Usuário (serviços de interesse à saúde)
Direitos do consumidor
Cidadão (Meio ambiente)
Direitos civis e políticos
Trabalhador (Ambientes de trabalho)
Direitos trabalhistas
Água de rede pública e
soluções alternativas
Água para hemodiálise
Água envasada
Reuso de água Água para recreação
Água para processos
de produção
fator de risco
Receptor do risco
Receptor do risco
Receptor do risco
Receptor do risco
PPVISAT Canavieiros Portaria CVS 11/2011-água em
frentes de trabalho Comunicado CVS 36/2012
Caso de contaminação em Jurubatuba
Comunicado CVS 161/2006 -Envase de água da rede pública Contaminação de poços água mineral.
Eutrofização de mananciais (caso Guarapiranga) RDC 154/2004
Programa de Qualidade da Água para Diálise Monitoramento de Microcistina nos mananciais-Sociedade
Brasileira de Nefrologia
Reuso de Água para fins urbanos Resolução Conjunta SES/SMA/SERHS-7/2006
Deliberação CRH 145/2012-reúso de água não potável
Decreto 13.166/79 – piscina Qualidade das piscinas de uso coletivo em eventos de massa
Balneabilidade da água
Proágua- 400 mil análises anuais Projeto Fluoretação da Águas
Projeto Agrotóxicos na Água (PPSUS) Comunicado CVS-6/2011 – limpeza de caixa d’água
Resolução Conjunta SMA/SERHS/SES-3/2006 – soluções alternativas
Resolução SS-65/2004 – Proágua Moção CRH 08/2011 – soluções alternativas;
Plano Estadual de Recursos Hídricos
MATÉRIA PRIMA PROCESSO PRODUTO IMPACTO Manancial sistema/solução alternativa potabilidade saúde/doença
1
2
1
1
2
2
1-1
1-2
2-1
2-2
1-1-1
1-1-2
1-2-1
1-2-2
2-1-2
2-2-2
2-1-1
2-1-2
ABORDAGEM INTEGRAL DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Em 1920, 500 mil habitantes sem nenhum esgoto tratado; em 2012,
42 milhões habitantes com 45% de esgoto tratado =
pressão atual sobre o meio ambiente quase 50
vezes superior a 1920.
Mais de 60% da carga orgânica gerada por 42 milhões de
paulistas chega sem qualquer redução aos rios e as praias do
Estado (1,3 milhão de DBO)
Dos 74 pontos monitorados pela Cetesb no ano de 2010, em corpos de água superficiais usados para abastecimento
publico, 40% deles se enquadraram como de
qualidade regular (20), ruim (9) ou péssima (1).
O Brasil é líder mundial no
uso de agrotóxicos.
Na safra 2010/2011, as
lavouras nacionais usaram
936 mil toneladas de
agrotóxicos. Foram 12 litros
de veneno por hectare de
soja, 23 litros or hectare de
cítricos, 28 litros por hectare
de algodão, 6 litros por
hectare de milho. O Globo, 28/8, Amanha, p. 22 a 28.
Em 1920, uma em cada cinco crianças nascidas no Estado de São Paulo morriam
antes de completar um ano de idade. Em 2011, a taxa de mortalidade infantil é
de 11,55 por mil nascidos vivos (uma morte para cada 87 crianças nascidas
vivas).
Manifestações da saúde e da
doença apresentam tendências
de difícil apreensão: “(...) a
natureza dos problemas de
saúde está mudando, assumindo
formas apenas parcialmente
antecipadas, e a ritmo
imprevisto” (WHO, 2008)
Visão esquemática de cenários de riscos à saúde
ABORDAGEM INTEGRAL DO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO ESTADO DE SÃO PAULO
2174 sistemas de
abastecimento público (SAA),
1682 fazendo uso de
mananciais subterrâneos, 492
superficiais
2012: 2,43 milhões de análises laboratoriais para controle de qualidade da água nos parâmetros básicos: coliformes totais, Escherichia coli, cor, turbidez, pH, cloro residual livre e íon fluoreto.
88.194 análises de controle de qualidade dos SAA em 2011 para os 87 parâmetros
de monitoramento semestral ou trimestral.
297 mil análises de vigilância dos parâmetros básicos.
MATÉRIA PRIMA PROCESSO PRODUTO IMPACTO Manancial sistema/solução alternativa potabilidade saúde/doença
1
2
1
1
2
2
1-1
1-2
2-1
2-2
1-1-1
1-1-2
1-2-1
1-2-2
2-1-2
2-2-2
2-1-1
2-1-2
Visão esquemática de cenários de riscos à saúde Em 1997 foram realizadas 25.000 análises, das quais
4.700 (19,8%) estavam fora do padrão; em 2011 foram
366.015 análises, das quais 14.915 (4,0%) estavam fora do padrão: aumento de mais
de 14 vezes no número absoluto de análises
realizadas com redução (em termos percentuais) de 5 vezes
no número de anômalos
MATÉRIA PRIMA PROCESSO PRODUTO IMPACTO Manancial sistema/solução alternativa potabilidade saúde/doença
Cólera Febre tifóide Shiguelose Amebíase Infecções Intestinais Hepatite A Tracoma Leptospirose Esquistossomose...
Defeitos congênitos e desordens reprodutivas; Neoplasias; Desordens imunológicas; Insuficiências renais e hepáticas; Transtornos neurotóxicos...
“(...) a natureza dos problemas
de saúde está mudando,
assumindo formas apenas
parcialmente antecipadas, e a
ritmo imprevisto” (WHO, 2008)
COPA 2014
AÇÕES ESTRATÉGICAS E ESTRUTURANTES DE VIGILÂNCIA
QUALIDADE DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
1. Plano de Segurança da Água (PSA)
2. Comitê Integrado de Qualidade da Água para Consumo Humano
3. Sistema de Informação Proágua
4. Cooperação técnica com Agências Reguladoras de Saneamento do ESP
5. Soluções alternativas de água
6. Água de reuso
I. Avaliar os contextos de exploração, uso e qualidade dos mananciais superficiais e subterrâneos, assim como
as tendências de disponibilidade e demanda dos recursos hídricos e seus reflexos na produção da água para
consumo da população paulista.
II. Propor, aprimorar, integrar, avaliar e acompanhar indicadores e sistemas de informações relativos ao assunto.
III. Propor, avaliar e revisar instrumentos normativos e procedimentos técnicos e administrativos integrados com o
propósito de garantir qualidade e disponibilidade de água destinada ao consumo humano.
IV. Subsidiar as Pastas no tocante a assuntos afetos à poluição, exploração de mananciais, gerenciamento de
recursos hídricos e produção da água potável que repercutam na qualidade e disponibilidade da água destinada ao
consumo humano e impliquem riscos à saúde pública.
Comitê Permanente para Gestão Integrada da Qualidade da Água destinada
ao Consumo Humano no Estado de São Paulo
ATRIBUIÇÕES
PORTARIA CVS 23, DE 07 DE ABRIL DE 2014
VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO EM SITUAÇÕES DE ESTIAGEM
AÇÕES PREVENTIVAS DE SAÚDE PARA ESTIAGENS E EM EVENTUAIS
SITUAÇÕES DE RACIONAMENTO DE ÁGUA
Artigo 13. Compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano:
XI – comunicar imediatamente à autoridade de saúde pública municipal e informar adequadamente à população a detecção de qualquer risco à saúde, ocasionado por anomalia operacional no sistema e solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano ou por não conformidade na qualidade
da água tratada, adotando-se as medidas previstas no art. 44 desta portaria; Artigo 26. Compete ao responsável pela operação do sistema de abastecimento de água para consumo
humano notificar à autoridade de saúde pública e informar à respectiva entidade reguladora e à população, identificando períodos e locais, sempre que houver:
I. Situações de emergência com potencial para atingir a segurança de pessoas e bens; II. Interrupção, pressão negativa ou intermitência no sistema de abastecimento;
III. Necessidade de realizar operação programada na rede de distribuição que possa submeter trechos a pressão negativa;
IV. Modificação ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas de abastecimento; e V. Situações que possam oferecer risco à saúde.
Artigo 44. Sempre que forem identificas situações de risco à saúde, o responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água e as autoridades de saúde pública devem, em conjunto, elaborar um plano de ação e tomar medidas cabíveis, incluindo a eficaz comunicação à população, sem
prejuízo das providências imediatas para a correção da anormalidade. (grifos nossos).
Portaria Federal 2914/2011
Alguns aspectos sobre o controle do risco sanitário em contextos de crise hídrica
Restrição do consumo Espontâneo/dirigido (educação, conscientização, benefícios) Forçado (interrupção do fornecimento, punições)
Interrupção do abastecimento X
Impossibilidade de acesso à água Capacidade de:
1. reservar água 2. buscar soluções alternativas
3. reduzir consumo
Alguns aspectos sobre o controle do risco sanitário em contextos de crise hídrica
Dessedentação
Higiene corporal Higiene e preparo de alimentos
Higiene da edificação Higiene de roupas e utensílios
Afastamento de excretas
Irrigação de vasos e jardins Recreação
Lavagem de outros bens
Essencial à vida
Importante para a Manutenção da saúde
dispensável
Irredutível
Sujeito a redução
ponderada
Passível de corte
Consumo Tipo de demanda Implicações à saúde
Alguns aspectos sobre o controle do risco sanitário em contextos de crise hídrica
Populações vulneráveis Condição etária
(agrupamentos: asilos, creches, escolas infantis etc.)
Condição sócio-econômica (Baixa capacidade de reservação de água e de busca de soluções alternativas confiáveis)
Condição de saúde (agrupamentos: hospitais, unidades de hemodiálises, clínicas, UBS)
Condição geográfica (áreas altas, áreas distantes dos reservatórios, áreas sem coleta de esgoto, áreas com rede precarizada, áreas com substratos frágeis)
Alguns aspectos sobre o controle do risco sanitário em contextos de crise hídrica
Cinco capacidades desejáveis dos SAA para minimizar riscos sanitários
1. Dominar manobras de corte e abastecimento 2. Planejar reduções justas e equânimes da oferta 3. Ofertar soluções alternativas de abastecimento
4. Manter a potabilidade da água em contextos de alteração da qualidade do manancial 5. Dialogar com consumidores e órgãos reguladores
Alguns aspectos sobre o controle do risco sanitário em contextos de crise hídrica
CENTRO
SEMINÁRIOS ÁREAS CONTAMINADAS E SAÚDE Evento anual realizado desde 2002, o seminário é fruto da parceria do Centro de Vigilância Sanitária, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com as faculdades de Saúde Pública e de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e com outras instituições de notória competência no tema. O seminário aborda sob diferentes perspectivas as relações entre as áreas contaminadas presentes no território paulista e os riscos à saúde da população. Nas suas doze versões, o evento já recebeu uma ampla gama de especialistas da universidade, dos órgãos públicos de regulação, da sociedade civil, de empresas e outras instituições vinculadas ao tema. Os seminários ocorrem tradicionalmente em dezembro, no auditório da Faculdade de Saúde Pública da USP, ou da de Medicina, para um público de 250 pessoas e é transmitido pela IPTV USP. Em 2014 será lançado um livro com artigos de uma ampla gama de especialistas que colaboraram nos seminários, apresentando um panorama geral de 13 anos de eventos.
SEMINÁRIOS ÁGUA E SAÚDE Os Seminários Água e Saúde, iniciativa conjunta do Centro de Vigilância Sanitária e da Faculdade de Saúde Pública da Universidade São Paulo (USP), firmam-se desde 2011 como fórum de excelência em São Paulo para divulgar e promover o debate relativo aos avanços e desafios que a sociedade obteve ou enfrenta no tocante à água que consome. O seminário é voltado a profissionais das diferentes esferas do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos órgãos de Meio Ambiente, de Saneamento e de Recursos Hídricos, estudantes e pesquisadores das universidades, representantes da sociedade civil, além de especialistas de outras instituições públicas e privadas que tenham interface com o tema. Os seminários ocorrem tradicionalmente em setembro, no auditório da Faculdade de Saúde Pública da USP para um público de 250 pessoas e é transmitido pela IPTV USP.
SEMINÁRIOS HOSPITAIS SAUDÁVEIS (SHS) O SHS é uma iniciativa do Centro de Vigilância Sanitária em parceria com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), o Hospital Sírio Libanês, a organização Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) e a organização internacional Saúde Sem Dano (SSD). O evento tem o propósito de abordar de forma abrangente as questões de saúde e sustentabilidade ambiental, especialmente a partir da ótica dos serviços de assistência à saúde. O SHS ocorre anualmente desde 2008 para um público de profissionais de saúde de alto nível, envolvidos nas áreas de assistência à saúde, técnicos e gestores de serviços públicos e privados, de saúde pública e de vigilância sanitária. Participam profissionais de saúde e segurança do trabalho, controle de infecção hospitalar, gestão ambiental e consultoria, arquitetura e engenharia hospitalar, farmacêuticos, dentistas, biólogos, fornecedores de serviços hospitalares, além de professores e pesquisadores de diversas áreas. O evento ocorre tradicionalmente em setembro, no auditório do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para um público de 500 pessoas. Durante o evento, a Secretaria de Estado da Saúde promove a cerimônia de entrega do "Prêmio Amigo do Meio Ambiente”, em reconhecimento aos prestadores de serviços de saúde do SUS de todo o Brasil que desenvolvem iniciativas em sustentabilidade socioambiental.
OUTROS EVENTOS: SEMINÁRIO 120 ANOS DE LEGISLAÇÃO SANITÁRIA: AS MUITAS TRAJETÓRIAS DO DESENVOLVIMENTO PAULISTA (04 e 05 de novembro). Na oportunidade do registro de 120 anos do primeiro código sanitário paulista, o Centro de Vigilância Sanitária, as faculdades de Saúde Pública e de Medicina da USP e o Instituto de Estudos Avançados da USP se unem para promover evento que pretende pensar e debater a respeito de um momento crucial da história do desenvolvimento paulista, a transição dos séculos 19 e 20, quando as demandas sociais e econômicas emergentes passaram a exigir regulações públicas mais robustas para controle do risco sanitário e ambiental, cujos desdobramentos tanto influenciaram o arcabouço institucional hoje existente no estado. WORKSHOP ÁGUA E SAÚDE (14 e 15 de maio). Evento promovido pelo Centro de Vigilância Sanitária e Faculdade de Saúde Pública da USP, com apoio do Ministério de Saúde, da Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental (AIDIS), da Associação Paulista de Saúde Pública (APSP), dentre outros parceiros, que reúne 40 especialistas da academia e do serviço para discutir e elaborar estratégias conjuntas para garantir segurança da água para consumo humano no Estado de São Paulo.