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Relatrio de Estgio Avaliao de riscos
Borges & Bernardinos Sociedade de construes, Lda.
Nuno Miguel Teles Cardoso
Curso Tcnico Superior de Segurana e Higiene do
Trabalho
5/F/ n. 98
Curso Homologado Entidade Acreditada
Guarda, Abril de 2013
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Avaliao de riscos de uma empresa construo civil
Relatrio de estgio na empresa Borges & Bernardinos Sociedade de construes,
Lda.
Orientador: Eng. Joo Mata Fernandes
Formando: Nuno Cardoso
Curso Tcnico Superior de Segurana e Higiene do
Trabalho
5/F/ n. 98
Curso Homologado Entidade Acreditada
Guarda, Abril de 2013
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho I
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
Agradecimentos
Ao Orientador Eng. Joo Mata Fernandes, pela orientao e disponibilidade que
contriburam de uma forma determinante para a realizao deste trabalho, os meus sinceros
agradecimentos.
Aos meus Colegas e Formadores do curso que sempre me apoiaram.
empresa Borges & Bernardinos Sociedade de construes, Lda., assim como aos
funcionrios com quem tive contacto, que me acolheram no seio de trabalho. Um
agradecimento especial a quem me disponibilizou mais tempo, concretamente ao Sr. Rui
Borges.
A todos os que colaboraram na elaborao deste trabalho, seja direta ou indiretamente,
que nunca se recusaram a responder a uma pergunta ou ajudar quando necessrio.
minha famlia e namorada pelo apoio inequvoco prestado desde o incio ao fim da
realizao deste relatrio.
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho II
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
FICHA DE IDENTIFICAO
Estagirio:
Nome: Nuno Miguel Teles Cardoso
Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene do Trabalho
Morada: Rua da Estrada Velha N.15 Figueir da Serra
Telefone: 963349537
Correio eletrnico: [email protected]
Estabelecimento de Ensino:
Nome: Concluso Estudos e Formao, Lda. (Delegao Guarda)
Orientador da Concluso Estudos e Formao, Lda.:
Nome: Eng. Joo Mata Fernandes
Instituio de acolhimento:
Nome: Borges & Bernardinos Sociedade de construes, Lda.
Morada: Lagarinhos Gouveia
Telefone: 238 486 660
Durao do estgio
Incio: 8 de abril de 2013
Fim: 7 de maio de 2013
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho III
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
Prembulo
A segurana, higiene e sade no trabalho assume no nosso quotidiano uma posioextremamente importante para um desenvolvimento eficiente, sustentvel no s de todo o
tecido empresarial como, tambm, da sociedade.
Atualmente, os locais de trabalho enfrentam mudanas tecnolgicas demasiado rpidas
e o desenvolvimento econmico e social dessas mudanas afeta tambm a vida diria dos
trabalhadores.
Contudo, apesar dos progressos auferidos, a sade, a segurana e as condies de
trabalho de uma enorme quantidade de trabalhadores permanecem muito precrias, alm
de que surgem constantemente novos problemas como resultado de tais mudanas.A Higiene e Segurana do Trabalho surgem para preservar os trabalhadores destes
novos problemas tendo por objetivos:
Melhorar ambiente e a qualidade de vida no trabalho;
Reduzir os acidentes de trabalho e doenas profissionais;
Melhorar a compreenso do clima e cultura da empresa;
Reduzir o absentismo;
Aumentar a produtividade;
Melhoria e qualidade dos produtos e servios;
Melhoria do relacionamento interno e externo;
Melhoria da imagem interna e externa da empresa.
Para que se trabalhe em segurana, todos os trabalhadores tem de adotar, no seu
quotidiano, um conjunto de medidas de segurana e higiene para minimizar os acidentes de
trabalho, doenas ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade do
trabalho de si prprio e dos trabalhadores que o rodeiam.
O Fator produo est sempre em primeiro plano, acabando as questes de seguranapor viverem tona quando algo de grave acontece e , por isso importantssimo
implementar uma atitude/poltica de preveno no dia-a-dia.
Seja no local de trabalho, em casa ou em qualquer distinto lugar a Segurana e a
Higiene devem ser uma preocupao imutvel para todos tanto para acautelar/prevenir
acidentes quer para impedir situaes que de alguma forma coloquem em risco a segurana
e a sade dos que nos rodeiam.
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho IV
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
ndice Geral
Agradecimentos ......................................................................................................... I
FICHA DE IDENTIFICAO ...................................................................................... II
Prembulo................................................................................................................. III
ndice Geral ...............................................................................................................IV
1 ndice Figuras.....................................................................................................VI
ndice Tabelas..........................................................................................................VII
ndice Anexos .........................................................................................................VIII
Notao e glossrio ................................................................................................. IX
1 Introduo ........................................................................................................... 1
1.1 Enquadramento do estgio ....................................................................................1
1.2 Objetivos e metodologia utilizada..........................................................................1
2 Enquadramento Legal/Normativo ..................................................................... 2
2.1 Enquadramento Geral ............................................................................................. 2
2.2 Enquadramento Legislativo e Normativo da Avaliao de Riscos.....................8
3 Caraterizao da empresa ............................................................................... 13
3.1 Localizao ............................................................................................................ 13
3.2 Enquadramento histrico .....................................................................................13
3.3 Organograma da empresa ....................................................................................14
3.4 Alvar da empresa ................................................................................................. 16
3.5 Servio de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho........................................17
4 Caracterizao da obra .................................................................................... 18
4.1 Descrio da obra.................................................................................................. 18
5 Apresentao da formao em contexto de trabalho ................................... 19
5.1 Plano de Segurana e sade (PSS) .....................................................................19
5.2 Ficha de procedimento de Segurana.................................................................21
5.3 Formao dos Trabalhadores ..............................................................................22
5.4 Equipamento de proteo coletiva (EPC) ........................................................... 22
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho V
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
5.4.1 Exemplo de proteo coletiva (Guarda Corpos) ..............................................23
5.5 Equipamento de proteo individual (EPI).......................................................... 24
5.5.1 Obrigaes do empregador e dos trabalhadores ............................................. 25
5.5.2 Seleo e requisitos dos EPI............................................................................ 25
5.5.3 Principais tipos de proteo individual .............................................................26
5.5.4 Equipamentos de proteo individual por categoria profissional .....................27
6 Avaliao de riscos .......................................................................................... 29
6.1 Identificao dos perigos (lista de verificao)..................................................31
6.2 Enquadramento Legislativo e Normativo da Avaliao de Riscos...................33
6.3 Mtodo de Avaliao de Riscos ........................................................................... 346.3.1 Montagem e desmontagem de cofragem.........................................................41
6.3.2 Betonagem ....................................................................................................... 45
6.3.3 Reboco em paredes e tetos exteriores............................................................. 49
6.3.4 Construo de paredes divisrias ....................................................................51
6.3.5 Aplicao de telha ............................................................................................ 56
6.4 Concluso da avaliao de risco ......................................................................... 58
7 Concluso.......................................................................................................... 62
8 Referncias........................................................................................................ 63
1
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho VI
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
ndice Figuras
Figura 1 - Mapa de Localizao da Borges & Bernardinos Sociedade de construes,Lda.. ...................................................................................................................................... 13
Figura 2 Organograma da empresa .................................................................................... 14
Figura 3 Fluxograma obrigatoriedade PSS......................................................................... 19
Figura 4 Dimenses regulamentares .................................................................................. 23
Figura 5 Constituio dos guarda-corpos ...........................................................................24
Figura 6 Modelo de Gesto do Risco.................................................................................. 30
Figura 7 Fluxograma do mtodo MARAT ...........................................................................35
Figura 8 Grfico nvel de risco da montagem e desmontagem de cofragem .....................58Figura 9 Grfico nvel de risco da Betonagem.................................................................... 59
Figura 10 Grfico nvel de risco de reboco de paredes e tetos exteriores.......................... 59
Figura 11 Grfico nvel de risco da construo de paredes divisrias................................ 60
Figura 12 Grfico nvel de risco na colocao de telha ......................................................60
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho VII
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
ndice Tabelas
Tabela 1 Horrio de trabalho .............................................................................................. 16Tabela 2 Principais tipos de proteo individual e normas aplicveis ................................26
Tabela 3 - Plano de proteo individual................................................................................. 28
Tabela 4 Tabela de Risco OIT ............................................................................................ 30
Tabela 5 No conformidades em obra................................................................................ 32
Tabela 6 Nvel de Deficincia .............................................................................................37
Tabela 7 Nvel de Exposio .............................................................................................. 37
Tabela 8 Determinao do nvel de probabilidade.............................................................. 38
Tabela 9 Significado dos diferentes nveis de probabilidade ..............................................38Tabela 10 Nvel de consequncias ..................................................................................... 39
Tabela 11 - Determinao do nvel de risco de interveno..................................................40
Tabela 12 Significado do nvel de interveno ................................................................... 40
Tabela 13 Avaliao de risco da montagem e desmontagem de cofragem ....................... 41
Tabela 14 Avaliao de risco betonagem........................................................................... 45
Tabela 15 Avaliao de risco reboco de paredes e tetos exteriores ..................................49
Tabela 16 Avaliao de risco construo de paredes divisrias ........................................51
Tabela 17 Avaliao de risco aplicao de telha ................................................................ 56
Tabela 18 Resumo dos resultados .....................................................................................61
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho VIII
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
ndice Anexos
ANEXO 1 Inqurito aos trabalhadores
ANEXO 2 Lista de Verificao
ANEXO 3 Fichas de Procedimento de Segurana
ANEXO 4 Cartaz (movimentao manual de cargas)
ANEXO 5 Panfleto (EPI)
ANEXO 6 Fichas tcnicas EPI
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho IX
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
Notao e glossrio
AR: Avaliao de Riscos;
ACT: Autoridade para as Condies do Trabalho;
B&B: Borges & Bernardinos Sociedade de construes, Lda.;
CAE: Classificao Portuguesa das Atividades Econmicas;
DL: Decreto-Lei;
EPC: Equipamento de Proteo Coletiva;
EPI: Equipamento de Proteo Individual;
FPS: Ficha de Procedimento de Segurana;
MARAT: Mtodo de Anlise de Riscos e Acidentes de Trabalho;
NP: Norma Portuguesa;
OIT: Organizao Internacional do Trabalho;
PSS: Plano de Segurana e Sade;
Ref.: Referncia;
SHST: Segurana, Higiene e Sade no Trabalho;
SST: Segurana e Sade no Trabalho.
Acidente de trabalho: aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e
produza direta ou indiretamente leso corporal, perturbao funcional ou doena de que
resulte reduo na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.
Fonte: Lei n. 98/2009, de 4 de setembro
Avaliao do risco: Processo que mede os riscos para a segurana e sade dos
trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. uma anlise sistemtica de
todos os aspetos relacionados com o trabalho, que identifica: aquilo que suscetvel de causar leses ou danos;
a possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal no for o caso;
as medidas de preveno ou proteo que existem, ou deveriam existir, para
controlar os riscos..
Fonte: Agencia Europeia para a Segurana e Sade no Trabalho
https://osha.europa.eu/pt consultado a 22 maio de 2013
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho X
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
Autor do projeto da obra: A pessoa singular, reconhecida como projetista, que
elabora ou participa na elaborao do projeto da obra.
Fonte: Decreto Lei n. 273/2003, de 29 de Outubro
Coordenador em matria de segurana e sade durante a elaborao do
projeto da obra: A pessoa singular ou coletiva que executa, durante a elaborao do
projeto, as tarefas de coordenao em matria de segurana e sade previstas no presente
diploma, podendo tambm participar na preparao do processo de negociao da
empreitada e de outros atos preparatrios da execuo da obra, na parte respeitante
segurana e sade no trabalho.
Fonte: Decreto Lei n. 273/2003, de 29 de Outubro
Coordenador em matria de segurana e sade durante a execuo da obra: A
pessoa singular ou coletiva que executa, durante a realizao da obra, as tarefas de
coordenao em matria de segurana e sade previstas no presente diploma.
Fonte: Decreto Lei n. 273/2003, de 29 de Outubro
Danos: gravidade das leses fsicas ou psquicas, ou prejuzos monetrios que
podem resultar quando se perde o controlo de um perigo.Fonte: PINTO, 2008
Dono da obra: A pessoa singular ou coletiva por conta de quem a obra realizada,
ou o concessionrio relativamente a obra executada com base em contrato de concesso de
obra pblica.
Fonte: Decreto Lei n. 273/2003, de 29 de Outubro
Estaleiros temporrios ou mveis: So os locais onde se efetuam trabalhos de
construo de edifcios ou trabalhos de: a) Escavao; b) Terraplenagem; c) Construo,
ampliao, alterao, reparao, restauro, conservao e limpeza de edifcios; d) Montagem
e desmontagem de elementos prefabricados, andaimes, gruas e outros aparelhos
elevatrios; e) Demolio; f) Construo, manuteno, conservao e alterao de vias de
comunicao rodovirias, ferrovirias e aeroporturias e suas infraestruturas, de obras
fluviais ou martimas, tneis e obras de arte, barragens, silos e chamins industriais; g)
Trabalhos especializados no domnio da gua, tais como sistemas de irrigao, de
drenagem e de abastecimento de guas e de guas residuais, bem como redes de
saneamento bsico; h) Intervenes nas infraestruturas de transporte e distribuio de
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho XI
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
eletricidade, gs e telecomunicaes; i) Montagem e desmontagem de instalaes tcnicas
e de equipamentos diversos; j) Isolamentos e impermeabilizaes, bem como os locais
onde, durante a obra, se desenvolvem atividades de apoio direto aos mesmos.
Fonte: Decreto Lei n. 273/2003, de 29 de outubro.
Equipamento de proteo individual (EPI): Todo o equipamento, bem como
qualquer complemento ou acessrio, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se
proteger dos riscos, para a sua segurana e para a sua sade.
Fonte: Decreto Lei n. 348/93, de 1 de outubro.
Equipamento de proteo coletiva (EPC): a tcnica que protege todas aspessoas contra os riscos que no sejam possveis de evitar ou reduzir. Tambm pode ser
definida como a tcnica que protege simultaneamente mais do que uma pessoa.
Fonte: Autoridade para as Condies do Trabalho (ACT)
www.act.gov.pt consultado a 22 maio de 2013
Entidade executante: A pessoa singular ou coletiva que executa a totalidade ou
parte da obra, de acordo com o projeto aprovado e as disposies legais ou regulamentares
aplicveis; pode ser simultaneamente o dono da obra, ou outra pessoa autorizada aexercera atividade de empreiteiro de obras pblicas ou de industrial de construo civil, que
esteja obrigada mediante contrato de empreitada com aquele a executar a totalidade ou
parte da obra.
Fonte: Decreto Lei n. 273/2003, de 29 de Outubro
Empregador:A pessoa singular ou coletiva que, no estaleiro, tem trabalhadores ao
seu servio, incluindo trabalhadores temporrios ou em cedncia ocasional, para executar a
totalidade ou parte da obra; pode ser o dono da obra, a entidade executante ou
subempreiteiro.
Fonte: Decreto Lei n. 273/2003, de 29 de Outubro
Fiscal da obra: A pessoa singular ou coletiva que exerce, por conta do dono da
obra, a fiscalizao da execuo da obra, de acordo com o projeto aprovado, bem como do
cumprimento das disposies legais e regulamentares aplicveis; se a fiscalizao for
assegurada por dois ou mais representantes, o dono da obra designar um deles para
chefiar.
Fonte: Decreto Lei n. 273/2003, de 29 de Outubro
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho XII
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
Incidente: Acontecimento (s) relacionado (s) com o trabalho em que ocorreu ou
poderia ter ocorrido leso, afeo da sade (independentemente da gravidade) ou morte.
Fonte: NP n. 4397 de 2008
Local de trabalho:O lugar em que o trabalhador se encontra ou de onde ou paraonde deva dirigir -se em virtude do seu trabalho, no qual esteja direta ou indiretamente
sujeito ao controlo do empregador.
Fonte: Lei n. 102/2009 de 10 setembro
Perigo: a propriedade intrnseca de uma instalao, atividade, equipamento, um
agente ou outro componente material do trabalho com potencial para provocar danoFonte: Lei n. 102/2009 de 10 setembro
Preveno: o conjunto de polticas e programas pblicos, bem como disposies ou
medidas tomadas ou previstas no licenciamento e em todas as fases de atividade da
empresa, do estabelecimento ou do servio, que visem eliminar ou diminuir os riscos
profissionais a que esto potencialmente expostos os trabalhadores
Fonte: Lei n. 102/2009 de 10 setembro
Risco: a probabilidade de concretizao do dano em funo das condies de
utilizao, exposio ou interao do componente material do trabalho que apresente
perigo.
Fonte: Lei n. 102/2009 de 10 setembro
Risco aceitvel: Risco que foi reduzido a um nvel que possa ser aceite pela
organizao, tomando em ateno as suas obrigaes legais e a sua prpria poltica da
SHST.
Fonte: NP n. 4397 de 2008
Responsvel pela direo tcnica da obra: O tcnico designado pela entidade
executante para assegurar a direo efetiva do estaleiro.
Fonte: Decreto Lei n. 273/2003, de 29 de Outubro
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho 1
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
1 INTRODUO
1.1 Enquadramento do estgio
O presente trabalho, Relatrio Final de Curso TSSHT sobre a Avaliao de Risco
de uma empresa de Construo Civil, insere-se no mbito do curso de Tcnico Superior de
Segurana e Higiene do Trabalho, ministrado pela Concluso Estudos e Formao, Lda., e
tem por base um estgio de 160 horas, em contexto real de trabalho e em horrio laboral, na
empresa de construo civil Borges & Bernardinos Sociedade de construes, Lda.
1.2 Objetivos e metodologia utilizada
A finalidade principal do estgio a aplicao e consolidao dos conhecimentos e
competncias adquiridas durante a fase terica (540 horas), proporcionando uma viso
das vrias funes do Tcnico Superior de Segurana no Trabalho (ver Lei 42/2012).
O estgio decorreu sobre a vertente da construo cujo objetivos esto descritos
seguidamente:
a realizao de um manual de construo civil incluindo a elaborao deFichas de Procedimentos de Segurana (FPS), elaborao de uma lista de
verificao geral para a construo;
a realizao de auditorias tcnicas a obras para levantamento e identificao
dos perigos inerentes s vrias atividades, sugerir medidas corretivas a
implementar de modo a corrigir situaes de no conformidades;
sensibilizar todos os colaboradores da empresa para as vantagens da
existncia de uma poltica de segurana e higiene do trabalho e permitir o
termino da ps graduao de Tcnico de Segurana e Higiene no trabalho .
Efetuou-se vrias visita s obras para observao e registo fotogrfico dos respetivos
trabalhos que se encontravam em curso e dos equipamentos/mquinas presentes com o
objetivo de detetar eventuais no conformidades a nvel de segurana para anlise e
posterior apresentao de medidas preventivas/corretivas. Foi tambm preparado um
inqurito para realizar aos trabalhadores com vista a obter um feedback destes.
Com os dados recolhidos elaboraram-se avaliaes de risco para algumas tarefas e
as respetivas medidas preventivas/corretivas de segurana e higiene a adotar para cada
risco identificado, a metodologia utilizada foi o Mtodo MARAT.
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho 2
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
2 ENQUADRAMENTO LEGAL/NORMATIVO
2.1 Enquadramento Geral
Apresenta-se de seguida a principal regulamentao e normalizao aplicvel
atividade de construo civil.
Servios de SHSTLei n. 7/2009, de 12 de fevereiro Aprova a reviso do Cdigo do Trabalho.
Lei n. 105/2009, de 14 de setembro Regulamenta e altera o Cdigo do Trabalho,
aprovado pela Lei n. 7/2009, de 12 de Fevereiro, e procede primeira alterao da Lei n.
4/2008, de 7 de Fevereiro.
Lei n. 53/2011 de 14 de outubro Procede segunda alterao ao Cdigo do
Trabalho, aprovado em anexo Lei n. 7/2009, de 12 de Fevereiro, estabelecendo um novo
sistema de compensao em diversas modalidades de cessao do contrato de trabalho,
aplicvel apenas aos novos contratos de trabalho.
Lei n. 23/2012, de 25 de junho Terceira alterao ao Cdigo do Trabalho,
aprovado pela Lei n. 7/2009, de 12 de fevereiro
Declarao de Retificao n. 38/2012, de 10 de julho Retifica a Lei n. 23/2012, de
25 de junho, Procede terceira alterao ao Cdigo do Trabalho, aprovado pela Lei n.
7/2009, de 12 de fevereiro, publicada no Dirio da Repblica, 1. srie, n. 121, de 25 de
junho de 2012.
Lei n 47/2012, de 29 de agosto Procede quarta alterao ao Cdigo do
Trabalho, aprovado pela Lei n. 7/2009, de 12 de fevereiro, por forma a adequ-lo Lei n.
85/2009, de 27 de agosto, que estabelece o regime da escolaridade obrigatria para as
crianas e jovens que se encontram em idade escolar e consagra a universalidade da
educao pr-escolar para as crianas a partir dos 5 anos de idade.
Lei n. 102/2009, de 10 de setembro Regime jurdico da promoo da segurana e
sade no trabalho;
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho 3
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
Lei n. 42/2012, 28 de agosto Aprova os regimes de acesso e de exerccio das
profisses de tcnico superior de segurana no trabalho e de tcnico de segurana no
trabalho;
Portaria n. 55/2010, de 21 de janeiro Regula o contedo do relatrio anual
referente informao sobre a atividade social da empresa e o prazo da sua apresentao,
por parte do empregador, ao servio com competncia inspetiva do ministrio responsvel
pela rea laboral;
Portaria n. 255/2010, de 5 de maio Aprova o modelo do requerimento de
autorizao de servio comum, de servio externo e de dispensa de servio interno de
segurana e sade no trabalho, bem como os termos em que o requerimento deve ser
instrudo.
Acidentes de Trabalho e Doenas ProfissionaisLei n. 98/2009, de 4 de setembro Regulamenta o regime de acidentes de trabalho
e de doenas profissionais, incluindo a reabilitao e reintegrao profissionais, nos termos
do artigo 284. do Cdigo do Trabalho, aprovado pela Lei n. 7/2009, de 12 de Fevereiro.
Decreto-Lei n. 352/2007, de 23 de outubro Aprova a Tabela Nacional de
Incapacidades por Acidentes de Trabalho e Doenas Profissionais;
Decreto Regulamentar n. 6/2001, de 5 de Maio, alterado pelo Decreto Regulamentar
n. 76/2007, de 17 de Julho - Aprova a lista das doenas profissionais e o respetivo ndice
codificado.
Locais de Trabalho
Decreto-Lei n. 347/93 de 1 de outubro Transpe para a ordem jurdica interna a
Diretiva Comunitria n. 89/654/CEE, relativa s prescries mnimas de segurana e de
sade nos locais de trabalho;
Portaria n. 987/93 de 6 de outubro Estabelece as normas tcnicas relativas s
prescries mnimas de segurana e de sade nos locais de trabalho.
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Curso: Tcnico Superior de Segurana e Higiene no trabalho 4
Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
Equipamentos de Trabalho
Decreto-lei n. 50/2005, de 25 de fevereiro Relativo s prescries mnimas desegurana e de sade para a utilizao pelos trabalhadores de equipamentos de trabalho;
Decreto-Lei n. 103/2008, de 24 de junho Estabelece as regras relativas
colocao no mercado e entrada em servio das mquinas e respetivos acessrios,
transpondo para a ordem jurdica interna a Diretiva n. 2006/42/CE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, de 17 de Maio, relativa s mquinas e que altera a Diretiva n. 95/16/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Junho, relativa aproximao das legislaes
dos Estados membros respeitantes aos ascensores;
Decreto-Lei n. 295/98, de 22 de setembro Estabelece os princpios gerais de
segurana relativos aos ascensores e respetivos componentes, transpondo para o direito
interno a Diretiva n. 95/16/CE, de 29 de Junho;
Decreto-Lei n. 214/95, de 18 de agosto Estabelece as condies de utilizao e
comercializao de mquinas usadas, visando a proteo da sade e segurana dos
utilizadores e de terceiros.
Sinalizao de SeguranaDecreto-Lei n. 141/95, de 14 de junho Estabelece as prescries mnimas para a
sinalizao de segurana e de sade no trabalho;
Portaria n. 1456-A/95, de 11 de dezembro Regulamenta as prescries mnimas
de colocao e utilizao da sinalizao de segurana e de sade no trabalho.
Equipamentos de Proteo IndividualDecreto-Lei n. 128/93, de 22 de abril - Transpe para a ordem jurdica interna a
Diretiva do Conselho n. 89/686/CEE, de 21 de Dezembro, relativa aos equipamentos de
proteo individual;
Decreto-Lei n. 348/93, de 1 de outubro - Transpe para a ordem jurdica interna a
Diretiva n. 89/656/CEE, do Conselho, de 30 de Novembro, relativa s prescries mnimas
de segurana e de sade para a utilizao pelos trabalhadores de equipamento de proteoindividual no trabalho;
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Tema: Avaliao de riscos na construo civil
Formando: Nuno Cardoso
Portaria n. 988/93, de 6 de outubro Estabelece as prescries mnimas de
segurana e sade dos trabalhadores na utilizao de equipamento de proteo individual;
Portaria n. 1131/93, de 4 de novembro Estabelece as exigncia essenciais
relativas sade e segurana aplicveis aos equipamentos de proteo individual (EPI);
RudoDecreto-Lei n. 182/2006, de 6 de setembro Transpe para a ordem jurdica interna
a Diretiva n. 2003/10/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Fevereiro,
relativa s prescries mnimas de segurana e de sade em matria de exposio dos
trabalhadores aos riscos devidos aos agentes fsicos (rudo);
Decreto Legislativo Regional n. 23/2010/A, de 30 de junho Aprova o regulamento
geral de rudo e de controlo da poluio sonora e transpe para a ordem jurdica regional a
Diretiva n. 2002/49/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Junho, relativa
avaliao e gesto do rudo ambiente, a Diretiva n. 2002/30/CE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 26 de maro, relativa ao estabelecimento de regras e procedimentos para aintroduo de restries de operao relacionadas com o rudo nos aeroportos comunitrios,
e a Diretiva n. 2003/10/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Fevereiro,
relativa s prescries mnimas de segurana e sade em matria de exposio dos
trabalhadores aos riscos devidos ao rudo;
Decreto-Lei n. 96/2008, de 9 de junho Procede primeira alterao ao Decreto-Lei
n. 129/2002 de 11 de Maio, que aprova o Regulamento dos Requisitos Acsticos dos
Edifcios;
Decreto-Lei n. 278/2007, de 1 de agosto Altera o Decreto-Lei n. 9/2007 de 17 de
Janeiro, que aprova o Regulamento Geral do Rudo;
Decreto-Lei n. 9/2007, de 17 de janeiro Aprova o Regulamento Geral do Rudo e
revoga o regime legal da poluio sonora, aprovado pelo Decreto-Lei n. 292/2000 de 14 de
Novembro;
Decreto-Lei n. 221/2006, de 8 de novembro Transpe para a ordem jurdicainterna a Diretiva n. 2005/88/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de
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Tema: Avaliao de riscos na construo civil
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Dezembro, que altera a Diretiva n. 2000/14/CE, relativa aproximao das legislaes dos
Estados membros em matria de emisses sonoras para o ambiente dos equipamentos
para utilizao no exterior;
Decreto-Lei n. 146/2006, de 31 de julho Transpe para a ordem jurdica interna a
Diretiva n. 2002/49/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Junho, relativa
avaliao e gesto do rudo ambiente;
Decreto-Lei n. 293/2003, de 19 de novembro Transpe para a ordem jurdica
nacional a Diretiva n. 2002/30/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de marco,
relativa ao estabelecimento de regras e procedimentos para a introduo de restries de
operao relacionadas com o rudo nos aeroportos comunitrios;
Decreto-Lei n. 129/2002, de 11 de maio Aprova o Regulamento dos Requisitos
Acsticos dos Edifcios.
Movimentao Manual de CargasDecreto-Lei n. 330/93 de 25 de setembro Transpe para a ordem interna a Diretiva
n. 90/269/CEE, do Conselho, de 29 de Maio, relativa s prescries mnimas de seguranae de sade na movimentao manual de cargas.
VibraesDecreto-Lei n. 46/2006, 24 de fevereiro Transpe para a ordem jurdica nacional a
Diretiva n. 2002/44/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Junho, relativa s
prescries mnimas de proteo da sade e segurana dos trabalhadores em caso de
exposio aos riscos devidos a agentes fsicos (vibraes);
QumicosDiretiva 98/24/CE de 7 de Abril - Proteo da Segurana e da Sade dos
trabalhadores contra os riscos ligados exposio a agentes qumicos no trabalho;
Lei n. 2/2011, de 9 de fevereiro Remoo de amianto em edifcios, instalaes e
equipamentos pblicos;
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Tema: Avaliao de riscos na construo civil
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Lei n. 25/2010, de 30 de agosto Estabelece as prescries mnimas para proteo
dos trabalhadores contra os riscos para a sade e a segurana devidos exposio,
durante o trabalho, a radiaes ticas de fontes artificiais, transpondo a Diretiva n.
2006/25/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de Abril;
Decreto-Lei n. 24/2012, de 6 de fevereiro Consolida as prescries mnimas em
matria de proteo dos trabalhadores contra os riscos para a segurana e a sade devido
exposio a agentes qumicos no trabalho e transpe a Diretiva n. 2009/161/UE, da
Comisso, de 17 de Dezembro de 2009;
Decreto-Lei n. 98/2010 de 11 de agosto Estabelece o regime a que obedece a
classificao, embalagem e rotulagem das substncias perigosas para a sade humana ou
para o ambiente, com vista sua colocao no mercado, garantindo a aplicao;
Decreto-Lei n. 266/2007, de 24 de agosto Proteo sanitria dos trabalhadores
contra os riscos de exposio ao amianto durante o trabalho;
Decreto-Lei n. 305/2007 de 24 de agosto O presente decreto-lei transpe para a
ordem jurdica interna a Diretiva n. 2006/15/CE, da Comisso, de 7 de Fevereiro, que
estabelece a segunda lista de valores limite de exposio profissional indicativos paraexecuo da Diretiva n. 98/24/CE, do Conselho, de 7 de Abril.
Organizao de EstaleirosDecreto-lei n. 273/2003, de 29 de outubro Procede reviso da regulamentao
das condies de segurana e de sade no trabalho em estaleiros temporrios ou mveis,
constante do Decreto-Lei n. 155/95 de 1 de Julho, mantendo as prescries mnimas de
segurana e sade no trabalho estabelecidas pela Diretiva n. 92/57/CEE, do Conselho, de24 de Junho;
Decreto-lei n. 41821/1958 de 11 de agosto Aprova o Regulamento de Segurana
no Trabalho da Construo Civil;
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2.2 Enquadramento Legislativo e Normativo da Avaliao de
Riscos
A avaliao e identificao de riscos constitui um dos princpios de preveno
consagrados na Lei n. 102/2009, de 10 de setembro (regime jurdico de promoes de
segurana e sade no trabalho), devendo o empregador proceder identificao e
avaliao dos riscos previsveis aquando da conceo das instalaes, locais e processos
de trabalho, bem como no decurso da atividade da empresa, estabelecimento ou servio.
Na sequncia desta identificao e avaliao, que se traduz num processo global de
estimativa da grandeza do risco e de deciso sobre a sua aceitabilidade, devem-se planificar
as atividades de preveno.
Decorre tambm da Lei n. 102/2009 que, regulamentou o cdigo do trabalho, que
uma das atividades principais dos servios de segurana, higiene e sade no trabalho,
independentemente da modalidade de organizao adotada (interna, externa ou
interempresas), consiste na identificao e avaliao dos riscos para a segurana e sade
nos locais de trabalho.
No entanto, a lei no indica a metodologia a adotar nesta identificao e avaliao, o
que significa que compete ao tcnico superior de segurana e higiene do trabalho a escolha
do mtodo que considere adequado, face realidade que pretende avaliar.
O artigo 15 da Lei n. 102/2009, de 10 setembro, a atividade de preveno deve
seguir os denominados Princpios Gerais da Preveno:
Principio n. 1 Evitar ou eliminar os perigos:
O perigo, enquanto potencial de dano inerente aos componentes de trabalho, deve serobjeto de anlise sistemtica tendo em vista a sua deteo e eliminao.
Esta primeira atitude preventiva deve ter lugar no s na fase de laborao, mas,
tambm, na fase de conceo e projeto. Ora, toda esta ao s possvel num quadro de
competncias de gesto desenvolvidas e de integrao da preveno nos momentos
decisivos do projeto e do planeamento.
Na atividade da Construo este princpio tem particular aplicao na atividade
desenvolvida em torno do empreendimento antes da abertura do estaleiro, nomeadamente
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no mbito dos processos relacionados com a elaborao do projeto, bem como com a
definio do programa de trabalhos e com a elaborao do projeto do estaleiro.
Por sua vez, na fase de execuo a eliminao dos perigos deve ser uma
preocupao constante no mbito das aes de planeamento das operaes e de
verificao das condies de execuo dos trabalhos, seja ao nvel dos condicionalismos
existentes, seja ao nvel dos mtodos e processos de trabalho e das condies de utilizao
dos equipamentos, materiais e produtos utilizados.
Principio n. 2 Avaliar os riscos que no podem ser evitados ou eliminados:
O risco resulta de um perigo no eliminado que vai persistir na situao de trabalho,
contando com a interao de um ou de vrios trabalhadores. Avaliar os riscos significa
desenvolver todo um processo que visa obter dos riscos o conhecimento necessrio
definio de uma estratgia preventiva (origem do risco, natureza do risco, consequncias
do risco, trabalhadores expostos ao risco).
Na atividade da Construo a avaliao dos riscos deve ter lugar desde a elaborao
do projeto, passando pelo planeamento, at superviso das diversas operaes que
integram o processo construtivo. Este processo sistemtico de avaliao de riscos dar
lugar elaborao do planeamento das medidas preventivas em diversos planos:
No PSS elaborado durante o projeto;
No desenvolvimento introduzido a este PSS para a fase de execuo da obra;
Na Compilao Tcnica, onde a avaliao visa prevenir os riscos associados s
intervenes que tenham lugar na edificao aps a sua construo.
Principio n. 3 Combater os riscos na origem:
Tendo em vista a mxima eficcia possvel na preveno, o risco deve ser,preferencialmente, combatido no plano dos fatores de trabalho que lhe do origem. Na
atividade da Construo este princpio deve ser tido em conta particularmente nas
abordagens preventivas que tenham lugar sobre os modos operatrios, bem como sobre os
equipamentos, materiais e produtos utilizados.
Principio n. 4 Adaptar o trabalho ao Homem:
Todos os fatores do trabalho devem ser, tanto quanto possvel, concebidos e
organizados em funo das caractersticas das pessoas que o executam (conceo e
organizao produtiva das frentes de obra e da execuo dos trabalhos, das ferramentas e
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equipamentos, dos mtodos e processos de trabalho, dos ritmos de trabalho e tempos de
trabalho, etc.).
Na Construo este princpio de grande aplicao, em virtude da natureza provisria
dos elementos de trabalho e da grande quantidade e diversidade de processos de trabalho,
equipamentos, produtos e materiais utilizados.
Principio n. 5 Atender ao estado de evoluo da tcnica:
Atender permanente evoluo tecnolgica, tendo em vista detetar novos riscos, mas,
tambm, novas solues preventivas integradas nos componentes de trabalho (mquinas
mais seguras, produtos no txicos, etc.) e novos mtodos mais eficazes de avaliar e
controlar riscos.
A pertinncia deste princpio na atividade da Construo relaciona-se com a intensa
inovao tecnolgica que se verifica nos processos construtivos, equipamentos de estaleiro
e materiais da construo, bem como nos equipamentos de proteo disponibilizados, em
particular os equipamentos de proteo coletiva.
Principio n. 6 Substituir o que perigoso pelo que isento de perigo ou
menos perigoso:A evoluo tecnolgica resolve algumas situaes de perigo (eliminando-o ou
reduzindo-o), devendo isso mesmo ser potenciado na melhoria dos fatores de trabalho.
Deve, assim, ser conhecida toda a fonte de perigo existente na empresa e
permanentemente processar-se a procura de melhores solues, na medida do possvel.
Na Construo, entre outros domnios, ser de atender aplicao deste princpio no
que respeita s opes arquitetnicas, processos e mtodos construtivos, aos materiais e
produtos, onde se verifica uma considervel evoluo de alternativas com nveis de
perigosidade mais reduzidos.
Por outro lado, o desenvolvimento tecnolgico vem permitindo cada vez mais a
substituio do trabalho baseado no esforo humano pela ao das mquinas (como
sucede, por exemplo, nas tecnologias de movimentao de terras e de elevao e
movimentao de cargas).
Principio n. 7 Planificar a preveno:
As medidas de preveno s produzem efeito duradouro e eficaz quando se articulamcoerentemente entre si (medidas tcnicas sobre os componentes materiais do trabalho
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articuladas com medidas de organizao do trabalho e com medidas sobre as competncias
dos trabalhadores) e com a lgica da produo e com a poltica de gesto da empresa.
A planificao da preveno assume na atividade da Construo uma importncia
determinante, na medida em que a dinmica do processo construtivo exige uma antecipao
considervel na previso das medidas, seja para garantir a sua integrao nas definies de
projeto e na programao dos trabalhos, seja para viabilizar a articulao das medidas
necessrias (medidas de preveno, medidas de formao e medidas de proteo coletiva e
individual).
Principio n. 8 Priorizar a proteo coletiva sobre a proteo individual:
As medidas de proteo s devero ser usadas quando as medidas de preveno
estiverem esgotadas e no sejam suficientes para controlar o risco.
Quanto aos sistemas de proteo coletiva devero observar-se as seguintes regras:
Serem implementados o mais prximo possvel do ponto de manifestao do risco, de
forma a traduzirem-se num grau de proteo do trabalhador com eficcia suficiente;
Terem em conta as situaes de trabalho e atenderem aos fatores de resistncia dos
materiais e de estabilidade das estruturas;
Ser-lhes garantida a permanncia (no espao e no tempo) necessria.
Quanto proteo individual, refira-se que o ltimo reduto da proteo do
trabalhador e, da, a sua colocao em ltimo lugar no elenco dos princpios gerais de
preveno. Face proteo coletiva, a proteo individual dever entrar quando/e se a
proteo coletiva for tecnicamente impossvel ou insuficiente. A proteo individual assume,
assim, um carcter complementar e, quando utilizada, deve adequar-se:
Ao risco;
Ao trabalhador;
situao de trabalho.
A especificidade dos trabalhos construtivos determina uma necessidade muito elevada
de recurso a medidas de proteo coletiva e de proteo individual, pelo que importa
garantir uma adequada gesto destas medidas de acordo com a prioridade estabelecida
neste princpio que deve ser conferida proteo coletiva.
Principio n. 9 Formar e informar:
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A formao e a informao constituem a abordagem preventiva central, na medida em
que dela depende o desenvolvimento de competncias necessrias participao
generalizada de todos os trabalhadores na preveno.
A formao e a informao assumem na atividade da Construo uma importncia
excecional, face diversidade de fatores de risco elevado e ao elevado nmero de
participantes no processo construtivo. Por outro lado, tal importncia relaciona-se, ainda,
com a necessidade de se garantir permanentemente a integrao dos executantes nos
diversos processos de planeamento dos trabalhos que se registam durante a obra bem
como nas novas tecnologias utilizadas.
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3 CARATERIZAO DA EMPRESA
3.1 Localizao
A Borges & Bernardinos Sociedade de construes, Lda., uma empresa do
distrito da Guarda, conselho de Gouveia, com sede (Figura 1) em Lagarinhos, possui o CAE
n. 41200.
Figura 1 - Mapa de Localizao da Borges & Bernardinos Sociedade de construes, Lda..
Fonte: Google Maps
3.2 Enquadramento histrico
A B&B, foi criada em 1999, uma empresa dedicada construo, reconstruo,
demolio de edifcios residncias e no residncias e muros de suporte
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3.3 Organograma da empresa
Devido s dimenses da empresa, esta no possui organograma definido, dada esta
situao elaborei um organograma (figura 2). A empresa constituda por dois scios sendo
um deles o gerente, possui servios externos de contabilidade e higiene, segurana e sade
no trabalho.
Figura 2 Organograma da empresa
Colaboradores:
A empresa tem na sua constituio 12 trabalhadores incluindo os dois scios, todos os
trabalhadores se encontram em contacto direto com trabalhos de risco.
Administrao
DiretordeProduo
Chefesdeequipa
Equipasdetrabalho
Contabilidade(Serviosexternos)
Higiene,seguranaesade
(Serviosexternos)
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Horrio de trabalho:
Na B&B o horrio de trabalho o que se encontra apresentado na tabela seguinte:
Tabela 1 Horrio de trabalho
Perodo de trabalho2 6 feira
Perodo de almoo2 6 feira
Durao Total
8 horas s 17 horas 12 horas s 13 horas 8 horas
3.4 Alvar da empresaA empresa detentora de alvar nvel 1 emitido pelo INCI Instituto da Construo e
Imobilirio.
A empresa tem aptido para desempenhar trabalhos:
1. Categoria Edifcios e Patrimnio Construdo;
Empreiteiro geral ou construtor geral de edifcios de construo
tradicional;
Empreiteiro geral ou construtor geral de reabilitao e conservao de
edifcios;
1. Estruturas e elementos de beto;
4 Alvenarias, rebocos e assentamento de cantarias;
5 Estuques, pinturas e outros revestimentos;
8 Canalizaes e condutas em edifcios;
5. Categoria Outros Trabalhos:
1 Demolies;
9 Armaduras para beto armado;
10 Cofragens; 12 Andaimes e outras estruturas provisrias;
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3.5 Servio de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho
De acordo com o artigo n. 78 da Lei n 102/2009 de 10 de Setembro, a nossa
empresa considerada de risco elevado, que exige servio interno no mbito da segurana
e higiene no trabalho caso o nmero de trabalhadores expostos seja igual ou superior a 30.
Na B&B, e uma vez que atualmente existem 12 trabalhadores, apenas possuir um servio
externo de forma a cumprir os servios mnimos exigidos por lei.
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4 CARACTERIZAO DA OBRAO presente relatrio de estgio surge no mbito do estgio na empresa B&B, para o
trmino do curso de Tcnico Superior de Higiene e Segurana. A realizao do estgio
fulcral pois possibilita ao estagirio o aperfeioamento das suas aptides relacionais e de
trabalho em equipa.
4.1 Descrio da obra
Dada a conjuntura atual da construo civil a empresa possui algumas obras de
pequena dimenso tais como remodelaes de telhados, construo de muros de suporte,
demolies, aplicao de sistema ETICS (Sistema de Isolamento Trmico pelo exterior) e
reconstruo de moradia localizada na freguesia de Lagarinhos.
A reconstruo da moradia foi a que acompanhei mais de perto realizando tambm
visitas as outras obras.
Aquando da visita obra encontravam-se a decorrer as seguintes tarefas:
Cofragem de muros de suporte em beto e de elementos estruturais do anexo
(garagem);
Betonagem de muros de suporte e de elementos estruturais do anexo (garagem);
Alvenaria de interiores;
Reboco de paredes e tetos exteriores;
Colocao de telha.
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5 APRESENTAO DA FORMAO EM CONTEXTO DETRABALHO
5.1 Plano de Segurana e sade (PSS)
O enquadramento do PSS na avaliao do nvel de segurana na construo, constitui
uma mais-valia na construo a nvel de segurana e higiene no trabalho.
De forma a garantir a adaptao e evoluo do Plano de Segurana e Sade (PSS),
bem como verificar a sua adequao, a coordenao de segurana e de sade para a fase
de obra dever solicitar ao empreiteiro os mtodos construtivos que este ir utilizar s
diversas atividades a executar em obra. Segundo o DL n. 273/2003, de 29 de outubro
obrigatrio mediante o esquema apresentado na figura 3.
Figura 3 Fluxograma obrigatoriedade PSS
Existe Projeto
No
Os trabalhosimplicam Riscos
especiais?
NoRegime Geral de
SHST
Sim
Ficha deProcedimento de
Segurana **
SimPlano de
Segurana eSade
obrigatria aComunicao
Prvia
Sim
Plano de Segurana eSade *
No
Os trabalhos implicamriscos especiais ?
Sim
Ficha deProcedimento de
Segurana **
NoRegime Geral de
SHST
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1
* Elaborado pelo coordenador de segurana em projeto ou tcnico designado pelo dono de obra.** Elaborado pela entidade executante.
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Segue-se que de forma a garantir a adequabilidade do plano de segurana e sade
obra seja implementada a seguinte abordagem deste problema:
Solicitao ao empreiteiro dos mtodos construtivos a empregar em cada
atividade de construo;
Avaliao e anlise conjunta entre tcnico superior de segurana e empreiteiro
dos riscos envolvidos em cada atividade;
Avaliao semanal conjunta entre o coordenador ou tcnico superior de
segurana e empreiteiro da adequabilidade do plano de segurana e sade, no
que respeita avaliao de riscos das atividades que iram ser executadas no
perodo temporal seguinte;
Definio das medidas e tcnicas de preveno a implementar para a
eliminao ou minimizao dos riscos detetados na fase de avaliao;
Incorporao no plano de segurana e sade das adaptaes e evolues
referentes avaliao de riscos das atividades em obra.
5.2 Ficha de procedimento de Segurana
A ficha de procedimento de segurana (FPS) um documento nico para cadamquina, equipamento ou tarefa que informa a todos os colaboradores o procedimento ou
procedimentos de segurana a tomar no manuseamento destes.
A FPS (Anexo 3) contm a informao essencial em matria de segurana e sade
relativa a este e qualquer empreendimento a construir o principal instrumento de preveno
dos riscos profissionais na execuo da obra, pelo que o seu cumprimento, por todos os
intervenientes Dono da obra, Entidade executante, Coordenador de segurana em obra
(quando aplicvel), subempreiteiros e Trabalhadores independentes, ter de ser
assegurado.
Para tal, a entidade executante da obra, aps aprovao por parte do dono da obra,
far a sua distribuio nas partes aplicveis aos seus trabalhadores, subempreiteiros e
trabalhadores independentes por si contratados. A FPS dever ser divulgada atravs de
aes de informao e formao e devem, inclusive, assinar o comprovativo de formao.
O cumprimento deste plano implica a satisfao de um conjunto de procedimentos de
segurana e de um sistema de responsabilizao a todos os nveis, envolvendo todos os
intervenientes da obra. Esta responsabilizao assenta tambm no princpio segundo o
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qual, cada trabalhador responsvel pela sua segurana e sade, bem como pela de outros
trabalhadores ou terceiros que possam ser afetados pelas suas aes.
5.3 Formao dos Trabalhadores
Segundo o artigo n. 18 da lei n. 102/2009, de 10 de setembro, da obrigao da
entidade empregadora assegurar a formao e a informao dos trabalhadores, tendo em
conta as funes que desempenhem e o posto de trabalho que ocupam.
Atendendo s caractersticas dos trabalhos a realizar na execuo da empreitada, s
condicionantes existentes e aos mtodos e processos construtivos, considera-se relevante
preparar um plano de formao e informao dos trabalhadores de forma a assegurar o
cumprimento da referida obrigao. Este plano inclui aes de diversos tipos,
nomeadamente:
Aes de sensibilizao da generalidade dos trabalhadores para a segurana e
sade no trabalho
Realizao de inquritos que permitam fazer uma anlise dos conhecimentos
ao nvel da segurana e higiene dos trabalhadores (Anexo 1).
5.4 Equipamento de proteo coletiva (EPC)Como foi dito nos princpios gerais de preveno deve-se dar prioridade s medidas
de proteo coletivas em relao s medidas de proteo individuais.
Estas medidas atuam sobre os meios de trabalho (instalaes, mquinas,
equipamentos de trabalho), com o intuito de eliminar, envolver ou reduzir o fator de risco.
Tambm pode ser definida como a tcnica que protege simultaneamente mais de uma
pessoa.
As quedas em altura so a causa de mais de metade das mortes que ocorrem naconstruo civil em Portugal.
Os EPC so ento fundamentais e obrigatrios para evitar quedas a nvel diferente de
pessoas que trabalham, ainda que em operaes ocasionais e de curta direo, ou circulam
em locais elevados, nos seus acessos ou na proximidade de taludes ou buracos existentes
no piso.
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5.4.1 Exemplo de proteo coletiva (Guarda Corpos)
Sempre que haja risco de queda em altura ou de queda de materiais, devem ser
tomadas medidas de proteo coletiva adequadas e eficazes utilizando os Guarda-corpos.
Estes devem ter a estabilidade e resistncia necessria e terem dimenses que assegurem
o seu objetivo (impedir a queda).
Segundo o Artigo 40do Decreto n 41821, de 11 de Agosto de 1958, estabelece que:
Os guarda-corpos, com seco transversal de 0,30 m pelo menos sero postos
altura mnima de 1 m acima do pavimento, no podendo o vo abaixo deles ultrapassar a
medida de 0,85m como demostra a figura 4.
Figura 4 Dimenses regulamentares
Estas imposies legais mantm-se em vigor, apesar de considerar-se desadequada
como medida preventiva eficaz, pois a abertura permitida de 85 cm possibilita a passagem
de um corpo adulto no caso de, por exemplo, escorregamento. Na prtica, utiliza-se umabarreira intermdia.
Na figura 5 demostro a constituio dos guarda-corpos.
Pinas ou Garras servem para fixar os montantes por aperto ao bordo da laje.
Montantes devem ficar solidamente fixos sem que se verifiquem oscilaes. O
espaamento entre montantes , usualmente, de 2 metros no mximo.
Elementos horizontais devem ser colocados a 50 e 100 cm acima do plano de
trabalho, fixados aos montantes, em encaixes apropriados. So usualmente utilizadas as
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pranchas de madeira que devem estar em bom estado, isentas de ns e pregos e com um
empalme mnimo de 25 cm.
Rodap (no Decreto n 41821 designado de guarda-cabeas) pode ser constitudo
por prancha de madeira com 15 cm de altura tambm solidamente fixada aos montantes. O
espao entre o rodap e o cho no deve permitir a passagem de objetos, mesmo de
pequenas dimenses.
Figura 5 Constituio dos guarda-corpos
5.5 Equipamento de proteo individual (EPI)
O DL n 348/93, de 1 de Outubro, artigo 3, define o Equipamento de Proteo
Individual (EPI) como sendo todo o equipamento, bem como qualquer complemento ou
acessrio, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos, para sua
segurana e para a sua sade
Os EPI devem, ser usados apenas na impossibilidade de adoo de medidas de
ordem geral, nomeadamente: equipamentos de proteo coletiva ou medidas de
engenharia.
So dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado proteo de
riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho.
Para o presente trabalho foi elaborado um folheto (Anexo 5) onde indica as
obrigaes quer do empregador quer do trabalhador, estando indicado tambm os EPI mais
importantes na construo civil e a informao que tipo de riscos eles protegem.
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5.5.3 Principais tipos de proteo individual
Na tabela 2 esto indicados os principais tipos de proteo individual e respetivas normas.
Tabela 2 Principais tipos de proteo individual e normas aplicveis
Parte do corpo a
proteger
Equipamento de Proteo
Individual
Normas aplicveis aos EPI
Cabea Capacetes de Segurana
Bons, barretes e chapus
Capacetes para usos especiais(fogo e produtos qumicos)
NP EN 397:1997 Capacetes de
proteo
Olhos e face culos de proteo
Viseiras faciais
Viseiras para soldadura
EN 166:2001 Proteo individual
dos olhos. Especificaes.
Ouvidos Abafadores
Protetores de insero (tampes)
EN 352-1:2002 Protetores
auditivos. Requisitos gerais. Parte
1: Protetores
Auriculares e parte 2 tampes
auditivos
Vias respiratrias Mscaras filtrantes contra poeira
e gases
Equipamentos isoladores com
aprovisionamento de ar
Aparelhos e material para
mergulhadores
NP EN 133:2004 Aparelhos de
proteo respiratrias.
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Mos e braos Luvas
Manguitos
NP EN 388:2005 Luvas de proteo
contra riscos mecnicos.
NP EN ISO 10819:2001 Vibrao e
choque mecnicos. Vibrao mo e
brao. Mtodo para a medio e a
avaliao da transmissibilidade da
vibrao das luvas na palma da
mo.
Parte do corpo a
proteger
Equipamento de Proteo
Individual
Normas aplicveis aos EPI
Ps e pernas Sapatos e botas de segurana
Sapatos e botas de proteo
(vibraes, calor, etc.)
Polainas e palmilhas
EN 345-1:1997 Especificao
relativa aos calados de segurana
para uso profissional.
Pele Cremes de proteo
Tronco e abdmen Coletes, aventais contra
agresses mecnicas e qumicas
Coletes trmicos e salva-vidas
Cintos de proteo lombar
Aventais contra raios X
Corpo inteiro Equipamentos e dispositivos de
proteo contra quedas, arneses
e cintos
Vesturio de proteo
NP EN 471:1999 Vesturio de
sinalizao de grande
visibilidade.
5.5.4 Equipamentos de proteo individual por categoria profissional
Na escolha dos EPI que cada trabalhador ir utilizar, tem de se levar em conta a
possibilidade de uso permanente ou de uso temporrio. No caso de serem de uso
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permanente devero ser utilizados durante a permanncia de qualquer trabalhador no
estaleiro. Contrariamente, se forem de uso temporrio s tero de ser utilizados
dependendo das condies de trabalho a que possam estar sujeitos. O plano de proteo
individual o apresentado na tabela 3.
Os equipamentos de proteo individual devem adequar-se atividade a executar e,
como tal, distribuem-se pelas diferentes categorias profissionais. Os EPI dependem da
obrigatoriedade do seu uso em tempo integral ou apenas durante a execuo de
determinada tarefa
Tabela 3 - Plano de proteo individual
Legenda: "O" obrigatrio: "T" temporrio
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6 AVALIAO DE RISCOSNo decurso da avaliao de risco na empresa, foi efetuado o levantamento das
condies de segurana associadas s tarefas, equipamentos e processos de trabalho, e
registadas as no conformidades que, na interpretao dos tcnicos, podero ser
potenciadoras de acidentes ou de doenas profissionais.
Esta avaliao visa, unicamente, a identificao e valorizao de riscos associados
segurana e sade, e no pretende avaliar outras reas associadas, tais como o bem-estar
do trabalhador, a segurana do produto, os danos de propriedade ou os impactosambientais.
Todos os elementos presentes nesta avaliao podem ser incorporados em qualquer
outro tipo de sistemas de gesto de segurana e sade no trabalho, e utilizvel em
entidades ou organizaes de qualquer dimenso, independentemente da natureza das
suas atividades.
Para tentar clarificar melhor o que uma avaliao de riscos, apresenta-se o esquema
seguinte:
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Figura 6 Modelo de Gesto do Risco
A avaliao de risco est presente no PSS e que est ligado aos perigos no local de
trabalho. Esta no mais nem menos do que uma anlise sistemtica de todos os aspetos
do trabalho e que verifica:
Aquilo que pode causar leso ou dano;
Se um determinado perigo pode ser eliminado ou no;
Quais as medidas de preveno/correo que existem ou deviam existir para
restringirem os riscos.
A OIT publicou uma tabela (tabela4) com o cdigo de origem dos riscos laborais.
Tabela 4 Tabela de Risco OIT
Fonte: mdulo de controlo de risco
Cdigo de Riscos Laborais (OIT)
1. Mecnicos
1.1 Quedas em altura
1.2 Quedas ao mesmo nvel
5. Biolgicos
5.1 Vrus
5.2 Bactrias
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1.3 Entalamentos
1.4 Golpes
1.5 Quedas de objetos
1.6 Cortes
1.7 Choques
1.8 Projeo de objetos
2. Eltricos
2.1 Contacto direto
2.2 Contacto Indireto
2.3 Eletricidade esttica3. Fsicos
3.1.Iluminao
3.2 Rudo
3.3 Radiaes ionizantes
3.4 Radiaes no ionizantes
3.5 Temperaturas baixas
3.6 Temperaturas altas
5.3 Fungos
5.4 Parasitas
6. Ergonmicos
6.1 Sobrecarga e sobre esforos
6.2 Postura de trabalho
6.3 Desenho do posto de trabalho
7. Psicossociais
7.1 Monotonia
7.2 Sobrecarga horrias
7.3 Sobrecarga de trabalho7.4 Atendimento pblico
7.5 Stress individual
7.6 Stress organizacional de grupo
8. Ordem e limpeza
8.1 Ordem
8.2 Armazenamento
Cdigo de Riscos Laborais (OIT)
3.7 Vibraes
4. Qumicos
4.1 Poeiras
4.2 Gases e vapores detetveis
organolepticamente
4.3 Gases e vapores no detetveis
organolepticamente4.4 Lquidos
4.5 Fumos
8.3 Limpeza
9. Incndios
9.1 Combustveis slidos
9.2 Combustveis lquidos
9.3 Combustveis gasosos
9.4 De origem eltrica
9.5 Combinaes9.6 Exploses
6.1 Identificao dos perigos (lista de verificao)
Para proceder anlise dos riscos associados s vrias atividades desenvolvidas nas
empresas de construo civil, foi elaborado uma lista de verificao ou check-list (Anexo 2)
de diagnstico das condies de segurana e higiene dos postos e reas de trabalho.
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O propsito desta lista de verificao foi o de elaborar uma ferramenta que me
ajudasse na identificao dos perigos inerentes a cada um dos setores e tarefas avaliadas.
Aps a elaborao da lista de verificao, procedeu-se ao levantamento de dados,
atravs da observao no local, dilogo com os responsveis pela empresa e trabalhadores,
para conhecimento do processo produtivo e posterior levantamento das no conformidades.
A anlise dos dados obtidos na avaliao permite tirar uma concluso acerca da
gravidade e da urgncia de interveno (determinao do nvel de risco), de forma a
possibilitar a implementao do plano de ao ao nvel das medidas de controlo de riscos
profissionais.
A lista de verificao serviu de base para a anlise das condies de segurana ehigiene existentes nas vrias atividades desenvolvidas no local da construo.
A grande vantagem da lista a constatao rpida das conformidades e das no
conformidades presentes nas leis.
Na tabela 5 encontra-se as no conformidades existentes em obra.
Tabela 5 No conformidades em obra
No conformidades LegislaoMedidas
preventivas/corretivas
Prazo de
implementao
Os trabalhadores no
usam EPI
nomeadamente
capacete
a) do Art. 8 do DL
n. 348/93
Ministrar uma formao
sobre consequncias da
falta de EPI
1 semana
Imediato
n. 7 do Art. 15 da
Lei n. 102/2009O estaleiro no tem
vedao colocada i) do Art. 20 do DL
n. 273/2003
Delimitar o estaleiro pormeio de barreiras fsicas
neste caso com vedao
em chapa ou rede
1 ms
Muito urgente
b) do Art. 22 do
DL n. 273/2003O estaleiro est
desarrumado c) do Art. 22 do
DL n. 273/2003
Arrumar os materiais que
j no so utilizados e
delimit-los com rede
sinalizadora e criar vias
de circulao
1 meses
Muito urgente
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Os trabalhadores no
tm uma postura
correta na
movimentao manual
de cargas
n. 4 do Anexo 1 doDL n. 273/2003
Ministrar uma formao
sobre movimentao
manual de cargas
6 meses
Urgente
n. 10 do Anexo 1
do DL n. 273/2003
O estaleiro est
desarrumado n. 11 do Anexo 1
do DL n. 273/2003
Arrumar os materiais que
j no so utilizados,
colocar o entulho num
ponto s e delimit-los
com rede sinalizadora ecriar vias de circulao
1 ms
Muito urgente
No existe instalaes
sanitrias
n. 14 do Anexo 1
do DL n. 273/2003
Criar ou colocar
instalaes sanitrias
1 semana
Imediato
6.2 Enquadramento Legislativo e Normativo da Avaliao de
RiscosA avaliao e identificao de riscos constitui um dos princpios de preveno
consagrados na Lei n. 102/2009, de 10 de setembro artigo n. 42 (regime jurdico de
promoes de segurana e sade no trabalho), devendo o empregador proceder
identificao e avaliao dos riscos previsveis aquando da conceo das instalaes, locais
e processos de trabalho, bem como no decurso da atividade da empresa, estabelecimento
ou servio.
Na sequncia desta identificao e avaliao, que se traduz num processo global de
estimativa da grandeza do risco e de deciso sobre a sua aceitabilidade, devem-se planificar
as atividades de preveno.
Decorre tambm da Lei n. 102/2009 que, regulamentou o cdigo do trabalho, que
uma das atividades principais dos servios de segurana, higiene e sade no trabalho,
independentemente da modalidade de organizao adotada (interna, externa ou
interempresas), consiste na identificao e avaliao dos riscos para a segurana e sade
nos locais de trabalho.
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No entanto, a lei no indica a metodologia a adotar nesta identificao e avaliao, o
que significa que compete ao tcnico superior de segurana e higiene do trabalho a escolha
do mtodo que considere adequado, face realidade que pretende avaliar.
6.3 Mtodo de Avaliao de Riscos
Neste trabalho, a metodologia adotada para a avaliao de riscos foi o mtodo
simplificado quantitativo - Mtodo de Avaliao de Riscos de Acidentes de Trabalho
(MARAT).
Mtodo de Anlise de Riscos e Acidentes de Trabalho MARAT, este modelo permite
hierarquizar de modo racional a prioridade de eliminao, minimizao e/ou controlo do
risco, dando-nos uma informao clara acerca do seu grau de probabilidade de ocorrncia e
magnitude dos danos (consequncias).
Num contexto real de trabalho devero ser feitos levantamentos dos mtodos de
trabalho associados s mquinas, aos equipamentos e s instalaes; s condies de
trabalho, observando-se cada tarefa desenvolvida, identificando-se os riscos inerentes a
cada operao, tal como o comportamento dos trabalhadores.
Neste mtodo consideraremos quatro nveis para a classificao de cada varivel:
NP (nvel de probabilidade);
NR (nvel de risco);
NS (nvel de severidade/consequncia);
ND (nvel de deficincia).
O nvel de probabilidade (NP) resulta da multiplicao do nvel de exposio e o nvel de
deficincia.
O resultado da probabilidade multiplicado pelo nvel de severidade ou consequncia vai dar
o nvel de risco. E mediante o valor do nvel de risco assim ser o nvel de interveno.
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Este mtodo pode ser esquematizado pelo fluxograma que se segue (Figura 7)
X
XNvel de
Risco(NR)
Nvel deInterveno
(NI)
Nvel deProbabilidade
(NP)
Nvel deExposio
(NE)
Nvel deDeficincia
(ND)Nvel de
Consequncia(NC)
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Nvel de Deficincia (ND)
Na tabela 6 est descrito o nvel de deficincia que a grandeza esperada entre os
fatores de risco considerados e a sua relao causal direta com o possvel acidente.
Tabela 6 Nvel de Deficincia
Nvel dedeficincia
NC Significado
Muito deficiente
(MD)
10
Detetaram-se fatores de risco significativos que determinamcomo muito possvel a gerao de falhas. O conjunto de
medidas preventivas existentes em relao ao risco resultaineficaz.
Deficiente
(D)6
Detetou-se algum fator de risco significativo que precisa deser corrigido. A eficcia do conjunto de medidas preventivasexistentes v-se reduzida de forma aprecivel.
Melhorvel
(M)2
Detetaram-se fatores de risco de menor importncia. Aeficcia do conjunto de medidas preventivas existentes emrelao ao risco no se v reduzida de forma aprecivel.
Aceitvel(A)
- No se detetou nenhuma anomalia destacvel. O risco estcontrolado. No se valoriza.
Nvel de Exposio (NE)
a medida de frequncia com que se d a exposio ao risco. Para um determinado
risco, o nvel de exposio pode-se estimar em funo do tempo de permanncia nos locais
de trabalho, operaes com mquinas, etc., classificado em 4 classes conforme indicado
na tabela 7.
Tabela 7 Nvel de Exposio
Nvel deexposio
NC Significado
Continuada (EC) 4Continuamente. Vrias vezes durante a jornada laboral comtempo prolongado.
Frequentemente(EF)
3Vrias vezes durante a jornada de trabalho, se bem que comtempos curtos.
Ocasional (EO) 2Alguma vez durante a jornada de trabalho e com um perodo
curto de tempo.
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Espordica (EE) 1 Irregularmente.
Nvel de Probabilidade (NP)
Em funo do nvel de deficincia das medidas preventivas e do nvel de exposio
de risco, determina-se o nvel de probabilidade (NP), o qual se pode expressar como o
produto de ambos os termos:
Na tabela 8 encontra-se a determinao do nvel de probabilidade referente
multiplicao do nvel de deficincia com o nvel de exposio.
Na tabela 9 est descrito o significado de cada nvel de probabilidade.
Tabela 8 Determinao do nvel de probabilidade
NVEL DE EXPOSIO (NE)
4 3 2 1
10
MA
40
MA
30
A
20
A
10
6
MA
24
A
18
A
12
M
6
NVELDE
DEFIC
INCIA
(ND)
2
M
8
M
6
B
4
B
2
Tabela 9 Significado dos diferentes nveis de probabilidade
Nvel de
ProbabilidadeNP Significado
Muito Alta (MA) Entre 40 24
Situao deficiente, com exposio continuada ou muito
deficiente, com exposio frequente. Normalmente a
materializao de risco ocorre com frequncia
Alta (A) Entre 20 10
Situao deficiente, com exposio frequente ou ocasional ou
muito deficiente, ou situao muito deficiente com exposio
ocasional ou espordica. A materializao do risco possvel
que suceda vrias vezes no ciclo de vida laboral
Mdia (M) Entre 8 6
Situao deficiente, com exposio espordica ou situao
melhorvel com exposio continuada ou frequente. Existe
possibilidade de dano
Baixa (B) Entre 4 2 Situao melhorvel, com exposio ocasional ou espordica.
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No expetvel a ocorrncia de risco, ainda que seja
concebvel.
Nvel de Consequncias (NC)
As consequncias dos acidentes referem-se aquelas que so normalmente
esperadas no caso da materializao do risco.
Para classificar o nvel de consequncias, utilizam-se os valores da tabela 10.
Tabela 10 Nvel de consequncias
Nvel de consequnciasC
Danos pessoais Danos materiais
Mortal ou Catastrfico (M)100
1 morto ou mais.Destruio total do sistema(difcil renov-lo).
Muito Grave (MG)60
Leses graves quepodem serirreparveis.
Destruio parcial dosistema (completa ecustosa a reparao).
Grave (G)25
Leses comincapacidade laboraltemporria.
Requer-se paragem doprocesso para efetuar areparao.
Leve (L)10
Pequenas leses queno requeremhospitalizao.
Reparvel semnecessidade de paragemdo processo.
Nvel de risco e nvel de interveno
O nvel de risco determinado pelo produto do nvel de probabilidade pelo nvel de
consequncias:
NR = NP x NC
Na tabela 11 encontra-se a determinao do nvel de risco referente multiplicao
do nvel de probabilidade com o nvel de consequncias.
Na tabela 12 est descrito o significado de cada nvel de interveno.
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Tabela 11 - Determinao do nvel de risco de interveno
NVEL DE PROBABILIDADE (NP)
40-24 20-10 8-6 4-2
100
I
4000-2400
I
2000-1200
I
800-600
II
400-200
II
240
60
I
2400-1440
I
1200-600
II
480-360 III
120
25
I
1000-600
II
500-250
II
200-150
III
100-50
II
200
III
40
NVELDE
CONSEQUNCIAS
(NC)
10
II
400-240 III
100
III
80-60 IV
20
Tabela 12 Significado do nvel de interveno
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