1
RELATÓRIOE CONTAS 2014
RELATÓRIOE CONTAS 2014
2 RELATÓRIO E CONTAS 2014
População de Moçambique25,83 milhões
Área total do País799.380 km2
CapitalMaputo
ProvínciasNiassa, Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Tete, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo
MoedaMetical (MZN)
3
4 RELATÓRIO E CONTAS 2014
5
ÍNDICEFACTOS E ACONTECIMENTOSFactos e Acontecimentos Relevantes
MOZA BANCOHistorialEstrutura AccionistaOrgãos SociaisPrioridades estratégicasActividade ComercialActividades de Suporte ao NegócioDesenvolvimento TecnológicoGestão da Imagem e ComunicaçãoGestão PrudencialGestão Responsável
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICOEconomia InternacionalMercados Bolsistas internacionaisCommoditiesEconomia RegionalEconomia Nacional
ANÁLISE FINANCEIRAPrincipais IndicadoresNotas IntrodutóriasComposição do ActivoAnálise do Risco de CréditoAnálise do Resultado, Eficiência e Rentabilidade
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS E REFERÊNCIASProposta de Aplicação de ResultadosReferências
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RESPECTIVAS NOTAS
PARECER DOS AUDITORES EXTERNOS E DO CONSELHO FISCALRelatório do Auditor IndependenteRelatório e Parecer do Conselho Fiscal
68
1416161617172022232525
283031313232
363839394143
44
4647
48
94
9697
11.1
22.12.22.32.42.52.62.72.82.92.10
33.13.23.33.43.5
44.14.24.34.44.5
5
5.15.2
6
7
7,17.2
6 RELATÓRIO E CONTAS 2014
01.FACTOS E ACONTECIMENTOS
7
8 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Profissionalismo desafios
SEGMENTAÇÃO
LIDERARcliente
objectivoTRANSFORMAÇÃO dinâmica
OPTIMIZAR
organização
MOÇAMBIQUE
qualidade
infraestrutura
Lealdade
performanceserviço
rentabilidade
éticaREDE
formação
SE
GU
RA
NÇ
A
universal
aper
feiç
oar DEDICAÇÃO
excelência
CRESCIMENTO
INFORMATIZAÇÃO
produtosFOCO
solidez
iniciativa
SABER
INVESTIMENTO
SOU MOZAestratégia
Inte
grid
ade
Transparência
rentabilidade
cliente
FOCO
Inovaçao
qualidade
COMPROMISSOSucesso
rentabilidadeRespeito
Ética
DEDICAÇÃO
Rigor
DEDICAÇÃO
dinâmicaRespeito
1.1 - FACTOS E ACONTECIMENTOS RELEVANTES
JANEIRO
Início da implementação do Plano Estratégico (2014-
2018);
Criação do Gabinete de Gestão da Mudança (PMO),
com o objectivo de acompanhar e monitorar a
execução do Plano Operacional;
Parceria com as Nações Unidas, que visa o
desenvolvimento e apoio às abordagens para
antecipar e prevenir potenciais impactos negativos
no meio ambiente e na sociedade;
FEVEREIRO
Disponibilidade do serviço pré-pago de energia
eléctrica (Credelec), nas ATM’s do Moza Banco;
Entrada em funcionamento de um Modelo de Gestão
de Desempenho (MGD) - “A EXCELÊNCIA em mim”;
9
MARÇO
Entrada em vigor da campanha “Traga um Cliente”,
dirigida aos Colaboradores do Moza Banco;
Moza e Banco Europeu de Investimento (BEI)
assinam linha de financiamento às PME’s no
equivalente a 5 milhões de Euros;
Participação do Moza Banco na TEKTÓNICA
Moçambique, a maior feira profissional para os
sectores de Construção e Imobiliário;
Inauguração de nova Sede;
Início da oferta aos Clientes de um portfólio
de produtos de seguros em parceria com a
Tranquilidade Moçambique – Companhia de
Seguros.
ABRIL
Adesão do Moza Banco a Rede VISA Internacional;
Parceria com a Associação do Comércio e Indústria
(ACIS), o evento “Mantenha o Conteúdo Local”,
enquadrado na iniciativa “Vínculos de Negócios e
Desenvolvimento de Fornecedores”;
Participação no fórum de negócios organizado pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI) sob o lema
“Quadro Macroeconómico de Moçambique e da
África Subsariana”;
10 RELATÓRIO E CONTAS 2014
JUNHO
Celebração do VI Aniversário do Moza Banco;
Parceria com a “Carteira Móvel”;
Participação na Conferência da ANADARKO, sobre o
Projecto de Gás Natural Liquefeito em Moçambique;
Implementação do Serviço de Alertas (SMS e E-Mail)
na confirmação de transacções, operações com
cartões, serviços de poupança e crédito;
Lançamento da “Campanha de comunicação VISA –
Cartões Moza Banco”;
MAIO
Moza Banco promove em parceria com a
ACIS, o Evento “Mantenha o Conteúdo Local”,
enquadrado na iniciativa “vínculos de negócios e
desenvolvimento de fornecedores”, cujo objectivo é
criar uma verdadeira ligação entre os megaprojectos
e as pequenas e médias empresas.
O Moza Banco no âmbito da sua responsabilidade
social em parceria com a Associação Kulungwana,
promove o projecto de arte “Colecção Crescente”
que conta com a participação de 77 artistas
nacionais que apresentam as suas obras trabalhadas
de maneira livre e criativa. Através deste projecto, o
Moza Banco e a Associação Kulungwana pretendem
abrir novos espaços para os artistas moçambicanos
e ampliar oportunidades de produção e
disseminação dos valores culturais nacionais nas
suas diferentes técnicas artísticas.
O Moza Banco e a Câmara do Comércio
Moçambique/EUA (CCMUSA) organizou um fórum de
negócios com o tema “Quadro Macroeconómico de
Moçambique e da África Subsariana”.
O evento juntou a comunidade empresarial,
sociedade civil, estudantes, membros da Câmara,
quadros do Banco e outros interessados.
11
AGOSTO
Realização em Tete, em parceria com a Associação
do Comércio e Indústria (ACIS), do evento Business
Link com o tema “Acresça Conteúdo Local”;
Expansão da rede comercial, ao abrir mais um balcão
localizado num dos locais mais movimentados e
emblemáticos da cidade de Maputo, a Avenida Julius
Nyerere;
Atribuição do prémio excelência aos Colaboradores
que mais se destacaram no exercício das suas
funções, em 2013.
JULHO
Entrada em vigor do novo regime fiscal do Internal
Revenue Code, imposto pelos Estados Unidos da
América, denominado FACTA (Foreign Account Tax
Compliance Act);
Moza Banco e Ministério da Função Pública firmam
parceria;
Participação do Moza Banco na 50ª Edição da Feira
Internacional de Maputo – FACIM - a maior feira de
Moçambique;
Participação do Moza Banco no encontro de
empresários para a cooperação económica e
comercial entre a China e os países de língua
portuguesa (CPLP), promovido pelo Instituto para a
Promoção das Exportações (IPEX);
Oferta do Depósito “Super Poupança” a uma taxa
de juro até 15%/ano aos Clientes fidelizados e
condições especiais para Novos Clientes.
12 RELATÓRIO E CONTAS 2014
OUTUBRO
Implementação do projecto de definição da
“Ferramenta de Cálculo de Imparidades e Provisões
Regulamentares”;
Parceria com a Universidade Politécnica;
Assinatura do Protocolo Comercial entre o Moza
Banco e o Ministério da Agricultura;
Lançamento de duas novas Soluções de Leasing,
associadas a marcas de renome internacional,
Renault e Mitsubishi;
Início da implementação da ferramenta de Enterprise
Resource Planning (ERP), denominada SAP “Business
All in One” (BAIO).
SETEMBRO
Lançamento do “Deposito a Prazo Empresas 2015”
e “Conta 100”, com o objectivo contínuo de oferecer
produtos vantajosos, acessíveis e flexíveis aos
nossos clientes;
Distinção do Moza Banco como a instituição
financeira com maior crescimento em Moçambique
em 2014, pelo portal financeiro internacional “Global
Banking & Finance Review”;
Assinatura do protocolo associado à Linha
de garantia do FECOP, através da Embaixada
de Portugal, para potenciar actividades de
financiamento às PME’s em Moçambique, no valor
global de MZN 43 Milhões;
Lançamento de uma Linha de garantia de crédito da
USAID, para a partilha de risco em actividades de
financiamento a Micro, Pequenas e Médias Empresas
na cadeia de valor do agro-negócio.
13
NOVEMBRO
Assinatura do Acordo de Parceria entre o Moza
Banco e o African Guarantee Fund (AGF), para o
estabelecimento de uma linha de garantia para apoio
a actividades de financiamento às Micro, Pequenas
e Médias Empresas, no valor equivalente a USD 5
Milhões;
Disponibilização de MZN 270 Milhões para PME´S,
através de uma linha de financiamento rubricada
com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
DEZEMBRO
Consolidação do crescimento do Moza Banco, com a
abertura de 5 novas Unidades de Negócio;
Parceria com o Secretariado Geral da Assembleia da
República;
Abertura oficial do 1º Balcão de Atendimento
implantado no Mercado Informal de Tsalala;
Assinatura do contrato de financiamento com o
Banco de Moçambique, no total de EUR 4 Milhões,
para acesso aos fundos da Organização Alemã KFW,
disponibilizados para o apoio ao sector privado em
Moçambique.
14 RELATÓRIO E CONTAS 2014
02.MOZABANCO
15
16 RELATÓRIO E CONTAS 2014
2.1 - HISTORIALO Moza Banco iniciou a sua actividade em 2008, como um
Banco Corporate e Private, tendo, em 2010, sido considerado
pela KPMG no seu relatório das “100 maiores empresas de
Moçambique”, como instituição financeira com o mais rápido
crescimento em termos de volume de negócios.
Em 2012, a conceituada revista “The Banker” classificou o
Moza Banco como o quinto Banco em África que mais cresceu
em termos de activos. Mais recentemente, o Moza Banco foi
galardoado pela prestigiada publicação de especialidade na
área financeira, Global Banking and Finance Review, como o
Banco comercial moçambicano com o mais rápido crescimento
em 2014.
O crescimento do Moza Banco e implantação no mercado
financeiro Moçambicano tem vindo a acentuar-se de um modo
gradual e sustentado, alicerçado num ambicioso projecto de
expansão, modernização e reforço à infra-estrutura tecnológica,
para que gradualmente consolide o seu posicionamento de um
banco universal de retalho, direccionado a todos os segmentos
de mercado.
Actualmente, o Moza Banco ocupa a quarta posição no ranking
bancário nacional, com uma quota de mercado de 6,7%, tendo
registado em 2014 a terceira maior contribuição no crescimento
do envolvimento financeiro.
Esta vaga de crescimento tem como base o reforço da presença
nas principais cidades e a implementação das agências
em locais que apresentam uma projecção de crescimento
económico e a aposta contínua na inovação e na prestação de
um serviço diferenciado e de qualidade.
2.2 - ESTRUTURA ACCIONISTAEm Junho de 2013 a Moçambique Capitais e o BES ÁFRICA
SGPS anunciaram um acordo para o estabelecimento de
uma estrutura accionista renovada face à que o Moza Banco
apresentava no final de 2012.
Na sequência da aquisição por parte da BES África SGPS da
participação do terceiro accionista minoritário, o Moza Banco
passou a ser a primeira instituição Financeira do Mercado
com capitais maioritariamente moçambicanos. O BES África
foi incorporado no Novo Banco e o capital aumentou em
630.000.000 Meticais.
2.3 - ORGÃOS SOCIAIS
Conselho Fiscal
PresidenteLuís Miguel Rosário Baptista
VogalPaula Ferreira
Vice-PresidenteEdgar Danilo Estevão Balói
SuplenteVenâncio Chirrime
Assembleia Geral
PresidenteCastigo José Correia Langa
Vice-Presidente Samora Moisés Machel Júnior
Secretária Márcia Valigy e Silva
2014 Número de acções Total do capital social % capital social
Accionista
Moçambique Capitais, S.A. 38.351.000 958.775.000 50,000%
BES África S.G.P.S., S.A. 36.848.000 921.200.000 49,000%
Dr. Almeida Matos 1 25.000 0,002%
75.200 1.880.000.000 100,00%
Conselho de Administração
PresidentePrakashchandra Ratilal
VogalPaulo Dambusse Marques Ratilal
VogalIbraimo Abdul Carimo Issufo Ibraimo
VogalRui Manuel Fernandes Pires Guerra
VogalAntónio Augusto Figueiredo D’ Almeida Matos
Vogal Luis Tiago Lima de Carvalho Moura Valença Pinto
VogalLuís Magaço Júnior
Vogal João Luís Fernandes Jorge
Comissão Executiva
PresidenteIbraimo Abdul Carimo Issufo Ibraimo
Administrador ExecutivoLuís Magaço Júnior
Administrador ExecutivoLuís Tiago Lima de Carvalho Moura Valença Pinto
Administrador ExecutivoJoão Luís Fernandes Jorge
17
2012 2013 2014
35,368
20,443
10,626
92%
73%
2.4 - PRIORIDADES ESTRATÉGICASEm Novembro de 2013, o Conselho de Administração do Moza
Banco aprovou um Plano Estratégico para os 5 anos seguintes,
um instrumento que define as linhas orientadoras e estratégicas
para o Banco, com especial enfoque nos temas referentes ao
posicionamento competitivo e comercial, expansão da rede de
distribuição, e política de investimento e desenvolvimento de
infra-estrutura e recursos humanos.
Nesse mesmo plano, as prioridades estratégicas apontadas para
2014 foram:
■ O reforço da presença do Moza Banco junto dos grandes
clientes e institucionais, bem como a preparação da nova
estrutura comercial para responder às necessidades de
crescimento e aproximação ao cliente;
■ A revisão do catálogo de produtos com uma clara definição
da proposta de valor para cada segmento alvo, bem como a
continuação da expansão da rede em áreas sub-penetradas e
com potencial de negócio.
Para suportar este crescimento do negócio, garantindo a
eficiência e a qualidade necessária e desejada, foi definido
como objectivo, a reestruturação da organização e redesenho
dos processos, adequação dos sistemas e tecnologias de
suporte, forte aposta na formação dos colaboradores e a devida
sofisticação do modelo de risco.
O ano de 2014 foi o primeiro ano de execução deste plano,
onde foi notável o esforço de toda a organização para a
preparação e realização dos objectivos definidos, sendo
de realçar o elevado grau de concretização dos objectivos
traçados.
2.5 - ACTIVIDADE COMERCIALAs principais prioridades estratégicas no plano comercial
passaram pelo reforço da presença do Moza Banco junto
dos grandes clientes e captação de clientes, para além do
crescimento do volume de negócios.
Em resposta aos objectivos traçados, o ano de 2014 foi um ano
de grande envolvimento da rede comercial com a introdução
de um novo modelo de gestão comercial. Este modelo permitiu
criar uma nova dinâmica comercial, capaz de responder
a um novo contexto e que tem por base um modelo de
acompanhamento e orientação para as efectivas necessidades
dos clientes dos diversos segmentos.
Com objectivo de atingir as metas estabelecidas e uniformizar
metodologias de acompanhamento e de dinamização dos
vários segmentos, foi efectuada uma restruturação nas equipas
comerciais, em particular, na estrutura central de apoio, que
visou acompanhar e suportar todas as Unidades de Negócio
para um melhor e mais próximo acompanhamento das reais
necessidades dos clientes.
Foram também reforçadas as iniciativas que permitiram uma
maior proximidade com os clientes, através de parcerias
e protocolos estabelecidos com grandes empresas,
universidades e entidades públicas, procurando responder de
forma transversal às exigências e necessidades dos clientes
particulares e empresas, através da assinatura de protocolos
específicos.
Neste âmbito, foi criada uma estrutura central dedicada à gestão
e acompanhamento dos protocolos e parcerias, orientada para
a comercialização de produtos e serviços de acordo com as
necessidades específicas dos clientes abrangidos, tendo por
base uma oferta diversificada de produtos e serviços, alicerçada
em políticas de cross-selling e cross-segment.
Numa estratégia continuada de adequação da oferta e serviços
dedicados ao segmento Private, o Moza Banco reviu os seus
critérios de segmentação tendo em vista adequar a sua oferta
às características deste segmento com objectivo de potenciar o
seu nível de satisfação.
No segmento de Empresas, foi mantida uma estratégia de
grande foco na captação de grandes clientes e proposta de
valor e serviços, respondendo às necessidades das empresas
e dos seus colaboradores, potenciando desta forma um maior
nível de transacionalidade.
No segmento Retalho, destaca-se a abertura das Direcções
Regionais: Maputo, Sul, Centro e Norte como estratégia de maior
proximidade aos clientes e resposta às suas necessidades. Esta
estratégia contribuiu para o crescimento deste segmento, tendo
apresentado o maior crescimento relativamente a número de
clientes (+84% face a 2013) e consequente volume de negócio
(+78% face a 2013).
Manteve-se o foco permanente nas principais variáveis
estratégicas de negócio do Banco, através do sistema de
objectivos e incentivos que visa premiar o mérito das equipas
comerciais que se distinguiram pelo seu compromisso com o
Banco.
Crescimento do Número de ClientesO Banco verificou em 2014 um crescimento do seu número de
clientes em cerca de 73%, totalizando 35.368 clientes dos quais
mais de 90% são clientes Retalho, demonstrando a contínua
tendência de reforço da presença do Moza Banco neste
segmento.
Evolução do nº de Clientes
18 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Variação
10.853
(54,05%)
1,23% p.p
12,65%
2013
20.081
5,46%
6,69%
2014
30.933
Movimento Financeiro
Variação da Quota de Mercado
Quota de Mercado
Peso no crescimento do mercado
Variação
1,57% p.p
13,54%
2013
8,479
5,36%
6,93%
2014
Variação da Quota de Mercado
Movimento Financeiro Quota de Mercado
Peso no crescimento do mercado
5,540
(65,34%) 14,019
Crescimento do Movimento Financeiro e Captura de
Quota de MercadoA estratégia comercial definida, permitiu ao Moza Banco
conquistar uma quota de mercado do movimento financeiro de
6,69%, o que representa um crescimento de 1,23 p.p face a 2013
e uma quota no crescimento do mercado na ordem dos 12,65%,
para uma posição consolidada de 4º lugar no ranking nacional.
Em 2014, o crédito a clientes cresceu 65,34% totalizando MZN
14.019 Milhões o que permitiu ao Banco atingir uma quota de
mercado de 6,93%, uma variação na quota de 1,57 p.p., o que
representa um peso de 13,54% na quota do crescimento do
mercado.
Relativamente aos Depósitos de clientes, o Moza Banco
apresentou em 2014, um total de MZN 16.914 Milhões, um
crescimento de 45,79% face ao ano 2013, colocando o Banco no
4º lugar em termos de mercado com uma quota de 6,51%, o que
representa uma quota no crescimento anual verificado na ordem
dos 11,83%.
Variação
1,05% p.p
11,83%
2013
11.602
5,46%
6,51%
2014
Variação da Quota de Mercado
Movimento Financeiro Quota de Mercado
Peso no crescimento do mercado
5.313
(45,79%) 16,914
Estratégia da Oferta e DistribuiçãoNum enquadramento de forte competitividade de mercado e
uma elevada exigência nos níveis da proposta de oferta aos
clientes, esta continuou a evoluir no sentido da disponibilização
de uma gama variada de produtos e serviços orientado para as
necessidades específicas de cada segmento de cliente: Private,
Corporate, Retalho e Institucionais.
O Moza Banco disponibilizou um conjunto de produtos e
soluções de captação de depósitos e poupança, materializando-
se nas campanhas de Depósito Rendimento Já, uma solução
de poupança com pagamentos de juros antecipados. Também,
nesta vertente foram lançadas contínuas campanhas de
captação de poupança através de produtos inovadores
e competitivos: DP rendimento extra, Moza Bónus, Super
Vantagens, Conta 100, DP empresas 2015, Super Poupança e
Super DP Moza.
No que se refere a campanhas e acções de captação e
vinculação de clientes, foi lançada uma campanha interna,
“Moza trás um amigo”, procurando promover o Banco e seus
serviços através dos seus colaboradores. Foi igualmente
lançada a campanha “Conta 100” para a captação de clientes,
com condições especiais e mínimos de abertura de Cem
Meticais como solução para gestão do dia-a-dia. Esta campanha
teve forte apoio de uma estratégia de veiculação e comunicação
exterior nos media, incluindo televisão e painéis publicitários
exteriores.
Para completar a sua oferta, o Banco lançou em 2014 uma
oferta completa de cartões de débito e crédito da rede VISA
Internacional, respondendo desta forma às necessidades de
clientes particulares e empresas. Esta oferta visa responder às
exigências da oferta para a gestão do dia-dia, e vem associada
a vantagens e benefícios para os clientes dos diversos
segmentos, tendo, naturalmente, acesso a rede VISA a nível
global.
Procedeu-se ao lançamento de produtos de Banca Seguros
em parceria com a seguradora Tranquilidade Moçambique,
permitindo ao Moza Banco oferecer produtos de seguros vida e
não vida aos seus clientes.
O Banco dedicou especial atenção a oferta de crédito a clientes,
consolidando o leque de produtos com a oferta de Leasing
Mobiliário e Imobiliário, procurando responder ao aumento da
procura de clientes, em particular as empresas, acompanhando
as exigências e suportando o crescimento do negócio e da
actividade dos seus clientes.
Parcerias com Linhas MultilateraisPara suportar as necessidades de financiamento e apoio ao
crescimento do crédito à economia, o Moza Banco assinou um
conjunto de contratos de parcerias com entidades multilaterais
internacionais, nomeadamente:
Movimento Financeiro (milhões de meticais)
Depósito de Clientes (milhões de meticais)
Depósito de Clientes (milhões de meticais)
19
Unidade de Negócio
Zambezia
Nampula
Cabo Delgado
Niassa
Tete
Sofala
InhambaneGaza
Maputo
Manica
5
24
11
1
3
2
5
2
1
Expansão da redeO Moza Banco encerrou o ano de 2014 com um total de 45
unidades de negócio ao longo do País, assegurando a total
cobertura nacional, com sua presença em zonas geográficas
emergentes, posicionando-se para acompanhar e suportar os
agentes económicos no crescimento das suas actividades e
consequentemente da economia nacional. A rede de unidades
de negócio em funcionamento é composta por 30 unidades
de Retalho, 11 Centros Corporate e 4 Centros Private.O ano
de 2014 foi caracterizado pela entrada do Moza Banco nos
mercados informais, através de um modelo inovador e único
no mercado nacional, permitindo a expansão e a propagação
dos serviços bancários a este sector da economia com elevada
transaccionalidade e necessidades específicas de produtos
e serviços. Este projecto, de elevado alcance, encontra-se
suportado por uma entidade associada ao Banco Mundial,
denominada Women World Banking (WWB).
Canais Directos e Meios de PagamentoNo ano de 2014 destacou-se o objectivo de captação de clientes
e a necessidade crescente da sua fidelização e na qualidade
dos serviços fornecidos.
Por forma a materializar a importância estratégica de aposta do
Banco nesta linha de negócio foi criada uma área dedicada a
gestão dos canais directos, designada Moza Digital.
O lançamento dos novos cartões de débito e crédito foi
acompanhado de várias iniciativas de promoção e estratégia
de oferta, fortemente suportada por uma campanha de
comunicação a nível nacional, incluindo televisão e outdoors.
O Moza Banco recebeu a a certificação da rede VISA tanto
na vertente acquirer como da issuer, permitindo oferecer aos
clientes soluções de pagamento completas e com acesso a rede
internacional VISA.
Com objectivo de equipar aos seus clientes com soluções
completas para suportar as actividades do dia-a-dia, o Moza
Banco também procedeu com a certificação da rede Mastercard
na vertente acquirer. Esta adesão permite que todos os cartões
desta rede transaccionem nos equipamentos do Moza Banco,
nomeadamente, ATM e POS.
O ano de 2014 foi marcado pela crescente oferta dos
equipamentos POS junto dos clientes, apresentando um
crescimento de 223%, colocando no mercado, um total de 666
POS. Este crescimento representa a aceitação e confiança
depositada pelos clientes no Moza Banco através da utilização
dos serviços de meios de pagamento que o Banco disponibiliza.
O ano de 2014 caracterizou-se pelo reforço das funcionalidades
na plataforma de Internet Banking, nomeadamente a introdução
da plataforma de pagamentos de salários e pagamento a
fornecedores. Também foi reforçada a ligação à aplicação da
Janela Única Electrónica, permitindo aos clientes do Moza
Banco a liquidação dos impostos aduaneiros no processo de
importação de bens e serviços. O Moza Banco é um dos Bancos
pioneiros na disponibilização deste serviço no mercado.
Entidade Financiadora Descrição e Objectivo Montante Financiado
Banco Europeu de Investimento (BEI) Apoiar as iniciativas de financiamento às pequenas e médias empresas elegíveis:Sector agro-indústrial, turismo e energias renováveis.
EUR 5 Milhões, equivalente a MZN 200 Milhões.
African Guarantee Fund (AGF) Uma linha de garantia para apoio a actividades de financiamento as micro, pequenase médias empresas
Garantia no valor de USD 5 Milhões.
African Development Bank (AfDB) Apoiar às pequenas e médias empresas. São elegíveis os sectores da agro-negócio, construção, serviços e indústria manufactureira.
Valor total da facilidade é de USD 9 Milhões.
FECOP Linha de garantia para potenciar actividades de financiamento às pequenas e médias empresas em Moçambique.
Linha de garantia atribuída no valor de MZN 43 Milhões.
KFW Destinado a apoiar as actividades das pequenas e médias empresas nos sectoresde comunicação, comércio, transporte, indústria e energias renováveis.
Financiamento no valor de EUR 4 Milhões, equivalente em Meticais.
USAID Linha de garantia de crédito da USAID para partilha de risco em actividades de financiamento a micro, pequenas e médias empresas na cadeia de valor do agro-negócio.
Garantia de USD 5 Milhões.
20 RELATÓRIO E CONTAS 2014
2012 2013 2014
114 206
6663822
244 712136
TotalATM’sPOS’s
46
2012 2013 2014
TotalNº de Cartões
de Débito
Nº de Cartões
de Débito
5.104 9.461
31.078974685
10.435 34.1975.789
3.119
437
Dez-13
464
1º Trim. 2014
492
2º Trim. 2014
520
3º Trim. 2014
636
4º Trim 2014
Evolução trimestral do nº de Colaboradores
2.6 - ACTIVIDADE DE SUPORTE AO NEGÓCIO
Gestão de Recursos HumanosA expansão e o crescimento do Moza Banco têm exigido
um elevado esforço no recrutamento e gestão dos recursos
humanos do Banco. No final de 2014, o banco apresenta um
total de 636 colaboradores, dos quais 57% afectos a funções
de índole comercial e 43% afectos a funções de suporte (ou
centrais), representando globalmente um crescimento de 46%
face ao ano de 2013. Em 2014, o Moza Banco foi, por certo,
uma das Instituições Financeiras que mais contribuíram para a
criação de emprego em Moçambique, com a contratação de um
total de 199 colaboradores.
Meios de Pagamento Cartões
21
43%57%
Serviços Centrais Unidades de Negócio
49%51%
Feminino Masculino
Para que este crescimento seja sustentável, foi implementado
um conjunto de estratégias e medidas para o desenvolvimento
do capital humano do Banco, com objectivo de produzir
resultados enquadrados nas referências e padrões definidos.
O ano de 2014 ficou igualmente marcado pela implementação
de um Modelo de Avaliação de Desempenho sólido, tendo
sido criada e desenvolvida a Política de Promoções anuais com
critérios claros e uniformes baseados no mérito, espelhados nos
resultados da avaliação.
FormaçãoO ano de 2014 foi caracterizado pela forte aposta na estratégia
de formação, constituindo-se esta já como factor diferenciador
do Banco. O alargamento das ferramentas de formação e o
E-Learning permitiram disponibilizar de forma remota conteúdos
de formação a todos os colaboradores do Banco.
O desenvolvimento das competências dos Colaboradores,
através de variadas metodologias formativas, constituíram uma
das principais apostas no posicionamento estratégico do Moza
Banco, com vista a posicionar-se na vanguarda do mercado.
Neste sentido, o Plano de Formação 2014 foi muito ambicioso e
exigente, com objectivo de diversificar e adequar as formações
de acordo com as especificidades e exigências de cada função
no Banco.
No período de Janeiro a Dezembro de 2014, foram realizadas
181 acções de formação, sendo 75 acções no âmbito do
Programa de Formação Curricular para os Colaboradores
das áreas Comerciais, 47 acções no âmbito do Programa de
Formação Específico para áreas Centrais de apoio e ainda 59
acções de Formação de Projectos, decorrentes da entrada em
produção de vários projectos estruturantes.
Distribuição do nº de Colaboradores por áreas Distribuição por Género
O investimento total em formação em 2014 foi de MZN 11,6
Milhões, o que representa um crescimento de 71% face a 2013.
No que tange as horas de formação e número de participantes,
foram realizadas cerca de 3.500 Horas e um total de 1.185
Participações. Comparativamente a 2013 verificou-se um
aumento substancial da abrangência do investimento em
formação, para um mínimo de pelo menos duas formações por
Colaborador.
Distribuição por Habilitações Literárias por Género
Pré-Universitário
162 162
119113
19 19
816
28 4 3 0 1
Ensino Superior Ensino Técnico-Profissional
Ensino Secundário
Feminino Masculino
Mestrado Ensino SuperiorPós-Graduação
Doutoramento
22 RELATÓRIO E CONTAS 2014
2.7 - DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
Tecnologias e SistemasO Moza Banco intensificou em 2014 a execução do plano
de modernização tecnológica e optimização dos sistemas
de informação (IT), através de um conjunto de projectos que
visam a melhoria dos processos e o aumento da produtividade,
alavancando o valor das soluções do negócio, por um lado e,
por outro, garantindo a escalabilidade necessária para suportar
o plano de crescimento do Banco.
Das inúmeras iniciativas e projectos conduzidos durante 2014
destacam-se as seguintes:
Integração AplicacionalCom o rápido crescimento do Banco e consequente aumento de
aplicações de suporte às actividades do dia-a-dia, torna-se cada
vez mais complexo gerir e garantir a
transparência na integração entre as várias plataformas
aplicacionais de modo a que se produza informação consistente
e fiável.
Nesse sentido, foi pensada e criada uma arquitectura
aplicacional para o Banco que permite a integração das várias
aplicações existentes e futuras. Esta é responsável por garantir
a troca de informação entre diferentes plataformas, sem que
seja necessário adaptar cada uma delas à realidade das outras.
Esta arquitectura denomina-se Moza Service Bus ou Middleware
e é constituída por cinco (5) módulos fundamentais que tornam
integração multiaplicacional possível:
Autenticação e Autorização
Responsável por garantir a segurança de informação através
do controle de acesso com base em utilizadores autorizados e
catalogados em cada operação que efectuam.
Adaptadores (cliente e back-end)
Responsável por transformar a linguagem de uma aplicação
externa na linguagem universal de integração e desta para a
linguagem do destinatário. Garante o desacoplamento entre
quem pede informação e quem fornece.
Orquestrador
Responsável, em modo de execução, pela orquestração dos
serviços e pela implementação de todos os serviços standard
da arquitectura de integração do Moza Banco.
Implementa as orquestrações de serviços simples e compostos
e de serviços técnicos (logging, error handling, etc.).
Excepções e Erros
Responsável por tratar todas falhas existentes durante a
execução.
Logging
Responsável por registar toda informação de comunicação
entre as diferentes aplicações para posterior análise ou
auditoria.
26%
41%
33%
Formação Curricular Formação Projectos Formação Específica
Peso por tipologia de formaçãoCom vista à diversificação da formação, foram estabelecidas
parcerias estratégicas com entidades de ensino superior em
Moçambique, destacando a realização da especialização (Pós-
Graduação) em Gestão de Projectos para 16 Colaboradores,
totalmente desenhada em função da realidade inerente ao
estágio de crescimento do Moza Banco.
Ainda no âmbito da diversificação, o Moza Banco proporcionou
aos quadros directivos e técnicos, um conjunto de experiências,
através de estágios internacionais customizados e, por outro
lado, financiou bolsas de estudos para Licenciaturas no
estrangeiro.
As acções de formação e a política de concessão de bolsas de
estudo têm contribuído para o incremento da qualificação do
quadro do pessoal. Em 2014, o capital humano era composto
por:
23
Utilizando já esta plataforma de integração, foi possível
disponibilizar ao longo de 2014 um conjunto de aplicações ao
serviço dos utilizadores:
Processos OperativosNa área de processos operativos, foram iniciados
vários projectos que visam o aumento da eficiência,
nomeadamente o projecto Workflow (WF), que permite uma
maior desmaterialização dos processos. Em 2014 o WF foi
implementado ao nível dos processos de abertura de conta
e emissão de meios de pagamento (cartões de débito e
cheques) e prevê-se a extensão da utilização da plataforma
em 2015 para os diversos processos críticos na relação diária
com os clientes do Banco. O WF, para além de permitir o fluxo
desmaterializado do processo desde o pedido do Cliente até a
efectivação da resposta ao mesmo, permite a monitorização dos
níveis de serviço dos vários intervenientes e o arquivo digital da
documentação de suporte ao processo.
Para além do WF, no ano de 2014 foram implementadas
revisões organizativas a vários processos, com objectivo de
melhorar a gestão das equipas, a polivalência dos recursos, a
gestão de picos de actividade e simplificação dos processos.
Algumas destas revisões organizativas foram acompanhadas de
melhorias aos sistemas de suporte.
MIS-DatawarehouseImplementação de um sistema responsável pela gestão de
informação e capaz de permitir a extracção de dados das
diversas aplicações e sua agregação num único repositório
facilitando a concepção e geração de relatórios e análise
multidimensional dos mesmos, através de parâmetros pré-
definidos. Este processo de desenvolvimento arrancou em
2014 com prioridade para indicadores financeiros, devendo
progressivamente estender-se a outras dimensões críticas da
actividade do Banco.
VISAEste projecto consistiu em capacitar o Moza Banco, para que
este fizesse parte de uma das redes mundiais de tratamento
mais avançado em transacções online (nacional/internacional),
fornecendo desta forma aos seus clientes cartões que fizessem
parte da rede VISA e também disponibilizar POS que fossem
capazes de receber transacções VISA.
Kondor +Como forma do Moza Banco poder expandir o seu crescimento
financeiro de forma controlada e segura, apostou na
implementação de uma solução direccionada à sala de
mercados, que visa garantir o controlo, registo e manutenção
de todas as operações, bem como a gestão diária de posição
cambial, taxa de juro, mismatch e liquidez.
SAPImplementação de um sistema integrado de gestão, utilizando
a plataforma SAP, e que irá suportar numa perspectiva funcional
os sistemas contabilístico, de recursos humanos, gestão de
activo e património. Esta solução visa a qualidade e eficácia
dos processos, reflectindo-se na optimização da qualidade de
informação para tomada de decisões, e num melhor controlo
sobre os custos e proveitos associados à actividade do Banco.
Paralelamente, outros grandes projectos foram edificados e
contribuem hoje para o plano de crescimento do Moza Banco
e para a própria imagem do Banco, entre os quais se pode
destacar:
Nova SedeA concepção da Nova Sede, tinha como foco a Implementação
de uma nova infra-estrutura e interligações para o novo edifício
que passaria a ser o novo espaço de negócio/serviços centrais
do Moza Banco. Fez parte também do projecto, a instalação
de uma sala de formação, de projecção e implementação de
redundância de rede wireless e segurança.
2.8 - GESTÃO DA IMAGEM E COMUNICAÇÃOO Moza Banco afirmou-se em 2014 como o quarto maior Banco
no mercado financeiro Moçambicano em termos de Activo,
Depósitos de Clientes e Crédito à Clientes. Este crescimento
permitiu ao Banco receber a distinção como a Instituição
Financeira com maior crescimento em Moçambique em 2014
pelo Portal Financeiro Global Banking and Finance Review.
O Banco centrou a sua política de comunicação no apoio ao
crescimento do negócio, no incentivo à poupança através
de diversas campanhas de captação de recursos, no apoio à
literacia financeira e reforçou a sua actuação no domínio da
proximidade ao cliente, em particular, ao segmento do Retalho.
De acordo com essa visão, procurou-se assegurar a consistência
e reforço da notoriedade da marca, através da realização de um
conjunto de acções, com particular destaque para as seguintes:
■ Comunicação transversal de produtos e serviços de forma;
■ Realinhamento do conceito visual de todas unidades de
negócio (com particular enfoque nas ATM´s);
■ Aposta na qualidade de serviço, através de acções de
formação/sensibilização;
■ Estabelecimento de vínculos de relacionamento com os
clientes, através de acções de comunicação dirigida e de
eventos;
■ Participação em Feiras e conferências identificadas com o
nosso âmbito de actuação, missão, visão e valores;
■ Realização e apoio a acções de responsabilidade social
visando a melhoria da qualidade de vida das populações e a
valorização do património cultural nacional.
Notoriedade da MarcaCom objectivo de afirmar-se cada vez mais como um Banco
Universal de Retalho, o Moza Banco, reforçou a sua presença
nos meios de comunicação, com destaque para os meios de
massa (televisão e rádio), tendo como referência as seguintes
campanhas:
24 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Gestão Da QualidadeCom o objectivo de melhorar o serviço prestado ao cliente,
o Moza Banco tem vindo a implementar em todas as suas
Unidades de Negócio e Departamentos uma estratégia centrada
no cliente, alicerçada na transparência da comunicação e no
desenvolvimento de relações sólidas.
É neste contexto que em 2014, o Moza Banco continuou
a apostar na consolidação e elevação das ferramentas de
Monitorização da Qualidade de Serviço e da satisfação do
Cliente, nomeadamente:
Auditorias de Qualidade às Unidades de NegócioDe modo a tornar os Serviços de Apoio, o mais ajustado possível
à realidade das Agências, tornou-se imperiosa a verificação no
terreno dos desafios que estas enfrentam para o assegurarem
o cumprimento dos Níveis de Serviço. Para o efeito, foram
realizadas Auditorias de Qualidade de todas Unidades de
Negócio do Segmento Retalho, trabalho esse que teve como
seguintes Outputs:
■ Identificação de constrangimentos nos processos associados
aos serviços aos Clientes;
■ Antecipação das incidências futuras de eventuais
reclamações, proporcionando antecipadamente à Unidade de
Negócio informação e conhecimento para o efeito.
Monitorização dos Níveis de ServiçoCom vista a ir de encontro às expectativas dos Clientes, em
2014 o Moza Banco estabeleceu metas de cumprimento dos
Níveis de Serviço em todos os processos (incluindo na gestão
de reclamações) e comprometeu-se a responder a todas as
reclamações em 10 dias.
Implementação da cultura de melhoria contínua nos processos e
gestão de reclamações
A Gestão de Reclamações é um processo fundamental para
fidelizar e reforçar a relação de confiança com os Clientes.
Para o efeito, foram expandidas as alternativas com as quais os
clientes passaram a contar para contactar com o Moza Banco,
nomeadamente; através das Agências, Call Center, email assim
como pelo formulário electrónico disponível no site do Moza
Banco.
O Moza Banco implementou um processo de Acções
Correctivas catalogando as reclamações e sistematizando
o processo de identificação da origem das mesmas, que
passa pela partilha às Áreas responsáveis por cada processo
envolvido na respectiva reclamação e identificação das causas
assim como a definição das necessárias correcções.
Reforço da Componente Web e Redes SociaisO reforço da presença nos media “tradicionais”, em 2014, foi
acompanhado pela intensificação da presença do Moza Banco
nas Redes Sociais através da dinamização e actualização da
página corporativa no Facebook. Um conjunto de acções que
permitiram uma evolução assinalável no número de seguidores,
interacções e comentários reflectindo-se numa maior exposição
da marca e produtos Moza Banco junto dos seus actuais clientes
e potenciais clientes.
Novos Cartões de Débito e Crédito VISA
Na sequência de adesão à rede VISA, no 1º Trimestre de
2014, o Moza Banco levou a cabo uma forte campanha de
comunicação integrada, com objectivo de dar a conhecer aos
Clientes e ao público em geral a nova oferta de cartões com
visual e funcionalidades modernas, cómodos e seguros para
uso nacional e internacional.
Conta 100
O lançamento da Conta 100 (uma aplicação financeira sob a
forma de produto de poupança, bastante acessível enquadrada
nos esforços do Banco de contribuir para uma maior inclusão
financeira, e de tornar-se cada vez mais um banco ao serviço
de todos os moçambicanos) foi acompanhado de uma forte
campanha de comunicação multimeios, com presença na
televisão, rádio, imprensa escrita, meios fixos (outdoors e
painéis electrónicos) assim como na internet.
FACIM
De 25 a 31 de Agosto do ano passado, pela 2ª vez
consecutiva, o Moza Banco participou na 50ª Edição da Feira
Internacional de Maputo – FACIM – a maior feira de dimensões
internacionais de Moçambique, consolidando assim a sua
presença neste evento. Nesta edição, o Moza Banco reforçou
a sua presença tendo colocado 2 stands para divulgação dos
seus produtos, inovações e serviços aos milhares de visitantes.
Feira Tektónica Moçambique
O Moza Banco participou na feira TEKTÓNICA Moçambique,
a maior feira profissional para os sectores de Construção e
Imobiliário. O evento, que já vai na sua 3ª edição, constituiu
uma oportunidade de estabelecimento de parcerias entre o
Banco, as empresas moçambicanas e internacionais presentes,
bem como com os profissionais visitantes, impulsionando
negócios de sucesso e aumentando a confiança entre os
clientes e a instituição.
Conferências da ACIS
No âmbito da parceria que o Moza Banco tem com a
Associação de Comércio, Indústria e Serviços – ACIS, visando
oferecer vantagens em termos de produtos e serviços
financeiros do Moza Banco às mais de 300 empresas
associadas a esta instituição. Como forma de alavancar o
empresariado nacional, o Banco participou em Abril de 2014,
na Conferência “Mantenha o Conteúdo Local”, que constituiu
um momento não apenas de reflexão e partilha mas também
de intercâmbio e estabelecimento de parcerias entre os
participantes.
Participações Estratégicas em Feiras e Eventos
25
MELHORIA CONTÍNUA NA
QUALIDADE DOS SERVIÇOS
AO CLIENTE
VERIFICAÇÃO DOS
RESULTADOS
IDENTIFICADOS OS NÓS DE
ESTRANGULAMENTO NOS PROCESSOS
IDENTIFICADAS, DISCUTIDAS E AFINADAS AS ACÇÕES
CORRECTIVAS
APROVAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO
DAS ACÇÕESCORRECTIVAS
2.9 - GESTÃO PRUDENCIAL
Gestão De RiscoA gestão de risco do Moza Banco está assente no processo
de identificação e análise da exposição a diferentes riscos
financeiros e não financeiros, nomeadamente, risco de crédito,
risco de mercado, risco de liquidez, risco operacional, risco
estratégico, entre outros.
A gestão global de risco do Moza Banco é da competência da
Direcção de Risco, uma unidade da estrutura centralizada e
independente no que à análise e controlo de risco diz respeito.
Ao nível da Comissão Executiva, o pelouro da Direcção de Risco
é da responsabilidade do Presidente da Comissão Executiva,
um administrador sem responsabilidade directa pela actividade
comercial. A definição da apetência de risco do Moza Banco é
da responsabilidade do Conselho de Administração, que define
os princípios gerais de gestão e controlo dos riscos.
Estas práticas e políticas estão conforme as melhores práticas
de organização no domínio e exigências do Acordo de Basileia.
No âmbito do Plano Estratégico, uma das medidas previstas
é a sofisticação do modelo de gestão de risco e sobre esta
orientação, foram iniciados um conjunto alargado de projectos
que visam a melhoria contínua da gestão profissional de risco do
Moza Banco. Em 2014, foram revistos os limites de escalões de
decisão de crédito adequado ao novo modelo de dinamização
e estrutura comercial. Também foi concluído o projecto que
visa a gestão do risco de concentração no âmbito do acordo de
Basileia II.
O Moza Banco intensificou a execução do plano estratégico
da gestão de risco, tendo iniciado um conjunto de projectos
estruturantes que estarão implementados em 2015 e que
respondem as exigências regulamentares, nomeadamente,
a automatização do cálculo de Provisões Regulamentares,
a automatização e sofisticação do modelo de cálculo de
imparidades, a implementação da metodologia e relatório
ICAAP, introdução do Stress Testing e a implementação da
matriz de Risco Global.
Estes desafios estratégicos iniciados em 2014 implicam uma
profunda transformação na governação, capacitação e formação
dos recursos humanos, adequação e modernização dos
sistemas de informação, revisão dos processos, adequação do
risco ao capital e devida articulação entre o negócio e gestão
de risco.
2.10 - GESTÃO RESPONSÁVEL
Responsabilidade SocialDurante o ano de 2014 foram realizados vários eventos e
iniciativas de responsabilidade social alinhados com a política
do Moza Banco, que tem como principal orientação o apoio
ao ensino e a promoção do conhecimento, bem como o
desenvolvimento da sociedade, cultura e desporto. Das
iniciativas realizadas, destacam-se as seguintes:
Moza Challenge
Este é um programa de Simulação efectuado em estabelecimentos
de ensino secundário seleccionados sobre escolhas, felicidade
e literacia financeira. A consciência de se ter a vida nas mãos é o
principal objectivo desta actividade através da qual os participantes
são confrontados com várias decisões e com as suas respectivas
consequências. Escolhem o trabalho que têm, o nível de educação,
consumo, endividamento, o grau de risco profissional, e muitas
outras variáveis, sempre num ambiente dinâmico. O jogo é
regulado por duas variáveis principais: tempo e dinheiro.
Literacia Financeira
No âmbito da celebração do dia mundial da Poupança e no
quadro do programa do Banco Central, o Moza Banco promoveu
em parceria com a Escola Primária Completa “A Luta Continua”
um concurso de Redacção subordinado ao tema: “A importância
da Poupança” com objectivo de incentivar o fomento de
conhecimentos e hábitos de Poupança e reconhecer talentos na
comunidade local sobre o domínio do tema.
Minuto Moza
Enquadrado no amplo programa de Literacia financeira e educação,
o Moza Banco iniciou em 2014, com a transmissão do programa
televisivo “Minuto Moza”. Este programa visa formar, educar e
comunicar conceitos financeiros básicos, para que os cidadãos
possam tomar decisões económicas e financeiras fundamentadas,
sensatas e estáveis, que contribuam para a sua qualidade de vida.
26 RELATÓRIO E CONTAS 2014
27
Patrocínios
Colecção Crescente
O Moza Banco continuou, em 2014, o seu patrocínio ao projecto “Colecção Crescente “lançado em 2011 pela Associação Kulunguana
e inspirado no projecto Sul-africano “The Creative Block”. Este Projecto visa proporcionar aos artistas novos e consagrados, a
oportunidade de explorarem sua criatividade e exporem seus trabalhos, bem como ao público amante da arte a possibilidade de iniciar
ou fazer crescer a sua colecção particular adquirindo obras originais.
Projecto Xiquitsi
O evento promove a música clássica através da realização de Concertos de carácter didáctico e dedicados à família. A Temporada
de Música Clássica de Maputo 2014, teve como tema principal “a voz humana”, e apresentou-se de forma interactiva com o público,
demonstrando-se as várias vertentes da voz.
Festival Nacional de Cultura
O Festival Nacional da Cultura de Agosto reuniu em Inhambane cerca de 700 artistas de diferentes pontos do país, com várias
expressões artísticas. Na edição de 2014 teve inovações na divulgação das manifestações culturais do país, com destaque para as
danças Niketxe e Tufo de Nampula, Mapiko de Cabo Delgado, Xigubo e Marrabenta de Gaza
e Maputo assim como Utsi e Chioda de Manica, tidas como expressões passíveis de serem proclamadas pela UNESCO, como
património oral e imaterial da Humanidade.
Taça Moza Função Publica
No âmbito do protocolo que o Moza Banco tem com o Ministério da Função Pública, e pela importância que o Moza Banco concede ao
desporto enquanto veículo da promoção da saúde e bem-estar, o Moza Banco patrocinou a Taça Moza Função Pública, um campeonato
de futebol que juntou funcionários públicos de cerca de 20 Ministérios.
Outros Patrocínios
O Banco concedeu diversos patrocínios nas áreas da cultura e promoção de eventos culturais e sociais. Estes patrocínios contribuíram
para a promoção da imagem do Moza Banco e aproximação da marca junto do público em diversas cidades do País.
Compliance e Branqueamento de Capitais
O crescimento e as novas regras regulamentares a nível
nacional e internacional, o dinamismo dos mercados e dos
diversos players, continuam a colocar novos desafios às
Instituições em geral e em particular às Instituições Financeiras.
Neste contexto, torna-se necessário a adaptação e reforço das
funções de controlo, entre as quais o Compliance, por forma a
assegurar o efectivo cumprimento e alinhamento.
Em 2014, no âmbito da prevenção e combate ao
Branqueamento de Capitais, o Moza Banco, desenvolveu
diversas iniciativas no sentido de implementar a Lei n.14/2013
(Prevenção Combate ao Branqueamento de Capitais e
Financiamento ao Terrorismo), que aguardava a publicação do
seu regulamento, facto que ocorreu em Outubro de 2014 com a
divulgação do Decreto-Lei n. 66/2014.
Para além da legislação acima referida, foram igualmente
desenvolvidas diversas iniciativas para o cumprimento da
regulamentação adicional para implementação dos requisitos do
Basileia II e das Novas Directrizes de Risco (Aviso 4/2013).
Complementarmente, constituíram também desafios em 2014, a
implementação de novas regras para identificação de clientes
sujeitos à uma nova regulamentação Norte Americana FATCA
(Foreign Account Tax Compliance Act). A implementação
dessas novas regras, embora necessárias no âmbito das
relações da Banca Internacional, salvaguardam, para os casos
elegíveis neste regime (FATCA), o cumprimento da legislação
Moçambicana no que concerne à protecção de dados e o sigilo
bancário.
O cumprimento dos dispositivos regulamentares aplicáveis e
a sua implementação nos processos internos, bem como as
questões relacionadas com o cumprimento das regras de Ética
e Conduta dos colaboradores do Banco continuam a ser drivers
de actuação e foco por parte do Moza Banco
28 RELATÓRIO E CONTAS 2014
03.ENQUADRAMANETOMACROECONÓMICO
29
03.ENQUADRAMANETOMACROECONÓMICO
30 RELATÓRIO E CONTAS 2014
3,4 3,3 3,3
EconomiaGlobal
Fonte: Fundo Monetário Internacional - World economic Outlook, Outubro 2014
EstadosUnidos
2,2 2,2 3,1
UniãoEuropeia
-0,3
0,2 1,4
China
7,7 7,7 7,5
Japão
1,5 1,5 0,9
EconomiasEmerg. E emDesenvolv.
5,1 4,7 4,4
ÁfricaSubsariana
4,4 5,1 5,1
Moçambique
7,4 7,1 7,4
2012 2013 2014
Crescimento Global (%)
A produção mundial continuou a registar dificuldades de
recuperação, o que se reflecte em grande medida nos níveis
de crescimento das suas economias internacionais. Em 2013
e 2014, o crescimento da economia mundial situou-se em
torno dos 3,3%, mantendo-se desta forma nos mesmos níveis
atingidos em 2012 (3,3%).
Com o abrandamento das políticas fiscais expansionistas
adoptadas pelas principais economias mundiais a seguir à crise
económica, especialmente nos EUA e na Zona Euro, verificou-
se uma contracção no nível geral de procura, descida gradual
dos preços das Commodities, mais recentemente acentuada
pela queda abrupta do preço do petróleo, abaixo de níveis
mínimos históricos (desde 2009) de USD 50/barril.A evolução
da economia mundial durante o ano de 2014 evidenciou
comportamentos diferenciados. Enquanto os EUA registavam
uma ligeira recuperação durante o ano, mais resiliente do
que se esperava, as outras economias demonstravam alguma
estagnação, a exemplo do Japão. Domina neste quadro de
evolução da economia mundial, um cenário caracterizado pela
subida de taxas de juro e aumento dos níveis de aversão ao
risco das economias emergentes, principalmente nos países
exportadores de Commodities.
Particularmente, a economia dos EUA recuperou durante o ano
de 2014 tendo atingido um crescimento de 3,1% (após 2,2% em
2013), após um primeiro trimestre de contracção e aumento
do desemprego, ao mesmo tempo que a inflação se mantinha
estável, muito propiciado pela apreciação do Dólar Norte-
americano e pela redução do preço do petróleo.
Por seu turno, a Zona Euro registou um crescimento mais
modesto, situado em 1,4%, facto que se ficou a dever a uma
significativa desaceleração nos níveis de investimento. Projecta-
se para 2015 um crescimento suportado no relativo baixo preço
do petróleo, medidas adicionais de impulso ao crescimento
económico (expansão monetária) e uma depreciação do Euro.
No Japão, a economia praticamente entrou em recessão
no terceiro trimestre de 2014, facto que se justificou em
larga medida pelos reduzidos níveis de procura interna,
associados a um aumento da carga fiscal, não obstante o
crescimento verificado ao nível das despesas de investimento,
nomeadamente em infra-estruturas. Antecipa-se uma
recuperação económica no decurso de 2015, suportada numa
política expansionista, o que permitirá reverter a tendência
decrescente de aumento do PIB (2014: 0,9% ; 2013:1,5%).
Nos países emergentes e em desenvolvimento, particularmente
na China, registou-se uma desaceleração no investimento no
terceiro trimestre, o que contribuiu para uma desaceleração do
seu ritmo de crescimento para níveis de 7,5% em 2014, depois
dos 7,7% verificados no ano anterior.
Globalmente é notória uma elevada incerteza quanto
às perspectivas de evolução no curto a médio prazo da
economia mundial, apesar do declínio acentuado no
preço do petróleo poder alimentar uma eventual retoma
da procura e consequentemente do crescimento mundial.
Riscos antevêem-se nos mercados financeiros, decorrentes
da normalização das políticas monetárias dos países mais
desenvolvidos, com impactos nas economias emergentes
ao nível do fluxo de capitais. Estes riscos são mais evidentes
nos países exportadores de petróleo, que expuseram as suas
vulnerabilidades na sequência da descida do preço de petróleo,
ao mesmo tempo que os países importadores registaram
alguma folga nas suas contas públicas.
3.1 - ECONOMIA INTERNACIONAL
31
3.2 - MERCADOS BOLSISTAS INTERNACIONAIS
CommoditesDezembro Variação Anual
2012 2013 2014 2013 2014
Petróleo Bruto Brent (USD/Barril) 110 111 62 0,57% -43,81%
Petróleo Bruto WTI (USD/Barril) 88 98 59 11,25% -39,63%
Alumínio (USD/MT) 2.087 1.740 1.909 -16,64% 9,75%
Ouro (USD/Onça) 1.685 1.224 1.201 -27,33% -1,95%
Gás (USD/Milhões de UTB) 3 4 3 39,67% -18,14%
Carvão Térmico (USD/MT) 100 90 67 -9,64% -26,21%
Milho (USD/MT) 309 198 179 36,08% -9,53%
Trigo (USD/MT) 348 292 270 -16,22% -7,52%
Arroz (USD/MT) 566 448 411 -20,93% -8%
Açúcar (USCents/Pound) 23 21 15 -10,65% -27%
Algodão (USCents/Pound) 83 87 68 5,41% -22%
Carvão metalúrgico (USD/MT) 119 136 111 14,50% -19%
Fonte: Index Mundi
Dezembro Variação anual
Indice Bolsista 2012 2013 2014 2013 2014
S&P 500 1.426 1.849 2.059 29,66% 11,35%
NASDAQ 100 2.996 4.162 4.736 38,92% 13,79%
FTSE 100 5.925 6.731 6.566 13,60% -2,45%
Euro Stoxx 50 2.317 2.636 3.146 13,77% 19,36%
NIKKEI 225 10.421 16.183 17.451 55,29% 7,83%
BOVESPA 61.066 52.507 50.007 -14,02% -4,76%
JSE Africa All Share Index 39.096 46.290 49.770 18,40% 7,52%
Fonte: Bloomberg; Unidades: USD
As principais bolsas nos EUA terminaram 2014 em alta,
estimuladas pelas políticas seguidas pela Administração Obama
ao nível da revitalização da economia e do sistema financeiro
em particular.
Na Europa, o FTSE 100 registou um recuo anual de cerca
de 2,45% comparativamente a 2013, como resultado de um
ambiente caracterizado por um conjunto de factores como: (i)
expectativa de subida das taxas de juro, (ii) declínio no preço do
petróleo e (iii) crise económica na Rússia, entre outros.
No Japão o NIKKEI fechou o ano de 2014 com um crescimento
de 7,83%, tendência que se verifica nos últimos três anos.
Ressurgindo de uma recessão técnica em que a economia
se encontrava, os ganhos no mercado bolsista foram
impulsionados pela política expansionista de injecção de
liquidez através da compra massiva de títulos pelo Banco do
Japão.
3.3 - COMMODITIESOs preços das principais matérias-primas apresentaram uma
tendência de declínio ao longo do ano, acentuada com a
queda do preço do petróleo em cerca de 40% desde Junho
de 2014. De um modo geral, esta tendência poderá resultar
do abrandamento das principais economias, como a China,
por força da redução geral da procura destes produtos.Com
a excepção dos EUA, cujo crescimento tem sido notório nos
últimos anos, a perspectiva de uma eventual reversão na política
expansionista do FED que acontece na mesma altura em que
tanto o BCE quanto o Banco do Japão, anunciam a adopção
desta política, contribuem para uma apreciação do USD contra
estas moedas (JPY – 14%, enquanto EUR – 8%), o que poderá
contribuir para explicar a descida dos preços das Commodities
cotados em USD quando comparados com a sua cotação
noutras moedas.
32 RELATÓRIO E CONTAS 2014
6,3% 6,5% 6,7%
6,0%5,8%5,9%
3,8%
3,3%
2,4%
2012 2013
Países exportadores de Petróleo
Países de médio rendimento
Países de baixo rendimento
2014
Fonte: Fundo Monetário Internacional - Regional Economic Outlook Sub-Saharan Africa; Outubro 2014
2012 2013
Países exportadores de Petróleo
Países de médio rendimento
2014
13,00%13,00%
7,50%7,50% 7,40%7,40%7,00%6,20%6,20%
11,30%11,30%
5,80%
6,10% 6,00%6,00%
Países de baixo rendimento
8,4%
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
8,7%
7,3%6,8%
6,3%7,1% 7,3% 7,4% 7,1% 7,4%
Crescimento do PIB Fonte: Instituto Nacional
de Estatística de Moçambique
3.4 - ECONOMIA REGIONALA região da África Subsariana registou um crescimento
moderado de 4,5% em 2014, quando comparado com os
níveis de 4,2% registados em 2013, impulsionados pelos
investimentos em infra-estruturas públicas, produção agrícola
e serviços. Ao nível das infra-estruturas, projectos por exemplo
nas áreas de portos, electrificação e transportes contribuíram
para assegurar este crescimento. Na mesma esteira, ao nível
da produção agrícola, um recorde de produção de milho
na Zâmbia quase que compensou o declínio na produção
do cobre, do mesmo modo que a Costa do Marfim registou
elevados níveis de colheita de cacau. A expansão do sector
de serviços foi fortemente impulsionada pelos transportes, as
telecomunicações e os serviços financeiros em países como a
Nigéria, Tanzânia e Uganda.
O ritmo de crescimento do PIB foi marcadamente modesto,
particularmente na África do Sul, influenciado pelas disrupções
verificadas no sector mineiro, bem como baixos níveis dos
índices de confiança. Em contraste, na maior economia regional,
a Nigéria, a actividade expandiu-se fortemente, apoiada pelo
sector não petrolífero. O crescimento foi igualmente significativo
em economias como a Costa do Marfim, Moçambique e
Tanzânia. Excluindo a África do Sul, a média de crescimento da
restante economia da região situou-se em torno dos 6,7%.
Inflação
A inflação registou na maioria dos países da região uma
tendência de subida, que se ficou a dever significativamente
à subida dos preços dos produtos alimentares. A aceleração
da inflação foi mais pronunciada em países como o Gana
onde se verificou uma considerável depreciação da moeda
local, tendo inclusive quebrado os objectivos fixados pelo seu
Banco Central. Tal é o caso da África do Sul, o que conduziu a
adopção de políticas monetárias restritivas. O decréscimo do
poder de compra e os custos de financiamento condicionaram
o sentimento dos investidores, tendo conduzido a uma
contracção do consumo interno e consequente abrandamento
da actividade económica. Contudo, a redução generalizada
dos preços das Commodities teve uma contribuição importante
para o abrandamento do ritmo de crescimento da inflação na
generalidade das
economias da região.
3.5 - ECONOMIA NACIONAL
Crescimento na Região
Crescimento - África Subsariana
Crescimento do PIB - Moçambique
Inflação Anual - África Subsariana
A economia nacional terminou o ano registando um crescimento
do PIB de 7,4%, influenciada pela contribuição da indústria
extractiva, sector da construção, indústria transformadora
e dos serviços financeiros. Perspectiva-se a médio prazo a
manutenção de um ambiente económico estável e por isso
favorável a níveis de crescimento anual compreendidos entre os
7,5% e os 8,0% ao ano.
Para tal, e não obstante uma menor contribuição da Industria
extractiva do carvão, espera-se que a implantação dos restantes
megaprojectos, fortes investimentos em infra-estruturas,
transportes e comunicações, bem como projectos agrícolas e
crescimento dos serviços financeiros possam suportar estas
expectativas.
Inflação
A inflação verificada foi favoravelmente influenciada pela
redução dos preços de importação, devido à apreciação do
Metical face ao Rand Sul-africano, a uma época agrícola positiva
que contribuiu para a manutenção de preços em baixa e uma
estabilidade nos preços administrativamente controlados
(combustível, transporte público e água/energia). A conjugação
destes factores contribuiu para uma desaceleração dos níveis
de inflação, tendo esta situado-se em termos homólogos em
1,10% e acumulados de 2,29%.
33
10,36%
5,46%5,46%
2,09%
2,02%2,02%
4,21%
2,96%2,96%
2,29%
1,10%1,10%
Fonte: Instituro Nacional de Estatística de Moçambique
Dez-11 Dez-12 Dez-13 Dez-14
Inflação Homóloga
Inflação média anual
Inflação Anual - Moçambique
Taxa de Câmbio
Em termos médios, ao longo de 2014, os meses de Janeiro
e Março foram os que registaram aumentos de preços mais
significativos, na ordem de 1,14% e 1,54%, respectivamente,
enquanto os meses de Junho e de Agosto registaram os níveis
mais baixos, de -1,33% e -1,06%, respectivamente. A evolução
média na ordem dos 4,60% foi igualmente influenciada pelas
componentes da: (i) Saúde e habitação, (ii) água, electricidade,
gás e outros combustíveis com aumentos na ordem de 4,86% e
4,61%, respectivamente.
Para 2015, perspectiva-se uma inflação média anual em torno
dos 5% a 7%, com base nas estimativas elaboradas pelo
Governo. O aumento da inflação poderá estar associado a riscos
derivados do impacto negativo das cheias no início do ano que
afectaram a zona centro e norte do país, associada aos efeitos
da acentuada depreciação do Metical face ao Dólar registada
nos finais de 2014, cujos efeitos se poderão ainda fazer reflectir
ao longo da primeira metade do ano.
Taxa de CâmbioO final do ano de 2014 foi caracterizado por uma forte pressão
no mercado cambial, em resultado de uma forte procura de
divisas para fazer face às importações, e atendendo igualmente
à sazonalidade das importações e exportações no mercado.
A cotação do Metical contra o Dólar no interbancário fechou o
ano de 2014 a USD/MZN 33,60, registando uma desvalorização
anual na ordem dos 5,51%. Face ao ZAR e o EUR, por oposição,
o Metical mostrou-se mais forte, registando uma apreciação na
ordem dos 3,89% e 6,93%, respectivamente, situando em ZAR/
MZN nos 2,90 e EUR/MZN nos 40,84.
37,4337,4339,2339,23
41,4341,43 40,8440,84
28,0629,75 30,08
3,673,67
Dez-11 Dez-12 Dez-13 Dez-14
3,503,50 2,852,85 2,902,90
33,60
Fonte: Banco de Moçambique
EUR/MZN USD/MZN ZAR/MZN
Para 2015 antecipa-se a manutenção de um cenário de uma
relativa volatilidade do Metical, dissipando os efeitos da ainda
forte pressão registada no final do ano de 2014, das cheias
registadas no início de 2015 e da sazonalidade das importações
e exportações, ao que se terá de somar os eventuais atrasos
nos desembolsos da ajuda externa e do arranque dos projectos
de investimento.
Conta CorrenteDados provisórios a Setembro de 2014 reportam que as
transacções correntes entre Moçambique e o resto do mundo
resultaram num saldo negativo de USD 3.741,1 milhões, o
que representa um abrandamento do défice em cerca de 7%
relativamente ao período homólogo.
Esta melhoria reflecte uma redução do défice da conta de bens
em 17,5% em face do crescimento da receita das exportações
em 6,3%, contra a desaceleração das importações (5,8%).
Antevê-se uma redução no défice da conta corrente em
percentagem do PIB de 44% em 2013 para níveis próximos de
38,8% em 2014.
34 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Em Novembro de 2014 o Comité de Política Monetária reduziu a
Facilidade Permanente de Cedência (FPC) de 8,25% para 7,50%,
mantendo inalteradas as taxas de juro da Facilidade Permanente
de Depósito (FPD) e das Reservas Obrigatórias (RO´s) em 1,5% e
8,0%, respectivamente.
Mesma tendência não foi verificada ao nível das taxas de juro
no Mercado Monetário Interbancário, sendo igualmente de
notar uma ligeira apreciação das taxas implícitas às emissões de
bilhetes de tesouro em todos os prazos.
Sector Financeiro
Dezembro Variação anual
Indicadores Financeiros 2012 2013 2014 2013 2014
Facilidade Perm. De Cedencia (FPC) 9,50% 8,25% 8,25% -1,25 p.p -
Facilidade Perm. De Depósitos (FPD) 2,25% 1,50% 1,50% -0,75 p.p -
Reservas Mínimas 8,00% 8,00% 8,00% - -
Obrigações de Tesouro -91 Dias 2,59% 5,11% 5,37% 2,52 p.p 0,26 p.p
Obrigações de Tesouro -182 Dias 3,38% 6,43% 6,64% 3,05 p.p 0,21 p.p
Obrigações de Tesouro -364 Dias 3,68% 7,13% 7,25% 3,45 p.p 0,12 p.p
T. de Juro Interbancario Overnight 2,59% 3,46% 3,11% 0,87 p.p -0,35 p.p
Fonte: Banco de Moçambique
O Crédito ao mercado em 2014 registou um crescimento
assinalável (MZN 40,9 mil milhões), contando para um
crescimento acumulado de 25,9%. No mesmo período o
crescimento anual dos Depósitos foi de MZN 44,9 mil milhões,
correspondendo a um crescimento acumulado de 21,4%, o que
contribuiu para o aumento anual do gap de liquidez do mercado.
35
36 RELATÓRIO E CONTAS 2014
04.ANÁLISEFINANCEIRA
37
38 RELATÓRIO E CONTAS 2014
4.1 - PRINCIPAIS INDICADORES
Descrição 2012 2013 2014 Var (%) 2013-2014
Activos Totais 8.689,027 14.820,074 23.100,379 55,87%
Créditos a Clientes1 4.968,362 8.248,869 13.649,852 65,48%
Recursos de Clientes 6.217,736 11.601.922 16.914,452 45,79%
Capital 1.250,000 1.250,000 1.880,000 50,40%
Resultados/Rendibilidade
Resultados Antes de Impostos (Mio MZN) (82.052) 36.670 179.352 389,09%
Producto Bancário (Mio MZN) 599.795 1.197,345 1.789,511 49,46%
Rácio de Solvabilidade 18,33% 11,03% 10,46% -0,57 pp
Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) -4,30% 2,93% 9,54% 6,61 pp
Rendibilidade do Activo (ROA) -0,94% 0,25% 0,78% 0,53 pp
Quota de Mercado
Quota de mercado Crédito a Clientes 4,14% 5,36% 6,93% 1,57 pp
Quota de mercado em Depósitos 3,45% 5,46% 6,51% 1,05 pp
Quota de mercado em Activos 3,78% 5,69% 7,47% 1,78 pp
Solvabilidade - Rácio
Solvabilidade - Rácio Moza Banco 18,33% 11,03% 10,46% -0,57 pp
Liquidez (Mi o MZN)
Crédito / Depósitos 81,9% 73,1% 82,9% 9,80 pp
Qualidade dos Activos
Crédito Vencido >90 dias (Mi o MZN) 62.916 209.641 230.607 10%
Provisões para Crédito (Mi o MZN) 122.438 229.781 368.832 61%
Crédito Vencido >90 dias / Crédito a clientes 1,27% 2,54% 1,69% -0,85 pp
Provisões para Crédito / Crédito Vencido 90 dias 195% 110% 160% 50.33 pp
Provisões para Crédito / Crédito a Clientes 2,46% 2,71% 2,63% -0,08 pp
Produtividade dos Activos
Custos Operacionais 531.070 870.210 1.245,331 43%
FSE 248.989 400.736 623.711 56%
RH 282.081 469.474 621.620 32%
Custos Operativos / Activos Totais (%) 6,11% 5,87% 5,39% -0,48 pp
Cost to Income2 90,47% 75,42% 69,59% -5,82 pp
FSE / Produto Bancário 41,51% 39,21% 34,74% -4,47 pp
RH / Produto Bancário 47,03% 33,47% 34,85% 1,39 pp
Indicadores de negócio
Nº de unidades de negócios 32 36 45 25%
Nº de ATM´´s 22 38 46 21%
Nº de POS 114 210 666 217%
Nº de Colaboradores no final do Periodo 325 437 636 46%
Nº de Clientes 10.626 20.443 35.368 73%
Nº de Cartões de Débito 5.104 9.461 31.078 228%
Nº de Cartões de Crédito 685 974 3.119 220%
1 Crédito Líquido;2 Cost to income = Custos Operacionais /Produto Bancário.
39
2013 2014
14,821
1%
7%
56%
37%
2%
7%
59%
32%
Outros activos
Imobilizado Líq.
Crédito Líquido
Activo Líquido*
23,100
* Composto por Disponibilidade, aplicações em OIC e carteira de títulos
4.2 - NOTAS INTRODUTÓRIAS
O ano 2014 marca o início da implementação do Plano
Estratégico para o período 2014 a 2018, assente essencialmente
em 3 linhas de orientação: Comercial, Produto e Distribuição e
Desenvolvimento de Infraestruturas internas de suporte.
Com este Plano Estratégico o Banco visa alcançar 4 objectivos
principais: a excelência no serviço, o posicionamento
gradualmente universal, uma posição cimeira no ranking do
sistema financeiro Moçambicano e finalmente rentabilidade
alinhada com o mercado.
Foi implementada uma estratégia de crescimento assente
numa mais efectiva performance comercial, definindo-se quatro
pilares de actuação, nomeadamente: Maior presença no terreno,
Gestão segmentada, posicionamento gradualmente Universal e
oferta e abordagem comercial direccionada.
O Banco alterou o seu modelo de negócio passando de uma
cultura de nicho (Corporate e Private) para um posicionamento
gradualmente universal, tendo neste período aumentado o
número de clientes em 73% comparativamente a 2013.
Como resultado das políticas descritas, e apesar do contexto
de negócio exigente, o Moza Banco alcançou um crescimento
significativo da sua actividade, tendo terminado o ano com uma
quota de 6,93% (+1,57 p.p) no crédito a clientes, 6,51% (+1,05%)
em Depósito de clientes e 7,47% (+1,91%) em activos totais,
posicionando-se como a 4º (2013: 5º posição) maior instituição
bancária em Moçambique.
No período em análise, o Banco manteve a solidez da estrutura
do balanço, demonstrada pela manutenção de níveis adequados
de solvência, com o rácio solvabilidade a situar-se em 10,46%,
acima do limite mínimo regulamentar (8%).
O rácio de Transformação, calculado pelo peso do crédito bruto
nos depósitos de clientes, atingiu 82,9% no final de 2014, acima
dos 73,1% verificados em 2013.
O crédito concedido aos clientes totalizou MZN 13.650 milhões,
apresentando um incremento de 65% face a 2013, destacando-
se as linhas de crédito concedido no âmbito do programa de
apoio a PME’s. Não obstante o crescimento da carteira de
crédito, verificou-se uma redução do rácio de cobertura de
crédito por imparidades em cerca 0,08 p.p, num cenário de um
quadro regulamentar mais rígido (Basileia II).
Em termos de rede e canais de distribuição, verificou-se um
incremento de número de Unidades de negócio em 29%, ATM’s
em 21%, PO’s em 217% e cartões em 228%.
Como resultado da evolução acima referida, o Produto Bancário
em 2014 situou-se em MZN 1.790 milhões (+50% face a 2013),
reflectindo o crescimento do negócio. Em termos de custos
operacionais, verificou-se um aumento de 38% face a 2013,
totalizando MZN 1.245 milhões, espelhando o crescimento
programado no início de 2014, com destaque para a mudança
para a nova Sede, abertura de novas agências e aumento do
quadro de colaboradores.
A conjuntura do crescimento superior do Produto Bancário
face aos custos operacionais contribuiu para a geração de
resultados líquidos positivos na ordem de MZN 153 Milhões,
o que corresponde a um incremento de 587% face a 2013,
evidenciado o início de uma trajectória de crescimento do
balanço e de reforço da rentabilidade.
4.3 - COMPOSIÇÃO DO ACTIVO (MILHÕES DE
METICAIS)
No final de 2014, o total do activo apresentava um valor de
MZN 23.100 milhões, um incremento de 56% face a 2013. O
crescimento do activo foi basicamente impulsionado pelo
aumento do crédito concedido aos clientes e activos líquidos,
65% e 38% respectivamente.
Cerca de 59% de activos está concentrado na carteira de
crédito, 32% em activos líquidos, 7% em Imobilizado e 2% em
Outros activos, espelhando a estratégia de diversificação e
optimização na aplicação de fundos.
Carteira de Crédito
8,249
20142013
13,65065%
40 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Distribuição da Carteira de Crédito por Segmento
Outros
Retalho
Outros
Institucional
Corporate
59,0%
14,1%
19,6%
4,8%
2,5%
O Crédito concedido a clientes cresceu 65% em termos anuais,
atingindo MZN 13.650 milhões, espelhando o crescimento
da actividade comercial em virtude do novo posicionamento
da estrutura comercial. O crédito concedido ao Segmento
Corporate representa a maior fatia da carteira de crédito, 59,0%
(2013: 64,1%), seguido pelo Retalho com 19,6% (2013: 17,1%) e o
Institucional e Private com 7,3%.
A alteração do mix de crédito bruto entre Segmentos
comparativamente a 2013 reflecte a mudança de prioridade
estratégica do Banco, priorizando o crescimento e expansão no
Retalho (Affluent e PME).
2013 2014
8,467
5,424
582
1,450
1,011
8,133
1,008
1,951
2,697
13,650
Corporate
Private + Institucional
Retalho
Outros
O Crédito concedido ao Segmento Corporate ascendeu a MZN
8.133 milhões, reflectindo um crescimento homólogo de 50%.
O Segmento Retalho, face a 2013 apresenta um incremento
de MZN 1.247 milhões, tendo o Crédito concedido às PME’s
apresentando uma posição destacada.
Este crescimento permitiu ao Moza Banco alcançar a quota de
mercado de 6,93%, posicionando-se no 4º lugar (2013: 5º lugar)
maior instituição financeira a operar no mercado Moçambicano
em termos de crédito.
Serviços
Comércio
Particular
Construção
Indústria Transformadora
Hotelaria e Turismo
?????
25,06%
22,49%
17,10%
7,26%
16,09%
2,96%
9,05%
Os sectores que mais beneficiaram do crédito do Moza
Banco em 2014 foram os serviços, comércio, particulares e
Indústria transformadora, totalizando em conjunto 80,74%.
Destaca-se neste período o crescimento do crédito à Indústria
Transformadora que apresentou um incremento de 4,05 p.p
comparativamente a 2013.
Composição da Carteira de Títulos
Obrigações corporativas p/ não residentes
Bilhetes de Tesouro
Obrigações de Tesouro
Obrigações p/ residentes
48,1%
24,4%
23,0%
3,2% 48,1%
A carteira de activos financeiros disponíveis para venda registou
um saldo de MZN 2.190 milhões em 31 de Dezembro de 2014,
correspondente a 9% do activo total do Moza Banco. As
obrigações Corporativas representam 51% do total da carteira
de títulos, seguido por Bilhetes de Tesouro e Obrigações de
Tesouro, com 24,4% e 23,0% respectivamente.
Qualidade dos ActivosNão obstante as alterações do quadro regulamentar de cálculo
de provisões com a introdução do Basileia II, o Moza Banco
continua, no final de 2014, a manter indicadores globalmente
favoráveis no que diz respeito à qualidade da carteira de
crédito.
■ O Rácio de crédito vencido sobre crédito total cifrou-
se em 2,26%, uma melhoria face aos 3,29% verificados no
exercício de 2013. O Rácio de crédito vencido + 90 dias
apresenta uma redução de 0,85 p.p face a 2013, situando-se
em 1,69%. De referir que uma parte da melhoria se deveu à
introdução de políticas mais sistematizadas de tratamento
41
das situações de incumprimento, desde os primeiros sinais de
dificuldade pelos clientes até a adopção de diversas iniciativas
de acompanhamento e resolução das situações de maior
complexidade, seja através de recursos a canais judiciais como
a obtenção de acordos com os clientes.
■ As imparidades acumuladas do Balanço totalizaram MZN 369
Milhões, tendo o rácio de cobertura de provisões registado um
decréscimo de 0,08 p.p face a 2013, fixando-se em 2,63%;
■ Para o total de exposições de crédito em risco, o Banco
apresenta uma cobertura integral, situando-se o rácio no final de
2014 em 118,6%, reflectindo o compromisso do Moza Banco em
garantir a curto e médio/longo prazo a qualidade do balanço,
em linha com o objectivo estratégico definido.
4.4 - ANÁLISE DO RISCO DE CRÉDITO
Decomposição da Carteira por qualidade de Crédito Apresenta-se de seguida uma árvore de decomposição da
carteira de crédito a clientes do Banco que permite aferir
adequadamente a sua composição, evolução e nível de
cobertura de imparidades por categoria.
2,51%2,35%
74,9%44,0%
Imparidade2014 346.202 2013 199.035
Imparidade2014 233.096 2013 122.352
63,9%17,3%
Imparidade2014 51.410 2013 11.866
Crédito Vencido2014 311.015 2013 278.240
Peso (%)2,26%3,28%
Crédito Bruto à Clientes (MZN)2014 13.787.629 2013 8.478.650
78,8%52,7%
Imparidade2014 181.686 2013 110.486
0,84%0,94%
Imparidade2014 113.106 2013 76.683
Crédito Vivo2014 13.476.614 2013 8.200.
Peso (%)97,7%96,7%
Crédito Vencido(menos de 90 dias)2014 80.4092013 68.599
Peso (%)25,9%24,7%
1,22%1,13%
Imparidade2014 113.1062013 76.683
Crédito Vivo com ImparidadeAlocada2014 9.246.201 2013 6.806.979
Peso (%)68,6%83.0%
Crédito Vivo sem ImparidadeAlocada2014 4.230.413 2013 1.393.431
Peso (%)31,4%17,0%
Crédito Vencido - NPL(mais de 90 dias)2014 230.6072013 209.641
Peso (%)74,1%75,3%
Indicadores de Risco de Crédito
2014 2013 Variação
Crédito Vencido s/clientes /Crédito Total 2,26% 3,29% -1,03 p.p
Crédito Vencido + 90 dias /Crédito Total 1,69% 2,54% -0,85 p.p
Imparidades acumuladas do Balanço/Crédito Vencido 118,59% 81,62% 36,97 p.p
Imparidades acumuladas do Balanço/Crédito Total 2,63% 2,71% -0,08 p.p
Provisões acumuladas Regulamentares/Crédito Vencido 213,24 146,06% 67,18 p.p
Provisões acumuladas Regulamentares/Carteira de Crédito 4,81% 4,80% 0,01 p.p
42 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Financiamento e Liquidez
2014
9%
1%
6%
78%
5%
Fundos Próprios
Outros Passivos
Títulos **
Depósitos de Clientes
Depósitos de OIC
23,100
** Referente à emissão de obrigações Moza Banco
2013
14,821
9%
3%
6%
73%
9%
Em 2014, o total do passivo situou-se em MZN 21.002 milhões
e o Capital Próprio em MZN 2.098 milhões, representando um
incremento de 56% e 55% respectivamente face ao período
homólogo de 2013.
Na estrutura de financiamento da actividade, os depósitos de
clientes apresentam maior peso, embora tenham apresentado
um decréscimo face a 2013 de 5 p.p., fixando-se em 73%. O ano
2014 foi marcado pela estratégia de diversificação de fontes de
financiamento, verificando-se a redução do peso dos Depósitos
de Clientes e um consequente aumento de Depósito de
Instituições Financeiras para além da assinatura de Empréstimos
Consignados.
Depósitos de Clientes
Grande parte de 2014 foi marcada por níveis de crescimento
anémicos dos depósitos do sistema bancário, reflectindo-se na
gradual secagem de liquidez (em particular no 2º Trimestre),
O rácio de transformação de depósitos em crédito, situou-se
em 82,9%, reflectindo uma conjuntura de crescimento superior
de Crédito face aos Depósitos, 65% e 46% respectivamente.
Em termos homólogos, verifica-se um aumento do rácio de
transformação em 9,80 p.p
Rácios de CapitalO Moza Banco procedeu em 2014 a um aumento de capital
social no valor global de MZN 630 Milhões, tendo em
vista fortalecer o seu balanço, manter elevados níveis de
solvabilidade e fazer face ao plano de expansão de Unidades
de Negócio definido no seu Plano Estratégico.
No final de 2014, o Moza Banco continuou a apresentar um
balanço sólido, com rácio de solvabilidade de 10,46% (2013:
11,03%) acima do limite mínimo regulamentar (8%).
16.914
11.602
Rácios DO/DP (%)
46%
20142013
59
41
62
38
DO DP
Rácio de TransformaçãoDepósito de ClienteCrédito a Clientes
2012
5.091
6.218
2013
81,88%
73,08%
82,88%
8.479
11.602
2014
14.019
16.914
tendência que só foi corrigida no último trimestre do ano.
Apesar do cenário acima descrito, o total de Recursos de
clientes, no final 2014, totalizou MZN 16,9 mil milhões, crescendo
cerca de 46% em relação ao valor registado em 2013.
Rácios de Transformação (Milhões de Meticais)
Capitais Próprios 2013 2014Variação
Absoluta %
Capital Social 1,250 1,880 630 50
Reservas 43 10 (33) -76
Resultados Transitados 36 55 19 53
Resultados do exercício 22 153 131 595
Total 1,351 2,098 747 55
Rácios de Capital 2013 2014Variação
Absoluta %
Activos Poderados pelo Risco (RWA)
12,302 17,683 5,381 44
Fundos Próprios Totais 1,357 1,849 492 36
Rácio de Solvabilidade 11,03% 10,46% 0,57 p.p
Core Tier 1 7,35% 6,96% -0,39 p.p
43
69,6%
2012 2013 2014
1.790
1.245
1.197
902
600
90,5%
75,3%
543
Crédito a Clientes Cost-to IncomeDepósito de Cliente
4.5 - ANÁLISE DO RESULTADO, EFICIÊNCIA E RENTABILIDADE
Resultado e Rendibilidade (Milhões de Meticais)
799
MargemFinanceira
341
ComissõesLíquidas
669
Mercadose Tesouraria
1.790
ProdutoBancário
648
FSE’s
622
RecursosHumanos
195
Amort.
145
Imparidades
179
ResultadoAntes deImposto
Produto BancárioO Produto Bancário em 2014 fixou-se nos MZN 1.790 Milhões,
um crescimento de 50% face ao verificado no exercício anterior.
A Margem Financeira contribuiu para geração do Produto
Bancário em 44%, Mercados e Tesouraria em 37% e Comissões
líquidas com 19%.
■ A Margem Financeira totalizou MZN 799 Milhões, um
aumento de 20% face a 2013, explicado pelo crescimento do
Movimento Financeiro (Créditos e Depósitos) na ordem dos 51%.
■ O crescimento dos resultados da área de Mercados e
Tesouraria é justificado pela nova estratégia de dinamização e
captação de Clientes pelo aumento de volume de negócios com
clientes tradicionais do Banco, contribuindo fortemente para o
crescimento desta linha de negócio, totalizando no final de 2014
o valor de MZN 669 Milhões, mais 116% comparativamente ao
período homólogo de 2013.
■ As Comissões Líquidas apresentaram um crescimento de
105 Milhões explicados em grande medida pelo aumento da
actividade comercial (Crédito Desembolso e Assinatura) e
pelo volume de transacções, totalizando MZN 341 Milhões, um
crescimento de 47% (MZN +105 Milhões) face a 2013.
Custos Operacionais
Cost-to Income (Milhões de Meticais)
No período em análise, verificou-se uma melhoria gradual
do rácio Cost-To-Income, explicado essencialmente pelo
crescimento da actividade comercial (tendo o Produto Bancário
registado um crescimento de 50% comparativamente a
2013) e de medidas de optimização dos Custos Operacionais
estritamente implementadas.
Os Custos com Pessoal apresentaram um acréscimo de 32% face
a 2013, explicado pelo incremento de número de colaboradores
em 46%, para um quadro de pessoal que no final de 2014 contava
com 636 colaboradores.
Em 2014, os custos com Fornecimento e Serviços de Terceiros
(FSE’s) totalizaram MZN 624 Milhões, representando um aumento
de 49% comparativamente a 2013, espelhando o crescimento
programado no início de 2014, com destaque para a mudança
para a nova Sede, abertura das novas agências e custos
associados a eventos e campanhas de marketing.
O custo com amortizações de activos foi de MZN 195 Milhões,
representando um crescimento de 30% face a 2013, devendo-
se primordialmente a novos investimentos ocorridos durante
o exercício económico em Agências Bancárias e projectos
Informáticos.
Os custos de imparidades do exercício totalizaram MZN 145
Milhões, um crescimento de 34% face a 2013, contudo, o custo
médio das imparidades sobre a carteira de crédito reduziu 31
pontos base relativamente a 2013.
Resultado e Rentabilidade
2012 2013 2014
Resultado Líquido(Mio MZN)
ROE (%) ROA (%)
2012 2013 2014 2012 2013 2014
-82,1 22,3
152,9
-4,30%
2,93%9,54%
-0,94%
0,25%
0,78%
127%
586%
7,2p.p
6,6p.p
1,2p.p
0,5p.p
44 RELATÓRIO E CONTAS 2014
05.PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOSE REFERÊNCIAS
45
46 RELATÓRIO E CONTAS 2014
5.1 - PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOSO exercício financeiro findo em 31 Dezembro de 2014 originou
resultados positivos, após impostos, no valor de 152.944.230
MZN, considerando tal facto assim como as disposições legais
e estatutárias relativas à constituiçãoo de reservas, vem desta
forma a gestão propor a seguinte distribuiçãoo e aplicação do
resultado do exercício:
■ 15% do resultado do exercício, correspondente a 22.941.635
MZN, serão transferidos para reservas legais;
■ 85% do resultado do exercício, correspondentes a
130.002,596 MZN, transferidos para resultados Transitados.
Assim, e após a aplicação e resultados acima proposta, a
estrutura do Capital será a seguinte:
47
5.2 - REFERÊNCIASAo concluir a apresentação da actividade no exercício de
2014, o Conselho de Administração e Comissão Executiva do
Moza Banco vem por esta forma expressar o seu profundo
reconhecimento a todos os que contribuíram para o
desenvolvimento da actividade e crescimento deste projecto de
cariz moçambicano, em especial:
Aos nossos clientes;
Aos nossos fornecedores;
Às autoridades monetárias, financeiras e de supervisão, que
acompanharam e cooperaram no decurso da actividade do
Banco;
À Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho Fiscal, pela
colaboração manifestada ao longo do exercício;
Aos accionistas pelo apoio constante e voto de confiança
repetidamente reiterado na gestão do Banco;
Aos colaboradores em geral, pelo seu desempenho, atitude
profissional e esforço empregue em prol deste projecto;
Aos membros dos Órgãos Sociais que cessaram as suas
funções no decurso do ano de 2014.
48 RELATÓRIO E CONTAS 2014
06.DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RESPECTIVAS NOTAS
49
50 RELATÓRIO E CONTAS 2014
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
Descrição Notas 2014 2013
Juros e rendimentos similares 4 2.003.923.081 1.406.311.771
Juros e gastos similares 4 (1.224.836.258) (754.627.507)
Margem financeira 4 779.086.823 651.684.264
Rendimentos de serviços e comissões 5 367.525.945 258.502.180
Encargos com serviços e comissões 5 (26.222.779) (22.48.775)
Serviços e comissões líquidas 5 341.303.166 236.013.405
Operações financeiras líquidas 6,14 669.120.850 309.647.828
Rendimentos operacionais 1.789.510.839 1.197.345.497
Imparidade líquida do exercício 16 (145.491.226) (108.875.173)
Rendimentos operacionais liquidos 1.644.019.613 1.088.470.324
Gastos com pessoal 7 (621.619.638) (466.773.974)
Depreciações e amortizações 19,20 (194.669.359) (149.754.062)
Outros gastos operacionais 8 (648.378.827) (435.272.044)
Lucro antes de imposto 179.351.788 36.670.244
Imposto corrente 9 (15.157.064) -
Imposto diferido 9 (11.250.494) (14.418.163)
Lucro do exercício 152.944.230 22.252.021
Ganhos por acção
Básicos 10 2.618,91 445,04
Diluídos 10 2.618,91 445,04
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS INTEGRAL
Notas 2014 2013
Lucro do exercício 152.944.230 22.525.081
Outros resultados integrais para serem reclassificado sem rendimentos em períodos subsequentes
Activos financeiros disponiveis para venda 15 (42.958.712) 4.025.044
Impostos sobre o rendimento 19 6.913.140 2.552.662
(36.045.572) 6.577.706
Demonstração do rendimento integral, líquido de impostos 116.898.658 28.829.787
51
DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA
Activo Notas 2014 2013
Caixa e disponibilidades em Banco Central 11 1.706.271.382 1.077.934.888
Disponibilidades sobre instituições de crédito 12 961.466.882 367.175.993
Aplicações em instituições de crédito 13 2.649.495.007 2.293.122.248
Activos financeiros detidos para negociação 14 776.867.619 280.492.135
Activos financeiros disponíveis para venda 15 1.413.516.264 1.417.396.505
Empréstimos e adiantamentos a clientes 16 13.649.852.316 8.248.869.416
Outros activos 17 215.010.130 88.017.597
Activos não correntes detidos para venda 18 149.243.778 -
Activos tangíveis 19 1.075.526.525 748.478.250
Activos intangíveis 20 435.267.558 246.145.842
Activos por impostos correntes 21 64.788.597 52.439.900
Activos por impostos diferidos 9 3.072.464 -
Total do activo 23.100.378.523 14.820.072.774
Actividades de investimento Notas 2014 2013
Recursos de Instituições de crédito 22 2.175.615.613 720.208.357
Depósitos e contas correntes 23 16.914.451.895 11.601.922.322
Recursos consignados 24 205.179.246 -
Outros Passivos 25 413.084.985 183.963.276
Empréstimos obrigacionistas 26 1.272.974.610 949.215.121
Passivos por impostos diferidos 9 20.818.374 13.408.556
Total do Passivo 21.002.124.723 13.468.717.632
CAPITAL PRÓPRIO Notas 2014 2013
Capital social 27 1.880.000.000 1.250.000.000
Reserva de justo valor (15.882.023) 20.163.548
Reserva legal 28 26.345.532 23.007.720
Resultados transitados 54.846.062 35.931.793
Resultado líquido do exercício 152.944.230 22.252.081
Total do capital próprio 2.098.253.800 1.351.355.142
Total do capital próprio e passivo 23.100.378.523 14.820.072.774
DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES EM CAPITAL PRÓPRIO
2014 Capital social(nota 27)
Reserva legal(nota 28)
Reserva de justo valor
Resultados transitados
Resultado líquido
do exercício
Total do capital próprio
Saldo em 1 de Janeiro de 2013 1.250.000.000 65.674.665 13.585.842 60.644.323 (67.379.475) 1.322.525.355
Aplicação do resultado do exercício anterior
- - (67.379.475) 67.379.475 -
Justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda (nota 15)
- (42.666.945) 4.025.044 42.666.945 - 4.025.044
Impostos diferidos (nota 9) - - 2.552.662 - - 2.552.662
Resultado líquido do exercício - - - - 22.252.081 22.252.081
Saldo em 31 de Dezembro de 2013 1.250.000.000 23.007.720 20.163.548 35.931.793 22.252.081 1.351.355.142
Aplicação do resultado do exercício anterior
- 3.337.812 - 18.914.269 (22.252.081) -
Aumento do capital social 630.000.000 - - - - 630.000.000
Justo valor dos activos financeiros disponíveis para venda (nota 15)
- - (42.958.712) - - (42.958.712)
Impostos diferidos (Nota 9) - - 6.913.140 - - 6.913.140
Resultado líquido do exercício - - - - 152.944.230 152.944.230
Saldo em 31 de Dezembro de 2014 1.880.000.000 26.345.532 (15.882.023) 54.846.062 152.944.230 2.098.253.800
52 RELATÓRIO E CONTAS 2014
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
2014 2013
Actividades operacionais
Resultado antes de imposto 179.351.788 36.670.244
Ajustamentos de:
Depreciações e amortizações 194.669.359 149.754.062
Perdas por imparidade de crédito 145.491.226 108.875.173
(Ganhos)/Perdas em activos financeiros detidos para negociação (9.302.558) (9.710.213)
(Ganhos)/Perdas na alienação de activos tangíveis (3.431) (937.123)
Variação de activos operacionais (6.915.231.238) (3.817.895.986)
Variação de passivos operacionais 7.209.647.602 5.893.212.025
Impostos sobre o rendimento (26.407.558) (14.418.163)
Cash flow gerado das actividades operacionais 778.215.190 2.345.550.019
Actividades de investimento
Aquisição de activos tangíveis (466.936.546) (190.941.452)
Alienação de activos tangíveis 459.125 1.300.375
Aquisição de activos intangíveis (244.358.499) (192.648.476)
(Aquisição)/reembolsos e alienação de activos financeiros disponiveis para venda 3.880.241 (1.289.626.436)
Cash flow usado nas actividades de investimento (706.955.679) (1.671.915.989)
Actividades de financiamento
Aumento do capital social 630.000.000 -
Recursos consignados 205.179.246 -
Emissão obrigaccionista 323.759.489 949.215.121
Reembolso de obrigações - (703.850.000)
Cash flow gerado nas actividades de financiamento 1.158.938.735 245.365.121
Aumento de caixa e equivalentes de caixa 1.230.198.247 918.999.151
Caixa e equivalentes de caixa no inicio do exercício 2.873.463.463 1.954.464.312
Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 4.103.661.710 2.873.463.463
Caixa e equivalentes de caixa apresentam-se como segue:
2014 2013
Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.706.271.382 1.077.934.888
Reservas junto do Banco Central (1.213.571.562) (864.769.666)
Disponibilidades sobre instituições de crédito 961.466.882 367.175.993
Aplicações em instituições de crédito 2.649.495.007 2.293.122.248
4.103.661.710 2.873.463.463
53
54 RELATÓRIO E CONTAS 2014
IntroduçãoO Moza Banco, S.A. (doravante designado como Moza Banco
ou Banco) é um banco privado comercial, criado em 2007, com
sede social em Maputo, subsidiária da Moçambique Capitais,
S.A. e associada do Novo Banco, S.A. (banco português).
O Moza Banco rege a sua actividade pelos seus estatutos e toda
a legislação aplicável ao sector financeiro em Moçambique.
Moza Banco presta serviços bancários ao longo de todo o país,
com base numa rede de 45 agências (4ª maior rede de agências
no sistema bancário moçambicano), oferecendo produtos
e serviços para uma ampla gama de clientes Empresariais,
Individuais e de Retalho.
POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
1.1 Bases de apresentaçãoAs demonstrações financeiras em referência a 31 de Dezembro
de 2014, encontram-se em conformidade com as disposições
de relato financeiro definidas pelo Banco de Moçambique, e
foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro (NIRF) emitidas pelo International Accounting
Standard Board (“IASB”).
As demonstrações financeiras foram preparadas com base
no princípio do custo histórico, modificada pela aplicação do
justo valor quando especificamente indicado nas politicas
contabilísticas.
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade
com as NIRF requer a utilização de julgamentos, estimativas
e pressupostos de aplicação de determinadas políticas
contabilísticas fundamentais. Além disso, exige também que
a Administração intervenha criticamente no que diz respeito
à aplicação das políticas contabilísticas do Banco. As notas às
demonstrações financeiras incluem as áreas que envolvem
um maior grau de complexidade, e as áreas em que os
pressupostos e estimativas tenham um impacto significativo para
o Banco. As presentes demonstrações financeiras são expressas
em Meticais e são idênticas às que foram preparadas pelo
Banco a partir dos seus registos contabilísticos e aprovadas pela
assembleia-geral de accionistas.
1.2 Estimativas e julgamentos significativosNa aplicação das políticas contabilísticas do Banco, a
Administração usou os seus julgamentos e estimativas na
determinação dos montantes reconhecidos nas demonstrações
financeiras. As estimativas e pressupostos associados
são baseados na experiência histórica e noutros factores
considerados razoáveis, de acordo com as circunstâncias e com
uma base para os julgamentos sobre os valores dos activos
e passivos cuja valorização não é evidente através de outras
fontes. As principais estimativas e julgamentos contabilísticos
são analisados como segue:
Princípio da continuidadeA Administração do Banco efectuou uma avaliação sobre o
princípio da continuidade, estando satisfeita com os resultados
obtidos em resultado de ter os recursos necessários para
a prossecução da actividade num futuro mais próximo.
Adicionalmente, a Administração não tem conhecimento de
eventuais incertezas materiais que possam colocar em causa
o princípio da continuidade do Banco. Consequentemente,
as demonstrações financeiras foram preparadas na base da
continuidade das operações do Banco.
Perdas por imparidade em créditoO Banco avalia os valores que dizem respeito a crédito vivo e
mal parado periodicamente, a fim de determinar se uma perda
por imparidade deverá ser ou não reconhecida. Em particular, a
Administração utiliza estimativas do valor recuperável do activo
no cálculo dos montantes relacionados com os fluxos de caixa
futuros ao determinar o nível da perda potencial. Tais estimativas
são baseadas na experiência passada e pressupostos de um
número de factores, podendo conduzir a alteração de resultados
actuais, resultando em alterações futuras dos montantes criados
para fazer face a perdas efectivas.
Para além da imparidade específica para cobrir o risco
relacionado com os créditos com prova objectiva de existir
imparidade, o Banco determina uma imparidade numa base
colectiva para os créditos para os quais embora não tenha sido
identificada uma necessidade específica de reconhecer a perda
por imparidade, possuem um nível de risco mais elevado em
relação ao assumido no momento da concessão do crédito.
Para o efeito, toma em consideração factores como a qualidade
de crédito que é dada pelo rácio médio dos últimos dois anos,
entre o crédito em imparidade com o total da carteira.
O Banco considera que a imparidade determinada com base na
metodologia apresentada permite reflectir de forma adequada o
risco associado à sua carteira de crédito.
Justo valor de instrumentos financeirosQuando o justo valor de activos e passivos financeiros
registados nas demonstrações financeiras não pode ser
calculado com base em cotações de mercados activos, o justo
valor é determinado usando diversas técnicas de avaliação,
que incluem uso do método dos cash flows descontados. Os
dados a inserir nestes modelos são calculados com base na
informação disponível de mercados, contudo, sempre que tal
não seja exequível, é necessário recorrer em alguma medida a
ponderações para determinar o justo valor.
As alterações nos pressupostos acerca destes factores
podem afectar o justo valor reconhecido nas demonstrações
financeiras.
Nível 1 – Preço de mercado cotado (não ajustado) num
mercado activo para um instrumento idêntico;
Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados
observáveis, quer directamente (ou seja, como preços), ou
indirectamente (ou seja, derivada de preços). Esta categoria
inclui instrumentos valorizados como utilização de preços em
mercados cotados em mercados activos para instrumentos
similares; preços cotados para instrumentos idênticos ou
similares em mercados considerados menos activos, ou
outras técnicas de avaliação em que todos os insumos sejam
directamente ou indirectamente observáveis a partir de dados
de mercado;
Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não
observáveis no mercado. Esta categoria inclui os instrumentos
financeiros em que a técnica de avaliação inclui inputs
55
não baseados em dados não observáveis e os inputs não
observáveis têm um efeito significativo na avaliação do
instrumento. Esta categoria inclui os instrumentos que são
avaliados com base em cotações de rendimentos similares,
sempre que houver necessidade de ajustamentos não-
observáveis significativos ou de pressupostos para reflectir as
diferenças entre os instrumentos.
O justo valor dos activos e passivos financeiros que sejam
negociados nos mercados activos são baseados em preços de
mercados cotados ou cotações de preços de revendedor. Para
todos os instrumentos financeiros, o Banco determina os valores
de mercado utilizando técnicas de avaliação.
As técnicas de avaliação incluem o valor actual líquido e
modelos de fluxos de caixa descontados e outros modelos
de avaliação. Pressupostos e inputs utilizados em técnicas de
avaliação de risco incluem as taxas de juro livre e de referência,
os spreads de crédito e outros prémios utilizados para estimar
as taxas de desconto, preços de obrigações, bilhetes de tesouro
e taxas de câmbio. O objectivo das técnicas de avaliação é
chegar a uma determinação do justo valor que reflecte o preço
do instrumento financeiro na data do relatório, a qual teria sido
determinada pelos participantes no mercado actuando numa
base comercial.
Impostos sobre o rendimentoOs impostos sobre o rendimento (correntes e diferidos) são
determinados pelo Banco com base nas regras definidas pelo
enquadramento fiscal. No entanto, em algumas situações,
a legislação fiscal não é suficientemente clara e objectiva e
poderá dar origem a diferentes interpretações. Nestes casos, os
valores registados resultam do melhor entendimento do Banco
sobre o adequado enquadramento das suas operações, o qual
é susceptível de poder vir a ser questionado pelas Autoridades
Fiscais.
As Autoridades Fiscais dispõem de faculdade de rever a posição
fiscal do Banco durante um período de cinco (5) anos, podendo
resultar, devido a diferentes interpretações e/ou incumprimento
da legislação fiscal, nomeadamente em sede de Contribuição
Industrial, IRPS (Impostos sobre singulares), IRPC (Imposto sobre
Empresas) e IVA.
A Administração acredita ter cumprido todas as obrigações
fiscais a que o Banco se encontra sujeito.
1.3 Políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na preparação
das demonstrações financeiras têm sido aplicadas de forma
consistente ao longo dos exercícios, sendo descritas como
segue:
a) Transacções em moeda estrangeira (NIC 21)As demonstrações financeiras estão apresentadas em Meticais,
sendo a moeda funcional do Banco e moeda de apresentação.
Transacções em moeda estrangeira são reconhecidas
com a taxa de câmbio à data de transacção. Os activos e
passivos monetários denominados em moeda estrangeira são
reconhecidos à taxa de câmbio média à data de balanço, as
diferenças de câmbio não realizadas são reconhecidas em
resultados no período a que respeitam. Activos e passivos não
monetários denominados em moeda estrangeira que sejam
determinados pelo seu custo histórico, são convertíveis à taxa
de câmbio em vigor na data da transacção.
As taxas de câmbio utilizadas para a conversão de saldos
denominados em moeda estrangeira são as seguintes:
2014 2013
Dólar Norte-Americano 33,60 30,08
Euro 40,84 41,43
Rand Sul Africano 2,90 2,85
b) Instrumentos Financeiros – Reconhecimento inicial
e mensuração subsequente (NIC 32 e NIC 39)
I) Data do reconhecimento
Aquisições e alienações de activos financeiros que exijam a
entrega dos bens dentro do prazo estabelecido geralmente
por regulação ou convenção no mercado, são reconhecidos
na data de transacção, ou seja, a data em que o Banco se
compromete a adquirir ou alienar o activo. Os instrumentos
financeiros são reconhecidos quando o Banco se torna
parte integrante das disposições contratuais do instrumento
financeiro.
II) Reconhecimento inicial dos instrumentos financeiros
A classificação do instrumento financeiro no reconhecimento
inicial depende do propósito para o qual o Banco o adquiriu.
Os activos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu
justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto
nos casos de activos financeiros ao justo valor através de
resultados, caso em que estes custos de transacção são
directamente reconhecidos em resultados.
III) Ganhos ou perdas do primeiro dia
Quando o preço da transacção diferir do justo valor de uma
transacção observada no mercado para o mesmo instrumento
financeiro, ou baseada em técnicas de avaliação cujas
variáveis incluam apenas informação observada no mercado,
o Banco reconhece imediatamente a diferença entre o preço
de transacção e o justo valor (um rendimento ou gasto do
primeiro dia) na demonstração dos resultados. Nos casos em
que o justo valor é determinado com base em informação
não observada no mercado, a diferença entre o preço de
transacção e o modelo de valorização é apenas reconhecida
na demonstração de resultados quando os ‘inputs’ se tornem
observáveis, ou quando o instrumento é desreconhecido.
c) Instrumentos Financeiros – classificação (NIC 39)
A classificação dos activos financeiros depende do objectivo
para o qual foi adquirido bem como as suas características.
Compete à comissão executiva definir a classificação e
reconhecimento inicial.
O Banco classifica os seus activos financeiros de acordo com
as seguintes categorias: instrumentos financeiros detidos
para negociação, activos financeiros disponíveis para venda e
empréstimos e contas a receber.
I) Instrumentos financeiros detidos para negociação
Os instrumentos financeiros detidos para negociação
56 RELATÓRIO E CONTAS 2014
são reconhecidos na posição financeira ao justo valor. As
variações de justo valor são reconhecidas na demonstração
dos resultados. Os juros e dividendos são reconhecidos
na demonstração dos resultados de acordo com os termos
do contrato, ou quando o direito ao pagamento ter sido
estabelecido.
Estão incluídas nesta classificação obrigações e acções que
foram adquiridas com o objecto principal de alienação o curto
prazo.
II) Activos financeiros disponíveis para venda
Activos financeiros disponíveis para venda são aqueles
activos financeiros não derivados que sejam designados
como disponíveis para venda ou que não sejam classificados
como empréstimos concedidos ou contas a receber,
investimentos detidos até à maturidade ou activos financeiros
pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos financeiros
disponíveis para a venda são mensurados ao justo valor,
com excepção dos instrumentos de capital próprio não
cotados num mercado activo cujo justo valor não possa ser
mensurado com fiabilidade e, por conseguinte, mensurados
ao custo.
Um ganho ou perda resultante de um activo financeiro
disponível para venda é reconhecido directamente no capital
próprio até que o activo financeiro seja desreconhecido,
momento em que o ganho ou perda cumulativo anteriormente
reconhecido no capital próprio é reconhecido nos lucros ou
prejuízos. As perdas por imparidade reconhecidas nos lucros
ou prejuízos para um investimento num instrumento de capital
próprio classificado como disponível para venda não são
revertidas através dos lucros ou prejuízos.
III) Activos financeiros detidos até à maturidade
Activos financeiros detidos até à maturidade são activos
financeiros não derivados com pagamentos fixados ou
determináveis e maturidades definidas, que o Banco tem
intenção e capacidade de deter até à maturidade. Após
o reconhecimento inicial, os investimentos detidos até à
maturidade são mensurados ao custo amortizado, utilizando
o método do juro efectivo, e são deduzidos de perdas de
imparidade. O custo amortizado é calculado tendo em conta
qualquer prémio ou desconto na aquisição e taxas que são
uma parte integrante da taxa de juro efectiva. A amortização
é reconhecida em “juros e rendimentos similares” na
demonstração de resultados.
Se o Banco vender ou reclassificar uma parte maior que
insignificante de um investimento detido até à maturidade
antes da sua maturidade (que não em circunstâncias
específicas), toda a categoria é reclassificada para disponíveis
para venda. Quando tais circunstâncias se verificarem, o
Banco não deverá classificar investimentos detidos até à
maturidade durante os dois anos seguintes. O Banco não
classificou qualquer instrumento financeiro nesta categoria.
IV) Empréstimos e contas a receber
São activos financeiros não derivados com pagamentos
fixados ou determináveis, que não estão cotados num
mercado activo. Resultam quando o Banco concede crédito,
bens ou serviços, directamente ao devedor, com nenhuma
intenção de negociar o recebimento.
Após a mensuração inicial, os empréstimos e contas a receber
são mensurados pelo custo amortizado usando o método
de taxa de juro efectiva, menos provisão para perdas por
imparidade. O custo amortizado é calculado tendo em conta
qualquer prémio ou desconto na aquisição e taxas que são
uma parte integrante da taxa de juro efectiva. A amortização é
incluída em “Juros e rendimentos similares” na demonstração
de resultados. As perdas decorrentes de imparidade são
reconhecidas na demonstração dos resultados.
V) Passivos financeiros ao justo valor por via dos
resultados
Os passivos financeiros ao justo valor por via dos resultados
incluem os passivos financeiros detidos para negociação e
os passivos financeiros ao justo valor por via dos resultados.
Os passivos financeiros detidos para negociação são
adquiridos com o objectivo de alienação num futuro próximo.
Esta categoria também inclui os instrumentos financeiros
derivados que não estejam designados como instrumentos de
cobertura pela NIC 39. Derivados embutidos estão também
classificados na categoria de detidos para negociação caso
não estejam designados como instrumentos de cobertura.
Os ganhos e perdas de detidos para negociação são
reconhecidos na demonstração dos resultados.
Os passivos financeiros classificados ao justo valor por via
dos resultados são classificados à data de reconhecimento
inicial, apenas se o critério da NIC 39 for cumprido. O Banco
não classificou qualquer passivo financeiro nesta categoria.
VI) Empréstimos e contas a pagar
Esta é a categoria mais relevante para o Banco. Após
o reconhecimento inicial, os passivos financeiros são
reconhecidos pelo custo amortizado utilizando o método da
taxa de juro efectiva. Os ganhos e perdas são reconhecidos
na demonstração dos resultados quando os passivos são
desreconhecidos como também ao longo do processo de
taxa de juro efectiva.
O custo amortizado é calculado de acordo com o desconto
ou prémio de aquisição e as comissões ou gastos que fazem
parte do método de taxa de juro efectivo. O juro efectivo
está incluído como um gasto financeiro na demonstração dos
resultados.
d) Anulação do reconhecimento de activos e passivos
financeiros (NIC 32 e NIC 39)A anulação do reconhecimento dos activos financeiros é
efectuada quando:
■ Expira o direito contractual a receber fluxos de caixa; e
■ O Banco tenha transferido substancialmente todos os
riscos e benefícios associados à sua detenção ou não obstante
retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos
e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha
transferido o controlo sobre os activos.
A anulação dos passivos financeiros é efectuada quando:
■ A obrigação sob a responsabilidade financeira deixar de
57
existir ou um passivo financeiro for substituído, para o mesmo
detentor, por outro com condições substancialmente diferentes,
sendo que, tal alteração ou modificação é tratada como um
desreconhecimento do passivo inicial e o reconhecimento
de outro passivo, sendo a diferença no correspondente valor
contabilístico reconhecida em resultados.
e) Determinação do justo valor (NIRF 13)O Banco procede à mensuração dos instrumentos financeiros
ao justo valor à data da posição financeira. O justo valor assume
que o activo ou passivo é transaccionado entre participantes no
mercado numa transacção ordenada de venda do activo ou de
transferência do passivo à data de mensuração nas condições
vigentes de mercado. Uma mensuração pelo justo valor assume
que a transacção de venda do activo ou de transferência do
passivo se realiza:
■ No mercado principal desse activo ou passivo; ou
■ Não existindo um mercado principal, no mercado mais
vantajoso para esse activo ou passivo.
O mercado principal ou mais vantajoso tem de estar acessível
ao Banco.
O justo valor do activo ou do passivo é mensurado através dos
pressupostos que os participantes de mercado utilizaram para
efectuarem a transacção, assumindo que os participantes agem
no seu melhor interesse económico.
A mensuração pelo justo valor de um activo não-financeiro toma
em conta a capacidade que um participante tem no mercado
para gerar benefícios económicos utilizando o activo no seu
pleno e melhor uso ou vendendo-o a outro participante no
mercado que o irá utilizar no seu pleno ou melhor uso.
O Banco utiliza técnicas de valorização consideradas as
mais apropriadas de acordo com as circunstâncias e para os
quais existam dados suficientes para mensurar o justo valor,
maximizando a utilização da informação relevante disponível
com base nas variáveis observáveis e minimizando a utilização
das variáveis não observáveis.
Todos os activos e passivos cujo justo valor seja mensurado
ou divulgado nas demonstrações financeiras encontra-se
reconhecido de acordo com a hierarquia do justo valor,
abaixo descrita, baseada no mais baixo nível de inputs para a
mensuração do justo valor:
Nível 1 — Preços cotados (não ajustados) dos activos ou
passivos em mercados activos a que a entidade tem acesso à
data da mensuração
Nível 2 — Justo valor determinado com base em inputs de
mercado não incluídos no Nível 1, mas que sejam observáveis
em mercado para activo ou passivo, quer directamente ou
indirectamente.
Nível 3 — Justo valor dos activos e passivos é determinado
com base em inputs que não são baseados em informação
observável em mercado.
Para os activos e passivos que são reconhecidos
recorrentemente nas demonstrações financeiras, o Banco
determina se as transferências ocorreram entre níveis da
hierarquia pela reavaliação da categorização (baseado no mais
baixo nível de input para a mensuração do justo valor).
f) Imparidade de activos financeiros (NIC 32 e 39)O Banco avalia, a cada data de balanço se há qualquer prova
objectiva de que um activo financeiro ou uma carteira de activos
financeiros esteja em imparidade. Após o reconhecimento
inicial, um activo financeiro, ou uma carteira de activos
financeiros, poderão ser considerados em imparidade quando
existe evidência objectiva de imparidade resultante de um
ou mais eventos, e quando estes tenham impacto no valor
estimado dos fluxos de caixa futuros. A evidência de imparidade
pode incluir diversos indicadores, tais como a exposição de
cada cliente ao crédito vencido, evidência de dificuldades
financeiras por parte do cliente e da sua capacidade de fazer
face a obrigações futuras, e o património do cliente encontrar-se
em situação de liquidação ou falência.
I) Activos financeiros disponíveis para venda
Um activo classificado nesta categoria encontra-se em
imparidade quando um declínio significativo no justo valor
de um activo financeiro se verifique durante um período
prolongado. O conceito “Significativo” é avaliado de acordo
com o custo de aquisição, enquanto o conceito “prolongado”
se avalia pelo período de tempo que o seu justo valor é
inferior ao custo de aquisição.
Se for identificada imparidade num activo financeiro
disponível para venda, a perda acumulada (mensurada
como a diferença entre o custo de aquisição e o justo valor,
excluindo perdas por imparidade anteriormente reconhecidas
por contrapartida de resultados), é transferida de reservas
e reconhecida na demonstração de resultados. Caso, num
período subsequente, o justo valor dos instrumentos de dívida
classificados como disponíveis para venda aumentar e esse
aumento puder ser objectivamente associado a um evento
ocorrido após o reconhecimento da perda por imparidade
na demonstração de resultados, a perda por imparidade é
revertida por contrapartida de resultados.
As perdas por imparidade reconhecidas em instrumentos de
capital classificados como disponíveis para venda, quando
revertem, são registadas por contrapartida de reservas.
II) Empréstimos e adiantamentos a clientes
Para os empréstimos e adiantamentos a clientes que se
encontram valorizados ao custo amortizado, o Banco avalia
individualmente as provas objectivas de imparidade para
activos financeiros que sejam individualmente significativos, e
individual ou colectivamente para activos financeiros que não
sejam individualmente significativos. Se o Banco determinar
que não existe prova de objectiva de imparidade de um
activo financeiro avaliado individualmente, quer este seja
significativo ou não, o Banco inclui este activo numa carteira
de activos financeiros com características semelhantes
ao risco de crédito, e avalia-os colectivamente quanto à
imparidade.
Se existirem provas objectivas de perdas por imparidade em
empréstimos e adiantamentos a clientes, ou em investimentos
detidos até à maturidade, que sejam mensuráveis pelo custo
amortizado, as perdas por imparidade são calculadas através
da comparação do valor actual dos fluxos de caixa futuros
esperados descontados à taxa efectiva original de cada
58 RELATÓRIO E CONTAS 2014
contrato e o valor contabilístico de cada crédito, sendo as
perdas registadas na demonstração de resultados. O valor
contabilístico dos créditos com imparidade é apresentado no
Balanço líquido das perdas de imparidade.
Os valores presentes dos fluxos de caixa futuros estimados
são descontados à taxa de juro efectiva original do
instrumento financeiro. Se um empréstimo tem uma taxa de
juro variável, a taxa de desconto para medir qualquer perda
é a actual taxa de juro efectiva. O cálculo do valor actual dos
fluxos de caixa futuros estimados de um activo financeiro
colateralizado reflecte os fluxos de caixa que podem resultar
da execução menos os custos da obtenção e da venda da
garantia colateral, quer a execução seja ou não provável.
Segundo o estabelecido pela NIC 39, os seguintes eventos
são considerados como constituindo indícios de imparidade
em activos financeiros:
■ Incumprimento de cláusulas contratuais, como atrasos no
pagamento de juros ou capital;
■ Registo de situações de incumprimento no sistema
financeiro;
■ Existência de operações em vigor resultantes de
reestruturações de créditos ou de negociações em curso para
reestruturações de créditos;
■ Dificuldades ao nível da capacidade dos sócios/accionistas
e da gestão, nomeadamente no que se refere à saída de
sócios de referência ou dos principais quadros e divergências
entre os sócios;
■ Dificuldades financeiras significativas do devedor em
dívida;
■ Existência de uma elevada probabilidade de declaração
de falência do devedor ou do emissor de divida;
■ Diminuição competitiva da posição do devedor; e
■ Comportamento histórico das cobranças que permita
deduzir que o valor nominal não será cobrado na totalidade.
Para a finalidade de uma avaliação colectiva da imparidade,
os activos financeiros são agrupados de acordo com as
características de risco de crédito semelhantes que são
indicativas da capacidade do devedor para pagar as quantias
devidas de acordo com os termos contratuais. O Banco toma
em consideração a qualidade do crédito que é dada pelo
rácio entre o crédito vencido e a carteira total.
As perdas por imparidade em termos colectivos são
determinadas tendo em consideração a experiência histórica
de perdas em carteiras de risco semelhante, conhecimento
da envolvente económica e da sua influência sobre o nível
de perdas históricas e o período estimado entre a ocorrência
e a sua identificação. A metodologia e os pressupostos
utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos
regularmente para reduzir as diferenças entre as estimativas e
o nível actual de perdas.
III) Investimentos detidos até à maturidade
Para os activos detidos até à maturidade, o Banco avalia
individualmente se existe evidência de perdas por
imparidade. Se existe prova objectiva que essa perda tenha
ocorrido, o valor é mensurado como a diferença entre a
quantia escriturada do activo e o valor actual dos fluxos de
caixa futuros estimados. A quantia escriturada do activo é
reduzida e o valor da perda é reconhecido na demonstração
de resultados.
Se, no ano subsequente, o montante da perda estimada
diminuir, devido a um qualquer evento após a perda por
imparidade ter sido reconhecida, os valores são revertidos e
creditados na demonstração de resultados.
IV) Empréstimos renegociados
Sempre que possível, o Banco procura renegociar os
empréstimos em vez de exercer a opção sobre o colateral.
Isto significa que pode existir um alargamento no prazo
de liquidação do empréstimo. Uma vez renegociado o
empréstimo, o mesmo não é considerado vencido. A
Administração do Banco está a rever continuamente a
questão da renegociação dos empréstimos, a fim de
evitar que os mesmos sejam considerados vencidos. Os
empréstimos continuam a ser alvo de avaliação individual
ou colectiva de perdas por imparidade sendo calculados de
acordo com a taxa de juro efectiva original.
V) Avaliação dos colaterais
O Banco procura utilizar colaterais, sempre que possível, para
mitigar o risco nas demonstrações financeiras. Os colaterais
apresentam-se de diversas formas, tais como depósitos
à ordem, carteiras de títulos, cartas de crédito/garantias,
hipotecas, recebimentos, inventários, outros activos não
financeiros e avales. O justo valor do colateral é determinado,
no mínimo, no início e com base no cronograma de relatórios
trimestrais do Banco, no entanto, algumas garantias, por
exemplo, depósitos à ordem ou títulos relativos aos requisitos
de margem, são avaliados diariamente.
Sempre que possível, o Banco utiliza dados activos do
mercado para avaliar os activos financeiros detidos como
garantias. Outros activos financeiros que não têm um valor
de mercado activo são avaliados por via de modelos de
avaliação. Garantias não financeiras, como hipotecas, são
avaliadas com base em dados fornecidos por terceiros, tais
como correctores de hipotecas, os índices de preços da
habitação, as demonstrações financeiras auditadas, e outras
fontes independentes.
VI) Colaterais readquiridos
A política do Banco é determinar se é preferível proceder à
utilização interna de um activo readquirido ou se este deve
ser alienado.
Os activos cuja decisão seja a utilização interna são
transferidos para a respectiva categoria de activo ao menor
valor entre o valor líquido contabilístico e o valor original. Os
activos cuja decisão seja a alienação são transferidos para
activos não correntes detidos para venda e mensurados ao
justo valor menos os custos de venda à data da reintegração,
de acordo com a política do Banco.
g) Compensação de instrumentos financeiros (NIC 32
e NIC 39)Os activos e passivos financeiros são compensados e o valor
líquido é reconhecido na posição financeira, se apenas existir
59
um direito jurídico vinculativo que obrigue as entidades a
reconhecer os valores e se existe intenção de compensar numa
base líquida, ou de realizar o activo e liquidar o passivo em
simultâneo.
h) Garantias financeiras (NIC 37)No decorrer da sua actividade corrente, o Banco concede
garantias financeiras, tais como Cartas de crédito, garantias e
avales. As garantias financeiras são inicialmente reconhecidas
nas demonstrações financeiras (em ‘Outros passivos’) ao justo
valor, sendo o prémio recebido.
Em termos de mensuração subsequente, a responsabilidade do
Banco relativa a cada garantia é mensurada ao valor mais alto
entre o montante inicialmente reconhecido menos amortizações
acumuladas reconhecidas na demonstração de resultados e
a melhor estimativa da despesa necessária para regularizar
qualquer obrigação que possa decorrer em resultado da
garantia.
Qualquer aumento no valor do passivo relativo à garantia
financeira é reconhecido na demonstração de resultados
em Gastos com perdas em créditos. O prémio recebido é
reconhecido na demonstração de resultados em ‘Rendimento
líquido de taxas e comissões’ numa base da vida útil da garantia.
i) Reconhecimento de rédito e gastos (NIC 18)O rédito é reconhecido quando for provável que benefícios
económicos futuros fluirão para o Banco e esses benefícios
possam ser fiavelmente mensuráveis. O reconhecimento do
rédito obedece aos seguintes critérios por rubrica:
I) Juros, rendimentos e gastos similares
Para os instrumentos financeiros mensurados ao custo
amortizado e juros dos instrumentos financeiros classificados
como disponíveis para venda, o juro ou o gasto é registado
com base na taxa de juro efectiva. A taxa de juro efectiva é
a taxa que corresponde à taxa que desconta os pagamentos
ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada
do instrumento financeiro, ou, quando apropriado, por um
período mais curto, para a quantia líquida escriturada do
activo ou passivo financeiro. Para a determinação da taxa
de juro efectiva, procede-se à estimativa dos fluxos de
caixa futuros considerando todos os termos contratuais do
investimento financeiro (por exemplo opções de pagamento
antecipado), incluindo as comissões consideradas como parte
integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e
todos os prémios ou descontos directamente relacionados
com a transacção.
Uma vez que o activo financeiro ou grupo de activos
financeiros tenha sido reduzido como resultado de uma
perda por imparidade, o rendimento do juro é dai em diante
reconhecido usando a taxa de juro utilizada para descontar os
fluxos de caixa futuros para efeitos de quantificação da perda
por imparidade.
II) Rendimentos provenientes de serviços e comissões
O Banco obtém rendimentos de serviços e comissões através
de uma diversificada rede de serviços que presta aos seus
clientes. As comissões podem ser classificadas em duas
categorias:
Comissões que são cobradas por prestação de serviços
durante um determinado período de tempo.
São obtidos à medida que os serviços vão sendo prestados
e o seu reconhecimento em resultados é efectuado em
função do período em que os serviços são prestados. Estas
comissões incluem valores cobrados nas prestações de
serviços tais como a emissão das Garantias Bancárias e
Cartas de Crédito.
Comissões cobradas pela prestação de serviços
Resultam da prestação de serviços, sendo o seu
reconhecimento efectuado quando o serviço está concluído.
III) Rendimento líquido em operações financeiras
O rendimento líquido em operações financeiras inclui ganhos
e perdas das transacções em moeda estrangeira e operações
conversão dos itens monetários denominados em moeda
estrangeira.
j) Caixa e equivalentes de caixa (NIC 32 e NIC 39)Caixa e equivalentes de caixa, conforme apresentados na
demonstração de fluxos de caixa, englobam os valores em
caixa, contas correntes com o Banco Central e com outras
instituições de crédito e investimentos altamente líquidos, com
maturidades até três meses, mensurados ao custo amortizado.
k) Activos não correntes detidos para venda (NIRF 5)Os activos não correntes (ou grupos para alienação) são
classificados como detidos para venda sempre que seja
expectável que o seu valor na posição financeira seja
essencialmente recuperado através da venda e que a mesma
seja considerada altamente provável. Para um activo (ou grupo
de alienação) seja classificado nesta rubrica é necessário o
cumprimento dos seguintes requisitos:
1) A probabilidade de venda seja elevada;
2) O activo esteja disponível para venda no seu estado actual;
e
3) Deverá existir expectativa de que a venda se venha a
concretizar até um ano após a classificação do activo nessa
rubrica.
Os activos registados nessa rubrica não são amortizados,
sendo valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o
seu justo valor, deduzidos do custo a incorrer na venda. O justo
valor destes activos é determinado com base em avaliações
efectuadas por entidades especializadas.
A Administração compromete-se em como a venda se verificará
um ano após a sua classificação.
Os imóveis não são depreciados quando são classificados como
não correntes detidos para venda.
Os activos e passivos são classificados separadamente na
rubrica da posição financeira.
l) Activos tangíveis (NIC 16)Os activos tangíveis são mensurados pelo custo de aquisição,
deduzido das respectivas depreciações acumuladas, e perdas
por imparidade. Os custos de reparação de parte de um activo
tangível são reconhecidos se for provável que deles resultarão
benefícios económicos futuros para o Banco e possam ser
mensurados com fiabilidade.
As despesas de manutenção e reparação e outras despesas
associadas ao seu uso são reconhecidas nos resultados do
período em que foram incorridas.
As depreciações são calculadas utilizando o método das
quotas constantes, com base na vida útil estimada dos bens,
60 RELATÓRIO E CONTAS 2014
assim como do seu valor residual. Os valores residuais dos
activos, assim como as vidas úteis dos activos e os critérios
de amortização são ajustados, se necessário, à data de
encerramento da posição financeira. As vidas úteis estimadas
são as seguintes:
O Banco efectua regularmente a análise da adequacidade da
vida útil estimada dos seus activos tangíveis. Alterações na vida
útil esperada dos activos são reconhecidas através da alteração
do período ou método de depreciação, conforme apropriado,
sendo tratados como alterações de estimativas contabilísticas.
As despesas em edifícios arrendados são depreciadas em
prazo compatível com a sua utilidade esperada no contrato de
arrendamento.
Periodicamente, são efectuadas análises no sentido de
identificar evidências de imparidade em activos tangíveis.
Sempre que o valor líquido dos activos exceda o valor
recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade na
demonstração dos resultados. O Banco procede à reversão das
perdas por imparidade caso, subsequentemente, se verifique
um aumento no valor recuperável do activo.
A anulação do reconhecimento do activo tangível é efectuada
quando o mesmo é alienado, ou quando não se esperam
benefícios económicos da sua utilização ou alienação. O ganho
ou perda decorrente da anulação do reconhecimento é incluído
em “outros rendimentos operacionais” ou “outros gastos
operacionais” na demonstração de resultados no período em
que o activo é desreconhecido.
m) Activos intangíveis (NIC 38)Os activos intangíveis incluem os valores de software (licenças).
O software adquirido pelo Banco é registado ao custo menos
a amortização acumulada e menos eventuais perdas por
imparidade.
As despesas com software desenvolvido internamente
são reconhecidas como activo quando o Banco consegue
demonstrar que a sua capacidade e intenção de gerar
benefícios económicos futuros, e pode fiavelmente mensurar
os custos para completar o desenvolvimento. A capitalização
dos custos de software desenvolvido internamente inclui
todos os custos directamente imputáveis ao desenvolvimento
do software, e são amortizados durante a sua vida útil. O
software desenvolvido internamente é mensurado pelo custo
capitalizado menos amortizações acumuladas e menos perdas
por imparidade.
A amortização é reconhecida na demonstração de resultados
segundo o método de quotas constantes ao longo da vida útil
estimada do software, a partir da data em que o mesmo esteja
disponível para uso. A vida útil estimada do software é de 3 a 5
anos.
n) Imparidade de activos não financeiros (NIC 36)
O Banco avalia no final de cada data de relato ou com maior
frequência se eventos ocorram e alterem o valor contabilístico
de um activo, se existe indicação de imparidade por parte
de um activo não-financeiro. Se tais indicações existem, ou
quando o teste anual da imparidade para um activo é exigido,
o Banco estimativa o valor recuperável do activo. Se a quantia
escriturada de um activo (ou unidade geradora de caixa)
exceder a sua quantia recuperável, o activo encontra-se em
imparidade e é registado em balanço pelo valor recuperável.
A cada data de relato, é reavaliada a existência de qualquer
indicação de que uma perda por imparidade anteriormente
reconhecida possa já não existir ou possa ter reduzido. Caso
exista tal indicação, é estimada a quantia recuperável do
activo e revertidas as perdas por imparidade previamente
reconhecidas apenas se tiverem ocorrido alterações nas
estimativas usadas para estimar a quantia recuperável desde o
reconhecimento da perda.
A reversão da imparidade está limitada ao valor da quantia
recuperável do activo, sendo revertidas as perdas por
imparidade previamente reconhecidas apenas se tiverem
ocorrido alterações nas estimativas usadas para estimar a
quantia recuperável desde o reconhecimento da perda.
o) Impostos (NIC 12)
i) Impostos correntes
Os impostos correntes, activos ou passivos, são estimados
com base no valor esperado a pagar ou a recuperar às
autoridades fiscais. A taxa legal de imposto usada para
calcular o montante é a que se encontra em vigor à data da
posição financeira.
O imposto corrente é calculado com base no lucro tributável
do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido
a ajustamentos na matéria colectável resultante de gastos
ou rendimentos não relevantes para efeitos fiscais, ou que
apenas serão considerados noutros períodos contabilísticos.
ii) Impostos diferidos
Os impostos diferidos são reconhecidos sobre todas
diferenças temporárias à data da posição financeira entre a
base fiscal dos activos e passivos e a sua correspondente
base contabilística. Os passivos por impostos diferidos
são reconhecidos para todas as diferenças temporárias
tributáveis, excepto:
Quando o imposto diferido passivo resulta do reconhecimento
inicial do goodwill ou de um activo ou passivo numa
transacção que não seja uma concentração de actividades
empresariais e, no momento da transacção, não afecta nem o
lucro contabilístico nem lucro tributável ou perda, e
No que diz respeito a diferenças temporárias tributáveis
associadas aos investimentos em filiais e associadas, são
reconhecidos passivos por impostos diferidos quando a
empresa-mãe, investidor ou empreendedor, seja capaz
de controlar a tempestividade da reversão da diferença
temporária, e que se seja provável que a diferença temporária
não se reverterá no futuro previsível.
A quantia escriturada do activo por impostos diferidos é
revista à data de encerramento de cada exercício e reduzida
na medida em que já não é provável que os lucros tributáveis
Anos
Edifícios arrendados 10
Equipamentos 10
Outros 4-5
61
suficientes estarão disponíveis para permitir que todo,
ou parte do imposto diferido activo possa ser utilizado.
Os activos por impostos diferidos não reconhecidos são
reavaliados à data de cada balanço e são reconhecidos
na medida em que se torne provável que lucros tributáveis
futuros permitirão que o activo por imposto diferido possa ser
recuperável.
Os activos e passivos por impostos diferidos são mensurados
pelas taxas fiscais que se espera que sejam aplicáveis no
período quando seja realizado o activo ou seja liquidado o
passivo, com base nas taxas fiscais (e leis fiscais) que tenham
sido decretadas ou substancialmente decretadas à data da
posição financeira.
Os impostos correntes e diferidos relativos a itens
reconhecidos directamente em capital próprio são
reconhecidos em capital próprio e não na demonstração dos
resultados.
Os activos ou passivos por impostos diferidos são
compensados caso exista um direito com força legal para
compensar os activos correntes por impostos correntes
relacionados com a mesma autoridade fiscal.
p) Contratos de locação (NIC 17)A determinação de se um acordo é ou contém operações de
locação baseia-se na substância do acordo em relação a data
de início e obriga a uma avaliação sobre se o cumprimento do
acordo depende do uso dum bem ou bens específicos e se o
acordo transmite o direito de usar o bem.
Locações operacionais – Banco como locatário
As rendas pagas são reconhecidas na demonstração dos
resultados numa base sistemática ao longo da vida do contrato
de locação.
Quando um contrato de locação é terminado antes do período
de locação, qualquer pagamento efectuado ao locador a título
de indemnização é reconhecimento como gasto no período a
que respeita.
q) Dividendos sobre acções ordinárias (NIC 10)Os dividendos sobre acções ordinárias são reconhecidos como
passivo e deduzidas ao capital próprio quando são aprovadas
pelos accionistas do Banco. Os dividendos intercalares são
deduzidos ao capital próprio quando declarados quando não
estão mais à disposição do Banco.
Dividendos para o fim do exercício que são aprovados após a
data de balanço são divulgados como um evento subsequente.
r) Reservas de capital (NIC 32 e 39)As reservas reconhecidas em capital próprio do Banco na
demonstração da posição financeira incluem a reserva de justo
valor, que compreende as variações de justo valor dos activos
financeiros disponíveis para venda.
s) Normas emitidas mas não efectivasAs normas e interpretações que foram emitidas, mas ainda não
efectivas, à data de emissão das demonstrações financeiras
do banco são descritas abaixo. O Banco pretende adoptar as
referidas normas, caso aplicáveis, quando as mesmas se tornem
efectivas.
NIRF 9 – Instrumentos financeiros
Em Julho de 2014, o IASB emitiu a versão final da NIRF 9
Instrumentos Financeiros que reflecte todas as fases do projecto
dos instrumentos financeiros e substitui a NIC 39 Instrumentos
financeiros: Reconhecimento e Mensuração e todas as versões
anteriores da NIRF 9. A norma introduz novos requisitos para
classificação e mensuração, imparidade e contabilidade de
cobertura. A NIRF 9 é efectiva para os períodos com data de
início ou após 1 de Janeiro de 2018, sendo permitida a adopção
antecipada. A aplicação retrospectiva é requerida, contudo,
a informação comparativa não é obrigatória. A aplicação das
versões anteriores da NIRF 9 (2009, 2010 e 2013) é permitida
se as datas da primeira aplicação for anterior a 1 de Fevereiro
de 2015. O impacto da adopção da NIRF terá impacto na
classificação e mensuração dos activos financeiros do Banco,
mas não se verificará quaisquer impactos nos passivos
financeiros.
NIRF 14 Diferimento das Contas do Regulador
A NIRF 14 é uma norma opcional que permite às entidades,
cujas actividades são sujeitas a uma regulamentação de taxas,
que continuem a aplicar a maioria das políticas contabilísticas
para o diferimento das contas do regulador após a primeira
aplicação da NIRF. As entidades que adoptem a NIRF 14 deverão
apresentar o diferimento das contas do regulador numa rubrica
separada na demonstração dos resultados e na demonstração
dos rendimentos integral. A norma exige divulgações da
natureza da, e os riscos associados com a taxa regulamentada
da entidade e os impactos da taxa regulamentada nas
demonstrações financeiras. A NIRF 14 é efectiva para os
exercícios com inicio em, ou após 1 de Janeiro de 2016. Esta
norma não apresentará qualquer impacto nas demonstrações
financeiras do Banco.
Alterações à NIC 19 – Plano de benefícios definidos:
Contribuições dos colaboradores
A NIC 19 exige que a entidade que considere como
contribuições de colaboradores ou de terceiros quando procede
à contabilização de plano de benefícios definidos. Quando as
contribuições estão relacionadas a um serviço, deverão ser
atribuídos a períodos de serviço como um benefício negativo.
Estas alterações clarificam que, se o montante das contribuições
se encontrar dependente do número dos anos de serviço, é
permitido que a entidade reconheça tais contribuições como
uma redução no custo no período ao qual o serviço é prestado,
ao invés de alocar as contribuições aos períodos do serviço.
Esta alteração é efectiva para os períodos iniciados ou após 1 de
Julho de 2014. Esta norma não apresentará qualquer impacto
nas demonstrações financeiras do Banco.
NIRF 15 Réditos de contratos com clientes
A NIRF 15 – Rédito dos contratos com clientes substitui a NIC
11 – Contractos de Construção, NIC 18 – Rédito e interpretações
relacionadas. A NIRF 15 estabelece o tratamento contabilístico
para o rédito dos contractos com os clientes. É aplicável a
todas as entidades que celebraram um contrato de prestação
de serviços ou venda de bens aos seus clientes, salvo se esses
contractos entrarem dentro do âmbito de outra NIRF, tal como
a NIC 17 – Locações. A norma também contempla um modelo
para a mensuração e reconhecimento de ganhos e perdas da
alienação de determinados activos não financeiros, tal como
os activos tangíveis. A nova norma torna-se efectiva para os
62 RELATÓRIO E CONTAS 2014
períodos iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2017. Não será
expectável um impacto significativo da aplicação da nova
norma nas demonstrações financeiras do Banco, uma vez que
os instrumentos financeiros e outros direitos contratuais ou
obrigações estão dentro do âmbito da NIRF 9 – Instrumentos
Financeiros, encontrando-se fora do âmbito da norma.
NIC 16 Activos tangíveis e NIC 38 Activos intangíveis -
Esclarecimento de métodos aceitáveis de Depreciação e
Amortização
As alterações clarificam o princípio vertido na NIC 16 e NIC 38
de que o rédito reflecte o padrão dos benefícios económicos
que são gerados por um negócio (do qual o activo faz parte) em
vez do benefício económico através da utilização dos activos.
Como resultado, um método baseado na unidade de produção
não pode ser utilizado para depreciar os activos tangíveis,
podendo-o ser apenas em determinadas circunstâncias para os
activos tangíveis.
Estas alterações terão um efeito prospectivo para os períodos
iniciados em, ou após, 1 de Janeiro de 2016, sendo permitida
a adopção antecipada. Não é expectável que estas alterações
tenham qualquer impacto para o Banco, uma vez que o Banco
não utiliza o método de depreciação com base na produção.
Alterações à NIC 27: Método de Equivalência Patrimonial nas
demonstrações financeiras separadas
As alterações vão permitir que as entidades possam usar
o método da equivalência patrimonial para reconhecer os
investimentos em subsidiárias, “joint ventures” e associadas nas
suas demonstrações financeiras separadas. As entidades que
já aplicam as NIRF e que pretendam alterar para o método de
equivalência patrimonial nas suas demonstrações financeiras
individuais terão de aplicar esse método retrospectivamente.
Para os que adoptem pela primeira vez o método da
equivalência patrimonial nas suas demonstrações financeiras,
terão apenas de aplicar este método a partir da data de
transição para as NIRF. As alterações são efectivas para
períodos anuais com início em ou após 1 de Janeiro de 2016, a
adopção antecipada é permitida. Estas alterações não teriam
qualquer impacto nas demonstrações financeiras consolidadas
do Banco, uma vez que o banco não detém investimentos em
subsidiárias e associadas.
NIC 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras
O International Accounting Standards Board emitiu alterações à
NIC 1 como parte da iniciativa de divulgação que visa melhorar
os requisitos de apresentação e divulgação. As alterações à NIC
1 incluem melhorias em cinco áreas:
■ Materialidade
■ Desagregação e subtotais
■ Estrutura das Notas
■ Divulgação de políticas contabilísticas
■ Apresentação de itens de outros rendimentos integrais,
decorrentes de equivalência patrimonial
As alterações entram em vigor para os períodos findos em ou
após 1 de Janeiro de 2016 e não deverão ter um impacto sobre
o Banco.
Alterações à NIC 16 e NIC 41 Agricultura: Viveiros
As alterações visam modificar os requisitos de reconhecimento
de activos biológicos que atendam à definição de viveiros. De
acordo com as alterações, os activos biológicos que atendam
à definição de viveiros não serão mais enquadrados no
âmbito da NIC 41. Em vez disso, a NIC 16 será aplicada. Após
o reconhecimento inicial, os viveiros serão mensurados de
acordo com a NIC 16 ao custo acumulado (antes da maturidade)
utilizando o modelo de custo ou o modelo de reavaliação (após
a maturidade). As alterações também exigem que os produtos
que cresçam em viveiros sejam tratados de acordo com a NIC 41
mensurados pelo justo valor menos os custos para vender. Para
os donativos do Estado, será aplicada a NIC 20 Reconhecimento
e Divulgação dos Subsídios do Governo. As alterações são
retrospectivamente aplicáveis para períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2016, sendo a adopção antecipada
permitida. Estas alterações não deverão ter qualquer impacto no
Banco, o Banco não possui viveiros.
Melhorias anuais Ciclo 2010-2012 Estas melhorias são efectivas a partir de 1 de Julho de 2014,
e não se espera que tenham um impacto significativo sobre o
Banco.
Elas incluem:
Pagamento Baseado de Acções - NIRF 2
Esta melhoria é aplicada prospectivamente e esclarece várias
questões relativas à definição de desempenho e condições de
elegibilidade, incluindo:
■ A condição de desempenho deve conter uma condição de
serviço;
■ A meta de desempenho deve ser satisfeita quando a
contraparte presta o serviço;
■ A meta de desempenho deve estar relacionada com as
operações ou actividades da entidade, ou aqueles de outra
entidade do mesmo grupo;
■ A condição de desempenho pode ser uma condição de
mercado ou não; e
■ Se a contraparte, independentemente do motivo, deixar de
prestar o serviço durante o período contratado, a condição de
serviço não será satisfeita.
NIRF 3 Concentração de Actividade Empresariais
A alteração é aplicada prospectivamente e esclarece que
todas as contingências classificadas como passivo (ou activo)
decorrentes de uma combinação de negócios devem ser
subsequentemente mensuradas ao justo valor através de
resultados sendo ou não abrangidas pelo âmbito da aplicação
da NIRF 9 (ou NIC 39, conforme o caso).
NIRF 8 Operações por Segmentos
As alterações são aplicadas retrospectivamente e esclarecem
que:
■ Uma entidade deve divulgar os julgamentos feitos pela
administração na aplicação dos critérios de agregação no
parágrafo 12 da NIRF 8, incluindo uma breve descrição
das operações por segmentos que foram agregados e as
características económicas (por exemplo, as vendas e as
margens brutas) utilizados para avaliar se os segmentos são
63
similares.
■ A reconciliação dos activos do segmento de activos totais só
é necessário para ser divulgado se a reconciliação é relatado
para o tomador de decisões operacionais, similar à divulgação
necessária para passivos por segmento.
NIC 16 Activos Tangíveis e NIC 38 Activos Intangíveis
A alteração é aplicada retrospectivamente e esclarece a NIC
16 e NIC 38 que o activo pode ser reavaliado em função dos
dados observáveis usando o valor bruto ou o valor líquido
contabilístico. Além disso, a depreciação ou amortização
acumulada é a diferença entre o valor bruto e o valor líquido do
activo.
NIC 24 Divulgações de Partes Relacionadas
A alteração é aplicada retrospectivamente e esclarece a NIC
24 que uma entidade de gestão (uma entidade que fornece
serviços especializados de gestão) é uma parte relacionada
sujeito à divulgação. Além disso, uma entidade que utiliza esses
serviços de gestão deve divulgar os gastos incorridos com os
serviços de gestão.
Melhorias anuais Ciclo 2011-2013 Estas melhorias são efectivas a partir de 1 de Julho de 2014,
e não se espera que tenham um impacto significativo sobre o
Banco.
Elas incluem:
NIRF 3 Concentração de Actividades Empresariais
A alteração é aplicada prospectivamente e esclarece as
seguintes excepções no âmbito da NIRF 3:
■ Acordos conjuntos, não apenas joint ventures, estão fora do
âmbito da NIRF 3; e
■ Esta excepção aplica-se apenas ao reconhecimento nas
demonstrações financeiras conjuntas.
NIRF 13 Mensuração do Justo Valor
A alteração é aplicada prospectivamente e esclarece que as
excepções no âmbito da NIRF 13 podem ser aplicados não só
para os activos e passivos financeiros, mas também a outros
contractos no âmbito da NIRF 9 (ou NIC 39, conforme o caso).
NIC 40 Propriedades de Investimento
A descrição dos serviços auxiliares na NIC 40 diferencia entre
propriedades de investimento e propriedade de uso próprio
(ou seja, imóveis, instalações e equipamentos). A alteração é
aplicada prospectivamente e esclarece que a NIRF 3, e não
a descrição de serviços auxiliares na NIC 40, é usada para
determinar se a transacção é a compra de uma combinação de
activos ou negócios.
Emendas à NIRF 11 Acordos conjuntos: reconhecimento de
aquisições de participações
As alterações à NIRF 11 exigem que o reconhecimento da
aquisição de uma participação em uma operação conjunta, em
que a actividade da operação conjunta constitui um negócio
deve-se adoptar a NIRF 3 princípios para reconhecimento
de concentração de actividades empresariais. As alterações
também esclarecem que a participação anteriormente detida
em uma operação conjunta não é reavaliada na aquisição
de uma participação adicional na mesma operação conjunta
enquanto o controlo conjunto é mantido. Além disso, a exclusão
foi adicionada à NIRF 11 para especificar que as alterações
não se aplicam quando as partes que compartilham o controlo
conjunto, incluindo a entidade que relata, estão sob controlo
comum da mesma parte.
As alterações aplicam-se tanto a aquisição do interesse
inicial em uma operação conjunta e à aquisição de quaisquer
interesses adicionais na mesma operação conjunta e são
prospectivamente em vigor para períodos anuais com início
em ou após 1 de Janeiro de 2016, a adopção antecipada é
permitida. Estas alterações não terão qualquer impacto para o
Banco.
Melhorias anuais Ciclo 2012-2014Nas melhorias 2012-2014, o IASB emitiu cinco alterações para
quatro normas, resumidas abaixo. As alterações são efectivas a
partir de 1 de Janeiro de 2016 e não se espera que tenham um
impacto no Banco:
NIRF5 Activos Não-correntes Detidos Para Venda e
Operações descontinuadas
Activos (ou grupo para alienação) são geralmente eliminados
quer através de venda ou através de distribuição aos sócios.
A alteração à NIRF 5 esclarece que a mudança de um destes
métodos de eliminação para o outro não deve ser considerada
como um novo plano de eliminação, pelo contrário, é uma
continuação do plano original. Assim, não há interrupção
da aplicação dos requisitos da NIRF 5. A alteração também
esclarece que a mudança do método de eliminação não altera a
data de classificação. A alteração é aplicada prospectivamente.
NIRF 7 Divulgação de Instrumentos Financeiros
Os parágrafos 42A - H da NIRF 7 exigem que uma entidade
divulgue informação para qualquer envolvimento continuado
num activo transferido que é descontinuado na sua totalidade.
A alteração esclarece que um contrato de serviço que inclui
uma taxa pode constituir envolvimento continuado num activo
financeiro. Uma entidade deve avaliar a natureza da taxa e
disposição contra a orientação para o envolvimento continuado
nos parágrafos NIRF 7.B30 e NIRF 7.42C, a fim de avaliar se são
necessárias as divulgações.
NIRF 7 Divulgação de Instrumentos financeiros
Em Dezembro de 2011, a NIRF 7 foi alterada para acrescentar
orientações sobre a compensação de activos e passivos
financeiros. Na data efectiva da transição da alteração, o
parágrafo nº 44R da NIRF 7 afirma que a entidade deve aplicar
estas alterações aos períodos anuais com início em, ou, após,
1 de Janeiro de 2013 e períodos intermediários dentro desses
períodos anuais. A norma de divulgação provisória, NIC 34,
não reflecte esta exigência, no entanto, não está claro se essas
divulgações são necessárias no relatório financeiro intercalar.
A alteração suprime a expressão “períodos intermediários
dentro desses períodos anuais” do parágrafo nº 44R,
esclarecendo que essas divulgações não são exigidas
no relatório financeiro intercalar. No entanto, o Conselho
observou que a NIC 34 exige que uma entidade divulgue
uma explicação de acontecimentos e transacções que sejam
significativas para a compreensão das alterações na posição
financeira e do desempenho da entidade desde o fim do último
período de relato anual. Portanto, se as divulgações da NIRF
7 fornecem uma actualização significativa relativamente às
64 RELATÓRIO E CONTAS 2014
informações relatadas no relatório anual mais recente, a gestão
espera que essas divulgações sejam incluídas no relatório
financeiro intercalar da entidade. A alteração deve ser aplicada
retrospectivamente.
NIC 19 Benefícios dos Empregados
A NIC19 exige que a entidade reconheça uma obrigação para
benefícios pós-emprego para os seus planos de benefícios
definidos. Essa obrigação deve ser descontada usando taxas
de mercado de obrigações corporativas de elevada qualidade
ou utilizando taxas de obrigações de dívida pública, na
eventualidade de um mercado activo para títulos corporativos
de alta qualidade não existir. A alteração à NIC 19 clarifica
que a existência de títulos corporativos de alta qualidade do
mercado é avaliada com base na moeda em que é denominada
a obrigação, ao invés do país onde a obrigação está localizada.
Quando não existe um mercado activo para títulos corporativos
de alta qualidade na moeda, as taxas de obrigações de dívida
pública devem ser utilizadas.
NIC 34 Demonstrações Financeiras Intercalares
A NIC 34 exige que as entidades divulguem informações nas
notas explicativas às demonstrações financeiras intercalares ‘se
não divulgadas no relatório financeiro intercalar “. No entanto,
não está claro o que o IASB quer dizer com “em outras partes
do relatório financeiro intercalar”. A alteração estabelece
que as divulgações provisórias requeridas devem ser tanto
nas demonstrações financeiras intercalares ou incorporados
por referência cruzada entre as demonstrações financeiras
intercalares e onde quer que eles estão incluídos dentro do
relatório financeiro intercalar (por exemplo, no comentário da
administração ou relatório gestão de risco). O IASB especifica
que as outras informações dentro do relatório financeiro
intercalar devem estar disponíveis para os usuários nas mesmas
condições que as demonstrações financeiras intercalares
e ao mesmo tempo. Se os usuários não tiverem o acesso a
estas informações dessa maneira, neste contexto, o relatório
financeiro intercalar torna-se incompleto.
2. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS,
ESTIMATIVAS E ERROS
Novas normas e alterações das normas e
interpretaçõesDurante o período findo em 31 de Dezembro de 2014, o Banco
aplicou todas as normas que se tornaram efectivas a partir de 1
de Janeiro de 2014.
Entidades de investimento (alterações à NIRF 10, NIRF 12 e
NIC 27)
Estas alterações prevêem uma excepção à exigência de
consolidação para entidades que atendem à definição
de uma entidade de investimento no âmbito da NIRF 10
Demonstrações Financeiras Consolidadas e deve ser aplicada
retrospectivamente, sujeito a determinadas condições no
período de transição. A excepção à consolidação exige que
as entidades de investimento reconheçam as subsidiárias ao
justo valor através de resultados. Estas alterações não têm
impacto sobre o Banco, uma vez que o Banco não prepara
demonstrações financeiras consolidadas.
Compensação de Activos e Passivos Financeiros - Alterações
à NIC 32
Estas alterações tornam mais claro o significado de ‘actualmente
tem o direito legal de compensar’ e os mecanismos de
resolução não-simultânea para se qualificar para a compensação
e é aplicado retrospectivamente. Estas alterações não têm
impacto sobre o Banco, uma vez que o Banco não dispõe de
quaisquer acordos de compensação.
Novação de Derivados e continuação - Alterações a NIC 39
Estas alterações permitem benefícios ao descontinuar o
reconhecimento de um activo quando a novação de um
derivado designado como um instrumento de cobertura
atende a determinados critérios e é necessária a aplicação
retrospectiva. Estas alterações não têm impacto sobre o Banco
uma vez que o Banco não teve novações de derivados durante
o período corrente e anteriores.
IFRIC 21 “Levies” – Taxas adicionais
A IFRIC 21 esclarece que a entidade reconhece uma
responsabilidade quando a actividade que desencadeia o
pagamento, conforme identificado na legislação respectiva,
ocorre. Para uma taxa que é accionada ao atingir um
limite mínimo, a interpretação esclarece que nenhuma
responsabilidade pode ser antecipada antes do limite mínimo
especificado ser atingido. A aplicação retrospectiva é requerida
no âmbito da IFRIC 21. Esta interpretação não tem impacto sobre
o Banco uma vez que o Banco não apresenta nenhumas taxas
adicionais no âmbito do conceito referido na interpretação.
Adicionalmente, não ocorreram alterações nas estimativas, e
nem foram identificados erros que motivem a reexpressão das
quantias comparativas.
3. GESTÃO DO RISCO, OBJECTIVOS E POLÍTICAS
A gestão de riscos assenta na constante identificação e
análise da exposição a diferentes riscos (crédito, mercado,
liquidez, operacional e outros), e na execução de estratégias de
maximização de resultados face aos riscos, dentro de restrições
pré-estabelecidas e devidamente supervisionadas.
A actividade do Banco é exposta a um conjunto de riscos
financeiros e essas actividades envolvem a análise, avaliação,
aceitação e gestão de determinados graus de risco ou
combinação de riscos. O objectivo do Banco é atingir um
equilíbrio entre o risco e o retorno e minimizar os potenciais
impactos adversos no seu desempenho financeiro.
Por natureza, a actividade do Banco assenta, essencialmente,
na utilização de instrumentos financeiros. O Banco aceita
depósitos de clientes quer a taxa de juro fixa, quer variável,
e, durante vários períodos, procura obter margens acima
da média investindo em activos de alta qualidade. O Banco
procura aumentar as margens consolidando os fundos de curto
prazo e emprestando por períodos mais prolongados a taxas
mais elevadas mantendo a liquidez suficiente para todos os
desembolsos necessários que eventualmente ocorram.
Assim, as políticas de gestão de risco do Banco estão
desenhadas para identificar e analisar esses riscos a fim
de estabelecer determinados limites de risco e controlos a
fim de os monitorar e assegurar a sua aderência aos limites
estabelecidos, por meio de sistemas actualizados. O Banco
regularmente revê as políticas de gestão de risco e sistemas
de forma a reflectir as alterações nos mercados, produtos e
melhores práticas.
65
A gestão do risco é gerida pelo departamento de risco sob
políticas aprovadas pela Administração. Este departamento
identifica, avalia e cobre os riscos financeiros em cooperação
com as unidades de negócio do Banco. A Administração faculta
princípios para a gestão de risco global, bem como as políticas
que cobrem áreas específicas, como risco cambial, risco de taxa
de juro, risco de crédito e do uso de instrumentos financeiros
derivados e não derivados. Além disso, a auditoria interna é
responsável pela avaliação independente da gestão de riscos
e do ambiente de controlo. Os tipos mais importantes de risco
são o risco de crédito, o risco de liquidez, o risco de mercado e
outros riscos operacionais. O risco de mercado inclui o risco de
moeda, o risco de taxa de juro e o risco de preço.
De acordo com as políticas de gestão de activos e passivos
(ALM), o Banco procura assegurar uma gestão prudente
de liquidez, gastos de capital e controlo associado a riscos
financeiros, com particular detalhe na liquidez, taxa de juro e
taxa de câmbio.
O seu departamento de compliance abrange todas as
áreas do Banco, processos e actividades, com o objectivo
de auxiliar as actividades de prevenção e mitigação dos
“riscos de compliance”, que se traduzem no risco de sanções
legais ou regulamentares, perda financeira ou de reputação,
como consequência de uma falha no cumprimento de
leis, regulamentos, códigos de conduta e de boas práticas
bancárias, promovendo o cumprimento de todas as normas
aplicáveis, quer pelo Banco, quer pelo seu pessoal, através de
uma intervenção independente ou em conjunto com todas as
unidades orgânicas do Banco.
A análise qualitativa da gestão do risco do Banco é apresentada
como segue:
3.1 Risco de créditoO risco de crédito é o risco que o Banco pode sofrer devido
a perdas financeiras, se os clientes do Banco ou contrapartes
de mercado falharem a honrar os compromissos com o Banco.
As contrapartes podem incluir o Governo, outros bancos e
instituições não-financeiras. O risco de crédito pode surgir
também devido à descida da notação de crédito do Banco,
fazendo com que o justo valor dos seus activos diminuam. O
risco de crédito que o banco está exposto é mais ao nível de
crédito comercial e retalho. O Banco tem as suas políticas,
procedimentos e processos, segundo as quais controla e
monitoriza o risco de todas essas actividades.
Embora a exposição ao crédito surja pela via de empréstimos e
adiantamentos, o Banco pode ser exposto a outros riscos de
crédito. Os mesmos dizem respeito a compromissos, passivos
contingentes, títhulos de dívida e outros riscos que ocorram no
decurso de actividades comerciais. Estes riscos são geridos de
forma semelhante que os de empréstimos e adiantamentos a
clientes e estão sujeitos aos mesmos processos de aprovação
e controlo. A exposição ao risco baseada no perfil de crédito do
Banco é monitorizada e gerida diariamente através da detecção
de limites e excessos. O Banco controla a concentração de risco
de crédito que venha a surgir, por tipo de cliente em relação aos
empréstimos e adiantamentos a clientes através de uma carteira
equilibrada.
Máxima exposição ao risco de crédito por classe de activos
financeiros
Para activos financeiros reconhecidos na posição financeira,
a exposição ao risco de crédito é igual à quantia escriturada.
Para as garantias financeiras, a exposição máxima ao risco de
crédito é o valor máximo que o Banco teria de pagar caso a
garantia fosse executada. Para os compromissos de empréstimo
de crédito e outros compromissos relacionados e que sejam
irrevogáveis durante o ciclo de vida das respectivas facilidades,
a exposição máxima ao risco de crédito é o valor da facilidade
não utilizada. Em termos das garantias financeiras e letras de
crédito, o Banco encontra-se igualmente exposto ao risco de
liquidez na extensão em que tais garantias forem utilizadas.
A tabela abaixo demonstra a exposição máxima à data de 31 de
Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, relativamente
ao risco de crédito na posição financeira, e instrumentos
financeiros extrapatrimoniais, sem ter em consideração o valor
das garantias detidas. O Banco apenas detém colaterais para
Crédito de clientes e respeitam, fundamentalmente, a hipotecas
sobre propriedades e penhoras de equipamentos.
Exposição ao risco de crédito relativa a elementos do balanço 2014 2013
Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.706.271.382 1.077.934.888
Disponibilidades sobre instituições de crédito 961.466.882 367.175.993
Aplicações em instituições de crédito 2.649.495.007 2.293.122.248
Activos financeiros detidos para negociação 776.867.619 280.492.135
Activos financeiros disponíveis para venda 1.413.516.264 1.417.396.505
Empréstimos e adiantamentos a clientes 13.649.852.316 8.248.869.416
Total do activo na demonstração da posição financeira 21.157.469.471 13.684.991.185
Exposição do risco de crédito relativa a elementos patrimoniais
Garantias 2.793.474.448 1.754.933.546
Cartas de crédito 1.606.170.582 849.557.819
4.399.645.030 2.604.491.365
Total da exposição ao risco de crédito 25.557.114.500 16.289.482.550
66 RELATÓRIO E CONTAS 2014
2014 Nem vencido nemem imparidade
Vencido mas não em imparidade
Em imparidade Total
Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.706.271.382 - - 1.706.271.382
Disponibilidades sobre instituições de crédito 961.466.882 - - 961.466.882
Aplicações em instituições de crédito 2.649.495.007 - - 2.649.495.007
Activos financeiros detidos para negociação 776.867.619 - - 776.867.619
Activos financeiros disponíveis para venda 1.413.516.264 - - 1.413.516.264
Empréstimos e adiantamentos a Clientes 13.707.669.356 311.015.338 (368.832.378) 13.649.852.316
Total 21.215.286.511 311.015.338 (368.832.378) 21.157.469.471
2013 Nem vencido nemem imparidade
Vencido mas não em imparidade
Em imparidade Total
Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.077.934.888 - - 1.077.934.888
Disponibilidades sobre instituições de crédito 367.175.993 - - 367.175.993
Aplicações em instituições de crédito 2.293.122.248 - - 2.293.122.248
Activos financeiros detidos para negociação 280.492.135 - - 280.492.135
Activos financeiros disponíveis para venda 1.417.396.505 - - 1.417.396.505
Empréstimos e adiantamentos a Clientes 8.200.410.631 278.239.715 (229.780.930) 8.248.869.416
Total 13.636.532.400 278.239.715 (229.780.930) 13.684.991.185
2014 Valor Imparidade Exposição Líquida
Crédito vigente 13.076.378.248 135.735.897 12.940.642.351
Crédito vencido 942.306.447 233.096.482 709.209.965
Total 14.018.684.695 368.832.379 13.649.852.316
2013 Valor Imparidade Exposição Líquida
Crédito vigente 7.528.511.405 107.428.574 7.421.082.831
Crédito vencido 950.138.941 122.352.356 827.786.585
Total 8.478.650.346 229.780.930 8.248.869.416
Qualidade do crédito:
Com a finalidade de divulgar a qualidade do crédito do Banco, os instrumentos financeiros foram analisados como segue:
O crédito vigente e vencido por produto a 31 de Dezembro de 2014 e 2013, apresenta-se como segue:
O quadro a seguir apresenta o detalhe do crédito vencido por categoria e a respectiva imparidade (individualmente analisada) em 31 de
Dezembro de 2014 e 2013:
2014 Empréstimos Contas correntese descobertos
Crédito ao consumo
Hipoteca Outros Total
Crédito vigente sem imparidade 4.798.681.871 3.952.795.136 3.008.907.200 627.049.555 688.944.486 13.076.378.248
Imparidade (40.915.259) (48.234.303) (28.738.411) (6.449.044) (11.398.880) (135.735.897)
Crédito vencido com imparidade 7.019.336 216.160.721 419.153.770 25.687.621 274.284.998 942.306.446
Imparidade (84.232) 71.603.151 (87.227.565) (9.217.350) (64.964.184) (233.096.482)
Total 4.764.701.716 4.049.118.403 3.312.094.994 637.070.781 886.866.421 13.649.852.316
2013 Empréstimos Contas correntese descobertos
Crédito ao consumo
Hipoteca Outros Total
Crédito vigente sem imparidade 2.951.966.847 3.267.030.432 596.975.703 480.589.467 231.948.956 7.528.511.405
Imparidade (56.860.345) (32.318.874) (6.469.596) (4.840.273) (6.939.485) (107.428.574)
Crédito vencido com imparidade 308.143.120 407.195.235 123.969.463 45.053.560 65.777.563 950.138.941
Imparidade (21.718.735) (47.293.667) (38.806.158) (902.254) (13.631.542) (122.352.356)
Total 3.181.530.887 3.594.613.125 675.669.412 519.900.500 277.155.491 8.248.869.416
67
Colaterais e outras garantias de crédito
A quantidade e o tipo de garantia exigida dependem de uma
avaliação do risco de crédito da contraparte. Os principais tipos
de garantias obtidas são, como segue:
■ Para os títulos de crédito e nas transacções de recompra
reversão, dinheiro ou títulos;
■ Para empréstimos comerciais, encargos sobre imóveis,
inventário e contas a receber;
■ Para crédito de retalho, hipotecas sobre imóveis de
habitação;
O Banco também obtém garantias da empresa-mãe para
empréstimos aos seus clientes.
2014 Até 3 meses Até 3 meses De 6 meses até 12 meses
Acima de 12 meses
Total
Crédito vencido (CV) 80.408.741 18.199.373 72.874.959 139.532.264 311.015.338
Imparidade (51.410.201) (9.995.233) (36.595.617) (135.095.430) (233.096.482)
Rácio de cobertura 63,94% 54,92% 50,22% 96,82% 74,95%
Total 28.998.540 8.204.140 36.279.342 4.436.834 77.918.857
2013 Até 3 meses Até 3 meses De 6 meses até 12 meses
Acima de 12 meses
Total
Crédito vencido (CV) 68.598.958 83.964.114 74.243.045 51.433.598 278.239.715
Imparidade (11.866.063) (29.111.014) (53.681.335) (27.693.945) (122.352.356)
Rácio de cobertura 17,30% 34,67% 72,30% 53,84% 43,97%
Total 56.732.895 54.853.100 20.561.710 23.739.653 155.887.359
2014 Justo valor das garantias de crédito GarantiasLíquidas
ExposiçãoLíquida
Máxima exposição ao
risco de créditoDepósitos
Cartas de Crédito/
GarantiasBancárias
Hipotecas Outros
Disponibilidades sobre instituições de crédito
961.466.882 - - - - - 961.466.882
Aplicações em instituições de crédito 2.649.495.007 - - - - - 2.649.495.007
Activos financeiros detidos para negociação
776.867.619 - - - - - 776.867.619
Activos financeiros disponíveis para venda
1.413.516.264 - - - - - 1.413.516.264
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Grandes empresas 6.929.366.670 405.660.000 2.944.271.256 4.210.652.554 168.483.250 7.729.067.060 (799.700.390)
Pequenas e médias empresas 4.673.843.129 252.744.004 - 3.943.432.416 856.077.959 5.052.254.378 (378.411.249)
Particulares 1.972.527.714 270.710.500 - 996.963.700 32.233.289 1.299.907.490 672.620.225
Outros 442.947.180 - - 246.957.379 2.043.676 249.001.055 193.946.125
Total 19.820.030.466 929.114.504 2.944.271.256 9.398.006.049 1.058.838.174 14.330.229.983 5.489.800.483
2013 Justo valor das garantias de crédito GarantiasLíquidas
ExposiçãoLíquida
Máxima exposição ao
risco de créditoDepósitos
Cartas de Crédito/
GarantiasBancárias
Hipotecas Outros
Disponibilidades sobre instituições de crédito
367.175.993 - - - - 367.175.993
Aplicações em instituições de crédito 2.293.122.248 - - - - - 2.293.122.248
Activos financeiros detidos para negociação
280.492.135 - - - - - 280.492.135
Activos financeiros disponíveis para venda
1.417.396.505 - - - - - 1.417.396.505
Empréstimos e adiantamentos a clientes
Grandes empresas 3.390.405.201 66.660.000 1.033.351.940 2.691.452.052 388.658.067 4.180.122.059 (789.716.858)
Pequenas e médias empresas 3.372.106.911 178.040.336 - 3.017.389.649 423.673.854 3.619.103.839 (246.996.928)
Particulares 1.370.407.469 264.178.223 - 989.087.192 21.721.491 1.274.986.906 95.420.563
Outros 345.730.775 - - 186.756.583 482.318 187.238.901 158.491.874
Total 12.836.837.237 508.878.559 1.033.351.940 6.884.685.476 834.535.730 9.261.451.705 3.575.385.532
68 RELATÓRIO E CONTAS 2014
O Banco considera como “hair-cut” 80% do valor das hipotecas
para mensuração do justo valor.
Activos financeiros que não estão nem vencidos nem em
imparidade
Estes activos são considerados como tendo uma taxa de
incumprimentos muito baixa.
Activos financeiros renegociados
Quando um cliente entra em incumprimento, e temporariamente
não consegue suportar a prestação mensal, o cliente pode
procurar pedir a dilatação do período de forma a conseguir
uma oportunidade com vista a rectificação da situação. Na data
de vencimento do período de reprogramação, a situação do
cliente é reavaliada e os termos dos empréstimos poderão ser
renegociados.
Activos renegociados incluem empréstimos que foram
transferidos dos créditos em imparidade para os créditos
vigentes dentro dos últimos 12 meses depois de terem sido
restruturados e não poderão ser renegociados mais de uma vez
no período de 12 meses.
Activos financeiros que estão vencidos, mas não em
imparidade
Dizem respeito a empréstimos e adiantamentos a clientes em
que o cliente incumpriu com o pagamento dos juros ou capital
mas o Banco acredita que não é apropriado reconhecer uma
imparidade identificada tendo em linha de conta o nível do
colateral que o cliente entregou ao Banco como garantia. O
Banco não apresenta quaisquer activos financeiros que estão
vencidos, mas que não se encontrem em imparidade.
Activos financeiros que se encontrem em imparidade O Banco avalia regularmente se existe uma evidência
objectiva de que o activo financeiro ou a carteira de activos
financeiros valorizados ao custo amortizado esteja a incorrer
em perdas por imparidade. Um activo financeiro ou carteira
de activos financeiros está em imparidade e existem perdas
por imparidade se, e apenas se, existe uma prova objectiva de
imparidade como resultado de um ou mais eventos que tenham
ocorrido após o reconhecimento inicial, após a data do primeiro
registo na posição financeira e esse evento de perda tenha
um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do activo
financeiro ou da carteira de activos financeiros que possam ser
fiavelmente estimada.
Os critérios que o Banco utiliza para determinar se existem
provas objectivas de imparidade incluem:
■ Dificuldades financeiras do cliente;
■ Quebra no contrato, tais como incumprimento das
responsabilidades exigidas;
■ Existem fortes evidências que o cliente vai entrar em
bancarrota ou vai sofrer uma forte reorganização financeira;
■ O desaparecimento de um mercado activo para esse activo
financeiro devido a dificuldades financeiras; ou
■ Observação de dados evidenciando que existe uma
diminuição considerável relativamente aos fluxos de caixa
futuros estimados de um grupo de activos financeiros, desde o
reconhecimento inicial desses activos, apesar desse decréscimo
não ter sido ainda identificado individualmente na carteira,
incluindo:
I. Alterações adversas no estado de pagamento dos
mutuários na carteira;
II. Condições económicas locais ou nacionais que se
correlacionam com a depreciação da carteira de activos.
III. Depreciação do valor do colateral; e
IV. Deterioração da posição do mutuário.
A política de crédito do Banco define incumprimento por parte
de um determinado cliente, quando ocorrerem os seguintes
eventos:
■ O Banco considera que é pouco provável que o mutuário
pagará a sua obrigação de crédito, na íntegra, sem recurso a
que o Banco tenha de exercer a opção sobre o colateral;
■ Se o mutuário entra em incumprimento com quaisquer
condições do contrato, tais como alcançar determinadas
condições financeiras.
O Banco avalia primeiro se a prova objectiva de imparidade
existe individualmente, para activos financeiros que sejam
individualmente significativos e individual ou colectivamente
para activos financeiros que não são individualmente
significativos.
Todas as exposições com indicação de crédito mal parado são
avaliadas individualmente quanto à imparidade. Os activos
avaliados individualmente quanto à imparidade e para os quais
um gasto de imparidade é e continua a ser reconhecido, não
são incluídos na análise da imparidade colectiva.
Para empréstimos e adiantamentos e activos detidos até à
maturidade, o valor da perda por imparidade é mensurado como
sendo a diferença entre a quantia escriturada e o valor presente
dos fluxos de caixa futuros descontados à taxa de juro efectiva
original do activo.
O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros
estimados de um activo financeiro colateralizado, reflecte os
fluxos de caixa que podem resultar da execução, menos os
custos de obtenção e da venda, da garantia colateral, quer a
execução seja ou não provável.
A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar fluxos
de caixa futuros são revistos periodicamente para reduzir as
diferenças entre as estimativas e perdas reais.
AbatesO Banco reconhece, através de um encargo que
reduz o resultado, uma imparidade para as
perdas ocorridos inerentes à carteira de crédito.
Depois de identificar um adiantamento como
reduzido e sujeito a um desconto de imparidade,
chega-se a uma fase em que se conclui não
existir uma perspectiva realista da sua
recuperação.
O abate irá existir, quando, a totalidade ou parte da dívida é
considerada como incobrável. A periodicidade e a extensão
dos abates podem envolver algum julgamento subjectivo.
No entanto, o abate será sempre antecedido de um evento
específico, como, o início do processo de insolvência ou outra
acção formal de recuperação, que torna possível estabelecer
que uma parte ou a totalidade da dívida vai além das
perspectivas realistas de recuperação.
69
Estes activos são abatidos apenas quando todos os
procedimentos necessários tenham sido concluídos, bem como
o montante das perdas ter sido determinado. As recuperações
subsequentes de valores que foram abatidos são reconhecidas
2014 Valor contabilisticoinicial
ImparidadeIndividual
ImparidadeColectiva
Valor líquidocontabilistico final
Retalho 3.100.673.946 65.079.404 35.413.419 3.000.181.124
Construção civil 1.001.077.704 27.069.882 8.028.871 965.978.951
Energia 658.547.789 - - 658.547.789
Turismo 407.429.761 3.944.093 3.996.506 399.489.162
Indústria transformadora 2.218.314.981 5.347.631 12.182.510 2.200.784.840
Particulares 2.357.694.060 96.142.982 23.892.623 2.237.658.454
Serviços 2.015.133.905 3.903.312 21.996.098 1.989.234.495
Transporte e comunicações 1.440.152.903 39.912.399 4.411.633 1.395.828.871
Agricultura e pesca 101.722.747 9.293.635 874.771 91.554.342
Outros 717.936.897 169.210 7.173.398 710.594.289
Total 14.018.684.694 250.862.549 117.969.830 13.649.852.316
2013 Valor contabilisticoinicial
ImparidadeIndividual
ImparidadeColectiva
Valor líquidocontabilistico final
Retalho 1.860.484.762 18.772.478 23.661.892 1.818.050.392
Construção civil 1.138.254.496 12.902.502 10.025.212 1.115.326.782
Energia 158.013.725 140.857 1.778.434 156.094.434
Turismo 345.306.875 491.214 4.562.193 340.253.468
Indústria transformadora 1.018.839.691 2.450.003 10.835.172 1.005.554.515
Particulares 1.644.339.483 59.739.678 19.124.148 1.565.475.657
Serviços 1.831.740.176 26.289.223 18.260.332 1.787.190.621
Transporte e comunicações 379.522.482 11.236.683 4.405.732 363.880.067
Agricultura e pesca 85.563.635 1.849.548 56.583 83.657.504
Outros 16.585.022 2.980.205 218.840 13.385.977
Total 8.478.650.346 136.852.392 92.928.538 8.248.869.416
como dedução do gasto de imparidade de crédito na
demonstração de resultados.
A análise dos empréstimos e adiantamento a clientes em
imparidade apresenta-se como segue:
70 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Concentração de Risco de CréditoExiste concentração de risco de crédito quando um número
de contrapartes estejam ligadas a actividades semelhantes
ou apresentem características económicas similares, e onde a
mesma adversidade possa por em causa a sua capacidade de
cumprir as obrigações contratuais. A concentração de risco de
crédito descrita abaixo não é proporcionalmente relacionada
com a perda de crédito. Alguns segmentos da carteira do Banco
têm e deverão ter taxas de crédito proporcionalmente maiores
em relação à exposição do que outros.
A análise da concentração do risco de crédito por indústria
apresenta-se como segue:
2013Caixa e
disponibilidadesem Banco Central
Disponibilidadessobre instituições
de crédito
Aplicações eminstituiçõesde crédito
Activos financei-ros detidos para
negociação
Activos financei-ros disponíveis
para venda
Empréstimos e adiantamentos a
clientes
Total
Governamental 870.222.977 - - 193.360.148 203.582.225 - 1.267.165.350
Seguros - - - 23.262.600 - - 23.262.600
Financeiro - 367.175.993 2.293.122.248 63.869.387 - - 2.724.167.628
Petróleo e Gás Natural - - - - 653.540.461 - 653.540.461
Retalho - - - - - 1.862.504.714 1.862.504.714
Construção civil - - - - - 1.139.490.313 1.139.490.313
Energia - - - - - 158.185.282 158.185.282
Turismo - - - - 345.681.780 345.681.780
Indústria Transformadora - - - - - 1.004.971.995 1.004.971.995
Particulares - - - - - 1.646.124.764 1.646.124.764
Serviços - - - - - 2.218.898.572 2.218.898.572
Agricultura e pesca - - - - 560.273.819 81.398.399 641.672.218
Outros 207.711.911 - - - - 21.394.527 229.106.438
1.077.934.888 367.175.993 2.293.122.248 280.492.135 1.417.396.505 8.478.650.346 13.914.772.115
2014Caixa e
disponibilidadesem Banco Central
Disponibilidadessobre instituições
de crédito
Aplicações eminstituiçõesde crédito
Activos financei-ros detidos para
negociação
Activos financei-ros disponíveis
para venda
Empréstimos e adiantamentos a
clientes
Total
Governamental 1.353.480.951 - - 420.258.666 437.361.785 - 2.211.101.402
Seguros - - - 23.262.600 - - 23.262.600
Financeiro - 961.466.882 2.649.495.007 56.591.666 164.093.932 - 3.831.647.486
Petróleo e Gás Natural - - - 276.754.688 287.152.363 - 563.907.050
Retalho - - - - - 3.100.673.946 3.100.673.946
Construção civil - - - - - 1.001.077.704 1.001.077.704
Energia - - - - - 658.547.789 658.547.789
Turismo - - - - 407.429.761 407.429.761
Indústria Transformadora - - - - - 2.218.314.981 2.218.314.981
Particulares - - - - - 2.357.694.060 2.357.694.060
Serviços - - - - - 2.015.133.905 2.015.133.905
Transportes e comunicações - - - - - 1.440.152.903 1.440.152.903
Agricultura e pesca - - - - 524.908.184 101.722.747 626.630.932
Outros 352.790.431 - - - - 717.936.897 1.070.727.329
1.706.271.382 961.466.882 2.649.495.007 776.867.619 1.413.516.263 14.018.684.693 21.526.301.848
71
3.2 RISCO DE LIQUIDEZO risco de liquidez é o risco do Banco ser incapaz de cumprir
com as suas obrigações de pagamento, quando se vencem
em circunstâncias normais e de pressão. A fim de mitigar este
risco, a gestão tem procurado diversas fontes de financiamento,
além de depositar um valor mínimo e monitorizar fluxos de caixa
futuros numa base diária. Este processo inclui uma avaliação
dos fluxos de caixa futuros esperados e da disponibilidade de
garantias de alto grau que possam ser utilizados para garantir
um financiamento adicional, caso seja necessário.
O Banco mantém uma carteira de activos com bastante liquidez,
assim como diversificada que poderá ser facilmente liquidada
numa interrupção não prevista de fluxos de caixa. O Banco
também estabeleceu linhas de crédito com o grupo a que
pertence, a fim de obter liquidez caso seja necessário. Além
disso, o Banco detém reservas obrigatórias correspondentes a
8% do saldo médio dos depósitos de residentes, depósitos de
não residentes e depósitos do Estado. A posição de liquidez
é avaliada e gerida tendo em consideração uma variedade
de cenários, dando a devida atenção a factores de tensão
relacionados tanto para o mercado em geral assim como para
com o Banco em particular. O mais importante é manter os
limites dos rácios de liquidez entre os depósitos de clientes
e passivos para com clientes. O rácio de liquidez consiste na
ponderação dos valores em caixa, depósitos de custo prazo e
investimentos altamente líquidos, com os depósitos de clientes
e empréstimos obtidos com vencimento no mês seguinte.
A gestão e o controlo do risco de liquidez são realizados através
do uso de uma análise dos prazos de vencimento dos diferentes
activos e passivos do balanço, para mostrar a diferença entre
os volumes de fluxos de caixa de entrada e saída, além dos
respectivos gaps de liquidez, para cada um dos diferentes
períodos. A política e gestão da estratégia, relacionada com
o risco de liquidez são definidas pelo ALCO, executado e
controlado pela tesouraria e pela divisão de gestão de risco.
Maturidades contratuais não descontadas dos passivos
A tabela abaixo resume o perfil de maturidade dos activos e
passivos financeiros do Banco em 31 de Dezembro de 2014 e 31
de Dezembro de 2013 com base em fluxos de caixa contratuais
não descontados.
Para todos os valores relativos a 1 ano e mais de um ano,
espera-se que sejam recuperados ou liquidados passados mais
de 12 meses após a data da Posição Financeira.
3.3 RISCO DE MERCADORisco de mercado é o risco de que o justo valor ou fluxos de
caixa futuros de instrumentos financeiros possa variar devido a
alterações das variáveis do mercado, tais como taxas de juros,
taxas de câmbio e cotações.
3.3.1 RISCO DE TAXA DE JUROO risco de taxa de juro decorre da possibilidade de alterações
nas taxas de juro poderem afectar os futuros fluxos de caixa ou
o justo valor dos instrumentos financeiros. O Banco monitoriza a
sua exposição aos efeitos resultantes da flutuação das taxas de
juro do mercado sobre o risco da sua posição financeira e dos
fluxos de caixa. As margens financeiras podem aumentar como
resultado de tais flutuações mas também podem reduzir ou criar
perdas em caso de ocorrer movimentos não previstos.
O Conselho de Administração estabelece limites sobre o grau
de desajuste da taxa de juro, sendo a mesma controlada numa
base diária. Os instrumentos financeiros com risco de taxa de
juro compreendem saldos de disponibilidades e depósitos em
outras instituições de crédito, empréstimos e adiantamentos a
clientes, depósitos e contas correntes de clientes e recursos de
outras instituições de crédito.
A gestão da política e estratégia relacionada com a taxa de juro
é definida no comité ALCO, implementado pelo Departamento
de Tesouraria e controlado pelo Departamento de Gestão de
Risco.
2014 À ordem Menos de 3 meses 3 a 12 meses 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total
Passivos financeiros
Recursos de instituições de crédito 929.787.169 1.245.828.444 - - - 2.175.615.613
Depósitos e contas correntes 6.268.428.578 5.613.976.281 4.714.254.460 645.249 317.147.327 16.914.451.895
Recursos consignados - - - 205.179.246 - 205.179.246
Empréstimos obrigacionistas - - - 522.068.359 750.906.251 1.272.974.610
Total passivos não descontados 7.198.215.747 6.859.804.725 4.714.254.460 727.892.855 1.068.053.578 20.568.221.364
2013 À ordem Menos de 3 meses 3 a 12 meses 1 a 5 anos Mais de 5 anos Total
Passivos financeiros
Recursos de instituições de crédito 562.669.860 7.221.285 150.317.212 - - 720.208.357
Depósitos e contas correntes 4.680.777.304 3.175.834.633 3.689.497.848 54.626.495 1.186.042 11.601.922.322
Empréstimos obrigacionistas - - - 195.387.000 753.828.121 949.215.121
Total passivos não descontados 5.243.447.164 3.183.055.918 3.839.815.060 250.013.495 755.014.163 13.271.345.800
72 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Passivos financeiros
Recursos de instituições de crédito 569.891.145 150.317.212 - - 720.208.357
Depósitos e contas correntes 6.746.387.766 4.614.594.955 24.595.310 216.344.291 11.601.922.322
Empréstimos obrigacionistas - - 195.387.000 753.828.121 949.215.121
Total dos passivos não descontados 7.316.278.911 4.764.912.167 219.982.310 970.172.412 958.080.485
Sensibilidade da taxa de juro na posição financeira (1.716.103.877) (2.989.962.181) 4.212.504.010 1.136.988.363 643.426.315
2013 Menos de 3 meses 3 a 12 meses > 1 ano Não vencem juros Total
Activos financeiros
Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.077.934.888 - - - 1.077.934.888
Disponibilidades sobre instituições de crédito - - - 367.175.993 367.175.993
Aplicações em instituições de crédito 2.225.139.974 67.982.274 - - 2.293.122.248
Activos financeiros detidos para negociação 48.030.119 168.592.629 40.606.787 23.262.600 280.492.135
Activos financeiros disponíveis para venda 2.682.287 1.538.375.083 1.414.714.218 - 1.417.396.505
Empréstimos e adiantamentos a clientes 2.246.387.766 - 2.977.165.315 1.716.722.182 8.478.650.346
Total dos activos não descontados 5.600.175.034 1.774.949.986 4.432.486.320 2.107.160.775 13.914.772.115
A sensibilidade na demonstração dos resultados e o impacto na alteração das taxas de juro, essencialmente a FPC, baseado nos activos
e passivos financeiros cuja taxa de juro é variável a 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013 é a seguinte:
2014 Aumento (diminuição de pontos base) Impacto nos resultados (antes de imposto)
+50 pb (1.1.194,504)
-50 pb 1.194.504
2013 Aumento (diminuição de pontos base) Impacto nos resultados (antes de imposto)
+50 pb (634.941)
-50 pb 634.941
3.3.2 RISCO DE TAXA DE CÂMBIOO risco cambial é o risco do valor de um instrumento financeiro variar devido às alterações das taxas de câmbio. A Administração fixa
um nível limite de exposição por moeda. De acordo com a política do Banco, as posições cambiais são monitoradas diariamente para
garantir que as mesmas são mantidas dentro dos limites estabelecidos. A gestão da política e estratégia relacionada com o risco de taxa
de câmbio é definida no comité ALCO, implementado pelo Departamento de Tesouraria e controlado pelo Departamento de Gestão de
Risco. A tabela seguinte sumariza a exposição ao risco cambial, a 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013.
Passivos financeiros
Recursos de instituições de crédito 1.899.707.999 275.907.614 36.294.246 - - 2.175.615.613
Depósitos e contas correntes 14.975.839.749 1.416.991.597 - 79.244.803 406.081.500 16.914.451.895
Recursos consignados 205.179.246 - - - - 205.179.246
Empréstimos obrigacionistas 1.272.974.610 - 833.456 - - 1.272.974.610
Outros passivos 449.299.074 11.183.333 37.127.702 7.273.887 126.515 468.716.264
18.803.000.678 1.704.082.544 (12.288) 86.518.690 406.208.015 21.036.937.6
Exposição Líquida 264.460.794 30.945.986 7.902.974.855 (304) (6.940.747) 28288.453.440
2014 MZN USD ZAR EUR Outros Total
Activos financeiros
Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.501.707.621 164.498.933 12.439.052 27.411.777 214.000 1.706.271.382
Disponibilidades sobre instituições de crédito 268.639.392 608.670.050 17.133.009 50.088.891 16.935.541 961.466.882
Aplicações em instituições de crédito 1.648.660.814 540.141.904 - 6.482 460.685.807 2.649.495.00
Activos financeiros detidos para negociação 776.867.619 - - - - 7776.867.619
Activos financeiros disponíveis para venda 440.044.072 973.472.192 - - - 1.413.516.264
Empréstimos e adiantamentos a clientes 12.114.128.244 1.535.717.813 119 7.543.234 8.454 9.002.782 (2.314) 13.649.852.316
Outros activos 2.317.413.709 (2.087.472.362) 37.115.413 86.518.386 (78.565.766) 167.921.597
19.067.461.471 1.735.028.530 9.698.921.287 987.411.769 399.267.268 21.325.391.068
73
A tabela abaixo demonstra a sensibilidade para eventuais alterações em USD, mantendo as restantes variáveis constantes. O impacto
nas demonstração dos resultados (antes de imposto) é a mesma que em capital próprio.
Passivos financeiros
Recursos de instituições de crédito 717.653.676 2.013.480 - 541.200 - 720.208.357
Depósitos e contas correntes 9.968.532.716 1.107.089.682 66.092.563 102.883.489 357.323.872 11.601.922.322
Empréstimos obrigacionistas 949.215.121 - - - - 949.215.121
11.635.401.513 1.109.103.162 66.092.563 103.424.689 357.323.872 13.271.345.799
Exposição Líquida (1.262.584.165) 1.430.987.341 223.539.879 20.074.943 1.627.387 413.645.385
2013 MZN USD ZAR EUR Outros Total
Activos financeiros
Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.051.737.756 11.751.503 6.664.069 7.781.560 - 1.077.934.888
Disponibilidades sobre instituições de crédito 246.784.638 85.100.292 2.443.710 32.847352 - 367.175.993
Aplicações em instituições de crédito 656.501.049 914.274.556 280.524.663 82.870.719 358.951.260 2.293.122.248
Activos financeiros detidos para negociação 280.492.135 - - - - 280.492.135
Activos financeiros disponíveis para venda 150.745.262 1.266.651.243 - - - 1.417.396.505
Empréstimos e adiantamentos a clientes 7.986.556.507 262.312.909 - - - 8.248.869.416
10.372.817.348 2.540.090.503 289.632.442 123.499.632 358.951.260 13.684.991.184
Impacto na variação da taxa de câmbio em USD
Impacto nos resultadosantes de impostos
Impacto em capitais próprios
2014
+5% 1.547.299 1.547.299
-5% (1.547.299) (1.547.299)
2013 -
+5% (1.047.924) (1.047.924)
-5% 1.047.924 1.047.924
Os efeitos individuais por moeda sobre os resultados, assim
como sobre os capitais próprios, são determinados de
forma independente, o que significa que não há nenhuma
compensação económica entre eles.
3.4 RISCO OPERACIONALO risco operacional é o risco de perdas decorrentes de falhas
de sistemas, erro humano, fraude ou acontecimentos externos.
O risco operacional inclui os riscos legais mas exclui os riscos de
negócio, estratégico e reputacional.
O Banco ambiciona eliminar todos os riscos operacionais,
contudo, através de um quadro de controlo e de vigilância
e respondendo aos riscos potenciais, o Banco é capaz de
gerir os riscos. O risco operacional pode ser dividido entre
elevada frequência/ baixa severidade que podem ocorrer
frequentemente mas nos quais cada evento expõe o Banco a
baixos níveis de perdas, e baixa frequência/elevada severidade
que são geralmente acontecimentos raros mas pelos quais as
perdas na organização podem ser imensas.
O Banco conduz os seus esforços no sentido de mitigar estes
riscos através duma forte estrutura governativa e controlos
internos, que incluem uma adequada segregação de funções,
acessos, autorização e processos de reconciliação, formação do
pessoal e processos de avaliação.
A Administração é responsável pela introdução e manutenção
operacional e manutenção de processos e procedimentos
operacionais eficazes, sendo estes documentados em vários
manuais que são revistos periodicamente para ter em conta a
necessidade de mudança. O Departamento de Auditoria Interna
analisa a eficácia dos controlos e procedimentos internos,
recomendando melhorias para a Administração, quando
aplicável.
3.5 GESTÃO DE CAPITAL E RISCO DE SOLVÊNCIAO Banco mantém uma gestão activa do capital para cobrir
os riscos inerentes ao negócio. A adequação do capital do
Banco é monitorada usando, entre outras medidas os rácios
estabelecidas pelo Banco de Moçambique.
Os principais objectivos da gestão de capital são os que visam
que o Banco:
■ Cumpra com os requisitos de capitais impostos pelo Banco
de Moçambique;
■ Mantenha uma forte e saudável notação de rácios de capital,
a fim de apoiar o seu negócio; e
■ Apresente uma política de continuidade, a fim de
proporcionar o máximo retorno, e maximizar o valor aos
accionistas.
A adequacidade de capital e a utilização do capital regulamentar
são monitorados regularmente pela Administração do
74 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Banco, aplicando técnicas baseadas na legislação emanada
pelo Banco de Moçambique para efeitos de supervisão. A
informação requerida é apresentada mensalmente ao Banco
de Moçambique. O Banco Central requer que cada banco
cumpra um mínimo de activo de ponderação de risco (rácio de
adequacidade de capital) acima ou no limite de 8%.
O capital regulamentar do Banco é gerido pelo departamento
de gestão de risco e é dividido em duas tiers:
■ Tier 1 capital: capital social (liquido de quaisquer valores
contabilísticos de acções próprias), resultados transitados e
reservas; e
■ Tier 2 capital: divida subordinada, imparidade colectiva e
Seguindo as alterações regulamentares do Banco de
Moçambique, o Moza Banco iniciou o reporte dos rácios de
solvência de acordo com Basileia II, a partir de 1 de Janeiro de
2014, o que implicou necessidades adicionais de capital para
cumprir com o risco de mercado e risco operacional, além da
exposição ao risco de crédito já abrangidos pelos
Fundos próprios de Base (Tier I) 2014 2013
Capital social 1.880.000 1.250.000
Reservas elegiveis e resultados transitados 81.192 79.103
Activos intangíveis (435.268) (246.146)
Imparidades do crédito de acordo com o aviso do BdM (294.388) (179.324)
Fundos próprios de Base (Tier I) 1.231.536 903.633
Fundos próprios complementares (Tier II)
Empréstimos obrigacionistas subordinados 615.768 451.817
Outros 1.868 -
Fundos próprios complementares (Tier II) 617.636 451.817
Fundos próprios de base e complementares (Tier I e II) 1.849.172 1.355.450
Activos ponderados pelo Risco
Na posição financeira 12.738.937 9.535.252
Fora da posição financeira 2.207.326 524.748
Risco operacional e de mercado 2.736.484 -
Total dos activos ponderados 17.682.747 10.060.000
Rácios prudenciais
Tier I 6,96% 8,98%
Tier II 3,49% 4,49%
Rácio de solvabilidade 10,46% 13,47%
Rácio de solvabilidade requerido 8,00% 8,00%
ganhos não realizados de justo valor dos activos financeiros
disponíveis para venda.
A ponderação do risco dos activos é mensurada através
duma hierarquia de cinco riscos, classificada de acordo com
a natureza e reflectindo uma estimativa de crédito, mercado
e outros riscos associados a cada activo ou contraparte,
tomando em consideração os colaterais elegíveis ou garantias.
Um tratamento similar é adoptado para as rubricas das
extrapatrimoniais com alguns ajustamentos a fim de reflectirem
uma natureza mais contingente de uma perda potencial.
A tabela abaixo resume o cálculo do rácio de solvabilidade do
Banco para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2014, à luz
das exigências do Banco de Moçambique.
requisitos de Basileia I, a aplicação de Basileia II não afectou
significativamente os níveis de adequação já reportados
anteriormente, o que significa que as exigências acrescidas
desde essa data em diante estão devidamente asseguradas
pelo Banco considerando a sua actual base de capital.
75
Juros e rendimentos similares 2014 2013
Juros de empréstimos e adiantamentos a clientes 1.763.430.705 1.315.261.194
Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 41.191.547 54.008.768
Juros de activos financeiros disponíveis para venda 199.300.828 37.041.809
2.003.923.081 1.406.311.771
Juros e gastos similares
Juros de recursos de clientes 988.177.402 632.598.453
Juros de responsabilidades representadas por títulos 43.624.996 67.536.637
Juros de passivos subordinados 108.750.000 906.250
Juros de recursos do banco central e instituições de crédito 84.283.860 53.586.167
1.224.836.258 754.627.507
779.086.823 651.684.264
4. MARGEM FINANCEIRAA margem financeira apresenta-se como segue:
5. SERVIÇOS E COMISSÕES LÍQUIDOSEsta rubrica apresenta-se como segue:
6. OPERAÇÕES FINANCEIRAS LÍQUIDAS
As operações financeiras líquidas apresentam-se como segue:
Rendimentos de serviços e comissões 2014 2013
Por garantias prestadas 105.971.101 68.348.963
Por serviços bancários realizados 138.577.563 96.245.925
Outros rendimentos de serviços e comissões 122.977.281 93.907.292
367.525.945 258.502.180
Encargos com serviços e comissões
Por garantias recebidas 4.080.910 6.572.296
Por serviços bancários prestados por terceiros 15.773.371 12.493.926
Outros encargos com serviços e comissões 6.368.499 3.422.553
26.222.779 22.488.775
341.303.166 236.013.405
Ganhos em operações financeiras 2014 2013
Ganhos em operações cambiais 623.532.285 262.791.319
Ganhos na alienações de empréstimos - 31.074.257
Ganhos em activos disponíveis para venda (Nota 14)
9.302.558 9.710.213
Outros ganhos em operações financeiras 87.709.606 6.072.039
720.544.449 309.647.828
Perdas em operações financeiras
Outras perdas em operações financeiras 51.423.599 -
51.423.599 -
Rendimento líquido 669.120.850 309.647.828
7. GASTOS COM PESSOALOs gastos com pessoal apresentam-se como segue:
2014 2013
Vencimentos e salários 604.323.963 454.533.068
Impostos 17.295.675 12.240.906
621.619.638 466.773.974
76 RELATÓRIO E CONTAS 2014
9. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTOA rubrica de impostos apresenta-se como segue:
A reconciliação da taxa efectiva de imposto para o exercício findo a 31 de Dezembro de 2014 e 2013 é como segue:
2014 2013
Impostos correntes (15.157.064) -
Impostos diferidos (11.250.494) (14.418.163)
(26.407.558) (14.418.163)
2014 2013
Taxa de Imposto Valor Taxa de Imposto Valor
Lucro antes de imposto 179.351.788 36.670.244
Imposto corrente utilizando a taxa de imposto 16,00% 28.696.286 32,00% 11.734.478
Correcções fiscais
Encargos não dedutíveis 9,08% 16.276.979 83,51% 13.764.109
Matéria colectável -16,62% (29.816.201) -30,73% (11.268.344)
Imposto corrente 8,45% 15.157.064 -38,81% (14.230.243)
8. OUTROS GASTOS OPERACIONAISEsta rubrica apresenta-se como segue:
2014 2013
Comunicações 77.514.874 58.529.925
Honorários profissionais 124.939.313 82.132.944
Consumiveis 57.530.967 35.501.793
Manutenção e serviços relacionados 78.705.796 61.085.160
Despesas de marketing 30.439.617 18.368.309
Rendas e alugueres 186.693.536 83.889.708
Água, energía e combustiveis 19.138.022 14.086.964
Despesas de deslocação e representação 26.756.311 32.959.758
Despesas de formação 11.590.062 6.812.502
Outros 62.438.058 42.842.104
Outros custos operacionais 675.746.556 436.209.167
Ganhos no abate de activos tangíveis 3.431 937.123
Outros 27.364.298 -
Outros rendimentos operacionais 27.367.729 937.123
648.378.827 435.272.044
77
Os movimentos nos impostos diferidos apresentam-se como segue:
10. RESULTADOS POR ACÇÃO
Ganhos básicos e diluídos por acção
O cálculo dos ganhos básicos e diluídos por acção em 31 de
Dezembro de 2014, baseia-se no rendimento atribuível aos
accionistas ordinários no valor de 152.944.230 Meticais (2013:
22.252.081 Meticais) e no número médio ponderado de acções
ordinárias emitidas até ao exercício findo em 31 de Dezembro de
2014 de 58.400 (2013: 50.000), calculado como segue:
11. CAIXA E DISPONIBILIDADES NO BANCO CENTRALCaixa e disponibilidades em Banco Central apresenta-se como
segue:
2012 Demonstração dos resultados Capital próprio 2013
Gastos Rendimentos Aumento Diminuição
Activos por impostos diferidos
Prejuízos fiscais 14.230.243 (14.230.243) - - - -
Activos tangíveis 3.348.187 (3.348.187) - - - -
17.578.430 (17.578.430) - - - -
Activos por impostos diferidos 2013 Demonstração dos resultados Capital próprio 2014
Gastos Rendimentos Aumento Diminuição
Activos por impostos diferidos
Activos financeiros disponíveis para venda - - - 3.072.464 - 3.072.464
- - - 3.072.464 - 3.072.464
Passivos por impostos diferidos
Activos financeiros disponíveis para venda (6.393.338) - - 6.393.338 (3.840.676) (3.840.676)
Activos tangíveis (12.728.147) (6.589.138) 9.749.405 - - (9.567.880)
(19.121.485) (6.589.138) 9.749.405 6.393.338 (3.840.676) (13.408.556)
(14.418.163) 2.552.662
Passivos por impostos diferidos
Activos financeiros disponíveis para venda (3.840.676) - - (3.840.676) - -
Diferenças cambiais - (11.543.597) - - - (11.543.597)
Activos tangíveis (9.567.880) 293.103 - - (9.274.777)
(13.408.556) (11.543.597) 293.103 3.840.676 (20.818.374)
(11.250.494) 6.913.140
Rendimento atribuível aos accionistas detentores de acções ordinárias
2014 2013
Lucro do exercício 152.944.230 22.252.081
Número médio ponderado de acções ordinárias
58.400 50.000
Ganhos por acção
Básicos 2.619 445
Diluídos 2.619 445
2014 2013
Caixa 352.790.431 207.711.911
Banco de Moçambique 1.353.480.951 870.222.977
1.706.271.382 1.077.934.888
78 RELATÓRIO E CONTAS 2014
13. APLICAÇÕES SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITOAs aplicações sobre instituições de crédito apresentam-se como
segue:
14. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃOEsta rubrica apresenta-se como segue:
2014 2013
Bancos nacionais 276.831.112 246.860.366
Bancos estrangeiros 684.635.770 120.315.627
961.466.882 367.175.993
2014 2013
Depósitos no Banco de Moçambique 370.891.817 131.561.836
Depósitos em instituições de crédito 2.278.603.190 2.161.560.412
2.649.495.007 2.293.122.248
2014 2013
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
Bilhetes do Tesouro 420.258.666 193.360.148
Acções e outros títulos de rendimento variável
EMOSE 23.262.600 23.262.600
776.867.619 280.492.135
Obrigações de empresas
Papel comercial - Petromoc 2014 I 120.975.000 -
Papel comercial - Petromoc 2014 II 130.771.875 -
Papel comercial - Petromoc 2014 III 25.007.813 -
Companhia de Moçambique 2013 - 1ª emissão 1.634.448 -
Companhia de Moçambique 2013 - 2ª emissão 7.550.469 7.550.469
Moza Banco 2013 - 1ª emissão 527.328 56.318.918
Moza Banco 2013 - 2ª emissão 11.102.410 -
Cooperativa de Poupança e Crédito 2014 - 1ª emissão 35.777.012 -
333.346.353 63.869.387
Uma parte dos saldos mantidos com o Banco de Moçambique
estão em conformidade com as exigências do Banco Central
para cumprir com as reservas mínimas obrigatórias.
A regra aplicável em 31 de Dezembro de 2014, especificado
pelo aviso do Banco Central, estabelece que as instituições
financeiras têm de manter um saldo médio periódico de 8%
de todos os clientes e depósitos do Governo Moçambicano.
A reserva de caixa mínima exigida a 31 de Dezembro de 2014
ascende a 1.213.571.562 Meticais (864.769.666 Meticais em 31
de Dezembro de 2013).
Estes depósitos obrigatórios não são remunerados e não são
considerados como elementos de caixa e seus equivalentes na
demonstração do fluxo de caixa.
12. DISPONIBILIDADES SOBRE INSTITUIÇÕES DE
CRÉDITOAs disponibilidades sobre instituições de crédito apresentam-se
como segue:
Papel Comercial – Petromoc 2014 I
Este Papel Comercial apresenta uma maturidade de um ano,
sendo emitido em 24 de Fevereiro de 2014, com o valor nominal
de 100 Meticais cada. O 1º cupão rende juros a uma taxa anual
de 11,25% sendo os cupões seguintes remunerados a uma taxa
indexada à Facilidade Permanente de Cedência (FPC). O capital
será reembolsado na totalidade na data da maturidade sendo os
juros pagos numa base mensal.
Papel Comercial – Petromoc 2014 IIEste Papel Comercial apresenta uma maturidade de um ano,
sendo emitido em 4 de Abril de 2014, com o valor nominal de
100 Meticais cada. O 1º cupão rende juros a uma taxa anual de
11,25% sendo os cupões seguintes remunerados a uma taxa
indexada à FPC. O capital será reembolsado na totalidade na
data da maturidade sendo os juros pagos numa base mensal.
Papel Comercial – Petromoc 2014 III
Este Papel Comercial apresenta uma maturidade de um ano,
sendo emitido em 11 de Abril de 2014, com o valor nominal de
100 Meticais cada. O 1º cupão rende juros a uma taxa anual de
11,25% sendo os cupões seguintes remunerados a uma taxa
indexada à FPC. O capital será reembolsado na totalidade na
data da maturidade sendo os juros pagos numa base mensal.
Companhia de Moçambique 2013 – 1ª emissão
Estas obrigações apresentam uma maturidade de quatro anos,
79
sendo emitidas a 30 de Setembro de 2013, com valor nominal
de 100 Meticais cada. Os juros são pagos numa base semestral
a uma taxa anual de 13% para os 4 primeiros cupões (2 anos) e a
uma taxa variável indexada à FPC + 4% para os 2 últimos cupões
(1 ano). O capital será reembolsado na totalidade na data da
maturidade.
Companhia de Moçambique 2013 – 2ª emissão
Estas obrigações apresentam uma maturidade de quatro anos,
sendo emitidas a 30 de Setembro de 2013, com valor nominal
de 100 Meticais cada. Os juros são pagos numa base semestral
a uma taxa anual de 12,75% para os 4 primeiros cupões (2 anos)
e a uma taxa variável indexada à FPC + 4% para os 2 últimos
cupões (1 ano). O capital será reembolsado na totalidade na data
da maturidade.
Moza Banco 2013 – 1ª emissão
Estas obrigações apresentam uma maturidade de três anos e
foram emitidas pelo Moza Banco em 15 de Novembro de 2013
com um valor nominal de 100 Meticais por obrigação. Com um
valor nominal total de 250.000.000, os juros são pagos numa
base semestral a uma taxa fixa anual de 12,25% para os 2
primeiros cupões (1 ano) e a uma taxa indexada à FPC + 3,5%
para os 4 últimos cupões (2 anos). Não havendo pagamento
antecipado por parte do emissor, o capital será reembolsado a
um rácio de 25% nos últimos 4 cupões.
Moza Banco 2014 – 1ª emissão
Estas obrigações apresentam uma maturidade de três anos
e foram emitidas pelo Moza Banco em 6 de Agosto de 2014
com um valor nominal de 100 Meticais por obrigação. Com
um valor nominal total de 250.000.000, os juros são pagos
numa base semestral a uma taxa fixa anual de 13% para os 2
primeiros cupões (1 ano) e a uma taxa indexada à FPC + 4,25%
para os 4 últimos cupões (2 anos). Não havendo pagamento
antecipado por parte do emissor, o qual poderá ocorrer parcial
ou integralmente a partir da data do pagamento do 3º cupão, o
capital será reembolsado de uma só vez na data do pagamento
do último cupão.
Cooperativa de Poupança e Crédito 2014 – 1ª emissão
Estas obrigações apresentam uma maturidade de cinco anos,
sendo emitidas em 29 de Outubro de 2014, com um valor
nominal de 100 Meticias cada. Com um valor nominal total de
100.000.000 Meticais, os juros são pagos numa base semestral
a uma taxa fixa anual de 13% para os 6 primeiros cupões (3 anos)
e a uma taxa indexada à FPC + 4,75% para os 4 últimos cupões
(2 anos). Não havendo pagamento antecipado por parte do
emissor, o qual poderá ocorrer parcial ou integralmente a partir
da data do pagamento do 4º cupão, o capital será reembolsado
de uma só vez na data do pagamento do último cupão.
EMOSE
O número de acções detidas na EMOSE (1.163.130) representa
7,4% do total de 15.700.000 novas acções emitidas por esta OPV
efectuada em Outubro de 2013. Cada acção tem o valor nominal
de 1 Metical cada e representa o mesmo direito de voto em
relação ao restante do capital social.
A 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os
investimentos detidos para negociação por maturidade
apresenta-se como segue:
2014 2013
Até 3 meses 309.122.609 24.767.519
De 3 meses a 1 ano 398.819.497 168.592.629
De 1 ano a 5 anos 45.662.914 63.869.387
Mais de 5 anos - -
Duração indeterminada 23.262.600 23.262.600
776.867.619 280.492.135
A 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os
activos financeiros detidos para negociação analisados por
títulos cotados e não cotados apresentam-se como segue:
2014 2013
Cotados Não cotados Total Cotados Não cotados Total
Obrigações e outros títulos de rendimento fixoBilhetes do Tesouro
- 420.258.666 420.258.666 - 193.360.148 193.360.148
Obrigações de empresas 333.346.353 - 333.346.353 63.869.387 - 63.869.387
Acções e outros títulos de rendimento variável 23.262.600 - 23.262.600 23.262.600 - 23.262.600
356.608.953 420.258.666 776.867.619 87.131.987 193.360.148 280.492.135
Os movimentos de activos financeiros detidos para negociação
durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 31
de Dezembro de 2013 apresentam-se como segue:
2014 2013
Saldo inicial 280.492.135 96.862.672
Aquisições 593.655.542 526.213.250
Alienações/ reembolsos (106.582.617) (352.294.000)
Ganhos/ (perdas) de justo valor 9.302.558 9.710.213
Saldo final 776.867.619 280.492.135
80 RELATÓRIO E CONTAS 2014
OBRIGAÇÕES DO TESOURO
Obrigações do Tesouro 2009
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
cinco anos e foram emitidas a 19 de Maio de 2009 com valor
nominal de 100 Meticais cada. Os cupões são pagos numa
base semestral sendo a taxa de juro do primeiro cupão fixada
em 12,5% anual. Os cupões seguintes rendem juros a uma taxa
média ponderada indexada a mais alta das últimas emissões
de Bilhetes de Tesouro (BT) a 60 dias acrescida de um spread
de 0,5%. O capital será reembolsado de uma só vez na data da
maturidade.
Obrigações do Tesouro 2010
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
cinco anos e foram emitidas a 1 de Setembro de 2010 com valor
nominal de 100 Meticais cada. Os cupões são pagos numa
base semestral sendo a taxa de juro do primeiro cupão fixada
em 15% anual. Os cupões seguintes rendem juros à uma taxa
média ponderada indexada a mais alta das últimas emissões de
BT a 60 dias acrescida de um spread de 0,5%. O capital será
reembolsado de uma só vez na data da maturidade.
Obrigações do Tesouro 2011Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
cinco anos e foram emitidas a 7 de Dezembro de 2011 com
15. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDAEsta rubrica apresenta-se como segue:
valor nominal de 100 Meticais cada. Os cupões são pagos numa
base semestral sendo a taxa de juro dos primeiros 30 meses (5
cupões semestrais) fixada em 17% anual. Os cupões seguintes
rendem juros à uma taxa indexada à taxa interbancária de
cedência acrescida de um spread de 0,5%. Não havendo
reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será
reembolsado na data da maturidade.
Obrigações do Tesouro 2012
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
três anos e foram emitidas a 22 de Agosto de 2012 com valor
nominal de 100 Meticais cada. Os cupões são pagos numa
base semestral sendo a taxa de juro anual do primeiro cupão
fixada em 10%. Os cupões seguintes rendem juros à uma taxa
média ponderada indexada a mais alta das últimas emissões
de BT a 60 dias acrescida de um spread de 2,5%. Não havendo
reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será
reembolsado na data da maturidade.
Obrigações do Tesouro 2013 – 2ª emissão
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
quatro anos e foram emitidas a 19 de Setembro de 2013 com
valor nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos
numa base semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa
estabelecida com base no mercado competitivo. Não havendo
reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será
reembolsado na data da maturidade.
Obrigações corporativas
Afrasia Bank Ltd. Empréstimo subordinado 2014 - 2020 161.411.645 -
Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) 2013 - 2020 524.908.184 560.273.819
Hellenic Petroleum 2014 - 2016 142.170.478 -
Ramper Investments Ltd. - 2013-2017 - 650.858.174
Petróleos da Venezuela - 2 144.981.885 -
973.472.192 1.211.131.993
Acções e outros títulos de rendimento variável
Sociedade Interbancária Moçambicana (SIMO) 2.682.287 2.682.287
1.413.516.264 1.417.396.505
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 2014 2013
Obrigações do Tesouro
Obrigações do Tesouro 2009 - 21.466.664
Obrigações do Tesouro 2010 5.510.374 5.369.991
Obrigações do Tesouro 2011 64.937.887 63.679.462
Obrigações do Tesouro 2012 16.675.187 16.231.780
Obrigações do Tesouro 2013 - 2ª emissão 22.364.081 21.816.339
Obrigações do Tesouro 2013 - 3ª emissão 55.304.982 53.950.449
Obrigações do Tesouro 2013 -5ª emissão 21.596.483 21.067.541
Obrigações do Tesouro 2014 - 1ª emissão 60.299.637 -
Tesouro 2014 - 2ª emissão 54.389.769 -
Tesouro 2014 - 3ª emissão 54.442.275 -
Tesouro 2014- 4ª emissão 54.697.892 -
Tesouro 2014 - 5ª emissão 27.143.219 -
437.361.785 203.582.225
81
Obrigações do Tesouro 2013 – 3ª emissão
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
quatro anos e foram emitidas a 19 de Setembro de 2013 com
valor nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos
numa base semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa
estabelecida com base no mercado competitivo. Não havendo
reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será
reembolsado na data da maturidade.
Obrigações do Tesouro 2013 – 5ª emissão
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
cinco anos e foram emitidas a 18 de Dezembro de 2013 com
valor nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos
numa base semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa
estabelecida com base no mercado competitivo. Não havendo
reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será
reembolsado na data da maturidade.
Obrigações do Tesouro 2014 – 1ª emissão
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
cinco anos e foram emitidas a 22 de Outubro de 2014 com valor
nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos numa base
semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa estabelecida
com base no mercado competitivo. Não havendo reembolso
antecipado por parte do emissor, o capital será reembolsado na
data da maturidade.
Obrigações do Tesouro 2014 – 2ª emissão
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
cinco anos e foram emitidas a 21 de Novembro de 2014 com
valor nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos
numa base semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa
estabelecida com base no mercado competitivo. Não havendo
reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será
reembolsado na data da maturidade.
Obrigações do Tesouro 2014 – 3ª emissão
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
cinco anos e foram emitidas a 26 de Dezembro de 2014 com
valor nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos
numa base semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa
estabelecida com base no mercado competitivo. Não havendo
reembolso antecipado por parte do emissor, o capital será
reembolsado na data da maturidade.
Obrigações do Tesouro 2014 – 4ª emissão
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
cinco anos e foram emitidas a 26 de Julho de 2014 com valor
nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos numa base
semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa estabelecida
com base no mercado competitivo. Não havendo reembolso
antecipado por parte do emissor, o capital será reembolsado na
data da maturidade.
Obrigações do Tesouro 2014 – 5ª emissão
Estas obrigações do tesouro apresentam uma maturidade de
cinco anos e foram emitidas a 21 de Agosto de 2014 com valor
nominal de 100 Meticais cada Os cupões são pagos numa base
semestral a uma taxa de juro anual de 9,875%, taxa estabelecida
com base no mercado competitivo. Não havendo reembolso
antecipado por parte do emissor, o capital será reembolsado na
data da maturidade.
OBRIGAÇÕES CORPORATIVAS
Afrasia Bank Ltd. Empréstimo subordinado 2014 - 2020
Estas obrigações apresentam uma maturidade de seis anos,
sendo emitidas em Janeiro e 2014, com um valor nominal de
100 USD por obrigação. Corresponde a uma dívida subordinada,
com pagamentos de cupão semestral, a uma taxa de juro fixa de
4,335%.
Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) 2013 - 2020
Estas obrigações apresentam uma maturidade de sete anos,
sendo emitidas e 11 de Setembro de 2013, por um valor
nominal de 1.000 USD por obrigação, apesar da amortização
do capital iniciar em Novembro de 2015, gerando um período
de reembolso antecipado. Este empréstimo rende juros a
uma taxa fixa anual de 4,335% sendo os cupões pagos numa
base semestral. A responsabilidade com este empréstimo está
integralmente coberta por uma garantia emitida pelo Ministério
das Finanças da República de Moçambique.
Hellenic Petroleum 2014 - 2016
Estas obrigações apresentam uma maturidade de dois anos,
tendo sido emitidas em Maio de 2014 por um valor nominal de
1.000 USD por obrigação. Este empréstimo rende juros a uma
taxa fixa anual de 4,625% sendo os cupões pagos numa base
semestral. O capital será reembolsado na data da maturidade.
Petróleos de Venezuela 2009-2015
Estas obrigações apresentam uma maturidade de sete anos,
tendo sido emitidas em Outubro de 2009 por um valor nominal
de 1 USD por obrigação. Este empréstimo rende juros a uma
taxa fixa anual de 5% sendo os cupões pagos numa base
semestral. O capital será reembolsado na data da maturidade.
ACÇÕES E OUTROS TÍTULOS DE RENDIMENTO
VARIÁVEL
Sociedade Interbancária Moçambicana (SIMO)
O saldo da SIMO é relativo ao valor das acções detidas pelo
banco na Sociedade Interbancária de Moçambique, uma
instituição financeira detida maioritariamente pelo Banco de
Moçambique e com participação social dos bancos comerciais.
A SIMO tem como missão enquanto entidade financeira a
provisão de acesso aos serviços bancários dos seus sócios,
nomeadamente, através de infra-estruturas próprias de ATM´s e
POS.
A 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os
activos financeiros disponíveis para venda por maturidade
apresenta-se como segue:
2014 2013
Até 3 meses - -
De 3 meses a 1 ano 190.083.160 -
De 1 ano a 5 anos 551.342.450 1.414.714.218
Mais de 5 anos 669.408.367 -
Duração indeterminada 2.682.287 2.682.287
1.413.516.264 1.417.396.505
82 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Os movimentos de activos financeiros disponíveis para venda durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2014 e 31 de
Dezembro de 2013 apresentam-se como segue:
O crédito vigente e vencido (excluindo juros especializados), é como segue:
Os empréstimos e adiantamentos por produto analisa-se como segue:
A 31 de Dezembro de 2014 e 31 de Dezembro de 2013, os activos financeiros disponíveis para venda analisados por títulos cotados e não
cotados apresentam-se como segue:
2014 2013
Cotados Não cotados Total Cotados Não cotados Total
Obrigações e outros títulos de rendimento fixo
Bilhetes do Tesouro 437.361.785 - 437.361.785 203.582.225 - 203.582.225
Obrigações de empresas 812.060.547 161.411.645 973.472.192 1.211.131.993 - 1.211.131.993
Acções e outros títulos de rendimento variável - 2.682.287 2.682.287 - 2.682.287 2.682.287
1.249.422.332 164.093.932 1.413.516.264 1.414.714.218 2.682.287 1.417.396.505
2014 2013
Saldo inicial 1.417.396.505 123.745.025
Aquisições 613.035.093 1.278.582.616
Acréscimos de juros 17.220.913 11.043.820
Alienações/ reembolsos (672.324.838) -
Diferenças cambiais não realizadas 81.147.303 -
Ganhos/ (perdas) de justo valor (42.958.712) 4.025.044
Saldo final 1.413.516.264 1.417.396.505
16. EMPRÉSTIMOS E ADIANTAMENTOS A CLIENTESOs empréstimos e os adiantamentos a clientes apresentam-se como segue:
2014 2013
Empresas 11.463.556.378 6.824.497.705
Particulares 2.324.070.957 1.641.721.225
13.787.627.335 8.466.218.930
Juros especializados e comissões 231.057.360 12.431.416
14.018.684.694 8.478.650.346
Imparidade do crédito (368.832.378) (229.780.930)
13.649.852.316 8.248.869.416
2014 2013
Empréstimos vigentes 13.476.611.996 8.187.979.215
Empréstimos vencidos
Até 90 dias 80.408.741 68.598.958
Mais de 90 dias 230.606.598 209.640.757
311.015.339 278.239.715
13.787.627.335 8.466.218.930
2014 2013
Empréstimos 9.597.634.667 4.746.894.348
Créditos em conta corrente 2.977.901.920 2.354.244.537
Descobertos 866.747.722 1.025.034.734
Outros 576.400.385 352.476.727
14.018.684.694 8.478.650.346
Imparidade do crédito (368.832.378) (229.780.930)
13.649.852.316 8.248.869.416
83
Os empréstimos e adiantamentos por moeda analisa-se como segue:
A análise pela concentração do risco por indústria apresenta-se como segue:
A maturidade dos empréstimo e contas a receber apresenta-se como segue:
2014 2013
Moeda nacional 12.441.463.854 8.209.030.415
Moeda estrangeira 1.577.220.840 269.619.931
14.018.684.694 8.478.650.346
2014 2013
Retalho 3.100.673.946 1.860.484.762
Construção 1.001.077.704 1.138.254.496
Civil 658.547.789 158.013.725
EnergiaTurismo 407.429.761 345.306.875
Indústria Transformadora 2.218.314.981 1.018.839.691
Privado 2.357.694.060 1.644.339.483
Serviços 2.015.133.905 1.831.740.176
Transportes e comunicações 1.440.152.903 379.522.482
Agricultura e Pesca 101.722.747 85.563.635
Outros 717.936.897 16.585.022
14.018.684.694 8.478.650.346
2014 2013
Até 3 meses 2.584.144.338 2.246.387.766
De 3 meses a 1 ano 3.002.032.800 1.538.375.083
De 1 ano a 5 anos 4.940.965.500 2.977.165.315
Mais de 5 anos 3.491.542.056 1.716.722.182
14.018.684.694 8.478.650.346
O movimento das perdas por imparidade durante o exercício apresenta-se como segue:
Os juros fazem parte das perdas por imparidade, estando incluídos na determinação da imparidade.
2014
Individual Colectiva Total
Saldo de abertura 136.852.392 92.928.538 229.780.930
Imparidade do exercício 230.131.822 84.562.062 314.693.885
Reversões do exercício (102.931.647) (66.271.011) (169.202.659)
Utilização/regularização (13.190.018) 6.750.241 (6.439.778)
Saldo final 250.862.548 117.969.830 368.832.378
2013
Individual Colectiva Total
Saldo de abertura 50.849.638 71.588.650 122.438.288
Imparidade do exercício 106.977.645 138.959.426 245.937.071
Reversões do exercício (20.974.891) (116.087.007) (137.061.898)
Utilização/regularização - (1.532.531) (1.532.531)
Saldo final 136.852.392 92.928.538 229.780.930
84 RELATÓRIO E CONTAS 2014
19. ACTIVOS TANGÍVEISO movimento dos activos tangíveis é o seguinte:
Os aumentos na rubrica de beneficiações em edifícios arrendados e equipamentos são essencialmente justificados pela expansão da
rede de balcões (2014: 45; 2013: 23).
O aumento na rubrica de Investimentos em curso é justificado pelas despesas incorridas nos balcões que a 31 de Dezembro de 2014 não
se encontram abertos ao público.
2014 2013
Outros recebimentos 162.591.457 -
Acréscimos e diferimentos 34.810.957 24.660.715
Outros 17.607.716 63.356.882
215.010.130 88.017.597
18. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA
VENDA
O saldo desta rubrica representa o valor dos imóveis resultantes
das acções de execução levadas a cabo pelo Banco sobre
clientes com créditos irregulares. Os referidos imóveis tinham
sido hipotecados pelo Banco para garantia dos empréstimos
concedidos aos clientes.
O Banco pretende alienar os imóveis num período de tempo
relativamente curto (menos de 1 ano). A 31 de Dezembro de
2014, aproximadamente 60% do saldo dos activos não correntes
detidos para venda é representado por imóveis industriais e
comerciais registados ao mais baixo entre o valor de aquisição e
o valor de avaliação.
Beneficiações em edifícios arrendados
Equipamento Investimento em curso Outros Total
Custo
A 1 de Janeiro de 2013 333.057.983 238.469.784 174.336.277 790.807 746.654.851
Aumentos 115.701.262 77.067.155 - 47.280 192.815.697
Alienações - (501.595) - - (501.595)
Transferências 18.132.961 60.091.465 (78.224.426) - -
A 31 de Dezembro de 2013 466.892.206 375.126.809 96.111.851 838.087 938.968.953
Aumentos 211.429.905 84.792.491 168.550.149 1.249.182 466.021.727
Alienações - - - - -
Transferências - 134.174.788 (134.174.788) - -
A 31 de Dezembro de 2014 678.322.111 594.094.088 130.487.212 2.087.269 1.404.990.680
Beneficiações em edifícios arrendados
Equipamento Total
Depreciação e imparidade
A 1 de Janeiro de 2013 25.348.040 61.601.380 86.949.420
Depreciação do período 44.838.261 58.841.365 103.679.626
Alienações/regularizações - (138.343) (138.343)
A 31 de Dezembro de 2013 70.186.301 120.304.402 190.490.703
Depreciação do período 58.591.869 80.840.707 139.432.577
Alienações/regularizações - (459.125) (459.125)
A 31 de Dezembro de 2014 128.778.170 200.685.984 329.464.155
Valor líquido contabilístico
A 1 de Janeiro de 2013 307.709.943 176.868.404 174.336.277 790.807 659.705.431
A 31 de Dezembro de 2013 396.705.905 254.822.407 96.111.851 838.087 748.478.250
A 31 de Dezembro de 2014 549.543.941 393.408.104 130.487.212 2.087.269 1.075.526.525
17. OUTROS ACTIVOSOs outros activos apresentam-se como segue:
Os outros recebimentos referem-se a processos instaurados
contra clientes que à data da Posição Financeira, o Banco ainda
não detinha a propriedade legal das hipotecas.
85
Software Investimento em curso Total
Custo:
A 1 de Janeiro de 2013 69.383.955 81.303.929 150.687.884
Aumentos 147.279.272 45.369.204 192.648.476
Alienações - - -
Transferências - - -
A 31 de Dezembro de 2013 216.663.227 126.673.133 343.336.360
Aumentos 13.906.519 230.507.745 244.414.264
Transferências 291.566.081 (291.566.081) -
A 31 de Dezembro de 2014 522.135.827 65.614.797 587.750.624
Software Total
Amortização e imparidade
A 1 de Janeiro de 2013 51.116.082 51.116.082
Amortização do período 46.074.436 46.074.436
A 31 de Dezembro de 2013 97.190.518 97.190.518
Amortização do período 55.236.783 55.236.783
Alienação/regularizações 55.765 55.765
A 31 de Dezembro de 2014 152.483.066 152.483.066
Valor líquido contabilístico
A 1 de Janeiro de 2013 18.267.873 81.303.929 99.571.802
A 31 de Dezembro de 2013 119.472.709 126.673.133 246.145.842
A 31 de Dezembro de 2014 369.652.761 65.614.797 435.267.558
20. ACTIVOS INTANGÍVEISOs movimentos nos activos intangíveis foi o seguinte:
Os Investimentos em curso são constituídos essencialmente
por despesas incorridas com o desenvolvimento de programas
informáticos que não tinham sido concluídos ate à data de
reporte.
21. ACTIVOS POR IMPOSTOS CORRENTESActivos por impostos correntes apresentam-se como segue:
2014 2015
Pagamentos por conta de IRPC 43.590.482 39.518.482
Retenção na fonte de IRPC 21.198.115 12.921.418
64.788.597 52.439.900
22. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE
CRÉDITOOs recursos de outras instituições de crédito apresentam-se
como segue:
A maturidade dos recursos de outras instituições de crédito
apresenta-se como segue:
2014 2015
Depósitos à ordem 929.787.169 562.669.860
Depósitos a prazo 1.245.828.444 157.538.497
2.175.615.613 720.208.357
2014 2013
Até 3 meses 929.787.169 562.669.860
De 3 meses a 1 ano 1.245.828.444 7.221.285
De 1 ano a 5 anos - 150.317.212
Mais de 5 anos - -
2.175.615.613 720.208.357
23. DEPÓSITOS E CONTAS CORRENTESDepósitos e contas correntes apresentam-se como segue:
2014 2013
Depósitos à ordem 6.268.428.578 4.680.777.304
Depósitos a prazo 10.614.965.345 6.895.120.540
Outros 31.057.972 26.024.478
16.914.451.895 11.601.922.322
86 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Moza Banco 2013 – 1ª emissão
Estas obrigações apresentam uma maturidade de três anos e
foram emitidas pelo Moza Banco em 15 de Novembro de 2013
com um valor nominal de 100 Meticais por obrigação. Com um
valor nominal total de 250.000.000, os juros são pagos numa
base semestral a uma taxa fixa anual de 12,25% para os 2
primeiros cupões (1 ano) e a uma taxa indexada à FPC + 3,5%
para os 4 últimos cupões (2 anos). Não havendo pagamento
antecipado por parte do emissor, o capital será reembolsado a
um rácio de 25% nos últimos 4 cupões.
26. EMPRÉSTIMOS OBRIGACIONISTASOs empréstimos obrigacionistas apresentam-se como segue:
24. RECURSOS CONSIGNADOSO Moza Banco rubricou um acordo com o Banco Europeu de
Investimento para a concessão de um empréstimo destinado
a apoiar as suas actividades de financiamento às pequenas e
médias empresas, como parte do seu programa de apoio ao
sector privado em Moçambique. Os sectores de actividade
financiados no âmbito deste programa incluem a agro-indústria,
o turismo, a indústria transformadora e energias renováveis.
O empréstimo de 5 milhões de euros (200.400 milhões de
Meticais), foi disponibilizado em Dezembro de 2014 pelo prazo
de 5 anos, devendo ser reembolsado em tranches semestrais
iguais de capital e juros a uma taxa fixa de 8,9%.
25. OUTROS PASSIVOSEsta rubrica apresenta-se como segue:
2014 2013
Contas a pagar 304.634.293 167.165.020
Estimativa de imposto sobre o rendimento 15.157.064 -
Acréscimo de gastos 13.718.620 13.520.000
Contas a regularizar 79.575.008 3.278.256
413.084.985 183.963.276
2014 2013
Empréstimos obrigacionistas
Moza Banco 2013 1ª emissão 270.166.959 195.387.000
Moza Banco 2014 2ª emissão 251.901.400 -
Empréstimos obrigacionistas subordinados
Moza Banco 2013 - 2023 empréstimo subordinado
750.906.251 753.828.121
1.272.974.610 949.215.121
2014 2013
Até 3 meses - -
De 3 meses a 1 ano - -
De 1 ano a 5 anos 522.068.359 195.387.000
Mais de 5 anos 750.906.251 753.828.121
1.272.974.610 949.215.121
A maturidade dos empréstimos obrigacionistas apresenta-se
como segue:
A maturidade dos depósitos e contas correntes apresentam-se
como segue:
2014 2013
À ordem 6.268.428.578 4.680.777.304
Até 3 meses 5.613.976.281 3.175.834.633
De 3 meses a 1 ano 4.714.254.460 3.689.497.848
De 1 ano a 5 anos 645.249 54.626.495
Mais de 5 anos 317.147.327 1.186.042
16.914.451.895 11.601.922.322
Moza Banco 2014 – 1ª emissão
Estas obrigações apresentam uma maturidade de três anos
e foram emitidas pelo Moza Banco em 6 de Agosto de 2014
com um valor nominal de 100 Meticais por obrigação. Com
um valor nominal total de 250.000.000, os juros são pagos
numa base semestral a uma taxa fixa anual de 13% para os 2
primeiros cupões (1 ano) e a uma taxa indexada à FPC + 4,25%
para os 4 últimos cupões (2 anos). Não havendo pagamento
antecipado por parte do emissor, o qual poderá ocorrer parcial
ou integralmente a partir da data do pagamento do 3ª cupão, o
capital será reembolsado de uma só vez na data do pagamento
do último cupão.
Moza Banco 2013-2023 – empréstimo subordinado
O empréstimo subordinado apresenta uma maturidade de dez
anos, tendo sido emitida pelo Moza Banco em 27 de Dezembro
de 2013, com um valor nominal de 100 Meticais cada obrigação.
Com um valor nominal total de 750.000.000 Meticais, os juros
são pagos numa base semestral a uma taxa fixa anual de 14,5%.
Não havendo reembolso antecipado por parte do emissor que
poderá ocorrer a partir do 5º ano com a aprovação preliminar
do Banco de Moçambique, o capital será pago de na data da
maturidade.
87
27. CAPITAL SOCIALA 31 de Dezembro de 2014, o capital social do Moza Banco encontra-se totalmente subscrito e realizado, apresentando-se como segue:
Durante o exercício de 2014, o Banco Espírito Santo deixou
de ser a casa-mãe do BES África, em resultado da resolução
do Banco de Portugal, que dividiu entre bom e mau banco os
activos e responsabilidades do antigo Banco Espírito Santo. O
BES África foi incorporado no Novo Banco.
Durante o período o capital aumentou em 630.000.000 Meticais
através da emissão de 25.200 acções de 25.000 Meticais cada.
28. RESERVA LEGALA reserva legal apresenta-se como segue:
Nos termos da legislação moçambicana, o Banco deve alocar
anualmente uma reserva legal de pelo menos 15% dos seus
lucros líquidos auditados, até que seja igual ao capital social. A
reserva não pode ser distribuída mas pode ser usada para cobrir
prejuízos ou aumentar o capital.
29. ITENS NÃO REPRESENTATIVOS DE CAIXA
INCLUÍDOS NOS LUCROS ANTES DE IMPOSTOSOs itens não representativos de caixa incluídos nos lucros antes
de impostos apresentam-se como segue:
2014 Número de acções Valor nominal Total do capital social % capital social
Accionista
Moçambique Capitais, S.A. 38.351 25.000 958.775.000 50,999%
BES África S.G.P.S., S.A. 36.848 25.000 921.200.000 49,000%
Dr. Almeida Matos 1 25.000 25.000 0,001%
75.200 1.880.000.000 100,00%
2013 Número de acções Valor nominal Total do capital social % capital social
Accionista
Moçambique Capitais, S.A. 25.499 25.000 637.475.000 50,998%
BES África S.G.P.S., S.A. 24.500 25.000 612.500.000 49,000%
Dr. Almeida Matos 1 25.000 25.000 0,002%
50.000 1.250.000.000 100,00%
2014 Número de acções Valor nominal
Acções ordinárias
A 31 de Dezembro de 2013 50.000 1.250.000.000
Aumento 25.200 630.000.000
A 31 de Dezembro de 2013 75.200 1.880.000.000
2014 2013
Reserva legal 26.345.532 23.007.720
26.345.532 23.007.720
2014 2013
Depreciações e amortizações (notas 18,20) (194.669.359) (149.754.062)
Imparidade do crédito (nota 16) (145.491.226) (108.875.173)
Ganhos na alíenação de activos tangíveis (nota 9,19)
(3.431) (937.123)
Ganhos em activos financeiros detidos para negociação (nota 14)
(9.302.558) (9.710.213)
(349.466.574) (269.276.571)
88 RELATÓRIO E CONTAS 2014
30. INSTRUMENTOS FINANCEIROSA classificação dos instrumentos financeiros é a seguinte:
2014 Ao justo valor por via dos resultados
Activos financeiros disponíveis para
venda
Empréstimos e contas a receber
Activos não financeiros
Total
Activo
Caixa e disponibilidades em Banco Central - - 1.706.271.382 - 1.706.271.382
Disponibilidades sobre instituições de crédito - - 961.466.882 - 961.466.882
Aplicações em instituições de crédito - - 2.649.495.007 - 2.649.495.007
Activos financeiros detidos para negociação 776.867.619 - - - 776.867.619
Activos financeiros disponíveis para venda - 1.413.516.264 - - 1.413.516.264
Empréstimos e adiantamentos a clientes - - 13.649.852.316 - 13.649.852.316
Outros activos - - - 215.010.130 215.010.130
Activos não correntes detidos para venda - - - 149.243.778 149.243.778
Activos tangíveis - - - 1.075.526.525 1.075.526.525
Activos intangíveis - - - 435.267.558 435.267.558
Activos por impostos correntes - - - 64.788.597 64.788.597
Activos por impostos diferidos - - - 3.072.464 3.072.464
Total do activo 776.867.619 1.413.516.264 18.967.085.587 1.942.909.052 23.100.378.523
2013 Ao justo valor por via dos resultados
Activos financeiros disponíveis para venda
Empréstimos e contas a receber
Activos não financeiros
Total
Activo
Caixa e disponibilidades em Banco Central - - 1.077.934.888 - 1.077.934.888
Disponibilidades sobre instituições de crédito - - 367.175.993 - 367.175.993
Aplicações em instituições de crédito - - 2.293.122.248 - 2.293.122.248
Activos financeiros detidos para negociação 280.492.135 - - - 280.492.135
Activos financeiros disponíveis para venda - 1.417.396.505 - - 1.417.396.505
Empréstimos e adiantamentos a clientes - - 8.248.869.416 - 8.248.869.416
Outros activos - - - 88.017.597 88.017.597
Activos tangíveis - - - 748.478.250 748.478.250
Activos intangíveis - - - 246.145.842 246.145.842
Activos por impostos correntes - - - 52.439.900 52.439.900
Total do activo 280.492.135 1.417.396.505 11.987.102.545 1.135.081.589 14.820.072.774
Ao justo valor por via dos resultados
Empréstimose contas a pagar
Passivos não financeiros
Total
Passivo
Recursos de instituições de crédito - 720.208.357 - 720.208.357
Depósitos e contas correntes - 11.601.922.322 - 11.601.922.322
Outros passivos - - 183.963.276 183.963.276
Empréstimos obrigaccionistas - 949.215.121 - 949.215.121
Passivos por impostos diferidos - - 13.408.556 13.408.556
Total do passivo - 13.271.345.800 197.371.832 13.468.717.632
Passivo
Recursos de instituições de crédito - 2.175.615.613 2.175.615.613
Depósitos e contas correntes - 16.914.451.895 - 16.914.451.895
Recursos consignados - 205.179.246 - 205.179.246
Outros passivos - - 413.084.985 413.084.985
Empréstimos obrigacionistas - 1.272.974.610 - 1.272.974.610
Passivos por impostos diferidos - 20.818.374 20.818.374
Total do passivo - 20.568.221.364 433.903.359 21.002.124.723
89
31. JUSTO VALOR DOS INSTRUMENTOS
FINANCEIROS
Activos financeiros disponíveis para venda
Trata-se de activos financeiros valorizados através de
técnicas de valorização ou modelos de pricing e consistem,
fundamentalmente em acções ou obrigações.
Estes activos são valorizados através de modelos que usam
quer variáveis observáveis ou não observáveis no mercado. As
variáveis não observáveis no mercado incluem pressupostos
relativamente ao investimento, ao perfil de risco e aos
pressupostos económicos relativamente à indústria e geografia
onde o investimento opera.
Activos financeiros detidos para negociação
Para os activos financeiros detidos para negociação não
cotados, o modelo dos fluxos de caixa descontados é utilizado
com vários pressupostos, incluindo expectativas correntes e
futuras de perdas de crédito, taxas de juro de mercado, taxas de
pré-pagamento, assim como pressupostos relacionados com a
liquidez de mercado e spreads.
Determinação da hierarquia de justo valor dos instrumentos
financeiros
O Banco utiliza a seguinte hierarquia na determinação e
divulgação do justo valor dos instrumentos financeiros por
técnica de valorização:
Nível 1: Valores cotados (não ajustáveis) em mercados activos
para os activos e passivos identificáveis.
Nível 2: Outras técnicas de valorização para os quais os inputs
que apresentem um impacto significativo na determinação do
justo valor é efectuado com informação observável, quer directa,
quer indirectamente.
O Banco valoriza as obrigações do tesouro de acordo
com o valor presente nos activos financeiros disponíveis
para venda. As taxas de juro utilizadas para determinar os
factores de desconto são variáveis observadas no mercado,
designadamente as taxas médias de colocação de Bilhetes de
Tesouro por um prazo de 6 meses, actualmente em 7,95%.
Nível 3: Técnicas que utilizam inputs que apresentam um efeito
significativo no justo valor registado com base em variáveis não
observáveis no mercado.
O justo valor dos títulos cotados é baseado em cotações de
preços na data da Posição Financeira apenas quando existe
um mercado activo. Para Títulos do Governo para os quais
não existe um mercado activo, o Banco utiliza o modelo de
desconto.
O justo valor de instrumentos não cotados, empréstimos
de bancos e outros passivos financeiros, bem como outros
passivos financeiros é estimado mediante o desconto dos fluxos
de caixa futuros, utilizando taxas actualmente disponíveis para
dívidas em condições semelhantes, o risco de crédito e prazo
remanescente.
A tabela seguinte demonstra a análise do justo valor dos
instrumentos financeiros de acordo com a hierarquia de justo
valor.
2014 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total
Activos financeiros
Caixa e disponibilidades em Banco Central - - 1.706.271.382 1.706.271.382
Disponibilidades sobre instituições de crédito - - 979.466.882 979.466.882
Aplicações em instituições de crédito - - 2.724.441.268 2.724.441.268
Activos financeiros detidos para negociação 356.608.953 - 420.258.666 776.867.619
Activos financeiros disponíveis para venda 1.249.422.332 - 164.093.931 1.413.516.264
Empréstimos e adiantamentos a clientes - - 12.216.617.823 12.216.617.823
1.606.031.286 258.502.180 18.211.149.953 19.817.181.239
Passivos financeiros
Recursos de instituições de crédito - - 2.285.917.175 2.285.917.175
Depósitos e contas correntes - - 17.261.338.491 17.261.338.491
Recursos consignados - - 176.454.151 176.454.151
Empréstimos obrigacionistas - - 1.429.280.684 1.429.280.684
- - 21.152.990.501 21.152.990.501
90 RELATÓRIO E CONTAS 2014
A gestão considera que o Caixa e disponibilidades no
Banco Central e disponibilidades em Instituições de crédito
se aproximam do justo valor, devido ao curto prazo das
maturidades destes instrumentos.
O Justo valor dos activos e passivos financeiros encontram-se
incluídos no montante à data da sua transacção entre partes
interessadas, sem que exista uma exigência de liquidação.
Na determinação da estimativa de justo valor foram utilizados os
seguintes métodos e pressupostos:
■ O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação
e activos financeiros detidos para venda são obtidos com base
no mercado activo, assim como obtidos através da utilização do
valor presente, baseado com variáveis observáveis no mercado,
A tabela seguinte demonstra, por classe, a comparação dos justos valores com os valores líquidos contabilísticos dos instrumentos
financeiros do Banco que não estão mensurados ao justo valor nas demonstrações financeiras.
2014 2013
Valor contabilístico Justo valor Valor contabilístico Justo valor
Activos financeiros
Caixa e disponibilidades em Banco Central 1.706.271.382 1.706.271.382 1.077.934.888 1.077.934.888
Disponibilidades sobre instituições de crédito 961.466.882 979.466.882 367.175.993 367.175.993
Aplicações em instituições de crédito 2.649.495.00 2.724.441.268 2.293.122.248 2.336.070.265
Activos financeiros detidos para negociação 7 776.867.619 776.867.619 280.492.135 280.492.135
Activos financeiros disponíveis para venda 1.413.516.264 1.413.516.264 1.417.396.505 1.417.396.505
Empréstimos e adiantamentos a clientes 13.649.852.316 12.216.617.823 8.248.869.416 7.077.765.764
21.157.469.471 19.817.181.239 13.684.991.185 12.556.835.550
Passivos financeiros
Recursos de instituições de crédito 2.175.615.613 2.285.917.175 720.208.357 732.908.487
Depósitos e contas correntes 16.914.451.895 17.261.338.491 11.601.922.322 12.261.308.846
Recursos consignados 205.179.246 176.454.151 - -
Empréstimos obrigacionistas 1.272.974.609 1.429.280.684 949.215.121 1.029.816.036
20.568.221.363 21.152.990.501 13.271.345.800 14.024.033.369
589.248.108 (1.335.809.262) 413.645.385 (1.467.197.819)
tais como Bilhetes do Tesouro, variando entre 5,37% a 7,25%.
■ O justo valor dos instrumentos financeiros mensurados
ao custo amortizado, tais como aplicações em instituições de
crédito, empréstimos e adiantamentos a clientes, recursos
de instituições de crédito, depósitos e contas correntes e
empréstimos obrigacionistas são obtidos através do valor
presente.
■ Os activos financeiros são descontados através da utilização
dos Bilhetes do Tesouro variando entre 5,37% a 7,25%. Os
passivos financeiros são descontados através da FPC a 7,5%.
Passivos financeiros
Recursos de instituições de crédito - - 732.908.487 732.908.487
Depósitos e contas correntes - - 12.261.308.846 12.261.308.846
Empréstimos obrigacionistas - - 1.029.816.036 1.029.816.036
- - 14.024.033.369 14.024.033.369
2013 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total
Activos financeiros
Caixa e disponibilidades em Banco Central - - 1.077.934.888 1.077.934.888
Disponibilidades sobre instituições de crédito - - 367.175.993 367.175.993
Aplicações em instituições de crédito - - 2.336.070.265 2.336.070.265
Activos financeiros detidos para negociação 87.131.987 - 193.360.148 280.492.135
Activos financeiros disponíveis para venda 1.414.714.218 - 2.682.287 1.417.396.505
Empréstimos e adiantamentos a clientes - - 7.077.765.764 7.077.765.764
1.501.846.205 - 11.054.989.345 12.556.835.550
91
Em Dezembro de 2014, a exposição complementar decorrente de transacções com accionistas apresentada na rubrica empréstimos e
adiantamentos a clientes ascende a 105.760.090 Meticais (120.397.230 Meticais: em Dezembro de 2013).
As transacções com as partes relacionadas apresentam-se como segue:
Accionistas Disponibilidades sobre instituições
de crédito
Aplicações em instituições de crédito
Outros activos
Recursos de instituições de crédito
Depósitos e contas correntes
Outros passivos
Moçambique Capitais
2014 - - - - 124.000.000 6.404.438
2013 - - 8.330.500 - 135.952.933 8.250.082
Novo Banco
2014 89.147.323 227.035.530 515.615 638.316.830 - 1.000.486
2013 - - - - - -
Banco Espírito Santo
2014 - - - - - -
2013 117.407.070 1.123.439.136 - 2.276.900 - -
Pessoal chave de Gestão
Outros activos Empréstimos e adiantamentos
a clientes
Depósitose contas correntes
Outros passivos
Administração2014 1.176.000 41.382.957 47.760.808 -
2013 - 34.477.533 46.966.600 6.814
Locações operacionais
Juros suportados Juros obtidos
Accionistas
Moçambique Capitais
2014 6.296.609 17.774.488 -
2013 6.327.862 4.904.527 -
Novo Banco
2014 - 109.650.997 2.385.988
2013 - - -
Banco Espirito Santo
2014 - - -
2013 - - 33.111.130
Pessoal chave de Gestão
Administração2014 - - 2.033.682
2013 - - 1.694.329
32. PARTES RELACIONADASOs saldos com as partes relacionadas apresentam-se como segue:
92 RELATÓRIO E CONTAS 2014
Benefícios ao pessoal-chave de Gestão
Durante o período de 2014, os vencimentos da Administração
ascenderam a 78.462.955 Meticais (49.146.756 Meticais em
2013).
33. CONTINGÊNCIAS E COMPROMISSOS
Contingências
34. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO
A gestão considera que o Caixa e disponibilidades no
Banco Central e disponibilidades em Instituições de crédito
se aproximam do justo valor, devido ao curto prazo das
maturidades destes instrumentos.
O Justo valor dos activos e passivos financeiros encontram-se
incluídos no montante à data da sua transacção entre partes
interessadas, sem que exista uma exigência de liquidação.
Na determinação da estimativa de justo valor foram utilizados os
seguintes métodos e pressupostos:
■ O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação
e activos financeiros detidos para venda são obtidos com base
no mercado activo, assim como obtidos através da utilização do
valor presente, baseado com variáveis observáveis no mercado,
tais como Bilhetes do Tesouro, variando entre 5,37% a 7,25%.
■ O justo valor dos instrumentos financeiros mensurados
ao custo amortizado, tais como aplicações em instituições de
crédito, empréstimos e adiantamentos a clientes, recursos
de instituições de crédito, depósitos e contas correntes e
empréstimos obrigacionistas são obtidos através do valor
presente.
■ Os activos financeiros são descontados através da utilização
dos Bilhetes do Tesouro variando entre 5,37% a 7,25%. Os
passivos financeiros são descontados através da FPC a 7,5%.
2014 2013
Garantias 2.793.474.448 1.754.933.546
Cartas de crédito 1.606.170.582 849.557.819
4.399.645.030 2.604.491.365
2014 2013
Até 1 ano 179.237.796 147.313.014
Entre 1 e 5 anos 544.455.876 391.036.850
Mais de 5 anos 154.638.036 246.189.501
878.331.708 784.539.366
Locações operacionais – banco como locatário
O Banco celebrou contractos de locação operacional relativos
a agências e instalações onde funciona a sua sede social.
Estas locações têm duração média de 8 a 10 anos, com opção
de renovar o contrato após o vencimento. Os valores dos
contractos são ajustados anualmente para reflectir a inflação do
mercado. As rendas mínimas a pagar de operações de locação
operacional irrevogáveis eram as seguintes à data de 31 de
Dezembro:
93
94 RELATÓRIO E CONTAS 2014
07.PARECER DOS AUDITORES EXTERNOS E DO CONSELHO FISCAL
95
96 RELATÓRIO E CONTAS 2014
7.1 - RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE
Aos Accionistas da Moza Banco, S.A.
Auditámos as demonstrações financeiras anexas do MOZA
BANCO, S.A., que compreendem a demonstraçãoo da posição
financeira a 31 de Dezembro de 2014 (que evidencia um total
de activo de 23.100.378.524 Meticais e um total de capital
próprio de 2.098.253.801 Meticais, incluindo o resultado líquido
do exercício de 152.944.230 Meticais), a demonstração do
rendimento integral, a demonstraçãoo das variações do capital
próprio e a demonstraçãoo dos fluxos de caixa referentes
ao ano então findo, bem como um resumo das políticas
contabilísticas significativas e outras notas explicativas.
Responsabilidades da Administração peças demonstrações
financeiras
A Administração é responsável pela preparação e
apresentaçãoo apropriada destas demonstrações financeiras de
acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro. Esta
responsabilidade inclui ainda a concepção, implementaçãoo e
manutenção do controlo interno relevante para a apresentaçãoo
apropriada de demonstrações financeiras que estejam isentas
de distorções materiais, quer devidas a fraude ou erro.
Responsabilidade do auditor
A nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião
sobre estas demonstrações financeiras baseada na nossa
auditoria. Conduzimos a nossa auditoria de acordo com as
Normas Internacionais de Auditoria. Estas normas exigem
que cumpramos requisitos éticos e planeemos e executemos
a auditoria a fim de obter segurança razoável sobre se as
demonstrações financeiras estão isentas de distorção material.
Uma auditoria envolve a execuçãoo de procedimentos para
obter prova de auditoria sobre as quantias e divulgações das
demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados
dependem do julgamento profissional do auditor, incluindo a
avaliaçãoo dos riscos de distorção material das demonstrações
financeiras, quer devido a fraude quer a erro. Ao fazer essas
avaliações de risco, o auditor considera o controlo interno
relevante para a preparaçãoo e apresentaçãoo apropriada das
demonstrações financeiras pela entidade a fim de conceber
procedimentos de autitoria que sejam apropriados nas
circunstâncias, mas não com a finalidade de expressar uma
opinião sobre a eficácia do controlo interno da entidade. Uma
auditoria também inclui a avaliação da adequaçãoo das políticas
usadas e da razoabilidade das estimativas contabilísticas feitas
pela Administração, bem como a avaliaçãoo da apresntação
global das demonstrações financeiras.
Entendemos que a prova de auditoria que obtivemos é
suficiente e apropriada para proporcionar uma base para a
nossa opinião de auditoria.
Opinião
Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras
apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos
os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira
do Moza Banco, S.A., em 31 de Dezembro de 2014, o seu
desempenho financeiro e os seus fluxos de caixa no exercício
findo naquela data, em conformidade com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro.
97
7.2 - RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL
RELATIVOS AO EXERCICIO DE 2014
Exmos. Senhores Accionistas do Moza Banco, SA
Nos termos da legislação em vigor apresentamos o Relatório
do Conselho Fiscal, bem como o parecer sobre o Relatório de
Gestão, as contas e a proposta de aplicação de resultados,
que o Conselho de Administração do Moza Banco apresentou
relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014.
O Conselho Fiscal, enquanto órgão de fiscalização, acompanhou
a evolução da actividade do Banco através da apreciação das
Demonstrações Financeiras e respectivas informações de
Gestão e apreciou a evolução do sistema de controlo interno
em vigor.
O Conselho Fiscal tomou conhecimento do Relatório do Auditor
Independente sobre as Demonstrações Financeiras do exercício
de 2014, emitido sem qualificações, em 26 de Fevereiro, com o
qual concordamos:
■ As Demonstrações Financeiras apresentadas pelo Conselho
de Administração e demais documentos de prestação de contas
exigidos por lei ou regulamento, que foram do conhecimento
prévio do Conselho Fiscal, e que estão em conformidade com a
lei e satisfazem as disposições estatuárias, bem como as normas
emanadas pelo Banco de Moçambique. Estas Demonstrações
Financeiras foram elaboradas em conformidade com as normas
contabilísticas aplicáveis relativamente ao exercício findo em 31
de Dezembro de 2014, e situação financeira e dos resultados do
Moza Banco.
■ O Relatório de Gestão emitido pelo Conselho de
Administação, o qual, em nosso entender, esclarece sobre os
principais aspectos da actividade do Banco no exercício de
2014.
■ A proposta apresentada pelo Conselho de Administração
relativa à aplicação do resultado líquido do exercício de 2014, no
montante de 152.944.230 Meticais.
Finalmente, não podemos deixar de salientar e agradecer a
excelente colaboraçãoo recebida no desempenho das suas
funções por parte do Conselho de Administração e da Comissão
Executiva do Banco, da Secretaria Geral da Sociedade e dos
serviços com os quais tivemos oportunidade de contactar, bem
como reconhecer todos os esforços empreendidos para se
atingir o resultado positivo alcançado.
Maputo, 26 de Fevereiro de 2015
98 RELATÓRIO E CONTAS 2014
99