Norminha Revista Digital Semanal
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 601 - 10/12/2020 - Fim da Página 01/13
Norminha 601, 10/12/2020 *Por Luis Augusto de Bruin
Em 9 de março de 2020, a NR 1
passou por uma revisão no seu
texto. Essa alteração foi publica-
da pela Portaria SEPRT n° 6.
730, sendo demarcado o início
de vigência para 9 de março de
2021, depois alterada para a-
gosto do mesmo ano. Com a
modificação, foi incluída na nor-
ma o PGR (Programa de Geren-
ciamento de Riscos). A nova le-
gislação pretende promover
uma melhoria de condições para
a implementação de programas
de saúde e segurança, principal-
mente para pequenas e médias
empresas.
Além de trazer uma redução
nos custos, o PGR também tem
como objetivo seguir com me-
nos burocracia para sua imple-
mentação e possuirá um prazo
de renovação maior, comparado
a outros programas de Saúde O-
cupacional e prevenção de aci-
dentes.
Mario Fantazzini e Francesco
de Cicco, ambos engenheiros de
Segurança do Trabalho, no ano
de 1985, há exatos 35 anos, fa-
zendo uma previsão dos aconte-
cimentos, lançaram uma valiosa
publicação sobre o assunto, de-
nominada ‘Técnicas Modernas
de Gerenciamento de Riscos’. A-
liás, com muita satisfação, pos-
so dizer que ostento em minha
biblioteca um exemplar do livro.
Analisando detidamente o e-
xemplar, se constata o elevado
poder de antevisão dos fatos dos
dois profissionais, que escreve-
ram na parte que denominam
como ‘Nossa Visão sobre Ge-
rência de Riscos’: “ É extrema-
mente difícil enumerar as razões
que têm tornado a Gerência de
Riscos como assunto do mo-
mento. A percepção de que con-
sequências irreversíveis podem
afetar o meio ambiente, que os
recursos naturais não são ilimi-
tados e que, do ponto de vista da
economia em geral, o dinheiro
nunca pode compensar vidas e
valores destruídos. Além disso,
o chamado ‘consumidorismo’
para que se possa ser compre-
endido como atitude crítica do
consumidor de bens e serviços,
com relação ao fabricante ou
fornecedor, tem efeito seme-
lhante. Está se exigindo maior
responsabilidade dos empresá-
rios”. A sabedoria de Fantazzini
e De Cicco, nessa definição his-
tórica, foi também uma espécie
de profecia, pois cinco anos de-
pois, em 11 de setembro de
1990, era criado o Código de
Defesa do Consumidor.
ANÁLISE PRELIMINAR
O ‘Técnicas Modernas de Ge-
renciamento de Riscos’ também
já ensinava o que se aplica lar-
gamente hoje nas empresas, que
é a APR (Análise Preliminar de
Riscos). É interessante o exem-
plo escolhido pelos autores para
ilustração da aplicação de APR.
Memória: Ponto central do novo PGR, gerenciamento de riscos foi ensinado há 35 anos
Webinar Animaseg no dia 15 de Dezembro às 19 horas:
Máscara Covid 19 x Perigo do Arco Elétrico Essa situação motivou a Uni-
versidade de São Paulo (USP) a
realizar um estudo para avaliar
os efeitos térmicos do arco elé-
trico em diferentes tipos de más-
caras de proteção respiratória,
considerando a realidade de uso
no trabalho com eletricidade e
nas condições de controle e pre-
venção contra efeitos térmicos
de arcos elétricos.
Neste Webinar, serão apre-
sentados detalhes do estudo,
esclarecendo as dúvidas.
MNT realiza 3ª Plenária
Norminha 601, 10/12/2020 1° GTG (Grupo de Trabalho de
Gestão) do MNT (Movimento
Nacional pró Tecnólogo realiza-
rá amanhã, sexta-feira, 11 de de-
zembro de 2020, a partir das 20
horas, sua 3ª Plenária, com a
presença online de várias autori-
dades convidadas e membros do
movimento. SAIBA MAIS! Segundo Nascimento, um
dos Conselheiros Nacional do
MNT, o evento é para Ampliar a
discussão da atuação dos Tec-
nólogos registrados no sistema
CRA/CFA visando a inserção
justa desse profissional com ba-
se em suas atribuições, corrigir,
sugerir, promover e mobilizar a-
ções conjuntas com o sistema
para aprovação ou adequação de
projetos de leis e resoluções
A isonomia é fundamental em
nossas ações e o MNT considera
urgente para os tecnólogos que
esse tema seja integrado às a-
ções desse GTg
Para o MNT a conexão téc-
nico/tecnólogo é uma evolução
natural, nesse sentido vamos
buscar essa integração, assim
entendem nossos regionais a-
poiadores e parceiros. N
Norminha 601, 10/12/2020 Em razão da pandemia causada
pela Covid-19, a maioria das
empresas teve que se adaptar e
implantar o sistema home office.
O formato de trabalho, que já é
tendência nos países desenvol-
vidos, ainda é um assunto que
divide opiniões entre líderes e
companhias brasileiras. Isso a-
contece porque alguns gestores
têm a falsa impressão de que o
trabalho remoto é uma comodi-
dade, ficando ainda mais difícil
de coordenar suas equipes de
forma eficaz. Com isso, diversas
condutas radicais estão ocor-
rendo e elas podem ser vistas
como assédio moral.
O Tribunal Superior do Tra-
balho (TST) conceitua como as-
sédio “toda e qualquer conduta
abusiva, manifestando-se por
“Conta a mitologia grega que o
Rei Minos, de Creta, mandou a-
prisionar Dédalo e seu filho Íca-
ro numa ilha. Com o objetivo de
escapar, Dédalo idealizou fabri-
car asas, o que fez, com muita
habilidade, usando penas, linho
e cera de abelhas. Antes da par-
tida, Dédalo advertiu a Ícaro para
que tomasse cuidado quanto ao
seu curso, se voasse muito bai-
xo, as ondas molhariam as suas
penas; se fosse muito alto, o sol
derreteria a cera. Não ouvindo
os conselhos do pai, Ícaro alçou
voo de modo elevado e o sol
dissolveu a cera, fazendo com
que houvesse a queda provo-
cando sua morte”. Essa adver-
tência foi uma das primeiras A
PRs que possivelmente se tem
notícia.
A verdade é que as empresas
têm pouco mais de seis meses
para cumprir o que determina a
lei. Elas deveriam, de imediato,
se preocupar em fazer uma
análise crítica dos seus PPRAs,
pois esse documento é que dará
o embasamento devido para que
se atenda às exigências do Pro-
grama de Gerenciamento de Ris-
cos. O trabalho é grande para tão
pouco tempo e, como se sabe, o
brasileiro deixa tudo para a últi-
ma hora. N Proteção
Luis Augusto de Bruin
Especialista em Direito Trabalhista e
Previdenciário.
Instagram: @bruinseg
ciente que trata-se de invasão de
privacidade. Além disso, é con-
traproducente que os líderes im-
ponham ao funcionário o envio
de imagens da estação de traba-
lho no decorrer do dia, opinando
sobre o lugar ou organização do
local onde o colaborador está
realizando suas atividades.
Outra característica a se aten-
tar é o isolamento virtual. Isso a-
contece quando um colaborador
tem suas ideias e sugestões ig-
noradas por todos ao longo de
reuniões e conferências. Impor-
tante dizer também sobre a ex-
posição do profissional perante
aos demais colegas. Fazer críti-
cas ou piadas a seu respeito nas
redes sociais ou no chat interno
são situações gravíssimas que
podem trazer problemas para os
gestores. Em relação à cobrança
Norminha 601, 10/12/2020 A recente obrigatoriedade do
uso de máscaras de proteção
respiratória contra a Covid-19
nos locais de trabalho com ele-
tricidade gerou grandes dúvidas
entre os trabalhadores do setor
de eletricidade e os fabricantes
de tecidos e vestimentas de pro-
teção contra arco elétrico em re-
lação a outros riscos de segu-
rança decorrentes da falta de
proteção térmica de muitas de-
las.
de entrega das demandas, é im-
portante os líderes identificarem
se as metas impostas são tangí-
veis. Com o home office, a exi-
gência de resultados impossí-
veis e a realização de tarefas um-
ito abaixo/acima do cargo ocu-
pado, cresceram de forma expo-
nencial, e são esses tipos de co-
branças que podem resultar em
esgotamento físico e mental do
colaborador, gerando pânico e
outros transtornos psicológicos.
Para que empresas e gesto-
res estejam alinhados com seus
colaboradores e não tenham
problemas futuros, é recomen-
dado alinhar uma nova rotina
entre líderes e equipe. Combinar
horários e disponibilidade do
funcionário é fundamental. Vale
também definir cronogramas e
prazos para a entrega de tarefas
Inscrição: Whats 18 99765-2705
de forma prévia. Inclusive, caso
seja necessário alguma colabo-
ração além do horário, é indi-
cado considerar sempre o limite
físico e mental de cada membro.
Vale ressaltar que a orienta-
ção junto à equipe sobre a forma
de atuação no trabalho remoto é
uma responsabilidade da em-
presa. Por isso, mantenha uma
comunicação clara e transpa-
rente. Criar uma circular para to-
dos, com horários, condutas pa-
ra reuniões virtuais e interações
entre colaboradores e gerência é
uma maneira para que todos
possam trabalhar em harmonia,
respeitando uns aos outros.
O funcionário que identificar
situações de assédio moral tem
a opção de notificar a empresa,
que possui a obrigação de in-
vestigar a queixa. Caso a compa
Ano 12 - Nº 601 10 de Dezembro
de 2020 Diretor: Maioli, WC
Comendador de Honra da SST
51/09860-8
DESDE 18/08/2009
Nesta edição: 13 páginas - Distribuição gratuita - [email protected] - Whats 18 99765-2705
OBSERVATÓRIO
SST
comportamentos, palavras, atos,
gestos ou escritos que possam
trazer danos à personalidade, à
dignidade ou à integridade física
e psíquica de uma pessoa, pon-
do em perigo o seu emprego ou
degradando o ambiente de tra-
balho”. Esses preceitos também
valem para o ambiente virtual.
Acúmulo de funções, aumento
na carga horária de trabalho e/
ou exigir tarefas fora do escopo
do cargo são situações que po-
dem ser perfeitamente caracteri-
zadas como assédio moral.
Quando se fala de ambiente
virtual existem, também, outras
situações que se enquadram na
questão. Um dos exemplos é a
exigência de ligação da câmera
nas videoconferências. O gestor
que obrigar o colaborador a rea-
lizar essa função tem que estar
Assédio moral no home office tem sido problema constante entre líderes e equipe nhia não tome atitudes necessá-
rias, o funcionário pode denun-
ciar junto ao Ministério Público
do Trabalho ou ingressar com
uma ação judicial. N CIPA
Carol Santana é gerente de Produtos
Digitais da LEO Learning Brasil
CLIQUE AQUI, obtenha mais
informações e faça sua inscrição
gratuita.
N
Página 02/13 - Norminha - Nº 601 - 10/12/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 601 - 10/12/2020 - Fim da Página 02/13
Norminha 601, 10/12/2020 Segundo o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, 24%
da população brasileira é com-
posta por pessoas que possuem
algum tipo de deficiência. E por
conta da quarentena, as pessoas
com mobilidade reduzida passa-
ram a adaptar as residências e,
com isso, aquecer a indústria
que não foi contaminada pela Co
vid-19.
O setor movimenta R$ 5,5 bi-
lhões ao ano. Apenas um fabri-
cante, do interior paulista, regis-
trou aumento nas vendas e já es-
tima um faturamento de R$ 22
milhões para 2021. RJ, RS, SP E
MG são os estados que mais
consomem produtos de acessi-
bilidade.
Segundo a Projeção da As-
sociação Brasileira do Trabalho
Temporário (Asserttem) é que
cerca de 400 mil vagas tempo-
rárias devem ser criadas no últi-
mo trimestre. O crescimento foi
de 89,5%, em relação ao ano
anterior. Além das vagas, cres-
ceram também, as vendas de
barras e piso antiderrapante, de-
vido as pessoas quererem evitar
as quedas durante o isolamento
social.
Para o CEO da Planeta Aces-
sível, Marcelo Costa, tornar es-
paços de lazer acessíveis a to-
dos os públicos é mais que uma
simples obra."... crianças, ido-
sos e portadores de necessidade
especial ou mobilidade reduzi-
da, exigem atenção redobrada. A
demanda na pandemia aumen-
tou. “Vendemos cerca de 300
mil itens e estimamos um fatu-
ramento de R$ 22 milhões para
2021”, contou Costa, que proje-
ta um faturamento de R$ 22 mi-
lhões em 2021 e já incluiu no
planejamento do próximo anos a
arrecadação de 2% das vendas
do elevador de piscina para pro-
jetos inclusivos.
E visando o tempo de isola-
mento social, e com o intuito de
dar mais independência, auto-
nomia e qualidade de vida, em
especial às pessoas com restri-
ções motoras, a Planeta Aces-
sível, a maior indústria fabri-
cante de produtos para acessibi-
lidade do Brasil e especialista
em objetos de adaptações de
ambiente para manter a segu-
rança, aumentando ainda expec-
tativa de vida, inovou e criou o
MOBlife, uma linha de elevado-
As vendas dispararam no mercado de acessibilidade, e com isso a linha de produção registra a maior contratação em 10
anos. Elas representam cerca de 400 mil vagas e faz a economia girar. SP, RS, RJ, MG, Brasília, PR e SC, são os
Estados que mais contrataram nesse final de ano
www.m4msaneantes.com.br
res de transferência para a pisci-
na, totalmente à base de energia
solar, dispensando o uso de ca-
bos e fiações externas.
Pesquisa realizada pela USP
(Universidade Federal de São
Paulo), 29% dos idosos caem
ao menos uma vez ao ano e 13%
caem de forma recorrente - neste
período de pandemia e isola-
mento social, o número chegou
a 30%. Segundo balanço do CE
O, entre os itens mais adqui-
ridos estão além do elevador da
piscina, outros itens estão lide-
rando as vendas. Entre eles, Bar-
ra de Apoio, Alarme Audiovi-
sual, Banco Articulado para ba-
nho, Fechadura Acessível e Fita
Antiderrapante para Banho. “Há
uma procura significativa des-
ses produtos nos Estados do Rio
de Janeiro, Rio Grande do Sul,
São Paulo e Minas Gerais”. Fi-
naliza o empresário. N
Live “Covid 19 no trabalho e o nexo
ocupacional: Como notificar na
prática?
Norminha 601, 10/12/2020 Será hoje, 10 de dezembro, a
partir das 19 horas, transmissão
ao vivo pelo Youtube: Mauro
Menezes & Advogados, TV
SSUDEH e Programa Meia Hora
da Seguridade.
Os participantes serão:
Dr. Gonzalo Vecina Neto,
Dra. Maria Juliana Moura, Dra.
Maria Maeno, Dr. José Carlos
do Carmo, Dr. Mauro Menezes e
Dr. Roberto Ruiz. N
Indústria de acessibilidade está pegando fogo nas contratações de temporários
Você se prepara para o treinamento?
Norminha 601, 10/12/2020 Antes de continuar, por medo de
levar pedradas, preciso deixar
claro que acho importante que o
profissional de Segurança do
Trabalho realize treinamentos
periodicamente para aprofundar
os conhecimentos, mas fico pre-
ocupado da forma como muitos
consomem estes treinamentos.
Não estou entendendo, pro-
fessor. Por acaso tem uma forma
certa para poder realizar um trei-
namento?
Não diria que é a certa, mas
acho que seja mais produtiva.
Vamos pegar o exemplo das no-
vas normas regulamentadoras.
Qual seria o primeiro passo es-
perado em relação a estas mu-
danças?
Ler as normas, professor.
Exatamente, meu filho. Po-
rém a leitura nem sempre é re-
alizada e prioriza-se a procura
de um curso sobre o tema. Per-
cebe que é óbvio que a assimi-
lação será menor?
Não consigo entender reali-
zar um treinamento pago sem
uma preparação para poder a-
proveitar melhor a informação
passada, para mim é um total
contrassenso.
Professor, acredito que o mo-
tivo é que as pessoas acreditam
em fórmula mágicas.
Por exemplo, digamos que
determinado profissional não
sabe absolutamente nada sobre
PGR, muitos acreditam que ao
realizar um treinamento terão to-
dos os problemas resolvidos.
Enquanto na prática, por melhor
que seja o treinamento, será a-
penas um orientador que nos
dará uma direção a ser tomada,
ninguém irá pegar na nossa mão
para fazer junto com a gente ne-
nhuma ação.
Meu filho, você está cada vez
mais maduro e espero que os
leitores tenham esta mesma vi-
são, pois realizar um treina-
mento com uma boa preparação
pode significar até que você não
precisará mais realizá-lo e pode-
rá investir o dinheiro em outra
capacitação mais aprofundada.
N
Mário Sobral Jr
Eng. de Segurança do Trabalho
Leia mais no SEGURITO 171
Contar divulga estudo comparativo com mudanças na NR 31
Norminha 601, 10/12/2020 Por Martina Wartchow/Jornalista da Revista Proteção
A Contar (Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados
e Assalariadas Rurais) fez um estudo comparativo das regras estabe-
lecidas na NR 31 (Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pe-
cuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura) ainda em vi-
gor e do novo texto publicado no Diário Oficial da União em 27 de
outubro de 2020 pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho,
por meio da Portaria nº 22.677, que passa a valer em outubro de
2021. O objetivo é ajudar os dirigentes sindicais na compreensão das
mudanças. O trabalho foi elaborado pela assessoria da entidade em
parceria com a Fetarn (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricul-
tores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte) e
a Fetar-RS (Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais no Rio
Grande Sul) e com o apoio da Oxfam Brasil.
Acesse:
http://www.contar.org.br/files/files_1_00001/arquivos/file_1643.pdf.
Norminha, 601, 10/12/2020 Inteligência emocional é uma
das “soft skills” mais comenta-
das por especialistas em carrei-
ras e recursos humanos. Com a
pandemia do coronavírus e o
trabalho remoto, esse tipo de
habilidade ganhou ainda mais
peso em contratações, de acor-
do com o “Sua Carreira”, do Es-
tadão.
Agora, uma pesquisa da
Ufscar - Universidade Federal de
São Carlos, no interior de São
Paulo, quer obter resultados
mensuráveis sobre essa habili-
dade. A ideia é construir uma
ferramenta que leva em conside-
ração percepção, compreensão
e gerenciamento de emoções no
ambiente de trabalho. De acordo
o pesquisador do projeto, Isaías
Peixoto dos Santos Nascimento,
estudante de doutorado do Pro-
grama de Pós-Graduação em
Psicologia (PPGPsi), ao colabo-
rar com o estudo, os voluntários
estão auxiliando na construção
do primeiro teste de inteligência
emocional específico para o am-
biente de trabalho, elaborado
para a população brasileira.
Os resultados da pesquisa
ainda não foram divulgados,
mas a percepção de profissio-
nais da saúde é que durante a
pandemia o espírito de equipe e
o relacionamento interpessoal
passaram a falar ainda mais alto.
N Revista Cipa
Soft skill no ambiente de trabalho, inteligência emocional é tema de
pesquisa na UFSCar
Página 03/13 - Norminha - Nº 601 - 10/12/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha 601, 10/12/2020
O home office, que antes era visto como um
privilégio, restrito a uma parcela bastante
pequena dos trabalhadores, hoje se tornou
uma das principais alternativas para a ma-
nutenção dos postos de trabalho, se inte-
grando à realidade de grande parte dos pro-
fissionais.
Atualmente, sobretudo em razão da pan-
demia, o modelo de trabalho remoto vem
mudando a forma como empresas e profis-
sionais se relacionam, estabelecendo novos
padrões e necessidades quando o assunto
envolve a gestão de recursos humanos.
Diante do cenário atual de combate ao
coronavírus, muitas empresas tiveram que
migrar rapidamente as suas atividades para
o modelo home office. Essa mudança repen-
tina, no entanto, pegou não só muitos gesto-
res de surpresa, mas principalmente os co-
laboradores - que ainda estão se adaptando.
Pensando nisso, a Sharecare preparou
este artigo para falar um pouco mais sobre o
home office e listar Cinco dicas para torná-
lo ainda mais eficiente para os colaborado-
res da sua empresa.
Como funciona o trabalho remoto?
Como o próprio termo já antecipa, o tra-
balho remoto é uma modalidade em que o
profissional pode desempenhar as suas ati-
vidades a distância, isto é, fora das instala-
ções da empresa ou de repartições públicas
- como ainda é muito comum na atualidade.
O trabalho remoto, na prática, se desenvol-
ve essencialmente com o apoio de recursos
tecnológicos, como os computadores, ta-
blets e os tradicionais smartphones. Além
disso, há um uso massivo de ferramentas
que dependem da internet, a exemplo das
plataformas de videoconferência, dos soft-
wares e dos aplicativos de celulares - os
quais conectam profissionais e empresas de
forma extremamente eficiente.
Nos últimos anos, a modalidade de tra-
balho remoto cresceu de maneira significa-
tiva no Brasil. Para se ter uma compreensão
da adesão desse formato de trabalho, se-
gundo dados do IBGE, divulgados no final
de 2019, entre os anos de 2012 a 2018, o
crescimento do home office foi de 44,4%,
sendo a realidade de 3,8 milhões de pessoas
— número esse que correspondia a 5,2% da
força de trabalho atuante no país.
O mesmo levantamento realizado pelo IB
GE também mostra que o maior crescimento
dessa modalidade de trabalho foi observado
entre 2017 e 2018, chegando a 21,1%. Con-
tudo, esses dados refletiam uma realidade
anterior à pandemia e à necessidade de iso-
lamento social. Hoje, como se sabe, o traba-
lho remoto se tornou ainda mais comum e
integrado à rotina do trabalhador brasileiro
— e de tantos outros países, vale destacar.
Qual o panorama da adoção do home of-
fice no Brasil durante a pandemia?
A pandemia foi - e ainda é - sem dúvida,
um fator que impactou diretamente no cres-
cimento do home office, sobretudo no Brasil.
Segundo levantamento realizado pelo Insti-
tuto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
uma a cada cinco profissões no país está ap-
ta a adotar o trabalho remoto como principal
formato.
Nesse sentido, de acordo com esse le-
vantamento, o home office tem potencial pa-
ra fazer parte da realidade de mais de 20,8
milhões de trabalhadores, podendo ser apli-
cado por 22,7% das ocupações, mesmo de-
pois da pandemia. Apesar da projeção, da-
dos posteriores do Ipea concluíram que, em
maio, apenas 13,3% das pessoas ocupadas
no Brasil exerceram suas atividades remo-
tamente, o que corresponde a um total de 8,7
milhões de pessoas.
Outro ponto interessante desse estudo
feito pelo Ipea foi a classificação do Brasil na
45ª colocação no ranking mundial de traba-
lho remoto e como 2º colocado na América
Latina, sendo superado apenas pelo Chile.
Considerando a realidade interna do país,
o Ipea também divulgou um ranking dos es-
tados brasileiros com maior potencial para o
trabalho remoto. Nesse ranking, o Distrito
Federal apresentou o maior desempenho,
enquanto o Piauí foi o estado com o menor
potencial de implantação do home office.
Confira o ranking com os cinco estados
com o maior potencial para o home office:
- Distrito Federal: 31,5%;
- São Paulo: 27,7%;
- Rio de Janeiro: 26,7;
- Santa Catarina: 23,8%;
- Paraná: 23,3%.
Agora os cinco estados com o menor po-
tencial:
- Amazonas: 17,7%
- Maranhão: 17,5%
- Rondônia: 16,7%
- Pará: 16,0%
- Piauí: 15,6%
Além desses pontos, o estudo realizado
pelo Ipea também verificou a viabilidade do
trabalho remoto de acordo com as funções
exercidas pelos profissionais. Vejamos os
valores percentuais do home office em al-
guns dos cargos:
- Diretores e gerentes: 61%
- Profissionais das ciências e intelec-
tuais: 65%
- Técnicos e profissionais de nível médio:
30%
- Trabalhadores de apoio administrativo:
41%
- Trabalhadores dos serviços, vendedo-
res dos comércios e mercados: 12%.
Por fim, vale também mencionar a Pes-
quisa de Gestão de Pessoas na Crise de Co-
vid-19, realizada pela Fundação Instituto de
Administração (FIA), entre 14 e 29 de abril,
levando em consideração a realidade de 139
empresas brasileiras de grande, médio e pe-
queno porte.
Sharecare dá cinco dicas para melhorar a experiência dos colaboradores no home office
Nessa pesquisa, aproximadamente 94%
das empresas afirmaram que atingiram ou
superaram suas expectativas de resultados
com a adoção do home office. Contudo,
70% delas planejam interromper a prática
ou reduzi-la a apenas 25% dos funcionários
assim que a pandemia tiver fim.
Como proporcionar mais saúde e quali-
dade de vida aos colaboradores em home
office?
Um dos grandes desafios enfrentados
pelas empresas em tempos de home office é
manter o bom desempenho das equipes que
estão atuando de maneira remota. Isso por-
que a mudança repentina na rotina dos cola-
boradores, somada à instabilidade e insegu-
rança trazidas pelo cenário de pandemia, são
fatores que impactaram diretamente na pro-
dutividade e, em certos casos, até na saúde
dos profissionais.
Afastados do ambiente corporativo e da
convivência diária, efeitos como a desmoti-
vação e improdutividade não são incomuns
entre os colaboradores de empresas que a-
dotaram o trabalho remoto.
Nesse contexto, se torna indispensável a
atuação dos gestores e líderes no sentido de
buscar estratégias para melhorar a experiên-
cia das suas equipes no home office, fomen-
tando a motivação, a saúde e o bem-estar de
todos.
A seguir, reunimos algumas das medidas
que podem ser adotadas para melhorar a ro-
tina dos profissionais da sua empresa que
estão trabalhando remotamente. Confira!
1. Ofereça objetos ergonômicos
Um dos pontos mais importantes a ser
considerado no trabalho remoto diz respeito
à ergonomia. Com a necessidade de se tra-
balhar em casa ou em outros locais, o fato é
que muitos profissionais não terão à dispo-
sição todos os equipamentos e itens neces-
sários para trabalhar não apenas de maneira
confortável, mas principalmente saudável.
Nesse sentido, negligenciar a ergonomia
no home office pode levar ao surgimento de
diferentes problemas de saúde, como dores
na lombar e pescoço, além de aumentar o
risco de surgimento de doenças como bur-
site e tendinite - fatores que podem preju-
dicar o bem-estar do profissional e os re-
sultados da empresa.
Por essa razão, a dica é não apenas esti-
mular e orientar quanto à importância da er-
gonomia, mas oferecer aos colaboradores
objetos e equipamentos que, de fato, contri-
buam com esse atributo, como apoio para os
pés e para monitores.
2. Incentive as pausas periódicas
Outro cuidado que deve fazer parte da ro-
tina das empresas na hora de gerir os seus
recursos humanos que estão atuando em
regime de trabalho remoto é incentivar as
pausas periódicas. Esse é um ponto crucial,
já que muitos profissionais, por ficarem em
casa, têm jornadas excessivas, altamente
desgastantes e estressantes.
É importante deixar claro para os cola-
boradores a importância de se respeitar os
limites diários de trabalho e de estabelecer
uma rotina organizada, com horários pré-
definidos para o início e fim da jornada de
trabalho. Além disso, é preciso destacar a
necessidade das pausas periódicas ao longo
do dia. Continua na página 04/13
Norminha 601, 10/12/2020 Por Vitor Oliveira
O trabalhador pode querer
vender as suas férias, ou deve
partir da iniciativa do emprega-
dor querer comprar as férias do
trabalhador?
Essa pergunta é muito fre-
quente, principalmente nos de-
partamentos de Recursos Hu-
manos das empresas, onde sur-
ge essa dúvida com relação à
possibilidade de venda das fé-
rias do empregado.
A lei é clara ao determinar
que a venda das férias, é uma fa-
culdade do empregado, ou seja,
cabe ao empregado decidir se
quer ou não vender as suas fé-
rias.
A lei também estipula o limite
de venda de até 1/3 (um terço)
desse período. Se o trabalhador
tem direito ao gozo de férias a-
nuais de 30 dias, logo poderá
vender até 10 (dez) dias. Por tan
Norminha 601,10/12/2020 Um levantamento feito pela
Escola Nacional de Administra-
ção Pública (Enap) numa parce-
ria com o Ministério da Econo-
mia e o Banco Mundial detectou
que 45% dos servidores públi-
cos do Governo Federal querem
a opção de escolha do trabalho
remoto em tempo integral. A
pesquisa, que ouviu 42.793 ser-
vidores de 19 órgãos públicos
da União, aponta que a preo-
E se o trabalhador quiser vender as férias?
to, não há possibilidade de ven-
da dos 30 dias de férias. Isso é
vedado pela legislação traba-
lhista (Decreto-Lei nº 5.452/
1943).
Neste caso, o empregado
querendo vender 1/3 de suas
férias, o empregador tem o dever
de comprar esse período. Entre-
tanto, para isso, o trabalhador
precisará informar no prazo má-
ximo de até 15 dias do período
aquisitivo ao seu empregador,
do seu desejo de vender até 1/3
de suas férias, e assim, restando
ao empregador ter de indenizar
este período.
Caso o trabalhador não faça a
comunicação ao seu emprega-
dor dentro do período estipulado
na lei, o empregador não está o-
brigado a comprar as férias do
empregado. N
Vitor Oliveira Resolvendo conflitos nas
relações de trabalho
cupação é com a possível trans-
missão da Covid-19 no ambien-
te de trabalho.
Já 35% dos funcionários pú-
blicos se mostraram confiantes
no retorno à rotina presencial de
trabalho se houver turnos alter-
nados ou rotativos. E 12% das
pessoas ouvidas se mostraram
tranquilos com o retorno às ati-
vidades presenciais em tempo
integral. N
Revista CIPA
Estudo da Enap mostra que quase metade dos servidores públicos da União querem manter o home office
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Continuação da página 03/13
Essas pausas são essenciais para mudar
um pouco o foco, distrair a mente e recobrar
as energias. Na prática, as pausas são es-
senciais para tarefas técnicas e/ou criativas,
que demandam um alto nível de concen-
tração. Ignorar esse ponto pode gerar ansie-
dade e irritação, especialmente quando o
cansaço afeta o rendimento e impede a con-
clusão das tarefas.
3. Reforce a comunicação
À medida que o home office se torna parte
da realidade das empresas, a comunicação
pode ser tornar um ponto sensível. O afas-
tamento dos postos de trabalho pode dificul-
tar a interação entre gestores e colaborado-
res, bem como entre os próprios profis-
sionais - uma realidade que pode repercutir
diretamente na motivação e produtividade
das equipes.
Diante disso, uma das estratégias mais
importantes a serem adotadas pelas empre-
sas se relaciona com a otimização da comu-
nicação, de modo que todos os colabora-
dores tenham a chance de interagir entre si,
manter os vínculos e, também, reportar as
questões ligadas ao trabalho.
Para reforçar essa comunicação, o uso de
ferramentas interativas de videoconferência
pode ajudar bastante. Soluções como o Go-
ogle Meet podem fortalecer a integração das
equipes, melhorando não só a comunicação,
mas todo o clima interno da empresa. Sem
contar que esse tipo de ferramenta também
pode ser útil para conversas, informações,
confraternizações e eventos online - ações
que ajudam a manter os colaboradores mo-
tivados e mentalmente saudáveis.
4. Incentive a prática de exercícios físicos
O papel do setor de RH de uma empresa
vai muito além das questões técnicas e bu-
rocráticas relacionadas à rotina dos seus co-
laboradores. Na realidade, uma das ativida-
des mais elementares desse setor é garantir
André Leonardo Couto, gestor da ALC Advogados, com mais de 25 anos de experiência na área jurídica, reforça que a
inclusão é um dever de todos Norminha 601, 10/12/2020 O Dia Internacional da Pes-
soa com Deficiência é celebrado
o no dia 3 de dezembro, data cri-
ada pelas Nações Unidas com o
objetivo de promover uma maior
compreensão dos assuntos con-
cernentes à deficiência e para
o bem-estar e saúde dos recursos humanos,
isso em todas as circunstâncias — já que os
profissionais são os ativos mais valiosos
das empresas.
Nesse sentido, oferecer condições de tra-
balho adequadas, sobretudo em tempos de
home office, também deve ser prioridade do
RH. Para tanto, além dos pontos já mencio-
nados, incentivar a prática de atividade física
e fomentar a adoção de hábitos saudáveis
precisa fazer parte da cultura da empresa.
Aqui, uma das estratégias que podem ser
adotadas pelo RH é a implementação de pro-
gramas voltados para a melhora da quali-
dade de vida, isso a partir do apoio na mu-
dança de hábitos e comportamentos que po-
dem trazer risco à saúde, focando nos cui-
dados pessoais, cessação do tabagismo,
controle de estresse, alimentação saudável e
controle de peso, por exemplo.
Esse tipo de programa pode ser desen-
volvido de maneira remota, a partir do uso
de aplicações especializadas, bem como
com o apoio de equipes de saúde, as quais
fazem contato com os colaboradores, orien-
tam e apoiam a melhoria de hábitos para eli-
minar fatores de risco de doenças crônicas.
5. Ofereça apoio emocional
Não há dúvidas de que o momento de
pandemia trouxe uma série de incertezas e
medos para as pessoas. Esse fato também
refletiu na vida dos trabalhadores, gerando
mais ansiedade e preocupação.
No mesmo sentido, a mudança repentina
nos hábitos de vida e na maneira como o tra-
balho é prestado e as relações interpessoais
têm se dado, também são fatores que con-
tribuem para a desmotivação, improdutivi-
dade e, em casos mais sérios, para o sur-
gimento de transtornos mentais.
Para se ter uma ideia da dimensão do
problema, em relação aos trabalhadores, es-
tima-se que em todo o mundo entre 30% a
40% das pessoas ocupadas apresentem al-
mobilizar a defesa da dignidade,
dos direitos e o bem estar dos
indivíduos que estão nesta con-
dição. No Brasil, ainda existe o
desconhecimento de muitas
pessoas sobre os direitos des-
sas pessoas, principalmente
quando se trata da sua inclusão
no mercado de trabalho. Por es-
se motivo, André Leonardo Cou-
to, que atua na área jurídica há
mais de 25 anos, as obrigações
das empresas.
De acordo com o advogado
André Leonardo Couto, as em-
presas que têm mais de 100 em-
pregados devem reservar vagas
para pessoas com deficiência.
"Essa determinação é prevista
na Lei N°8.213/91 e a cota varia
de acordo com o número de em-
pregados, ou seja, entre 2% a
5% de trabalhadores com defi-
ciência ou beneficiários reabili-
tados", explica.
Segundo o advogado, a em-
presa poderá sofrer sanções se
não obedecer as determinações
previstas em Lei. "Caso a cota
de pessoas com deficiência não
seja atendida, a organização po-
derá sofrer autuações adminis-
trativas do Ministério da Econo-
mia e sofrer ações trabalhistas
individuais. Além disso, tam-
bém pode ser alvo de ações co-
letivas, propostas pelo Ministé-
rio Público do Trabalho, reque-
gum transtorno mental — esse número em
muito se aproxima da realidade constatada
pela Associação Brasileira de Psiquiatria
(ABP), relativa à população em geral. Se-
gundo a ABP, de 20% a 25% da população
desenvolverá algum tipo de transtorno.
Diante dessa realidade, outra recomen-
dação para os gestores de RH é a de oferecer
apoio emocional para os seus colabora-
dores. Como visto, o momento de adversi-
dade e de mudança repentina pelo qual todo
o mundo tem passado pode interferir na saú-
de dos profissionais, exigindo ainda mais a-
tenção por parte das empresas.
Nesse contexto, por exemplo, investir em
soluções tecnológicas interativas e basea-
das no uso inteligente dos dados pode ser
uma excelente estratégia para mapear os co-
laboradores que estão mais propensos a
sofrer com transtornos de saúde mental.
Com esse tipo de iniciativa, a empresa
consegue estratificar seus colaboradores em
diferentes níveis de risco, agindo de maneira
pontual e eficiente, de acordo com a neces-
sidade de cada grupo.
Como foi possível perceber, o home of-
fice se tornou uma modalidade bastante pre-
sente na realidade do trabalhador brasileiro.
Contudo, apesar das vantagens e facilidades
trazidas por esse formato, ainda existem
pontos que merecem atenção por parte das
empresas e dos gestores de RH.
Muitos profissionais ainda estão em fase
de adaptação com o home office, depen-
dendo de apoio e orientação sobre a melhor
forma de atuar nesse novo cenário. Além
disso, questões ligadas tanto à saúde e
segurança no trabalho quanto à saúde
mental também devem ser alvo de discussão
dentro das empresas, com o objetivo de
melhorar a experiência do colaborador em
um momento tão incomum como o que todo
o mundo vem passando. N
rendo o cumprimento da cota,
sob pena de multa diária por be-
neficiário não contratado e, ain-
da, elevadas indenizações a títu-
lo de dano moral coletivo", sali-
enta.
Para o especialista, se a em-
presa não encontrar pessoas
com deficiência que atendam as
qualificações mínimas para a
vaga, ela deverá melhorar ou re-
qualificar o seu RH para esse ti-
po de demanda. "A organização
tem que ter um setor de Recur-
sos Humanos eficiente, que
busque em canais de comuni-
cações, empresas de recruta-
mento, convênios com a Previ-
dência Social dentre outras enti-
Norminha 601, 10/12/2020 Colocando sempre o respeito e
a segurança em primeiro lugar,
o Grupo HEINEKEN no Brasil es-
tá dando um passo adiante em
relação aos aprendizados da
pandemia na gestão de pessoas.
Após um processo de design
thinking, a companhia desen-
volveu internamente a platafor-
ma HEINEKEN Cuida, que reúne
todas as iniciativas de saúde e
segurança para os colaborado-
res a partir de agora, unindo o
que já era feito antes da pande-
mia da covid-19 e as ações cria-
das neste período e que serão
mantidas posteriormente.
Com um selo, que marcará
todas as ações internas do Gru-
po nesse sentido, a plataforma
atuará em três frentes. O pilar de
informação terá pílulas de con-
teúdo mensais com diversos te-
mas relacionados à saúde e se-
gurança, enquanto o suporte de
saúde terá uma equipe corpora-
tiva exclusiva da companhia,
formada por enfermeiras, psicó-
logos, psiquiatras e médicos clí-
nicos, que farão uma avaliação
mais profunda dos colaborado-
res que solicitarem apoio e os
encaminharão a profissionais
mais adequados. Em liderança,
treinamentos aprofundados au-
xiliarão os gestores a identificar
aqueles que precisam de supor-
te, além de ensinar como lidar
Advogado lembra as obrigações das empresas na semana em que se celebra o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
dades para preencher as vagas
existentes. As dificuldades de
contratação não podem ser utili-
zadas como escusa para o cum-
primento da cota legal", lembra.
Questionado se a pessoa
com deficiência pode denunciar
a empresa que não cumpra com
as cotas, o especialista é direto.
Para ele, não existe diferença na
contratação. "Esta denúncia, in-
clusive, pode ser anônima pe-
rante o Ministério Público do
Trabalho. Na contratação, so-
mente deve-se observar a com-
patibilidade da deficiência com
as atribuições que serão cum-
pridas e, em caso de dispensa,
somente poderá ser dispensado
Grupo HEINEKEN inaugura plataforma interna de saúde e segurança com
ênfase em saúde mental com as diversas situações e en-
caminhar corretamente o profis-
sional ao time de saúde corpo-
rativa.
Com ilustrações e linguagem
leve, os conteúdos da platafor-
ma serão trabalhados em diver-
sos canais de relacionamento
com os colaboradores - como o
Workplace by Facebook (rede
social interna), e-mail, jornal
mural e TVs - e focarão em a-
lertar sobre as situações que po-
dem colocá-los em risco, sem-
pre focando nas causas dos aci-
dentes e nas formas de preven-
ção.
Desde o início da pandemia,
a cervejaria criou uma grande
força-tarefa e implementou uma
série de ações internamente, se-
guindo os termos definidos pelo
Ministério da Saúde e OMS (Or-
ganização Mundial da Saúde), e
outras que buscaram contribuir
com o equilíbrio emocional de
seus times e manutenção de um
clima organizacional leve e oti-
mista.
Para saber mais sobre as a-
ções realizadas pelo Grupo HEI
NEKEN durante a pandemia em
prol das pessoas, acesse o site:
www.juntxsnessa.com.br/. N
a pessoa com deficiência e/ou
reabilitada se for contratada ou-
tra pessoa com deficiência e/ou
reabilitada para assumir a sua
vaga".
Estrutura
A respeito do preparo para re-
ceber o funcionário com defici-
ência, o advogado André Leo-
nardo Couto lembra que as em-
presas devem ter infraestrutura.
Para ele, a Lei é de suma im-
portância para a sociedade. "A
empresa deve se adequar para
as limitações do deficiente. É de
suma importância a inclusão so-
cial da pessoa com deficiência
somada a função social da em-
presa. N
Siga no Instagram: @alcescritorio:
www.instagram.com/alcescritorio
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Norminha 601, 10/12/2020 Segundo o jornal O Globo, em novembro de
2020 o mundo atingiu a marca de 50 mi-
lhões de casos do novo coronavírus. Hoje
nós sabemos que todos nós somos poten-
ciais infectados, mesmo que assintomáti-
cos. Por isso, no ambiente de trabalho, onde
as pessoas ficam juntas por horas, compar-
tilhando ferramentas, equipamentos e docu-
mentos, é necessário cuidados especiais.
Mesmo com a adoção do home office, as
empresas ainda necessitam de trabalhado-
res no modo presencial como os técnicos
em manutenção e profissionais que mantem
as estruturas em funcionamento. Dessa for-
ma, com o intuito de controlar o surto que
está se espalhando pelo mundo, a OMS di-
vulgou recomendações de para prevenir a
COVID-19 no ambiente de trabalho.
Acompanhe o artigo e saiba mais sobre
quais são as boas práticas para evitar o con-
tágio!
1. Verificar a possibilidade de realizar a
tarefa no modo remoto
A tecnologia tem nos auxiliado bastante
nesse período delicado da pandemia. Com
ela, é possível aplicar no ambiente de traba-
lho. Por isso, para diminuir o contato entre
as pessoas, a primeira recomendação é veri-
ficar se é possível que a atividade possa ser
realizada por vídeo chamada. Anteriormente,
as reuniões já se adequavam aos modelos
de videoconferência, então porque não am-
pliar para outras tarefas?
2. Flexibilização de escala
Para reduzir o fluxo de pessoas no am-
biente de trabalho, a flexibilização de escala
pode ser uma boa solução. Assim, em um
determinado setor, não é necessário que em
um mesmo horário estejam presentes todos
os trabalhadores.
Outro fator colaborativo nessa adaptação
é que se evita a utilização de transporte pú-
blico por todos os funcionários em horário
de pico.
3. Distanciamento é uma maneira de evi-
tar o coronavírus
É necessário respeitar o distanciamento
no ambiente de trabalho. Por isso, a reco-
mendação é de manter uma distância de, pe-
lo menos, 1,5 metros dos outros trabalhado-
res. E para aqueles que tem atividades em
locais com ar condicionado, a recomenda-
ção é uma distância entre 3 a 4 metros. Essa
distância maior é devido ao fato desses e-
quipamentos ajudar a propagar as partículas
pelo ar.
Não somente, é importante dispensar os
abraços e cumprimentos de mãos nesse mo-
mento.
4. Reforço da higienização para o comba-
te do coronavírus
Segundo a OMS, a contaminação de su-
perfícies é uma das principais formas de
transmissão de covid-19. Nesse sentido, to-
do cuidado é pouco no ambiente de trabalho.
Dessa forma, ferramentas, mesas, cadeiras,
telefones, botões, puxadores, maçanetas, te-
clados, mouse, interruptores etc. devem ser
constantemente desinfetados.
E para aqueles trabalhadores que utilizam
luvas, como funcionários de setores da lim-
peza e da saúde, é necessário que o EPI seja
removido de forma segura, em seguida, deve
ser jogado fora em um lixo para materiais
contaminados ou de risco biológico. Em
caso de inexistência desse tipo de lixeira, co-
locar as luvas em um saco plástico fechado
e jogar no lixo normal.
A lavagem das mãos e o uso do álcool em
gel é de extrema importância para os traba-
lhadores. Por isso, periodicamente, é reco-
mendado que lave as mãos com água e sa-
bão por pelo menos 20 segundos.
5. Uso de máscara contra o coronavírus
Desde o início da pandemia, a utilização
de máscaras tem sido recomendada pela O
MS para evitar o contágio do coronavírus.
Essa prática em como base a proteção co-
letiva, uma vez que muitas pessoas estão in-
fectadas e ainda não apresentaram sintomas
da doença.
Vale lembrar que os modelos de másca-
ras de produção industrial do tipo N95 de-
vem ser utilizadas pelos profissionais nos
serviços de saúde, isto é, que lidam com
pacientes acometidos pela Covid-19, para
proteção individual.
As viseiras também são recomendadas
para proteger a região dos olhos e nariz. Mas
atenção: elas não devem substituir as más-
caras. O uso deve ser conjunto.
6. Comportamento em ambientes co-
muns
Banheiros são ambientes bastante peri-
gosos quando o assunto são microrga-
nismos. Nesse sentido, a utiliza-lo, acione a
descarga com a tampa do vaso fechada, para
evitar a dispersão de partículas pelo ar.
Também é recomendado que ao tocar nas
superfícies como as torneiras, maçanetas e
descargas, utilize um lenço descartável ou pa
Coronavírus: como evitar o contágio no ambiente de trabalho?
pel.
Os trabalhadores devem estar atentos no
horário de almoço. Nos refeitórios, os talhe-
res não podem ser compartilhados, se pos-
sível, leve os seus de casa. O restaurante
responsável precisa ter uma máquina de la-
var louça que usa água em temperatura mui-
to alta para fazer a descontaminação de pra-
tos e talheres.
7. Cuidado no retorno para casa
Ao terminar o expediente, é importante
que desinfete as mãos com álcool ou lava-
gem com sabão. Com esses cuidados, é
possível evitar uma possível contaminação
no ambiente de trabalho. É importante lem-
brar que ao seguir as recomendações, você
cuida de si, dos seus colegas e da sua famí-
lia. N Realizarte
SIPAT ONLINE:
https://go.hotmart.
com/V39898130Y
Norminha 601, 10/12/2020 Diante da pandemia mundial e a
necessidade do isolamento so-
cial, a realização de eventos tra-
dicionalmente presenciais ficou
comprometida e passou a ser
necessário migrar, ainda que
temporariamente, para um mo-
delo à distância.
Um dos grandes desafios foi
justamente para eventos focados
em segurança, como a SIPAT –
Semana Interna de Prevenção de
Acidentes de Trabalho e treina-
mentos da área de Saúde.
A Solurb focou em buscar
uma solução viável para conti-
nuar a realização de seu evento
anual, já que conta com mais de
1.200 colaboradores e vários re-
gistros de acidentes de trabalho
principalmente com materiais
perfurocortates, devido ao acon-
dicionamento errado de resí-
duos feito pelo público, por e-
xemplo com vidros, latas e se-
ringas colocadas em sacos de
lixo para a coleta.
FOCO NA PREVENÇÃO
E para definir um novo mo-
delo para realização da SIPAT
2020, A Solurb focou em asse-
gurar o cumprimento de regras e
procedimentos que se aplicam à
segurança e também à preven-
ção à do COVID-19, além disso
mantendo atenção e suporte às
muitas pessoas estão trabalhan-
do com preocupações, medos e
ansiedade – o que pode se con-
verter facilmente em uma dis-
tração, causando acidentes ou
incidentes.
Solurb vai realizar Sipat virtual em Campo Grande/MS
SIPAT ADEQUADA À NOVA REALIDADE SOCIAL Readir Andrade (Boné branco) Encarregado SESMT-CG SOLURB idealizador da SIPAT virtual espera que não só os empregados
da empresa sejam beneficiados, mas toda a comunidade.
Readir Andrade, encarregado
de Segurança do Trabalho da
Solurb lembra que é necessária
“a percepção de que segurança
não se limita ao ambiente físico
do trabalho formal, mas se es-
tende para todas as áreas, in-
cluindo nossos home offices e
deslocamentos dos colaborado-
res, o que fez com que o plane-
jamento desta SIPAT fosse ainda
mais detalhista, já que servirá de
referência também para outras
empresas que buscam uma for-
ma de conseguir realizar neste
novo cenário”.
E diante de tantas partícula-
ridades deste momento vivido
por todos, o tema eleito para este
ano foi “PREVENÇÃO SIM, ME-
DO NÃO!”.
A SIPAT VIRTUAL 2020 vai a-
presentar uma série de vídeos
diários, com personalidades fa-
lando sobre o momento atual,
consciência e cuidados no am-
biente de trabalho e fora dele.
Serão vídeos informativos e de
otimismo. “Queremos alimentar
a esperança de que logo logo
tudo vai passar, mas a segurança
é algo que não deve ser des-
cuidado nunca”, complementa
Readir.
Destinada a colaboradores
internos, incluindo ações de in-
centivo e premiação, a SIPAT
VIRTUAL 2020 da Solurb acon-
tecerá de 28 a 31 de dezembro e
os efeitos esperados impactarão
na diminuição de acidentes e
uma qualidade de serviços ao
cidadão ainda superior. N
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Norminha 601, 10/12/2020 Em um mundo totalmente
conectado, em que a evolução
tecnológica não para um segun-
do, a implementação da inteli-
gência artificial na vida dos con-
sumidores tem se tornado coti-
diana.
E uma das áreas que mais
cresce e a tecnologia de voz, em
especial os serviços cognitivos
de vozes neurais (chamados de
Neural TTS). Eles utilizam algo-
ritmos de machine learning (a a-
prendizagem da máquina) para
criar vozes com timbres e ento-
nações realistas em várias lín-
guas, a partir de qualquer texto.
De olho nessa tendência,
empresas de todos os setores
estão implementando esse re-
curso na maneira em que inte-
ragem com seus clientes, par-
ceiros e colaboradores. A pro-
dutora Prime Arte, por exemplo,
começou a aplicar os serviços
Mineradora desenvolve solução contra os acidentes mais comuns na atividade portuária
Norminha 601, 10/12/2020 Maior porto do Brasil e um dos
maiores do mundo, o Terminal
Marítimo Ponta da Madeira (TM
PM), em São Luís, é um dos
principais ativos da Vale. Com
capacidade para embarcar 230
milhões de toneladas de miné-
rios de ferro e derivados por
ano, o complexo mobiliza cerca
de 3 mil funcionários. Toda essa
operação exige um olhar meti-
culoso para saúde e segurança
no trabalho (SST).
A gestão dinâmica de SST no
terminal maranhense permitiu à
Vale aprimorar a proteção dos
colaboradores nos processos de
vulcanização, especificamente
nos cortes e emendas de cor-
reias com o uso de estiletes e
facas de escalonamento – tare-
fas que mais causam acidentes
nas atividades portuárias, com
ferimentos nas mãos ou braços.
“Sempre quisemos aprimo-
cognitivos de voz em seus ví-
deos, a fim de criar agilidade
nos projetos e promover a re-
ducao de custos.
“A quantidade de processos
e custos para introduzir a locu-
cao em um vi deo sempre foi ex-
cessiva. O surgimento dos ser-
vic os cognitivos ajuda na o ape-
nas a reduzir esses gastos ope-
racionais como tambe m facilita
a assistência, pois a producao
tem mais autonomia e rapidez na
mudança de roteiros,” explica
Leandro Alvarenga, CEO da Pri-
me Arte.
Para o executivo, existem no-
vas oportunidades derivadas da
vantagem em usar a inteligência
artificial com vozes neurais, so-
bretudo na eficiência que o mer-
cado de comunicação exige nos
dias atuais. A estimativa e que
nos proximos anos, mais e mais
negócios sejam beneficiados
por essa tecnologia, buscando
rar a segurança dessas ativida-
des, mas não encontrávamos
soluções satisfatórias no merca-
do. Por isso, decidimos iniciar
um projeto com a DuPont e a
Uniluvas para o desenvolvi-
mento de EPIs customizados”,
conta Fabio Arruda, Supervisor
de Segurança Ocupacional da
Vale.
Em fevereiro de 2019, após
quase oito meses de pesquisa,
prototipagem e avaliações, um
kit de proteção composto por
dois modelos de luvas ambi-
destras e um mangote, para pro-
teção dos braços obteve a apro-
vação da mineradora. Os EPIs
contam com a tecnologia Du
Pont™ Kevlar® Armor, em que
fios de aço são encapados e en-
trelaçados com fios de DuPont™
Kevlar®, material sete vezes
mais resistente que o aço.
As luvas têm cores diferen-
tes, para identificar qual é a vol-
tada à mão de corte (cinza) e
qual é a dedicada à mão de a-
poio (amarelo). Esta, aliás, conta
com um revestimento extra de
Kevlar® contra impactos de
ponta de faca.
“A solução teve ótima aceita-
ção entre os funcionários envol-
vidos com as atividades de corte
e emenda de correias. Não ape-
nas pela segurança extrema pro-
porcionada pelos equipamen-
tos, mas também porque eles
são confortáveis e não prejudi-
cam a habilidade manual”, relata
Arruda. Por ser significativa-
mente mais leve e mais maleável
do que a malha de aço, a tecno-
otimizar e dar mais escala a pro-
dução de conteúdo.
“Outro ponto a salientar, e
que muitas vezes os clientes de-
sistem de colocar o conteu do
produzido em outros idiomas
por falta de orcamento ou ate
mesmo tempo, pore m, com a
vozes neurais essa barreira e mi-
nimizada”, afirma.
Alvarenga alerta, entretanto,
que o foco e melhorar os proces
logia Kevlar® Armor garante
melhor desempenho nos pro-
cessos de corte.
Os equipamentos desenvol-
vidos para o porto maranhense
foram apresentados ao Comitê
Técnico de EPI Corporativo, tor-
nando-se referência para outras
unidades da mineradora no Bra-
Tecnologia de vozes neurais permite produção de conteúdo ágil e acessível para empresas
sos e reduzir custos e não su-
bstituir os profissionais da voz.
“Essas soluções estão con-
quistando o seu espaço no mer-
cado, e ainda será necessário
muito desenvolvimento e me-
lhorias constantes no produto.
Mesmo assim, hoje ja e um
grande diferencial competitivo
para os desafios da comunica-
ção.” N
Revista CIPA
sil e no mundo.
Prêmio
O projeto de criação do kit de
proteção anticortes garantiu à
Vale o terceiro lugar na categoria
Corte e Abrasão do Prêmio Du
Pont de Saúde e Segurança do
Trabalhador em 2019. N
Revista CIPA
Norminha 601, 10/12/2020 Fonte: Seconci-SP
O Dia do Fonaudiólogo é
celebrado em 9 de dezembro. A-
proveitando a data, a fonoaudió-
loga do Seconci-SP (Serviço
Social da Construção), Adriana
Abrahão Ribeiro, destaca um
problema relativamente comum
no setor da construção civil, on-
de os trabalhadores estão mais
expostos a ruídos ambientais e
vibrações que podem afetar os
canais auditivos: a Perda Auditi-
va Induzida por Ruído (Pair) ou
Perda Auditiva Induzida por Ní-
veis de Pressão Sonora Eleva-
dos (PAINPSE). Caracterizada
pela diminuição gradual da acu-
idade auditiva, devido à exposi-
ção continuada a níveis eleva-
dos de pressão sonora, essa do-
ença exige especial atenção,
mas pode ser evitada.
“A Pair ou PAINPSE confi-
gura-se como um dano provo-
cado pela exposição ao fator
físico ruído e tem como marcas
a irreversibilidade e a progres-
são gradual, conforme o tempo
de exposição ao ruído”, explica
a especialista.
Entre os principais sintomas
estão zumbido no ouvido, difi-
culdade na compreensão da fala,
tonturas e dores de cabeça fre-
quentes, alterações no sono, in-
tolerância a sons intensos e in-
capacidade de identificar a ori-
gem das fontes sonoras. Se a
pessoa tiver um ou mais desses
sinais, o recomendado é procu-
rar atendimento médico.
De acordo com a fonoaudió-
loga, a audiometria é o exame
inicial para avaliar a audição do
paciente. Mas podem ser solici-
tados outros como a imitancio-
metria e exames complementa-
res como o de Potencial Evo-
cado Auditivo do Tronco Encefá-
lico, que tem por objetivo avaliar
a integridade funcional das vias
auditivas nervosas, desde a ore-
lha interna até o córtex cerebral.
Com ele é possível determinar
se existe ou não perda auditiva,
assim como precisar seu tipo e
grau.
Adriana ressalta que a perda
auditiva induzida por ruído pode
ser evitada. “No âmbito da cons-
trução civil, o maior aliado é o
Perda auditiva induzida por ruído, um problema que
pode ser evitado
uso dos Equipamentos de Prote-
ção Individual, os EPIs. Para a-
queles trabalhadores, cuja fun-
ção oferece riscos ambientais
relacionados à audição, é obri-
gatório o uso de protetores auri-
culares ou abafadores de ruído
durante a jornada de trabalho”.
Porém não basta oferecer os
EPIs para as equipes, os fun-
cionários têm de ser treinados
para que façam o seu uso cor-
reto e os itens precisam ter qua-
lidade comprovada, para que
possam cumprir seu papel, o
que pode ser assegurado pelos
Certificados de Aprovação.
Conservação Auditiva
O mais indicado é que todas
as construtoras tenham iniciati-
vas que acompanhem e avaliem
a saúde auditiva dos seus fun-
cionários. Para isso, o Seconci-
SP oferece o Programa de Con-
servação Auditiva (PCA), em
que os trabalhadores são acom-
panhados por fonoaudiólogo
onde, além dos exames áudio-
métricos periódicos, também
são feitas verificações regulares
para a detecção de novos casos
e acompanhada a evolução da-
queles que foram diagnostica-
dos com perda na audição.
O PCA elaborado pelo Se-
conci-SP tem como foco tanto a
prevenção, com a identificação
dos agentes ambientais prejudi-
ciais à saúde auditiva, como no
acompanhamento dos trabalha-
dores durante toda a obra, por
meio do sistema de dosimetria.
Com o auxílio de um aparelho e-
letrônico, o decibelímetro, é
possível fazer a medição do nível
de ruído ao longo da jornada de
trabalho, o que irá pautar a ado-
ção de medidas de prevenção.
As empresas que quiserem
obter mais informações e con-
tratarem o Programa de Conser-
vação Auditiva podem entrar em
contato com o setor de Relações
Empresariais do Seconci-SP:
(11) 3664-5059 e 3664-5844 –
relacoesempresariais@seconci-
sp.org.br. N Proteção
www.m4msaneantes.com.br
Página 07/13 - Norminha - Nº 601 - 10/12/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 601 - 10/12/2020 - Fim da Página 07/13
Norminha 601, 10/12/2020 A homenagem de entrega da
Comenda de Honra ao Mérito da
Segurança e Saúde do Trabalho
foi realizada na tarde/noite do
último dia 03 de dezembro com
a presença virtual online de cen-
tenas de profissionais e empre-
sários do setor.
A Comenda foi idealizada em
2008 pela ANIMASEG, aprovei-
tando os 30 anos das NRs - Nor-
mas Regulamentadoras da CLT,
e, coincidentemente, da funda-
ção da própria associação.
Saiba mais clicando aqui.
pela COPPEAD - UFRJ, Auditora nos Sistemas de Gestão ISO 14
OOO1, ISO 9001, OSHAS 18001. Experiência em gestão em Recur-
sos Humanos, Prevenção&Combate a derramamentos de óleo e Li-
cenciamento Ambiental.
Wilson Noriyuki Holiguti HIGIENISTA OCUPACIONAL
Comendador Homero Tadeu Betti FORMAÇÃO: Técnico de
Segurança do Trabalho - 1972
EXPERIENCIAS VIDA
PROFISSIONAL:
- Ramo de Metalurgia: MWM
Motores Diesel Ltda.
- Borracha: Duplex Artefatos de
Borracha Ltda
- Saúde: Hospital e Maternida-
Célia Aparecida de Barros ENFERMEIRA DO TRABALHO
Comendador Wilson Noriyuki Holiguti Bacharel em Química Tecnológica pelo Instituto de Química da
Universidade Estadual de Campinas, com mais de 30 anos de
experiência na área de higiene ocupacional, atualmente traba-
lha na 3M do Brasil onde tem atuado como Especialista Regio-
nal em Higiene Industrial, Segurança Radiológica e Ergonomia
para América Latina.
Também tem atuado ativamente junto à Associação Brasileira
de Higienistas Ocupacionais – ABHO por meio do seu Comitê
Permanente de Certificação na preparação e correção das pro-
vas de certificação HOC e THOC, e do Conselho Técnico dando
suporte à diretoria da ABHO em eventos e cursos oferecidos
por essa associação, respondendo a dúvidas técnicas dos as-
sociados e contribuindo com a publicação da revista da ABHO.
Higienista Ocupacional Certificado – HOC pela ABHO, HOC
057 (2009)
Comendadora Ana Claudia Fiorini Graduação em
Fonoaudiologia pela
Pontifícia Universidade
Católica de São
Paulo (1989),
Mestrado em
Fonoaudiologia pela
Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo
(1994) e doutorado em
Saúde Pública pela
Universidade de São
Paulo (2000).
Atualmente é Professora
Doutora Adjunta do Departamento de Fonoaudiologia da EPM-
UNIFESP, Professora Doutora Associada da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo e fonoaudióloga do Serviço de Audiologia
Clínica da DERDIC PUC-SP.
Denilton José da Silva GESTOR EMPRESARIAL
Não foi possível registrar em foto, com todos os homenageados presentes, como essa acima de 2019, mas a realização inédita trouxe um sabor diferente!
Comendador Francisco Cortes Fernandes Graduado em medicina
pela Universidade Federal
de Santa Maria;
Residência Médica –
Hospital Ernesto
Dornelles – Porto
Alegre/RS;
Especialista em Medicina
do Trabalho pela
Universidade Federal de
Santa Catarina;
Através de Cerimônia inédita, Comendadores da SST 2020 foram homenageados Em ambiente virtual e online, o evento proporcionou participação de todos com emoção, não perdendo a rica valorização que a homenagem requer
CLIQUE AQUI e acesse o ambiente virtual que estará disponível até final de janeiro 2021. CLIQUE AQUI e assista a Cerimônia na íntegra
Homero Tadeu Betti TÉCNICO DE SEGURANÇA DO
TRABALHO
Comendador José Delfino da Silva Lima Graduação em 1972, em Engenharia Civil - UnB;
Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho,
UERJ,1977; Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, UnB, 2001.
Dissertação de Mestrado: A contribuição das edificações nos
acidentes de trabalho – um estudo de casos no Distrito Federal,
defesa em 2001;
Professor concursado do Curso de Técnico de Segurança do
Trabalho, Centro Federal de Educação Tecnológica/CEFET/PI,
Campus Teresina, de 1992 a 2002. Denominação atual IFPI.
Presidente, por dois (2) mandatos (2008/2013 e 2014/2018),
da ABRAEST;
Diretor, por um mandato, da ANEST e Vice-Presidente, por um
mandato.
Vice-Presidente, por um mandato, da AIEST; Atual Vice-
Presidente
Comendadora
Célia Aparecida de Barros:
Enfermeira do Trabalho,
graduada pela Universidade
Federal de São Paulo,
Especializada em
Enfermagem do Trabalho
desde 1979,
Mestre em Saúde
Coletiva e Saúde do
Trabalhador pela USP.
Experiência como Gestora
na área de Segurança, Meio
Ambiente, Saúde, RH, Pós-
Graduação em MBA Negó-
Cio e MBA Executivo
Ana Claudia Fiorini FONOAUDIÓLOGA DO TRABALHO
Francisco Cortes Fernandes MÉDICO DO TRABALHO
Pós-graduação em Saúde Pública - Universidade de Ribeirão Pre-
to/SP; Pós-graduação em Perícias Previdenciárias – Faculdade Pitá-
goras/MG; Mestrado em Engenharia de Produção: Ergonomia – UF
SC; Professor de graduação em medicina do trabalho na UNI-CAS-
TELO entre 2010 a 2016; Coordenador do curso de medicina do
trabalho na PUC- Goiás; Médico perito do INSS – aposentado; Autor
do Guia Prático ANAMT COVID 19.
José Delfino da Silva Lima ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO
TRABALHO Conselheiro do CREA/DF
(2011 a 2013).
de Nossa Senhora de Lourdes S/A; Embalagem: Dixie Toga S/A.; -
Consultor Técnico e Instrutor de Treinamento pela empresa S.S.T.
Segurança e Saúde do Trabalho e pelo SENAI; Fundador APROSSE
TESP - Associação Profissional do Técnicos de Segurança do Traba-
lho anos 80 e do SINTESP.
Comendador Denilton José da Silva FORMAÇÃO ACADÊMICA
Graduação: Ciências Contábeis –
Faculdade de Ciências
Econômicas de Divinópolis - MG
– em Janeiro de 1983.
Pós Graduação: Engenharia
Econômica – Faculdade de
Ciências Contábeis e
Administrativas Machado
Sobrinho – Juiz de Fora – MG –
em Julho de 1988.
MBA: Gestão Comercial – Fundação Getúlio Vargas – Belo Horizonte
– MG – em Março de 2010; Atuou por dois anos como Diretor do
Sindiseg; Atuou por quatro anos como Coordenador do Grupo
Setorial Calçadista dentro da Animaseg; Atuou por dois anos como
Diretor da Animaseg.
OBS: Durante 45 anos atuou no segmento de EPIs, defendo as causas
de interessa do setor, com forte participação em temas de interesse
do setor.
Página 08/13 - Norminha - Nº 601 – 10/12/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 601 - 10/12/2020 - Fim da Página 08/13
Norminha 601, 10/12/2020
Acidentes podem acontecer a
qualquer momento, por isso é
preciso estar preparado para ga-
rantir a segurança e saúde de to-
dos os colaboradores e evitar
prejuízos. Assim, é importante
saber quais procedimentos de
primeiros socorros são essen-
ciais para Altas Temperaturas.
E qual o principal acidente
que pode acontecer em locais
extremamente quentes? Sim, as
queimaduras! Mas, acredite se
quiser, todo mundo tem uma
ideia própria de como tratá-las!
E, na grande maioria das vezes,
ela está bem errada: gelo, man-
teiga, pasta de dente e até poma-
das.
Mas antes de explicar como
tratar as queimaduras, é preciso
saber identificar o seu tipo.
Tipos de queimadura e como
tratá-las
Certamente, você já deve ter
ouvido falar que uma queimadu-
ra foi de terceiro, segundo ou
primeiro grau. Mas você sabe o
que isso significa e como pode
identificá-la? Essa classificação
de uma queimadura, na realida-
de, indica a quantidade e a pro-
fundidade de tecido afetado. Va-
mos saber detalhes de cada
uma?
Queimaduras de primeiro grau
Este é o tipo menos grave de
queimadura, pois causa danos
mínimos ao tecido e atinge ape-
nas a camada mais externa da
pele (a epiderme). Mesmo as-
sim, essa queimadura causa
dor, vermelhidão e, às vezes, até
inchaço.
Um bom exemplo desse tipo
de queimadura é a causada pelo
sol ou o calor radiante.
Primeiros socorros para quei-
maduras de primeiro grau
Para tratar esse tipo de quei-
Norminha 601, 10/12/2020 Crise sanitária, crise econômi-
ca, crise social. O ano de 2020
ficará na história como um festi-
val de dificuldades que assolou
o Brasil e o mundo. Entramos no
primeiro bimestre com expecta-
tiva de uma retomada lenta, gra-
dual e segura do crescimento
econômico, mas fomos abatidos
antes da decolagem pelos efei-
tos nocivos da pandemia que já
se instalava em vários países.
A economia não decolou e a
crise sanitária se instalou. Inimi-
go misterioso e traiçoeiro, o no-
vo coronavírus ceifou muitas vi-
das até que a Medicina desco-
brisse o melhor protocolo de pre
Devemos usar gelo em caso de queimaduras?
Primeiros Socorros [essenciais] para quem trabalha com Altas Temperaturas
madura, é importante seguir al-
guns passos:
Queimaduras podem ser ex-
tremamente dolorosas, por isso,
tranquilize a vítima para que ela
mantenha a calma.
Se a queimadura ocorrer em
um ambiente frio, não é neces-
sário colocar água no local. Use
uma toalha limpa e úmida para
ajudar a reduzir a dor. Mas, caso
a queimadura tenha ocorrido em
um local com Altas Tempera-
turas e a pele não estiver racha-
da, é importante deixar correr á-
gua fria sobre a área atingida
(NUNCA GELO).
Após 5 minutos da água cor-
rente ou na toalha úmida, cubra
a queimadura com um pano lim-
po ou uma bandagem não adesi-
va, a fim de proteger a quei-
madura do atrito e pressão.
Medicamentos para a dor po-
dem ser usados, desde que se-
jam indicados por um médico.
Entretanto, queimaduras meno-
res geralmente cicatrizam sem
tratamento adicional.
Queimaduras de segundo grau
Este tipo de queimadura é
mais profunda do que a anterior,
pois, além de afetar a camada
mais externa (a epiderme), atin-
ge também a camada inferior da
pele (a derme).
As queimaduras de segundo
grau se diferenciam pelas man-
chas vermelhas e pelo surgi-
mento de bolhas, formadas pe-
los fluidos corporais liberados
venção e os medicamentos mais
adequados para tratamento. A
pandemia não recuou, muitas
regiões estão em situação de
pré-colapso e a esperança geral
é a vacina.
Nesse cenário, a agricultura e
a agroindústria tiveram um pa-
pel essencial na manutenção da
paz social. O setor adaptou pro-
cessos e procedimentos para
proteger seus trabalhadores e o-
perar ininterruptamente. Garan-
tiu o fornecimento regular de ali-
mentos em todas as regiões,
enquanto o Brasil entrava em lo-
ckdown. O extraordinário salto
nas exportações de carnes,
grãos, frutas e cereais não preju
pela derme ao ser atingida. Por
isso, é comum esse tipo de
queimadura inchar ou gotejar,
sendo bastante dolorosa.
Primeiros socorros para
quei-maduras de segundo grau
Veja como cuidar deste tipo
de queimadura da maneira cor-
reta:
Mergulhe a área queimada
em água fria, o mais frio possí-
vel, mas lembre-se de que não
deve colocar gelo. Mantenha a
água na queimadura até a che-
gada de auxílio médico.
Se as queimaduras forem le-
ves, mantenha-os em água fria
por pelo menos cinco minutos e
depois as trate da mesma forma
que cuidaria das de primeiro
grau. Não será necessária ajuda
médica.
Se as áreas forem muito ex-
tensas, como no peito ou costas,
evite aplicar um pano úmido na
área afetada. O pano tende a a-
derir às queimaduras e pode ser
difícil retirá-lo.
Queimaduras de terceiro grau
Este é o tipo mais grave de
queimadura e atinge as camadas
mais profundas da pele, incluin-
do nervos e vasos sanguíneos.
Por este motivo, sua recupera-
ção é mais lenta, deixa cicatrizes
e necessita de atendimento mé-
dico de emergência.
A aparência de uma queima-
dura de terceiro grau é esbran-
quiçada ou acinzentada e fica
com a superfície enrugada como
dicou o abastecimento interno.
Esse desempenho comprova a
competência e o caráter essen-
cial da agricultura brasileira,
pois, é notório que o caos se
instala rapidamente onde não há
abastecimento regular de ali-
mentos.
Para se manterem em ativi-
dade, os produtores rurais no
campo e as indústrias de pro-
cessamento de alimentos nas ci-
dades tiveram que vencer resis-
tências – mesmo sendo setores
essenciais – e provar que seus
processos são confiáveis e que
a segurança e a saúde de todas
as pessoas envolvidas no pro-
cesso produtivo estavam garanti
couro (coriácea). Como os ner-
vos estão danificados, às vezes
a queimadura atinge até os os-
sos, há pouca ou nenhuma dor
no início.
Primeiros socorros para quei-
maduras de terceiro grau
É importantíssimo chamar
um médico imediatamente e, em
seguida, realizar os seguintes
passos:
Certifique-se de que a vítima
não entre em contato com mate-
riais inflamáveis ou fumegantes.
Não remova roupas queimadas
(a menos que elas saiam facil-
mente).
Certifique-se de que a vítima
esteja respirando. Caso contrá-
rio, abra as vias aéreas e, se ne-
cessário, inicie a RCP (reanima-
ção cardiorrespiratória).
Se a vítima estiver respiran-
do, cubra a queimadura com
uma bandagem estéril úmida ou
pano limpo.
Não aplique pomadas e evite
estourar bolhas.
Se os dedos das mãos ou
dos pés estiverem queimados,
separe-os com curativos esteri-
lizados e não adesivos.
Para evitar choques, coloque
a vítima deitada. Mas, não mexa
na vítima se houver suspeita de
lesão na cabeça, pescoço, cos-
tas ou perna.
Monitorando os sinais vitais
da vítima (respiração, pulso,
pressão arterial).
Escolha EPIs adequados pa-
ra evitar queimaduras
Sabemos que os primeiros
socorros são subestimados por
muitos empregados e emprega-
dores, mas o seu conhecimento
pode fazer a diferença e salvar
vidas.
A melhor forma de prevenir
as queimaduras em locais com
Altas Temperaturas é adotar me-
didas preventivas, como o uso
de equipamentos de proteção a-
dequados, desde Luva Alumini-
zada a Conjuntos Aluminizados
confeccionados em algodão an-
tichama. N
Pedro Bezerra - Suprema
Palavra do Zezo: Um ano de desafios das.
A longa e complexa cadeia
produtiva da carne em Santa Ca-
tarina – em especial, a avicultura
e a suinocultura – foi uma das
primeiras a se adaptar às novas
exigências. Imensos esforços e
investimentos foram despendi-
dos nos estabelecimentos rurais
e nas plantas frigoríficas, com
destaque para milhões de reais
gastos na maciça compra de e-
quipamentos de proteção indivi-
dual (EPIs) e outros insumos de
proteção à saúde.
Os resultados positivos no
crescimento do valor bruto da
produção e no aumento expo-
nencial das exportações do a-
gronegócio foram obtidos com
muito esforço pelos produtores
rurais e pelas agroindústrias A
Norminha 601, 10/12/2020 Quando o INSS é obrigado ir até
à pessoa?
As pessoas com bastante di-
ficuldade de locomoção ou que
estão internadas, podem exigir
que a perícia seja feita no local
mais fácil para elas.
Ou seja, em razão de alguma
doença grave ou acidente, não
tem chance de você ir ou ser le-
vado até a agência do INSS para
ser avaliado pelo médico-perito
ou fazer qualquer outra coisa.
Também, as pessoas com 80
anos ou mais podem pedir a vi-
sita do INSS, ao invés de se des-
locarem até a agência do INSS
ou ao banco para fazer a prova
de vida.
Assim, nessas situações es-
pecíficas o INSS será obrigado a
ir até à pessoa para fazer a pe-
rícia médica ou a prova de vida.
Como pedir para o INSS fa-
zer a perícia ou prova de vida no
local em que está a pessoa?
Nesses casos que comentei,
o pedido pode ser feito:
- pela própria pessoa que
precisa fazer a perícia ou prova
seca no Sul e no Centro-Oeste
castigou lavoura, prejudicou a
produção de grãos e, por conse-
quência, encareceu a produção
de leite e de carnes em geral. A
seca associada à aquecidíssima
exportação de grãos gerou um
perigoso quadro de escassez de
milho e de soja no mercado in-
terno. Parte pela escassez, parte
pela especulação, esses insu-
mos tiveram aumento de 80% e
50% respectivamente. Milho e
farelo de soja representam qua-
se 70% dos custos de produção
para a avicultura e a suinicultu-
ra.
Não há dúvidas que 2021 se-
rá outro ano desafiador. A con-
tribuição do agro ao desenvol-
vimento do país continuará em
alta. As projeções da CNA indi-
Posso pedir ao INSS para fazer a perícia em casa ou no hospital?
Com certeza, esse é um direito que poucas pessoas sabem que
existe! Porém, em algumas situações o INSS deve ir até à pessoa para fazer a perícia ou prova de vida.
de vida;
- por alguém que tenha pro-
curação, ou seja, um documento
que autoriza a pessoa que cuida
da outra a fazer os pedidos.
Por exemplo: a filha cuida da
sua mãe idosa e doente, por is-
so, essa filha terá uma autoriza-
ção para fazer o pedido de visita
do INSS.
O agendamento deve ser feito
pelo telefone 135 ou no sistema
Meu INSS, pelo site ou aplica-
tivos (Google Play ou App Sto-
re).
Nos casos de procuração, é
recomendado que você ligue no
telefone 135 e faça o agenda-
mento, porque é provável que
você como procurador tenha de
ir à agência do INSS para apre-
sentar os documentos.
Atenção! Guarde bem o do-
cumento que comprova a im-
possibilidade de se locomover
até à agência do INSS, pois será
exigido no momento da visita.
N
Escobar Advogados atendimento@escobaradvogados.
com
cam aumento de 3% do PIB do
agronegócio (R$ 1,8 trilhão) e
de 4,2% no VBP (R$ 941 bi-
lhões), além de queda nos pre-
ços dos alimentos aos consumi-
dores e maior demanda do mer-
cado externo. A produção nacio-
nal de grãos atingirá 300 mi-
lhões toneladas (4,3% de au-
mento), um novo recorde.
Submetido às muitas variá-
veis imprevisíveis como clima e
mercado, o desempenho da a-
gricultura deverá ser, novamen-
te, surpreendente. O encareci-
mento e a escassez de milho e
soja para transformação em pro-
teína animal serão uma preocu-
pação maiúscula da agroindús-
tria. N
José Zeferino Pedrozo, o Zezo, é presidente da Faesc.
Página 09/13 - Norminha - Nº 601 - 10/12/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 601 - 10/12/2020 - Fim da Página 09/13
Norminha 601, 10/12/2020 Aproveite esta oportunidade de
se atualizar sobre as Instruções
Técnicas do Corpo de Bombei-
ros de São Paulo
Evento Gratuito e Online
Transmissão pelo Youtube
Vagas Limitadas
Certificado de Participação
PROGRAMAÇÃO DIAS 17 e
18 DE DEZEMBRO
Dia 17/12/20
16:00 – Abertura do Evento
16:05 – Palavras do Presi-
dente do CREA-SP – Eng. Tele-
com Vinicius Marchese Mari-
nelli
16:10 – Palavras do Sr Co-
mandante do Corpo de Bom-
beiros – Coronel Max Mena
16:15 – Sistema de Preven-
ção de Combate a Incêndios do
Estado de SP – Via Fácil Bom-
beiros – Maj Lima de Freitas
16:40 – Perguntas
16:45 – IT-16/19 – Gerencia
áreas de saúde, tecnologia da
informação e recursos huma-
nos.
Pesquisa publicada pelo Pro-
grama de Estudos do Futuro
(Profuturo), projeto integrante
da Fundação Instituto de Admi-
nistração, aponta que as profis-
sões dessas áreas seguirão com
contratações até, pelo menos,
2025.
“Vivemos um momento de
competitividade entre as organi-
zações, nas quais as mudanças
e adaptações ocorrem de forma
acelerada para atender novas
demandas e formatos de consu-
mo, provocadas também pela
pandemia”, explica Nattacia.
Ainda de acordo com a do-
cente do Senac Presidente Pru-
dente o surgimento de novas
posições é uma tendência. “A
área de recursos humanos, por
Pesquisa aponta que haverá procura por profissionais
qualificados até 2025; Senac Presidente Prudente oferece capacitação nas áreas
Mais informações e inscri-
ções gratuitas:
https://aeasjc.org.br/events/se
minarioestadual-
bombeiros2020/
N
BRF inaugura 1ª loja-
modelo da companhia
Mercato Sadia na zona oeste de SP (Divulgação/BRF)
Norminha 601, 10/12/2020 A BRF informou na sexta-feira
(04/12) que inaugurou na capi-
tal paulista sua primeira loja-
modelo. O Mercato Sadia está
localizado na Vila Leopoldina,
zona oeste de São Paulo, e é o
pontapé inicial da empresa na
comercialização de produtos de
seu amplo portfólio em um úni-
co local. A BRF revelou ainda
que uma segunda unidade será
inaugurada em breve, no muni-
cípio de Itajaí (SC).
Com 600 m², a loja paulis-
tana conta com espaços para re-
ceber convidados, apresenta-
ções de chefs, aulas-shows,
confraternizações e degusta-
ções. O Mercato Sadia é seg-
mentado por ocasiões de consu-
mo para que os clientes possam
encontrar todos os itens neces-
sários para o preparo de chur-
rascos, cafés da manhã, feijoa-
das, refeições do dia a dia e mo-
mentos especiais.
Além disso, a loja conta com
itens para degustação no pró-
prio local, como sanduíches ex-
clusivos feitos na hora. O local
também comercializará produ-
tos complementares, como azei-
tes, bebidas, temperos, entre
outros.
A loja-modelo dispõe, se-
gundo a empresa, de tecnologia
de ponta dedicada a facilitar a
jornada do consumidor, incluin-
do self check-out, QR codes que
darão acesso a centenas de re-
ceitas, cardápio digital e totem
de autoatendimento para pedido
de frios, sendo possível esco-
lher a espessura da fatia.
"O Mercato Sadia representa
o início de um novo momento da
companhia, que passa a dispo-
nibilizar em um único local suas
soluções práticas, saborosas e
de alta qualidade diretamente ao
consumidor, por meio de uma
experiência diferenciada. Espe-
ramos que o Mercato Sadia se
torne uma espécie de ponto de
encontro entre amigos e famí-
lias, transformando o momento
da escolha de nossos produtos
e outros itens gastronômicos em
um ritual ainda mais especial",
disse em nota Marcelo Suárez,
diretor de marketing das marcas
da BRF.
N
Carnetec
Carreiras em recursos humanos, tecnologia da informação e saúde devem
continuar em alta no mercado
exemplo, estará em crescimento
nos próximos anos porque será
responsável por elaborar ações
e implementar estratégias de de-
senvolvimento de talentos e
competências em diversos seg-
mentos nas empresas, promo-
vendo eficácia e flexibilidade”,
afirma.
Para aqueles que almejam
dar continuidade a aprendiza-
gem de novas habilidades, o Se-
nac Presidente Prudente possui
programação completa em vá-
rias áreas. Acesse:
www.sp.senac.br/presidentepru
dente para conhecer as opções e
as possibilidades de descontos
e bolsas de estudo. Pelo site é
possível conhecer os detalhes
de cada formação e fazer a ins-
crição para o curso de interesse.
N
SEMINÁRIO ESTADUAL – REGULARIZAÇÃO DE EDIFÍCIOS PERANTE O CORPO DE BOMBEIRO
INSCRIÇÕES GRATUITAS
mento de Riscos de Incêndio –
Maj Cafalchio
17:10 Perguntas
17:15 – IT-09/19 – Compar-
timentação Horizontal e Com-
partimentação Vertical – Cap
Stamato
17:40 – Perguntas
17:45 – Encerramento
Dia 18/12/20
15:45 – Apresentação insti-
tucional do Crea-SP sobre le-
gislação profissional
16:00 – IT-42/19 – Projeto
Técnico Simplificado – Maj
Lima de Freitas
16:30 – Perguntas
16:35 – IT-25/19 – Líquidos
combustíveis e inflamáveis –
Maj Sendin
17:00 – Perguntas
17:05 – IT-17/19 – Brigada
de Incêndio – Cap Michele
17:30 – Perguntas
17:35 – Encerramento
Norminha 601, 10/12/2020
Algumas tendências que
estavam acontecendo de forma
lenta, sobretudo na tecnologia e
em formatos de trabalhos, acele-
raram nos últimos meses, o que
atingiu em cheio a rotina de
muitas pessoas e empresas. A
afirmação da especialista em
RH, Nattacia Ruani, docente da
área de gestão e negócios do
Senac Presidente Prudente/SP,
reforça a rápida transformação
do mundo do trabalho e a ne-
cessidade de estudantes e pro-
fissionais se prepararem para o
futuro.
Seja para estudantes do ensi-
no médio que estão no processo
de escolha da carreira ou para
profissionais que precisam se
recolocar, o caminho é a qualifi-
cação constante, destaca Natta-
cia. “O termo lifelong learning
significa aprendizagem ao longo
da vida e aborda a necessidade
dos indivíduos manterem-se
constantemente estudando e se
desenvolvendo. A aprendizagem
é como um projeto de longo pra-
zo contínuo, sem data para aca-
bar”, contextualiza a especialis-
ta.
Nesta perspectiva, as opções
em cursos técnicos e livres ofe-
recidos pelo Senac Presidente
Prudente são oportunidades pa-
ra profissionais em diferentes
fases da carreira. Para 2021, a
unidade tem opções que estarão
com grande demanda, como as
Norminha 601, 10/12/2020 Evento será online e acontece
nos dias 16 e 17 de dezembro.
(Via AlphaGraphics)
A convenção será de forma
100% online, mas com a mesma
vibração, intensidade, conteú-
dos incríveis e inspiradores, a-
lém de grandes histórias e vi-
sões sobre nossa indústria.
O evento é aberto ao público,
você vai poder assistir e ainda
convidar a família, amigos, cli-
entes e parceiros. Guarde na sua
agenda:
16 de dezembro - Evento Prin-
cipal - Aberto a todo mercado
gráfico, de forma gratuita.
17 de dezembro - Exclusivo a
Franqueados e Gestores.
INSCREVA-SE AGORA:
futurese.alphagraphics.com.br
Em breve, enviaremos o line-
up do evento e você também po-
derá acompanhar no site da
Convenção. Compartilhe com
seus amigos, clientes, parceiros
e familiares.
Esperamos por vocês!
Confira alguns dos pales-
trantes confirmados:
VEM AÍ A 15ª CONVENÇÃO ALPHAGRAPHICS BRASIL
Página 10/13 - Norminha - Nº 601 - 10/12/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 601 - 10/12/2020 - Fim da Página 10/13
Aposentadoria Especial: O que é e quem são os profissional que tem este direito?
Norminha 601, 10/12/2020
O QUE É A APOSENTADORIA
ESPECIAL?
A lei previdenciária garante
aos segurados que trabalham
em condição insalubres, perigo-
sas ou penosas, o direito a se a-
posentarem mais cedo, com di-
minuição para 15, 20 ou 25 anos
de tempo de contribuição.
O mais comum é o enqua-
dramento na regra que exige 25
anos de atividade especial de
risco baixo, sendo as demais
voltadas para trabalhadores que
exerçam atividade de alto (15) e
médio (20) riscos, como, por e-
xemplo, a atividade exercida pe-
los mineiros e por profissionais
com exposição ao amianto.
A aposentadoria especial é
vantajosa, não só pelo fato de
diminuir o tempo de contribui-
ção, como também pela ausên-
cia da incidência do fator previ-
denciário, que é uma fórmula
matemática que reduz o valor do
benefício quanto mais jovem for
o segurado no momento da sua
concessão.
POR QUE OS PROFISSIO-
NAIS COM EXPOSIÇÃO A A-
GENTES NOCIVOS À SAÚDE
POSSUEM ESSA VANTAGEM?
Compreende-se que em ra-
zão desses profissionais esta-
rem expostos a agentes nocivos
à saúde eles devem ter a sua
própria saúde preservada por
meio da antecipação da sua apo-
sentadoria.
A aposentadoria especial é
uma forma de compensar o ser-
viço prestado pelo profissional
da saúde, por exemplo, que atua
diariamente em contato com a-
gentes biológicos trazidos pelos
doentes.
Até abril de 1995, por exem-
plo, existe para determinadas
profissões (como enfermeiro,
bombeiro, técnico em laborató-
rios de análise e laboratórios
químicos, metalúrgicos, entre
outras) a presunção da especia-
lidade, ou seja, profissionais
que exerçam determinadas pro-
fissões têm o direito à con-
cessão da aposentadoria espe-
cial ou à conversão do tempo
especial em tempo comum do
período anterior a abril de 1995.
Hoje em dia é exigido do tra-
balhador a comprovação da ex-
posição aos agentes nocivos por
meio da apresentação de docu-
mentos como o Perfil Profissio-
gráfico Previdenciário – PPP e o
Laudo Técnico de Condições
Ambientais do Trabalho LTCAT.
É POSSÍVEL AUMENTAR O
MEU TEMPO DE CONTRIBUI-
ÇÃO EM RAZÃO DA ESPECIALI
DADE DA ATIVIDADE?
Sim, é possível aumentar o
tempo de contribuição por meio
do reconhecimento do exercício
de atividade especial.
Contudo, somente é possível
a conversão do tempo em ativi-
dade especial em comum para
as atividades exercidas anterior-
mente a 13 de novembro de
2019. Isso porque a reforma da
previdência alterou significati-
vamente as regras para a con-
cessão da aposentadoria nessa
modalidade, extinguindo, por e-
xemplo, a possibilidade dessa
conversão.
Assim, todo o profissional
que antes de 13 de novembro de
2019 tenha exercido atividade
especial tem o direito de reque-
rer a concessão da aposentado-
ria especial, se cumprido os re-
quisitos de tempo, ou a conver-
são do tempo especial em tempo
comum para aumentar o seu
tempo de contribuição.
O enquadramento do segura-
do nas regras vigentes em data
anterior à reforma é possível em
razão do chamado “direito ad-
quirido”.
A conversão desse período
em tempo comum ocorre da se-
guinte forma: tempo em que e-
xerceu a atividade especial mul-
Todo o profissional que comprova a exposição a agentes nocivos (físicos, químicos ou biológicos)
à saúde, tem o direito a requerer a concessão do benefício de aposentadoria especial ou a requerer a conversão do período em que exerceu a atividade especial em tempo comum,
antecipando, desta forma, a sua aposentadoria.
tiplicado por 1,4 (para homens)
ou 1,2 (para mulheres). Esses
fatores de multiplicação são os
mais comuns, pois são aplica-
dos nas hipóteses de agentes
nocivos considerados leves
(ruídos, biológicos, químicos
em geral), que ensejariam apo-
sentadoria especial aos 25 anos
de atividade.
Por exemplo, um químico in-
dustrial, que anteriormente à re-
forma, trabalhou por 10 anos ex-
posto a agentes químicos pode
usar este período para ajudar a
cumprir com os requisitos para
a concessão da aposentadoria
pelas regras antigas por meio do
fator de multiplicação previsto
na legislação (10 anos x 1,4 fa-
tor para homens) e aumentar em
4 anos o seu tempo de contri-
buição.
A conversão do tempo espe-
cial em tempo comum é uma das
formas de aumentar o seu tempo
de contribuição, no entanto, há
outras 6 formas de aumentar o
seu tempo de contribuição e a-
tingir o tempo necessário para
aposentadoria mesmo após a
Reforma da Previdência.
N
Lini & Pandolfi Adv. [email protected] ou
QUEM É A ANATEST
Norminha 601, 10/12/2020 A Associação Nacional dos Técnicos em Segurança do Trabalho é
fruto de um antigo sonho de seu atual presidente, Armando Henrique,
e de mais alguns prevencionistas, TST, que em 01 de dezembro de
2020 teve sua ata e estatuto protocolada para registro, da eleição re-
alizada em 07 de novembro do mesmo ano, oficializando sua criação.
Composta de uma Diretoria Executiva, com 14 membros, entre e-
fetivos e suplente, um Conselho Consultivo Fiscal composto por seis
membros, efetivos e suplentes, e um Conselho Deliberativo com 50
membros, tem sua representação firmada em todo o território nacio-
nal. Todos os membros que compõem a associação são Técnicos em
Segurança do Trabalho.
A ANATEST conseguiu agrupar TST de todas as idades e tempos
de formação, tornando-a eclética no debate de suas questões, respei-
tando o ponto de vista histórico da prevenção no Brasil, desde seu i-
nício em 1970 até a presente data. Assim sendo, faz parte a associa-
ção, profissionais com mais de quarenta e cinco anos de estrada, até
recém-formados.
Mas, afinal de contas, qual é o objetivo da ANATEST?
De acordo com seu estatuto, mencionado anteriormente
“A ANATEST....., visa ajuda técnica profissional mutua, orientar pela
melhoria continua das condições sociais, do exercício profissional,
assistência e intercambio técnico profissional, defesa dos interesses
individuais e coletivos da categoria, fomento do desenvolvimento
tecnológico da formação, especialização, capacitações, no sentido da
solidariedade social e sua subordinação aos interesses nacionais e
democráticos, subsidiar tecnicamente em segurança e saúde no tra-
balho quando requisitado, os setores públicos e privados, sem cará-
ter sindical, ideológico e terá duração por tempo indeterminado.
Em consonância com o descrito acima é importante que se enten-
da que a associação nasce da preocupação da melhoria contínua do
TST, qualificando-o para o ideal exercício de sua profissão de sorte
a defender seus interesses dentro do que dispões a atribuição de ati-
vidades, previstas em lei (7410/85). A ANATEST, por meio de instru-
ções, cursos, protocolos e metodologias, pretende padronizar os as-
suntos técnicos do profissional, de sorte que seus associados pos-
sam desfrutar de conhecimento em forma e quantidade adequada a
sua atuação profissional, independente da atividade econômica em
que trabalhe.
Uma vez balizado esse conhecimento a ANATEST, a critério de
seu associado, tem como meta avaliá-lo, certificando sua competên-
cia de forma teórica e prática, que serão ministradas por experts nas
matérias. Será uma banca de examinadores, que possuam notório
saber, conhecido e acreditado pela sociedade prevencionista.
É mister que a associação fomente o desenvolvimento tecnológi-
co da capacitação dos TST. Caberá a ela também, contribuir sempre
que lhe for solicitada, para colaborar com os setores públicos e pri-
vados, na evolução do conhecimento técnico e científico da pre-
venção dos infortúnios laborais.
Fica claro, sem dúvida, que o conhecimento, sua geração, pro-
moção e divulgação, é o objetivo da ANATEST e que não possui ne-
nhum viés, político, sindical ideológico ou partidária (avalia Fabio de
Toledo Piza – Secretário Geral).
Essa é, portanto, a nossa ANATEST. Venha fazer parte dela você
também.
N
Página 11/13 - Norminha - Nº 601 - 10/12/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 601 - 10/12/2020 - Fim da Página 11/13
Norminha 601, 10/12/2020 Introdução
Muitas empresas ao demiti-
rem seus funcionários acreditam
estar imunes a riscos trabalhis-
tas por cumprirem o que era de-
terminado na CLT.
Jornada diária de 8h ou 44h
semanais, adicional de 50% em
caso de horas extras, 1h de in-
tervalo intrajornada e etc.
Entretanto são surpreendidas
com reclamações trabalhistas
que buscam direitos que sequer
sabia serem devidas.
Ao contratarem um advoga-
do, percebem que esses direitos
fazem parte da categoria e foram
definidas com base na Conven-
ção Coletiva de Trabalho.
E infelizmente não há o que
fazer.
Sendo comprovado que o
colaborador fazia parte daquela
categoria são devidos todos os
benefícios a ele.
E nesse caso os prejuízos pa-
ra a empresa são enormes.
Convenção Coletiva de Tra-
balho
De forma resumida e para fá-
cil compreensão a Convenção
Coletiva de Trabalho é um docu-
mento firmado entre o sindicato
das empresas e o sindicato dos
empregados de uma mesma ca-
tegoria.
Esse documento é formado
após diversas reuniões em que
são discutidas melhorias para a
classe.
Isto porque a CLT trás regras
muito genéricas e que nem sem-
pre contemplam a realidade da-
quele grupo.
Dessa forma, nada melhor do
que ambos os sindicatos para
definirem o que será melhor pa-
ra a categoria.
A presença dos sindicatos é
obrigatória justamente para evi-
tar um desequilíbrio na Conven-
ção Coletiva de Trabalho.
É importante destacar, no en-
tanto, que firmado o documento,
este deve ser cumprido integral-
mente a fim de evitar condena-
ções judiciais.
Obrigatoriedade
Infelizmente algumas empre-
sas, por desconhecimento ou
por acreditarem não ser neces-
sário, deixam de cumprir com o
que é determinado pela CCT.
Só que isso é um erro.
No Brasil, não é facultado as
empresas seguir ou não o que é
determinado nas Convenções.
Nesse sentido, o artigo 611
da CLT diz que a Convenção Co-
letiva de Trabalho possui caráter
normativo.
Em outras palavras, o conte-
údo presente constitui obriga-
ção para as partes que dela par-
ticipam.
Observar apenas a CLT não é suficiente para garantir todos os
direitos da categoria.
Vale lembrar que a categoria,
a qual a empresa faz parte, de-
corre da sua atividade prepon-
derante, ou seja, aquela ativida-
de que representa a maior de-
manda.
Benefícios para as partes
Importante ressaltar que a
Convenção Coletiva de Trabalho
buscar trazer melhorias para to-
da a categoria.
Isto não quer dizer que se
pretende beneficiar um lado em
detrimento de outro.
Como este instrumento é
construído com base nos sindi-
catos das empresas e dos em-
pregados, os benefícios existem
para ambos.
Neste sentido, o artigo 611-A
da CLT enumera diversas possi-
bilidades em que a Convenção
poderá se sobrepor ao que de-
termina a lei.
Alguns exemplos são:
- Jornada de trabalho, desde
que seja respeitado os limites da
Constituição;
- Banco de horas;
- Intervalo intrajornada;
- Concessão de prêmios;
- Remuneração por produti-
vidade
- Participação nos lucros e
resultados da empresa.
- Teletrabalho
- Regime de sobreaviso
- Trabalho intermitente
Por isso, é de suma impor-
tância que empregados e empre-
sas de determinada categoria
estejam observando se os sindi-
catos estão representando cor-
retamente o interesse das partes.
Consequências
Como dito anteriormente, ob-
servar as determinações da
Convenção Coletiva de Trabalho
é obrigatório.
Se a empresa não estiver
atenta a isso, em caso de receber
um processo trabalhista, prova-
velmente será condenada no pa-
gamento de todos os benefícios
suprimidos.
Dependendo dessa quantida-
de os prejuízos podem ser altís-
simos.
Além disso, em praticamente
todas as Convenções, é estipu-
lado uma multa, variável em ca-
da categoria, em caso de des-
cumprimento das cláusulas ali
presentes.
Essa multa pode ser um per-
centual baseado na quantidade
de cláusulas infringidas, por
quantidade de funcionários, um
valor fixo ou qualquer outra for-
ma prevista na própria CCT.
Lembrando que essa multa
não pode constituir um valor ex-
cessivo, sob pena de infringir o
determinado no artigo 412 do
Código Civil.
Sendo assim, minha reco-
mendação é que as empresas
confiram juntamente com seu
departamento jurídico ou contá-
bil se os direitos previstos na
convenção da categoria estão
sendo totalmente cumpridos.
Tal medida trará mais segu-
rança e menos riscos para o
empreendimento.
Da mesma forma os funcio-
nários podem verificar junta-
mente com o seu sindicato os
direitos específicos para aquela
classe.
Ademais, a empresa ainda so-
fre o risco de sofrer com pro-
cessos administrativos caso se-
ja constatado pelo Ministério do
Trabalho o descumprimento das
regras.
Conclusão
Apesar de ser um tema pouco
exposto é muito recorrente em
reclamações trabalhistas.
Ainda que muitos não con-
cordem com o conteúdo pre-
sente nas Convenções Coletivas
de Trabalho elas são de cunho
obrigatório.
Se eximir do seu cumpri-
mento apenas trará prejuízos pa-
ra as empresas.
Por este motivo é mais do
que necessário estar atento ao
que é determinado nas CCT's.
Além de sempre manter um
relacionamento com o seu res-
pectivo sindicato para expor os
seus principais interesses.
N
Alexandre Bastos
Advogado Trabalhista Instagram:
alexandrecostabastos Email: contato@alexandrebastosadv
ocacia.com.br
Convenção Coletiva de Trabalho:
Porque desconsiderá-la é um erro grave Trabalhador que pediu
demissão tem direito à
participação nos lucros?
Norminha 601, 10/12/2020 Dois empregados haviam
pedido demissão, e seus pedi-
dos de recebimento da partici-
pação nos lucros foram rejeita-
dos pelos Tribunais Regionais
do Trabalho da 1ª Região (RJ) e
da 2ª Região (SP). O funda-
mento foi a norma coletiva da
categoria, que excluía os demis-
sionários do direito à parcela.
Recurso no TST
O relator dos recursos, mi-
nistro Alexandre Ramos, assina-
lou que o pagamento da PLR
não é condicionado à vigência
do contrato de trabalho, mas ao
fato de o empregado ter contri-
buído para os resultados da em-
presa.
Segundo o ministro, o enten-
dimento do TST (Súmula 451) é
de que a exclusão do direito ao
pagamento da parcela com rela-
ção ao empregado que pediu de-
missão redunda em ofensa ao
princípio da isonomia, tendo em
vista que mesmo o empregado
que teve a iniciativa de romper o
contrato contribuiu para os re-
sultados positivos da empresa.
Ainda de acordo com o rela-
tor, apesar de a Constituição da
República (artigo 7º, inciso XX
VI) legitimar a realização de a-
cordos e convenções coletivas,
não há nenhuma autorização pa-
ra que tais instrumentos norma-
tivos sejam utilizados como
meio de supressão de direitos
legalmente constituídos.
“Deve-se harmonizar o prin-
cípio da autonomia da vontade,
previsto no artigo, com o da re-
serva legal, sob pena de se per-
mitir que negociações coletivas
derroguem preceitos de lei”,
concluiu. N
Fernando Magalhaes Costa https://bit.ly/fernandomagalhaes
59 Dinâmicas Vídeo: https://go.hotmart.com/A20
470095V Pacote DDS:
https://go.hotmart.com/X26380444D
PPT Treinamento Mudando a sua forma de perceber
riscos: https://go.hotmart.com/O3
9374563A
Norminha 601, 10/12/2020
Em um período de 5 anos, o Bra-
sil contabilizou 4,26 milhões de acidentes de trabalho, de a-
cordo com o MPT (Ministério
Público do Trabalho), a um cus-
to de R$ 26,2 bilhões em bene-
fícios do INSS.
A FIPE (Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas) esti-
ma que, por ano, o país gaste
mais de R$ 100 bilhões com a-
cidentes deste tipo. Certamente,
a falta de engajamento dos fun-
cionários e, até mesmo, da pró-
pria gerência na adoção de me-
didas preventivas é um dos fato-
res que inflam esses trágicos
números.
A verdade é que realizar trei-
namentos e palestras de consci-
entização é a parte mais fácil do
trabalho de um Profissional de
SST, a parte difícil é fazer com
que toda a equipe ponha tudo
isso em prática.
Na grande maioria dos ca-
sos, os colaboradores relutam
em adotar medidas mais segu-
ras; muitas vezes, alegam que as
medidas são desnecessárias,
que os EPIs incomodam ou limi-
tam os movimentos, ou ainda
que a segurança é de respon-
sabilidade da administração da
empresa.
Mas será que é possível unir
toda a equipe em prol da segu-
rança? Neste blogpost, a gente
te mostra que sim e ainda ex-
plica como. Acompanhe!
Por que envolver funcionários e
gerentes com a segurança?
De 2014 a 2018, o Brasil teve
mais de 1,8 milhão de trabalha-
dores afastados, o que atingiu
diretamente a produtividade das
empresas. Isso fez com que boa
parte dos gestores passasse a
entender a segurança dos fun-
cionários não mais como um
custo e sim como um investi-
mento.
Uma pesquisa realizada nos
Estados Unidos mostrou que os
custos advindos de acidentes de
trabalho podem ser reduzidos
em até 40% com a adoção de
uma cultura de segurança labo-
ral.
Como unir funcionários e gerência em prol da
segurança
Como envolver a gestão com a
segurança?
O modo mais eficaz de enga-
jar a administração nesse pro-
cesso é promover uma cultura
efetiva de segurança dentro da
organização. E, para isso, é im-
portante envolver todos os ní-
veis da gestão.
Não é fácil - nós sabemos -
mas, é possível! Veja como:
1 – Comece engajando a alta
administração
A etapa mais importante para
que sua estratégia dê certo é co-
meçar conquistando o apoio da
alta administração. É preciso
que toda a gerência tenha a se-
gurança como prioridade para
que as questões da gestão do
negócio não briguem com as
medidas preventivas.
2 – Transforme o custo em
investimento
Não aborde a questão da se-
gurança apenas pelo lado do
bem-estar dos colaboradores.
Claro que isso é o primordial,
mas pode não ser o suficiente
para convencer a gerência. Para
alguns gestores, a responsabili-
dade social não é um argu-
mento, os números valem mais.
Pare de se lamentar sobre is-
so e transforme a seu favor. Pro-
ve que investir em segurança e
bem-estar aumenta a produtivi-
dade e, por consequência, a
competitividade do negócio.
3 – Aprenda com quem já fez
Se você não tem experiência
em implantar uma cultura de se-
gurança, procure quem tenha.
Acredite, agregar a contribuição
de alguém que já fez o que você
pretende executar dá mais cre-
dibilidade ao projeto e, prova-
velmente, conquistará a adesão
de muito mais gestores.
4 – Estabeleça eventos para
criar uma cultura de segurança
Um evento é sempre uma ex-
celente forma de conscientizar
as pessoas. Busque trazer pro-
fissionais de diversas áreas que
possam disseminar a importân-
cia de investir em segurança.
Continua na página 12/13
Página 12/13 - Norminha - Nº 601 - 10/12/2020 - ANO 12 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha 601, 10/12/2020 A exposição excessiva ao sol e
sem o uso de filtro solar são fa-
tores de risco para desenvolver
câncer de pele. Em um país en-
solarado como o Brasil é preciso
ficar alertar para os sintomas
doença e a importância do diag-
nóstico precoce. Por isso, estar
informado sobre a doença é a
melhor maneira de preveni-la,
diagnosticá-la e trata-la.
O câncer de pele é o mais fre-
quente no Brasil e no mundo, e
corresponde a 27% de todos os
tumores malignos do país, de a-
cordo com o Instituto Nacional
do Câncer (Inca), do Ministério
da Saúde. Além da exposição
prolongada e repetida ao sol,
principalmente na infância e a-
dolescência, outros fatores de
risco são ter pele e olhos claros,
ser albino e ter vitiligo. Também
estão mais vulneráveis as pes-
soas com histórico da doença na
família e quem faz tratamento
com medicamentos imunossu-
pressores.
Mais comum em pessoas
com mais de 40 anos, porém,
com a constante exposição de
jovens aos raios solares, a mé-
dia de idade dos pacientes vem
diminuindo. “A infância é o pe-
ríodo da vida mais suscetível
aos efeitos danosos da radiação
UV, que se manifestarão mais
tardiamente na fase adulta sob a
forma de câncer de pele. Por-
tanto, se levarmos em conta que
a radiação solar tem efeito cu-
mulativo, a prevenção deve se
iniciar com os bebês, evitando a
exposição ao sol nos horários
de risco e pelo uso de produtos
específicos para a faixa etária”,
explica Ana Cristina Pinho, di-
retora do INCA.
O sinal de alerta deve acen-
der quando surgem manchas na
pele que coçam, ardem, desca-
mam ou sangram e também em
caso de feridas que não cicatri-
zam em quatro semanas. Esses
sintomas podem ser indicativos
do câncer de pele não mela-
noma, que ocorre principalmen-
te nas áreas do corpo mais ex-
postas ao sol, como rosto, pes-
coço e orelhas. O tipo não mela-
noma ocorre com maior fre-
quência, tem baixa mortalidade,
mas pode causar deformações.
Ele é responsável por 177 mil
novos casos da doença por ano
e apresenta alto percentual de
cura se for detectado e tratado
precocemente.
O melanoma, forma mais gra-
ve do tumor, pode aparecer em
qualquer parte do corpo, na pele
ou mucosas, na forma de man-
chas, pintas ou sinais. Essas le-
sões costumam ter formato assi-
métrico, bordas irregulares,
mais de uma cor e mudar de ta-
manho de forma rápida. Apesar
de mais raro, é um tipo de cân-
cer bastante agressivo, podendo
levar à morte. Anualmente, ele é
responsável por 8,4 mil casos
novos no Brasil.
CASOS
No Brasil, o número de casos
novos de câncer de pele não me-
lanoma esperados, para cada
ano do triênio 2020-2022, será
de 83.770 em homens e de 93.
170 em mulheres, correspon-
dendo a um risco estimado de
80,12 casos novos a cada 100
mil homens e 86,66 casos no-
vos a cada 100 mil mulheres.
O câncer de pele não mela-
noma em homens é mais inci-
dente nas Regiões Sul, Centro-
Oeste e Sudeste, com um risco
estimado de 123,67/100 mil, 89,
68/100 mil e 85,55/100 mil, res-
pectivamente. Nas Regiões Nor-
deste e Norte, ocupa a segunda
posição, com um risco estimado
de 65,59/100 mil e 21,28/100
mil, respectivamente. No que diz
respeito às mulheres, o câncer
de pele não melanoma é mais
incidente em todas as Regiões
brasileiras, com um risco esti-
mado de 125,13/100 mil (Cen-
tro-Oeste), 100,85/100 mil (Su-
deste), 98,49/100 mil (Sul), 63,
02/100 mil (Nordeste) e 39,
29/100 mil (Norte).
PREVENÇÃO
A boa notícia é que o câncer
de pele é de fácil prevenção pelo
controle dos fatores de risco.
- Evitar exposição prolonga-
da ao sol entre 10h e 16h.
- Procurar lugares com som-
bra.
- Usar proteção adequada,
como roupas, bonés ou chapéus
de abas largas, óculos escuros
com proteção UV, sombrinhas e
barracas.
- Aplicar na pele, antes de se
expor ao sol, filtro (protetor) so-
lar com fator de proteção 30, no
mínimo. É necessário reaplicar o
filtro solar a cada duas horas,
durante a exposição ao sol, bem
como após mergulho ou grande
transpiração. Mesmo filtros so-
lares “à prova d’água” devem ser
reaplicados.
- Usar filtro solar próprio pa-
ra os lábios.
- Em dias nublados, também
é importante o uso de proteção.
- As tatuagens podem escon-
der lesões, portanto, merecem
atenção.
- Nas atividades ocupacio-
nais, pode ser necessário refor-
mular as jornadas de trabalho ou
a organização das tarefas desen-
volvidas ao longo do dia.
DIAGNÓSTICO E TRATA-
MENTO
O paciente que encontrou um
sinal suspeito de câncer de pele
deve comparecer ao posto de
saúde mais próxima de sua ca-
sa. Em caso de urgência, deve
procurar uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA). Após o a-
tendimento e avaliação prelimi-
nar por um clínico geral o pa-
ciente será encaminhado a um
Ambulatório de Especialidades.
O diagnóstico normalmente é
feito pelo dermatologista ou ci-
rurgião, por meio de exame clí-
nico. Em algumas situações, é
necessário o exame que permite
visualizar algumas camadas da
pele não vistas a olho nu. Al-
guns casos exigem um exame
invasivo, que é a biópsia.
A cirurgia é o tratamento
mais indicado para o câncer. A
radioterapia e a quimioterapia
também podem ser utilizadas
dependendo do estágio da do-
ença. Quando há metástase (o
câncer já se espalhou para ou-
tros órgãos), o melanoma é tra-
tado com novos medicamentos,
que apresentam altas taxas de
sucesso terapêutico. A estraté-
gia de tratamento para a doença
avançada deve ter como objetivo
postergar a evolução, oferecen-
do chance de sobrevida mais
longa a pacientes que anterior-
mente tinham um prognóstico
bastante reservado.
REDE DE ASSISTÊNCIA
A Política Nacional de Pre-
venção e Controle do Câncer de-
termina o cuidado integral ao u-
suário de forma regionalizada e
descentralizada e estabelece que
o tratamento do câncer será feito
em estabelecimentos de saúde
habilitados como Unidade de
Assistência de Alta Complexida-
de em Oncologia (Unacon) ou
Centro de Assistência de Alta
Complexidade em Oncologia
(Cacon). Unacons e Cacons de-
Exposição ao sol e câncer de pele: saiba como prevenir, diagnosticar e tratar
vem oferecer assistência espe-
cializada e integral ao paciente
com câncer, atuando no diag-
nóstico, estadiamento e trata-
mento. Esses estabelecimentos
devem garantir a qualidade dos
serviços de assistência oncoló-
gica e a segurança do paciente.
Existem, atualmente, 317 uni-
dades e centros de assistência
habilitados no tratamento do
câncer. Todos os estados brasi-
leiros têm pelo menos um hos-
pital habilitado em oncologia,
onde o paciente de câncer en-
contrará desde um exame até
cirurgias mais complexas.
Cabe às secretarias estaduais
e municipais de Saúde organizar
o atendimento dos pacientes,
definindo para que hospitais os
pacientes, que precisam entrar
no sistema público de saúde por
meio da Rede de Atenção Bási-
ca, deverão ser encaminhados.
CÂNCER DE PELE
Este tipo de câncer é provo-
cado pelo crescimento anormal
das células que compõem a pe-
le. Existem diferentes tipos que
podem se manifestar de formas
distintas, sendo os mais co-
muns denominados carcinoma
basocelular e carcinoma espino-
celular – chamados de câncer
não melanoma. Um terceiro tipo,
o melanoma, apesar de não ser
o mais incidente, é potencial-
mente letal. Quando descoberta
no início, a doença tem mais de
90% de chance de cura.
Carcinoma basocelular – É o
câncer de pele mais frequente na
população, correspondendo a
cerca de 70% dos casos. Se ma-
nifestam por lesões elevadas pe-
roladas, brilhantes ou escureci-
das que crescem lentamente e
sangram com facilidade.
Carcinoma espinocelular – É
o segundo tipo de câncer de pele
de maior incidência no ser hu-
mano. Ele equivale a mais ou
menos 20% dos casos da do-
ença. É caracterizado por lesões
verrucosas ou feridas que não
cicatrizam depois de seis sema-
nas. Geralmente causam dor e
possuem sangramentos.
Câncer de pele melanoma –
Apesar de corresponder apenas
cerca de 10% dos casos, é o
mais grave pois pode provocar
metástase rapidamente – espa-
lhamento do tumor para outros
órgãos do corpo humano – e le-
var à morte. É conhecido por a-
presentar pintas ou manchas es-
curas que crescem e mudam de
cor e formato rápido. As lesões
também podem vir acompanha-
das de sangramento.
N (Fonte: Ministério da Saúde)
ANAMT
Continuação da página 11/13
5 – Incentive o compartilha-
mento de informações
É importante incentivar que a
gerência participe de workshops
e conferências sobre segurança,
e que repassem o que aprende-
ram aos demais da equipe.
Inclua os funcionários no
processo
Os colaboradores são parte
fundamental para que um plano
de segurança dê certo. São eles
que estão na ponta de todo o
processo, então, não se esqueça
de inclui-los. Acompanhe algu-
mas estratégias:
1 – Faça da segurança parte
da cultura da sua empresa
Os novos funcionários preci-
sam estar cientes desde o co-
meço que a segurança é um dos
valores da sua empresa e que
precisa seguir todos os proto-
colos.
2 – Ofereça treinamento re-
gulares
É preciso que os funcioná-
rios sejam capacitados para e-
xercer suas atividades com se-
gurança. Orientações gerais de
segurança, treinamentos especí-
ficos, bem como reciclagem
precisam ser realizados sempre
que houver novas contratações,
mudanças em regulamentos ou
maquinários, ou longos perío-
dos de ausência do colaborador.
3 – Valorize seus bons funci-
onários e responsabilize os
maus
Crie uma gamificação para
encorajar os funcionários a se-
guir precauções de segurança.
Funciona como um sistema de
recompensa para os que cum-
prem as metas e seguem os re-
gulamentos. Do mesmo modo, é
necessário disciplinar os funci-
onários que descuidam da segu-
rança.
4 – Abra espaço para a parti-
cipação de todos
Envolva os funcionários no
seu plano de segurança, criando
espaços para que possam opi-
nar e mostrar seu ponto de vista.
Faça as inspeções de segurança
diárias e mantenha os funcioná-
rios informados sobre elas. A-
lém disso, estabeleça metas de
segurança e convide os funcio-
nários a ajudarem a revisar e
melhorar o programa de saúde e
segurança da empresa.
5 – Leve o feedback dos fun-
cionários a sério
Não adianta só ouvir seus
colaboradores, é preciso buscar
soluções para as colocações de-
les. Apresentar respostas aos fe-
edbacks estimula cada vez mais
a participação.
Engaje toda a empresa
Sabemos dos desafios de en-
volver toda uma organização em
um projeto de segurança do tra-
balho, mas ele é possível. Pare
de olhar o trabalho como um to-
do e comece a delimitar setores,
prazos e metas; isso facilitará a
execução e manterá você moti-
vado.
Acredite, não existe maneira
de fazer isso dar certo sem en-
volver gerência e funcionários.
O processo é longo e muito e-
xaustivo, mas compensador, en-
tão, não desista! N
Fernando Zanelli
Cursos do Senac Araçatuba estão com inscrições abertas para 2021
O Senac Araçatuba (SP) está com inscrições para cursos livres e
técnicos para 2021. Interessados, devem acessar o site da instituição
www.sp.senac.br/aracatuba para fazer o cadastro.
Entre os cursos livres ofertados pela unidade estão: administração
e planejamento de negócios, bombeiro civil, agente de proteção so-
cial básica, jardineiro, costureiro, cuidador de idoso, manicure e pe-
dicure; modelista de malharia, redação publicitária, cabeleireiro, es-
tratégias de marketing digital e E-commerce, Excel – ferramentas pa-
ra análise, atendente de farmácia e gamificação na educação.
Quanto aos cursos técnicos, as opções são: informática, informá-
tica para internet, logística, recursos humanos, enfermagem, teatro e
segurança do trabalho, além da qualificação técnica para coorde-
nador de projetos sociais.
De acordo com a assessoria de imprensa, matriculados em 2021
terão desconto promocional de 30% em cursos presenciais até de-
zembro de 2021. No período mencionado, as aulas poderão ser ini-
ciadas remotamente. N
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 601 - 10/12/2020 - Fim da Página 13/13
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