PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
REPONSABILIDADE CIVIL
POR ERRO MÉDICO
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A responsabilidade civil médica é a
aplicação de pena indenizatória que obrigue o
médico a reparar o dano moral e/ou patrimonial
praticado contra seu paciente ou contra
terceiros em razão de ato médico praticado com
imprudência, negligência ou imperícia.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
IMPRUDÊNCIA
A imprudência é a prática de uma ação
irrefletida, precipitada.
Ex.: cirurgião que não aguarda a chegada do
médico anestesista.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
NEGLIGÊNCIA
Falta de cuidado ou desatenção. Implica em omissão ou
falta de observação ou dever. Não age com cuidado.
Ex.: médico que esquece tesoura cirúrgica no interior do
corpo do paciente.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
IMPERÍCIA
O cirurgião plástico não tem habilidade para
praticar determinada cirurgia estética.
Exemplo: faz uma lipoaspiração no
paciente, quando não conhece essa técnica.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A relação jurídica estabelecida entre o
médico e o paciente é regida pela Lei n. 8.078/90
(Código de Defesa do Consumidor)
Há médico e paciente há uma relação
contratual.
Atividade meio e não fim.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
A primeira informação prática que se constata é a
de que a relação médico/paciente é regida pelo Código
do Consumidor.
O prazo prescricional das ações indenizatórias por
erro médico é de 05 (cinco) anos cuja contagem se inicia
a partir do dano e de sua autoria (Ar. 27 do CDC).
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Foro Competente para Distribuir a Ação
Indenizatória por Erro Médico
a)Foro do Domicílio do Autor (Art. 101, I, CDC)
b)Foro do lugar do ato ou fato (Art. 100, V, “a”,
CPC)
c)Foro do domicílio do réu (Art. 94 do CPC- Art. 46
do NCPC)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Polo Ativo: paciente/familiares são substitutos
processuais.
Polo Passivo: médico/hospital/plano de saúde (Pode-se
eleger o foro, ou seja, escolher qualquer um deles,
quando o autor quiser propor a ação no domicílio do
réu)
Em relação ao SUS: a ação pode ser ajuizada em face da
Municipalidade (Vara da Fazenda Pública onde houver)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Tratando-se de reparação de
danos materiais e morais decorrentes
de prestação defeituosa de serviços
médicos, não cabe denunciação da
lide (Art. 88 do CDC)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL
1. Conduta voluntária – ação ou omissão – com
inobservância de um dever objetivo de cuidado.
2. Nexo causal. (Iatrogenia – intercorrência médica)
3. Existência de um dano.
4. Arts. 186, 948 a 951 do CC
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Dano moral: é o ato médico causador de qualquer
dor física ou emocional ao paciente.
Culpa: é a conduta voluntária contrária ao dever
de cuidado oposto pelo direito, com a produção
de um evento danoso involuntário, porém,
previsto ou previsível.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Responsabilidade objetiva: não se verifica a existência de
culpa do responsável, mas que o dano foi proveniente de
ato ilícito. (Art. 14 do CDC)
Responsabilidade subjetiva: exige-se prova da culpa
(negligência, imprudência e imperícia) – Art. 14, § 4º, do
CDC
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Corpo da Petição Inicial – eixo argumentativo
a)Ação ou omissão
b)Nexo causal
c)Dano
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Dano Moral x Dano Patrimonial x Dano
Estético
a) Dano Emergente: aquilo que o paciente irá desembolsar
b) Dano Cessante: aquilo que o paciente deixou de ganhar
c) Dano Estético: cirurgia deixa cicatriz (não tem relação com
cirurgia plástica)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Art. 948 do Código Civil: No caso de homicídio, a
indenização consiste, sem excluir outras
prestações:
I – pagamento com as despesas do tratamento
da vítima, seu funeral e o luto da família;
II – prestação de alimentos aos familiares ou
dependentes.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
REsp 86450/MG – STJ
2/3 – salário-mínimo em relação à vítima maior
2/3 – salário-mínimo em relação à vítima menor
até completar 25 anos; após 25 anos até os 65
anos 1/3.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Discussão sobre o médico ser ou não empregado
do hospital
4. A natureza da responsabilidade das instituições hospitalares por erros
médicos deve ser examinada à luz da natureza do vínculo existente
entre as referidas instituições e os profissionais a que se imputa o ato
danoso.
5. Responde o hospital pelo ato culposo praticado por profissional de
sua equipe médica, mesmo que sem vínculo empregatício com a
instituição. A circunstância de os serviços médicos terem sido prestados
gratuitamente, ou remunerados pelo SUS, não isenta o profissional e a
instituição da responsabilidade civil por erro médico.
RECURSO ESPECIAL Nº 774.963 - RJ (2005/0137527-1)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Pensão alimentícia correspondente a 2/3 do
salário mínimo a contar da data que o autor completar
14 anos e até o momento em que completar vinte e
cinco anos de idade, e após, reduzindo-se a pensão a
1/3 do salário mínimo até a data em que o autor
completaria 65 anos, integrando o 13º a reparação do
dano material.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Cálculo do Dano Moral
1.Tabela SUSEP
2.Condições financeiras do paciente antes do
erro médico
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Não se esquecer de requerer tutela antecipada
nas ações de erro médico (pensão mensal, pagamento
de despesas em razão do erro médico etc.) – Art. 273, I,
do CPC - Novo CPC: Tutela de evidência (Art. 311, II e IV)
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
O PRONTUÁRIO MÉDICO DEVE SER JUNTADO AOS AUTOS DO
PROCESSO.
COMO O PRONTUÁRIO MÉDICO PERTENCE AO PACIENTE E É
SIGILOSO, REQUERER SEGREDO DE JUSTIÇA.
Art. 155 do CPC
Art. 188, III, do NCPC: dados protegidos pelo direito constitucional
à intimidade.
PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA
Se o cliente estiver convalescendo, requerer prioridade:
Art. 1.211-A do CPC: “Os procedimentos judiciais em que figure como
parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta)
anos, ou portadora de doença grave, terão prioridade de tramitação em
todas as instâncias.”
Art. 1.048, inc. I, do NCPC (acrescentou também o inciso XIV, da Lei n.
7.713/88 – Legislação do Imposto de Renda)