Divisão de Gestão e Valorização de
Pessoas
Setor de Segurança e Saúde Ocupacional
Relatório de Segurança e Saúde no Trabalho
2017
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Índice
I – Processos e Procedimentos Pág. 2
Manual de Procedimentos em Saúde Ocupacional Pág. 2
Implementação das Medidas de Autoproteção Pág. 3
II – Investigação e Desenvolvimento Pág. 6
Publicação em livro – “Liderança e Participação em SST” – Rede de
Investigação sobre Condições de Trabalho
Pág. 6
III – Atividades de Segurança e Saúde Ocupacional Pág. 8
Avaliação da conformidade legal de máquinas e equipamentos de trabalho
nas centrais elevatórias
Pág. 8
Entrega de cinto lombar e ações de sensibilização Pág. 9
Legionella pneumophila - Recomendações Pág. 10
Visitas Técnicas Pág. 11
Peritagens dos Acidentes de Trabalho Pág. 12
Comemoração do Dia Mundial da Alimentação Pág. 13
Implementação da valência de Nutrição Pág. 14
Promoção da Saúde no Local de Trabalho Pág. 18
Atividades Médicas Pág. 24
IV- Dados e Indicadores Pág. 26
V – Perspetivas Futuras Pág. 30
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I. Processos e Procedimentos
Manual de Procedimentos em Saúde Ocupacional
A Saúde do Trabalho constitui não só um requisito legal, mas também um posicionamento
assumidamente responsável e interessado dos SIMAS de Oeiras e Amadora no desenvolvimento
de um espaço de trabalho mais saudável e adaptado às necessidades e características dos
serviços e dos trabalhadores.
Torna-se fundamental gerir eficientemente o quadro técnico e normativo de modo a formalizar
a globalidade do “Sistema”, convertendo-o num processo de integrado, dando cumprimento à
proteção e promoção da saúde dos trabalhadores.
Assim, surge a elaboração de um Manual de Procedimentos do Serviço de Saúde Ocupacional
dos SIMAS de Oeiras e Amadora como guia para as boas práticas em saúde ocupacional,
destinados aos profissionais de saúde da Clínica – Serviços de Saúde.
Este Manual é constituído pelos seguintes temas:
• Vigilância da saúde dos trabalhadores – aspetos gerais
• Exames de saúde e sua caracterização
• Circuito processual do exame de saúde
• Exames complementares de diagnóstico
• Doença profissional
Identificando em cada tema, os circuitos e processos, bem como os objetivos que se pretendem
alcançar e os registos estritamente necessários.
Este Manual é um documento que visa estabelecer e uniformizar as principais práticas e
procedimentos de carácter técnico-organizativo do Serviço de Saúde Ocupacional, a adotar
pelos profissionais de saúde a quem compete garantir o seu cumprimento.
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Através deste documento coloca-se em evidência a metodologia de trabalho e as atividades
primordiais a desenvolver no âmbito da prevenção de riscos profissionais, assim como da
vigilância e promoção da saúde dos trabalhadores.
Salienta-se a adoção de 5 protocolos das análises laboratoriais e dos exames de diagnóstico,
diferenciados de acordo com as atividades a desempenhar, idade e género de cada trabalhador.
Deste modo, pretende-se a deteção precoce de eventuais patologias associadas a estes fatores
intrínsecos ao trabalhador. Qualquer outro exame de diagnóstico pode ser pedido pelo médico
de forma a avaliar a aptidão do trabalhador para a tarefa podem ser pedidos com a devida
justificação.
Pretende-se com a adoção deste procedimento alcançar os seguintes objetivos:
• Detetar um fator de risco, pode permitir corrigi-lo para evitar o aparecimento da doença;
• Identificar uma lesão que pode degenerar numa doença;
• Tratar numa fase precoce uma doença;
• Tratar uma doença antes que esta deixe sequelas.
Por outro lado, contribuímos, por um lado, para reduzir os custos com o absentismo por doença
e melhorar, e por outro, para melhorar a produtividade dos trabalhadores.
Implementação das Medidas de Autoproteção
No âmbito da alínea j, do ponto 2, do art. 5º, do Regulamento de Segurança e Saúde no Trabalho,
é dever dos SIMAS de Oeiras e Amadora:
“Estabelecer, em matéria de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de
trabalhadores, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos trabalhadores
responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar os contactos necessários com as entidades
exteriores competentes para realizar aquelas operações e as de emergência médica.”
Por outro lado, de acordo com o Decreto-Lei n.º 224/2015, primeira alteração do Decreto-Lei
n.º 220/2008 e a Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro, que estabelece o regime jurídico
e a regulamentação técnica das condições de segurança contra incendio em edifícios e recintos,
a que devem obedecer os projetos de segurança contra incêndios em edifícios, verificou-se a
necessidade da elaboração de um projeto de especialidade que deve incluir a memória
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descritiva e justificativa, peças desenhadas e informações complementares (tais como, por
exemplo, análise de risco, método de cálculo avançado, entre outras), demonstrando as:
– Condições exteriores comuns;
– Condições de comportamento ao fogo, isolamento e proteção;
– Condições de evacuação;
– Condições das instalações técnicas;
– Condições dos equipamentos e sistemas de segurança;
– Condições de autoproteção.
Neste sentido foram elaboradas e entregues no início do ano de 2017, na Autoridade Nacional
de Proteção Civil, as Medidas de Autoproteção dos edifícios dos SIMAS de Oeiras e Amadora.
Após apreciação técnica realizada pela referida Autoridade, foi emitido parecer favorável a
todos os documentos entregues.
As Medidas de Autoproteção são uma ferramenta eficaz se bem aplicada, e um importante
contributo para a redução das consequências nefastas, das situações de emergência.
As Medidas de Autoproteção têm por objetivo a preparação e organização dos meios existentes
para garantir a salvaguarda dos seus ocupantes, no caso de ocorrência de uma situação perigosa,
prevenir situações de risco, definir planos previsionais que minimizem as consequências diretas
e indiretas de um eventual sinistro, designar pessoas com missões específicas na aplicação dos
planos e pormenorizar ações a desenvolver em situações de emergência, nomeadamente em
caso de incêndio, sismo, alerta de bomba, entre outros, de acordo com as características do
edifício.
De modo a dar cumprimento à implementação deste documento, em 2017 foram realizadas as
seguintes ações:
1. Nomeação das equipas de segurança para cada edifício:
- O trabalhador com funções de delegado de segurança para cada edifício
- Equipa de combate a incêndio
- Equipa de primeiros socorros
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- Coordenador de piso: com funções de orientar toda a evacuação por piso
- O trabalhador com função de corte de energia (eletricidade, gás)
A escolha dos elementos teve por base a localização pelas diferentes instalações e o perfil para
as funções a desempenhar.
2. Realização de formação de “Primeiros Socorros” inserida no Plano Interno de Formação
dos SIMAS aos trabalhadores nomeados nas equipas de primeiros socorros;
3. Realização de uma ação de sensibilização/esclarecimento dos Delegados de Segurança
sobre, o enquadramento das medidas de autoproteção, as suas funções enquanto
delegado de segurança e as restantes equipas de emergência. Nesta ação foi entregue
um exemplar do documento das Medidas de Autoproteção do respetivo edifício, como
ferramenta de trabalho para manter as condições de segurança, prevenir incêndios e
procedimentos a adotar face a uma situação de emergência;
4. Realização de ações de sensibilização/esclarecimento aos elementos das equipas de
segurança sobre, o enquadramento das medidas de autoproteção, as suas funções
enquanto elementos das equipas;
5. Definição dos intervenientes, com vista a uma gestão adequada dos registos de
segurança destinados a registar todas as ocorrências relevantes relacionadas direta ou
indiretamente com a segurança contra incêndio, que fazem parte integrante das
Medidas de Autoproteção de cada instalação. As responsabilidades nos registos exigidos
no âmbito das Medidas de Autoproteção foram distribuídas pela DGVP e pela DGIE;
6. Atualização e respetiva afixação das Plantas de Emergência nos edifícios dos SIMAS de
Oeiras e Amadora;
7. Revisão e renovação das caixas de primeiros socorros existentes nos edifícios dos SIMAS
de Oeiras e Amadora, com introdução de novos equipamentos de deteção de doença
para os trabalhadores, nomeadamente, equipamento de medição de tensão arterial e
termómetro digital.
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II. Investigação e Desenvolvimento
Publicação em livro – “Liderança e Participação em SST” - Rede de Investigação sobre
Condições de Trabalho
Entre 2008 e 2009, foi desenvolvido, na Divisão de Saneamento de Oeiras, um estudo sob o
tema “Formação em Contexto Profissional – Análise da importância da formação
contextualizada no desenvolvimento de atos seguros num grupo de operadores do sector do
saneamento”.
O principal objetivo na realização deste processo formativo foi o desenvolvimento nos
operadores de competências de autoanálise e autoaprendizagem da sua atividade de trabalho
para que possam ser eles os primeiros a identificar as situações a intervir no sentido da sua
resolução.
O processo formativo elaborado assumiu-se como suporte para o enriquecimento e
sensibilização de novas práticas e a tomada de consciência dos problemas existentes. Um dos
contributos importantes deste projeto é a transformação das condições de trabalho que se
encontram em curso e que foi resultante do compromisso assumido pelos responsáveis dos
SIMAS.
Resultando a evidência crucial da importância de dinâmicas entre a hierarquia e os operadores
na promoção da segurança e saúde no trabalho, este trabalho de investigação já mereceu a
aceitação da sua apresentação no Colóquio de Segurança e Higiene Ocupacional em dois anos
consecutivos, 2009 e 2010. A nível internacional, e através da Faculdade de Motricidade
Humana, este trabalho foi aceite para ser comunicado na “3rd International Conference on
Applied Human Factors and Ergonomics”, em Miami na Florida, USA em 2010.
Em 2016, a autora foi convidada a elaborar um capítulo sobre esse trabalho para integrar o livro
Liderança e Participação em SST organizado pela RICOT - Rede de Investigação sobre Condições
de Trabalho do Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. O
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capítulo tem a designação de “Análise e transformação das condições de trabalho: convocação
oportuna de operadores e responsáveis num projeto de formação”.
Em maio de 2017 a autora do artigo, a técnica superior, Cláudia Costa, foi convidada a apresentar
o artigo, na apresentação do livro realizada em duas sessões, uma no Porto (Instituto de
Sociologia da Universidade do Porto) e outra em Setúbal (Instituto Politécnico de Setúbal).
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III. Atividades de Segurança e Saúde Ocupacional
Avaliação da conformidade legal de máquinas e equipamentos de trabalho nas centrais
elevatórias
O desenvolvimento e a realização de planos de inspeção periódica dos equipamentos de
trabalho, no âmbito do Decreto-Lei n.º 50/2005, visam assegurar que os equipamentos reúnem
as condições mínimas adequadas de segurança para o utilizador e que o mesmo conhece os
riscos associados à sua utilização normal, através dos procedimentos de verificação e de
operação e manutenção dos mesmos.
A inspeção dos equipamentos de trabalho baseia-se na verificação das condições de segurança
e de proteção da saúde na utilização de equipamentos durante a atividade profissional, de forma
a identificar possíveis deficiências técnicas e anomalias operacionais e como é que estas podem
afetar a segurança e saúde do utilizador e de terceiros, através de metodologia própria e dos
conhecimentos técnicos necessários à sua realização.
A necessidade de estabelecer uma periodicidade para a realização das inspeções aos
equipamentos é fundamental uma vez que este é composto por partes e elementos que estão
sujeitos a um processo de desgaste natural e que muitas vezes é agravado pelas próprias
condições em que o mesmo é utilizado. A periodicidade deve ser estabelecida pela
especificidade do próprio equipamento, com base no conhecimento técnico do seu
funcionamento e da conjugação com as condições de utilização.
Os equipamentos de trabalho devem ser objeto de verificação por técnicos habilitados ou, na
falta destes, por entidades competentes, estando subjacente o desenvolvimento e
estabelecimento de métodos de trabalho aplicados às verificações dos equipamentos, de acordo
com as especificações técnicas do mesmo, e também o conhecimento sobre os requisitos de
segurança adequados ao seu funcionamento.
Neste sentido, foi realizada uma avaliação da conformidade legal de máquinas e equipamentos
nas centrais elevatórias dos SIMAS de Oeiras e Amadora.
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As conclusões, correções e observações do diagnostico encontram-se descritas individualmente
no processo de casa equipamento.
Entrega de cinto lombar e ações de sensibilização
No âmbito da realização das visitas técnicas realizadas às Divisões de Saneamento e consultas
de medicina do trabalho aos trabalhadores destas unidades orgânicas era constante a
solicitação de cintos lombares para a realização da movimentação manual de cargas, visto que
este acessório visa contribuir para a estabilização da coluna lombar durante o levantamento e
transporte manual de cargas.
Porém não era consensual a adoção desta pratica tanto pela técnica superior da DGVP quer pelo
médico do trabalho, devido às eventuais consequências que este equipamento poderá implicar.
Isto porque:
• O cinto lombar não é um equipamento de proteção individual ou coletivo, é sim um
acessório que em alguns casos, pode ser indicado para o trabalho, mas não para
qualquer trabalhador;
• Funcionalmente o cinto lombar tem o seu significado direcionado à contribuição para a
estabilidade da coluna lombar, mas é um acessório que contorna a região da cintura, e
para que tenha sua eficiência garantida, é necessário que o mesmo seja corretamente
ajustado, e por isso exercerá uma compressão na região abdominal;
• O apertar do cinto, poderá implicar aumento da pressão intra-abdominal, limitando o
fluxo sanguíneo e o funcionamento dos órgãos desta região, além de aumentar o risco
para problemas cárdio-circulatórios.
Após uma análise critica do contexto onde se iria utilizar este acessório, que não deve ser
entregue ao trabalhador de forma indiscriminada e aleatória, foi do entendimento da técnica
superior da DGVP e do médico do trabalho que podia ser disponibilizado a determinados
trabalhadores, mas com a sensibilização adequada para a sua utilização.
Neste sentido, foi distribuído o cinto lombar aos seguintes trabalhadores:
- trabalhadores das Divisões de Saneamento de Oeiras e Amadora
- trabalhadores das oficinas gerais em Porto Salvo
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- e outros trabalhadores, de acordo indicação do médico do trabalho.
A entrega do cinto lombar foi realizada em sessão de sensibilização realizada pela técnica
superior da DGVP e do médico do trabalho a cada grupo de trabalhadores.
Em cada sessão de sensibilização foi abordado os seguintes temas:
• Os riscos frequentes da movimentação manual de cargas
• O modo correto para levantar e movimentar manualmente as cargas;
• As principais medidas de prevenção que devem adotar no levantamento e
movimentação manual de cargas;
• Uso correto do cinto lombar.
No final foi distribuída, a cada trabalhador, uma ficha de procedimentos com uma parte
destacável que o trabalhador assinou com o comprometimento de cumprir o procedimento de
segurança da movimentação manual de cargas, após o conhecimento de forma clara e
inequívoca de informação sobre a utilização correta do cinto lombar.
Legionella pneumophila – Recomendações
Atendendo ao surto de legionella pneumophila que se verificou no ano de 2017, e por outro
lado, o papel fulcral na proteção da saúde e segurança que cada Organização desempenha,
torna-se premente a análise dos procedimentos implementados nos SIMAS de Oeiras e Amadora
na prevenção do desenvolvimento desta bactéria.
Desde 2005, ano em que o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC)
começou a registar os valores das autoridades nacionais, esta bactéria que se propaga através
da inalação de gotículas de água contaminada já terá infetado mais de 63 mil europeus. Apesar
de ainda ser considerada uma doença “pouco comum” e “esporádica” pelo organismo europeu,
a verdade é que o número de mortes acompanha a ligeira tendência de crescimento do número
de infetados.
O ECDC, a que pertence a Rede de Vigilância da Doença do Legionário, deixa várias
recomendações para o controlo da doença:
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- “É importante encontrar rapidamente a origem dos surtos e agir de imediato para remover a
bactéria, uma vez que, com as condições climatéricas certas, têm o potencial para infetar um
grande numero de pessoas”;
- “Verificação regular”;
- “Controlo apropriado em sistemas de água artificial podem evitar uma proporção significativa
de casos da doença dos legionários”.
Nos SIMAS de Oeiras e Amadora existem determinados fatores que favorecem o
desenvolvimento da bactéria legionella, nomeadamente, zonas de reduzida circulação de água,
isto é, no caso concreto, pontos de extremidade de redes pouco utilizadas. E ainda sistemas e
equipamentos associados ao desenvolvimento desta bactéria, como é o caso dos sistemas de ar
condicionado e do humidificador.
Para além, das ações que já se encontram implementadas nos SIMAS de Oeiras e Amadora, para
minimizar a proliferação de legionella pneumophila e o risco associado de doença dos
legionários, foi proposto um conjunto de recomendações que devem ser adotadas para
promover e manter limpas as superfícies dos sistemas de água e de ar.
Encontra-se em fase de criação um grupo técnico interdepartamental para dinamizar a
implementação das medidas propostas, constituído por um técnico superior afeto à área da
manutenção de edifícios, da DGIE e pela técnica superior de Segurança e Saúde do Trabalho da
DGVP.
Visitas Técnicas
O diagnóstico das condições dos postos de trabalho contribui para a identificação e descrição
de não conformidades e consequentemente, para a implementação de medidas corretivas que
contribuam para diminuir os riscos em presença.
A avaliação das condições de segurança, higiene e saúde foram efetuadas de modo a dar
conhecimento das situações de caracter relevante identificadas por ocasião da visita técnica,
sendo apresentadas as recomendações pertinentes e as ações corretivas a dotar, de forma a dar
cumprimento às obrigações legais aplicáveis neste âmbito.
Os serviços visitados pela técnica de SST e pelo médico do trabalho, no decurso do ano de 2017,
foram:
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- Divisão de Saneamento de Oeiras;
- Divisão de Saneamento da Amadora;
- Setor de Contadores da Divisão de Gestão de Infraestruturas e Equipamentos;
- Atividade de motoristas do Departamento de Gestão de Infraestruturas;
- Instalações das Oficinas Gerais em Porto Salvo;
- Divisão de Controlo e Proteção da Qualidade da Água;
- Salas críticas e infraestruturas da Divisão de Informática e Sistemas de Informação.
Durante a realização das visitas técnicas, os trabalhadores são sensibilizados e informados sobre
as diferentes temáticas, nomeadamente no que respeita a posturas corretas e organização do
posto de trabalho.
As visitas técnicas realizadas com a presença do médico do trabalho, tornam.se, ainda, de
extrema importância, pois o médico fica a conhecer a realidade dos ambientes de trabalho
possibilitando a confrontação com as condições de trabalho e as eventuais situações de risco de
doenças relacionadas com o trabalho, facilitando o acompanhamento clínico do trabalhador.
Peritagens dos Acidentes de Trabalho
A análise dos acidentes de trabalho contribui para a construção de um quadro de conhecimento
que permite, através da sua peritagem, dinamizar comportamentos ativos de ação preventiva
estrutural e não simplesmente pontual.
Os dados recolhidos permitem efetuar reflexões mais especificas e informadas com a
identificação de fatores de risco que devem ser objeto de acompanhamento.
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Comemoração do Dia Mundial da Alimentação
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, as doenças circulatórias foram a principal causa de
morte em 2012 e, juntamente com o cancro, foram responsáveis por mais de metade dos óbitos
ocorridos em Portugal. Quase 33 mil pessoas morreram nesse ano em Portugal devido a doenças
do aparelho circulatório (AVC, doença isquémica do coração ou enfarte agudo do miocárdio).
Devem-se essencialmente à acumulação de gorduras na parede dos vasos sanguíneos –
aterosclerose – um fenómeno que tem início numa fase precoce da vida e progride
silenciosamente durante anos, e que habitualmente já está avançado no momento em que
aparecem as primeiras manifestações clínicas. A maior parte das doenças cardiovasculares
resulta de um estilo de vida inapropriado e de fatores de risco modificáveis.
Hábitos alimentares pouco saudáveis e inatividade física, estão entre as principais causas para
o aumento dos fatores de risco acima referidos e para o aparecimento de doenças como
obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2 e certos tipos de cancro, que
contribuem substancialmente para as despesas globais com a saúde e para os valores de
mortalidade.
Estes factos assumem fortes consequências económicas para os trabalhadores e organizações.
O Dia Mundial da Alimentação celebra-se anualmente a 16 de outubro. Este dia marca o dia da
fundação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, em 1945. A
celebração do Dia Mundial da Alimentação foi estabelecida em novembro de 1979 pelos países
membros na 20ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura. Neste dia realizam-se muitas atividades relacionadas com a nutrição e a
alimentação, com a participação de cerca de 150 países, incluindo Portugal.
Neste contexto no dia 16 de outubro, foi desenvolvida uma iniciativa vocacionada para a
sensibilização da adoção de bons hábitos alimentares, com a colocação de um cesto de fruta em
cada instalação dos SIMAS de Oeiras e Amadora e a colocação de um ponto com distribuição de
sumos e fruta no edifício sede em Oeiras, nos Serviços Técnicos de Porto Salvo e nos Serviços
Técnicos da Brandoa.
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Implementação da valência de Nutrição
De acordo com a publicação da Direção Geral de Saúde (DGS) “A Saúde dos Portugueses.
Perspetiva 2015”, em Portugal o consumo diário de alimentos com teores excessivos de sal
constitui um dos principais problemas de Saúde Pública. Trabalhos recentes estimam que a
ingestão diária de sal (10,7 gramas) é praticamente o dobro da recomendação da Organização
Mundial de Saúde (OMS), que é inferior a 5 gramas.
Para Portugal estimou-se que o baixo consumo de fruta (definido como comer menos do que
três peças de fruta por dia) constitui o risco alimentar evitável que mais contribui para a perda
de anos de vida saudável: estimam-se em 141 mil os anos de vida potencialmente perdidos pela
população portuguesa em 2010, devido a morbilidade ou mortalidade prematura por doenças
do aparelho cardiovascular e por doenças oncológicas, em proporções de 83% e 17%,
respetivamente.
Segundo as estimativas obtidas para Portugal, no âmbito do estudo Global Burden of Diseases
(GBD), os fatores de risco que mais contribuem para o total de anos de vida saudável perdidos
pela população portuguesa são: hábitos alimentares inadequados (19%), hipertensão arterial
(17%), índice de massa corporal elevado (13%), para além do tabagismo (11%). Estes são os
principais fatores de risco, muitas vezes modificáveis e, por isso, evitáveis para as doenças
oncológicas, do aparelho circulatório, e para um grupo de doenças constituído por diabetes e
outras (endócrinas, hematológicas e doenças do aparelho genito-urinário).
Em 2015, no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Saúde, dia 7 de abril, nos SIMAS de
Oeiras e Amadora foi desenvolvida uma iniciativa para a sensibilização da adoção de bons
hábitos alimentares. Pelos resultados obtidos, numa amostra de 28 trabalhadores, distribuídos
respetivamente por 24 mulheres e 4 homens, conclui-se que 26,9% dos trabalhadores têm peso
em excesso de acordo o IMC, contudo 46,1% têm excesso de massa gorda e 44% e apresentam
perímetro abdominal excessivo. Estes resultados estão associados a risco cardiovascular
aumentado.
Por outro lado, um serviço de segurança e saúde no trabalho deve tomar as medidas necessárias
para prevenir os riscos profissionais e promover a segurança dos trabalhadores, de entre outras
atividades, deve “desenvolver atividades de promoção da saúde” (alínea h, do art. 73º-B, da Lei
n.º3/2014 de 28 de janeiro, que procede à alteração da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro,
que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho).
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Considerando a previsibilidade dos benefícios associados ao apoio nutricional realizado nas
instalações da Clínica- Serviços de Saúde, sublinhamos à partida, aqueles que consideramos
fundamentais com a introdução desta valência:
• Promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores, potenciando “Locais de trabalho
saudáveis”;
• Adesão mais facilitada dos trabalhadores devido à proximidade das instalações e pelo
facto de ser gratuito;
• Contacto direto com os profissionais de saúde para situações de intervenção urgentes;
• Diminuição dos custos diretos e indiretos que são sequência de doenças
cardiovasculares.
Deste modo, em 2017 foi implementado um Programa de Apoio ao Trabalhador no âmbito da
promoção de boas práticas e hábitos alimentares do trabalhador, com a realização de:
o Consultas de apoio nutricional a trabalhadores;
o Iniciativas de promoção de boas práticas de higiene alimentar nos refeitórios;
o Apoio nutricional na criação das ementas semanais.
Durante os primeiros 6 meses (fevereiro a julho) da implementação desta valência, verificou-se
um grande fluxo de inscrições, tendo sido autorizado um aumento de número de horas (período
de 4horas por mês) que teve início no mês de setembro.
De acordo com a análise realizada pela nutricionista verificou-se que:
- Foram realizadas 129 consultas em que foi possível abranger 44 trabalhadores (88,6% (n= 39)
do sexo feminino e 11,4% (n=5) do sexo masculino);
- 34,1% dos trabalhadores participantes são saudáveis e não têm doença associada;
- 65,9% dos trabalhadores participantes têm doença associada, nomeadamente colesterol
aumentado, hipertensão arterial, doença gastrointestinal, patologia articular, entre outras;
- 32 trabalhadores (72,7%) aderiram à consulta por terem excesso de peso, dos quais 20 (45,4%)
tinham obesidade (Índice de massa corporal superior a 30kg/m2) e 12 (27,3%) tinham pré-
obesidade;
- Apenas 12 trabalhadores (27,3%) aderiram à consulta para melhorar a sua alimentação (por
exemplo alimentação desportiva) ou para manutenção de peso;
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- 56,8% (n=25) dos trabalhadores não tinham qualquer prática de atividade física semanal;
- Apenas 13,6% dos indivíduos tinha um peso saudável.
Após 6 meses de consultas de nutrição, são apresentados os seguintes resultados:
- Sendo que a maioria dos trabalhadores aderiu à consulta por excesso de peso, constatou-se
que entre todos, no total dos 44 trabalhadores foram perdidos 77,4Kg. Pela análise individual,
verificou-se uma perda média de 1,7kg por trabalhador, com um máximo de 10,8kg e no mínimo
um ganho de 1,2kg. Em média verificou-se que este peso foi predominantemente de perda de
gordura;
- 18,2% dos trabalhadores aumentou a sua atividade física semanal desde que iniciou
acompanhamento em consulta de nutrição;
- Mais de 50% dos trabalhadores melhoraram os seus hábitos alimentares.
Considerando os resultados aqui descritos podemos concluir que o Programa de Apoio ao
Trabalhador no âmbito da nutrição está a cumprir o objetivo previsto, nomeadamente, a
promoção de boas práticas e hábitos alimentares dos trabalhadores.
Rastreio Nutricional à função de Motorista
Através das consultas de medicina do trabalho, sabe-se que o grupo de trabalhadores com
funções de motorista, são indivíduos com média de idade de 50 anos, com hábitos alimentares
pouco saudáveis, com excesso de peso e algumas limitações físicas provocadas pelo excesso
ponderal.
Neste sentido, realizado em parceria com a nutricionista da análise dos Índices de Massa
Corporal, com o objetivo de elaborar recomendações alimentares, de forma a prevenir o excesso
de peso destes trabalhadores.
Por outro lado, teve a finalidade de informar e sensibilizar este grupo de profissionais para a
valência de nutrição e o potencial que tem para a melhoria do bem-estar e saúde no local de
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trabalho e no desempenho da sua atividade profissional com um acompanhamento nutricional
personalizado.
Este rastreio abrangeu os 27 trabalhadores com funções de motorista e teve a seguinte
metodologia:
- 1ª fase – avaliação pela enfermagem: avaliação da pressão arterial e da glicémia;
- 2ª fase – avaliação pela nutricionista: antropometria (medição do peso, altura, composição
corporal, perímetro da cintura) e avaliação dos hábitos alimentares e aconselhamento
alimentar;
- 3ª fase (caso haja necessidade) – avaliação pelo médico do trabalho ou pelo médico de clinica
geral.
No final de cada rastreio foi entregue a cada trabalhador um relatório individual com os dados
recolhidos e aconselhamento alimentar, e realizado um relatório para o médico do trabalho.
Workshop “Rotulagem Nutricional”
Pensando nos trabalhadores que levam a sua própria refeição, verifica-se a crescente falta de
oportunidade e disponibilidade para a compra de produtos alimentares frescos e para as tarefas
de cozinha. Em resposta, diariamente são desenvolvidos e lançados no mercado produtos
alimentares envolvidos em fortes estratégias de marketing e publicidade que podem induzir e
promover consumos que nem sempre são saudáveis.
Ler os rótulos das embalagens é determinante para conhecer os alimentos e selecionar o que
mais lhe convém em termos de preferência alimentares e qual o mais indicado para a sua saúde.
A par destas evidências é reconhecido que os trabalhadores com comportamentos e estilos de
vida pouco saudáveis e doenças relacionadas com a alimentação, sobretudo o excesso de peso,
têm maior risco de efeitos negativos relacionados com o trabalho, com menor produtividade
laboral, maior risco de redução da capacidade de trabalho e taxas de absentismo por doença
mais elevadas. Por outro lado é crescente a descrição de resultados positivos das intervenções
nutricionais nos locais de trabalho.
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Considerou-se, por um lado, pertinente prosseguir com uma estratégia integrada, atuando a
montante dos fatores de risco com vista a contribuir para o bem-estar e saúde dos
trabalhadores.
Por outro lado, um serviço de segurança e saúde no trabalho, de entre outras atividades, deve
“desenvolver atividades de promoção da saúde” (alínea h, do art. 73º-B, da Lei n.º 372014 de
28 de janeiro, que procede à alteração da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que aprova o
regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho).
Neste sentido, de modo a desenvolver intervenções nutricionais efetivas nos SIMAS de Oeiras e
Amadora, que vão ao encontro às necessidades nutricionais dos trabalhadores, realizou-se um
workshop orientado pela nutricionista dos SIMAS de Oeiras e Amadora sob o tema “Rotulagem
Nutricional”.
No workshop estiveram presentes 23 trabalhadores.
Promoção da Saúde no Local de Trabalho
Com a promoção da saúde, a Organização assiste potencialmente a uma redução dos custos
decorrentes da doença e a um aumento da produtividade, como resultado de uma maior
disponibilidade para o trabalho e para as relações profissionais. A implementação de uma
estratégia promotora da saúde visa, assim, prevenir a doença no trabalho e contribuir para
desenvolver o potencial de saúde e bem-estar da população trabalhadora.
Neste domínio, deu-se seguimento, em 2018, a um amplo quadro de ações, que
conjugadamente, têm vindo a incrementar valor quer ao nível da própria promoção da saúde,
quer ao nível da satisfação organizacional.
Mês de Fevereiro – Mês Sem Fumo
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a principal causa de
morte evitável em todo o mundo. A OMS estima que um terço da população mundial adulta seja
fumadora. Em Portugal 23% da população é fumadora
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O fumo do cigarro contém cerca de 4700 substâncias, 60 das quais são cancerígenas. Metade
destas acumulam-se nos brônquios e alvéolos pulmonares podendo levar ao aparecimento de
mutações genéticas e consequentemente ao cancro do pulmão e também da boca, laringe,
faringe, pâncreas, rins, bexiga, colo de útero e esófago. É também reconhecida a associação
entre o tabagismo e as doenças cardiovasculares e respiratórias.
O monóxido de carbono é muitas vezes apelidado de "assassino invisível". Está presente no ar
respirado pelos fumadores, sempre que fumam cigarro, charuto ou cachimbo. Os não-
fumadores podem também inalar CO em espaços fechados utilizados por pessoas que fumam.
É um gás incolor e inodoro de elevado grau tóxico. Está presente entre 1 a 5% no fumo do tabaco
e possui uma afinidade pela hemoglobina 200 vezes superior à do oxigénio. Por esta razão reduz
a capacidade de oxigenação dos tecidos e interfere nos sistemas enzimáticos. Aumenta a
viscosidade do sangue e provoca lesões nas veias e artérias. Através de um teste, semelhante
ao do balão, é possível medir o nível de CO concentrado nos pulmões dos fumadores e não
fumadores – o teste de espirometria.
O teste de espirometria é um exame de diagnóstico que permite medir os volumes respiratórios,
isto é, a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões, sendo muito útil para avaliar o
funcionamento dos pulmões.
Neste sentido, em fevereiro foi realizada a iniciativa “Mês de Fevereiro – o Mês Sem Fumo”,
com a divulgação de informação sobre a problemática do tabaco e a realização de um rastreio
de espirometria.
No final de cada rastreio, o resultado do exame foi explicado e entregue ao trabalhador e
encaminhado, caso necessário, para uma consulta de clinica geral para posterior avaliação
médica.
Mês de Março – Olhe pelos seus Olhos
O computador mudou o olhar sobre o mundo e está a mudar a nossa visão. O monitor encurtou
as distâncias e a proximidade torna cada vez mais difícil ao homem ver bem. Ter a sensação de
cansaço ocular, visão desfocada ou dores de cabeça não são apenas queixas comuns ao fim de
várias horas de olhos postos num ecrã. São sintomas de uma nova doença oftalmológica: a
síndrome visual de computador.
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O problema de saúde emergente atinge, em média, 20% a 25% das pessoas que todos os dias
passam mais de três horas seguidas a olhar para um monitor ou ecrã, seja de computador,
telemóvel ou tablet. Segundo a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, “com a crescente
utilização, e em todas as idades, este é um problema epidémico. Tem vindo a aumentar de forma
exponencial e pode tornar-se um problema de saúde pública”
Atualmente 75% das atividades do dia-a-dia implicam utilizar um computador.
Estudos internacionais estimam que 70 milhões de trabalhadores em todo o mundo estão em
risco de sofrer este tipo de lesão ocular ou mesmo outra mais grave e que este número vai
continuar a crescer.
Em Portugal, não há números sobre a população afetada. No entanto, as queixas típicas da
síndrome visual de computador surgem com frequência perante os oftalmologistas, que veem
nos olhos vermelhos e na irritação ocular apresentada pelos doentes os sinais clínicos que
identificam o problema de saúde.
Os rastreios visuais são testes de avaliação da acuidade visual, que não substituem as consultas
da especialidade, mas complementam-nas. Os rastreios permitem detetar doentes e identificar
fatores de risco, o que permitirá dar indicações aos doentes sobre como atuar quando
determinados sintomas surgirem.
Neste sentido, em março foi realizada a iniciativa “Mês de Março – Olhe pelos seus Olhos”, com
a divulgação de informação sobre o Síndrome da Visão do Computador e a realização de um
rastreio visual.
No final de cada rastreio, o resultado do exame foi explicado e entregue ao trabalhador e
encaminhado, caso necessário, para uma consulta de especialidade para posterior avaliação
médica.
Mês de maio, Mês do SEU Coração
A principal causa de doença, mortes e custos em Saúde Pública em Portugal são as doenças
cardiovasculares (DCV), apesar do enorme progresso no diagnóstico e na terapêutica que tem
ocorrido nas últimas décadas. As doenças cardiovasculares são a causa de mortalidade de pelo
menos 34,1% da população portuguesa.
Diversos estudos epidemiológicos provaram a relevante associação da hipertensão arterial
(HTA) à doença coronária, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal (IR). A HTA é um
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fator de risco cardiovascular corrigível, pelo que o seu tratamento e controlo assume
importância central nas estratégias preventivas.
Reconhece-se que a adoção de um estilo de vida saudável pode prevenir, pelo menos em parte,
o aparecimento de HTA. Por outro lado, sabe-se que a sua deteção e acompanhamento precoces
podem reduzir o risco de incidência de doença cardiovascular.
De acordo com os dados disponíveis pela APIFARMA (Associação Portuguesa da Industria
Farmacêutica) a prevalência de HTA na população adulta portuguesa (ajustada ao sexo, idade e
dimensão das regiões) é de 42,62% (homens: 43,09%; mulheres: 42,19%). A prevalência média
de HTA na Europa é de 44% (38-55%). A HTA é, assim, um desafio importante na saúde pública
mundial.
A sua prevenção, diagnostico, tratamento e controlo devem receber elevada prioridade. O
Algarve é a região de Portugal onde se verificou a maior percentagem de indivíduos controlados
(14,2%). A região do Alentejo é a que apresenta mais casos de hipertensão (21,3%) e também
foi a zona onde se registou menor percentagem de indivíduos controlados: 9,4%. • Em média,
apenas 29% dos hipertensos nacionais estão controlados.
A Fundação Portuguesa de Cardiologia elege o Mês de Maio – Mês do Coração com o objetivo
de desenvolver de forma mais visível e intensa um conjunto de atividades para incentivar a
população a adotar estilos de vida saudáveis e alertar para as doenças cardiovasculares. O Dia
Mundial da Hipertensão é celebrado no dia 17 de maio.
O ambiente em que se vive em que se trabalha pode ter um enorme efeito para a saúde do
nosso coração. Pequenas ações podem prevenir ou ajudar a reduzir o risco de desenvolver
doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais. Estas ações podem ser:
- Consultar o médico para medir a pressão arterial, os níveis de colesterol e de glicose, o seu
peso e o índice de massa corporal e aconselhar sobre o risco cardiovascular;
- Conhecer o risco de doença cardiovascular para fazer um plano específico para melhorar a
saúde cardíaca e se necessário tomar opções terapêuticas adequadas.
Muitas das mortes por doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais são
prematuras e ocorrem antes dos 70 anos, morrendo pessoas nos seus anos mais produtivos, o
que pode causar um grande impacto financeiro e emocional quer nas famílias, quer nas
Organizações.
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Neste sentido, em maio foi realizada a iniciativa “Maio, Mês do SEU Coração”, com a divulgação
de informação sobre a Hipertensão Arterial e a realização de um rastreio consistindo na medição
da Tensão Arterial.
No final de cada rastreio, o resultado do exame foi explicado e entregue ao trabalhador e
encaminhado, caso necessário, para uma consulta de especialidade para posterior avaliação
médica.
“Só temos uma pele para toda a vida”
Num adulto saudável, a exposição solar é fundamental para a fixação de vitamina D no
organismo. Esta vitamina é essencial para o crescimento e desenvolvimento da estrutura óssea
em especial nas crianças e idosos.
O cancro da pele é o cancro mais comum do mundo. É geralmente causado pela exposição
excessiva aos raios UV do sol, que penetram e danificam a pele ao longo do tempo.
As lesões cancerígenas são suscetíveis de aparecer em lugares expostos ao (UVA e UVB) sol com
mais frequência na cara, pescoço, costas e membros. É mais comum em pessoas com mais de
50 anos, mas todos podem ser afetados.
A incidência de todas as formas de cancro da pele está a aumentar, mas reconhecesse que os
cancros não melanoma ainda são subnotificados nas estatísticas oficiais, mascarando os
números reais sobre a incidência.
O cancro de pele é uma das formas de cancro mais tratáveis, com uma taxa de recuperação
muito alta. Contudo, a consciência pública sobre os sintomas do cancro da pele é baixo, o que
significa que a deteção precoce é vital.
“Cancro da pele” refere-se a várias formas diferentes da doença, cada um dos quais tem
diferentes sintomas, tratamentos e gravidade.
A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o Mundo,
segundo a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo, estima-se que em Portugal, em 2017,
sejam diagnosticados mais de 12.000 novos casos de cancros da pele e cerca de 1.000 serão
novos casos de melanoma, sendo a radiação ultravioleta natural, proveniente do sol, a principal
causa da doença.
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Para os trabalhadores, em que as suas funções tenham uma exposição solar ocupacional
excessiva (tempo passado a trabalhar ao ar livre), o uso de protetor solar é essencial para
proteger a pele. Deste modo, todos os anos, os SIMAS de Oeiras e Amadora dão cumprimento
ao Programa de Distribuição de Protetores Solares aos trabalhadores com exposição solar
prolongada.
Neste sentido, em julho foi realizada a iniciativa “Só temos uma pele para toda a vida”, com a
divulgação de informação sobre o cancro da pele e a realização de um rastreio consistindo na
avaliação de sinais corporais.
No final de cada rastreio, o resultado do exame foi explicado e entregue ao trabalhador e
encaminhado, caso necessário, para uma consulta de especialidade para posterior avaliação
médica.
“E se o mundo ficar em silêncio?”
A surdez é a segunda doença profissional mais frequente em Portugal. Mais de 500 portugueses
ficaram surdos, total ou parcialmente devido à exposição ao ruído no local de trabalho. Na quase
totalidade, os portugueses afetados pela perda de audição devido à sua atividade laboral são
homens, entre os 55 e os 59 anos, sendo aproximadamente 70% trabalhadores na indústria
transformadora (Centro Nacional de Proteção Contra Riscos Profissionais).
Sendo o órgão da audição a ferramenta por excelência do processo da comunicação Humana
qualquer alteração, nomeadamente, a deficiência auditiva pode provocar o isolamento do
indivíduo. Entende-se como deficiência auditiva, toda a perda que eleve o limiar mínimo de
audição acima dos 20 decibéis (dB). A esta perda corresponde uma incapacidade que causa uma
desvantagem a nível social provocando isolamento, depressão, frustração, ansiedade,
diminuição da qualidade de vida do individuo, qualquer que seja a sua idade, género ou estatuto
socioeconómico.
Estudos indicam que 80% das deficiências auditivas são irreversíveis, pelo que a reabilitação
auditiva tem um papel primordial a desempenhar nesta situação.
Se efetuarmos avaliações auditivas periódicas durante a vida ativa de um individuo, a perda
auditiva será identificada cerca de 10 anos mais cedo, mesmo para aqueles que não apresentam
queixas auditivas. Com a deteção precoce, podemos incrementar a qualidade de vida dos
trabalhadores com dificuldade auditiva, o que resulta num maior equilíbrio económico e social.
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Neste sentido, em setembro foi realizada a iniciativa “E se o mundo ficar em silêncio?”, com a
divulgação de informação sobre perturbações auditivas e a realização de um rastreio auditivo.
No final de cada rastreio, o resultado do exame foi explicado e entregue ao trabalhador e
encaminhado, caso necessário, para uma consulta de especialidade para posterior avaliação
médica.
Atividades Médicas
Tabela 1 – Atividades médicas e de enfermagem
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Clínica Geral 583 711 665 753 689 609 536 418
Medicina do Trabalho 255 219 272 281 314 276 316 304
Atos de Enfermagem 656 438 746 1194 1213 1371 1590 1375
Em 2017 verifica-se um total de 418 consultas de clinica geral. Em diminuição da procura desta
valência em relação a 2016 traduz-se igualmente pela diminuição do absentismo resultante de
doença natural. Em 2016 observamos uma taxa de absentismo por doença natural de 2,9% e em
2017 verifica-se uma taxa de 2,3%.
Tabela 2 - Variação do número de atos médicos e de enfermagem
2016 2017 Var. Var.%
Clínica Geral 536 418 -118 -12%
Medicina do Trabalho 316 304 -12 -3,8%
Atos de Enfermagem 1590 1375 -215 -13,5%
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No âmbito dos programas especiais de promoção da saúde e bem-estar, os trabalhadores dos
SIMAS de Oeiras e Amadora beneficiam das seguintes valências:
Programa de fornecimento de leite artificial aos filhos dos trabalhadores – 4 trabalhadores
inscritos;
Programa anual de vacinação contra a gripe sazonal – distribuídas 48 doses de vacinas;
Campanha de fornecimento de protetores solares aos trabalhadores expostos ao sol –
distribuídos 138 protetores;
Programa de apoio psicológico – realização de 136 consultas de psicologia
Programa de apoio nutricional – realização de 261 consultas de nutrição
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IV. Dados e Indicadores
Durante o ano de 2017 foi promovido o registo de dados de análise de dados da análise efetuada
aos acidentes de trabalho.
Os dados recolhidos permitem efetuar reflexões mais especificas e informadas com a
identificação de fatores de risco que devem ser objeto de acompanhamento, dando origem a
uma gestão de informação complementar no sentido de identificar as principais problemáticas,
desenvolvendo uma ação preventiva e sistematizada dos acidentes de trabalho.
Neste sentido são apresentados no mapa seguintes os resultados da análise dos acidentes de
trabalho ocorridos durante o ano de 2017.
Tabela 3 - Análise dos acidentes de trabalho ocorridos em 2017
Total 1 a 3 dias de baixa
4 a 30 dias de baixa
Superior a 30 dias de baixa
Mortais
N.º total de acidentes H: 9 H: 0
M: 1 M: 0
T: 10 T: 0
N.º de acidentes com baixa
H: 3 H: 0 H: 6
M: 0 M: 1 M: 0
T: 3 T: 1 T: 6
Tabela 4 - Análise dos acidentes "in itenere" ocorridos em 2017
Total 1 a 3 dias de baixa
4 a 30 dias de baixa
Superior a 30 dias de baixa
Mortais
N.º total de acidentes H: 3 H: 0
M: 0 M: 0
T: 3 T: 0
N.º de acidentes com baixa
H: 0 H: 3 H: 0
M: 0 M: 0 M: 0
T: 0 T: 3 T: 0
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Tabela 5 - Incidentes ocorridos em 2017
Total
N.º total de incidentes
H: 9
M: 2
T: 11
No ano de 2017, observa-se a qualificação de 13 acidentes de trabalho, sendo 3 das ocorrências
acidentes “in itenere”, verifica-se ainda a qualificação de 1 incidentes.
Contabilizando os acidentes de trabalho que ocorreram em anos anteriores e que se
prolongaram para o ano 2017, temos o seguinte total de dias perdidos:
Tabela 6 - Dias perdidos em 2017 por acidente de trabalho
Acidentes “in itenere”
Acidentes de trabalho
Acidentes inicio 2016/final 2017
Total
N.º total de acidentes 39 578 294 911
Em comparação com o balanço social desde 2010 temos:
Tabela 7 - Comparação de dias perdidos e acidentes de trabalho desde 2010
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Total de acidentes de trabalho
11 14 19 17 13 20 20 13
N.º de dias perdidos
423 393 430 509 974 772 943 911
Pela análise comparativa dos dados referentes aos dois últimos anos consecutivos verifica-se
uma diminuição dos acidentes de trabalho e consequentemente uma diminuição do numero de
dias perdidos em 2017 relativamente a 2016.
Tabela 8 - Análise dos dias perdidos por acidente de trabalho
Acidentes "in itenere"
Acidentes de trabalho
Acidentes início ano anterior
Total
Dias perdidos 2017 39 578 294 911
Dias perdidos 2016 0 664 279 943
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Tabela 9 - Média da taxa de absentismo 2016/2017
Média da Taxa de Absentismo (acidentes
de trabalho)
N.º dias perdidos
Variação entre o número de dias perdidos
2016 1,0 943 -32
2017 0,85 911
Com a diminuição do numero de dias perdidos em 2017, verificamos consequentemente uma
diminuição da taxa de absentismo para 0,85%.
Tabela 10 - Comparação da taxa de absentismo por acidente de trabalho
Caracterização da sinistralidade
Considerando a organização interna dos SIMAS em 2017, a unidade orgânica onde se observou
mais acidentes de trabalho foi a Divisão de Águas de Oeiras, com 7 ocorrências.
Tabela 11 - Caracterização dos acidentes de trabalho por unidade orgânica
Unidade Orgânica Acidentes em Serviço
Divisão de Águas da Amadora 1
Divisão de Águas de Oeiras 7
Departamento de Gestão de Infraestruturas 1
Divisão de Saneamento de Oeiras 1
Divisão Comercial 1
Analisando comparativamente os acidentes de trabalho, observa-se que a categoria profissional
de Assistente Operacional continua a destacar-se com um maior número de ocorrência. Em
2017, 9 dos 10 sinistrados são Assistentes Operacionais.
No que respeita ao grupo de idades, observa-se que as ocorrências incidiram em trabalhadores
entre os 34 e os 59 anos, incidindo 70% das ocorrências em trabalhadores com mais de 48 anos.
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Dias 423 393 430 509 974 772 943 911
Taxa 0,39 0,37 0,4 0,5 1,0 0,8 1,0 0,85
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Todas as lesões diagnosticadas em sequência de acidentes de trabalho são do foro músculo-
esquelético.
No que diz respeito aos índices estatísticos utilizados para a análise da totalidade dos acidentes
de trabalho, observa-se os seguintes dados:
Índice de Incidência = 31,03 acidentes com baixa por cada 1000 trabalhadores (em média)
Índice de Frequência = 0,12 acidentes com baixa por mil horas-homem trabalhadas
Índice de Gravidade = 5,77 dias úteis perdidos por mil horas-homem trabalhadas
Índice de Duração = 46,85 dias perdidos por acidente (em média)
Os índices estatísticos para os acidentes de trabalhos, excluindo os acidentes “in itenere”:
Índice de Incidência = 23,87 acidentes com baixa por cada 1000 trabalhadores (em média)
Índice de Frequência = 0,09 acidentes com baixa por mil horas-homem trabalhadas
Índice de Gravidade = 5,38 dias úteis perdidos por mil horas-homem trabalhadas
Índice de Duração = 57,8 dias perdidos por acidente (em média)
Os índices estatísticos para os acidentes “in itenere” são os seguintes:
Índice de Incidência = 7,16 acidentes com baixa por cada 1000 trabalhadores (em média)
Índice de Frequência = 0,03 acidentes com baixa por mil horas-homem trabalhadas
Índice de Gravidade = 0,36 dias úteis perdidos por mil horas-homem trabalhadas
Índice de Duração = 13 dias perdidos por acidente (em média)
Considerando os acidentes de trabalho ocorridos em 2017, e quando comparados com os
ocorridos em 2016, observa-se um aumento do número de dias perdidos, em média, por
acidente. Situação decorrente da génese dos acidentes de trabalho ocorridos.
Por outro lado, verifica-se uma diminuição do numero de acidentes com baixa por cada 1000
trabalhadores (Índice de Incidência).
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V. Perspetivas Futuras
Tendo como base o cumprimento da missão do SIMAS de Oeiras e Amadora e numa opção clara
de prosseguir o trabalho de análise e de interpretação da segurança e saúde no trabalho
enquanto fatores vitais para a qualidade e eficiência dos serviços, foram definidas um conjunto
de atividades a desenvolver e a operacionalizar no ano de 2018.
A definição das atividades teve como objetivo global a redução constante e consolidada dos
índices de sinistralidade laboral e de melhorar, de forma progressiva e continuada, os níveis de
saúde e bem-estar no trabalho.
Nestes termos, apresentamos o quadro de atividades a desenvolver em 2018:
• Implementação do Projeto Envelhecimento Positivo;
• Implementação de um Plano de Controlo e Monitorização de Comportamentos Aditivos;
• Implementação do Manual de Segurança e Saúde do Trabalho;
• Realização de simulacros nos edifícios dos SIMAS de Oeiras e Amadora;
• Verificar a conformidade técnica dos equipamentos de trabalho e maquinas que fazem
parte do Departamento de Gestão e Exploração de Redes.
Para além destas atividades, durante o ano de 2018 estão previstas as seguintes ações:
• Formação na área da Segurança e Saúde do Trabalho;
• Análises funcionais;
• Realização de visitas técnicas com a participação do médico do trabalho;
• Informação e sensibilização dos trabalhadores;
• Ações de promoção da saúde e bem-estar no local de trabalho.
Continuaremos, assim, a afirmar o papel desta valência no quadro de atividades dos SIMAS de
Oeiras e Amadora, contribuindo de forma inequívoca, para o aumento da segurança dos
trabalhadores e a produtividade dos serviços.