Entrevista RobeRto MaRtins, advogado e sócio-diRetoR da MR&Z, explica o auMento das RecupeRações judiciais
bem-estar descanso planejado melhora a
qualidade de vida
economia vem por aí mais um ano de desaquecimento
econômico
compartilhamento renova formas de empreender
Dossiê carros encurtaram distâncias e abriram novos caminhos para a sociedade
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Revista da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul
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luiz carlos bohnPresidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac
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A crise irá pAssAr
ChegaMoS ao últiMo MêS do ano com a sensação de que o esforço para gerar resulta-dos em 2015 foi extremamente pesado. Esse é um efeito da dupla crise que aflige nosso país. Os desarranjos políticos, somados à ineficiên-cia na área econômica, trouxeram inúmeras perturbações ao ambiente de negócios e nos fizeram remar contra a maré do pessimismo. Firmes no propósito de consolidar mudanças, os empreendedores brasileiros mantiveram-se atentos às oportunidades de investimento e apostaram no aperfeiçoamento de suas operações e seus modelos de gestão para contornar as dificuldades.
Com essa mesma dedicação, a classe empresa-rial enfrentou momentos ainda mais contur-bados no passado, a exemplo dos sucessivos planos econômicos que entre as décadas de 1980 e 1990 tentaram pôr fim a uma inflação persistente e desesperadora para o país. E nós vencemos. Como vencemos antes, vencere-mos agora. Não se estanca uma crise de uma hora para outra, mas sabemos que em algum momento ela cederá e quando sair de cena deixará o caminho aberto para um novo ciclo de desenvolvimento. Sairemos da crise mais fortes, mais unidos e mais qualificados.
Neste momento crucial, a Fecomércio-RS busca fortalecer ainda mais as ações conduzi-
das por todo o sistema que representa o setor terciário, prestando serviços cada vez mais qualificados aos trabalhadores e empresários desse segmento e suas famílias. Nosso posicio-namento enquanto entidade representativa segue firme no propósito de vigiar o trabalho dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judi-ciário) nas esferas federal e estadual.
Ao longo de 2015, percorremos o Estado com o programa Giro pelo Rio Grande. Em seis regiões, apresentamos um modelo condizen-te de reforma tributária que batalharemos para ser adotado pelos gestores do Executivo. Combatemos o aumento das alíquotas do ICMS no Rio Grande do Sul, e ainda que tenhamos perdido essa luta, estamos organizados para tentar derrubar a recriação da CPMF.
Mesmo com o sentimento de que o dever vem sendo cumprido, há muita batalha pela frente. Ainda neste ano, combateremos, novamente, a existência do piso regional na Assembleia Legislativa. E seguimos na disputa contra a cobrança do diferencial de alíquo-tas. Para o ano que vem, recrudesceremos mais uma bandeira: a da modernização das relações entre o capital e o trabalho, temática que será abordada nos encontros do Giro pelo Rio Grande em 2016. Sigamos em frente, com confiança e determinação.
especial / negócios
revista bens & serviços / 128 / dezembro 2015
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AplicAtivos e ferrAmentAs
tecnológicAs AbrirAm
espAço pArA um novo
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do compArtilhAmento. A
tendênciA vem com forçA, mAs
emperrA em regulAmentAções
e nA concorrênciA com A
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contabilidadegiro pelo estado
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tributário pArA 2016
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com sindicAtos filiAdos
mostrArAm As prioridAdes dos
empresários gAúchos
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projeção com movimentAção
de Artigos usAdos
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Finanças
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“Ninguém nasce um gênio das
finanças. Toda pessoa rica, inclusive
eu, aprendeu a vencer no jogo do
dinheiro. Lembre-se do lema: ‘Se
eles podem, eu também posso’.
Enriquecer não diz respeito somente
a ficar rico em termos financeiros. É
mais do que isso: trata-se da pessoa
que você se torna, do ponto de vista do caráter e men-
talmente, para alcançar esse objetivo. Vou lhe contar
um segredo que pouca gente conhece: a maneira mais
rápida de ficar e permanecer rico é trabalhar no seu
próprio desenvolvimento. A ideia é você se aprimorar
para se transformar em alguém bem-sucedido. Repito:
o seu mundo exterior é apenas um reflexo do seu mundo
interior. Você é a raiz, os seus resultados são os frutos.”
T. Harv EkEr, em Os segredos da mente milionária
Por algum motivo, as pessoas se baseiam nos preços, e não nos valores. O preço é o que você paga; valor é o que você leva.“
WarrEn BuffETT Investidor, considerado o guru das finanças
Quem não sonha em ter
dinheiro sobrando? para
atingir esse objetivo é preciso se
planejar, ter ideias inovadoras
e cuidar das finanças. tão
importante Quanto ganhar
dinheiro é saber administrá-lo
”“Finanças envolvem todos os valores financeiros que circulam em uma empresa e é fundamen-tal para o sucesso. É preciso que os gestores saibam exatamente quanto custa o seu produto ou serviço a ser vendido, conheçam
plenamente seus custos diretos e indi-retos, saibam o quanto querem ganhar e se realmente têm lucros em suas vendas. Outro ponto é o seu fluxo de caixa, que deve ser controlado diariamente, por um período de 60 a 90 dias. A maioria das empresas precisam de uma reestrutura-ção, ou melhor, uma faxina financeira. Não se pode continuar o processo, se não houver equilíbrio entre o dinheiro que a empresa fatura e o que ela paga.”
rEInaLDO DOMInGOS, educador financeiro
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Estado pErdE posição para o paraná
O Rio Grande do Sul perdeu para o Paraná
o posto de quarta maior economia do Brasil,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-
tística (IBGE). Em 2013, o PIB paranaense somou
R$ 332,84 bilhões, o equivalente a 6,3% do PIB
nacional, enquanto o Rio Grande do Sul (R$ 331,1
bilhões) representou 6,2%. O Paraná foi o estado
que mais cresceu, já que quatro anos antes era
responsável por 5,8%. Já os gaúchos estagnaram
na marca atual. São Paulo ainda é o estado com
maior participação, chegando a 32,1%.
EmprEsas dE ti lidEram transaçõEs As empresas de tecnologia da informação (TI) lideram o número de tran-
sações de fusões e aquisições brasileiras neste ano. De acordo com uma pesquisa da KPMG, no acumulado de
janeiro a setembro de 2015, o setor contabilizou 109 transações. O segmento apresentou um crescimento de
31% em relação ao mesmo período de 2014, quando ocorreram 83 operações.
EmprEsários brasilEiros sEguEm cautElososde acordo com o estudo global International Business Report (IBR), realizado pela Grant Thornton, o índice de otimismo dos em-presários brasileiros no terceiro trimestre deste ano está em -5%. Apesar de continuar negativo, o indicador aumentou 19 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. O número posiciona o Brasil entre os 10 países mais pessimis-tas e cautelosos entre as 36 economias analisadas pela pesquisa. Irlanda, Índia e Filipinas estão entre as nações mais otimistas do mundo. A África do Sul e a Grécia continuam nas últimas posições. O levantamento ouviu 2.500 gestores.
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Espaço sindical
rEcupEração global Está abaixo das ExpEctativas do g-20
Em comunicado oficial, divulgado após a reunião de cúpula das 20
maiores economias do mundo (G-20), em Antália, na Turquia, em no-
vembro, os líderes destacaram que o ritmo da recuperação global é
desigual e está abaixo das expectativas do grupo. Para eles, a queda
na demanda e os problemas estruturais dos países continuam a pesar
no crescimento atual. Diante do quadro desfavorável, as autoridades
reafirmaram a promessa de realizar políticas macroeconômicas para
promover um avanço forte, sustentável e balanceado. Além disso, eles
concordaram em adotar políticas fiscais mais flexíveis. O objetivo é
elevar o crescimento global em 2 pontos percentuais até 2018.
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sindilojas pElotas complEta 40 anos Para
comemorar o seu aniversário, o Sindilojas
Pelotas realizou uma solenidade, no dia 4 de
novembro. Na ocasião, foi entregue o Troféu
Comendador Raphael Mazza, que homena-
geia lojistas e autoridades do Estado. Neste
ano, o presidente da Fecomércio-RS, Luiz
Carlos Bohn, estava entre os premiados.
sindilojas dE bEnto gonçalvEs promovE
projEto troca dE cartõEs Em outubro,
o Sindilojas Jovem de Bento Gonçalves, em
parceria com o Sebrae-RS, realizou o projeto
Troca de Cartões. O objetivo foi reunir empre-
sários para trocarem experiências.
rEload sindilojas 2016 tEm programação
dEfinida O próximo Reload Sindilojas ocorrerá
no dia 7 de abril, no Clube Tiro e Caça, em
Lajeado. Com o tema Revolução: você parti-
cipa ou assiste?, o evento será dividido em três
momentos: bate-papo, workshops e palestra.
sirEcom nordEstE lança campanha nas
rEdEs sociais Para tentar melhorar o estado das
rodovias gaúchas, o Sirecom Nordeste lançou
uma campanha nas redes sociais, alertando
para as condições de trafegabilidade e trazen-
do depoimentos sobre situações de perigo.
sEgurança pública é tEma dE dEbatE A
segunda edição do Debate sobre Segurança
Pública, promovido pelo projeto Sindilojas em
Ação, aconteceu no auditório do Sindilojas
Vale do Jacuí e reuniu as principais autorida-
des da segurança para discutir os altos índices
de criminalidade em Cachoeira do Sul.
mErcosul sE aproxima da uEdurante evento promovido em São Paulo pela Eurocâmaras – gru-po que reúne as câmaras de comércio dos países da União Europeia (UE) –, o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exte-rior, Armando Monteiro Neto, afirmou que o Mercosul e a UE de-vem trocar propostas para um acordo bilateral. A expectativa é de que ele seja aprovado em 2016 e entre em vigor em 2017. O projeto do bloco sul-americano já está pronto e abrange 90% dos bens que fazem parte do comércio envolvido e inclui também o setor de ser-viços. Os europeus devem se reunir até o fim do ano para analisar as sugestões. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o acordo pode significar um crescimento de 1,3% do PIB brasileiro até 2030.
porto alEgrE é um dos dEstinos mais visitadossegundo um levantamento do Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Porto Ale-gre está entre os cinco destinos do Brasil mais procurados por estran-geiros que buscam negócios e eventos. Os argentinos lideram as visi-tas, representando 46,2% dos turistas que chegam na capital gaúcha. A pesquisa ainda destacou que os viajantes fizeram uma avaliação
positiva do país: 97,2% dos entre-vistados elogiaram a hospitalidade dos brasileiros, 94,4% gostaram da gastronomia local e 92,4% aprova-ram os meios de hospedagem. O es-tudo ouviu mais de 44 mil turistas em 2014, em 15 aeroportos brasilei-ros e 10 fronteiras terrestres.
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três pErguntas
Antropólogo, historiador e empresário,
o professor Luiz Marins já lecionou em
diversas universidades e atualmente é
diretor da Anthropos Consulting, desen-
volvendo produtos para a formação
e aperfeiçoamento profissional de
empresários dos mais variados setores.
dE quE forma a antropologia contribui para a
gEstão EmprEsarial? Descobrindo e revelando os
hábitos dos consumidores, a antropologia e a etno-
grafia vêm sendo utilizadas por grandes corporações
para o planejamento de novos produtos e serviços. A
antropologia empresarial utiliza métodos, principal-
mente da observação participante, para compre-
ender a empresa, o seu mercado e trabalhar com o
planejamento do futuro. Ela busca detectar e reforçar
os forças e identificadores positivos da empresa do
ponto de vista dos clientes, do mercado, dos colabo-
radores, dos fornecedores e da comunidade.
como sE constrói uma cultura EmprEsarial? Toda
empresa possui uma cultura que a define e a diferen-
cia de outras organizações. Essa cultura é formada
pelo conjunto das tradições (passado), necessidades
(presente) e aspirações (futuro) da empresa e de seus
dirigentes. É por isso que os grupos procuram desenvol-
ver uma “missão” ou “visão” para que todos os colabo-
radores saibam exatamente quais são os valores.
o fim dE ano normalmEntE é um momEnto dE
balanços para as EmprEsas. quE dicas podEm
sEr dadas para o planEjamEnto dE 2016 no
caso dE nEgócios quE não tivEram um bom
dEsEmpEnho nos últimos mEsEs? Para enfrentar
o próximo ano, as empresas deverão ter visão, foco
e ação. Os empresários precisam refletir sobre onde
investirão, aonde querem chegar, que recursos têm
para isso e com quem poderão contar. E tudo terá
que ser determinado com prazos de execução. Só
assim vencerão em 2016.
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sEtor tErciário ofErEcE mais vagas dE EmprEgosa quinta edição do Mapa do Emprego, da Fecomércio-RS, mostrou que o setor terciário aumentou a sua participa-ção no mercado de trabalho gaúcho. Atualmente, ele é responsável por 53,05% do emprego formal no Estado. Os pequenos estabelecimentos (30,6%) reúnem a maior par-te desse contingente (30,6%), seguidos dos microempre-endimentos (28,7%), grandes (21,5%) e médios (19,2%). O setor de serviços detém 32,57% dos postos de emprego formais, com maior concentração na região metropolita-na de Porto Alegre (60,05%). Já o comércio responde por 20,48% do emprego total no Estado e por 38,60% das vagas no setor terciário privado.
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obrigatoriEdadE do Esocial para EmprEsas fica para 2017o comitê gestor do eSocial adiou a obrigatoriedade da plata-forma. A transmissão dos eventos do empregador com fatura-mento no ano de 2014 acima de R$ 78 milhões deverá ocorrer a partir da competência setembro de 2016. As prestações de informações referentes à tabela de ambientes de trabalho, comunicação de acidente laboral, monitoramento da saúde do trabalhador e condições ambientais de trabalho são obrigató-rias a partir da competência janeiro de 2017. Para as demais empresas, a obrigação se inicia em janeiro de 2017, com pres-tação de informações referentes à tabela de ambientes de trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monito-ramento da saúde do trabalhador e condições ambientais do trabalho a partir de julho de 2017.
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Na página da Fecomércio-RS, você pode encontrar os indicadores socioeconômicos, como dados da saúde, educação
e segurança do Rio Grande do Sul, elaborados pela Agenda 2020. http://agenda2020.com.br/sinaleira/
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dívidas dos brasilEiros crEscEm mEnos quE nos paísEs EmErgEntEsde acordo com o Instituto Internacional de Finanças (IIF), o endivida-mento das pessoas físicas no Brasil tem aumentado em ritmo maior que a renda das famílias e que o crescimento do PIB. A quantidade de dívidas, desde a crise financeira mundial de 2007, já subiu 12 pontos percentuais, representando 25% do PIB nacional. No entanto, o valor está abaixo dos demais emergentes. Na China, o salto das dívidas foi de 35% do PIB em 2007 para 60% em 2015. Na Malásia e na Tailândia, o índice chega a 70% e na Co-reia do Sul é de 84%. Em média, nos emergentes, o percentual está em 32% do PIB. O nível de dívida das famílias brasileiras representa 46% da renda disponível, enquanto na Coreia do Sul alcança 145%.
crEscE o númEro dE
trabalhadorEs autônomos Segundo a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad), do IBGE,
nos 12 meses encerrados até
agosto, o aumento de novos
trabalhadores por conta própria
foi de 927 mil pessoas. Nos 12
meses imediatamente anteriores,
o acréscimo havia sido de
328 mil. Com isso, o Brasil já
conta com um contingente de
22,15 milhões de trabalhadores
autônomos. A expectativa é de
que esse grupo chegue a 23,5
milhões em 2016.
aumEnta a rotatividadE no mErcado dE trabalhosegundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a taxa de rotatividade do mercado de trabalho brasileiro chegou a 62,8% em 2014. O índice leva em consi-deração as admissões e os desligamentos ocorridos, principalmente no setor privado, onde os trabalhadores não possuem estabilidade. O mercado registrou 65,8 milhões de vínculos de empregos e chegou ao fim do ano com 40,6 milhões de postos de trabalho ativos. A re-gião com a maior taxa de rotatividade do país é a Centro-Oeste.
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bem-estar
para as férias. Para um grupo de pro-fissionais, entretanto, esta é uma palavra praticamente riscada do vocabulário. Nesse grupo estão, principalmen-te, empresários e executivos que fazem de tudo para não se ausentar da empresa ou, mesmo no período de descanso, continuam trabalhando. Além de fazer mal para a saúde do corpo, colocam em risco a saúde da empresa.
Para Douglas Goulart, especialista em gestão e sócio-dire-tor da DGCont Assessoria Contábil e Empresarial, “matar as férias” é uma atitude de empresário que tem a ideia de que o negócio só crescerá se ele estiver presente na realização das rotinas. “É como se a equipe que ele contratou e treinou fosse
Para muita gente, final de ano é sinônimo de contagem regressiva
lanejamento é o principal
aliado para que o
empresário consiga
organizar um período de
merecido descanso
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Férias pra que te quero?!
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texto micheli aguiar
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‘incapaz’ de fazer a gestão da empresa durante sua ausência. Essa é uma atitude comportamental que muitas vezes deixa explícitas as fraquezas do empresário enquanto gestor, tais como a insegurança e a falta de domínio dos princípios bá-sicos da administração clássica, ou seja, planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar”, afirma.
Goulart destaca ainda que empresário sem férias tam-bém é uma pessoa cansada, que pode mais atrapalhar do que ajudar sua equipe de trabalho. “Já ouvi de muitos colabora-dores a expressão ‘chefe descansado é chefe feliz’. Empresa não é uma coisa etérea, ela é feita por gente, e gente des-cansada é mais produtiva, criativa, sociável, aprende mais rápido. Por isso é de grande importância ter férias, pois per-mitem a recomposição das energias físicas e mentais.”
PLANEJAMENTO
O planejamento é o melhor parceiro para que as férias de fato aconteçam. No caso de empreendedores que tocam os negócios sozinhos, o planejamento é mais vital ainda. Por isso, a escolha do período, delegar funções e responsabili-dades são os primeiros passos para que o merecido descan-so seja possível de forma tranquila. “Uma prática saudável é que quando estiver a poucos dias para entrar em perí-odo das férias, o empresário deve entrar em contato com os principais clientes e fornecedores, anunciando o período que estará ausente e comunicando qual será o colaborador que ficará responsável nesse período. Dessa forma, todos os envolvidos estarão sabendo da sua ausência e com certeza vão colaborar”, destaca Goulart.
FÉRIAS É SINÔNIMO DE SAÚDE
“Matar férias é se matar, é matar a família e a própria em-presa.” É esta frase de impacto que o cardiologista Fernando Lucchese usa para definir o mal que é ficar sem descanso. Para Lucchese, o organismo humano precisar parar, dar um tempo na rotina agitada. “Estresse contínuo, aliado a hipertensão, colesterol alto, sono sem qualidade e má alimentação são bombas-relógio. Esse combo é potencial para infarto ou até um Acidente Vascular Cerebral. Sair em férias é permitir que o organismo recarregue as energias, descanse e volte cheio de pique para resolver todas as questões. É vital”, afirma.
Desligar de verdade da empresa, ou seja, não resolver problemas nem participar de decisões no período de des-canso, é a recomendação dada pelo cardiologista. De acordo com Lucchese, sair fisicamente do ambiente de trabalho, mas estar emocionalmente ligado a ele, tende a ser mais prejudicial. “Ele vai continuar estressado, até mais, pois a ansiedade aumentará. E isso é tão ruim quanto ficar traba-lhando sem parar”, pontua o especialista.
Lucchese ressalta que só é possível para o empresário sair em férias se houver planejamento. É organizando com tem-po sua saída, delegando funções e comunicando parceiros e colaboradores que o empresário vai conseguir se desligar e usufruir o merecido descanso. “É a preocupação que faz o em-presário deixar de lado sua saída. Novamente, a ansiedade e o estresse aumentam. Eu costumo dizer que o único antídoto que existe para combater isso é tendo organização. Se eu pos-so dar um conselho, ele é: se organize”, destaca.
O cardiologista, que também é autor de livros como Boa Viagem, Viajando com Saúde e Pílulas para Viver Melhor, também é contra um mês de férias. Para ele, ficar 30 dias “sem fazer nada” faz mais mal do que bem. O recomendado tanto para o empresário quanto para seus funcionários , segundo o cardio-logista, é fracionar em dois períodos de 15 dias. “No caso dos colaboradores a legislação é mais rígida, mas para o empresá-rio é flexível. Se 15 dias for impossível, então fracione em qua-tro períodos de sete dias. O importante é sair, desligar daquela rotina. Fazer aquilo que no dia a dia ele não faz”, recomenda.
Para não cometer nenhum deslize na hora de apro-veitar as férias, fique atento às seguintes dicas:
1. escolha períodos de baixa demanda
2. divida as férias em períodos curtos
3 agende suas férias
4. comunique suas férias com antecedência
5. faça uma lista de tarefas
6. distribua as atividades
7. mantenha-se conectado ao negócio, mas interceda
apenas se necessário
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Executar planos
Como ColoCar planos em
prátiCa
No final de ano, muitos refletem sobre o que querem mudar ou inovar
no novo período pela frente. seja na vida pessoal, seja para a empresa,
fazer planos significa projetar o futuro, mas de nada adianta se eles
não forem colocados em prática. contudo, muitas pessoas ainda
sentem dificuldade em transformar suas ideias em realidade
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PLANO BEM FORMULADO
O plano, para ter maiores chances de
sucesso, precisa estar bem formulado do
início ao fim. Para garantir essa elaboração
sólida, pedir ajuda nunca é demais,
principalmente de quem está disposto a
embarcar junto no projeto. A ideia pode
surgir individualmente, mas duas cabeças
pensam melhor do que uma. Além disso, a
construção conjunta garante um plano mais
plural e com menos chances de falhas.
ESCREVA NO PAPEL
Pôr o plano no papel antes de
colocá-lo em prática pode levantar
questionamentos que, apesar de
óbvios, talvez sejam decisivos para
o sucesso ou não da ação. E as
soluções óbvias também são bem mais
práticas e certeiras, portanto evite
ideias mirabolantes, uma vez que elas
geralmente afastam do objetivo final.
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IMPOR DATAS-LIMITE
Definir deadlines para cada fase pode
assegurar o sucesso de uma ação.
Enquanto o dia D ficar para a próxima
segunda-feira, dificilmente você colherá
os frutos do que você almeja. Determinar
datas para o desenvolvimento do plano
também ajuda no progresso constante,
e se houver uma estagnação em algum
ponto, você vai saber exatamente onde se
deu o passo errado.
A DIFICULDADE FAZ CRESCER
Os problemas que surgem a partir da
execução do plano não vão desaparecer
sozinhos. Entender os desafios propostos faz
parte do amadurecimento da ação, e é a
partir da solução dela que você irá crescer
e se sentir mais confiante a respeito do que
pretende executar.
Além disso, cada problema é diferente,
então saber entender cada um deles
também é um diferencial para o
desenvolvimento do plano.
ENERGIA CONCENTRADA
Apesar de difícil, concentrar
atenção e energias para alcançar o
objetivo também é uma ferramenta
importante no desenvolvimento de
uma iniciativa. De nada adianta tocar
vários projetos paralelos se não há um
foco determinado em nenhum. Para
canalizar a atenção, identifique o
que mais te inspira a agir, e o tempo
despendido não seja um problema.
PACIÊNCIA PARA CADA TEMPO
Cada projeto, dada a sua determinada
extensão ou complexidade, vai demorar
um certo tempo para sair do papel e se
estabelecer na vida real.
É preciso paciência para respeitar a
importância desse tempo, e entender
também que a consolidação do seu
plano depende do quão bem estabilizado
ele está. Paciência é a chave.
Executar planos10 passos
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ENVOLVA AS PESSOAS
É fundamental saber convencer as pessoas de
que o que você está fazendo é relevante, útil e
provavelmente vantajoso. Sem apoio, é difícil
desenvolver uma ideia, mas para consegui-
lo, você precisa estar disposto a provar a
importância do êxito no seu plano. Parcerias
receptivas provavelmente facilitam essa tarefa,
mas estar preparado para pessoas difíceis
de serem conquistadas é o que representa o
maior desafio de todos.
IGNORAR O QUE É RUIM, ACEITAR
O QUE CONSTRÓI
Saber ignorar maus pensamentos a respeito
do plano leva a sua confiança nele adiante.
Pessoas negativas podem desmotivar,
fazendo-o dar atenção apenas às dificuldades,
mas não aos pontos de destaque, ou o quanto
sua ideia já evoluiu até então. Contudo, críticas
construtivas, aquelas nas quais são apontados
desafios com chances de crescimento,
devem ser muito bem-vindas no processo de
desenvolvimento da ação.
ACREDITAR ACIMA DE TUDO
Acreditar que uma ideia vai sair do
papel e que o seu plano vai ser posto
em prática é o que realmente importa.
Atingir metas será impossível se o
idealizador não acredita que aquilo
possa virar realidade. O seu potencial de
realização não pode ser colocado em
dúvida, pois isso se reflete no andamento
do projeto e, consequentemente, no
sucesso que ele obterá.
CONDIÇÕES IDEAIS NÃO EXISTEM
As condições ideais nunca vão chegar, e por
isso, deve-se tirar o máximo do momento
vantajoso. Planejar é importante, mas
dificilmente todas as estrelas se alinharão
para o universo conspirar ao seu favor.
Sempre haverá obstáculos. Saber
contorná-los é o que faz do projeto uma
realidade. É claro que o bom senso é sempre
requerido, então tentar fugir das péssimas
condições é fundamental para o sucesso.
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Qual a razão de alguns profissionais se destacarem e outros não? Como pode, dentro de uma mesma empresa, pessoas de mesmo nível, com conhecimento, forma-ção, condições de trabalho, apresentarem desempenhos tão diferentes?
Vamos colocar o foco naquilo que depende exclusivamente da pessoa, algo que vem de dentro para fora, seu autoconhecimento, fundamental para desenvolver a inteligência intrapessoal e imprescindível para o auto-desenvolvimento. Pessoas com as quais con-vivemos e que espontaneamente ou não nos fornecem feedback são fundamentais para que possamos entender e desejar mudan-ças, e neste contexto devemos ter atenção especial para os líderes, estes continuam falhando com seus subordinados.
Aquele feedback que inspira a pessoa ir em busca da melhoria não acontece pela in-consistência de métodos, atitudes e pouca disciplina para executar acompanhamento do desempenho, embora poucos reco-nheçam isto. As empresas permanecem perdendo tempo e recursos por não darem a importância para a consolidação da “cultura do feed back”. Caso houvesse esta prática consolidada, certamente aqueles profissionais que ainda não despertaram para a importância do autoconhecimento
poderiam ter esta oportunidade e, assim, dar um novo rumo qualitativo ao seu cres-cimento profissional.
Assim, proximidade nas relações entre superior e subordinado é palavra-chave, pois é capaz de gerar empatia do líder para com o liderado e com isto se cria a relação de confiança entre ambos, essencial para a existência de uma atmosfera saudável, para elevar os resultados individuais e coleti-vos. Precisamos monitorar o processo de execução, verdadeira prioridade, dos líderes no cumprimento do seu papel, e para tanto deve-se verificar o quanto o líder: - Conhece seu pessoal e sua empresa- Insiste e atua com realismo, alinhando a equipe com as estratégias do negócio- Estabelece objetivos, metas e prioridades claras, monitorando o desempenho- Conclui o que foi planejado, com disciplina e qualidade na entrega- Recompensa e reconhece quem faz- Amplia as habilidades das pessoas pela orientação- Conhece a si próprio, e continua seu pro-cesso de melhoria pessoal
Essencial, portanto, é ter na agenda do líder tempo para tratar do seu desenvolvimento e de seus subordinados, melhorando assim os resultados da empresa.
Cassio Mattos sócio-diretor da CMC recursos Humanos
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Há um crescimento de mais de 40% no número de pe-
didos de recuperação judicial somente no primeiro
semestre de 2015. Você credita esse aumento ao desa-
quecimento da atiVidade econômica ou à maior dis-
seminação desse instrumento judicial? Com certeza, o momento atual está levando muitas organizações a bus-carem mais informações sobre a possibilidade de recor-rer à recuperação judicial. A lei que instituiu essa possibi-lidade completou uma década neste ano, e ao longo desse período a recuperação judicial foi ficando cada vez mais conhecida dos empresários. Portanto, o aumento deste ano é efeito das duas coisas. Mas é inegável que o cená-rio econômico é um componente forte dessa alta, porque
empresas que já registravam dificuldades financeiras nos anos anteriores enfrentam agora um momento de crise generalizada sem ter muitas alternativas para quitar pas-sivos e, ao mesmo tempo, manter a capacidade de giro. O custo do capital e das dívidas também foi muito majorado entre 2014 e 2015, o que potencializou as dificuldades en-frentadas pelos empreendedores. Para completar, o cré-dito tem sido restrito, sobretudo para pequenas e médias empresas. Nesse contexto, a recuperação judicial ganhou ainda mais projeção, e a perspectiva é a de encerrarmos este ano com um número bastante elevado tanto de re-cuperações judiciais em andamento como de falências de-cretadas, na comparação com os anos anteriores.
ompletando um ano, a lei que disciplinou os casos de empresas em
recuperação judicial tem sido um recurso amplamente adotado diante
do desaquecimento econômico enfrentado pelo país. roberto martins,
advogado e sócio-diretor da mr&Z – martins, rillo e Zago advogados
associados, detalha os principais avanços nessa área
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Em busca da rEEstruturação
marina schmidt
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temos acompanHado o ingresso cada Vez maior de
pedidos de recuperação judicial por parte de gran-
des empresas, sobretudo da área da construção ciVil
– eFeito da operação laVa jato. porém, é consideráVel
a quantidade de organizações do Varejo optando tam-
bém pela recuperação. o que está por trás de um eFeito
tão amplo em todos os ramos produtiVos? A atual crise econômica tem gerado um efeito em cadeia. Ouvimos muito falar que a alta do dólar beneficiaria a indústria, por exem-plo, mas não é toda a indústria brasileira que exporta, boa parte das companhias importam, e, portanto, tiveram au-mento de suas despesas. Fora isso, a alta do dólar também compromete empresas com dívidas na moeda estrangeira. Só isso já tem efeitos pesados sobre essas companhias. Mas se levarmos em conta que ainda há aspectos mais críticos no contexto atual, como aumento do desemprego, taxa de juros elevada, inflação beirando os dois dígitos e um pessimismo amplo, notamos que o impacto é ainda maior. Estamos em um momento de queda de consumo e isso se dissemina para todos os lados. Com pouca demanda do comércio, a indús-tria e os serviços também se retraem. É um efeito em cadeia. Por isso, os casos de recuperação judicial e de falências es-tão disseminados entre empresas de todos os setores.
e qual é a principal Vantagem obtida pela organização
que entra em recuperação judicial? O primeiro efeito, imediato, é a suspensão de todas as execuções de credores pelo prazo de 180 dias, que pode ser prorrogado por igual
período. Esse período consegue trazer um fôlego a mais para manutenção das operações da empresa. O gestor empresa-rial, com frequência, acaba sofrendo muito quando começa a ser cobrado pelos credores: ele precisa manter a empresa operando, mas precisa quitar os débitos. Não é raro que ele acabe comprometendo seu negócio na tentativa de reduzir seus passivos. Há ainda um outro fator importante: em geral, o empresário acaba cedendo ao credor que faz uma cobran-ça mais contundente, o que “grita” mais, sacrificando todos os demais credores em detrimento de um. Nesse aspecto, a interrupção das execuções se torna uma importante fer-ramenta para garantir com que todos os credores tenham um tratamento igual. Além do mais, esse prazo permite que sejam estabelecidas diretrizes para o estabelecimento de uma proposta de pagamento que seja benéfica para todos os envolvidos no processo.
além da interrupção das execuções, quais outras Van-
tagens a mais Você destacaria? Outros dois mecanismos usados nos planos de recuperação judicial são o alonga-mento da dívida e o deságio na cobrança de multas e moras. Essas são possibilidades decorrentes da negociação com os credores. Em suma, o plano de recuperação judicial abre um espaço de discussão com os credores sobre as formas de pa-gamento do passivo que podem ser usadas para restabelecer a saúde financeira da empresa. Ou seja, tudo é negociado. Mas o importante é a que organização consiga chegar a um
Roberto Martins
Estamos em um momento de queda de consumo e isso se dissemina para todos os lados. Com pouca demanda do comércio, a indústria e os serviços também se retraem.
É um efeito em cadeia.”
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meio termo com o grupo de credores, pois é do interesse de todos que as atividades empresariais sejam mantidas. O foco da recuperação tem que ser o de manter as operações, por isso o alongamento é um instrumento importante porque, com base em uma boa análise da situação, é possível definir um prazo para pagamento das dívidas que seja viável para a empresa e que não inviabilize suas operações. Com o desá-gio é a mesma coisa, o objetivo não é reduzir significativa-mente o montante da dívida, mas chegar a uma redução nas multas e juros aplicados que torne possível o pagamento do passivo por parte da organização.
outra alternatiVa comum às empresas em recuperação
judicial é a Venda de atiVos. qual é o amparo trazido pela
lei para essas operações? A lei conseguiu trazer mais segu-rança nesses casos. E essa é mais uma razão que tem levado muitas empresas a buscarem a recuperação judicial. Uma em-presa que enfrenta dificuldade e quer se desfazer de ativos que possui, normalmente sofre a perda de valor de seus bens, porque os ativos estão “sujos”, ou seja, o comprador pode as-sumir obrigações e passivos do comprador. Com a Lei da Re-
É comum que muitos empresários encarem a
recuperação judicial como última opção, porque têm
expectativa de que a situação melhore. O problema é que se protelam demais essa etapa
podem ingressar com o pedido em um momento já crítico
demais para a manutenção de suas operações.”
cuperação Judicial esse problema não ocorre, porque o texto é claro ao afirmar que os ativos podem ser vendidos sem o repasse de obrigações para o comprador. Por essa razão, há empresas ingressando com o pedido de recuperação judicial porque, assim, não depreciam seus ativos e garantem segu-rança jurídica no momento da venda dos bens.
Há um momento mais apropriado para entrar com pedido
de recuperação judicial? É comum que muitos empresários encarem a recuperação judicial como última opção, porque têm expectativa de que a situação melhore. O problema é que se protelam demais essa etapa podem ingressar com o pedido em um momento já crítico demais para a manutenção de suas operações, o que acaba inviabilizando a execução do plano de recuperação proposto. É fundamental que a empresa ainda tenha capacidade de continuar gerando riqueza para cumprir com a proposta de pagamento aprovada pelos credores. Ou seja, assim que identificado que a empresa está com problemas financeiros, o ideal é estudar todas as alternativas de solução do problema, inclusive a recuperação judicial, buscando, so-bretudo, não aprofundar ainda mais a crise interna.
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stado Retrospectiva
reocupação recorrente
do empresariado brasileiro,
a reforma tributária foi o
tema central dos encontros
promovidos pelo programa
giro pelo rio grande neste ano
Prepresentantes sindicais da base da Feco-
mércio-RS, o Giro pelo Rio Grande, projeto instituído pela entidade em 2011, conclui mais um ano de encontros rea-lizados em todo o Estado. Em 2015, empresários gaúchos debateram a importância da reforma tributária como meca-nismo para aprimorar o ambiente de negócios do Estado.
Em meio à crise político-econômica, que ao longo de 2015 tem colocado em alerta os empreendedores brasilei-ros, a realização dos encontros ganhou ainda mais evidên-cia, dando voz às demandas do setor terciário, segmento responsável pela geração de praticamente 70% do PIB bra-sileiro em 2013, segundo o IBGE. “A desaceleração econô-
Consagrado Como esPaço de debate dos temas de interesse dos
Pelo desenvolvimento
do Rio GRande
©istock.com/blackdovfx
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mica aumenta o interesse pelo assunto”, confirma o presi-dente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
“Em épocas de crise política e econômica, como a que es-tamos vivendo, a comunidade empresarial tende a se preo-cupar ainda mais com a carga tributária, a complexidade do recolhimento de impostos, e, principalmente, a forma como o governo os utiliza”, revela sobre a questão mais discuti-da no ano pelos participantes dos seis encontros realizados. Novo Hamburgo, Santa Rosa, Nova Prata, São Borja, Jagua-rão e Cachoeira do Sul são os municípios que receberam o Giro pelo Rio Grande neste ano.
Atraindo, ainda, empresários das cidades vizinhas, o even-to proporcionou aos participantes a reflexão sobre Os Desafios da Reforma Tributária, tema proposto nesta edição e detalhado pelos consultores de economia e política da entidade, Marcelo Portugal e Rodrigo Giacomet, respectivamente. “Existe uma imagem distorcida sobre o empresariado na sociedade, de que os empresários não gostam de pagar impostos. Na verdade, o empresário é apenas um fiel depositário dos recursos que reco-lhe em favor do governo. Quem os paga é a sociedade, quando paga pelo consumo de bens e de serviços”, esclarece Bohn.
O presidente reforça que a reforma tributária é uma medida com efeito positivo para toda a sociedade. “O real interesse do empresariado é o da redução de tributos para estimular o consumo, recolhimento mais simples e menos oneroso, e o retorno adequado na forma de investimentos em infraestrutura e serviços públicos de qualidade.”
Resultados à vista
Conduzindo neste ano seu primeiro mandato como presidente do Sistema Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn já se dedicava ao programa Giro pelo Rio Grande como me-diador, nos anos anteriores, experiência que permitiu ao gestor acompanhar o efeito gerado pelas discussões pro-movidas em todo o Estado. “Na primeira fase, debatemos Gestão Pública. Apresentamos propostas para conter o déficit fiscal do Estado e para melhorar a qualidade dos serviços públicos que são prestados aos gaúchos”, conta. “Ao final de três anos, apresentamos essas propostas aos então candidatos ao governo, em 2014, e algumas delas es-tão sendo implementadas pelo atual governador, como a reforma da previdência, a lei de responsabilidade fiscal e
a diminuição das estruturas administrativas, como cargos em comissão e secretarias”, contextualiza.
Neste ano, a entidade elaborou uma proposta de reforma tributária que foi debatida em seis regiões do Rio Grande do Sul. “O resultado foi muito positivo, de maneira que a re-ceptividade da comunidade empresarial às nossas propostas nos levou a iniciar tratativas para apresentá-la na Comissão Especial de Reforma Tributária da Câmara dos Deputados.” Bohn projeta que no próximo ano será possível realizar uma audiência pública na Câmara Federal para ampliar a discus-são sobre o tema.
A aproximação com os sindicatos da base permite à en-tidade verificar de perto as preocupações dos empresários gaúchos. “Os sindicatos apoiam fortemente o Giro Pelo Rio Grande, mobilizando os empreendedores de sua região a parti-cipar das palestras. Todos estão muito preocupados com a crise econômica”, afirma Bohn. “Existe uma demanda muito forte pela tomada de posições, por parte da Fecomércio-RS. Temos atendido a esta expectativa nos posicionando firmemente em questões que afetam o dia a dia das empresas. Lideramos uma mobilização estadual contrária ao aumento do ICMS, e agora estamos nos posicionando contrariamente à volta da CPMF.”
Até o final de 2015, a Fecomércio-RS enfrentará, ainda, embates fortes na Assembleia Legislativa, como a definição do piso regional para 2016, detalha Bohn. “Somos totalmente contrários à existência do piso regional.” No ano que vem, a Fecomércio-RS realiza mais seis encontros por meio do pro-grama Giro pelo Rio Grande, que debaterá em conjunto com empresários da base a modernização das relações trabalhistas.
Os Desafios da Reforma Tributária foi o tema central dos encontros realizados neste ano pelo programa, que chegou às seguintes localidades:
novo Hamburgo
santa rosa
nova Prata
são borja
Jaguarão
Cachoeira do sul
GiRo Pelo Rio GRande 2015
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economia
deve prosseguir pelos 12 meses do próximo ano, com um primeiro semestre ruim em ven-das e um segundo semestre de melhora progressiva, mas de forma muito tímida, ainda no vermelho. O país deverá registrar novamente crescimento negativo em 2016, com dólar elevado e desempenho afetado pelas atribulações da vida política. Faltam ao Brasil medidas mais efetivas para o ajuste fiscal, equilibrando despesa e receita.
Conforme o consultor econômico da Fecomércio-RS e professor de Economia da Ufrgs, Marcelo Portugal, a cri-
O mOmentO de instabilidade ecOnômica e freiO nO cOnsumO
conomistas apontam que
2016 continuará com
economia em baixa, mas deve
haver melhora do cenário a
partir do segundo semestre
e
Recessão com inflação
©istock.com/alpha spirit
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se brasileira não é fruto de recessão internacional, pois países como os Estados Unidos, a Zona do Euro e a China estão registrando desempenhos positivos em 2015. O pro-blema está no que ele classifica como “anabolizantes”, colocados em prática a partir de 2010. A prática de ju-ros baixos, de 7,25% ao ano (anabolizante monetário) e de aumento dos gastos públicos com programas sociais, subsídios, bolsas e reajustes (anabolizantes fiscais) gerou um ciclo vicioso. O professor de Economia do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Reginaldo Nogueira, concorda: “O governo errou demais e gastou muito apostando que tudo mais desse certo, intervindo exageradamente na economia”.
O déficit primário gera um aumento da dívida públi-ca, aumentando o risco de insolvência futura. O aumento do risco causa a perda do grau de investimento. Com mais risco e sem grau de investimento, o real se desvaloriza ex-cessivamente. A desvalorização gera mais inflação, o que reduz a renda e a confiança das famílias. Isso, claro, inibe o consumo e causa uma queda na produção de bens, e o cres-cimento lento da economia não impulsiona a arrecadação. “Já retiramos o anabolizante monetário, mas o governo ainda não conseguiu retirar o anabolizante fiscal, apesar de prometer, recorrentemente, que vai fazer isso”, diz.
fundo do poço
Nos cálculos do economista, ao final de 2016 o Produ-to Interno Bruto (PIB) brasileiro continuará negativo, na ordem de -2%. “A última vez que observamos dois anos consecutivos com crescimento negativo do PIB foi em 1930-31”, ressalta. A inflação continuará elevada, mas com queda em relação aos 10% esperados para 2015, fi-cando entre 6% e 7%. “Isso se o ajuste fiscal não ocorrer por aumento de impostos, pois isso pressiona a inflação”, complementa Nogueira. O fundo do poço ocorrerá no se-gundo trimestre, com uma tímida melhora progressiva ao longo do ano. O dólar deve continuar em torno dos R$ 4, pressionado pelo descontrole político e pela elevação dos juros nos EUA. Assim como em 2015, a incerteza política continua a atrapalhar o desempenho econômico. As pro-jeções indicam queda de 2% no PIB do Rio Grande do Sul e do Brasil, inflação de 6,5% ao ano e juros de 13,5%, câmbio
de R$ 4,15/US$, comércio com queda de 2,5% e o setor de serviços com queda de 2%.
A situação atual é de recessão com inflação. Segundo Portugal, os vetores aceleradores da inflação em 2015 fo-ram: o realinhamento das tarifas (energia elétrica, ônibus urbano, gasolina, GLP); as condições climáticas adversas, com excesso e falta de chuvas; a desvalorização cambial de 40%; os gastos públicos em demasia, gerando excesso de demanda; e o BC perdeu a batalha das expectativas. Depois de alguns anos de leniência inflacionária, o Banco perdeu a credibilidade no que diz respeito à meta de inflação (4,5%). Os formadores de preço tentam marcar sempre acima da meta. A recessão atual é a mais longa desde que começaram a existir os dados trimestrais, em 1991.
Campo e indústria
Só a agropecuária tem desempenho positivo no ano corrente. Para 2016, o IBGE prevê uma safra de 206 milhões de toneladas, queda de 1,9% em relação a 2015. A indústria extrativa também conseguiu apresentar resultados posi-tivos mesmo diante da crise, mas são segmentos que não têm sua atividade determinada pela conjuntura interna, e sim pela demanda internacional. De maneira geral, o setor secundário tem decrescido (-8,6%). É o que aponta o econo-mista-chefe da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), André Nunes. “A ideia de que estamos no meio de uma década perdida, por mais desesperador que pareça, não é um pesadelo, mas a realidade. A expectativa de re-sultado pífio para a economia nos próximos anos é conse-quência do esgotamento político e econômico do país, con-jugado com a falta de elementos que possam impulsionar um novo ciclo de crescimento econômico”, avalia.
Segundo diz, até 2018 o cenário não apresenta grandes sinais de melhora. As conquistas sociais alcançadas na úl-tima década já começam a esvanecer e a taxa de desem-prego, que cresceu ao longo de 2015, tende a continuar piorando em 2016. “O remédio para a crise fiscal pede um ajuste nos gastos, mas isso representaria maior perda de um bem muito escasso atualmente entre a classe política: popularidade. Neste momento, a avaliação é que o gover-no perdeu quase toda a prerrogativa de propor mudanças mais abruptas e pisa em ovos”, finaliza.
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cultura de compartilhamento, baseada na troca e
reutilização, propicia o surgimento de serviços cada
vez mais presentes na vida de todos. com o modelo de
colaboração, abrem-se novas oportunidades de negóciosAde pessoas que lhe ajudam a conhe-
cer lugares e a cultura local. Ao mesmo tempo, a sua casa serve de pousada para um turista que está de passagem na cidade. No rodízio de carros do condomínio, chega a sua vez de dar carona aos vizinhos ou levar as crianças na escola. Em um grupo da internet, por exemplo, surge a oportu-nidade de se desfazer de um produto que você comprou e não conseguiu usar. Pode-se ainda pegar algo emprestado, aprender ou ensinar em rede o que você sabe. Na economia colaborativa, as possibilidades são quase infinitas! Por meio da cultura do compartilhamento, a partir da troca e da reu-tilização, criam-se novas oportunidades de negócios, que geram tanto riquezas financeiras como sociais.
O administrador de empresas, máster em comunicação digital, Tomás de Lara, diz que a relação de colaboração é tão antiga quanto a organização da sociedade. “Há mais ou
ImAgIne-se vIAjAndo pelo mundo, experImentAndo A hospItAlIdAde
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Multiplicando oportunidades
texto Cláudia Boff
imagem de abertura ©istock.com/rawpixel ltd
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menos 10 mil anos, quando os povos e tribos começaram a se criar ao redor do fogo, passaram a fazer juntos ferramen-tas de caça e compartilhar comida, construir suas casas e dividir os recursos que tinham. Muitas tribos indígenas ain-da têm uma cultura de colaboração muito forte, inclusive comunidades de baixa renda, onde nem todo mundo tem uma furadeira em casa, uma bicicleta ou uma TV boa”, des-creve. O modelo de hoje, segundo ele, ganhou escala mun-dial por causa da internet 2.0, que tem uma conexão peer-to-peer (entre pares), em que as pessoas podem oferecer o que possuem: aluguel de moradias (como é o caso do Airbnb), compartilhar ferramentas e máquinas (plataforma online temacucar.com), trocar brinquedos, jogos e livros (site e aplicativo brincoutrocou.com.br), entre outros.
De acordo com o especialista, o sharing economy (ou seja, a economia do compartilhamento, baseada em dividir os bens
e serviços entre os usuários) se estabeleceu de maneira glo-bal entre 2009 e 2010, quando começaram a surgir grandes aplicativos. Uma das formas mais antigas para obtenção de capital para diferentes fins é o crowdfounding (financiamento coletivo), em que pessoas físicas apoiam iniciativas em áreas como cultura, tecnologia, educação e esporte, entre outras. No Brasil, ele diz que o Catarse.me é pioneiro na categoria, tendo financiado desde 2011 mais de 2 mil projetos, apoiando cerca de 250 mil pessoas com a doação de R$ 36 milhões. Nele, os realizadores de projetos têm 60 dias para bater a meta, ofe-recendo recompensas criativas em troca dos apoios.
Fundado em 2013, o Kickante é outra iniciativa pro-missora, que possui os dois maiores recordes do gênero na América Latina. “Já lançamos mais de 17 mil campanhas (16 mil delas só em 2015). Os valores arrecadados somam R$ 20 milhões”, conta a CEO da plataforma, Tahiana D’Egmont.
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Para ela, o maior benefício é poder ver sonhos realizados. “A união das pessoas, junto com a possibilidade de atingir as me-tas com pequenas contribuições, mas que fazem a diferença, é um benefício que só acontece no crowdfunding”, reforça. Em www.kickante.com.br é possível, por exemplo, apoiar pesso-as atingidas pelo desastre de Mariana (MG) – cujo rompimen-to de uma barragem de rejeitos de mineração da mineradora Samarco despejou 50 metros cúbicos de lama sobre a região, no início de novembro. “No ano que vem pretendemos lançar pelo menos 50 mil campanhas. Acreditamos no financiamento coletivo como um motor de crescimento para o país”, afirma.
Gestão descentralizada
Para entender essa nova filosofia, a consultora Lala Deheinzelin diz que é necessário observar algumas distinções de conceito. “A economia do compartilhar partilha recursos, utilizando novas tecnologias para mapear estruturas exis-tentes e criar processos para usá-los da melhor forma. A de colaboração propõe um modelo de gestão descentralizado, com um processo distribuído, onde cada um faz a sua parte”,
explica. Um exemplo clássico de construção colaborativa é a Wikipédia, que junta conhecimento e tecnologia em uma plataforma interativa. O projeto surgiu em 2000, no forma-to de uma enciclopédia online gratuita de língua inglesa, com artigos escritos por especialistas, e acabou sendo editável pu-blicamente. “Ao contrário do compartilhamento, que já se es-palhou pelo mundo, a economia colaborativa está começando e tem um grande potencial pela frente porque vai juntar três dinâmicas exponenciais: tudo aquilo que é conhecimento e criatividade, através das novas tecnologias, e de processos distribuídos em rede. Há uma possibilidade quase infinita de soluções para empresas, comunidades, países e de um mundo melhor”, completa a especialista em economia criativa, de-senvolvimento sustentável e futuro.
Tomás de Lara reforça que esse conceito é bem amplo e ainda abrange uma questão cultural. “É entender que a força da colaboração, da cooperação, da interdependência e do apoio entre as pessoas é mais poderosa que a competi-ção, gerando um valor maior”, completa. Ligado a isso, está a cultura open source, que proporciona o compartilhamento de tecnologias e propriedade intelectual, permitindo que as pessoas também obtenham retorno disso. “Nem sempre é um retorno financeiro, mas ajuda todo um sistema a se desenvolver e você a se tornar o impulsor daquele desen-volvimento”. A criação do Linux, dentro de uma política de soft ware livre, na década de 1990, é um dos precursores desse formato de trabalho. Outro exemplo significativo é o projeto Genoma Humano, que possibilitou a decodifica-ção do DNA, baseado na colaboração de diversos centros de pesquisas. Após a conclusão dos estudos, em 2001, as informações foram compartilhadas, colaborando com tec-nologia, softwares e hard wares matemáticos. “Se esse pro-cesso não tivesse ocorrido dessa forma, acredita-se que a descoberta levaria de 20 a 30 anos mais, a um custo de 100 a 200 vezes maior”, afirma o especialista em economia co-laborativa e sustentável.
criatividade e sustentabilidade
Outro forte atributo da economia colaborativa é fomen-tar cocriação, por meio da criatividade e da inovação. “A economia criativa gera experiências únicas, que dependem de diversidade, de hibridismo”, explica Lala Deheinzelin.
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A economia de colaboração propõe um modelo de gestão
descentralizado, com um processo distribuído, onde cada
um faz a sua parte.”“
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Consultora e especialista em
economia criativa, desenvolvimento
sustentável e futuro
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Esse modelo se torna estratégico porque se adapta a qual-quer tipo de empreendimento. “Ela serve para todo mundo, porque é a economia do intangível, ou seja, o que gera valor não é o produto em si, a parte de harware, mas é o processo. São as relações, o conceito, o propósito.” Para ela, a crise é uma oportunidade para que negócios alternativos passem a ser o principal motor de desenvolvimento do país. “O mode-lo de economia atual se organiza de forma tangível e mate-rial, que se consome com o uso. Isso gera competição e uma economia da escassez, com uma lógica linear. Já a criativa, ao invés de acabar, se multiplica, com uma dinâmica de evo-lução exponencial”, explica. Como a maioria das empresas, segundo ela, ainda trabalha de forma fragmentada – sepa-rada por setores e sem interagir com a sociedade – a solu-ção está em ser exponencial também. “Basta trabalhar com processos colaborativos, aonde o modelo de gestão deixa de ser centralizado para ser distribuído e todo mundo passa a fazer uma cogestão”, aconselha.
Tomás de Lara acredita que o relacionamento estabe-lecido entre consumidor e o próprio produtor vai mudar muito a forma de trabalhar das empresas. “Com a cocria-ção, as pessoas começam a verificar junto com os seus consumidores as tendências de consumo, se vale a pena investir em determinado produto. Além disso, conseguem financiar algo que nem existe, que é apenas um protóti-po”. Para ele, o compartilhamento de conhecimento e de outros serviços é fundamental para a construção de uma economia mais sustentável. “Muda também a relação de posse das coisas. A economia colaborativa permite que
os recursos naturais e financeiros sejam potencializados, ampliando o poder de uso de um bem. Com isso, reduz-se a utilização dos recursos da terra, cada vez mais esgota-dos, por meio de uma economia circular mais eficiente.” Lara acredita que a colaboração aprimora as relações so-cioambientais. “Se nos ajudarmos, apoiando o bem-estar de todos, estaremos fomentando uma nova economia. Passamos de um paradigma egocêntrico para um para-digma ecocêntrico”.
espaço multiplataformas
Depois de ter uma experiência frustrada com o desenvol-vimento de tecnologia para home office, Walker Massa resol-veu empreender. Em 2010, descobriu algumas plataformas de trabalho coletivo e resolveu experimentá-las. “Fiquei 10 dias em São Paulo e voltei obstinado a montar um coworking em Porto Alegre”, conta o fundador do Nós Coworking. Em funcionamento desde 2013, o empreendimento, no bairro Floresta, conta com 120 locais fixos de trabalho e escritório compartilhado para mais de 500 membros, que usam o es-paço de forma não contínua. “É um ambiente de networking muito grande, aonde é possível encontrar fornecedores, par-ceiros e até mesmo amigos”, descreve o diretor-gerente.
Por trás da iniciativa, há 19 sócios que colaboraram com ideias e que trouxeram parte de suas experiências para en-
divulgação/nosCoworking
espaço de coworking é exemplo
de compartilhamento
especial
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riquecer o espaço. Há ainda o projeto Nós Lab, uma escola colaborativa aonde o aluno decide o que quer aprender. “Os temas são sugeridos e aprovadores pela nossa rede de co-workers”, explica Massa, citando que há também ambientes para reuniões e eventos. “O convívio com pessoas diferen-tes enriquece muito. Há uma troca constante, possibilitando outras opiniões e um maior potencial de inovação”.
Dentro do espírito de cocriação, a Nós Coworking pre-tende realizar em 2016 o projeto Nós Up. Serão selecionados 20 empreendedores que formarão startups voltadas à reso-lução de problemas. “Eles serão capacitados a identificar o seu propósito e talentos, aonde a troca de conhecimentos e experiências potencializará a geração de ideias para a cria-ção de modelos de negócios”. Os interessados devem se ins-crever em www.noscoworking.com.br.
reGaste social
Neste cenário de transformações globais, uma forma alter-nativa de economia que resgata as relações humanas também ganha força no mundo. Diferenciando-se da visão dominante de mercado, orientada à maximização do lucro, a economia solidária é baseada em experiências de lutas da classe operá-ria do século 19. “Ela surge no Brasil no final dos anos 1990,
no contexto de crise do emprego e de aumento da pobreza e exclusão social, resgatando a solidariedade e o trabalho as-sociado”, conta a pesquisadora da Ufrgs, Ana Mercedes Sar-ria Icaza. Nessa prática, os empreendimentos que podem ser considerados bem-sucedidos combinam três elementos: uma gestão democrática, participativa e com atuação em rede. “Incluem-se processos mais amplos, que expandem a capaci-dade de atuação e os resultados do próprio empreendimento e a inserção comunitária”, explica a estudiosa.
Segundo o Sistema Nacional de Informações em Econo-mia Solidária (Sies), há no Brasil mais de 19,7 mil empreen-dimentos atuando nesta modalidade. Eles estão organizados em diferentes segmentos produtivos, entre eles comércio, consumo responsável, cultura, serviços e tecnologia. Alguns se utilizam de moedas sociais, como o Mate (Novo Hambur-go) e o Guajuviras (Canoas), para ampliar o seu mercado. Essa espécie de bônus, complementar ao real, é usada em feiras de trocas, aonde quem oferece um produto torna-se também consumidor de algo que lhe interesse. Uma experi-ência bem-sucedida é a do Clube de Trocas Solidárias Pampa Vivo, de Novo Hamburgo, que conta com uma rede de 7 mil pessoas e realiza duas feiras solidárias por mês. “É um res-gate a antigos hábitos e valores, em que se tinha o crédito da palavra, baseada no olho no olho, abrindo-se novas opor-tunidades”, afirma a bióloga Solange Manica, que integra a Rede Estadual de Trocas Solidárias.
No Centro de cultura, educação e negócios Vila Flores, em Porto Alegre, 20 grupos residentes, formados por 50 ar-tistas e profissionais de diversas áreas, trabalham em siste-ma de colaboração, desenvolvendo projetos que buscam a sustentação do espaço e o desenvolvimento do 4º Distrito de Porto Alegre. O incentivo a produtores locais e suas iniciati-vas garante a conexão entre negócios criativos, sociais e co-laborativos, propiciando também a troca de conhecimentos e a capacitação de todos. Uma das ações realizadas pela As-sociação Cultural do espaço foi o Seminário Internacional de Economia Alternativa, que ocorreu de 19 a 21 de novembro, no Vila Flores e Goethe-Institut Porto Alegre. “Foi um mo-mento de reflexão sobre a nova economia, pensando os mo-vimentos de compartilhar e trocar, não só com acadêmicos, mas com quem já desenvolve ações mais centradas no ser humano, na capital e Região Metropolitana do Estado”, con-ta uma das gestoras culturais da associação, Antonia Wallig.
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Estamos passando de um paradigma egocêntrico para um
paradigma ecocêntrico. ”“
tomás de lara
Administrador de empresas, máster
em comunicação digital, especialista
em economia compartilhada e sustentabilidade
Negócios
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Um das propostas da rede formada no espaço é contar com uma moeda solidária. “Temos hoje o tigrão, uma espécie de tíquete, que foi usado em uma feira do Vila Flores. O projeto ainda está em fase embrionária”, descreve a também gesto-ra cultural do local, Aline Bueno. O objetivo do grupo é que o futuro instrumento de trocas seja testado primeiro pelos residentes do espaço, incluindo depois casas colaborativas e empreendedores do distrito.
O integrante do coletivo Matehackers, Joel Grigolo, con-ta que o grupo, focado em aprendizado colaborativo e com-partilhamento de conhecimento, foi um dos primeiros a se tornar um “vileiro”, em 2014. “Tivemos a oportunidade de arrumar a sala e habitar esse espaço plurifuncional, projeta-do de forma colaborativa. Todos contribuem para o trabalho ou com ações que podem ajudar no aluguel. É uma grande oportunidade de encontrar pessoas e trocar conhecimen-tos”, descreve. Os projetos realizados em conjunto com a associação, segundo ele, são encarados como um grande la-boratório. “Não há respostas certas ou um caminho a ser se-guido na economia compartilhada. Experimentamos manei-ras de viver a abundância, em vez da escassez. Usamos nossa força de trabalho como ferramenta. A essência das pessoas é mais importante que o valor financeiro.”
leGislação em debate
O crescimento de novas plataformas e aplicativos co-laborativos no Brasil tem suscitado discussões sobre a re-gulamentação destes produtos e serviços. O presidente da Associação Brasileira de Direito Digital, Frederico Meinberg Ceroy, diz que a legislação vigente leva em conta os direi-tos do consumidor. “Tudo é muito recente, por isso não há uma regulamentação específica. Cada caso deve ser avalia-do, mas nem sempre o direito do consumidor pode resol-ver questões nesse sentido”, expõe o também promotor de Justiça. Uma das características deste modelo econômico é a transmutação. “É preciso ver com quem estes produtos e serviços se aparentam hoje. No direito, isso é considerado conceito jurídico indeterminado. Ao serem identificados, é possível que determinados tribunais possam julgá-los.”
Ceroy defende a criação de um estatuto federal para a eco-nomia colaborativa e compartilhada. “O grande erro em situa-ções como da multinacional americana de transporte privado
Para as empresas que querem ou estão ingres-sando nessa nova cultura, confira algumas dicas dos especialistas:
A economia colaborativa não é uma onda ou moda, é uma
filosofia de vida e econômica. “não adianta estabelecer um
negócio de trocas de bens ou produtos compartilhados se
não há essa cultura no dnA”, alerta tomás de lara.
Adaptar-se às constantes mudanças é fundamental.
É preciso estar atento ao que acontece no mundo,
suscitar conversas profundas em todos os setores, como
planejamento estratégico, sustentabilidade e área de
novos negócios. estar conectado com as práticas e as
tendências faz toda a diferença neste ramo.
no site www.colaboraamerica.org pode-se acompanhar
tendências em economia colaborativa, além de
novidades sobre o evento de mesmo nome, que ocorrerá
em novembro de 2016.
há ainda a plataforma ouishare.net, que é uma
comunidade de pessoas e empresas, que reúne projetos,
cursos, evento e outras informações relacionadas ao tema.
dicas e tendências
Fonte: endeavor
urbano Uber, onde os passageiros se conectam com taxistas particulares por meio do aplicativo E-hailing, é tentar regu-lamentá-la de forma local”, afirma ele, citando que o assunto abrange diferentes áreas. “Há ligação com direitos tributário e do trabalho, entre outros. O Procon muitas vezes não sabe o que fazer. O grande desafio será municiar a sociedade.”
A consultora jurídica Melitha Novoa Prado diz que, “como em todos os negócios, é necessário ter, acima de tudo, trans-parência, boa fé e sigilo com as informações dos clientes.” Para evitar fraudes, ela aconselha a busca de informações so-bre a empresa, o produto ou serviço ofertado e as condições em que é apresentado aos consumidores. “O Código Civil e o Código do Consumidor auxiliam na proteção e na garantia do cumprimento dos direitos e obrigações das partes”. Ceroy lembra que é possível acompanhar o ranqueamento de sites e aplicativos, verificando os comentários gerados na platafor-ma em casos de mudança de foco. “Há muitas empresas que lutam contra fraudes, em conteúdos forjados, que podem in-clusive ser gerados pela concorrência.”
saiba
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mais & menos
FranquiasO franchising brasileiro registrou aumento
nominal do faturamento de 8,2% no
3º trimestre deste ano, comparado ao
mesmo período de 2014, com um total
de R$ 35,5 bilhões, segundo a Associação
Brasileira de Franchising (ABF).
Contas públiCasA arrecadação federal registrou queda real
de 11% em outubro frente ao resultado
do mesmo mês em 2014, totalizando r$ 103,5 bilhões. É o sétimo recuo
consecutivo e o número de outubro é o
pior para mês desde 2009. No ano, a arre-
cadação acumula retração de 4,54%.
pibO IBGE divulgou os dados definitivos do PIB
para os anos de 2012 e 2013. A revisão
elevou o resultado das riquezas geradas
nos dois anos. O PIB de 2012 foi revisado
de 1,8% para 1,9%. O de 2013, passou de
2,7% para 3%.
tributos
De acordo com projeção do Impostôme-
tro, os brasileiros devem pagar mais de R$
2,06 trilhões em tributos conside-
rando o ano de 2015.
devolução de ChequesO percentual de devoluções de cheques
pela segunda vez por insuficiência de
fundos foi de 2,20% em outubro, de
acordo com o Indicador Serasa Experian de
Cheques Sem Fundos. Foi o maior patamar
de devolução para um mês de outubro de
toda a série histórica, desde 1991.
MulheresAs mulheres recebem, em média, 74,5%
do rendimento dos homens, de acordo
com a Pnad 2014. O rendimento médio
mensal real alcançou R$ 1.987 entre os
homens no ano passado, enquanto o das
mulheres foi r$ 1.480.
inFânCia / Pequenos cada vez mais cibernéticos
a era digital pegou em cheio a atual geração de crianças – de acordo com pesquisa realizada pela Associação Civil Chicos.net em parceria com a Disney, 97% das crianças acessam a internet, cerca de 54% de crianças brasileiras de 6 a 9 anos possuem um perfil no Face-book e 41% delas utilizam a internet na
privacidade do seu quarto. A preocupação dos pais tambem é grande: 80% dos pais afirmam cuidar o conteúdo que as crianças acessam na internet e 51% acreditam que os perigos oferecidos pela internet sejam piores que os da vida real. Entre as maiores preocupações estão a possibilidade de seus filhos serem abordados por um adulto (82%) e o cyberbullying (78%).
esCassez / brasil cai em ranking global de talentosde acordo com o ranking global de talentos compilado pelo Centro de Competitividade Mundial da escola de negócios suíça IMD, o Brasil fi-gurou a 57ª posição dentre os 61 países pesquisados. Isso reflete uma postura de perda da capacidade de desenvolver talentos no mundo corporativo. Um dos motivos principais está na falta de conhecimen-to teórico e de disposição para aprender, o que acarreta em mau en-tendimento sobre finanças e na falta de habilidade em idiomas. Países europeus dominaram o topo do ranking, cuja liderança ficou para a Su-íça, seguida da Dinamarca, Luxemburgo, Noruega, Holanda, Finlândia, Alemanha e Bélgica. Entre as exceções estão o Canadá e Cingapura, que aparecem nas posições 8 e 10, respectivamente.
CoMpras / icF aPonta queda em consumo Familiaro índice de Intenção de Consumo das Famílias do Rio Grande do Sul (ICF) de novembro apresentou 70,2 pontos, e caiu em 44%, em comparação ao mesmo mês do ano passado. O levantamento, realizado pela Fecomércio-RS, mostra o pessimismo do consumidor na pesquisa. O indicador de se-gurança em relação à situação do emprego diminuiu 25,6% em relação ao mesmo período de 2014, apresentando 105,3 pontos. Os resultados relacio-nados ao nível de consumo atual mostram retração de 49,3%, em compara-ção a novembro do ano passado, e a avaliação relacionada à facilidade de acesso ao crédito diminuiu 47% no período analisado.
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inovação / marcas originais conquistam os clientessegundo pesquisa da Kantar Worldpanel, as famílias brasileiras estão apresentando maior aceitação a mar-cas próprias: cerca de 61% dos lares adquiriram algum tipo desses produtos no último ano. O corte de gastos decorrente da conjutura econômica e compras mais ponderadas foram apontados como causas para a mu-dança no perfil de compra dos consumidores. Em 2013, 74% dos entrevistados aprovaram a qualidade dos pro-dutos de marcas próprias, e, em 2015, esse índice chegou a 86%. O preço foi outro fator importante identificado na pesquisa: há dois anos, 68% das pessoas classificaram os valores como bons ou muito bons, e neste ano, o índice foi de 77%. Entre os itens que mais tiveram crescimento nos últimos anos estão o suco pronto para beber, o de-tergente em pó, desinfetantes e papel higiênico.
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trabalho / CoMo ForMular uM plano de Car-
reira Formular um plano de carreira é essencial
para a evolução técnica e comportamental de
um profissional, facilitando assim a sua projeção,
seja vertical ou horizontal, dentro da empresa. Esses
avanços se refletem nos seus resultados dentro
da organização. Conforme uma carreira progride,
maiores exigências são formuladas, e o ocupante
deve sempre buscar desenvolver competências
técnicas e comportamentais, acompanhando a
complexidade do cargo assumido. Confira cinco
dicas do especialista em RH, Celso Bazzola, para
formular o seu plano de carreira:
1. Mapear os cargos e as competências de acordo
com as características de seu negócio
2. Avaliar o potencial de mercado e sua capacidade
econômica de suportar custos
3. Desenvolver uma política de remuneração
estruturando o plano de cargos e salários consistente
4. Investir e incentivar o autodesenvolvimento de
seus colaboradores
5. Promover treinamentos internos que impactem nos
resultados da empresa
beneFíCios / venda de vale-reFeição é Praticada Por 38% dos Funcionáriosquatro de cada dez brasileiros que receberam vale-refeição ven-deram o benefício pelo menos uma vez nos últimos seis meses, para faturar mais dinheiro, segundo pesquisa do instituto Data Popular. Dos entrevistados, 26% venderam para colegas de trabalho, amigos e parentes, enquanto 12% devolveram para as empresas. Dos que venderam os vales-refeição, 36% afirmaram terem vendido mais de uma vez, e 16% venderam no mínimo quatro vezes. Dentre as mo-tivações para a venda estão a complementação de renda (53%), a preferência por trazer comida para a empresa (22%) e a necessidade de dinheiro no momento da venda (12%). A prática, apesar do alto índice de vendas, é ilegal, e pode levar à demissão por justa causa.
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Claudio Etges/Divulgação Sesc-RS
om a chegada do verão,
atividades que permitem unir
bem-estar e contato com a
natureza se propagam no
litoral gaúcho
Ctrazendo disposição para aproveitar
cada minuto de sol no litoral do Rio Grande do Sul. Para quem já está se programando para o veraneio na praia, uma extensa agenda de atividades promovidas pelo Sesc-RS pode tornar o período mais agradável.
Toda a programação da temporada estará disponível aos trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo e à comunidade em geral a partir do dia 26 de dezembro, e se estende até o final de fevereiro do ano que vem. A agenda conta ainda com projetos como Circuito Verão Sesc de Es-portes, Travessia Sesc Torres Tramandaí e Circuito Sesc de Corridas, entre outros. Em todos esses programas há uma ampla variedade de ações para propiciar o bem-estar.
Por todo o litoral
Cultura, esporte, saúde, recreação e acessibilidade são os destaques da programação oferecida aos veranistas. Confira:
OS DiaS maiS lOngOS E EnSOlaRaDOS DO anO EStãO ChEganDO,
Ao Ar livre
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Rede de SolidaRiedade MeSa BRaSil Como
já é tradição no mesa Brasil, os encontros da
Rede de Solidariedade reúnem, no final do
ano, empresas que contribuem com alimentos,
serviços e outros produtos, entidades sociais
beneficiadas, voluntários, jornalistas e autoridades
para confraternizar e apresentar um balanço do
programa no Estado e em cada região.
Os eventos são realizados em Porto alegre,
Santa maria, Rio grande, Cachoeira do Sul,
lajeado, Erechim e ijuí, nos meses de
novembro e dezembro.
FeStival inteRnacional SeSc de MúSica a
música tomará conta de Pelotas mais uma vez,
com a realização do 6° Festival internacional
Sesc de música. O evento, que acontece entre
18 e 29 de janeiro de 2016, terá 12 dias de
intensa programação musical com uma série de
concertos e apresentações gratuitos em diversos
locais de Pelotas, além de 24 cursos formativos
ministrados por professores de 13 nacionalidades.
O projeto incentiva o desenvolvimento da
produção musical e fomenta o intercâmbio.
Consolidado no cenário cultural de Pelotas, o
evento contou, na sua última edição em janeiro
de 2015, com mais de 40 espetáculos.
AgendA de eventos
8/dezenvolva-se
A rede de solidariedade do Programa envolva-
se realiza encontro em Porto Alegre. Mais in-
formações no sesc Comunidade, no telefone (51)
3224-1268.
26/dezatividades no litoral
início das atividades do verão sesc, nas praias
de Atlântida, Cidreira, imbé, tramandaí, Atlân-
tida sul, Balneário Pinhal, torres, Cassino, são
lourenço do sul e laranjal.
verão Sesc – De 26 dezembro a 21 de fevereiro, nas praias de Atlântida, Cidreira, Imbé, Tramandaí, Atlântida Sul, Balneário Pinhal, Torres, Cassino, São Lourenço do Sul e Laranjal. Repe-tindo uma ação bem-sucedida, o Verão Sesc dá continuidade neste ano ao programa Praia para Todos, com novas cadeiras anfíbias que possibilitam a cadeirantes e pessoas com dificul-dade de locomoção tomar banho de mar com segurança. Além disso, o público pode participar do circuito olímpico, talentos da maturidade, desafio de atletismo e campeonato de futebol virtual, além da novidade sinucabol e espaço wi-fi.
circuito verão Sesc de esportes – Futebol de areia, vôlei de duplas, futevôlei, basquete de areia e handebol de areia são as modalidades esportivas que estarão presentes em todas as regiões do Estado em janeiro e fevereiro, envolvendo milha-res de atletas. Após as etapas classificatórias, a praia de Torres sediará as finais da competição, nos dias 27 e 28 de fevereiro. Atletas interessados em participar podem se inscrever junto às Unidades Operacionais do Sesc e nos Balcões do Sesc/Senac.
travessia Sesc torres/tramandaí – A prova, que ocorre no dia 30 de janeiro, tem um percurso de 81.240m, quase o do-bro da Maratona Internacional de Porto Alegre e equivalente a mais de cinco vezes a distância da Corrida Internacional de São Silvestre. As largadas ocorrem em Torres, próximo à Casa do Estação Verão Sesc. Após a largada, os atletas partirão pela orla rumo à Barra de Imbé. No caminho, eles encontrarão oito postos de troca, onde ocorrem revezamentos. A prova pode ser cumprida individualmente, em duplas, quartetos ou octetos, nas categorias masculino, feminino, misto e master.
circuito Sesc de corridas – Com esta iniciativa, o Sesc-RS propaga a importância da realização de atividade física para melhorar a qualidade de vida, difundindo a prática da corrida de rua nas comunidades gaúchas. Em 2016, serão 13 etapas re-gionais, além da final estadual que acontece em Porto Alegre, sempre em dezembro.
arte Sesc – Circuitos culturais percorrerão diversos municí-pios, principalmente a região de Tramandaí, onde irão ocorrer de forma mais intensa, nesta época do ano, apresentações de cultura, que englobam cinema, teatro, literatura e música vol-tada aos veranistas e à comunidade local.
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contabilidade
Afinal, em janeiro e fevereiro já se iniciam os pagamentos dos impostos, que não podem ser alterados ao longo do ano. Em período de instabilidade econômica e com o governo fazendo mudanças que visam ao aumento da arreca-dação, olhar com atenção para os valores pagos para manter uma empresa é vital. Mas qual sistema é mais adequado à sua empresa: lucro real, presumido ou Simples Nacional?
Enquanto o primeiro é mais indicado para companhias de grande porte, pequenos negócios podem optar entre o Sim-ples, que considera apenas o faturamento das empresas, não podendo ultrapassar R$ 3,6 milhões, e o lucro presumido apli-cado às taxas sobre uma estimativa de margem de lucro. O Simples ainda oferece a vantagem de englobar em uma única guia oito impostos de âmbitos federal, estadual e municipal.
“Antes de tomar a escolha, o empresário deve levar em conta as características da atividade. Como são muitas as
Final de ano é momento para reavaliar a Forma de tributação.
om a proximidade da
virada de ano, colocar
na balança resultados
e mudanças da empresa
e, consequentemente,
reavaliar o modelo
de tributação pode ser
alternativa viável
C
MoMento para repensar tributação
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variáveis, pois além destas três formas de tributação, te-mos ainda tributação diferente por mercadoria/serviço – e, inclusive, a origem e destino podem influenciar no cálculo dos impostos”, orienta Diogo Ferri Chamun, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empre-sas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon-RS).
Chamun alerta ainda para os problemas que uma escolha equivocada pode gerar para a empresa. Uma das consequên-cias é a elevação da carga tributária ao longo do ano, o que reduz a capacidade de investimentos e aumenta os custos do negócio. “É imprescindível o contato com a assessoria con-tábil e trabalhar com projeções. Nossa recomendação é que, a partir do histórico contábil da empresa, se façam simula-ções considerando todos os tipos de cenários: o otimista, o realista e o conservador.”
SIMPLES QUE PODE SE TORNAR COMPLICADO
Com as novas regras do Simples Nacional, 143 atividades, como advocacia, odontologia, administração, arquitetura e psicologia, por exemplo, podem optar por esse sistema de tributação. Por levar em consideração somente o fatura-mento das empresas, o Simples Nacional pode não ser uma opção para algumas empresas.
“A atividade da empresa influenciará diretamente na sua carga tributária, uma vez que há tabelas diferentes para diferentes grupos de atividades. Cabe salientar, ainda, que as alíquotas do Simples Nacional aumentam proporcional-mente ao aumento do faturamento dos últimos 12 meses”, explica o advogado tributarista Rafal Pandolfo.
As pendências financeiras com o fisco são um dos empe-cilhos para a adesão ao Simples Nacional, afirma Pandolfo. A Receita Federal até envia notificações às empresas deve-doras, mas, mesmo sem receber nada, é importante que o empresário faça uma pesquisa e elimine todos os débitos.
LUCRO REAL PODE SER ALTERNATIVA NA CRISE
Para o especialista em Direito Tributário João Henrique Salgado Nobrega, quem opta pelo sistema de Lucro Real pode ter uma vantagem em momentos turbulentos na eco-nomia da empresa. Segundo Nobrega, se a empresa tem
prejuízo, em um ano é possível acumular para compensar esse prejuízo no futuro. “Este é um benefício que só exis-te no caso do lucro real. Entretanto, há um atraso. Só é possível reduzir 30% do valor. Ou seja, se o prejuízo foi de R$ 100, a empresa só vai poder resgatar R$ 30”, explica.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Planeja-mento e Tributação (IBPT), a complexidade tributária é a se-gunda causa da mortalidade de micro e pequenas empresas, respondendo por 16,51% dos casos de falência no Brasil. Por isso, conhecer os sistemas tributários, ou ter uma assessoria contábil que possa garantir a orientação adequada, é impor-tante para a saúde da empresa. “Eu costumo dizer que, cada vez mais, em pequenas e grandes empresas, o contador é um profissional que faz a diferença expressiva dentro do negó-cio. Um bom contador é começo para uma empresa saudá-vel”, conclui Nobrega.
Faça uma boa análise do passado recente e das perspectivas
concretas do seu negócio para os próximos 12 meses
não se restrinja aos modelos tributários sempre aplicados, mas
explore, especule, sobre alternativas
Contrate profissionais que estejam afinados com o
entendimento da receita Federal e do Judiciário
numa época de crise, todos os recursos que puderem ser
economizados são relevantes. mas não se sujeite a riscos
desnecessários, que podem custar muito mais caro no futuro
até 30 de dezembro é possível solicitar a adesão ao Simples
para 2016 fazendo agendamento no site da receita Federal
(www.receita.fazenda.gov.br/Simplesnacional)
Caso opte por não fazer o agendamento, a adesão poderá
ser solicitada durante todo o mês de janeiro, também via
site da receita
empresas constituídas após janeiro poderão optar pelo Simples
nacional em um prazo de 30 dias após a inscrição nos órgãos
competentes. depois deste período, a opção poderá ser feita
apenas em janeiro de 2017
DiCas
siMpLes naCionaL
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no principal prêmio de qualidade do país. O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio Grande do Sul (Senac-RS), do sistema Feco-mércio, foi reconhecido como empresa destaque no Critério Clientes no Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) 2015. A entre-ga da distinção ocorreu no dia 18 de novembro, em São Paulo. “É com muito orgulho que recebemos esse prêmio, pelo fato de demonstrar que a excelência em gestão traz resultados po-sitivos dentro do segmento”, disse o presidente do Sistema Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. “Vamos continuar nesse caminho, valorizando cada vez mais os nossos clientes, e te-mos o objetivo de atender 300 mil alunos em 2016. O modelo de sucesso não se encerra com a distinção recebida, pelo con-trário, esperamos sempre apresentar melhores resultados.”
O Senac-RS concorre ao prêmio desde 2009. A iniciativa, promovida pela Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), diag-nostica e avalia o trabalho das empresas e entidades partici-pantes no que diz respeito a Liderança, Estratégias e Planos,
Pela Primeira vez, uma instituição de educação gaúcha está entre as melhores
referência nacional na gestão de clientes
enac-RS é Reconhecido
como empReSa deStaque no
cRitéRio Clientes no pRêmio
nacional da qualidade de
2015. ReSultado moStRa
excelência na geStão
s
div
ulg
açã
o/se
nac-
rs
Equipe liderada por
José Paulo da Rosa
(com o prêmio em
mãos) comemora
a conquista
que comprova
excelência na
gestão da entidade
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SEnac doa mEchaS dE cabElo ao Imama o senac-
rs fez a entrega de 223 mechas de cabelo ao insti-
tuto da mama do rio grande do sul (imama), no dia
13 de novembro. os cabelos, que serão utilizados na
confecção de perucas para mulheres em tratamento
de câncer, foram doados por colaboradores, seus
familiares e comunidade em geral em ação global,
realizada durante o outubro rosa em todas as unida-
des do senac no estado.
alunoS SE dEStacam Em Santa maRIa os alunos do
curso técnico em informática e do curso de aprendi-
zagem em serviços de vendas, do senac santa maria,
foram destaque no Prêmio Perfil empreendedor, pro-
movido pela rBs tv. os estudantes adriana Werle soa-
res e João victor Bolsson conquistaram o 2º lugar com
o projeto E-Service: Clientes e Empresas a um Clique
de Distância, que consiste em acompanhar as ordens
de serviço para empresas de eletroeletrônicos. Já os
alunos larissa sebalhos de oliveira, helena azevedo
de oliveira e Paulo henrique schwarzbach ficaram em
3º lugar com o trabalho Wonderful Moments: seu san-
duíche Delivery, um aplicativo para telefone celular
que realiza pedidos personalizados de sanduíches.
agenda de eventos
Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Processos, Pessoas e Resultados. O critério Clientes, pelo qual o Senac-RS foi premiado, aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento de informações de clientes e mercado e à comuni-cação com o mercado e clientes atuais e potenciais.
O diretor regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa, rece-beu com orgulho a notícia que torna a entidade referência em termos de gestão educacional. “Registramos índices de 95% de satisfação em pesquisas com nossos alunos, um patamar bas-tante elevado quando buscamos referenciais comparativos no segmento. Além disso, os índices de alunos concluintes dos cursos e as baixas taxas de evasão também foram indicadores fortes que chamaram a atenção dos julgadores”, vibra. “Ficou demonstrada a excelência no relacionamento com o cliente.”
Disseminação De práticas
O importante, na visão de José Paulo, é que os esforços pela qualidade na gestão se disseminem. “O movimento se iniciou na indústria, e queremos que o segmento de comércio de bens e serviços trilhe esse caminho”, explica. “O Senac, como empresa mantida pelo setor, enxerga que um prêmio como esse pode motivar e incentivar que outras empresas façam o mesmo. Um dos maiores desafios brasileiros é qua-lificar a educação nacional, onde há carência de modelos de excelência.” O diretor ressalta ainda que os clientes são a razão de existir do Senac-RS: “As formas como segmenta-mos, tratamos e nos relacionamos com nossos clientes são fundamentais para o sucesso da gestão pela qualidade”.
A cerimônia contou com a presença de representantes do governo, autoridades locais, o vice-presidente da Feco-mércio-RS, Francisco José Franceschi, diretores, gestores e colaboradores do Senac-RS, além de representantes das de-mais empresas reconhecidas. Realizado anualmente, o PNQ reconhece as organizações que são referência em excelên-cia da gestão no Brasil. O Prêmio ocupa posição central na missão da FNQ de estimular e apoiar as organizações para o desenvolvimento e a evolução de sua gestão, por meio da disseminação dos Fundamentos e Critérios de Excelência, para que se tornem sustentáveis, cooperativas e gerem va-lor para a sociedade. O processo visa a estimular o desenvol-vimento do país, promover a melhoria da gestão e o aumen-to da competitividade das organizações.
6/deznatal da criança de camaquã
o Movimento assistencial de camaquã promove o
natal da criança, das 15h às 18h. estima-se que se-
rão atendidos 6 mil meninos e meninas com a distri-
buição de bolas e bonecas, além de 6 mil picolés, kit
de doces, bolos, sucos e água. o senac camaquã será
responsável pela decoração nos rostos das crianças
e pela recreação nos brinquedos infláveis. o evento
ocorre na Praça Zeca netto.
7/dezFree talking day VII
alunos, ex-alunos e convidados se encontram para
praticar a conversação em inglês. a promoção é do
senac são leopoldo (51) 3590-3060. as atividades
começam a partir das 19h30.
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dossiê / Carros
resente no nosso dia a dia, o
carro é, para muitos, mais do
que um meio de locomoção
ou uma necessidade. ele
também desperta paixões com
seu design e sua potência,
aprimorados no último século
pexplosão da História, invento do engenhei-
ro alemão Karl Benz que mudou completamente nossas vidas. O carro alterou a configuração das cidades e reduziu distân-cias, permitindo com que longos trajetos fossem percorridos em pouco tempo. E, claro, com isso vieram outras inovações como veículos de socorro e caminhões, aprimorando transa-ções econômicas e o convívio em sociedade.
Um veículo capaz de percorrer distâncias e suportar uma carga pesada é algo extremamente estratégico em uma sociedade desenvolvida, e já estava no horizonte de outros inventores antecessores de Benz. Um deles foi o francês Ni-cholas Cugnot, que desenvolveu o primeiro modelo de veí-culo movido a vapor em 1769. Ou seja, é possível considerar que o automóvel já conta com 246 anos de história, embora só tenha sido apresentado para um público amplo em 1889 – consagrando, porém, o carro motorizado movido a combus-tível, mais semelhante com os que usamos atualmente.
Mesmo com diferentes fontes de ignição, as invenções de Cugnot e Benz tinham suas semelhanças. Ambos, por exem-
Há 130 anos era lançado o primeiro automóvel com motor a
©istock.com/Jason v
quilômetros de história para contar
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Quem é apaixonado por carros certamente ficará ma-ravilhado com a seleção dos 10 carros mais vendidos da História, feita recentemente pelo Wall Street Cheat She-et. Entre os modelos, há aqueles que já saíram de linha e os que ainda estão em produção. Confira:
os mais vendidos
1º – Toyota Corolla40 milhões de
unidades vendidas
5º – Honda Civic18,5 milhões de
unidades vendidas
3º – Volkswagen Golf27,5 milhões de
unidades vendidas
7º – Honda Accord17,5 milhões de
unidades vendidas
9º – Volkswagen Passat15 milhões de
unidades vendidas
4º – Volkswagen Fusca23,5 milhões de
unidades vendidas
8º – Ford Modelo T16,5 milhões de
unidades vendidas
10º – Chevrolet Impala14 milhões de unida-
des vendidas
2º – Ford F-Series35 milhões de
unidades vendidas
6º – Ford Escort18 milhões de
unidades vendidas
plo, possuíam três rodas. Porém, o modelo que dependia do vapor para funcionar conseguia alcançar a velocidade má-xima de 4 km/h. Já o que era abastecido com combustível atingia uma velocidade mais de quatro vezes superior a essa, sendo capaz de percorrer 18 km/h. Para nós, hoje, parece um limite de velocidade excessivamente lento, mas passar de 4 km/h para 18 km/h foi um grande avanço para o período.
Participação feminina
A cada quilômetro rodado com o seu carro, há um toque feminino. Elas contribuíram, e muito, para que essa invenção se tornasse viável. Considerado o inventor do primeiro auto-móvel com motor a explosão, Karl Benz contou, desde o início, com o apoio e a intensa participação da esposa durante todo o processo de construção do primeiro carro. Bertha Benz se identificou tanto com a engenhoca do marido a ponto de com-preender o processo mecânico do veículo. Em 1885, quando a invenção ficou pronta, Bertha se tornou a primeira mulher da história a dirigir um automóvel, a 13 km/h.
O período ainda era de teste, e embora o modelo funcionas-se, Benz se recusava a iniciar a produção de carros, pois achava que eles não estavam prontos para comercialização, uma vez que os modelos criados até 1888 não haviam percorrido dis-tâncias superiores a 20 km. Bertha resolveu provar que o ma-rido estava enganado. Em uma manhã de agosto de 1888, ela e os dois filhos, Eugène (15 anos) e Richard (14 anos), iniciaram uma aventura que terminou por atestar a viabilidade do Benz Motorwagen 3. Ela percorreu 104 km, entre as cidades alemãs de Mannheim a Pforzheim. Durante o trajeto, que foi a primei-ra viagem de automóvel da História, Bertha encontrou inú-meras dificuldades, desde a falta de combustível a problemas mecânicos, mas foi capaz de solucionar cada um dos desafios, provando que a invenção estava pronta para rodar.
O mais importante é que cada uma das dificuldades en-frentadas por Bertha em sua jornada serviram de lição para o aprimoramento do carro, como nos freios. Embora fosse a primeira mulher a colaborar com o desenvolvimento do au-tomóvel, Bertha não seria a última. Entre 1893 e 1903, o pri-meiro automóvel americano, o Duryea, recebeu uma inovação fundamental criada por uma mulher: Mary Anderson inven-tou o para-brisa e aumentou a segurança do carro. Até 1923, 175 mulheres registraram patentes de invenções relacionadas
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dossiê / Carros
curiosidades
Merecia uM Oscarele não foi cotado a nenhum prêmio
como ator principal, embora sua
aparição no cinema tenha sido tão
expressiva que levou um dos carros
mais populares da história a quase
falar. o simpático Herbie, da comédia
Se Meu Fusca Falasse (1968), ganhou
as telonas, muitos fãs e mais seis outros
filmes baseados na história original.
1 bilhãOa frota mundial de automóveis atingiu
a marca de 1 bilhão de unidades em
2008, segundo a organização mundial
da indústria automobilística (oica). o
número é equiparável à quantidade
de habitantes dos países mais
populosos do mundo, como china e
Índia, que contabilizam pouco mais de
1 bilhão de pessoas em seus territórios.
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aos veículos, semáforos e sinalizações de trânsito. A primeira mulher habilitada a dirigir um automóvel foi a Duquesa Anne d’Uzès, em 1898, na França. Ela também foi a primeira mulher a ser advertida por exceder o limite de velocidade – conduzia o veículo a 15 km/h, quando o permitido era 12 km/h!
legado corporativo
Todo bom gestor já ouviu falar em Fordismo e Toyotismo. Esses dois conceitos tão disseminados na Administração vêm do desenvolvimento de modelos de gestão elaborados para a indústria automotiva. O Fordismo foi desenvolvido pelo em-presário norte-americano Henry Ford, em 1914, e consagrou o padrão que garantiu a produção em massa (conceito também conhecido como linha de produção). Fundador da Ford Motor Company, Ford adotou em suas fábricas um sistema produtivo em que cada funcionário exercia uma única função, o que ga-rantiu agilidade e redução de custos no processo fabril.
Após a Segunda Guerra Mundial, o engenheiro japonês Taiichi Ohno criou o modelo produtivo que ficou conhecido por Toyotismo, por ter sido adotado, primeiramente, pela fá-brica da Toyota. Esse processo não se caracteriza pela fabrica-ção em massa, mas pela adequação às demandas de mercado. Esse padrão está expresso no lema Just In Time, que determina que a produção deve ser feita sob medida, na quantidade e no tempo necessários. A partir dos anos 1960, o padrão adotado pela Toyota ganhou o mundo.
seM MOtOristaos veículos autônomos (sem motoristas)
já existem, mas devem entrar em circu-
lação no ano de 2035, segundo estudos
do instituto de engenheiros elétricos e
eletrônicos (ieee). a estimativa é a de que
itens como espelhos retrovisores, buzinas
e freios sejam eliminados e sistemas de
navegação, softwares, Gps e sensores
sejam integrados aos novos modelos.
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Primeiro automóvel movido a gasolina foi
desenvolvido em 1885 pelo alemão Karl Benz
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Marcelo PortugalConsultor Econômico da Fecomércio-RS
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diretamente ligados à política econômica do governo. A política fiscal continua com um viés expansionista, gerando déficits primários. Esses déficits representam um impulso de demanda que produz elevação de preços na economia. Por fim, é importante lembrar que a leniência do Banco Central no combate à inflação, ao longo dos últimos quatro anos, fez com que a autoridade monetária perdesse a “batalha das expectativas”. Isso é, depois de alguns anos de leniência inflacionária, o BC perdeu a credibilidade em relação à meta de inflação (4,5%). Assim, os formadores de preços e de salários na economia se acostumaram com reajustes sempre bem acima da meta de inflação.
Em certa medida, a aceleração da inflação, em 2015, é o resultado de erros passados, quando tentamos manipular as tarifas públicas, manter a taxa de câmbio artificialmente baixa, através de intervenções do BC no mercado de câmbio, e de uma perda de credibilidade em relação à meta de inflação de 4,5% ao ano. O trabalho à frente ainda é árduo, de forma que dificilmente atingiremos a meta de 4,5% de inflação em 2016.
TuDO InDICA quE, Em 2015, pela primeira vez em 13 anos, a inflação ficará em dois dígitos. Há cinco razões para essa aceleração da inflação. Em primeiro lugar, tivemos um realinhamento das tarifas públicas, principalmente no início do ano (energia elétrica, ônibus urbano, gasolina e GLP). Essas tarifas foram manipuladas com intuito eleitoral durante o primeiro mandato da presidente Dilma e tiveram de ser reajustadas agora, pois estavam provocando um custo fiscal insuportável ao Tesouro Nacional.
Em segundo lugar, vieram as condições climáticas. O excesso de chuvas em algumas regiões e a seca em outras provocaram fortes elevações de preços, principalmente em hortaliças, tubérculos e verduras. Em terceiro lugar, a inflação foi impulsionada pela desvalorização cambial. A taxa de câmbio passou de 2,66 R$/uS$, no início do ano, para algo próximo de 3,80 no final de outubro. Essa desvalorização, de cerca de 40%, elevou os preços de produtos importados e daqueles que, mesmo que produzidos localmente, têm seus preços denominados em dólar.
mas, além desses três fatores já citados, há dois outros vetores inflacionários que estão
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ho Brechós
Mudança de cultura ou carteira mais vazia, devido ao atual momento financeiro, são argumentos para quem investe no segmento explicar o bom momento que o mercado de usados tem vivido. E quando o assunto é roupa, a “boa safra” é mais evidente. Com clientela em todas as classes sociais, da A a E, os bre-chós no Brasil atendem a demandas diversas, do infantil ao plus size. O que faz a roupa de segunda mão ser um negócio em franca expansão.
Consumidora de brechós e admiradora do antigo, de cultura pop e do kitsch (o brega revisitado), a especialista
O brasileirO definitivamente perdeu O precOnceitO de cOmprar em brechó.
om mais de 12,3 mil lojas pelo
Brasil, o mercado de artigos
usados cresce ao largo da
crise e se renova, provando
que a tendência não tem
nada de antiquada
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A modA AgorA é comprAr em brechó
lúcia simon
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em Moda, Mídia e Inovação Bárbara Pimentel de Andra-de, Babi para os íntimos, sabe muito bem que roupa usada está longe da naftalina e que dá um bom dinheiro. Há oito anos ela comanda a Casa da Traça, brechó famoso no univer-so alternativo de Porto Alegre. “Aqui o ambiente é colorido, limpo, bem organizado e temos peças raras de grande valor histórico/sentimental”, afirma a jovem empreendedora de 29 anos e que desde os 21 toca o negócio sozinha.
“O mercado de brechós tem crescido, mas há muitos nichos a serem explorados dentro do segmento, muitos públicos, então a saturação ainda não ocorre. A experi-ência de compra hoje vai além do objeto/valor, há todo um novo contexto que as pessoas procuram, especial-mente neste setor”, explica Babi. Para atrair seu público consumidor, a Casa da Traça é bem focada, além de ser um “universo nostálgico”. Com suas vitrines excêntricas, fitas K7 nas paredes, telefones coloridos, máquinas de lavar customizadas, patins anos 70, toca discos e LPs, o casarão do número 450 na avenida Independência é uma atração à parte.
Para fazer a divulgação da Casa da Traça, Babi tem como grande aliadas as mídias digitais, em especial o Face-book. “É onde nosso público está, os custos são razoáveis e o retorno é excelente”, afirma. A jovem empreendedora do mundo dos brechós também promove pockets shows, expo-sições, encontros e atividades relacionadas a moda, arte e música. Além de saldões e feiras. São cerca de duas mil pe-ças femininas e masculinas que transitam entre o vintage e a moda alternativa. Além de roupas, que são o carro-chefe da loja, os clientes também encontram bijuterias, acessó-rios e calçados e roupas. “Em 2015, a previsão é de um cres-cimento 65% maior do que em 2014”, comemora.
BRECHÓ NO VAREJO E NO ATACADO
Há cinco anos, a “dona de brechó” Andrea Bandsz, 37, faz parte de uma estatística positiva no Brasil. Ela e mais de 12,3 mil proprietários de micro e pequenas empresas de artigos usados investem neste nicho lucrativo e sus-tentável. Outro detalhe importante envolvendo a moda brechó é que a maioria das lojas é gerenciada por mulhe-res, de acordo com o Sebrae. “Acho que quando a mulher vira mãe, alguma coisa muda dentro da gente. Deixar o fi-
lho na creche não é legal. Ter a cria do lado, sim”, brinca, explicando por que decidiu abrir um negócio próprio.
O Breshopping de Andrea nasceu por influência de uma amiga e até setembro deste ano funcionava mais como um brick de artigos para bebês do que como brechó. Desde então, a loja, que está localizada na movimentada Avenida Alexandrino de Alencar, em Gravataí, também passou a oferecer roupas para meninos até 8 anos. “Mais de 80% das lojas, seja brechó ou não, só oferecem roupas femininas. Decidi que a minha loja ia oferecer roupas es-tilosas e com baixo custo para os meninos. E tem dado certo”, comemora.
Em paralelo ao Breshopping, que é dedicado ao varejo, Andrea mantém um atacado de roupas usadas. Ela aprovei-ta a grande circulação da avenida do bairro Morada do Vale I para comprar roupas infantis e adultas e depois revender para lojas de todo o Estado. “É outro foco. No atacado, que mantenho em um prédio próprio, tenho centenas de pe-
Casa da traça,
de Porto Alegre,
deve crescer 65%
neste ano, projeta a
proprietária, Babi
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ho Brechós
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ças para quem quer abrir um brechó ou mesmo manter suas prateleiras com produtos bons e na moda. No atacado, o preço máximo dos produtos é R$ 5”, conta.
Para divulgar o Breshopping varejo infantil e o atacado misto, Andrea também usa o Facebook. É na rede social criada por Mark Zuckerberg que a empreendedora de Gravataí divulga os produ-tos e até faz vendas online. “O cliente olha as pe-ças na nossa fanpage, escolhe o produto e a gente envia pelo correio. Nem precisa vir a Gravataí!”
INSPIRAÇÃO COM A MATERNIDADE
Foi quando o Luiz Fernando começou a cres-cer, e com ele as pilhas de roupas, acessórios e brinquedos se acumulando, que a enfermeira Ga-briela Formoso de Moraes, 29, viu uma boa opor-tunidade de ganhar um dinheiro extra. Como ela mesma diz, “primeiramente, foi de porta em porta”, até que o negócio informal ganhasse for-ma e jeito de empreendimento de verdade. Foi
assim que nasceu, em agosto de 2014, a BBXó.“Eu percebi que havia muitas mães passando pela mes-
ma situação que eu. As crianças crescem muito rápido e
ganham muitos presentes, que muitas vezes deixam de servir num curto espaço de tempo. São roupas, sapatos, carrinhos, brinquedos que estão em excelente estado de conservação, mas que não têm mais utilidade para aquela família. Então, por que não passar adiante e ainda levar um produto novo?”, conta Gabriela.
Mesmo sem experiência no varejo ou como empre-endedora, Gabriela idealizou e construiu uma loja de “encher os olhos”. Nos 100 m² do prédio comercial que a BBxó ocupa na rua Silveira Martins, 795, no centro de Santana do Livramento, tem “tudo para crianças de zero a 16 anos”. Gabriela soube como fazer o casamento per-feito entre os dois segmentos de produtos, que chegam a ter 70% de diferença no preço. “O cliente pode trazer um produto usado e usar o valor na compra de uma peça de roupa nova, por exemplo. A ideia é fazer com que os dois ramos andem juntos”, conta.
E, pelo visto, deu certo. Tanto que Gabriela largou o emprego de enfermeira para dedicar-se exclusivamente a BBxó. Em dezembro, a jovem dá mais um passo impor-tante na consolidação do negócio: abrirá a primeira filial. “Estamos trabalhando com todas as nossas energias para até o dia 15 conseguirmos inaugurar uma loja em Bagé. Lá, terei uma sócia e duas funcionárias vão nos dar o su-porte diário”, conta entusiasmada.
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BBxó, brechó de Santana do
Livramento especializado em artigos
infantis, abrirá uma filial em Bagé
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pelo mundo
Carne artifiCial deve Chegar em CinCo anos
Um grupo de cientistas da Holanda produziu o primeiro hambúrguer de carne artificial do mundo em 2013, e, agora, há planos para comercializa-
ção até 2020. Segundo os pesquisado-res, a carne artificial será mais sabo-rosa e terá um valor muito mais em
conta do que as carnes naturais, além de aliviar a consciência do consumi-dor. O desenvolvimento do projeto custou cerca de 215 mil euros, mais
de R$ 1,2 milhão. O produto foi desenvolvido através da retirada de células-tronco dos
nervos e da pele bovinos, e, a partir deles, foram sintetizados músculo e gordura para criar o hambúrguer de
carne artificial.
independênCia para os Cadeirantes Os Segways, patinetes que andam a partir do equilíbrio do condutor que ficaram muito famosos há alguns anos e que caíram em desuso nos últimos tempos, ganharam um novo tipo de utilização: cadeiras de roda. A idealização veio de um engenheiro da Nova Zelândia, Kevin Halsall, que, após ver um amigo ficar paraplégico, resolveu criar uma cadeira de rodas que, baseada na tecnologia dos Segways, pode dar mais autonomia ao cadeirante. O projeto foi batizado de Ogo, e não requer o uso de botões ou joysticks, e o cadeirante não precisa mover as rodas com as mãos para a cadeira se movimentar. O usuário precisa apenas impulsionar o tronco para a direção que ele quiser seguir, em movimentos sutis.
salários para todos na finlândia A Finlândia vai implementar um projeto em 2016 que pretende trocar todas as ajudas financeiras sociais governamentais por um
salário fixo disponibilizado pelo governo para cada habitante. Esta contribuição estará disponível a todos os finlandeses,
independentemente da situação social. O principal objetivo da ação é lutar contra a pobreza e diminuir os custos com programas sociais. O valor de repasse ainda é incerto, mas deve ficar na faixa dos € 400 a € 700 (entre R$ 1.768 e R$ 3.095), e a decisão conta com
o apoio de 80% da população. Cerca de 280 mil finlandeses estão desempregados, o que configura 10% da população.
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Em convErsas, aulas ou palEstras, uma pergunta que nunca falta: quanto tempo irá durar a crise? as pessoas estão ansiosas para saber quando o país irá retomar o crescimento econômico, com aumento de renda e criação de empregos. não sou economista, mas acho que posso arriscar um palpite... o faço porque voltamos a ter crises econômicas pautadas por instabilidades políticas, o que não acontecia desde 2002, quando existia a certeza da eleição de lula, mas pairavam incertezas com relação à política econômica que seria adotada pelo novo presidente. Desde então, a economia brasileira adotou um rumo independente – impulsionada pela janela de oportunidades demográficas e pelo crescimento da produtividade mundial, em que a política não exercia influência no cotidiano da economia. o maior exemplo é o episódio do mensalão, pelo qual a economia passou sem tomar conhecimento.
mas a conjuntura mudou quando o governo decidiu utilizar mecanismos artificiais de controle da inflação, com o objetivo de postergar a crise para após o período eleitoral. Quando a inflação, previsível, chegou somada a anos de descontrole das contas públicas, a conjuntura econômica se tornou incontrolável. Então, alimentada por uma profunda crise nas relações entre os poderes Executivo e legislativo, e também
RodRigo giacometConsultor Político da Fecomércio-RS
Quanto tempo dura a crise?
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pela crise de credibilidade do governo federal, a política voltou a pautar a economia.
para que a política pare de pautar a economia, é necessária a recuperação da credibilidade do governo e das instituições democráticas. não podemos esquecer que vivemos em uma democracia jovem, que recém completou os 30 anos. Isso significa que não basta, para sairmos da crise, o impeachment ou o simples afastamento da presidente Dilma. Em ambos os casos, realizaríamos uma transição incompleta, anormal, e incapaz de devolver a credibilidade aos mercados e à opinião pública. portanto, esta é uma crise que precisa ser vivida e enfrentada pelos brasileiros.
Devemos conviver com este mesmo governo – eleito democraticamente, é bom que se diga – até o momento de chegarmos ao período eleitoral, e torcer para que o próximo presidente tenha condições políticas para criar bases para um novo ciclo de desenvolvimento. Como estamos a três anos da próxima eleição presidencial, e não há soluções mágicas capazes de promover a retomada do crescimento de forma imediata, esta crise irá durar, no mínimo, seis anos. Este é o tempo de que precisamos para eleger um novo governo dentro da normalidade democrática, concedendo a ele um período de três anos para colocar a casa em ordem.
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monitor de juros mensal
O Monitor de Juros Mensal é uma publicação que objetiva auxiliar as empresas no processo de tomada de
crédito, disseminando informações coletadas pelo Banco Central junto às instituições financeiras.
O Monitor compila as taxas de juros médias (prefixadas e ponderadas pelos volumes de concessões na primeira
semana do mês) praticadas pelos bancos com maior abrangência territorial no Rio Grande do Sul, para seis
modalidades de crédito à pessoa jurídica.
Capital de Giro Com prazo até 365 dias
Cheque espeCial
anteCipação de Faturas de Cartão de Crédito
no
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Capital de Giro Com prazo aCima de 365 dias
Conta Garantida
desConto de Cheques
Na modalidade de capital de
giro com prazo até 365 dias,
com a ausência de informações
do Citibank, o HSBC aparece no
primeiro posto, seguido pelo Itaú
e pelo Banrisul. O Banco Safra, por
sua vez, registrou a taxa média
de concessão mais elevada da
modalidade em novembro.
Na modalidade de cheque
especial, o Banrisul, apesar
de alguma elevação em sua
média, manteve o primeiro
posto em novembro, seguido
pelo Banco Safra, que registrou
redução. Com o aumento
da taxa média da Caixa, o Itaú
assumiu a terceira posição do
ranking da modalidade.
Na modalidade de antecipação de
faturas de cartão, a taxa média de
concessão do Banco Safra, apesar
da elevação, permanece como a
mais baixa em novembro, seguida
pela do Santander. O Itaú, por
sua vez, se mantém no último
posto da modalidade.
Na modalidade de capital de
giro com prazo acima de 365
dias, o Banrisul registrou redução em
sua taxa média e, com a ausência de
informações do Citibank, aparece na
primeira colocação. Com elevação
em novembro, o Banco do Brasil
aparece com a média de
concessão mais alta em novembro.
Na modalidade de conta
garantida, em que pese alguma
volatilidade no comportamento
semanal, a taxa média de juros
do Citibank manteve a primeira
colocação em novembro.
Entre os bancos de maior
abrangência, Banrisul e Banco do
Brasil registram as menores taxas
médias da modalidade.
Na modalidade de desconto de che-
ques, o Banco Safra se mantém com
a média de concessão mais baixa
em novembro. O Banrisul, apesar de
alguma elevação no mês, manteve
a segunda colocação, seguido pelo
Santander. Itaú, Bradesco e Banco
do Brasil, agora acompanhados pelo
HSBC, permanecem com as médias
mais elevadas da modalidade.
1) A fonte das informações utilizadas no Monitor de Juros Mensal é o Banco Central do Brasil, que as coleta das instituições financeiras. Como cooperativas de crédito e financeiras não prestam essa classe de informações ao Banco Central, elas não são contempladas no Monitor de Juros Mensal.2) As taxas apresentadas referem-se ao custo efetivo médio das operações, incluindo encargos fiscais e operacionais incidentes sobre elas.3) Período de coleta das taxas de juros: 3/11/2015 a 9/11/2015.
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
Instituição
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Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
Taxa de juros(% a.m.)
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Banrisul
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Caixa
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NOV
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2,19
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2,39
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NOV
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NOV
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NOV
2,04
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OUT
2,07
2,34
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2,77
3,02
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3,21
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DICAS DO MÊS
A SAÚDE PEDE SOCORRO O livro Sob Pressão – a rotina de guerra
de um médico brasileiro, da jornalis-ta Karla Monteiro, faz um retrato
impressionante do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. A narrativa foi construída a partir das revelações do cirurgião torácico Marcio Maranhão.
Ele trabalhou durante 15 anos em hospitais municipais e estaduais do
Rio de Janeiro e em 2009 pediu exone-ração da rede, devido aos cenários de guerra que presenciava diariamente. Ele conta que, por falta de leitos, já
realizou pequenas cirurgias no chão de hospitais. Além disso, quando foi
plantonista da Samu, ele teve que en-cenar atendimento a um homem que já estava morto, porque a vítima era parente de um traficante. O médico lembra que essa foi a única maneira
de sair vivo da favela, pois estava sendo ameaçado por várias pessoas.
Atualmente, Maranhão chefia o Servi-ço de Cirurgia Torácica do Hospital da
Força Aérea do Galeão.
EM BUSCA DA FAMA PERDIDA Vencedor de quatro categorias do Oscar
2015, incluindo a de melhor filme, Birdman ou A inesperada virtude da ignorância, do
diretor mexicano Alejandro González Iñárritu, faz uma crítica à desenfreada
busca do estrelato. A trama conta a história do personagem Riggan Thomson (Michael Keaton), um ator que fez muito sucesso ao
viver o super-herói Birdman no cinema, mas que ao recusar participar da terceira
sequência vê a sua carreira ruir. Então, ele decide dirigir uma peça de teatro para a Broadway. O enredo do filme se desenvolve a partir das relações do elenco desta peça, que
tem um ator que surta de vez em quando (Edward Norton), uma atriz que sofre com antigos relacionamentos (Naomi Watts), um agente preocupado em lucrar em cima de
qualquer situação (Zach Galifianakis), além da filha de Thomson (Emma
Stone) que sente a falta de afeto do pai. A produção possui diversos diálogos
sarcásticos e de forma bastante lúdica critica as ambições do mundo atual.
LIvRO
Apl
icativo O MUNDO SEM SAIR DE CASA O Street View é uma fer-
ramenta do Google que oferece aos usuários a possibilidade de consultar endereços ou conhecer diferentes cidades através de
fotos em 360 graus. Antes chamado de Photo Sphere Camera, o serviço passou a contar com o app específico (Street View)
e agora permite que qualquer pessoa faça upload das suas próprias fotos. A nova seção Explore exibe os melhores locais
com fotos oficiais do Google e outras enviadas por usuários comuns. As imagens facilitam o reconhecimento de lugares no
Google Maps e no Google Earth. Além disso, é possível solici-tar que uma equipe do
Street View vá até a sua propriedade, fotografe-a e a inclua no aplicativo.
Ficha técnicaTíTulo: Birdman (A inesperada virtude da ignorância)
Gênero: Comédia, Drama
Direção: Alejandro González Iñárritu
Duração: 100 minutos
Ficha técnicaTíTulo: Sob Pressão – a rotina de guerra de um médico brasileiro
auTor: Karla Monteiro
eDiTora:: Foz
ano: 2014
PáGinas: 160
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