RESUMO DOS PÔSTERES
APROVADOS
Código: 44966 Número do Painel: 1
Título: CITORREDUÇÃO COMO TRATAMENTO DE TUMOR DESMOIDE IRRESSECÁVEL EM
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR
Temário: Coloproctologia
Autores: Andrea Pecci; Fang Chia Bin; Fernanda Bellotti Formiga; Paulo de Azeredo Passos
Candelaria; Thiago da Silveira Manzione; Nathalia Lins Pontes Vieira; Louisie Gallantini Lana de
Godoi;
Instituição: SANTA CASA MISERICORDIA DE SÃO PAULO
Resumo: INTRODUÇÃO: Os tumores desmoides, quando associados a polipose adenomatosa
familiar, representam a síndrome de gardner. Nestes casos, apresentam comportamento mais
agressivo, com localização preferencialmente intraperitoneal com altas taxas de recidiva. O
tratamento deve ser preferencialmente cirúrgico visando ressecções com margens livres.
Associação de hormonioterapia, quimioterapia e radioterapia devem ser individualizadas. Casos
com múltiplas recidivas de tumor desmóide envolvem necessidade de tratamento
multidisciplinar, visando principalmente estabilização da doença com menor comprometimento
sistêmico. OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente jovem, portador de síndrome de Gardner já
submetido a colectomia total com ileorreto anastomose e a múltiplas ressecções de tumores
desmoides intra cavitários e de parede abdominal. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 25
anos, submetido a vários procedimentos cirúrgicos em decorrência da Síndrome de Gardner.
Aos 20 anos foi submetido a proctocolectomia total laparoscópica com ileorreto anastomose
por Polipose Adenomatosa Familiar. Evoluiu com abscessos intracavitários originários dos
tumores desmoides, sendo necessário drenagem. Há 02 anos foi submetido a laparotomia
exploradora com ressecção parcial de tumor desmoide e reconstrução de parede abdominal.
Introduzido terapia complementar com Tamixifeno e Sulindac. Evoluiu 1 ano após com novos
tumores desmoides em parede abdominal com drenagem espontânea de abscesso e déficit
nutricional. Optado por nova resseção do tumor e reconstrução da parede abdominal com tela
biológica, associado aos medicamentos de uso habitual, e avaliação de radioterapia para
estabilização da lesão. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Trabalhos mostram que a taxa de cura é maior
em pacientes que são submetidos a ressecção R0 ou R1. Já pacientes com ressecção R2, como
no caso apresentado, necessitam de terapêutica complementar medicamentosa. No entanto,
em casos selecionados, a citorredução pode melhorar a qualidade de vida e estabilizar a lesão.
Contato: [email protected]
Código: 44968 Número do Painel: 2
Título: TUMOR COLORRETAL INCIDENTAL EM INVESTIGAÇÃO DO CÓLON PRÉ-FECHAMENTO DE
ESTOMA
Temário: Coloproctologia
Autores: Andrea Pecci; Fang Chia Bin; Fernanda Belottil Formiga; Karina Dagre Magri; Paulo de
Azeredo Passos Candelaria; Nathalia Lins Pontes Vieira; Louisie Gallantini Lana de Godoi; Thiago
da Silveira Manzione;
Instituição: SANTA CASA MISERICORDIA DE SÃO PAULO
Resumo: As colostomias temporárias são amplamente utilizadas em pacientes vítimas de
trauma colorretal. O estudo do cólon antes do fechamento destas colostomias tornou-se rotina
em muitos serviços, com enema opaco e colonoscopia, para identificação de doenças
colorretais. No entanto, alguns estudos defendem que não há necessidade de tal análise. Relata-
se o caso de um paciente jovem em programação para fechamento de colostomia após trauma,
onde foi encontrada neoplasia em sigmoide durante colonoscopia pré-operatória. No caso
relatado, o paciente, jovem e sem história familiar, se beneficiou com o diagnóstico precoce de
uma neoplasia assintomática. Não foram encontrados na literatura casos de diagnóstico de
câncer colorretal em exames pré-operatórios ao fechamento de colostomia, em pacientes
vítimas de trauma. Diversos autores defendem que não há necessidade de investigação do cólon
em pacientes jovens vítimas de trauma que estão em programação para fechamento de
ostomias. Concluímos que o estudo do cólon antes do fechamento de colostomias por trauma
ainda é rotina em muitos serviços, porém estudos mostraram que não trazem benefícios por
tratar-se de uma população jovem.
Contato: [email protected]
Código: 44950 Número do Painel: 3
Título: RECIDIVA DE DOENÇA CROHN NA ALÇA FECHADA DA ILEOSTOMIA À TURNBULL
Temário: Coloproctologia
Autores: Bruna Fernandes dos Santos; Idblan Carvalho de Albuquerque; Pietro Dadalto Oliveira;
Lucas Rodrigues Boarini; Galdino José Sintonio Formiga • Formiga, GJS;
Instituição: HOSPITAL HELIOPOLIS
Resumo: Introdução: Proctocolectomia total com ileostomia definitiva ainda é uma opção para
doença de Crohn (DC) colônica e perianal com intratabilidade clínica. A recidiva da doença pode
ocorrer no neo-íleo terminal e, quando no ostoma, pode levar a abscesso, retração, estenose ou
fístula. A técnica de ileostomia em alça fechada descrita por Turnbull é uma alternativa eficiente
em paciente com mesentério curto, diminuindo o risco de isquemia e necrose do ostoma.
Objetivo: Descrever recidiva de DC em coto fechado de ileostomia à Turnbull. Relato do caso:
Homem, 40 anos, branco, diagnóstico de DC há 18 anos. Com acometimento perineal e colônico
grave, em vigência de imunossupressor e anti-TNF, foi submetido a anoproctocolectomia total
e ileostomia terminal em 2009 por intratabilidade clínica e incontinência fecal. Após quatro
anos, por abscesso peri-ileostômico e inflamação de neo-íleo terminal, necessitou de
enterectomia e rematuração de ostomia à Turnbull, com coto distal fechado de 5 cm. Em 2015,
paciente corticodependente, em uso otimizado de adalimumabe (ADA) e azatioprina (AZA),
evolui com fístula enterocutânea. Em abordagem cirúrgica, evidenciado abscesso subcutâneo
sob cicatriz prévia com três orifícios de drenagem para a pele devido fístula de coto distal de
ileostomia, além de orifício fistuloso intrabdominal em íleo terminal drenando para a mesma
coleção. Optado por enterectomia e rematuração de ostomia à Brooke em outro sítio. Paciente
evolui com cicatrização de ferida, melhora de dor abdominal e recuperação de estado
nutricional. Está em desmame ambulatorial de corticoide, em uso de AZA 150mg/dia. Discussão:
A recidiva da DC após cirurgia ocorre mais frequentemente nos pacientes considerados de alto
risco. Quando na presença de ostomia, a recidiva ocorre comumente nos 25cm distais do neo-
íleo terminal e no próprio estoma. As fístulas geralmente se desenvolvem em zonas de alta
pressão proximal a áreas de estenose – inflamatória ou cicatricial. Com a estenose, ocorre estase
fecal, aumentando a pressão sobre a parede intestinal, causando a isquemia e elevando o risco
de fístulas. Em função da estase no coto da ileostomia pode haver alteração da flora bacteriana,
o que desencadeia a inflamação da mucosa levando a recidiva local. Conclusão: o relato mostra
que, em paciente de alto risco de recidiva, a ileostomia em alça à Turnbull deve ser evitada,
diminuindo a chance de complicação coto excluso com a recidiva da doença.
Contato: [email protected]
Código: 44425 Número do Painel: 4
Título: ADENOMA SERRILLHADO GIGANTE DE SIGMÓIDE: RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Bruno Mirandola Bulisani; Danilo Toshio Kanno; Danielle Campos Pesetto; Roberta Laís
Mendonça; Carlos Augusto Real Martinez; Daniel Castilho; Ronaldo Nonose,; Enzo Fabrício do
Nascimento;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: INTRODUÇÃO: Em 2010 foi identificado um novo grupo de lesões pré-malignas
colorretais - adenomas serrilhados, os quais incluem os pólipos hiperplásicos, adenomas/pólipos
serrilhados sésseis, e adenomas serrilhados tradicionais. Pólipos serrilhados apresentam
comportamento endoscópico, patológico, e molecular diferente dos outros pólipos.
Habitualmente localizam-se no ceco e colón ascendente. OBJETIVO: Relatar um caso de paciente
portadora de adenoma serrilhado de sigmóide. RELATO DO CASO: Mulher, 59 anos, com queixa
de hematoquezia há 9 meses, sem alteração do hábito intestinal, tenesmo ou proctalgia. Negava
perda ponderal ou demais queixas. Antecedente pessoal: negava comorbidades e vícios. O
exame físico e proctológico dentro da normalidade. O exame endoscópico evidenciou lesão
polipóide subpediculada de 5cm de sigmóide ocupando toda a luz. Resultado anátomo-
patológico de adenoma serrilhado. A paciente foi submetida à estadiamento e
retossigmoidectomia anterior por via convencional. O paciente segue em acompanhamento
ambulatorial. DISCUSSÃO: Analogamente à sequência adenoma-carcinoma, uma cadeia
serrilhada foi identificada, justificando os programas de screening e ressecção de todos os
adenomas. Apesar do desenvolvimento das técnicas de ressecção endoscópica permitir uma
abordagem não-cirúrgica como primeira opção para o tratamento de pólipos apesar do seu
tamanho, não há consenso na literatura a respeito da abordagem de pólipos serrilhados maiores
que 20mm.
Contato: [email protected]
Código: 44426 Número do Painel: 5
Título: CROHN PERIANAL GRAVE: RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Bruno Mirandola Bulisani; Danielle Campos Pesetto; Roberta Laís Mendonça; Danilo
Toshio Kanno; Carlos Augusto Real MArtinez; Ronaldo Nonose; Enzo Fabrício do Nascimento;
Daniel Castilho;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: A doença de Crohn pode afetar qualquer segmento do trato
gastrointestinal caracteriza–se por ser descontínua, com áreas completamente normais entre
as áreas inflamadas.Cerca de 10 – 20% apresentam sintomas anais (abscessos e fistulas),às vezes
como primeira queixa, antecedendo os abdominais.Objetivo: Relatar 4 casos de doença de
Crohn com manifestação perineal grave. Relato de Caso:F.C,mulher, branca, 20 anos, com
disenteria, perda ponderal de 10 % do peso corpóreo,com saída de secreção perineal há 8
meses, em seguimento ambulatorial em outro serviço há 2 anos com diagnóstico de doença
inflamatória intestinal. Exame físico: dermatite perianal, com orifício de fistula à 2,5cm da BA
em parede posterior. G.S., menino, 14 anos, dor abdominal, anemia, disenteria e perda ponderal
há 2 anos, associada a dores articulares e saída de secreção perianal há 1 ano.Exame físico:
dermatite perianal, úlcera de 2,5 cm em parede anterior do reto junto a borda anal e orifício de
fistula perianal à 2 cm da BA, póstero lateral esquerdo. J.M.S., homem, 34 anos, branco, déficit
mental leve, com alteração do hábito intestinal para disenteria, perda ponderal de 10%, úlceras
perianais, inguinais e orais e incontinência fecal há 4 meses.Exame físico: múltiplas úlceras
perianais variando de 0,5 a 5 cm com destruição do esfíncter anal e orifício de fístula posterior
à 1,5 cm da BA. F.Z. 30 anos, com quadro de mucorréia, e saída de secreção perianal há 6 meses.
Ao exame: Múltiplas fístulas perianais com abscessos associados, e dermatite perianal. Em todos
os pacientes foi realizado terapia de resgate de agudização de doença de Crohn, com
corticoterapia, antibioticoterapia, seguido de abordagem cirúrgica com passagem de sedenho
nas fístulas e em um dos casos que apresentava destruição perineal e quadro de sepse grave foi
realizado ostomia derivativa. Iniciada posteriormente a terapia com imunobiológicos com
melhora da doença perineal. Discussão: O aparecimento de fístula perianal é uma das
manifestações mais graves da doença de Crohn, o risco cumulativo de surgir uma fístula varia
de 20 – 35% em 10 anos de doença e a sua incidência varia de 23% a 38% em dois estudos
populacionais. O tratamento da fístula perianal tem como princípio o controle da sepse perineal,
juntamente com o controle do processo inflamatório. O Tratamento cirúrgico será empregado
em pelo menos 80 – 90% dos pacientes ao longo dos anos.
Contato: [email protected]
Código: 44427 Número do Painel: 6
Título: LIPOSSARCOMA RETRORRETAL: RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Bruno Mirandola Bulisani; Danielle Campos Pesetto; Danilo Toshio Kanno; Roberta Láis
Mendonça; Enzo Fabricio do Nascimeno; ROnaldo Nonose; Daniel Castilho; Carlos Augusto Real
MArtinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: O desenvolvimento de tumores retrorretais em adultos é uma evento raramente
descrito com incidência estimada em 1:40.000 habitantes. Objetivo: relatar caso de
lipossarcoma retrorretal de grandes dimensões.Relato de caso: Mulher, 57 anos, com queixa de
dor na região lombo-sacra com irradiação para membros inferiores há um ano. Há oito meses
apresentou seguidos episódios de retenção urinária e há seis meses passou a utilizar sonda
vesical de demora. Nesse mesmo período não mais conseguiu deambular sem apoio. Há três
meses notou constipação progressiva tendo que recorrer ao uso de laxativos e aplicação de
clisteres para poder evacuar. Apresentou perda ponderal de 14 quilos no período. Ao exame:
abdome: massa visível e palpável na região pélvica que se estendia para o abdômen anterior
atingindo a cicatriz umbilical. O tumor abdominal tinha consistência endurecida, sem mobilidade
e media,~20 cm de diâmetro.O toque retal mostrava que a luz do reto estava deslocada
anteriormente pela presença de tumoração de consistência fibroelástica retrorretal que se
iniciava há dois centímetros acima da linha pectínea.Com hipótese diagnóstica de tumor
retrorretal foi submetida a ressonância magnética do abdômen e pelve que confirmou a
presença de volumosa massa que se iniciava na região retrorretal acima dos músculos
elevadores do ânus, ocupando toda a pelve comprimindo anteriormente o reto e a bexiga e
estendendo-se pelo retroperitônio para a região posterior do abdome. A imagem pesada em
T2:superfície interna do tumor sugestivo de tecido gorduroso com áreas de fibrose e necrose. A
RNM: tumoração possuía plano de clivagem com o sacro e vasos ilíacos, parede retal, útero e
anexos.O exame mostrava linfonodos aumentados de tamanho na cadeia retroperitoneal e
intercavoaórtica. À laparotomia o tumor ocupava toda a pelve e para ressecá-lo foi necessária a
realização prévia de panhistesterectomia e retossigmoidectomia seccionando-se o reto 4 cm
acima do assoalho pélvico. Realizou-se ressecção em bloco de toda a massa tumoral
conjuntamente e linfadenectomia retroperitoneal e intercavoaórtica até o nível das veias renais.
O exame histopatológico confirmou o diagnóstico de lipossarcoma de alto grau com
componente fibroso confirmado por meio de painel imunoistoquímico com CD34 positivo. A
doente foi encaminhada para tratamento QTx adjuvante tendo realizado 8 ciclos com Cisplatina.
No momento seguimento ambulatorial.
Contato: [email protected]
Código: 44722 Número do Painel: 7
Título: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DO EXTRATO OLEOSO DE CURCUMA
LONGA (CURCUMINA) NO TRATAMENTO DA COLITE DE EXCLUSÃO: ESTUDO EXPERIMENTAL EM
RATOS
Temário: Coloproctologia
Autores: Celene Benediti Bragion; Daniela Tiemi Sato; Murilo Rocha Rodrigues; Fábio Guilherme
Campos; Roberta Laís dos Santos Mendonça; Caled Jaoudat Kadri; José Aires Pereira; Carlos
Augusto Real Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Resumo: Colite de exclusão (CE) é uma doença inflamatória que ocorre em segmentos
intestinais desprovidos de trânsito. A produção de RLO é um dos principais mecanismos
responsáveis pelo processo inflamatório na mucosa intestinal. A curcumina apresenta notável
atividade antioxidante e anti-inflamatória sendo utilizada para o tratamento das doenças
inflamatórias intestinais.Objetivo: Avaliar se a aplicação preventiva de enemas com curcumina
reduz a inflamação na mucosa exclusa de trânsito fecal. Método: 30 ratos Wistar foram
submetidos a derivação intestinal. Os animais foram divididos em 3 grupos segundo aplicação
de enemas diários contendo solução fisiológica (SF) (controle), extrato oleoso de curcumina nas
concentrações de 50(CUR-1) ou 200mg/kg/dia (CUR-2). Cada grupo foi redividido em dois
subgrupos, segundo o sacrifício após 2 ou 4 semanas. A intensidade de inflamação tecidual na
mucosa cólica foi avaliada por escala histológica previamente validada. A infiltração neutrofílica
foi determinada pelo conteúdo de mieloperoxidase identificada por imunoistoquímica. Os
resultados encontrados foram comparados entre os grupos pelo teste t de Mann-Whitney e a
variação segundo o tempo de irrigação pelo teste Kruskal-Wallis, estabelecendo-se nível de
significância de 5% (p<0,05) para ambos os testes. Resultados: O escore inflamatório nos animais
irrigados com SF, CUR-1 e CUR-2 após 2 semanas de irrigação foi de 4,4±1,2, 3,0±1,0 e 2,0±0,7,
respectivamente. Nos irrigados por 4 semanas o conteúdo encontrado foi de 3,6±1,1, 3,0±0,9 e
1,3±0,5, respectivamente. Verificou-se que o conteúdo de MPO nos animais irrigados com SF,
CUR-1 e CUR-2 após 2 semanas de irrigação foi de 21,81±4,24, 4,13±1,90 e 1,01±0,66,
respectivamente. O conteúdo de MPO nos animais irrigados com SF, CUR-1 e CUR-2 após 4
semanas de irrigação foi de 21,91±3,41, 2,25±1,37 e 0,85±0,40, respectivamente. Verificou-se
que os animais submetidos a intervenção com curcumina apresentavam diminuição
significatativa no escore inflamatório e no infiltrado neutrofílico, principalmente com o uso de
maiores concentrações da substância por tempo mais prolongado (p<0,01). Conclusão: A
aplicação de enemas com curcumina reduz o processo inflamatório e a infiltração neutrofílica
na mucosa do intestino grosso exclusa de trânsito intestinal. Esses achados sugerem que a
curcumina pela sua destacada atividade anti-inflamatória e baixo custo pode ser uma estratégia
terapêutica valida no tratamento da CE.
Contato: [email protected]
Código: 44723 Número do Painel: 8
Título: AVALIAÇÃO DOS EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIO E ANTIOXIDANTE DO SUCRALFATO NA
COLITE DE EXCLUSÃO
Temário: Coloproctologia
Autores: Celene Benediti Bragion; Murilo Rocha Rodrigues; Daniela Tiemi Sato; Camila Morais
Gonçalves da Silva; Danilo Toshio Kanno; Roberta Laís dos Santos Mendonça; Jose Aires Pereira;
Carlos Augusto Real Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Resumo: A aplicação de clisteres com sucralfato (SCF) apresenta bons resultados no tratamento
de colites, entretanto o mecanismo de ação da droga ainda não encontra-se totalmente
esclarecido. Objetivo: Avaliar os efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes do SCF em modelo de
colite de exclusão. Método: 36 ratos Wistar foram submetidos a derivação intestinal. Os animais
foram divididos em 3 grupos experimentais segundo receberem clisteres diários com SF 0,9%,
SCF 1 ou 2g/kg/dia. Cada grupo foi redividido em 2 subgrupos segundo a eutanásia após 2 ou 4
semanas. O grau de inflamação tecidual foi avaliado por estudo histológico e a infiltração
neutrofílica pela expressão tecidual de mieloperoxidase (MPO) identificada por
imunoistoquímica. O estresse oxidativo foi mensurado pelo conteúdo tecidual de
malondialdeído (MDA). Utilizou-se o teste t de Student, e ANOVA (p<0,05). Resultados: A
intervenção com SCF mostrou melhora na intensidade de inflamação tecidual relacionada à
concentração utilizada e ao tempo de intervenção. A intervenção com SCF reduziu os níveis
teciduais de MPO, independente da concentração ou do tempo de intervenção (p<0,01). Houve
redução dos níveis de MDA nos animais irrigados com SCF, independente da concentração ou
tempo de intervenção (p<0,01). Conclusão: Enemas com SCF reduzem o processo inflamatório,
a infiltração neutrofílica e o estresse oxidativo no cólon excluso sugerindo que a aplicação tópica
da substância possa ser opção terapêutica válida para o tratamento da colite de exclusão.
Contato: [email protected]
Código: 44721 Número do Painel: 9
Título: AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA APLICAÇÃO DE ENEMAS CONTENDO EXTRATO OLEOSO DE
CURCUMA LONGA (CURCUMINA) NO CONTEÚDO TECIDUAL DE CLAUDINA NA MUCOSA CÓLICA
DESPROVIDA DE TRÂNSITO FECAL
Temário: Coloproctologia
Autores: Celene Benediti Bragion; Murilo Rocha Rodrigues; Daniela Tiemi Sato; Luana Boschetti
Almeida; Fábio Guilherme Campos; José Aires Pereira; Caled Jaoudat Kadri; Carlos Augusto Real
Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Resumo: Os RLO, causadores da Colite de exclusão (CE), destroem as pontes de proteína
claudina, principal constituinte das junções de oclusão da mucosa cólica, possibilitando a
infiltração bacteriana intercelular e o consequente agravamento da CE. A curcumina possui
reconhecida ação antioxidante.Objetivo: Avaliar os efeitos da aplicação preventiva de enemas
com curcumina no conteúdo tecidual de claudina na mucosa cólica sem trânsito intestinal.
Método:30 ratos Wistar foram submetidos a derivação intestinal. Os animais foram divididos
em três grupos segundo receberem aplicação de enemas diários contendo solução fisiológica
(SF) (controle), extrato oleoso de Curcuma longa nas concentrações de 50 (CUR-1) ou
200mg/kg/dia (CUR-2). Cada grupo foi redividido em dois subgrupos grupos, segundo o sacrifício
realizado após 2 ou 4 semanas. A expressão tecidual de claudina foi avaliada por. Os resultados
encontrados foram comparados entre os grupos pelo teste t de Student e a variação segundo o
tempo de irrigação pelo teste ANOVA, (p<0,05) para ambos os testes. Resultados: O conteúdo
tecidual de claudina nos animais irrigados com SF, CUR-1 e CUR-2 após 2 semanas de irrigação
foram de 8,39±0,87, 14,35±0,89 e 19,69±0,83, respectivamente. Nos irrigados por 4 semanas o
conteúdo encontrado foi de 7,55±0,79, 16,95±1,26 e 20,94±0,94, respectivamente. Encontrou-
se aumento do conteúdo tecidual de claudina nos animais irrigados com curcumina em 2 e 4
semanas quando comparados com os animais do grupo controle (p<0,05). Houve variação do
conteúdo de claudina relacionada ao tempo de intervenção (p<0,01). Conclusão: A aplicação de
enemas com extrato oleoso de Curcuma longa aumenta o conteúdo de claudina, sugerindo que
a substância possa preservar a integridade das junções oclusivas em modelo de CE.
Contato: [email protected]
Código: 44718 Número do Painel: 10
Título: AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA APLICAÇÃO DE ENEMAS CONTENDO EXTRATO OLEOSO DE
CURCUMA LONGA (CURCUMINA) NO CONTEÚDO TECIDUAL DE OCLUDINA NA MUCOSA CÓLICA
DESPROVIDA DE TRÂNSITO FECAL.
Temário: Coloproctologia
Autores: Celene Benediti Bragion; Fábio Guilherme Campos; Murilo Rocha Rodrigues; Daniela
Tiemi Sato; Paula de Freitas Ribeiro; José Aires Pereira; Caled Jaoudat Kadri; Carlos Augusto Real
Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Resumo: O estresse oxidativo tecidual é um dos principais mecanismos relacionados ao
desenvolvimento da colite de exclusão (CE). Este destrói a proteína ocludina, componente das
junções de oclusão do epitélio cólico, possibilitando a translocação bacteriana pelo espaço
intercelular para a camada submucosa. A curcumina a anos vem sendo utilizada no tratamento
de diferentes doenças inflamatórias intestinais pela sua importante ação antioxidante. Até o
momento nunca se avaliou os efeitos tópicos da curcumina em modelos experimentais de CE.
Objetivo: Avaliar os efeitos da aplicação preventiva de enemas com curcumina no conteúdo
tecidual de ocludina na mucosa cólica desprovida trânsito fecal. Método: 30 ratos Wistar
machos, foram submetidos a derivação intestinal. Os animais foram divididos em 3 grupos
experimentais segundo receberem aplicação de enemas diários contendo solução fisiológica
(subgrupo controle), extrato oleoso de Curcuma longa nas concentrações de 50 (CUR-1) ou
200mg/kg/dia (CUR-2). Cada grupo experimental por sua vez foi dividido em dois subgrupos
grupos, segundo o sacrifício realizado 2 ou 4 semanas após a derivação intestinal. A expressão
de ocludina no epitélio cólico foi analisada por imunoistoquímica. Os resultados encontrados
foram comparados entre os grupos pelo teste t de Student e a variação segundo o tempo de
irrigação pelo teste ANOVA, estabelecendo-se nível de significância de 5% (p<0,05) para ambos
os testes. Resultados: O conteúdo tecidual de ocludina nos animais irrigados com SF, CUR-1 e
CUR-2 após 2 semanas de irrigação foram de 9,739±1,02, 13,57±0.69 e 15,45±0,46,
respectivamente. Nos irrigados por 4 semanas o conteúdo encontrado foi de 11,1±0,45,
13,95±0,63 e 17,59±0,53, respectivamente. Encontrou-se aumento do conteúdo tecidual de
ocludina nos animais irrigados com curcumina em 2 e 4 semanas quando comparados ao grupo
controle (p<0,01). O conteúdo tecidual de ocludina atingia os maiores valores quando se
utilizava maiores concentrações por tempo mais prolongado (p<0,01). Conclusão: A aplicação
de enemas com curcumina aumenta o conteúdo de ocludina ralacionada a concentração
utilizada e ao tempo de intervenção. Esses achados sugerem que a curcumina possui efeito
protetor das junções de oclusão intercelular em modelo experimental de CE.
Contato: [email protected]
Código: 44719 Número do Painel: 11
Título: CONTEÚDO TECIDUAL DE E-CADERINA NA MUCOSA CÓLICA DESPROVIDA DE TRÂNSITO
FECAL APÓS INTERVENÇÃO COM EXTRATO OLEOSO DE CURCUMA LONGA (CURCUMINA).
ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS
Temário: Coloproctologia
Autores: Celene Benediti Bragion; Fábio Guilherme Campos; Murilo Rocha Rodrigues; Daniela
Tiemi Sato; José Aires Pereira; Caled Jaoudat Kadri; Carlos Augusto Real Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Resumo: A E-caderina é a principal proteína existente nas junções aderentes intercelulares. A
quebra das junções aderentes possibilita a infiltração bacteriana pelo espaço intercelular
perpetuando o processo inflamatório que caracteriza a CE. Estudos mostraram que a curcumina,
um potente antioxidante, apresenta eficácia no tratamento de diferentes formas de colite.
Todavia, até o momento os efeitos tópicos da curcumina não foram avaliados em modelo
experimental de CE. Objetivo: Avaliar os efeitos da aplicação preventiva de enemas com
curcumina no conteúdo tecidual de E-caderina na mucosa cólica sem trânsito fecal. Método:
Trinta ratos Wistar machos, foram submetidos a derivação intestinal por meio de colostomia
terminal no cólon descendente e exclusão do segmento cólico distal. Os animais foram divididos
em três grupos experimentais equitativos segundo receberem aplicação de enemas diários
contendo solução fisiológica (SF) (subgrupo controle), extrato oleoso de Curcuma longa nas
concentrações de 50mg/kg/dia (CUR-1) ou 200mg/kg/dia (CUR-2). Cada grupo experimental por
sua vez foi dividido em dois subgrupos grupos, segundo o sacrifício ter sido realizado 2 ou 4
semanas após a derivação intestinal. A expressão de E-caderina na mucosa cólica foi analisada
por imunoistoquímica e seu conteúdo tecidual mensurado com auxílio de análise de imagem
assistida por computador. Os resultados encontrados foram comparados entre os grupos pelo
teste t de Student e a variação segundo o tempo de irrigação pelo teste ANOVA, estabelecendo-
se nível de significância de 5% (p<0,05) para ambos os testes. Resultados: O conteúdo tecidual
de E-caderina nos animais irrigados com SF, CUR-1 e CUR-2 após 2 semanas de irrigação foram
de 2,89±1,36, 21,19±1,03 e 23,24±0,84, respectivamente. Nos irrigados por 4 semanas o
conteúdo encontrado foi de 3,51±0,22, 20,99±0,77 e 24,25±0,55, respectivamente. Encontrou-
se aumento do conteúdo tecidual da proteína E-caderina nos animais irrigados com curcumina
independentemente do tempo de intervenção quando comparados ao grupo controle (p<0,01).
O conteúdo tecidual de E-caderina atingia os maiores valores quando se utilizava maiores
concentrações e tempo de intervenção mais prolongado (p<0,05). Conclusão: A aplicação de
enemas com curcumina aumenta o conteúdo de E-caderina relacionada a concentração utilizada
e ao tempo de intervenção. Esses achados sugerem que a curcumina possui efeito protetor das
junções aderentes intercelulares na CE experimental.
Contato: [email protected]
Código: 44720 Número do Painel: 12
Título: INFLUÊNCIA DA APLICAÇÃO DE CLISTERES CONTENDO EXTRATO OLEOSO DE CURCUMA
LONGA (CURCUMINA) NO CONTEÚDO TECIDUAL DA PROTEÍNA B-CATENINA NO EPITÉLIO
CÓLICO SEM TRÂNSITO INTESTINAL
Temário: Coloproctologia
Autores: Celene Benediti Bragion; Daniela Tiemi Sato; Murilo Rocha Rodrigues; Paula de Freitas
Ribeiro; José Aires Pereira; Caled Jaoudat Kadri; Carlos Augusto Real Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Resumo: A proteína B-catenina é responsável pela fixação das junções aderentes intercelulares
no citoesqueleto celular, bem como pela sinalização da divisão celular. A ruptura das junções
aderentes causada pelos RLO possibilita a infiltração bacteriana pelo espaço intercelular
perpetuando o processo inflamatório que caracteriza a colite de exclusão (CE). Estudos
mostraram que a curcumina, apresenta notável atividade antioxidante e anti-inflamatória.
Objetivo: Avaliar os efeitos da aplicação preventiva de enemas com curcumina no conteúdo
tecidual de B-catenina nas células das glândulas cólicas desprovidas de trânsito intestinal.
Método: 30 ratos Wistar foram submetidos a derivação intestinal com exclusão do segmento
cólico distal. Os animais foram divididos em 3 grupos segundo aplicação de enemas diários
contendo solução fisiológica (SF) (controle), extrato oleoso de curcumina nas concentrações de
50 (CUR-1) ou 200mg/kg/dia (CUR-2). Cada grupo experimental por sua vez foi redividido,
segundo o sacrifício realizado após 2 ou 4 semanas. A expressão de B-catenina na mucosa cólica
foi analisada por imunoistoquímica. Os resultados foram comparados pelo teste t de Student e
a variação segundo o tempo de irrigação pelo teste ANOVA (p<0,05) para ambos os testes.
Resultados: O conteúdo tecidual de B-catenina nos animais irrigados com SF, CUR-1 e CUR-2
após 2 semanas de irrigação foram de 4,20±1,30, 20,14±0,99 e 20,99±0,84, respectivamente.
Nos irrigados por 4 semanas o conteúdo encontrado foi de 5,55±0,26, 23,24±0,67 e 24,85±0,75,
-catenina nas glândulas
cólicas expostas a intervenção com curcumina independentemente do tempo de intervenção
quando comparados ao grupo controle (p<0,01). O conteúdo tecidual de B-catenina atingia os
maiores valores quando se utilizava maiores concentrações e tempo de intervenção mais
prolongado (p<0,05). Conclusão: A aplicação de enemas com curcumina aumenta o conteúdo
de B-catenina relacionada a concentração utilizada e ao tempo de intervenção. Esses achados
sugerem que a curcumina preserva o conteúdo tecidual de B-catenina nas junções aderentes
intercelulares no modelo experimental proposto.
Contato: [email protected]
Código: 44342 Número do Painel: 13
Título: AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE LIPOPOLISSACARÍDEOS (LPS) NA DOENÇA DE CROHN
Temário: Coloproctologia
Autores: Daniéla Oliveira Magro; Antonio Ramos Calixto; Ana Carolina Junqueira Vasques; Carlos
Augusto Real Martinez; Dioze Guadagnini; Mario José Saad; Bruno Geloneze; José Carlos Pareja;
Michel G Camargo; Claudio Saddy Rodrigues Coy;
Instituição: UNICAMP
Resumo: Introdução: Estudos recentes sugerem que o aumento nas concentrações séricas de
lipopolissacarídeo (LPS) está associado com modificações na permeabilidade intestinal. O LPS,
presente na parede celular de bactérias Gram negativas é liberado quando as bactérias se
dividem ou se desintegram, induzindo os macrofágos a secretarem outras proteínas, as
interleucinas (IL-1, IL-6 e IL-8) e TNF-alfa. Entretanto, na Doença de Crohn (DC) isto não está bem
documentado. Objetivo: Determinar os níveis séricos de LPS em portadores de DC e grupo
controle, e correlacioná-los com a atividade da doença, níveis séricos de PCR, interleucinas, DPP-
IV/CD-26 e TNF-alfa. Métodos: A coleta de sangue foi realizada para dosagens séricas de LPS,
PCR, TNF-alfa, IL-1, IL-6, glicose, insulina e DPP-IV. Os pacientes foram classificados quanto à
atividade da doença pelo IADC, considerando-se atividade clínica para valores superiores a 150.
Resultados: O Grupo Controle (GC) foi constituído por sete indivíduos saudáveis e foram
incluídos 20 portadores DC, sendo 10 em atividade (Grupo 1) e 10 em remissão clínica (Grupo
2). Os níveis séricos de PCR (p< 0,001), IL-1 (p=0,002) e TNF-α (p=0,05) foram maiores no Grupo
1 quando comparado ao Grupo 2 e GC. Níveis séricos de LPS foram maiores no Grupo 1 (3,29;
1,08; 0,67 EU/mL, p< 0,004) quando comparados aos demais grupos, respectivamente, e
correlacionaram-se com o aumento sérico de DPP-IV/CD26 (p=0,037). No Grupo 2, os níveis de
LPS associaram-se de forma positiva com PCR (p=0,032). Conclusões: Os resultados mostraram
que os LPS estão aumentados em pacientes com DC, sendo maior na atividade clinica da doença.
Os níveis séricos de LPS aumentaram a expressão da DPP-IV/CD26, como também se associaram
ao aumento de PCR. FAPESP 2014/06164-8
Contato: [email protected]
Código: 44359 Número do Painel: 14
Título: AVALIAÇÃO DE FATORES DE RISCOS PARA COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS APÓS
FECHAMENTO DE ILEOSTOMIA DE PROTEÇÃO EM PACIENTES SUBMETIDOS A RESSECÇÃO DE
CÂNCER COLORRETAL.
Temário: Coloproctologia
Autores: Diego Fernandes Maia Soares; Anna Carolina Batista Dantas; Caio Sergio Rizkallah
Nahas; Carlos Frederico Sparapan Marques; Rodrigo Ambar Pinto; Ulysses Ribeiro Junior; Sérgio
Carlos Nahas; Ivan Cecconello;
Instituição: HC FMUSP
Resumo: A deiscência de anastomose colorretal ocorre devido a uma combinação de fatores
relacionados a técnica cirúrgica, condições locais e sistêmicas. A associação destes fatores
favorecem a realização de derivação intestinal para redução das complicações clínicas
decorrentes da deiscência. Ileostomia em alça é o método mais comumente utilizado pois
assume que a reversão seja um procedimento simples e seguro. No entanto tem demonstrado
que o fechamento de ileostomia não é livre de riscos, sendo descrito de 7% a 47% de
complicações. Objetivo: Identificar os fatores de risco associados com complicações pós-
operatórias após fechamento de ileostomia. Métodos: Análise retrospectiva de pacientes
submetidos a ileostomia eletiva no periodo entre junho de 2009 e junho de 2015. Todos os
pacientes tiveram a ileostomia realizada no momento da ressecção do cancer colorretal. Todas
as complicações foram classificadas de acordo com a Classificação Clavien-Dindo. Características
relacionadas à dados demograficos, comorbidades, tipo de ressecção colorretal , tratamento
adjuvante, as complicações da ressecção colorretal prévia, tempo entre a cirurgia de ressecção
colorretal e fechamento de ileostomia e aspectos técnicos da cirurgia de fechamento de
ileostomia foram revisados. Fatores de risco para complicações e para íleo paralítico foram
analisados. Realizadas análise univariada e multivariada, estabelecendo um valor de P de 0,05.
Resultados: Um total de 294 pacientes foram incluídos. Complicações pós-operatórias
ocorreram em 79 (29,6%) pacientes, incluindo 39 (13,3%) íleo, 35 (11,9%) diarreia, 25 (8,5%)
infecções de ferida operatória e 24 (8,2%) complicações clínicas. Dos pacientes que tiveram
complicações 65 (24,8%) foram classificadas como Clavien ≤ 2 e 14 (4,8%) complicações Clavien
≥ 3. Mortalidade pós-operatória foi de 1,7% (5 pacientes). A idade avançada, complicações na
cirurgia do câncer colorretal, readmissão no prazo de 30 dias após a ressecção câncer colorretal,
e laparotomia mediana para o fechamento de ileostomia foram fatores de risco independentes
para complicação geral. A maioria das complicações foram tratadas conservadoramente mas 10
(3,4%) pacientes foram reoperados. Fatores de risco para ileo paralítico são idade avançada,
diabetes, alto debito da ileostomia, laparotomia mediana e anastomose manual. Conclusões:
fechamento de ileostomia teve uma taxa aceitável de complicações pós-operatórias e a maioria
delas não foram graves (Clavien ≤ 2).
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Código: 44961 Número do Painel: 15
Título: A DESARTERIALIZAÇÃO HEMORROIDÁRIA TRANSANAL COM ANESTESIA LOCAL E
SEDAÇÃO É FACTÍVEL?
Temário: Coloproctologia
Autores: Fernanda Bellotti Formiga; João Carlos Magi; Bruna Fernandes dos Santos; Pietro
Dadalto Oliveira; Lucas Rodrigues Boarini; Renata Bandini Vieira; Galdino José Sitonio Formiga;
Instituição:
Resumo: Introdução: O tratamento da doença hemorroidária nunca foi tão inovado como nas
últimas décadas. Em contrapartida, a hemorroidectomia sempre foi altamente convidativa para
a realização de anestesia local a fim de reduzir custos. A desarterialização hemorroidária
transanal foi descrita sob anestesia geral ou bloqueio espinal. Não há relatos de utilização de
anestesia local com esta técnica porque se acredita que a dor visceral induzida pela ligadura
cirúrgica e sutura, além do uso contínuo do anuscópio, inviabilizam o uso da anestesia local.
Objetivo: Avaliar a segurança do uso da anestesia local com sedação na desarterialização
hemorroidária transanal. Método: Relato de dois casos submetidos a desarterialização
hemorroidária transanal, sob anestesia local e sedação. Descrição da técnica e análise da
segurança e resultados. Resultados: Duas pacientes do sexo feminino (64 e 68 anos),
apresentavam doença hemorroidária grau II e III, com queixas de hematoquezia, incômodo anal
e prolapso. Hábito intestinal regular. Ex-tabagistas e multíparas. As pacientes foram submetidas
à indução anestésica (diazepan 5mg), posicionadas em litotomia e sedadas com midazolan (3-
5mg) e petidina (50mg). Realizou-se bloqueio interesfincteriano (lidocaína 2% e bupivacaína
0,5%) seguido de desarterialização hemorroidária transanal com mucopexia em seis pontos,
com duração de 55 e 80 minutos. Uma das pacientes fez um hematoma submucoso pequeno,
sem expansão. As pacientes ficaram estáveis e confortáveis durante todo o procedimento.
Ambas receberam alta no dia seguinte, com analgesia habitual. Apenas uma apresentava queixa
de tenesmo leve, sem sangramento nem dor. No sétimo pós-operatório (PO), ambas
apresentavam incômodo leve pelo tenesmo constante. A paciente do hematoma submucoso fez
equimose perianal. No 15º PO, o tenesmo era discreto e a equimose havia desaparecido. No 40º
PO, estavam assintomáticas. Considerações Finais: A desarterialização hemorroidária transanal
é factível de ser realizada com anestesia local e sedação visto que é segura e eficaz. Assim, esta
nova tecnologia pode ser também incorporada aos serviços cujo protocolo de anestesia local é
padrão.
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Código: 44947 Número do Painel: 16
Título: RADIOTERAPIA NEOADJUVANTE EM CÂNCER DE RETO BAIXO ESTÁGIO I
Temário: Coloproctologia
Autores: Guilherme Zupo Teixeira; Regina Greilberger; Antônio José Tibúrcio Alves Júnior;
Luciane Hiane de Oliveira; Sérgio Oliva Banci; Joaquim Simões Neto; Odorino Hideyoshi
Kagohara; José Alfredo Reis Júnior; José Alfredo Reis Neto;
Instituição: CLÍNICA REIS NETO
Resumo: Introdução: A taxa de mortalidade no câncer do reto baixo está relacionada com a
incidência de recorrência local, nos primeiros 5 anos. Para os tumores estádio I, a excisão local
vem sendo cada vez mais utilizada, mas estudos recentes mostraram uma maior taxa de
incidência de recorrência local. Portanto, radioterapia pré-operatória deve ser considerada
mesmo para estes tumores, como uma tentativa de prevenir a recorrência e fornecer cura.
Objetivo: mostrar a eficácia da radioterapia neoadjuvante em câncer de reto baixo estágio I, em
uma população de coorte. Materiais e Métodos: Um estudo de coorte em um banco de dados
prospectivo foi feito com um total de 75 pacientes considerados como o câncer de reto baixo
estágio I. Radioterapia pré-operatória de longa duração 4500 cG foi realizada neste grupo
selecionado de pacientes e acompanhados por um período mínimo de cinco anos. Resultados:
Fase de Grupo I / TI teve 27 pacientes. Todos os pacientes apresentaram resposta completa ao
tratamento e não houve necessidade de cirurgia. Cinco anos de acompanhamento, sem
recorrência. O grupo fase I / TII tinha 48 pacientes. Após a radioterapia neoadjuvante, 8
pacientes tiveram de ser submetidos a cirurgia por tumor persistente. Todos foram submetidos
a completa excisão local total , mas anatomopatológico não mostrou nenhum caso de câncer
residual. Conclusão: irradiação pré-operatória de longa duração de 4500 cG irradiação, não só
reduziu a taxa de recorrência e mortalidade local em menor cancro rectal, mas também reduziu
a indicação para cirurgia em pacientes com câncer de reto baixo no estágio I.
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Código: 44330 Número do Painel: 17
Título: EXISTE CONCORDÂNCIA ENTRE CONSTIPAÇÃO REFERIDA E CONSTATADA POR CRITÉRIOS
OBJETIVOS?
Temário: Coloproctologia
Autores: Isaac José Felippe Correa Neto; Janaína Wercka; Ana Luiza Chaves Maneira; Noelle
Breda Teixeira; Beatriz Doine Vettorato; Tatielle Alves Trivelato Menezes; Mariana Campello de
Oliveira; Laercio Robles;
Instituição:
Resumo: Introdução: A constipação intestinal crônica representa a queixa digestiva mais comum
na população geral com elevada prevalência na população. Entretanto, frequentemente, os
pacientes e mesmo os médicos não tão afincos com os distúrbios do assoalho pélvico, definem
e consideram constipação baseados na funcionalidade intestinal e consistência das fezes.
Entretanto, os sintomas de defecação incompleta, manobras digitais, desconforto abdominal e
esforço evacuatório não devem ser negligenciados. Objetivos: verificar a correlação entre
constipação intestinal referida e constatada através de critérios objetivos em pacientes
internados em regime de enfermaria dia no Hospital Santa Marcelina, São Paulo. Metodologia:
Estudo prospectivo de amostra aleatória de pacientes internados em enfermaria dia do Hospital
Santa Marcelina para realização de cirurgias de pequeno porte e não relacionadas a distúrbios
funcionais de trato gastrintestinal no período entre setembro de 2014 e junho de 2015, cujo
único critério de exclusão foi o não consentimento em participar da entrevista realizada pelos
alunos do curso de medicina da Faculdade Santa Marcelina. Resultados: Foram analisados de
forma aleatória 102 pacientes no período sendo 51% do sexo feminino e média de idade global
de 48,6 anos (19-82 anos). A constipação foi referida de forma espontânea em 17,6% e negada
em 82,4%. Ao se utilizar o critério da Cleveland Clinic para constatar constipação houve uma
concordância com o sintoma referido foi de 88,9%, com mesmo valor ao se utilizar os critérios
de Roma III (kappa=0,665). Conclusão: verificou-se predominância de constipação no sexo
feminino sem diferença de média de idade entre os grupos de constipados e pacientes sem
constipação. Além disso, constatou-se concordância substancial entre a constipação referida e
a documentada através de critérios objetivos.
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Código: 44919 Número do Painel: 18
Título: EGIST DE MESENTÉRIO COM MORFOLOGIA ATÍPICA CAUSANDO HÉRNIA ENCARCERADA.
Temário: Coloproctologia
Autores: JANAINA WERCKA; VICTOR ANDRADE NUNES; ISAAC JOSE FELIPE NETO; LAERCIO
ROBLES; ANGELO ROSSI DA SILVA CECCHINI; EDUARDO AUGUSTO LOPES; ALEXANDER DE SA
ROLIM; HUGO HENRIQUE WATTE; ROGERIO FREITAS DE LINO SOUZA;
Instituição: HOSPITAL SANTA MARCELINA
Resumo: Introdução: Tumores estromais gastrintestinais (GISTs) representam 5% das neoplasias
malignas gastrointestinais. Imunohistoquimicamente, expressam CD34 e CD117 e proteína c-KIT
(72-94%).Tumores estromais extragastrointestinal (EGISTs) primários são raros,
oligossintomáticos, comuns acima de 50 anos de idade. Observados no omento, peritônio e
mesentério, são exofíticos, dificultando diagnóstico endoscópico, associado à ausência de
metástases linfonodais. <br>Objetivo: Relatar caso de hérnia encarcerada causada por EGIST
primário de mesentério. <br>Descrição do caso: Masculino, 64 anos. Procurou o pronto socorro
devido dor abdominal mesogástrica insidiosa há três meses com piora há dois dias em
queimação e contínua em abaulamento periumbilical. Evoluiu com náuseas, hiporexia e
emagrecimento. Sem comorbidades ou cirurgias prévias. Bom estado geral e estável
hemodinamicamente. Abdome globoso, hipertimpanico, depressível e doloroso difusamente a
palpação profunda. Presença de hérnia umbilical encarcerada e irredutível, com dor intensa a
palpação. Toque retal normal. Exames laboratorias sem alterações. Na tomografia de abdome,
além da hérnia já conhecida, presença de múltiplas lesões de aspecto nodulares sólidas
pediceladas difusas pelo mesentério. Indicado laparotomia exploradora. Evidenciando saco
herniário com conteúdo tumoral de aspecto sólido multinodular pediculadadas. Tais lesões se
espalhavam por todo o mesentério, sendo inúmeras e a maior delas media 7cm de diâmetro de
cor amarelo-ouro. Realizado exerese da lesão herniária e herniorrafia. <br>Estudo
imunohistoquímico com CD34, CD117 positivos e Ki- 67 em 15% das células neoplásicas
associado ao aspecto histológico foi compatível com tumor estromal gastro-intestinal (GIST)
com baixo índice de profileração celular. Discussão: EGISTs, macroscopicamente, são tumores
bem circunscritos, flexíveis, de cor rosa pálido, podem causar hemorragia, necrose. Tem
demonstrado comportamento mais agressivo que de estômago ou intestino. Baseado no
tamanho do tumor e na taxa de mitose> 2/50 hpfs, Ki 67> 10%, formação de cistos, necrose e
aumento da celularidade. A base do tratamento do EGISTs é ressecção com Imatinib. É preciso
evitar a rotura tumoral durante a cirurgia, pelo risco de disseminação neoplásica e pior
prognóstico. Conclusão: A exuberância de lesões e morfologia atípica levaram a suspeita de
outros tumores de mesentério. O valor da Imunohistoquímica é grande valor no diagnóstico de
tumores abdominais
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Código: 44393 Número do Painel: 19
Título: FATORES RELACIONADOS À RECIDIVA E SINTOMAS DE INCONTINÊNCIA ANAL EM
PACIENTES SUBMETIDOS A TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FÍSTULA PERIANAL DE ORIGEM
CRIPTOGLANDULAR.
Temário: Coloproctologia
Autores: JANAINA WERCKA; ISAAC JOSE FELIPE CORREA NETO; LAERCIO ROBLES; ANGELO ROSSI
DA SILVA CECCHINI; LAURA LUIZA ARAUJO OLIVEIRA; TAINARA EMANUELLA COSTA GOMES;
ARTUR FARIAS; ALEXANDER DE SA ROLIM;
Instituição: HOSPITAL SANTA MARCELINA
Resumo: Introdução: Fístula anorretal é definida como uma comunicação anormal entre dois
tecidos epitelizados. São benignas, mas a condição pode influenciar negativamente a qualidade
de vida. Objetivo e método: Estudo retrospectivo de 2011 a 2015 com 200 pacientes portadores
de fístula de origem criptoglandular submetidos ao tratamento cirúrgico. Excluídos pacientes
com doença inflamatória intestinal, trauma e causas iatrogênicas. Da amostra 152 fizeram uso
de sedenho e 48 realizaram fistulotomia. Foram avaliados o perfil epidemiológico, queixas pré
e pós-operatórias, assim como tipo de cirurgia, sintomas de incontinência e recidiva. O nível de
significância estatística foi de 95%. Resultados: Amostra constou de 132 homens e 68 mulheres.
Verificou-se que 57% apresentavam passado de abscesso perianal e maior incidência no gênero
feminino (0,001). A queixa pré-operatória mais frequentes foi secreção (82%), seguida de lesão
perianal (73,5%). No intraoperatório a maior incidência foi de fístulas interesfincterianas. No
pós-operatório de fistulotomia 50% apresentaram queixas, sendo as mais frequentes dor (25%),
soiling (20%), uso de protetor (14%) e dificuldade de higienização (12%). dos pacientes
submetidos a fistulotomia com sedenho, 75% relataram queixas pós-operatória. Ocorreram
perda do sedenho (32%), dor (25%), dificuldade de higienização (18%) e soiling (15%). Associou-
se à recidiva as fístulas interesfincteriana, transesfincteriana e extra-esfincteriana. Quanto à
incontinência, os sintomas foram transitórios e se associaram À abscesso prévio, número de
gestações, cirurgia orificial prévia e localização transesfincteriana. Em relação à reoperação, dos
pacientes submetidos à fistulotomia sem sedenho a taxa de recidiva foi de (8,3%) E no grupo
com o uso de sedenho 14,5%, não se demonstrando diferença estatisticamente significativa
entre as técnicas com relação à recidiva (p= 0,33); RR 0,61 (IC 0,24-1,5). Ao final do seguimento
houve resolução global da fístula perianal em 184 (92%) pacientes. Discussão: Até o momento,
nenhuma é considerada como técnica de eleição devida suas taxas de recorrências e
incontinência. Conclusão: Não houve diferença estatística entre as técnicas em relação à recidiva
ou sintomas de incontinência anal no pós-operatório.
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Código: 44396 Número do Painel: 20
Título: PÓLIPO LIPOMATOSO DE SIGMÓIDE PROLAPSADO PELO RETO COMO CAUSA DE
OBSTRUÇÃO INTESTINAL- RELATO DE CASO.
Temário: Coloproctologia
Autores: JANAINA WERCKA; ISAAC JOSE FELIPE CORREA NETO; LAERCIO ROBLES; ANGELO ROSSI
DA SILVA CECCHINI; ROGERIO FREITAS DE LINO SOUZA; HUGO HENRIQUES WATTE; ALEXANDER
DE SA ROLIM; EDUARDO AUGUSTO LOPES;
Instituição: HOSPITAL SANTA MARCELINA
Resumo: Introdução:Os lipomas são lesões benignas com uma incidência de 0,2 a 4,4% no cólon,
sendo mais comuns em mulheres, na sexta década de vida, no cólon direito e em cerca de 90%
são submucosos. Frequentemente são achados acidentais, entretanto quando se tornam
gigantes (maior 4 cm de diâmetro) podem causar alguma queixa clínica principalmente dor e
alteração do hábito intestinal e, raramente, podem ocasionar intussuscepção intestinal,
sangramento, perfuração, obstruçãoou expulsão retal. <br><br>Objetivo:Relatar caso de
obstrução intestinal causado por prolapso retal de lipoma gigante encarcerado de sigmóide
<br><br>Caso clínico: <br><br> <br><br>Paciente masculino, 44 anos com história de prolapso
retal há 8 meses após evacuação com necessidade de redução manual. Evoluiu por três dias com
prolapso volumoso, sem redução e ausência das evacuações referindo dor abdominal em cólica
associada à hiporexia há um dia com queixa álgica perianal importante. Sem vômitos. <br><br>
<br><br>Ao exame físico encontrava-se em bom estado geral e sem sinais de Síndrome da
Resposta Inflamatória Sistêmica. O abdome apresentava-se globoso, pouco distendido,flácido
esem peritonite e ao exame proctológico evidenciado prolapso importante via retal
encarcerado, com necrose de mucosa, sem odor e doloroso à palpação. <br><br>
<br><br>Realizado exame sob narcose com visualização de prolapso via retal de cerca de 5cm
de aspecto violáceo e com fibrina, porém sem sinais de necrose e com mucosa de reto e
sigmoide sem sinais de sofrimento visualizadas através de retossigmoidoscopia rígida após a
redução do prolapsomanualmente. <br><br>No pós operatório imediato apresenta recidiva do
prolapso sendo novamente levado ao centro cirúrgico e devido impossibilidade de redução via
retal optado por Laparotomia Exploradora com evidência de tumoração pediculada, densa com
cerca de 10x6cm, sem invasão parietal localizada 5 cm acima do promontório sendo realizado
colectomia segmentar e polipectomia. <br><br>O anatomopatológico evidenciou lipoma
submucoso. <br><br> <br><br>Conclusão: Lesões polipoides volumosas apesar de benignas
podem causar complicações como neste caso. O difícil diagnóstico inicial diferencial entre
prolapso retal encarcerado de prolapso do pólipo estrangulado.
Contato: [email protected]
Código: 44921 Número do Painel: 21
Título: TRATAMENTO CIRURGICO DA SÍNCROME DO COLON IRRITÁVEL
Temário: Coloproctologia
Autores: Julio Cesar M Santos Jr;
Instituição:
Resumo: Distúrbios gastrointestinais funcionais podem estar relacionadas à desordens no eixo
neural cérebro-intestinal, envolvendo vários neurotransmissores. A serotonina, em particular,
desempenha papel importante na hipersensibilidade e motilidade visceral e é o agente primário
no associado aos sintomas da síndrome do cólon irritável (SCI). Contudo, uma variação
anatômica do ceco-cólon ascendente (ceco móvel - CM), com incidência de 20 a 30%, pode ser
o substrato ou origem dos sintomas de SCI. Objetivo - Nesse estudo visou-se estabelecer relação
ente CM e SCI. Pacientes e métodos - Entre 1995 to 2016, 309 pacientes om SCI (282 mulheres
e 27 homens (média de idades de 36 a; variando de 3 to 72 a) tiveram diagnóstico radiológico
de ceco móvel; 272 pacientes (88%),antes da avaliação foram vistos como portadores de SCI, 32
(10%) tinha outras desordens associadas. Todos os pacientes foram programados para
tratamento cirúrgico, visando a fixação do segmento ceco-cólon ascendente; 163 pacientes
(53%) foram submetidos a cecocolonpexia. Entre os 146 (47%) não operados, 117 recusaram a
cirurgia e 29 estão esperando oportunidade para o tratamento cirúrgico. Nesse grupo, 76
pacientes recebem apoio clinico ambulatorial. Resultados - Noventa e dois por cento dos
pacientes operados com seguimento de 4 meses a 20 anos, estão bem; 8 pacientes (5%), com
constipação intestinal persistente, requerem uso de fibras e taxativos e 4 pacientes, não
beneficiados pelo tratamento cirúrgico, continuam com os mesmos sintomas. Todos os
pacientes ainda não operados, seguidos (2 a 48 meses - média 21 meses) e tratados
clinicamente, relatam as mesmas queixas de inclusão nesse estudo. Conclusão: O ceco móvel
(CM) pode ser considerado um marcador anatômico da SCI. Então, recomendamos que todos os
pacientes com causa obscura de dos abdominal intermitente, distensão, cólica, constipação,
diarreia, empachamento, constipação/diarreia, com ou sem diagnóstico clínico de SCI seja
investigados como pessoa doente provavelmente com CM necessitando, portanto,
cecocolonpexia.
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Código: 44926 Número do Painel: 22
Título: REATIVAÇÃO DO VÍRUS VARICELA-ZÓSTER PELO USO DO ADALIMUMABE
Temário: Coloproctologia
Autores: Lucas Rodrigues Boarini; Pietro Dadalto Oliveira; Bruna Fernandes dos Santos; Idblan
Carvalho de Albuquerque; Galdino José Sitonio Formiga;
Instituição: HOSPITAL HELIÓPOLIS
Resumo: Introdução: Os Anticorpos monoclonais anti-TNFs são eficazes para a doença de Crohn
moderada a grave. No entanto, ao bloquear o fator de necrose tumoral, promove ação
imunomoduladora e imunossupressora que pode levar a reativação de infecções latentes. O
vírus varicella-zóster após a primo-infecção pode ficar latente por décadas e, posteriormente,
se manifesta com herpes-zóster. Relatamos o caso de um paciente que desenvolveu herpes-
zóster durante o uso de Adalimumabe como tratamento para doença de Crohn. Relato do caso:
G.D.B., 17 anos, masculino, com doença de Crohn desde 8 anos de idade por acometimento
perianal. Refere três internações recentes por atividade da doença, apresentando dor
abdominal em cólica e retardo de crescimento. Submetido a cinco exames proctológicos sob
anestesia prévios. Fez uso de Azatioprina (suspensa por pancreatite) e Infliximabe (suspenso por
choque anafilático). Atualmente com Adalimumabe 40mg semanais, corticóide 30mg e
Modulen. Exame de imagem com espessamento parietal ileocolônico e em colon ascendente.
Indicado laparotomia por intratabilidade clínica e retardo de crescimento. No dia da internação
para cirurgia, apresentou-se com lesões vesiculares pouco dolorosas em virilha esquerda,
diagnosticado herpes zóster. Suspenso anti-TNF, iniciado tratamento com aciclovir com
resolução das lesões em 14 dias. Discussão: O Adalimumabe é um anticorpo monoclonal, que
atua inibindo uma das principais citocinas pró-inflamatórias envolvidas na imunopatogênese da
doença de Crohn. Porém o seu uso pode aumentar o risco de infecções bacterianas, virais ou
fúngicas. A reativação do herpes zoster pelo anti-TNF, foi relatada e seu uso está associado com
infecções graves pelo VVZ. Em 2009, o consenso Europeu do Crohn e colites, recomendou
imunização para VVZ três semanas antes do início do tratamento com anti-TNF. Na vigência de
infecção, o anti-TNF deve ser interrompido e instituído o tratamento correto precocemente pelo
risco de disseminação da doença. Conclusão: O Adalimumabe é um medicamento
imunomodulador amplamente utilizado na doença de Crohn que pode propiciar
desenvolvimento de infecções latentes. Quando identificado herpes-zóster em pacientes sob
terapia biológica, deve-se promover a interrupção na utilização do anti-TNF até que a infecção
esteja controlada. Este relato alerta para a possibilidade da infecção pelo herpes-zóster em
vigência do uso de terapia biológica, que é uma situação de grande importância clínica.
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Código: 44924 Número do Painel: 23
Título: TUMOR ESTENOSANTE DE RETO INTRANSPONÍVEL À COLONOSCOPIA: É SEGURO FAZER
TRATAMENTO NEOADJUVANTE?
Temário: Coloproctologia
Autores: Lucas Rodrigues Boarini; Bruna Fernandes dos Santos; Pietro Dadalto Oliveira;
Fernanda Bellotti Formiga; Odilon Victor Porto Denardin; Galdino José Sitonio Formiga;
Instituição: HOSPITAL HELIÓPOLIS
Resumo: Introdução: O tumor estenosante de reto extra-peritoneal é potencialmente passível
de complicação na fase aguda da quimioradioterapia neoadjuvante ou até mesmo no intervalo
que antecede à cirurgia. No entanto, não é contra-indicação a esta terapêutica. A literatura não
tem qualquer recomendação baseada em segurança da terapia neoadjuvante para tumores
estenosantes de reto e nem relata risco de obstrução. Infere-se que tais complicações não são
comuns, porém os principais trabalhos que avaliaram o tratamento neoadjuvante excluem
pacientes com colonoscopia incompleta, isto é, paciente de risco potencial de obstrução.
Objetivo: Definir qual o risco de complicação obstrutiva dos pacientes com adenocarcinoma de
reto estenosante que se submetem a tratamento neoadjuvante quimioradioterápico. Método:
Estudo de Coorte retrospectivo, baseado em protocolos colhidos prospectivamente: pacientes
com adenocarcinoma retal que foram submetidos a quimioradioterapia neoadjuvante curso
longo de 2012 a 2015. Grupo A são os pacientes cujas lesões retais são transponíveis ao
colonoscópio adulto (12,2mm) e grupo B, intransponíveis. Características como sexo, idade,
localização do tumor, sintomas clínicos de suboclusão, dor abdominal, alteração do hábito
intestinal, estadio pré-neoadjuvante, dose da radioterapia, duração da quimioradioterapia,
tempo de espera para a cirurgia, complicações ocorridas do diagnóstico à cirurgia definitiva, tipo
de cirurgia, estadio pós-operatório e resposta patológica foram as variáveis avaliadas. Testes de
qui quadrado e Fisher foram utilizados para variáveis nominais e t-Student para variáveis
contínuas. Resultados: Setenta pacientes foram incluídos e seis pacientes foram excluídos por
perda de seguimento e falta de dados no protocolo. Assim, 50 pacientes foram incluídos no
grupo A e 14, no grupo B. Os dois grupos não diferiram nas complicações com a terapia
neoadjuvante (grupo A: 4% e grupo B: 21,4%, p=0,065). E quando comparadas as demais
variáveis clínicas e patológicas, não houve qualquer diferença entre os dois grupos. Conclusão:
O estudo demonstra que é seguro fazer terapia neoadjuvante nos pacientes com tumor de reto
estenosante, pois o risco de complicação é semelhante aos tumores transponíveis ao
colonoscópio.
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Código: 44971 Número do Painel: 24
Título: LIPOMA RETAL
Temário: Coloproctologia
Autores: Valdemir José Alegre Salles; Matheus José Maia Pereira; Raphael Bacco Gusmão da
Rocha; Fernanda Matos Pereira Barucci; Marcella Moura Câmara da Silva;
Instituição: HOSPITAL REGIONAL DO VALE DO PARAIBA
Resumo: Paciente J.F.M.N, masculino, 44 anos, admitido no setor de emergência com uma
volumosa tumoração exteriorizada pelo ânus (figura 1 e 2), acompanhado de hemorragia, dor
hipogástrica e parada na eliminação de fezes. Encaminhado para procedimento cirúrgico foi
submetido à ressecção fragmentada por via transanal, cujos fragmentos apresentavam
dimensões que variavam de 5 a 15 cm de extensão no maior eixo. O exame anatomopatológico
demonstrou tratar-se de lipoma submucoso. Os lipomas são neoplasias benignas de origem
mesenquimática, acometendo todo o trato gastrointestinal, sendo que os lipomas colorretais
são encontrados em uma incidência de 0,2% a 0,6% em necrópsias. Em ordem decrescente,
acometem: cólon ascendente, ceco, transverso, cólon descendente, sigmóide e reto. Sua
incidência é 1,5 a 2 vezes mais freqüentes em mulheres, acometendo mais a faixa etária entre a
5ª e 6ª década de vida. Geralmente são assintomáticos sendo os sintomas diretamente
proporcionais ao seu tamanho e as suas complicações, que incluem: a intussuscepção, a
enterorragia e a obstrução intestinal. A exteriorização pelo ânus é uma condição extremamente
rara. A ressecção dos lipomas pode ser realizada pela colonoscopia, através de colotomia ou
mesmo pela colectomia segmentar. A remoção por colonoscopia é o procedimento de escolha
para o caso de lipomas pequenos (menores que 2 cm) e médios (entre 2 e 4 cm), ficando a
ressecção cirúrgica restrita para os casos de lipomas muito grandes, frente as suas complicações
ou quando o diagnóstico diferencial não é seguro.
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Código: 44963 Número do Painel: 25
Título: VARIZ CECAL
Temário: Coloproctologia
Autores: Valdemir José Alegre Salles1; Matheus José Maia Pereira; Raphael Bacco Gusmão da
Rocha; Marcella Moura Câmara da Silva; Mariana Rubez Jehá;
Instituição: HOSPITAL REGIONAL DO VALE DO PARAIBA
Resumo: Paciente do sexo masculino, branco, com 54 anos apresenta episódios recorrentes de
hemorragia digestiva baixa, sem repercussão hemodinâmica, a cerca de um ano. Tem histórico
de etilismo e uso de drogas inalatórias. Submetido a colonoscopia que evidenciou a presença de
varies de ceco de médio e grosso calibre (figura 1 e 2). O encontro de varizes no ceco é raro e
está freqüentemente associado ao acometimento difuso dos demais segmentos cólicos. As
varizes cólicas estão associados com a hipertensão portal, mas também são descritas devido a
esclerose ou trombose das veias mesentéricas ou mesmo à atresia do trato biliar. Para o
diagnóstico das varizes do cólon pode ser empregado a colonoscopia, o enema opaco com duplo
contraste, a angiografia mesentérica, a cintilografia nuclear abdominal, a tomografia
computadorizada abdominal, a angio-tomografia computadorizada abdominal, a cápsula
endoscópica, a eco-endoscopia, e o doppler colorido do fluxo mesentérico. A colonoscopia
continua sendo o melhor método diagnóstico e eventual terapêutico, entretanto a insuflação
cólica durante o exame pode provocar o colapso das varizes, determinando uma menor
efetividade do procedimento, situação que pode ser acentuada durante o evento da hemorragia
aguda associado ao quadro de hipotensão arterial. Várias opções de tratamento da hemorragia
cólica aguda ocasionadas por varizes do cólon têm sido relatados, além do suporte clínico,
métodos endoscópicos, da radiologia intervencionista, à realização de uma colectomia parcial
ou total. O emprego da escleroterapia ou da terapia de embolização, pode ser aplicado,
entretanto é necessário ter cuidado, especialmente com as varizes cecais, devido a possibilidade
de comunicação direta com a veia cava inferior. A escleroterapia ou embolização não deve ser
considerada como o tratamento definitivo, uma vez que não há descompressão do sistema
venoso portal e a causa básica persiste, podendo desencadear o surgimento de veias colaterais.
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Código: 44975 Número do Painel: 26
Título: VÓLVULO SINCRÔNICO DE COLÓN TRANSVERSO E DO SIGMÓIDE
Temário: Coloproctologia
Autores: Valdemir José Alegre Salles; Romolo Pellegrino de Ávila; Fernanda Bonazzi; Marcella
Moura Câmara da Silva;
Instituição: HOSPITAL REGIONAL DO VALE DO PARAIBA
Resumo: Paciente feminina, 89 anos, admitida com quadro de dor abdominal tipo cólica
acompanhada de distensão abdominal e parada de eliminação de gases e fezes, cujo exame
radiológico de abdome demonstrou distensão de colón com imagem em “grão de café”
sugerindo vólvulo de sigmóide (Figura 1), sendo indicado desvolvulação endoscópica. Contava
com o histórico de episódios semelhantes, sendo o primeiro resolvido com sigmóidopexia por
vólvulo de sigmoide a cerca de 2 anos e o segundo com desvolvulação endoscópica. Durante a
internação apresentou piora do estado geral e da distensão abdominal, associado a desconforto
respiratório e instabilidade hemodinâmica, sendo indicado laparotomia exploradora que
evidenciou duplo vólvulo de cólon transverso e sigmóide (Figura 2). O vólvulo colônico é uma
condição na qual o intestino fica torcido sobre o seu eixo mesentérico, resultando em obstrução
parcial ou completa do lúmen intestinal e do suprimento sanguíneo, podendo acarretar em
obstrução ou perfuração. É responsável por 2 a 4% de todos os casos de obstrução do intestino
grosso. O vólvulo no trato gastrointestinal acomete mais freqüentemente o cólon sigmóide com
2/3 dos casos, com ocorrência menos freqüente envolvendo o cólon direito (2%), o íleo terminal
e mais raramente o cólon transverso. Dentre os fatores de risco, principalmente para volvo de
sigmóide destacam-se a constipação crônica, o uso de laxantes e o envelhecimento. Há uma
maior incidência desta condição em pacientes institucionalizados portadores de doenças
neuropsiquiátricas, ou com uso de drogas psicotrópicas que interferem na motilidade intestinal.
O vólvulo ceco-cólico afeta um grupo etário mais jovem, em torno de 50 anos de idade, sendo
responsável por 1/4 dos casos de volvo colônico, resultando de uma falta de fixação do ceco ao
retroperitônio, podendo estar associado a operação prévia, gravidez e lesões obstrutivas do
cólon esquerdo. O vólvulo de cólon transverso é uma condição raríssima e tende a estar
associado a anormalidades como bandas congênitas, lesões obstrutivas distais e gravidez. O
manejo do vólvulo de sigmóide inclui distorção endoscópica seguida de ressecção eletiva,
mesmo que não haja suspeição de isquemia intestinal, justificada devido a alta taxa de
recorrência do quadro que pode chegar a 50%. Caso haja suspeição de sofrimento de alça,
geralmente acompanhada por febre, leucocitose, sinais de irritação peritoneal, acidose e sepse,
a laparotomia exploradora de urgência estará indicada.
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Código: 44436 Número do Painel: 27
Título: TÍTULO: PSORÍASE COMO FATOR DE RISCO NO DESENVOLVIMENTO DE FÍSTULA DE
ANASTOMOSE INTESTINAL - RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Marina Bovaretto Tessari; Alexandre Venâncio de Souza; Cesar Guimarães Prota; Diego
Guimarães Abe; Luiza Szwarc Porto; Luisa Marcella Martins; Guilherme Fonseca;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ
Resumo: INTRODUÇÃO:Fístula digestiva é uma comunicação anormal entre dois órgãos internos
ou entre um órgão interno e a pele. Nos adultos, a maioria é adquirida e apresenta-se no pós-
operatório, sendo que as provocadas por falhas no processo de cicatrização surgem
tardiamente(2,1,4). Entre as várias patologias que cursam com déficit de cicatrização, podemos
citar a psoríase, que é uma dermatose crônica hiperproliferativa imunomediada. É de causa
desconhecida, mas há predisposição genética associada a fatores ambientais, como o trauma
cutâneo. Em sua patogenia há inflamação da derme e hiperproliferação da epiderme, com
alterações nos queratinócitos e na rede vascular que se mantêm até mesmo quando a
inflamação é abolida(3,5). OBJETIVO:Relatar um caso de fístula de anastomose colônica em um
paciente com passado de psoríase e revisão da literatura sobre a associação da psoríase com
déficit de cicatrização. MÉTODO:Revisão da literatura e relato de um caso de fístula de
anastomose. RELATO DO CASO:OMR, 67 anos , HAS controlado, histórico de psoríase controlada
com corticóide tópico(SIC) e até então assintomático. Diagnóstico por colonoscopia de rotina de
adenocarcinoma em ceco, bem diferenciado e estádio II segundo TNM. Submetido à colectomia
direita com íleo-transverso anastomose látero-lateral mecânica. No 5° pós-operatório,
apresentou saída de secreção purulenta e entérica pelo dreno, sendo indicado reabordagem
com laparotomia e identificado fístula por deiscência da linha anastomótica com secreção
entérica localizada e bloqueio inflamatório. Realizado sepultamento do transverso e ileostomia
terminal com lavagem da cavidade. Paciente evoluiu bem, recebeu alta e foi encaminhado ao
ambulatório de coloproctologia para reconstrução da ileostomia. DISCUSSÃO E
CONCLUSÃO:Com base em nossos estudos, evidenciamos que a psoríase cursa com inflamação
da derme e hiperproliferação da epiderme com alterações nos queratinócitos e na rede vascular
que se mantêm mesmo quando cessada a inflamação, sendo viável relacionar o déficit de
cicatrização do portador de psoríase ao potencial risco para desenvolvimento de fístulas. Além
disso, é característico de que as fístulas provocadas por falhas no processo de cicatrização
surjam mais tardiamente, como é descrito no relato. Visto a complexidade do caso e a mínima
literatura sobre tal, concluímos a necessidade de mais estudos para que a psoríase seja
considerada em fator pré-operatório que aumente o risco de desenvolvimento de fístulas.
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Código: 44151 Número do Painel: 28
Título: CANCER COLORRETAL DIAGNOSTICADO A PARTIR DO SREPTOCOCCUS GALLOLYTICUS E
SUA ASSOCIAÇĀO COM ENDOCARTIDE.
Temário: Coloproctologia
Autores: NATALIA BARROS PINHEIRO; RAUL CUTAIT; DANILO DAUD; AMANDA MACHADO
BERNARDO ZIEGLER; FELIPE AKL ATTIE; RAFAEL DE CASTRO SANTANA AROUCA;
Instituição: HOSPITAL SEPACO/ HOSPITAL SALVALUS
Resumo: A associação S. gallolyticus, endocardite e CCR foi documentada pela primeira vez em
1951. Os estudos de 1980 já sugeriam que mais de dois terços de pacientes com endocardite S.
gallolyticus foram posteriormente encontrados com diagnóstico de tumores malignos
gastrointestinais.Demonstrar um caso da associação da infecção com Streptococcus gallolyticus
com endocardite e diagnósticos colonoscópico de câncer colorretal em paciente assintomático
do ponto de vista abdominalPaciente sexo feminino, 84 anos, admitida para internaçao devido
a quadro de lombalgia, realizado hemocultura que revelou Streptococcus gallolyticus, mantida
internaçao e seguimento com infectologista para antibioticoterapia e suporte para dor por
discite. Evolui com endocardite e solicitado colonoscopia para investigação, porem
assintomática do ponto de vista abdominal. Realizado colonoscopia que mostrou pólipo séssil
de cólon ascedente (0,7 cm) e lesão séssil irregular (1,5cm) em sigmóide; ambas foram
ressecadas e a do sigmóide foi tatuada. O exame anatomopatológico mostrou: pólipo de
ascedente- adenoma tubular com displasia de baixo grau; pólipo de sigmóide- adenocarcinoma
moderadamente diferenciado, grau 2, infiltrando submucosa até 2,5mm (pT1); descontinuidade
da camada muscular da mucosa, devido a infiltração neoplásica (tipo B); moderada reação
desmoplásica e leve infiltrado linfocitário peritumoral; presença de budding na profundidade da
lesão; invasão carcinomatosa linfática presente, focal. Invasões venosas/perineurais não
detectadas. Componente de adenoma viloso com displasia de alto grau (atipias intensas)
associado. Limite de ressecção cirúrgica da base da lesão coincidente com neoplasia invasiva.
Tendo em vista o risco da doença residual ou do comprometimento linfonodal de 10-15%, foi
discutida a intidicação de colectomia complementar com a paciente, a família e a equipe
assistente, sendo a conduta definida. Realizado, via laparoscopia hemicolectomia esquerda com
anastomose colorretal término-terminal por duplo grampeamento na altura do promontório,
com colonoscopia intraoperatória: mucosa cólica rósea. Anatomopatologico da peça com
ausencia de neoplasia invasiva no material examinado; mucosa cólica reativa com lesão ulcerada
(mede 1,1 x 0,7 cm) em reparação, correspondendo à área de ressecção endoscópica prévia.
Adenoma tubular no espécime com displasia de baixo grau (atipias leves), diverticulo cólico,
linfonodos livres de neoplasia, com estadiamento final pT1pN0 (00/31).
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Código: 44149 Número do Painel: 29
Título: SARCOMA RETROPERITONEAL EM PACIENTE DO SEXO MASCULINO
Temário: Coloproctologia
Autores: Natalia Barros Pinheiro; Raul Cutait; Danilo Daud; Amanda Machado Bernardo Ziegler;
Felipe Akl Attie; Rafael de Castro Santana Arouca;
Instituição: HOSPITAL SEPACO/ HOSPITAL SALVALUS
Resumo: Os sarcomas de partes moles,são tumores raros e grandes, que representam entre 1 a
2% de todos os tumores sólidos malignos. Já os sarcomas retroperitoniais correspondem a 50%
de todos os tumores retroperitoneais. Demonstrar um caso de sarcoma de pelve, relatado em
paciente do sexo masculino e seu tratamento. Paciente sexo masculino, 71 anos, com historia
de dor e abaulamento em região inguinal direita, discretamente sensível, sem sinais flogísticos.
Realizado TC de abdome e pelve com lesão extensa na parede abdominal, lateral, dirigindo-se à
região inguinal direita, com cerca de 8 cm em seu maior eixo, sendo aventado o diagnóstico de
sarcoma. RNM da pelve mostrou formação lobulada e heterogênea compatível com sarcoma,
apresentando componente cístico e focos hemorrágicos, com área sólida ocupando o canal
inguinal direito, medindo 8,5 cm em seu maior diâmetro e exercendo efeito compressivo sobre
os vasos ilíacos externos, com afilamento da veia ilíaca externa; presença de alguns linfonodos
com até 1 cm nas cadeias ilíaca externa e obturatória. Após ampla discussão indicado
tratamento cirúrgico. Realizado via laparotomia mediana xifopubica sobre incisão anterior, com
achados; aderências, entre alças e com a parede abdominal; massa sólida e lobulada na região
da parede abdominal, envolvendo cordão espermático e fortemente aderida nos vasos ilíacos
externos, a partir dos músculos oblíquos. Realizado secção da musculatura abdominal, a direita
sobre a crista ilíaca, prologando-se para o púbis; secção da musculatura oblíqua na altura da
cicatriz umbilical; secção de pequeno segmento de íleo envolvido pela face posterior do tumor,
com posterior reconstrução através de anastomose manual término-terminal; dissecção
cuidadosa dos vasos ilíacos externos, secção do cordão espermático na altura do anel inguinal
interno e no seu terço médio, sem separá-lo da massa tumoral, completando-se assim a retirada
da peça cirúrgica; O anatomopatológico revelou sarcoma fusocelular de limites imprecisos
infiltrativa em tecido muscular estriado da parede abdominal e seromuscular intestinal – grau
II; moderado pleomorfismo nuclear e estroma focalmente mixóide; áreas multifocais de
necrose; presença de células gigantes multinucleadas compondo a celularidade da neoplasia em
área focal.Com imuno-histoquimica, consistente com sarcoma fusocelular grau II, mas de
histogênese indefinida pelo painel imuno-histoquimico. Evolui bem com alta hospitalar e
seguimento ambulatorial.
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Código: 44416 Número do Painel: 30
Título: ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO POR DIVERTÍCULO DE MECKEL: UM RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Paula Cristina Steffen Novelli; Danielle Campos Pesetto; Danilo Toshio Kanno; Roberta
Laís Mendonça; Daniel Castilho; Enzo Fabrício do Nascimento; Ronaldo Nonose; Carlos Augusto
Real Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: O divertículo de Meckel (DM) resulta de uma obliteração incompleta do
ducto onfalomesentérico entre a 5º e a 7º semana de gestação. O DM é a anomalia congênita
mais frequente do intestino delgado, com uma incidência entre 2% -3%. A grande maioria dos
DM são achados incidentais e são assintomáticos, todavia existe um risco de 5%-6% de virem a
desenvolver alguma complicação ao longo da vida. Em um estudo com 776 doentes com
divertículo de meckel, as complicações encontradas foram: hemorragia gastrointestinal (28%) ,
invaginação (13%), obstrução (11%), perfuração (11%), estrangulamento (8%), diverticulite (6%),
volvo (5%), hérnia de Littré (2%), neoplasia (1%). Objetivos: Relatar um caso raro de diverticulite
aguda e realizar uma revisão bibliográfica sobre este tema. Relato de caso: CNT, mulher, 86 anos,
apresentando dor abdominal difusa com parada de eliminação de gases e fezes há 3 dias, com
queda do estado geral, negava cirurgias anteriores, exame compatível com abdome agudo
obstrutivo. Apresentava nos exames laboratoriais leucocitose e na tomografia de abdome sinais
de abdome agudo obstrutivo devido a processo inflamatório em delgado. Paciente foi
submetida a laparotomia com enterectomia de segmento de íleo apresentando diverticulite de
meckel. A paciente evoluiu bem com alta no 5ºPO. Discussão: O DM é um divertículo verdadeiro,
que localiza-se no bordo antimesentérico do íleo e em 90% dos casos está nos seus 10 cm distais
e cerca de 50% dos diverticulos contém mucosa ectópica, na maioria dos casos é gástrica. O seu
diagnóstico pré- operatório é difícil e excepcional, já que é uma patologia rara e que pode
mimetizar outras causas de abdome agudo. Os DM sintomáticos devem ser submetidos a
ressecção cirúrgica através de enterectomia segmentar ou diverticulectomia, os assintomáticos
encontrados incidentalmente ainda é um dilema que se mantém sem resposta. Conclusão: O
DM é uma patologia rara com uma incidência de complicações baixa e variadas, o que pode
simular outras patologias abdominais.
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Código: 44421 Número do Painel: 31
Título: ABSCESSO DE PAREDE ABDOMINAL SECUNDÁRIO À ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO:
UM RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Paula Cristina Steffen Novelli; Carlos Augusto Real Martinez; Daniel Castilho; Danilo
Toshio Kanno; Roberta Laís Mendonça; Rafael Fernandes Gama; Rodrigo Sader Heck; Bruno
Mirandola Bulisani;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: A moléstia diverticular do cólon é uma patologia decorrente dos hábitos
alimentares da vida moderna: dieta pobre em fibras sua incidência tem crescido nas últimas
décadas. A doença diverticular pode ocorrer em todo o cólon, porém a região mais
frequentemente acometida é o sigmoide e raramente há doença abaixo da reflexão peritoneal.
A doença diverticular do cólon direito, padrão predominante nas populações asiáticas,
raramente acomete a população ocidental. Objetivo: relatar caso de abscesso de parede após
episódio de diverticulite aguda. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino, 54 anos, deu entrada
no serviço com quadro de sinais flogísticos em HE/FE + massa palpável e febre, com antecedente
de diverticulite aguda em sigmóide inclusive com Harttmann prévio. Realizada TC abdome
evidenciado processo inflamatório em àngulo esquerdo, com drenagem de abscesso para
parede abdominal. Drenado o abscesso via percutênea + antibiloticoterapia, com resolução do
quadro. Segue com sobrevida de 1 ano, até o presente momento. Discussão: Perfuração de
divertículos inflamados sigmóide é uma comumcomplicação da doença diverticular , que pode
levar à formação de um abcesso localizado, porém raro em outras localidades dos segmentos
colônicos.Em alguns casos raros, como o apresentado , este processo inflamatório intra-
abdominal podem espalhar-se fora da cavidade abdominal e fazer com que o formação de
abcessos extra- abdominais.
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Código: 44420 Número do Painel: 32
Título: COLITE PSEUDOMEMBRANOSA: RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Paula Cristina Steffen Novelli; Carlos Augusto Real Martinez; Roberta Laís Mendonça;
Danilo Toshio Kanno; Danielle Campos Pesetto; Rafael Fernandes Gama; Rodrigo Sader Heck;
Bruno Mirandola Bulisani;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: A colite pseudomembranosa(CPM) é uma doença infecciosa que surge
geralmente na sequência de antibioterapia prévia causada pelo Clostridium difficile Dos doentes
infectados pelo C. difficile só 1 a 5% desenvolvem colite pseudomembranosa e uma grande
maioria permanece assintomática (2). Objetivo: Relatar caso de paciente internada em nosso
serviço. Relato de caso: Paciente de 56 anos, submetida a apendicectomia, por apendicite aguda
complicada, fez uso de antibioticoterapia adjuvante por 7 dias. Após esse período, evoluiu com
infecção de sítio cirúrgico, recebendo novo tratamento com ATB. Neste tempo, também teve
infecção do trato urinário, sendo medicada. Evoluiu com disenteria, submetida a colonoscopia,
que foi diagnostica. Tratada com metronidazol e vancomicina VO. Sobrevida de 1 ano até o
presente momento. Discussão: os principais fatores de risco para a aquisição de infecção são a
utilização prévia de antibióticos, a gravidade da doença subjacente que obriga ao recurso a
antibioterapia, idade avançada, coexistência de outras patologias como a insuficiência renal, a
insuficiência cardíaca e a hepatopatia crônica, utilização de sonda nasogástrica, utilização de
medicação anti-ácida ou de laxantes, cirurgia abdominal ou quimioterapia prévias, imobilização
prolongada e institucionalização. A infecção por C. difficile é a principal causa de diarreia
associada a antibióticos representando cerca de 20% dos casos (9). Os antibióticos provocam
alteração da flora intestinal normal permitindo a colonização pelo C. difficile que, em condições
apropriadas, através da produção das suas duas toxinas A e B, leva a ocorrência da
sintomatologia. Na literatura os principais antibióticos implicados são a ampicilina, as
cefalosporinas e a clindamicina. Contudo, qualquer antibiótico pode estar envolvido, incluindo
mesmo a vancomicina e o metronidazol que são frequentemente utilizados no tratamento desta
patologia. Os sintomas podem surgir até 8 a 10 semanas após a suspensão da terapêutica
antibiótica . Em conclusão, a Colite Pseudomembranosa é uma importante complicação da
terapêutica com antibióticos, muitas vezes nosocomial, que atinge sobretudo uma faixa etária
mais avançada, com vários factores de risco e que acarreta uma morbilidade e mortalidade
significativas.
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Código: 44413 Número do Painel: 33
Título: LEIOMIOMA PERIANAL: RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Paula Cristina Steffen Novelli; Danielle Campos Pesetto; Danilo Toshio KAnno; Roberta
Laís Mendonça; Daniel Castilho; Enzo Fabrício do Nascimento; Ronaldo Nonose; Carlos Augusto
Real Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: Desde 1872, 168 pacientes com leiomioma retal foram relatados na
literatura mundial. A sua incidência é muito baixa. Estima-se que a incidência seja 1: 2000
tumores retais. Estes são localizados no canal anal e no esfíncter são os mais raros. A maioria
dos pacientes têm uma combinação de sintomas,a mais freqüente delas é a presença de uma
massa, sangramento e constipação. Objetivo: relatar caso de leiomioma retal em nosso serviço.
Relato de Caso: Paciente de 70 anos, com hemorroidectomia há 20 anos, retorna com quadro
de constipação, massa palpável perianal e sangramento. Submetida a ressecção tumoral, com
diagnóstico de leiomioma retal. Segue com sobrevida de 1 ano, até o presente momento.
Discussão: Quase sempre, a cadeia de eventos que levam ao diagnóstico é iniciado quando o
tumor é diagnosticado clinicamenteAcreditamos que esses tumores com um tamanho original
de 5 cm ou mais de diâmetro maior são aqueles que têm demonstrado o maior tendência a
recorrer, principalmente como sarcomas. Por conseguinte, pensa-se que estas lesões devem ser
tratadas radicalmente desde o princípio, especialmente quando eles se repetem. São
necessários estudos de acompanhamento mais adequados.
Contato: [email protected]
Código: 44411 Número do Painel: 34
Título: TUMOR ESTROMAL DE RETO: RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Paula Cristina Steffen Novelli; Danielle Campos Pesetto; Danilo Toshio Kanno; ROBERTA
LAÍS DOS SANTOS MENDONÇA; Ronaldo Nonose; Enzo Fabrício Ribeiro Nascimento; Carlos
Augusto Real Martinez; Daniel de Castilho da Silva;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: Os GIST representam cerca de 80% das neoplasias mesenquimais
gastrintestinais. É a neoplasia mesenquimal mais comum do trato gastrintestinal. O estômago é
o principal local, seguido do intestino delgado e cólon. O GIST de Reto acomete principalmente
homens entre a quarta e a oitava década de vida e as manifestações clínicas são variáveis. O
diagnóstico do GIST pode ser feito por colonoscopia ou ultrasson endoanal com biópsias da
lesão. O diagnóstico de certeza é feito através do painel de imunohistoquímica. Relato do caso:
JS, 59 anos, sexo masculino, procedente de Águas de Lindóia, com queixa de proctalgia há 3
meses acompanhada de hematoquezia, alteração do calibre das fezes e emagrecimento de
15kg. É hipertenso e portador de hiperplasia prostática benigna. Ao exame físico: REG,
desnutrido, anêmico, e no toque retal doloroso com uma tumoração há dois cm da borda anal
com extensão há 7 cm que acometia toda a parede retal e com invasão de próstata. As múltiplas
biópsias foram inconclusivas para carcinoma. Devido ao quadro álgico importante e sintomas de
obstrução intestinal foi optado pela intervenção cirúrgica. A tomografia de pelve evidenciou
uma massa extensa em região pélvica com tumoração acometendo reto, bexiga, vesícula
seminal e próstata. Não havia sinais de doença metastática. A laparotomia confirmou o achado
tomográfico e foi optado por uma Exanteração pélvica total, com derivação urinária com
colostomia úmida. O anátomo-patológico foi descrito como neoplasia mesenquimal, com
extensas áreas de necrose, ulcerando o reto. Foram observadas, quatro mitoses em dez campos
de maior aumento. Ausência de metástases nos seis linfonodos ressecados isolados no
mesocólon. A imunohistoquímica concluiu GIST de reto. O paciente foi encaminhado para a
oncologia e foi indicado Imatinibe como terapia adjuvante. No seguimento ambulatorial o
paciente apresentou metástase hepática em lobo direito do fígado. Foi optado por aumentar a
dose do Imatinibe. Paciente apresentou sobrevida de 16 meses. Discussão: diagnóstico de
certeza é feito através do painel de imunohistoquímica em que é positiva a presença dos
marcadores: C-Kit (CD117) e CD 34, principalmente. O tratamento é a ressecção cirúrgica sem
necessidade de linfadenectomia. No entanto, em tumores considerados irressecáveis ou com
metástases, pode-se optar por terapia neoadjuvante com Imatinibe com intuito de promover
ressecabilidade.
Contato: [email protected]
Código: 44958 Número do Painel: 35
Título: FILAC- FECHAMENTO DA FISTULA ANORETAL COM LASER
Temário: Coloproctologia
Autores: Paulo Boarini; Paulo Azeredo Passos Candelaria; Marcelo R.Boarini; Lucas Rodrigues
Boarini; Claudio de Carvalho Stanzani;
Instituição:
Resumo: FILAC é procedimento cirúrgico novo para o tratamento da fistula anoretal, com
preservação de esfíncter. Neste procedimento, utiliza se energia emitida por uma fibra
conectada a diiodo LASER , causando fechamento primário , através da vaporização e destruição
do trajeto fistuloso. Este estudo piloto, demonstra os resultados nesta segura e efetiva nova
técnica para fistula anorretal, em pacientes com fistula de diferentes etiologias, inclusive em
pacientes com doença inflamatória intestinal ( Crohn)
Contato: [email protected]
Código: 44957 Número do Painel: 36
Título: HELP - DESARTERILIZACAO HEMORROIDARIA A LASER DOPPLER GUIADA
Temário: Coloproctologia
Autores: Paulo Boarini; Marcelo R Boarini; Edgard Mesquita de Lima; Paulo AP Candelaria; Lucas
R.Boarini;
Instituição:
Resumo: Os autores mostram uma nova técnica para tratamento da doença hemorroidária,
através da Desarterilização Hemorroidaria com LASER através da identificação com Doppler, das
arteríolas terminais da arteria retal Esta publicação visa descrever os primeiros 55 casos da
técnica HeLP,realizados no Brasil.Sao quatro anos de seguimento, analisando aspectos clínicos
e funcionais dos pacientes operados, por uma mesma equipe cirúrgica, avaliação dos sintomas
pre e pos operatórios, características da população estudada, descrição da técnica utilizada,
necessidade ou não de anestesia para realização do procedimento e índice de satisfação global
relacionada a tecnica
Contato: [email protected]
Código: 44250 Número do Painel: 37
Título: TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DA ESCALA DE BRISTOL PARA CONSISTÊNCIA
DAS FEZES MODIFICADA PARA CRIANÇAS (“MODIFIED BRISTOL STOOL FORM SCALE FOR
CHILDREN”) PARA A LÍNGUA PORTUGUESA DO BRASIL.
Temário: Coloproctologia
Autores: Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção; Isabelle Stefan de Faria Oliveira; Erika Veruska
Paiva Ortolan; Giovana Tuccille Comes; Wilson Elias de Oliveira Junior; Vanessa Mello Granado
Cassettari; Mariella M. Self;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
Resumo: Introdução: Na prática clínica, nem sempre é fácil obter informações adequadas a
respeito do padrão evacuatório. Na população pediátrica, os desafios para caracterização do
aspecto das fezes são ainda maiores. Desta forma, é de fundamental importância a utilização de
uma ferramenta adaptada para a linguagem e entendimento do público infantil. A Escala de
Bristol para Consistência de Fezes Modificada para Crianças (“modified Bristol Stool Form Scale
for Children – mBSFS-C”) foi recentemente criada e propõe a redução do número de tipos de
fezes da Escala de Bristol original, de 7 para 5, e uma adaptação da linguagem utilizada nos
descritores. O uso desta escala foi validado nos EUA, mas para que possa ser utilizada em países
que possuam outros idiomas, é mandatória a realização de um processo de tradução e
adaptação transcultural. Objetivo: Realizar o processo de tradução e adaptação transcultural da
mBSFS-C para a língua portuguesa do Brasil. Métodos: Este processo foi realizado segundo
metodologia aceita internacionalmente, proposta por Beaton et al., 2002, composta por seis
etapas: 1) tradução da escala para a língua portuguesa por dois tradutores bilíngues, cuja língua
materna é a portuguesa; 2) síntese destas traduções; 3) retro-tradução da versão de síntese para
a língua inglesa, realizada por dois tradutores cuja língua materna é o inglês e que não
conheciam a versão original da escala; 4) análise das escalas traduzidas e confecção de uma
versão pré-final em português; 5) aplicação desta versão em um grupo de 73 crianças e avaliação
do grau de compreensão; 6) análise dos resultados e elaboração de versão final da escala
traduzida. Resultados: Todas as questões atingiram no máximo 15% de valores considerados de
compreensão insuficiente. Estes resultados foram discutidos e estabeleceu-se a versão final.
Conclusão: A versão final da escala, traduzida e adaptada à língua portuguesa do Brasil, tem
como descritores para os tipos de fezes: Tipo 1: bolinhas bem duras, separadas umas das outras
e difíceis de sair; Tipo 2: uma massa dura com pelotas; Tipo 3: uma banana macia e suave; Tipo
4: pedaços moles e irregulares, um cocô mole; Tipo 5: cocô sem pedaços sólidos, tipo água.
Financiamento: processo nº 2015/03649-3, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP). As opiniões, hipóteses e conclusões ou recomendações expressas neste
material são de responsabilidade dos autores e não necessariamente refletem a visão da
FAPESP.
Contato: [email protected]
Código: 44384 Número do Painel: 38
Título: TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA FECAL NA INFÂNCIA: EXPERIÊNCIA DA APLICAÇÃO DE
UM PROTOCOLO DE MANEJO INTESTINAL.
Temário: Coloproctologia
Autores: Pedro Luiz Toledo de Arruda Lourenção; Giovana Tuccille Comes; Marcos Curcio
Angelini; Wilson Elias de Oliveira Junior; Vanessa Mello Granado Cassetari; Natália Augusto
Benedetti; Erika Veruska Paiva Ortolan;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
Resumo: Introdução: Na infância, duas formas de incontinência fecal são descritas: a
pseudoincontinência ou incontinência retentiva, típica de crianças com constipação intestinal,
que se dá pelo transbordamento de fezes acumuladas, e a incontinência não-retentiva, ou
verdadeira, causada por alterações orgânicas nos mecanismos de controle do esfíncter anal ou
da motilidade colônica, típica de crianças com lesões da medula espinhal, malformações
anorretais ou submetidas a ressecções colônicas. O protocolo de manejo intestinal proposto por
Bischoff et al., 2009 vem se tornando uma referência para o tratamento desta condição em
crianças. Objetivo: Descrever a experiência no tratamento de crianças com incontinência fecal
através da aplicação deste protocolo. Metodologia: No período de 12 meses, 12 crianças com
incontinência fecal, portadoras de continência fecal pobre pelo Escore de Templeton &
Ditesheim (1985), foram classificadas em 2 grupos: “incontinência verdadeira” e “incontinência
retentiva” e submetidas à desimpactação fecal e exame radiológico contrastado do cólon, para
determinação da capacidade volumétrica e aspecto morfológico. Os casos de “incontinência
verdadeira” foram subdivididos em “perdas associadas à constipação” ou “associadas à
hipermotilidade colônica”. Estes casos foram tratados através de lavagens intestinais diárias,
realizadas pela própria mãe, em ambiente domiciliar. O volume e o tipo de solução utilizada
dependiam dos resultados do exame contrastado: os “associados à constipação” utilizavam
solução fisiológica com glicerina e os “associados à hipermotilidade” solução fisiológica em
conjunto com loperamida por via oral. Os casos de incontinência retentiva, após a
desimpactação fecal, foram tratados com medicações laxativas. A dose e o tipo de laxantes
(senosídeos ou PEG) foram determinados em reavaliações clínicas e radiológicas diárias, por
pelo menos 7 dias. Resultados: 7 crianças foram classificadas como “incontinência verdadeira”,
3 associadas à constipação (mantidas com lavagens diárias, sem perdas fecais) e 4 associadas à
hipermotilidade colônica (2 mantidas somente com loperamida via oral, 1 com perdas semanais,
e 2 com lavagens intestinais diárias, sem perdas). 5 pacientes foram classificados como
“incontinência retentiva”, todos mantidos com medicações laxativas, sem perdas fecais.
Conclusão: Este protocolo mostrou-se aplicável e com resultados promissores para o
tratamento da incontinência fecal na infância.
Contato: [email protected]
Código: 44925 Número do Painel: 39
Título: DISFUNÇÃO HEPÁTICA POR ANTI-TNF: RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Pietro Dadalto Oliveira; Idblan Carvalho de Albuquerque; Renata Bandini Vieira;
Galdino José Sitonio Formiga;
Instituição: HOSPITAL HELIÓPOLIS
Resumo: Introdução: Adalimumabe (ADA) é um anticorpo monoclonal da classe IgG1 totalmente
humano contra o TNF-alfa, eficaz para o tratamento da doença inflamatória intestinal (DII)
moderada e grave. Reações adversas aos anti-TNF são relatadas durante o tratamento dos
pacientes com DII, entre elas a hepatotoxicidade. Relato de caso: Masculino, 20 anos, branco.
Há três anos com diagnóstico de doença de Crohn (DC) penetrante, e em pós-operatório tardio
de laparotomia exploradora com ileocolectomia, fechamento do cólon ascendente e ileostomia
terminal por fístula êntero-vesical, em seguimento no Ambulatório de DII e uso de ADA
80mg/mês há oito meses. Há duas semanas, apresentou queixa de fraqueza e icterícia. Fez uso
prévio de Infliximabe por um ano e seis meses, suspenso por alteração na função hepática. Não
há história familiar para doenças hepáticas. Ao exame físico, afebril e ictérico (2+/4+). Exames
complementares mostravam aumento de bilirrubinas, enzimas hepáticas e canaliculares. Com o
diagnóstico de hepatotoxicidade por ADA, foi então suspensa à medicação. Discussão: As opções
terapêuticas para o tratamento medicamentoso da DC incluem os derivados salicílicos,
corticosteroides, antibióticos, imunomoduladores ou imunossupressores e os biológicos. Os
agentes biológicos são efetivos para a indução e manutenção da remissão clínica. No entanto,
estão associados com complicações e efeitos adversos. As complicações durante a terapia com
ADA são as infecções, principalmente a tuberculose e o herpes zoster. A hepatotoxicidade pode
ocorrer por reações idiossincráticas ou de hepatotoxinas intrínsecas. A exposição ao ADA tem
pouca relação com a disfunção hepática no entanto, quando ela acontece deve-se fazer
diagnóstico diferencial e suspender a medicação. Conclusão: Esse relato demonstra que a
disfunção hepática ao anti-TNF foi um evento relacionado a classe do medicamento. Sendo
portanto, necessário um rigoroso acompanhamento clínico e laboratorial nos pacientes
expostos a terapia biológica.
Contato: [email protected]
Código: 44923 Número do Painel: 40
Título: LEIOMIOMA DE LOCALIZAÇÃO PERIANAL: TOPOGRAFIA RARA
Temário: Coloproctologia
Autores: Pietro Dadalto Oliveira; Fernanda Belotti Formiga; Bruna Fernandes dos Santos; Lucas
Rodrigues Boarini; Galdino José Sitonio Formiga; Anderson da Costa Lino Costa;
Instituição: HOSPITAL HELIÓPOLIS
Resumo: Introdução: Os leiomiomas são tumores da musculatura lisa podendo ocorrer nos
locais onde essas fibras estão presentes, sendo rara a localização anorretal. Na maioria dos casos
os pacientes são assintomáticos, sendo comumente achados de exame de imagem. A
recomendação terapêutica é a ressecção tumoral e o seguimento pós-operatório. Objetivo:
Descrever o diagnóstico de leiomioma em topografia rara. Relato do caso: Mulher, 38 anos,
negra. Há um ano, apresentou abaulamento em região perianal direita, de crescimento lento e
progressivo. Negava alteração do hábito intestinal, dor local, hematoquezia, puxo ou tenesmo.
Ao exame proctológico, apresentava nodulação fibroelástica, regular, móvel, indolor, com 10cm
de diâmetro em região perianal à direita, próxima à borda anal. Realizou ultrassonografia de
partes moles que identificou imagem nodular, sólida, hipoecogênica e discreta vasculariação em
parte superficial perianal e glútea direita, não envolvendo musculatura adjacente. Foi então
submetida à ressecção completa do tumor perianal via perineal, em posição ventral. O laudo
histológico e imuno-histoquímico revelaram se tratar de leiomioma, com achado positivo para
actina e desmina e negativo para CD34 e CD117 (c-kit). Discussão: O leiomioma retal representa
menos que 0,1% dos tumores do reto e raramente é encontrado em partes moles,
principalmente em localização perianal. Na literatura, é escasso o achado do leiomioma nessa
topografia: descreve-se casos isolados, sendo a apresentação mais comum, uma tumoração
indolor perianal. Toda tumoração perianal necessita de diagnóstico definitivo dado o
diagnóstico diferencial com tumores malignos do canal anal, margem anal e reto. Deve-se
realizar o exame proctológico, podendo utilizar exames complementares para auxiliar no
diagnóstico da lesão, como tomografia computadorizada, ressonância magnética,
ultrassonografia e colonoscopia, mas a análise histológica é necessária para confirmação
diagnóstica. Assim, a ressecção completa da lesão é diagnóstica e terapêutica. Considerações
finais: Todas as lesões perianais necessitam de diagnóstico definitivo. A biópsia excisional é o
padrão ouro das lesões circunscritas tumorais e o achado de leiomioma é raro nesta topografia.
Contato: [email protected]
Código: 44406 Número do Painel: 41
Título: ADENOCARCINOMA DE CÓLON TRANSVERSO COM TUMOR ESTROMAL EM DELGADO EM
PACIENTE COM 40 ANOS: RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Rafael Fernandes Gama; Danielle Campos Peseto; Roberta Laís dos Santos Mendonça;
Danilo Toshio Kanno; Daniel Castilho; Ronaldo Nonose; Enzo Fabrício Ribeiro Nascimento; Carlos
Augusto Real Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: O carcinoma colorretal é a terceira neoplasia maligna mais frequente em
homens e a segunda mais frequente em mulheres no mundo. No Brasil, esse é terceiro tipo mais
comum de câncer, sendo previstos cerca de 30 mil novos casos para o ano de 2013. A incidência
de carcinoma colorretal por 100 mil/habitantes, nos Estados Unidos decaiu nas últimas décadas,
o que era 60.5 em 1976 para 46. O índice de mortalidade também decaiu quase 35% entre 1990
e 2007. Pelo fato de indivíduos mais jovens julgarem-se portadores de enfermidades de pequena
relevância clínica, o período entre o início dos sintomas e o diagnóstico pode ser estendido.
Relato do caso: Mulher, 37 anos, branca. Dor abdominal difusa do tipo cólica, e hematoquezia,
associado ao quadro de perda de peso, aproximadamente 8 kg, há 10 meses. Como
antecedentes: duas cesarianas negava comorbidades, uso de medicações ou alergia. Não sabia
referir histórico familiar, pois é filha adotiva. Exame colonoscópico apresentou tumor em cólon
transverso com resultado AP de adenocarcinoma moderadamente diferenciado de cólon. Foi
submetida da colectomia total com ileorretoanastomose e ressecção de implante em delgado
que veio com resultado AP de Tumor Estromal. A paciente evoluiu bem, com alta no 5ºPO.
Discussão: Embora a frequência do câncer colorretal seja maior na sexta e sétima década de
vida, a incidência desta patologia abaixo dos quarenta anos de idade não é desprezível. Na
literatura a frequência varia de 2,1% a 14,6% dos casos. Pacientes jovens tendem a apresentar
no momento do diagnostico doença avançada, isto deve-se ao atraso diagnóstico. Estima-se que
a partir dos primeiros sintomas até o momento do diagnostico é de aproximadamente 7 meses,
pois sintomas como sangramento, são normalmente atribuídos devido a doenças benignas e
normalmente não se é prosseguido com investigação endoscópica. Ressalta-se a necessidade de
se investigar outras condições associadas ao desenvolvimento de câncer nestes pacientes como
polipose adenomatosa familiar, Síndrome de Lynch, e doenças inflamatórias intestinais. O
tratamento de escolha é colectomia do seguimento acometido associado a linfadenectomia em
bloco, se for observado no intra operatório presença de outros linfonodos suspeitos porém de
outro seguimento deve-se estender a ressecção para retirada destes.
Contato: [email protected]
Código: 44405 Número do Painel: 42
Título: DIAGNÓSTICO DE POLIPOSE FAMILIAR DEVIDO A FERIMENTO POR ARMA DE FOGO
Temário: Coloproctologia
Autores: Rafael Fernandes Gama; Danielle Campos Peseto; Roberta Laís dos Santos Mendonça;
Danilo Toshio Kanno; Daniel Castilho; Ronaldo Nonose; Enzo Fabrício Ribeiro Nascimento; Carlos
Augusto Real Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: A Polipose adenomatosa familiar (PAF) é um síndrome causada por
mutação no gene APC, responsável por 1% de todos os casos de câncer colorretal. O diagnóstico
de PAF é feito pela colonoscopia cujo o achado é a presença de inúmeros pólipos
adenomatosos.Como virtualmente todos os pacientes com PAF desenvolverão carcinoma em
torno dos 40 anos, a cirurgia profilática deve ser indicada2. As duas opções cirúrgicas,
colectomia total com ileorretoanastomose (IRA) ou proctocolectomia total com bolsa ileal são
as principais escolhas. Objetivo: Relatar um caso de PAF diagnosticado após ferimento por arma
de fogo (FAF). Relato de Caso: Homem branco, 40 anos, natural de Braganca Paulista, vítima de
FAF em transição tóraco-abdominal esquerda, com orifício de entrada em 6º arco costal, sem
orifício de saída. Ao exame: estável hemodinamicamente, ausculta abolida em hemitorax
esquerdo e dor abdominal difusa à palpação, com sinais de peritonite. Submetido a drenagem
torácica devido a hemopneumotórax e na laparotomia exploradora identificado peritonite fecal
e lesão de 2cm em transverso. Optado por transversostomia em alça no local da perfuração da
lesão. Com o objetivo de reconstruir o trânsito intestinal, foi solicitado colonoscopia pré-
operatória cujo achado foi de inúmeros pólipos adenomatosos por todo cólon. Pesquisado
tumores extra-colônicos e manifestações benignas que foram negativos. Solicitado investigação
de familiares com identificação de polipose em 3 irmãos. Devido ao pouco acometimento de
pólipos no reto e no cólon distal, optou-se pela colectomia total com ileorretoanastomose.
Discussão: a colonoscopia nesse caso permitiu o diagnóstico de PAF nessa família, com a
identificação do caso“ índice”. Há três diferentes formas de apresentação da PAF: profusa,
esparsa e atenuada. Essas variações fenoptípicas ocorrem devido à localização e do tipo de
mutação ocorrida no gene APC. Na forma atenuada, como no nosso caso, a mutação ocorre nos
éxons 4,5, 9 e 15. Mutações no éxon 9 caracteriza-se por um fenóptico menos grave,
acometendo preferencialmente o cólon proximal, com manifestações por volta dos 40 anos,
sem acometimento do reto e lesões gastroduodenais.
Contato: [email protected]
Código: 44404 Número do Painel: 43
Título: NEUROFIBROMATOSE DE VON RECKLINGHAUSEN ASSOCIADA A ADENOCARCINOMA
COLORRETAL: RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Rafael Fernandes Gama; Roberta Laís dos Santos Mendonça; Danilo Toshio Kanno;
Daniel Castilho; Ronaldo Nonose; Enzo Fabrício Ribeiro Nascimento; Carlos Augusto Real
Martinez; Danielle Campos Peseto;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: A neurofibromatose, descrita inicialmente em 1882 por Von
Recklinghausen, é uma doença genética caracterizada por uma anormalidade neuroectodérmica
e por manifestações clínicas de envolvimento sistêmico e progressivo, que acomentem
principalmente a pele, o sistema nervoso, ossos, olhos e eventualmente outros órgãos, podendo
apresentar uma grande diversidade de manisfestações que variam de indivíduo para outro. A
associação de neurofibromatose com neoplasia colorretal, apesar de descrita é uma
possibilidade rara na literatura. Objetivo: relatar um caso de paciente com neurofibromatose de
Von Recklinghausen com neoplasia de cólon. Relato do Caso: NTT, homem, 70 anos, oriental de
ascendência japonesa, procurou o serviço médico devido a queixa de hematoquezia e alteração
do hábito intestinal associado a perda ponderal. Ao exame físico apresentava lesões ao longo
do corpo com pedículos cutâneos e manchas em café-com-leite em dorso. O exame
colonoscópico demonstrou lesão ulcerada vegetante em transição retossigmoideana de 3cm há
18cm da borda anal. O paciente foi submetido a biópsias das lesões de pele que confirmaram
neurofibromatose, e, foi estadiado para neoplasia colorretal. E, aguarda cirurgia eletiva.
Discussão: Existe dois tipos de Neurofibromatose (NF), a do tipo NF1 relacionada ao
cromossoma 17 e o NF2 relacionado ao cromossoma 22. A NF é uma condição geralmente
assintomática. O grande fato é que nos paciente portadores de NF1 apresentam grande risco de
transformação maligna em neurossarcoma e possuem risco aumentado de desenvolverem
outros tipos de tumores, devido a mutação do gene supressor de tumor NF1.
Contato: [email protected]
Código: 44956 Número do Painel: 44
Título: RELATO DE CASO - HAMARTOMA CÍSTICO RETRORETAL, DIAGNOSTICADO E TRATADO NO
HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO PIERRO, CAMPINAS - SP
Temário: Coloproctologia
Autores: Regina Greilberger Ribeiro; Guilherme Zupo Teixeira; Antônio José Tibúrcio Alves
Júnior; Luciane Hiane de Oliveira; Sérgio Oliva Banci; Joaquim Simões Neto; Odorino Hideyoshi
Kagohara; José Alfredo Reis Júnior; José Alfredo Reis Neto;
Instituição: CLÍNICA REIS NETO
Resumo: INTRODUÇÃO: Hamartoma cístico retroretal é uma lesão benigna congênita rara, de
padrão geralmente multicístico, que acomete usualmente mulheres de meia idade. Acredita-se
que essa alteração seja derivada dos remanescentes embrionários pós-anais do intestino
(intestino posterior). O risco de malignidade do hamartoma cístico retroretal é raro, tendo como
principais padrões as neoplasias do tipo adenocarcinoma e tumores neuroendócrinos de
diversos graus. OBJETIVO: Relatar um caso de harmatoma cístico retroretal. MÉTODO: Relato de
caso de harmatoma cístico retroretal diagnosticado e tratado no Hospital e Maternidade Celso
Pierro. Foram registrados os dados como: idade, sexo, achados clínicos e de imagem,
procedimento cirúrgico, análise macro e microscópica. RESULTADOS: M.C.S., 27 anos, sexo
feminino, com queixa de secreção constante em região perianal, com histórico cirúrgico, há 3
anos, de abscesso na mesma localização, devido à tumor pré-sacral abaulando o reto .
Reabordagem cirúrgica há 2 anos para retirada de lesão sólida cística com características iguais
à anterior, sendo submetida à nova cirurgia de acesso posterior para retirada de tumoração pré-
sacral recidivante, com orifício externo localizado na região perianal. Macroscopia: massa
irregular de tecido castanho esbranquiçado, elástico, pesando cerca de 37g, com dimensões de
8 x 4.5 x 2.5 cm, apresentando trajeto fistuloso e mostrando na superfície de corte, pequenas
cavidades císticas medindo até 0,5 cm de diâmetro. Microscopia: os cortes histológicos
mostraram fragmentos de tecido fibroconjuntivo denso, apresentando cavidades císticas
revestidas ora por epitélio escamoso estratificado, ora por epitélio glandular cúbico e por vezes
mucinoso. Presença de moderado infiltrado linfocitário em áreas e alguns macrófagos
xantomatosos. Foram observados também, trechos de fibrose e tecido muscular esquelético.
Ausência de sinais de malignidade no material analisado, com conclusão diagnóstica de
hamartoma cístico retroretal (pré-sacral), associado a processo inflamatório crônico fistulizado.
CONCLUSÃO: Conclui-se que o hamartoma cístico retroretal constitui lesão rara congênita
benigna, que acomete principalmente mulheres de meia idade, cujo diagnóstico baseia-se no
exame físico aliado a exames de imagem e na cirurgia com retirada total da lesão, prevenindo
infecções, recorrências futuras e malignização em adenocarcinoma ou tumores carcinóides, que
embora pouco comuns na evolução da doença, são possíveis.
Contato: [email protected]
Código: 44954 Número do Painel: 45
Título: RELATO DE CASO - LIPOSSARCOMA ABDOMINAL DIAGNOSTICADO E TRATADO NO
HOSPITAL E MATERNIDADE CELSO PIERRO, CAMPINAS - SP
Temário: Coloproctologia
Autores: Regina Greilberger Ribeiro; Guilherme Zupo Teixeira; Antônio José Tibúrcio Alves
Júnior; Luciane Hiane de Oliveira; Sérgio Oliva Banci; Joaquim Simões Neto; Odorino Hideyoshi
Kagohara; José Alfredo Reis Júnior; José Alfredo Reis Neto;
Instituição: CLÍNICA REIS NETO
Resumo: INTRODUÇÃO: O lipossarcoma é o tumor mesenquimal mais comum do espaço
retroperitonial, sendo um tumor de células adiposas que corresponde a cerca de 20% de todas
as neoplasias mesenquimais encontradas em adultos e até 41% dos sarcomas do retroperitônio.
Subtipos histológicos: bem diferenciado, mixóide, de células redondas, pleomórfico e
indiferenciado, com prognóstico relacionado à classificação histológica. Pacientes, geralmente,
assintomáticos no início da doença. A tomografia computadorizada é utilizada para avaliação do
retroperitônio ou cavidade abdominal, permitindo a identificação da localização do tumor, e a
avaliação de lesões metastáticas. OBJETIVO: Relatar um caso de lipossarcoma abdominal.
MÉTODO: Relato de caso de lipossarcoma abdominal diagnosticado e tratado no Hospital e
Maternidade Celso Pierro. Foram registrados os dados como: idade, sexo, achados clínicos e de
imagem, procedimento cirúrgico, análise macro e microscópica do tumor e evolução da
paciente. RESULTADOS: P.G., 48 anos, sexo feminino, com queixa de náusea, vômitos e aumento
do volume abdominal, apresentando ao exame físico: abdome flácido, distendido e tumoração
palpável em flanco esquerdo. Ultrassom de abdome com imagem nodular heterogênea
ocupando grande parte da cavidade abdominal. TC de abdome com volumosa lesão expansiva
abdominal intraperitoneal estendendo-se do epigastro ao hipogastro, provocando significativo
deslocamento de alças intestinais e estruturas ginecológicas, bem como ramos mesentéricos e
veias ovarianas à esquerda. A paciente foi submetida à cirurgia, na qual realizou-se exérese de
tumor intratroperitoneal, associada a histerectomia e colecistectomia, por tumoração
intracavitária, miomatose uterina e colecistite. Macroscopia observou massa tumoral de
10,015kg, medindo 38x33x12cm, de aspecto bocelado, irregular, revestido parcialmente por
cápsula fibrosa e de consistência fibroelástica. Microscopia com neoplasia de tecido adiposo
com células do tipo lipoblastos interpostas. Imunohistoquímica revelou tumor que se tratava de
lipossarcoma de baixo grau. CONCLUSÃO: No caso relatado a ressecção cirúrgica mostrou-se
eficaz no tratamento, não havendo indícios de recidiva após um ano de seguimento.
Considerando-se a raridade de lipossarcomas de localização intraperitonial, optou-se pelo relato
de caso, a fim de aumentar a descrição da doença na literatura, auxiliando no melhor
entendimento das características clínicas, tratamento e evolução do lipossarcoma abdominal.
Contato: [email protected]
Código: 44408 Número do Painel: 46
Título: CARCINÓIDE DE APÊNDICE CECAL: RELATO DE DOIS CASOS
Temário: Coloproctologia
Autores: Rodrigo Sader Heck; Danielle Campos Peseto; Danilo Toshio Kanno; Roberta Laís dos
Santos Mendoça; Daniel de Castilho da Silva; Ronaldo Nonose; Enzo Fabrício Ribeiro
Nascimento; Carlos Augusto Real Martinez;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: o tumor carcinóide é neoplasia neuroendócrina mais comum,
apresentando bom prognóstico que acomete o trato gastrointestinal, principalmente: íleo
terminal, apêndice cecal e reto. Geralmente, seu diagnóstico é feito através do estudo
anatomopatológico e painel imunohistoquímico, pois na maioria dos casos, a patologia mostra-
se como achado de exame. Vale destacar que o quadro clínico é silencioso, exceto nos casos de
síndrome carcinóide, no qual apresenta sintomatologia clínica em casos metastáticos ou lesões
tumorais de grande volume. Relato de caso 1: J.L. 26 anos, sexo masculino, solteiro, procedente
de Piracaia, procurou o Pronto Socorro devido a quadro de abdome agudo obstrutivo, portador
de paralisia cerebral, epilepsia, em uso de fenitoina 100mg/dia. A radiografia simples de abdome
sugeria volvo de sigmoide. Foi submetido a laparotomia exploradora, na qual foi identificado
volvo de megassigmoide sem sofrimento vascular e pequena quantidade de liquido livre. Foi
optado por realizar retossigmoidectomia com sepultamento do coto distal e ostomia proximal,
juntamente a apendicectomia de oportunidade. Paciente evoluiu sem intercorrências e recebeu
alta 3ºPO. No seguimento ambulatorial o anatomopatológico confirmou megacólon e tumor
carcinóide de apêndice restrito a mucosa, foi então solicitado painel imunohistoquímico e
confirmado diagnóstico. Relato de Caso 2: MGRA, mulher, 60 anos, com quadro de abdome
agudo inflamatório compatível com apendicite aguda com 3 dias de história, foi submetida a
apendicectomia com alta no 2ºPO. E, no resultado AP veio conclusivo para carcinóide de
apêndice com imunoistoquímica compatível. Não foi proposta terapia adjuvante para nenhum
dos pacientes, pois laudo anatomopatológico demonstrou margens livres com neoplasia restrita
localmente. Discussão: A terapia de escolha para o tumor carcinóide é a ressecção cirúrgica com
margens livres e a terapia adjuvante tem boa resposta com sobrevida de 67% em cinco anos.
Contato: [email protected]
Código: 44410 Número do Painel: 47
Título: LIPOMA DE CÓLON DIREITO: RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Rodrigo Sader Heck; Danilo Toshio Kanno; Roberta Laís dos Santos Mendonça; Ronaldo
Nonose; Enzo Fabrício Ribeiro Nascimento; Carlos Augusto Real Martinez; Daniel Castilho;
Danielle Campos Peseto;
Instituição: UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
Resumo: Introdução: os lipomas são tumores não epiteliais benignos, raros, que podem ser
encontrados ao longo de todo trato gastrointestinal. Está localizado mais comumente no cólon
direito, seguido pelo ceco, cólon transverso, cólon esquerdo e, por último, sigmoide. Mais de
70% destes localizados no cólon direito. Lipomas do cólon são mais comuns no sexo feminino,
com idade média de 50 anos e com uma predileção para o cólon direito. A incidência varia entre
0,2% a 4,4% e o tamanho pode variar de 2mm até 30cm. Apresentam-se como uma massa
polipoide séssil, originária da submucosa com a mucosa intacta. Raramente são pedunculados,
com lesões ulceradas ou necróticas na mucosa sobrejacente. Geralmente assintomáticos e
diagnosticados incidentalmente durante uma colonoscopia ou cirurgia. Os sintomas são
correlacionados com a dimensão do lipoma, ocorrendo em 25% dos pacientes e em 75% quando
maiores que 4cm. Os sintomas são vagos: dor abdominal, alterações nos hábitos intestinais e
raramente se manifestam como hemorragia gastrointestinal, perfuração ou obstrução. Os
lipomas gigantes, maiores que 4cm, são os tumores benignos mais comuns no cólon que causam
intussuscepção. Os lipomas sintomáticos, apesar de incomuns, continuam a apresentar
dificuldades no diagnóstico diferencial pré-operatório entre tumores malignos e benignos. O
diagnóstico é feito por exames de imagem, colonoscopia ou cirurgia. A diferenciação de
processos malignos é o principal desafio antes da ressecção cirúrgica. Apesar das inovações
diagnósticas recentes, tem sido relatado que a precisão do diagnóstico pré-operatório total é de
apenas 62%. Relato do Caso: MEPB, mulher, 73 anos com queixa de dor abdominal difusa em
cólicas há 6 meses, sem alteração do hábito intestinal ou perda ponderal. AP: HAS,
coronariopata, hipotiroidea, a colonoscopia evidenciava lesão subepitelial de 5cm em cólon
direito. Paciente foi submetida a Colectomia Direita com Ileotransversoanastomose. Está no
3ºmês PO com sem queixas. Discussão: a ressecção cirúrgica é a melhor escolha de tratamento
para lipomas grandes ou sintomáticos. O tratamento cirúrgico inclui a ressecção, colotomia com
excisão local, ressecção do cólon limitada, ressecção segmentar, colectomia ou colectomia
subtotal. A escolha de qualquer uma das intervenções cirúrgicas depende do tamanho do
lipoma, localização, e a presença ou ausência de diagnóstico de doenças ou complicações pós-
operatórias definidas.
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Código: 44977 Número do Painel: 48
Título: CIRURGIA ORIFICIAL CLÁSSICA INADVERTIDA EM DOENÇA DE CROHN PERIANAL -
EVOLUÇÃO SOMBRIA
Temário: Coloproctologia
Autores: Mariana Sousa Prado; Rafael Martins Steffen; Marina Brandão Magalhães Manaia;
Sandra Di Felice Boratto; Carlos Eduardo Rodante Corsi; Matheus Polly; Gabriela Tognini Saba;
Alexandra Messa Cirlinas; Gustavo Fitas Manaia;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC
Resumo: INTRODUÇAO: As doenças oriiciais proctológicas (DOP), como doença hemorroidária,
fístula anorretal e fissura anal, têm alta prevalência na população em geral,com sinais e sintomas
que muitas vezes se confundem.O tratamento da DOP, na maioria dos casos, é cirúrgico,
principalmente naqueles cujo tratamento clínico não foi resolutivo. Além disso, o anus também
é acometido por diversas outras doenças malignas e benignas cujos sintomas são facilmente
confundidos ou relacionados às doenças previamente descritas. Dentre as possibilidades de
acometimento anal, a doença inflamatória intestinal tem uma forma de desenvolvimento
perianal causando plicomas, fissuras e fístulas múltiplas que conferem gravidade à doença,
comprometem o prognóstico e têm tratamento cirúrgico diferenciado das doenças oriiciais
clássicas. Relatamos o caso de duas pacientes operadas como DOP clássica, com evolução de
retardo cicatricial que só se corrigiu após o diagnóstico e o tratamento adequado para doença
de Crohn (DC). RELATO DE CASO: Feminino, 31 anos, teve fístula perianal operada em outro
serviço proctológico há três anos. Desde então, permaneceu com ferida operatória aberta,
secretante, profunda e incapacitante e diarreia leve. Feito diagnóstico de DC, iniciou-se
tratamento com anti-TNFe procedimentos cirúrgicos adequados para orientar a cicatrização. No
quinto mês de pós operatório, apresenta redução da ferida operatória em 70%. Feminino, 35
anos, submetida a hemorroidectomia em outro serviço há três anos, sem sintomas intestinais.
Evoluiu com plicomas numerosos na região perianal, endurecidos e dolorosos, retrações
cicatriciais no canal anal, secreção anal purulenta, encarceramento da musculatura anal pelas
retrações, áreas cruentas secretivas e episódios diários de soiling. Diagnosticada com DC
perianal devido a evolução pós-operatória, foi submetida a cirurgia de ressecção dos plicomas,
curetagem das áreas cruentas, liberação das retrações cicatriciais e concomitante uso de anti-
TNF. Teve evolução excelente com total desaparecimento das sequelas anatômicas e funcionais
em 30 dias.DISCUSSAO: Pacientes com DC perianal, quando tratados cirurgicamente como uma
DOP primária, têm evolução pós-operatória ruim, falha grave na cicatrização, sequelas
anatômicas e funcionais irreversíveis e muitas vezes mutilantes. Quando ocorrem, essas
cirurgias estão relacionadas a equívoco diagnóstico.
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Código: 44965 Número do Painel: 49
Título: DOENÇA DE CROHN DUODENAL - RELATO DE 2 CASOS
Temário: Coloproctologia
Autores: Mariana Souza Marinho; Cassia Nascimbem; Sandra Di Felice Boratto;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC
Resumo: INTRODUÇÃO: A Doença de Crohn (DC) duodenal é rara e pouco documentada. Estima-
se que represente 0,5 - 4% dos casos de DC. O tratamento é clínico, mas abordagem cirúrgica é
indicada para complicações. O trabalho descreve dois casos de DC duodenal isolada, um com
malignização. CASO 1: Sexo masculino, 42 anos. Queixa de dor abdominal, inapetência, vômito,
diarreia e febre. Ao exame, descorado, hipotenso. Abdome escavado e doloroso difusamente.
Diagnosticado com DC em segunda porção duodenal por EDA. Resposta clínica adequada à
combo terapia (imunossupressor + anti-TNF). Após dois anos, apresentou quadro obstrutivo. Foi
evidenciada estenose de segunda, terceira e quarta porções duodenais em EDA e EED .
Submetido à duodenectomia eletiva sem complicações. Evolui bem com acompanhamento
ambulatorial. CASO 2: Sexo masculino, 67 anos. Queixa de dor progressiva em hipogástrio e
flancos há 6 meses e emagrecimento de 15kg. Diagnosticado com DC em terceira porção
duodenal por EDA e AP. Tratado com bloqueador de bomba, corticosteroides, antibioticoterapia
e anti-TNF. USG e TC constataram massa sólida, hipoecogênica de contornos lobulados e mal
delimitada localizada entre pâncreas e aorta. Apresentou quadro obstrutivo após dois meses.
Realizada duodenectomia com enterectomia segmentar e colecistectomia. Adenocarcinoma
tubular moderadamente diferenciado invasivo (T3) foi identificado em produto de
duodenectomia. Teve fístula da anastomose duodenal e evoluiu a óbito. DISCUSSÃO: O
acometimento duodenal da DC foi identificado em 1937. Estima-se que há lesão gastroduodenal
em 1-13% dos casos com doença distal. Mas, a DC duodenal isolada é rara. O bulbo duodenal é
o local mais afetado. Há um discreto aumento de risco para neoplasias em relação à população
geral, entretanto, a incidência de malignização em duodeno cujo tumor primário já é rara, como
secundário à Crohn não está relatada na literatura. EDA é padrão ouro para diagnóstico, pois
permite pesquisa de lesões típicas e realização de biópsia. O tratamento é complexo devido à
ausência de estudos prospectivos. Preconiza-se uso de imunossupressores e inibidores da
bomba de prótons, porém, o tratamento deve ser individualizado, podendo sofrer variações
significativas. Cerca de um terço dos casos tem indicação cirúrgica, principalmente por
obstrução. Considera-se o by-pass laparoscópico sem vagotomia como a opção de menor
morbimortalidade e a ressecção intestinal a de maior.
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Código: 44974 Número do Painel: 50
Título: DOENÇA DE CROHN, PSORÍASE E MELANOMA MALÍGNO - RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Cristina Nery Carbajo; Sandra Di Felice Boratto; Jonathan Naim Mora Emboz; Widner
Baptista Assis; Juliana Hegedus Baroni; Hullie Hottgen Martins; Paulo Victor Dias Macedo;
Wilson Roberto Catapani;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC
Resumo: INTRODUÇAO: A doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória de etiologia
desconhecida que acomete todo o tubo digestivo da boca ao anus. O quadro clínico dependerá
da região acometida e da forma de apresentação da doença. A fisiopatologia é multifatorial e
envolve a expressão de vários genes, por conta disso têm-se associado a DC com a psoríase. A
psoríase é uma afecção crônica não contagiosa também de etiologia desconhecida e apresenta-
se de várias formas, como placas e gotas. As lesões são eritemato-descamativas e podem ser
dolorosas, pruriginosas, evoluindo em crises de agudização e períodos de remissão. Estudos
demonstram que pacientes com psoríase têm maior chance de ter DC e vice-versa. A psoríase e
a DC são fatores que aumentam o risco de malignidade para melanoma malígno. Um estudo
realizado com 10.957 pacientes portadores de DC demonstrou que 64 evoluíram com melanoma
e o Odds Ratio foi de 1,77. Outro estudo, em 2013, na Mayo Clinic, comprovou a relação de
doenças inflamatórias intestinais com melanoma, encontrando aumento de 37% da neoplasia
nesses pacientes. Assim, a DC e a psoríase são dois fatores de risco para o melanoma, neoplasia
extremamente maligna de pele relacionada à exposição solar. RELATO DE CASO: MMC, sexo
masculino, 53 anos, portador de DC há 27 anos, forma estenosante e fistulizante, em tratamento
com azatioprina e adalimumabe. Evoluiu com suboclusão intestinal sintomática e debilitante,
sendo submetido em fevereiro de 2015 à enterectomia e ileotiflectomia com anastomose
látero-lateral. E portador de psoríase há mais de 30 anos, apresentando lesões eritemato-
descamativas nas mãos e no couro cabeludo. Foi diagnosticado no 30.PO com melanoma
extensivo superficial em lesão psoriática localizada no couro cabeludo. E foi submetido a
ressecção extensa da lesão com enxerto de pele. DISCUSSAO: O caso presente alerta para a
presença de três comorbidades relacionadas entre si pelos aspectos genéticos envolvidos na
patogênese. Assim, justifica-se a importancia do seguimento adequado em portadores de DC e
psoríase, sendo enfatizado o rastreamento dermatológico rigoroso com a possível detecção
precoce de lesões malignas, o que permite melhor prognóstico para os pacientes.
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Código: 44973 Número do Painel: 51
Título: FÍSTULAS ENTÉRICAS TARDIAS - RELATO DE DOIS CASOS
Temário: Coloproctologia
Autores: Widner Baptista Assis; Sandra Di Felice Boratto; Jonathan Naim Mora Emboz; Juliana
Hegedus Baroni; Hullie Hottgen Martins; Cristina Nery Carbajo; Paulo Victor Dias Macedo; Carlos
Eduardo Rodante Corsi;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC
Resumo: INTRODUÇAO: A cirurgia do aparelho digestivo com anastomose é realizada no
tratamento de diversas patologias. Entre outras complicações, a deiscência de anastomose com
formação de fístula pós-operatória tem lugar de destaque no que se refere ao aumento da
mortalidade de pacientes. Nas anastomoses colônicas, particularmente a ocorrência de
deiscência tem maior gravidade pela presença de fezes na cavidade peritoneal, levando a
peritonites críticas. Define-se como fístula digestiva a comunicação anormal entre duas
superfícies epiteliais, podendo ocorrer por causas relacionadas ou não a um procedimento
cirúrgico. A fístula pós-operatória representa mais de 90% de todas as fístulas intestinais.
RELATO DE CASO: Primeiro paciente – NAF, feminino, 47 anos, apresenta doença de Chron e
poliomielite. Queixa-se de dor abdominal aos esforços. Ao exame físico, apresenta fístula
enterocutanea infraumbilical. A conduta foi laparotomia convencional onde foram
diagnosticadas fístulas entéricas entre alças, com a bexiga e com a pele, realizados:
enterectomia extensa com êntero-êntero anastomose látero-lateral mecanica, sigmoidectomia
com anastomose látero-lateral mecanica entre transverso e reto, rafia de bexiga e
apendicectomia tática. No 8. pós-operatório, apresentou evisceração e foi submetida a
ressutura de parede. No 15 pós-operatório saída de secreção fecal pelo dreno abdominal.
Tratamento conservador e óbito no 30 pós opertório. Segundo paciente – NDM, feminino, 56
anos, chegou ao serviço no 20 PO de colectomia esquerda, apresentando evisceração. A conduta
foi ressutura de parede abdominal com incisão relaxadora sem colocação de tela. Apresentou
uma fístula tardia no 40o PO, tendo que ser operada pela terceira vez por abdome agudo sendo
realizada colostomia. DISCUSSAO: Na prática, se observa que as fístulas são,
predominantemente, resultado de complicações operatórias de intervenções cirúrgicas intra-
abdominais. No presente estudo, as fístulas se exteriorizaram, sendo ambas enterocutaneas e
em decorrência, como descrito em literatura, de comorbidades preexistentes e complicações
cirúrgicas da ressutura de parede abdominal por evisceração. Para reduzir os efeitos das fístulas,
deve-se atender a uma adequada nutrição, controlar infecções, manter o equilíbrio
hidroeletrolítico e reabordar cirurgicamente se necessário.
Contato: [email protected]
Código: 44978 Número do Painel: 52
Título: MALIGNIZAÇÃO DE DOENÇA DE CROHN PERIANAL.
Temário: Coloproctologia
Autores: Sandra Di FElice boratto;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC
Resumo: INTRODUÇAO: A doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RCU) são doenças
crônicas de etiologia desconhecida que compartilham características epidemiológicas, clínicas e
terapêuticas. Atualmente, a diferenciação entre as duas é feita por critérios clínicos,
endoscópicos e histológicos. Em cerca de 10 a 15% dos casos de doença inflamatória intestinal
(DII) não é possível a distinção clínica entre DC e RCU e em algumas vezes, a certeza só obtida
com a evolução da doença. O imunobiológico é amplamente utilizado no tratamento DII pela
sua eficácia. Esse relato tem por objetivo notificar o caso de uma paciente com mudança de
diagnóstico durante a evolução da doença com progressão lenta, porém grave de DC
culminando em transformação maligna em vigência de tratamento com imunobiológico.
RELATO DE CASO: DZP, feminina, 66 anos, diagnosticada com RCU há 28 anos, evoluiu com
sintomas graves de cólica intestinal e tenesmo associado a episódios de sangramento retal e
alteração do hábito intestinal. Foi tratada até 2002 irregularmente, quando procurou
atendimento por abscesso perianal drenado cirurgicamente. Em 2013, apresentou quadro de
abscesso perineal associado a múltiplas fístulas e estenose de reto necessitando de várias
drenagens, sedenhos e dilatações retais com biópsias negativas para neoplasia. A partir de
então, alterou-se o diagnóstico para DC. Paciente necessitou de várias internações hospitalares
por DC em atividade, evoluindo com perda de função retal, caquexia, fístulas perianais e
estenose de canal anal. Em 2014, apresentou exame físico e de imagem com evidências de
doença grave em atividade com características iniltrativas. Recusou tratamento cirúrgico com
colostomia definitiva. Com a evolução dramática do quadro clínico a paciente finalmente
consentiu com o tratamento cirúrgico radical. Teve boa evolução, o anatomo-patológico
diagnosticou adenocarcinoma em fístula de reto e massa sugestiva de miolipoma. DISCUSSAO:
O reto é um dos sítios menos frequente da DC, sendo ainda mais rara a evolução para o cancer
de reto. A longa evolução da doença em atividade e envolvimento perianal significativo pode
influenciar diretamente o desenvolvimento de cancer, bem como o uso de imunobiológicos.
Contato: [email protected]
Código: 44969 Número do Painel: 53
Título: PANICULITE MESENTÉRIA - RELATO DE CASO.
Temário: Coloproctologia
Autores: Jonathan Naim Mora Emboz; Sandra Di Felice Boratto; Widner Baptista Assis; Juliana
Hegedus Baroni; Hullie Hottgen Martins; Cristina Nery Carbajo; Paulo Victor Dias Macedo;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC
Resumo: INTRODUÇÃO: Síndrome ou Doença de Weber-Christian (DWC), também conhecida
como Paniculite Lobular Não Supurativa Idiopática,é uma desordem inflamatória rara do tecido
adiposo. Geralmente as manifestações são cutâneas acompanhadas de febre, mas pode atingir
o tecido adiposo de órgãos profundos. No caso de acometimento do trato intestinal ocorrem
manifestações mesentéricas (paniculite mesentérica) cursando com dor abdominal. O processo
inflamatório pode resultar em variados graus de fibrose gerando mesenterite esclerosante. São
necessários exames complementares para o diagnóstico decisivo para essa síndrome e exclusão
de outras doenças. RELATO DE CASO: Feminino, negra, 47 anos, apresentou-se ao serviço com
dor abdominal difusa, em cólica, há 6 meses, afilamento de fezes e dificuldade de eliminar gases
há 30 dias e piora nos últimos 3 dias com vômitos associados. Apresentou abdome plano, flácido,
doloroso a palpação difusamente, com DB-. A USG demonstrou intensa distensão gasosa,
impossibilitando a avaliação de estruturas de interesse. A TC mostrou borramento pancreático.
Exames laboratoriais apresentaram leucocitose 15.100 leu/mm³ e amilasemia aumentada 1.120
mg/dL. A conduta inicial foi jejum, hidratação e repetição dos exames. Resultado da TC realizada
6 dias após internação: mesenterite esclerosante até região peripancreática,
simulando/produzindo um quadro de pancreatite. Conduta foi prescrição de sintomáticos e
corticoterapia. Com melhora sintomática, teve alta hospitalar com restabelecimento do ritmo
intestinal, e tratamento com corticoide e analgésico e seguimento ambulatorial. DISCUSSÃO: A
paniculite mesentérica é uma manifestação rara, 213 casos no mundo, até 2010. A manifestação
histológica encontrada pode ser alteração inflamatória do tecido adiposo ou fibrose. Dentre as
possíveis causas encontra-se a DWC, citada pela primeira vez em 1936 homenageando aos
autores que a definiram como paniculite nodular não supurativa, recidivante e febril. Existe
apenas um estudo que relata as manifestações mesentéricas na DWC. E apenas 27 casos de
DWC com manifestações mesentéricas,no PubMed.
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Código: 44976 Número do Painel: 54
Título: TUMOR DE BUSCHKE-LOWENSTEIN - RELATO DE CASO
Temário: Coloproctologia
Autores: Renata Jabur Fogaça; Sandra Di Felice Boratto; Carlos Eduardo Rodante Corsi; Gabriela
Squitino Aun;
Instituição: FACULDADE DE MEDICINA DO ABC
Resumo: INTRODUÇAO: O Tumor de Buschke-Lowenstein (TBL) ou condiloma acumina- do
gigante é uma variante rara do condiloma acuminado anogenital, que tem como principal fator
de risco a infecção pelo HPV, associada à imunodepressão pelo HIV.
Histologicamente, trata-se de um tumor benigno, caracterizando-se por uma
lesão extensa de aspecto verrucoso e exofítico, de comportamento local agressivo, com
potencial de malignização por ser uma lesão de risco para desenvolvimento de carcinoma
espinocelular (CEC). Pela raridade dessa moléstia, e pelas peculiaridades de nosso paciente,
relatamos o caso. RELATO DE CASO: NARB, 34 anos, masculino, autointitulado ex-travesti,
procurou o Centro Hospitalar Municipal de Santo André referindo dor anal às evacuações e
enterorragia, com repercussões hemodinamica e hematimétrica, necessitando de transfusões
sanguíneas recorrentes. Portador de HIV e HPV há 13 anos, com histórico de prostituição por 17
anos. Ao exame proctológico, apresentava lesão exteriorizada heterogênea de
aproximadamente 5 cm, pediculada, em região anal e sangue vivo em dedo de luva. Foi solicita-
da colonoscopia, que revelou extensa lesão vegetante verrucosa, friável e sangrante ao toque
em toda a região anal, perianal e do reto inferior e médio, diagnosticada como tumor de
Buschke-Lowenstein. O paciente foi submetido a duas sessões de radioterapia de alta dose, com
função hemostática. O anatomopatológico revelou carcinoma epidermoide diferenciado e
invasivo em lesão de condiloma. Evoluiu com abscesso do tumor anorretal e tratado com
drenagem cirúrgica e antibioticoterapia intravenosa. Após a resolução do quadro, o paciente foi
submetido a um esquema ambulatorial de radio e quimioterapia. Dois meses após o término,
houve desaparecimento total do tumor ao exame clínico. DISCUSSAO: O tumor de Buschke-
Lowenstein tem um caráter invasivo significativo, acomete preferencialmente o sexo masculino
e sua localização principal é a anogenitália. Ao contrário dos condilomas acuminados, o TBL
necessita de tratamento cirúrgico. A radio e a quimioterapia têm sido usadas com sucesso nos
casos de associação com o CEC, com taxa de cura próxima a 98%. A dificuldade se encontra nos
casos em que não há essa associação, pois a terapêutica exclusivamente cirúrgica para o TBL é
invasiva, mutilante e pouco resolutiva.
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