História do Brasil
Monitor: Alisson R. Santori
República Oligárquica1894 -1930
Entre os anos de 1894 e 1930, o Brasil viveu um período de sua história política conhecido como “República Oligárquica”.
Contradições
Nossas leis diziam que o país era republicano, que nossos governantes eram eleitos pelo povo e que esses eleitos deveriam atender o interesse da maioria.
Na prática, o país era controlado pelos grandes proprietários de terra (Latifundiarios), que na época eram costumeiramente chamados de “coronéis”.
As cidades cresciam, mas os grandes fazendeiros ainda mandavam no país.
O voto era aberto
O café continuava a ser o mais importante item de exportação.
Os trabalhadores tinham pouco amparo do governo federal
Essa situação acabou causando um grande número de revoltas no campo e na cidade. A miséria, o autoritarismo e as oscilações da nossa economia eram as motivações gerais dessas revoltas do período oligárquico.
AS REVOLTAS DO PERIODO
OLIGUÁRGUICO
GUERRA DE CANUDOS, BA 1896-1897
A REVOLTA DA VACINA, RJ 1904
REVOLTA DA CHIBATA, RJ 1910
No ano de 1894, a disputa sucessória pelo cargo presidencial aconteceu sob diversas pressões políticas. Por um lado, alguns militares esperavam estender a presença da instituição nos quadros de poder.
Por outro, os membros das oligarquias agrárias se organizavam no intuito de assumir as instituições políticas de forma direta.
Coronéis e barões do café: típicos representantes das elites durante a República Oligárquica
Munidos de uma série de mecanismos previstos em lei e da opulência de seu poder econômico, os barões do café e os coronéis mantinham os menos favorecidos sob a tutela de seus interesses particulares.
Ao fim das eleições, Prudente de Morais, candidato do Partido Republicano Paulista, acabou vencendo a disputa e assim inaugurando a chamada República Oligárquica.
Prudente de Moraes, 18941º Presidente da República Oligárquica
3 Prudente de Morais
15 de novembro
de 1894
15 de novembro de 1898
Partido Republicano
Federal PR Federal
Manuel Vitorino
8
2 1894
4 Campos Sales
15 de novembro
de 1898
15 de novembro de 1902
Partido Republicano
Paulista PRP
Rosa e Silva
9
3 1898
5 Rodrigues Alves
15 de novembro
de 1902
15 de novembro de 1906
Silviano Brandão Afonso
Pena
10
4 1902
6 Afonso Pena
15 de novembro
de 1906
14 de junho de
1909
Partido Republicano
Mineiro PRM
Nilo Peçanha
[3]11
5 1906
7 Nilo Peçanha
14 de junho de
1909
15 de novembro de 1910
Partido Republicano Fluminense
PRF
nenhum 11
8 Hermes da Fonseca
15 de novembro
de 1910
15 de novembro de 1914
Partido Republicano Conservador
PRC
Venceslau Brás
[4]12
6 1910
A experiência oligárquica foi importante no aprofundamento das diferenças sociais no Brasil.
A Política do café com leite
O Partido Republicano era o maior partido do país, no entanto, ele era dividido em partidos estaduais.
Assim existia o Partido Republicano Paulista (PRP), o Partido Republicano Mineiro (PRM).
Esses dois estados, Minas e São Paulo, tinham as oligarquias mais fortes.
Os líderes do PRP e PRM passaram a se revezar na presidência da República, na chamada política do café com leite.
A política de valorização do
café
A política de valorização do café
Com o aumento descontrolado da produção de café, o preço do produto no mercado internacional sofre uma queda vertiginosa, ocasionando uma crise de superprodução.
A política de valorização do café
Em 1906, tentando resolver o problema, os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – os maiores produtores de café – reúnem-se em Taubaté e decidem pela primeira política de valorização do café.
A política de valorização do café
Segundo esta política, esses governos estaduais comprariam a produção excessiva e aumentariam impostos para novas produções.
A política de valorização do café
Cerca de 8,5 milhões de sacas foram compradas entre 1906 e 1910. Com esta política, o Estado tornou-se um mecanismopara satisfazer os interesses da oligarquia cafeeira que dirigia naquele momento os rumos do Brasil.
A diversificação nas exportações
A diversificação nas exportações
O Brasil na Primeira República passa a exportar outros produtos antes não exportados. Assim, a borracha amazônica é exportada. O cacau, o algodão e o fumo além do açúcar no Nordeste.
A diversificação nas exportações
Além dos produtos tradicionais da pecuária, o Sul passa a exportar a erva-mate.
A diversificação nas exportações
Porém, mesmo com toda essa diversificação, o café era o principal produto de exportação brasileiro, fornecendo o país 60% do mercado mundial do produto.
A Industrialização limitada
A Industrialização limitada
A industrialização no período, como já foi assinalado, era limitada. Além disso, era dependente da importação de máquinas estrangeiras.
A Industrialização limitada
A limitação e a dependência da industrialização nacional ficaram patentes com a Primeira Guerra Mundial (1914-8).
No fim da década de 1920, o crescimento das cidades e as crises da economia cafeeira foram enfraquecendo a permanência dos coronéis no poder.
Chegado o ano de 1930, esse período da História do Brasil chegou ao seu fim através de um golpe político apoiado por militares e outros grupos insatisfeitos com a atuação das oligarquias.