Certificação de
redes inteligentesPrograma InovCity, de Smart Grid, começa a apresentar resultados.
eletrodutos flexíveisEvolução das normas e programa de qualidade elevam nível dos produtos.
Avanço do mercado de áreas classificadas oferece oportunidades de negócios a prestadores de serviços, mas carência de mão de obra qualificada preocupa empresas.
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Depois de apresentar avanços significativos na parte de produtos e equipamentos, Brasil se prepara para implantar processo de certificação de profissionais no setor elétrico, numa ação que envolve governo e entidades setoriais.
Áreas de instalações elétricas prediais e de atmosferas explosivas se destacam no mercado como as mais adiantadas no desenvolvimento dos trabalhos.
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4 | Potência | sumário
CADERNO ATMOSFERAS EXPLOSIVAS
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o Forte aquecimento do mercado de áreas classificadas no Bra-sil abre oportunidades a empresas prestadoras de serviços. No entanto, players temem que a falta de mão de obra quali-ficada trave a evolução dos negócios.
32PÁGINA
38
12
44
6 Ponto de Vista
8 Ao Leitor
8 Cartas
10 Holofote
40 Espaço Abreme
46 Vitrine
48 GTD
52 Economia
57 Link Direto
58 Agenda
• Foto: Dreamstime • Capa: Sérgio Ruiz
14 Matéria de Capa Governo e entidades setoriais unem forças para a implementação de
processos de certificação de profissionais. Áreas de instalações elétri-cas prediais e de atmosferas explosivas devem ser as primeiras a apre-sentar novidades.
26 Mercado Publicação de normas técnicas e programa de qualidade fazem setor de
eletrodutos flexíveis passar por momento de elevação do nível de segu-rança dos produtos. Expectativa dos fabricantes é que usuários passem a escolher os materiais em função da qualidade e não apenas do preço.
38 Praticando Ideias Depois de pouco mais de um ano, EDP contabiliza primeiros resulta-
dos do InovCity. Projeto-piloto de Smart Grid será levado a outras ci-dades brasileiras, que serão beneficiadas pela implantação das redes inteligentes de energia.
44 Radar Com o objetivo de atender tanto o mercado interno, quanto o exter-
no, Toshiba inaugura unidade fabril para produzir transformadores de potência.
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Atmosferas An 21x28 JWT CV.indd 1 11/04/13 17:00
Beth Brididiretora de redação [email protected]
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Publicação mensal da Grau 10 Jornalismo e Comuni-cações Ltda, com circulação nacional, diri gida a indús-trias, compradores corporativos, distribuidores, varejis-tas, home centers, construtoras, arquitetos, engenharia e insta ladores que atuam nos segmentos elétrico, eletrônico e de iluminação; geradoras, trans misso ras e distribuido-ras de energia elétrica. Órgão oficial da Abreme - Asso-ciação Brasileira dos Re vendedores e Distribuidores de Materiais Elétricos.
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Fechamento Editorial: 04/06/2013Circulação: 13/06/2013
Diretores: Habib S. Bridi (in memorian)
Elisabeth Lopes Bridi
ISSN 2177-1049
6 | Potência | ponto de vista
Nem tudoestá ruim
A enxurrada de más notícias e muitas indefinições traz um
sentimento de piora geral no gigante Brasil. Isso faz com que o
sentimento seja de apreensão. Realmente, a economia brasileira
passa por um momento de indefinição, estampada na fisionomia
de seus líderes, apesar dos discursos contrários. A demanda de
consumo desacelerou. As exportações estão enfraquecidas; as im-
portações, por sua vez, continuam ganhando espaço no mercado
e o investimento público não decola ou, o que é pior, custa cada
vez mais caro aos cofres públicos.
O PIB decepciona a cada divulgação e o Governo Federal já
vem deixando de divulgar metas, um sinal claro da nebulosida-
de do momento. A inflação volta a assombrar. Nada que remeta
aos períodos anteriores à gestão de FHC, mas ainda assim muito
superior a desejada e suportada. Se não bastasse, a desvaloriza-
ção do real frente ao dólar, causado por uma melhora da econo-
mia americana, ajudará a pressionar os índices inflacionários. E
o que é pior: ajudará a abastecer as notícias preocupantes nos
noticiários econômicos.
Quando o Governo ensaiava a divulgação de uma melhora
geral, baseado na recuperação da produção industrial e em uma
esperada contensão dos preços, a possibilidade de rebaixamento
da nota de risco do Brasil jogou um balde de água fria na eufo-
ria em relação à economia brasileira – se bem que nos últimos
anos esse entusiasmo, por parte do investidor estrangeiro, vinha
se tornando cada vez mais tímido.
São tantas notícias negativas, que aquilo que há de bom não
ecoa. Existem dados positivos no setor eletroeletrônico, haja vis-
to os resultados que muitas empresas multinacionais alcançam
no Brasil, transformando suas plantas brasileiras nas que osten-
tam os melhores resultados mundiais. A produção industrial que
andava em queda, voltou a crescer, em abril, 1,8% em relação a
março. Temos, ainda, a regulamentação dos portos que, apesar
de depender de toda uma infraestrutura rodoviária e ferroviária
para realmente dar resultado, é um marco para os exportadores
brasileiros e deve gerar muitos investimentos para o País. E exis-
tem muitas outras notícias boas. Copa e Olimpíadas movimentan-
do a economia. Emprego mantendo-se aquecido.
O momento é novo. Estamos longe das crises do passado, mas
também distante dos dias de “bola da vez” da economia mundial.
Mais um cenário diferente para a coleção dos empresários brasi-
leiros, acostumados a esses sobressaltos.
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8 | Potência | ao leitor
Marcos Orsolon, editor
Como já destacamos diversas vezes em nossa revista, o merca-
do eletroeletrônico brasileiro é forte, grande e, muitas vezes,
também controverso. Um setor que, ao mesmo tempo, é ca-
paz de concorrer em condição de igualdade com companhias
mundiais de diversos segmentos e que, em outras áreas, como a de com-
ponentes eletrônicos, praticamente não tem chance alguma de sucesso.
Os altos e baixos também podem ser estendidos à área de certificação.
Alinhado às normas internacionais da IEC, o Brasil conta hoje com certifi-
cação compulsória de um grande número de produtos e soluções, o que
assegura um bom nível de qualidade dos materiais fabricados e utilizados
no País. É fato que ainda temos problemas, mas se observarmos os últimos
15 anos, a evolução é incontestável e nossos materiais elétricos se mostram
muito mais seguros.
Mas apenas certificar produto não basta. É preciso mais, como a sua
correta especificação e instalação. Aspectos que poderiam ser bastante me-
lhorados, caso a tão sonhada certificação de instalações elétricas de baixa
tensão, com base nas determinações e recomendações da NBR 5410, pas-
sasse a valer.
A boa notícia é que, enquanto a parte das instalações insiste em não
caminhar, outra área dá sinais claros de evolução, que é a certificação de
profissionais. Já há movimentações importantes nas áreas de instalações
elétricas prediais e de atmosferas explosivas para que a certificação de al-
guns trabalhadores ocorra e a expectativa do mercado é que, em breve,
tenhamos novidades.
Por isso, abordamos o tema em nossa matéria de capa, feita por Paulo
Martins. Como sempre, procuramos identificar o que tem ocorrido no mer-
cado, qual a expectativa dos especialistas e qual a importância da certifi-
cação de profissionais no setor elétrico. E o resultado foi a constatação de
que, de fato, os trabalhos estão evoluindo e que a iniciativa tende a elevar
o nível dos profissionais que atuam no segmento. Vale a pena ler a repor-
tagem que, num mercado tão controverso, mostra mais um sinal de matu-
ridade do setor.
Evolução profissional
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10 | Potência | holofoteNotícias do Setor
Foto: DivulgaçãoMarlon Gaspar
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Projetos de IluminaçãoAs inscrições para a edição 2013 do Prêmio Abilux Projetos de Ilumina-
ção estarão abertas até o dia 30 de agosto.
Voltado aos lighting designers, arquitetos, designers de interiores, enge-
nheiros e profissionais de áreas afins que desenvolvem projetos de iluminação,
o Prêmio é promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação,
com apoio da AsBAI (Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação).
A cerimônia de premiação ocorrerá em outubro, durante evento come-
morativo do Dia da Iluminação, em São Paulo (SP). O regulamento do Prê-
mio está disponível no site da Abilux (www.abilux.com.br).
Guia LEDA segunda versão do “Guia LED”
está disponível para consulta eletrô-
nica no site da Abilux (www.abilux.
com.br). Agora, além do agrupamen-
to dos produtos por família, será
apresentado também a NCM (No-
menclatura Comum do Mercosul)
sugerida pela entidade.
Brasil no exterior
Novo gerente
O Brasil e a Abilux marcaram pre-
sença na LIGHTFAIR® International
2013 (cidade de Philadelphia, Estados
Unidos) entre 21 e 25 de abril, com a
participação de representantes da di-
retoria da entidade, empreendedores
de indústrias brasileiras e profissionais
como lighting designers.
A feira, cursos e palestras ocor-
reram no Pennsylvania Convention
Center. A feira mostrou o que de mais
moderno existe em iluminação, com
destaque para luminárias das mais va-
riadas aplicações com design inova-
dor, controles de luz e fontes de luz
em que os LEDs puderam ser vistos
em mais de 95% dos estandes.
OLEDs, lâmpadas fluorescentes
tubulares e lâmpadas a vapor metálico
em capsulas de cerâmica, bem como
máquinas e componentes também pu-
deram ser vistos.
Paralelamente ao evento houve
a premiação dos produtos que com-
petiram nos Prêmios de Inovação e
de Projeto. Também patrocinados
pela Illuminating Engineering Socie-
ty (IES) e pela International Associa-
tion of Lighting Designers (IALD), os
cursos e palestras merecem destaque
pelo nível técnico elevado, conteúdo
surpreendente e pelo alto valor agre-
gado e inovador.
A vice-presidente da LIGHTFAIR,
Rochelle Burt, e a diretora-executiva
Elly A. McCloud receberam os repre-
sentantes da Abilux durante o evento.
Na ocasião, reiteraram o convite para
que as empresas brasileiras participem
da próxima edição, que será realizada
em 2014, em Las Vegas (EUA), quando
terão à disposição além de estandes
conjuntos, sala de negociação para
contatos comerciais com empresas
americanas e de outros países.
A Osram, multinacional alemã
especializada em iluminação, tem
um novo gerente nacional para o
Canal OPTO Semicondutores. O en-
genheiro Marlon Gaspar assume o
cargo com a expectativa de aumen-
tar o número de vendas e tornar o
LED um item comum para o setor
de iluminação.
Há um ano e meio na empresa, o
executivo deixa a área de OEM (Ori-
ginal Equipment Manufacturer), onde
era responsável por vendas
e desenvolvimento dos
módulos, para estimu-
lar a comercialização
e fabricação de pro-
dutos com LED.
“Minhas novas atribuições são
vendas de componentes no Brasil
para ampla variedade em aplica-
ções”, diz Gaspar. Formado em en-
genharia elétrica pela FEI, pos-
sui experiência em empresas
no segmento eletrônico, su-
porte a clientes e desenvolvi-
mento de produtos com LED.
Holofote | Potência | 11Notícias do Setor
Foto: Dreamstime
Energia Sustentável
O fim do prazo de inscrição para os empreendimen-
tos interessados em se candidatar para certificação ou
renovação da certificação pelo Selo Energia Sustentável
foi antecipado para 28 de junho. A entrega dos certifica-
dos, que terão validade de um ano, está prevista para o
mês de setembro.
A edição para o período 2013-2014 do Selo Energia
Sustentável traz como novidade o aprimoramento dos pa-
râmetros a serem analisados. Antes, a simples intenção de
se comprometer com os parâmetros de desempenho so-
cioambiental, estabelecidos pelo Instituto Acende Brasil,
garantia a classificação do empreendimento.
Agora, na análise que é feita por auditoria externa,
o empreendimento terá de somar pelo menos 18 pontos
em 11 compromissos para receber a certificação na cate-
goria “Bronze”.
A classificação das categorias do Selo Energia Sustentá-
vel nesta edição também se tornou mais intuitiva, passando
de “Nível 1”, de intenção; “Nível 2”, de realização, e “Nível
3”, de superação, para Bronze, Prata e Ouro.
Criado em 2007, pelo Instituto Acende Brasil, o Selo
Energia Sustentável é um selo de desempenho, escalonado,
que avalia empreendimentos (e não empresas) e os classi-
fica por responsabilidade socioambiental, a partir da com-
provação de ações que envolvem o controle dos impactos
sobre o meio ambiente, a conservação da biodiversidade
e dos recursos naturais, as comunidades, o custo da ener-
gia, a transparência e o diálogo.
Segundo o Banco Mundial, o investimento socioam-
biental em empreendimentos de geração
de energia elétrica representa em média
14,2% de seu custo total. Mas as ações
de sustentabilidade, a serem certifi-
cadas para a conquista do Selo Ener-
gia Sustentável, devem ir além do
determinado durante o processo
de Licenciamento Ambiental e
do que consta do Projeto Bá-
sico Ambiental.
Em sua última edição, o Selo
Energia Sustentável certificou 20 empre-
endimentos de geração de energia. Doze
foram classificados em nível máximo, de supe-
ração, e oito em nível intermediário, de realização.
Na avaliação do Instituto Acende Brasil, a cer-
tificação do Selo Energia Sustentável pode implicar,
por exemplo, linhas de crédito mais rápidas, taxas
de juros menores e melhoria nas vendas de energia
no Mercado Livre.
Catálogos on-linePara facilitar a consulta de revendedores, profissio-
nais especificadores e até de consumidores finais, de suas
soluções em iluminação, a Avant acaba de disponibilizar
em seu site na internet (www.avantsp.com.br) dois catá-
logos on-line de seus produtos: linhas tradicional e LED.
De fácil visualização, são organizados de acordo
com o tipo de lâmpada, aplicação ou potência. Além
das lâmpadas, também são encontrados produtos da li-
nha decorativa, campainhas, sensores, temporizadores,
transformadores e luminárias.
Cada item é apresentado com um descritivo dos da-
dos técnicos, imagem do produto e da embalagem. O ca-
tálogo traz, além do código comercial, informações como
potência, base, temperatura de cor (K) e vida mediana,
no caso das lâmpadas, e outras, como tensão, corrente
e metragem, relativas aos acessórios.
“Esta é mais uma ferramenta para auxiliar vendedo-
res e consumidores na hora de adquirir um produto, pois
podem verificar quais os mais indicados para sua neces-
sidade, sem que precise ter o catálogo impresso. Além
disso, os lojistas podem tirar suas dúvidas no próprio pon-
to de venda”, explica o CEO da Avant, Gilberto Grosso.
A ferramenta utilizada para o catálogo on-line da
Avant permite imprimir, fazer download e visualizar as
páginas de modo geral ou tela cheia.
Curso sobre LEDA Philips do Brasil anunciou o lançamento de um curso
on-line gratuito de certificação profissional sobre LED, em
português, com objetivo de mostrar os benefícios e vanta-
gens desta tecnologia e possibilidades de uso.
Após realizar o curso pela internet, o participante tem
o tempo limite de dez minutos para realizar um teste. Se
atingir a nota mínima de 80%, ele receberá o certificado di-
gital, que possui validade de um ano e será enviado pelo
Lighting University Global, no prazo de
dez dias úteis. A certificação garantirá que
o profissional tem conhecimentos sobre o
que são LEDs, onde são usados, as vanta-
gens da utilização e o valor agregado dos
LEDs Philips.
O curso em português está disponível
para certificação de qualquer pessoa no site
da Philips, e pode ser acessado pelo link:
http://www.lighting.philips.com/
main/connect/Lighting_University/LED-
-passport.wpd.
12 | Potência | holofoteNotícias do Setor
Marketing reforçado Capacitação de jovens
A Alstom, por meio de sua uni-
dade de Taubaté (SP), dedicada à
produção de equipamentos para
geração de energia, mantém o For-
mare, programa de capacitação pro-
fissional de jovens de baixa renda
da cidade. Em abril foi realizada a
formatura da quinta turma, que con-
ta com 20 alunos de 16 e 17 anos.
Os alunos saem com formação
de Operador de Produção Metalúr-
gica e Industrial, após terem perma-
necido na empresa de abril de 2012
a março de 2013, recebendo aulas
dos próprios funcionários da unida-
de. Uma nova turma, com mais 20
alunos, já começou as aulas e tam-
bém permanecerá na empresa por
um ano. Desde 2008, o projeto já ca-
pacitou mais de 70 jovens estudantes
do Ensino Médio. As aulas são mi-
nistradas por meio de um programa
de voluntariado que contempla ativi-
dades práticas e teóricas. Os alunos
recebem um certificado técnico re-
conhecido pelo MEC (Ministério da
Educação e Cultura) e podem exer-
cer as funções na própria Alstom ou
outras indústrias do setor.
O Formare é um projeto da
Fundação Iochpe que, a partir de
parcerias com empresas de grande
e médio porte, oferece cursos de
educação profissional para jovens
de 16 a 18 anos.
O show da iluminação
A Panduit nomeou Gabriela Me-
raz para a direção de Marketing na
América Latina. A diretora, que é res-
ponsável pela estratégia da região,
dará ênfase ao desenvolvimento de
parceiros de negócios e contas es-
tratégicas.
“A nomeação de Gabriela Meraz
está alinhada ao processo de trans-
formação da indústria e adaptação da
Panduit às novas realidades do merca-
do. Estamos satisfeitos que a executi-
va compartilhe sua experiência com
o nosso time”, afirma Neil Corradine,
vice-presidente de Vendas para Amé-
rica Latina da Panduit. Além de liderar
a estratégia de marketing na região,
a nova diretora acumula a função de
liderar, no âmbito mundial, o Progra-
ma de Centros Executivos de Demons-
tração ou Executive Briefing Centers
(EBCs) para Clientes e Parceiros.
Gabriela Meraz integra a equi-
pe Panduit há 12 anos. A executiva
é engenheira química formada pela
Universidade de Guadalajara, onde
também cursou as cadeiras de ven-
das e marketing.
Já estão definidas as datas da
14ª Expolux – Feira Internacional da
Indústria da Iluminação e do Sim-
polux – Simpósio Brasileiro de Ilu-
minação Eficiente. Os dois eventos
acontecerão simultaneamente entre
os dias 22 e 26 de abril de 2014, no
Expo Center Norte (Pavilhões Verde
e Branco), em São Paulo (SP).
A Expolux de 2014 cresceu e pre-
para-se para ser uma das mais impor-
tantes feiras do setor de iluminação da
América Latina. Ela foi projetada para
abrigar em 35 mil metros quadrados
de área de exposição a praticamente
todos os segmentos da indústria da
iluminação. Em 2012 o espaço desti-
nado foi pouco superior a 25 mil me-
tros quadrados. As expectativas são de
que reúna mais de 200 expositores e
receba mais de 25 mil visitantes.
No centro das discussões do
Simpolux estarão temas voltados
para Iluminação Pública com Tecno-
logia LED, Iluminação de Interiores
com Tecnologia LED e Iluminação
Cênica com destaque para Cinema,
Teatro, TV e Discotecas.
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ISO 9001:2008A Schalter Eletrônica conquistou novo certificado de Sistema de Gestão da
Qualidade ISO 9001:2008, auditada pela empresa certificadora BSI. A certifica-
ção se fez necessário para atender as novas linhas de produtos da empresa, que
passou por um redirecionamento estratégico em 2007, quando decidiu investir
em duas linhas de produtos voltadas às tendências mundiais de TI verde, virtu-
alização, cloud computing e autoatendimento.
Para esta nova certificação a Schalter optou pela certificadora BSI devido a
sua credibilidade, uma vez que foi a criadora da primeira norma de sistema de
gestão da qualidade BS 5750, a predecessora da série ISO 9000, e como mem-
bro contínuo dos comitês técnicos da ISO 9000.
Holofote | Potência | 13Notícias do Setor
Casa eficienteNo ano da Alemanha no Brasil, a
Basf decidiu presentear a cidade de
São Paulo com a construção da Ca-
saE. O imóvel, inaugurado dia 28 de
maio, tem 400 metros quadrados e foi
erguido na avenida Vicente Rao. Ele
utiliza soluções e produtos inovadores
desenvolvidos para tornar as constru-
ções mais sustentáveis e eficientes.
A unidade brasileira é a décima
da companhia no mundo e, para a sua
construção, a empresa contou com di-
versos parceiros. O resultado foi uma
casa capaz de reduzir em até 70% o
consumo de energia elétrica em rela-
ção a um imóvel produzido com sis-
temas tradicionais.
“O projeto traz novidades para
o mercado de construção brasileiro
e coloca à disposição da indústria a
mais diferenciada tecnologia em ma-
teriais de alta performance, eficiência
energética e proteção climática”, afir-
ma Alfred Hackenberger, presidente
da Basf para a América do Sul.
Ao todo, a CasaE recebeu investi-
mentos da ordem de R$ 3 milhões e,
além de energia, também reúne solu-
ções para a redução do consumo de
água e de emissões de CO2. Segundo
a empresa, a economia gerada no con-
sumo desses insumos ajuda
a recuperar o investi-
mento num período
de médio prazo.
Nos próximos meses a CasaE pas-
sará por estudos de ecoeficiência da
Fundação Espaço ECO para avaliar os
materiais empregados na construção.
E, em breve, o projeto deverá rece-
ber a certificação LEED, de constru-
ção sustentável.
Quanto às soluções aplicadas, a
Basf destaca alguns itens do segmento
de poliuretanos destinados à imper-
meabilização, fabricação de pisos e
ao conforto térmico. Entre eles, des-
tacam-se o elastômero de poliuretano
Elastocoat®, o composto aglutinante
de poliuretano ElastopaveTM e o po-
liuretano Elastopor®/Elastopir®, que
proporciona maior conforto térmico e
ajuda a reduzir o consumo de energia.
Já a Tigre contribuiu com todo o
sistema hidráulico e de proteção elétri-
co, com destaque para a Linha Aqua-
term para a condução de água quente
e o Quadro VDI, que reúne a fiação de
voz, dados e internet na casa.
A Bosch, por sua vez, entrou com
os coletores solares para aquecimen-
to de água, placas fotovoltaicas para
a geração de energia e sistemas de
segurança e detecção de incêndio.
Alfred Hackenberger
Empresas que participaram
do projetoArquivo Vivo, Atlas Schindler, Bos-ch, Daikin, Deca, Gerdau, Guardian, Isoeste, Knauf, Leicht, Leroy Merlin, Nespresso, Owa, Philips, Supermix, Tigre, Veka e Whirpool.
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14 | Potência | Matéria de capaCertificação de Pessoas
Segmentos de instalações elétricas
prediais e de atmosferas explosivas aceleram
os trabalhos para implantar o processo
de certificação de profissionais no Brasil.
Reportagem: Paulo Martins
A atividade de Avaliação da Conformidade visa verificar se um pro-duto, processo ou serviço atende a um conjunto de requisitos pré-es tabelecidos em normas e regulamentos técnicos. Os objetivos são informar e proteger o consumidor, em particular quanto à saúde,
segurança e meio ambiente; propiciar a concorrência justa e estimular a me-lhoria contínua da qualidade.
No Brasil, a Avaliação da Conformidade é feita por meio de mecanis-mos como Declaração do Fornecedor, Etiquetagem, Inspeção e Ensaios. Mundialmente reconhecida, a Certificação é outro processo utilizado nessa avaliação.
Muitos especialistas con-sideram a questão
Matéria de capa | Potência | 15Certificação de Pessoas
Foto: Dreamstime
16 | Potência | Matéria de capaCertificação de Pessoas
da certificação bem equacionada no País, pelo menos no que se refere a produtos elétricos e eletrônicos. Fios e cabos, disjuntores, plugues e toma-das, fusíveis, reatores para lâmpadas e equipamentos para atmosferas ex-plosivas são exemplos de materiais que precisam passar por certificação - nos casos específicos, obrigatória.
As instalações elétricas também são passíveis desse tipo de avaliação. Há alguns anos a Certiel Brasil (As-sociação Brasileira de Certificação de Instalações Elétricas) iniciou no País a certificação voluntária de instalações prediais nos segmentos comercial, re-sidencial e industrial. O trabalho da referida entidade consiste em verificar a adequação aos requisitos estabeleci-dos pela norma ABNT NBR 5410 (Ins-talações Elétricas de Baixa Tensão).
A mesma norma é utilizada para nortear o Programa Voluntário de Ava-liação de Conformidade de Projetos Elétricos, uma ação desenvolvida pela Abrasip (Associação Brasileira de En-genharia de Sistemas Prediais - Regio-nal de Minas Gerais).
Outra iniciativa semelhante é mantida pela Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Efi-ciência de Instalações). Trata-se do Qualinstal, programa pelo qual a en-tidade certifica os instaladores elétri-cos, após análise de requisitos espe-cíficos de controle de mão de obra e de produtos.
Já o processo de certificação de pessoas é relativamente recente, no País. A ideia é atestar que um de-terminado profissional atende a um conjunto de competências específi-cas desejáveis para a função que ele realiza. Esse reconhecimento só pode ser feito por Organismos de Certifi-cação de Pessoas (OCPs) acreditados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). No Brasil existem apenas sete entida-des nesse nível, atuando em diversos campos profissionais.
Neste momento, as atenções do setor eletroeletrônico, em particu-lar, estão voltadas para o desenvol-vimento do processo de certificação de pessoas em dois segmentos onde a promoção da saúde, segurança e meio ambiente é fundamental: insta-lações elétricas prediais e atmosferas explosivas.
Mas afinal, o que leva um segmen-to a se unir em torno da certificação de pessoas? Sem dúvida, a necessi-dade crescente de profissionalização constitui um grande motivador. “As tarefas precisam ser realizadas por pessoas competentes, de forma a se garantir o desempenho adequado”, comenta o engenheiro Alberto Fossa, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Gestão e Economia de Energia da ABNT (Associação Brasi-leira de Normas Técnicas) e diretor-exe cutivo da Abrinstal.
De acordo com o porta-voz, a cer-tificação de um profissional está re-lacionada à sua valorização pessoal. Economia de recursos, aumento da eficiência de processos e aumento da segurança são outros efeitos positivos associados a esse fenômeno.
As tarefas precisam ser realizadas por pessoas competentes, de forma a se garantir o desempenho adequado.Alberto Fossa | ABNT/Abrinstal
Qualidade total Certificação de profissionais da construção civil prevê a avaliação do trabalho dos eletricistas.
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Transformando Energia em Soluções.
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18 | Potência | Matéria de capaCertificação de Pessoas
Os processos mais antigos em andamento referem-se à inspeção de elementos ou áreas específicas, como a realização de soldas em aço e po-lietileno (uma etapa da construção de dutos), ou na área de tecnologia e produção de cimento. “Conside ra-se que a certificação seja responsá-vel pelo alto grau de confiabilidade dos serviços prestados nessas áreas”, avalia Fossa.
Embora o setor elétrico esteja avançado, no que diz respeito à cer-tificação de produtos, o mesmo não se pode dizer em relação aos profis-sionais. Somente agora está sendo elaborada a primeira norma que de-talha as competências desejáveis para um trabalhador da área: o eletricista.
Tudo começou há alguns anos, quando um pool de associações lan-çou a ideia de estabelecer a certifi-cação de diversos profissionais que atuam na área da construção civil. A figura do instalador elétrico inse riu-se nesse pacote.
Em 2009 surgiu o Comitê Brasi-leiro de Qualificação de Pessoas no Processo Construtivo de Edificações (ABNT/CB-90), que ficou incumbido de elaborar a norma técnica conten-do toda a terminologia, as competên-cias e os requisitos necessários para a certificação.
Essa norma ficou pronta e já pas-sou inclusive por consulta pública. O próximo passo será analisar as su-gestões apresentadas. A expectativa é que a publicação do documento aconteça ainda no decorrer deste ano.
Apesar de voluntária - pelo me-nos neste primeiro momento - a certificação de eletricistas promete fomentar a melhoria da qualidade dessa mão de obra, o que é extre-mamente desejável.
Afinal, no Brasil, a falta de tra-balho formal sempre levou um enorme contingente de pessoas sem qua-lificação a se
aventurar pelas mais diversas áreas. O sujeito vai errando e aprendendo na prática, e o que começou como um bico acaba se perpetuando. No trato com a eletricidade isto é uma teme-ridade, por motivos óbvios.
Eduardo Daniel, superintenden-te da Certiel Brasil, observa que um eletricista certificado terá por trás a assinatura de uma entidade reco-nhecida e acreditada pelo Inmetro. Isso significa maiores condições de competitividade e diferenciação no mercado. “A certificação vai melho-rar bastante a competência técnica das pessoas para fazer esse tipo de serviço”, afirma Daniel, que também coordena a Comissão de Estudos do CB-90 da ABNT, que está elaborando a norma em questão.
A certificação tende a beneficiar também o mercado consumidor dessa mão de obra, ou seja, empresas insta-ladoras e empreiteiras, que poderão contar com pessoas reconhecidamen-te aptas ao trabalho. “Os instaladores têm muita necessidade de mão de obra de melhor qualidade, porque o custo de retrabalho na área é muito alto”, comenta o porta-voz da Cer-
tiel Brasil. Os próprios fabricantes
A certificação vai melhorar bastante a competência técnica das pessoas para fazer esse tipo de serviço.Eduardo Daniel | Certiel Brasil
Início Num primeiro momento, certificação de eletricistas será voluntária.
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Matéria de capa | Potência | 19Certificação de Pessoas
de dispositivos elétricos e materiais de instalação também sairiam ganhando com a iniciativa, uma vez que terão
uma garantia maior de que seus pro-dutos foram corretamente especifica-dos e aplicados.
Organização Competências e requisitos necessários para a certificação serão definidos por norma técnica.
Certificações múltiplas? Com tamanha transformação em
andamento, é natural, e até desejá-vel, que surjam questionamentos en-volvendo o tema. Uma das discussões mais recentes partiu do posiciona-mento de determinados especialis-tas que concordam com a certifica-ção das instalações, mas dispensam a necessidade do mesmo processo para os profissionais. O argumento é de que a certificação da instalação já seria suficiente para avalizar o traba-lho executado.
Outros alegam que a certificação
da instalação não exclui a necessida-de de certificar produtos e pessoas, pois uma complementaria a outra. Eduardo Daniel destaca que a certi-ficação garante que uma instalação está adequada, mas observa que as inspeções visuais exigidas na norma têm limitações.
“Quando fazemos a certificação de uma instalação tiramos o retrato da instalação pronta. Por tabela, os ensaios que fazemos verificam a qua-lidade da mão de obra utilizada. Mas nós vamos apenas no resultado. O
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20 | Potência | Matéria de capaCertificação de Pessoas
ideal seria analisar isso desde a fonte, a causa do problema. E uma manei-ra de eliminar a causa é melhorar a competência das pessoas”, argumenta o executivo da Certiel Brasil.
Alberto Fossa faz uma análise pa-recida. De acordo com ele, por prin-cípio, um processo de Avaliação da Conformidade é amostral, e não tem a intenção de garantir totalmente a conformidade contra algum conjun-to de requisitos. “A tentativa de ga-rantia de cem por cento estaria as-sociada a um custo proibitivo, que a sociedade normalmente não deseja arcar”, observa.
Para o diretor-executivo da Abrins-tal, uma instalação final conforme de-pende de um conjunto de conformi-dades individuais. “É necessário que exista um projeto adequado, pessoas capacitadas, produtos corretos e em-presas instaladoras que sejam respon-sáveis por somar projeto mais pessoas
mais produtos de forma responsável e consistente. Desta forma teremos um resultado satisfatório final”, comenta.
Fossa diz que se a mão de obra for certificada nas suas funções mais importantes, existirá uma garantia adicional de que a aplicação dos pro-dutos é feita de forma correta: “Mes-mo certificado, um produto aplicado de maneira incorreta torna-se ina-dequado”.
O porta-voz da Abrinstal de-fende que a sociedade precisa identificar o custo que deseja pagar e o nível de garantia que deseja
Despreparo Desemprego leva muitos curiosos a trabalhar
na área, o que causa grande preocupação.
ter com relação à infraestrutura que a atende. “No caso de instalações elé-tricas, a questão mais importante é a segurança. Portanto, entende-se que seja importante um grau de confor-midade elevado”, sintetiza.
Indagado sobre a existência de ca-sos em que a certificação profissional seria dispensável, Alberto Fossa diz que todo processo de Avaliação da Conformidade envolve custos e nova-mente sugere uma reflexão por parte da sociedade.
“Ela precisa definir se deseja gas-tar recursos para possuir a garantia de atendimento a um determinado conjunto de requisitos. Isso vale para produtos, serviços e mão de obra. Existem situações em que a sociedade não precisa gastar recursos para esse tipo de demonstração - normalmen-te nos casos onde não existam riscos envolvidos, prejuízos associados ou impactos evidentes. É sempre uma relação de custo-benefício”, finaliza.
Qualificação Avaliação dos profissionais beneficiará o próprio eletricista, que passará a ter maior competitividade no mercado.
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Segmento Ex dá largada ao processo de certificação
Nos últimos anos, indústrias estra-tégicas para a economia de qualquer país, como química, petroquímica, óleo e gás, mineração, agronegócios, papel e celulose, farmacêutica, auto-mobilística e naval vêm apresentan-do grande desenvolvimento no Bra-sil, abrindo um vasto campo para a atuação de especialistas na área de atmosferas explosivas.
Devido à periculosidade inerente a esse ambiente, onde determinadas falhas podem provocar a perda de vidas, grandes prejuízos materiais e danos ambientais consideráveis, ga-nha força a discussão sobre o nível da qualificação da mão de obra dis-ponível no País.
Recentemente, a certificação de pessoas na área de atmosferas explo-sivas foi abordada com destaque em um amplo trabalho publicado por dois especialistas da área, os engenhei-ros Luiz Mauro Alves, profissional da Abendi (Associação Brasileira de En-saios Não Destrutivos e Inspeção) e Roberval Bulgarelli, consultor técni-co e engenheiro sênior da Petrobras.
Alves representa o Cobei (Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações) no Grupo de Trabalho PCC 001 do IE-CEx (International Electrotechnical Commission System for Certification to Standards Relating to Equipment for use in Explosive Atmospheres).
Bulgarelli, membro de grupos de trabalho do Cobei e do Inmetro, re-presenta o Brasil no Technical Com-
mittee TC-31 - Equipment for Explosi-ve Atmospheres da IEC (International Electrotechnical Commission).
Segundo a publicação assinada pelos especialistas, o Inmetro já prio-rizou, dentro do Plano de Ação Qua-drienal 2012-2015 do Programa Brasi-leiro de Avaliação da Conformidade, a elaboração do programa brasileiro de certificação de competências pessoais em atmosferas explosivas. A base para esse trabalho serão os requisitos do sistema internacional do IECEx e de seus Documentos Operacionais, in-cluindo o ABNT IECEx OD 504.
Publicado no dia 10 de abril do ano passado, esse documento estabe-lece dez Unidades de Competências Pessoais “Ex” (Veja quadro na página 24) para a qualificação e certificação de profissionais envolvidos em ativi-dades relacionadas a atmosferas ex-plosivas de gases inflamáveis ou po-eiras combustíveis.
Organismo de Certificação de Pes-soas acreditado pelo Inmetro, a Aben-di elabora neste momento seu sistema interno de certificação de competên-cias pessoais “Ex”.
A princípio, o sistema de certifica-ção da Abendi irá abranger as Unida-des de Competências Ex 001 (Aplica-
Certificação de pessoas na área Ex também proporcionará retorno econômico às empresas.Nelson López | ABPEx
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ção dos princípios básicos de proteção em atmosferas explosivas), Ex 003 (Ins-talação de equipamentos com tipos de proteção “Ex” e respectivos sistemas de fiação) e Ex 006 (Ensaios de equipa-mentos e instalações elétricas em/ou associadas a atmosferas explosivas).
Os candidatos à certificação em qualquer uma das Unidades de Com-petências Pessoais em Atmosferas Ex-plosivas precisarão atender os pré-re quisitos relacionados ao grau de escolaridade, treinamentos e expe-riências profissionais indicados no Documento Operacional ABNT IE-CEx OD 504.
Os exames de qualificação in-cluem fase teórica e também prática. Com base nos resultados dos exa-mes, a Abendi emitirá certificado e
carteira de identificação explicitando o escopo das competências pessoais para atmosferas explosivas para as quais o profissional estará qualifica-do e certificado.
A certificação dos profissionais terá um prazo de validade de 36 me-ses. Antes de completar o primeiro período de validade, a certificação pode ser renovada por um novo e igual período. E, antes do término do segundo período de validade, ou pelo menos a cada seis anos, os pro-fissionais deverão ser recertificados pela Abendi.
Ambiente crítico Segurança é primordial no segmento Ex, o que exige mão de obra
altamente qualificada e preparada.
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QUALIDADE ANOS A FIO
24 | Potência | Matéria de capaCertificação de Pessoas
Unidade de Título da Unidade de Norma ABNT NBR IECcompetência Competência Pessoal “Ex” 60079 de referência
Ex 001 Aplicação dos princípios básicos de Requisitos extraídos de proteção em atmosferas explosivas diversas partes
Ex 002 Execução de classificação de áreas NBR IEC 60079-10-1 e 10-2
Ex 003 Instalação de equipamentos com tipos de proteção “Ex” NBR IEC 60079-14 e respectivos sistemas de fiação
Ex 004 Manutenção de equipamentos em atmosferas explosivas NBR IEC 60079-17
Ex 005 Reparo e revisão de equipamentos com tipos de proteção “Ex” NBR IEC 60079-19
Ex 006 Ensaios de equipamentos e instalações elétricas em, ou NBR IEC 60079-14 associadas a atmosferas explosivas
Ex 007 Execução de inspeções visuais e apuradas de equipamentos NBR IEC 60079-17 e 14 e instalações em, ou associadas a atmosferas explosivas
Ex 008 Execução de inspeções detalhadas de equipamentos ou NBR IEC 60079-17 e 14 instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas
Ex 009 Projeto de instalações elétricas em, ou NBR IEC 60079-14 e requisitos associadas a atmosferas explosivas indicados em outras partes
Ex 010 Execução de inspeções de auditoria ou de avaliação das NBR IEC 60079-17 e 14 instalações elétricas em, ou associadas a atmosferas explosivas
Nelson López, presidente da As-sociação Brasileira para Prevenção de Explosões (ABPEx), considera acerta-do determinar um prazo para a va-lidade da certificação. “Não se trata de um capricho. Acontece que a tec-nologia e os materiais evoluem, e as pessoas precisam acompanhar essa evolução”, opina.
A ABPEx já firmou parceria com a Abendi para auxiliar no desenvolvimento do processo de certifica-ção de profissionais da área Ex. A entidade con-tribuirá para a qualifica-ção dos candidatos e tam-bém na montagem das provas práticas. “A
ABPEx possui expertise em atmosferas explosivas, enquanto a Abendi tem ex-pertise na certificação de pessoas. Por isso a união de esforços”, explica Luiz Mauro Alves.
Se no Brasil a certificação de pes-soas na área Ex encontra-se em está-
gio embrionário, no exterior o proces-so também é relativamente novo. Em todo o mundo, 218 profissionais atin-giram esse reconhecimento, até o mo-mento. São 88 no Reino Unido, 33 nos Estados Unidos, 22 na Malásia, 11 na Alemanha e 10 na Holanda - os países mais adiantados.
De acordo com o trabalho publi-cado por Luiz Mauro Alves e Rober-val Bulgarelli, o desenvolvimento de
normas sobre competên-cias pessoais para at-
mosferas explosivas é necessário em fun-ção da preocupação com a variedade de
habilidades de traba-lhadores envolvidos
Relação das unidades de competências pessoais “Ex”
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As pessoas devem ser certificadas em suas competências pessoais de acordo com as dez unidades de competência descritas no Documento Operacional ABNT IECEx Ex OD 504, indicadas na Tabela.
Matéria de capa | Potência | 25Certificação de Pessoas
com eletricidade e de outros que li-dam com estes tipos de equipamentos e instalações.
“De pouco adianta que os equipa-mentos “Ex” tenham sido certificados por um OCP acreditado pelo Inmetro se os mesmos não são devidamente es-pecificados pelos usuários, ou são in-devidamente instalados, inspecionados ou mantidos, durante as décadas em que podem permanecer instalados em áreas contendo gases inflamáveis ou poeiras combustíveis”, alerta o estudo.
Acredita-se que o processo de cer-tificação de profissionais na área “Ex” contribuirá significativamente para o desenvolvimento do mercado, uma vez que irá fomentar a melhor formação dos trabalhadores desse setor. “Tere-mos uma mão de obra mais capacita-da para minimizar os potenciais riscos”, concorda Luiz Alves.
A medida ganha importância se lembrarmos que o segmento de atmos-feras explosivas sempre esteve sujeito a erros não só de avaliação, mas tam-bém no tratamento dos riscos existen-tes. Até porque no Brasil não existe formação acadêmica na área - os pro-fissionais acabam aprendendo no tra-balho do dia a dia.
“A pessoa sai da faculdade de enge-nharia elétrica ou do curso técni-co de eletrotéc-nica e nunca ou-viu falar de áre-as classificadas. Escuta quando sai a campo e vai trabalhar em uma empresa. Daí para frente simplesmente faz o que os outros indicam para ela, que é aquilo que vem sendo feito de mui-tas décadas para cá. Só que tem muita coisa errada”, sinte-tiza Nelson López.
Para o dirigente da ABPEx, indi-retamente, a certificação de pessoas proporcionará outros benefícios im-portantes, como a redução dos valo-res cobrados pelo seguro e dos custos operacionais das empresas, uma vez que os profissionais terão maiores ap-
tidões e, consequentemente, melhor embasamento para fazer especificações.
A economia, explica ele, pode começar com o correto dimensionamento e tratamento dos riscos. A im-
portância de se fazer um diag-nóstico preciso fica eviden-te quando comparamos os preços de produtos à prova de explosão com
os normais. Enquanto
uma luminária comum custa por volta de R$
70,00, um equipamen-
to especial para área classificada tem preço entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil. Já um conjunto de plugue e tomada de segurança aumentada pode custar até R$ 4 mil, contra alguns reais do pro-duto comum.
A questão central aqui é que o julga-mento do profissional que especifica os equipamentos está sujeito a equívocos. Não foram raras as situações em que alguém determinou o uso de materiais elétricos especiais em uma fábrica in-teira, quando apenas uma seção conti-nha área classificada. Além disso, muitas vezes é possível reduzir e até eliminar completamente uma área classificada.
“O mercado vai ter um grande re-torno, do ponto de vista econômico (com a certificação de pessoas). Quan-do trabalhamos para que uma área dei-xe de ser classificada, a empresa não vai ter economia apenas na compra de equipamentos, ela terá economia na própria gestão da segurança”, co-menta López.
Fluxograma simplificado para a certificação de competências pessoais “Ex”.
Candidato se inscreve, requerendo a certificação de Competências
Pessoais “Ex” em um OPC (Organismo de Certificação de
Pessoas) acreditado pelo Inmetro
OPC
Organismo de Certificação de Pessoas acreditado pelo Inmetro
Pessoa competente “Ex” certificada
Processo para a Certificação de Competências Pessoais “Ex”, de
acordo com os requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17024 e Documento Operacional ABNT IECEx OD 504
Acompanhamento das reavaliações
periódicas
Provas de conhecimentos
e de habilidades
Avaliação das experiências profissionais
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26 | Potência | mercadoEletrodutos Flexíveis
Qualidade em evolução
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Publicação de normas técnicas e
programa de qualidade começam
a mudar perfil do setor de
eletrodutos flexíveis. Fabricantes
esperam que maior número
de usuários passe a escolher
produtos em função da segurança
e não apenas pelo preço. Reportagem: Marcos Orsolon
A segurança de uma ins-talação elétrica vai mui-to além da aplicação de dispositivos de proteção
como fusíveis, disjuntores, DRs e DPS. Na verdade, ela envolve todos os itens que fazem parte da instalação, sendo que todos devem seguir às recomen-dações e exigências de suas respec-tivas normas técnicas além, é claro, de serem utilizados adequadamente.
Nesse contexto, há soluções que não são conectadas à rede elétrica, mas que foram desenvolvidas para evitar danos em outros produtos. Como os eletrodutos flexíveis, cuja função prin-cipal é proteger os condutores elétricos contra algumas influências externas,
como choques mecânicos e agentes químicos, que podem danificar a iso-lação dos cabos e, consequentemente, levar à ocorrência de acidentes como choques elétricos, incêndios e até ex-plosões, dependendo do ambiente.
Considerando a matéria-prima uti-lizada na construção, os eletrodutos flexíveis podem ser fabricados em materiais plásticos (de vários tipos de polímeros) ou metálicos. Em volume, os plásticos são maioria no mercado, sendo indicados principalmente para obras prediais e de infraestrutura, onde são embutidos em paredes, lajes ou en-terrados no chão.
Os eletrodutos metálicos, por sua vez, são bastante utilizados em insta-
mercado | Potência | 27Eletrodutos Flexíveis
Melhora da qualidade dos produtos contribui para a evolução do mercado, que caminha para alcançar a excelência.Carlos Eduardo Teruel | Tigre
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lações aparentes, inclusive expostas ao tempo, para ligar máquinas e equipa-mentos em plantas industriais. Há ain-da materiais especiais que podem, por exemplo, suportar altas temperaturas e itens à prova de explosão, que aten-dem à demanda crescente do setor de áreas classificadas.
Quanto ao comportamento do mer-cado, alguns especialistas estimam que, em 2012, as vendas de eletrodutos fle-xíveis metálicos tenham crescido a uma taxa pouco superior à do PIB brasileiro, variando entre 1,5% e 2%.
Puxado pelos investimentos da
construção civil no País, o segmento de eletrodutos plásticos teve desempenho um pouco melhor, com incremento da ordem de 5% no último ano, mesmo ín-dice esperado para 2013. Não há dados precisos sobre o tamanho do mercado dos produtos plásticos, mas estima-se que eles movimentem pouco mais de R$ 150 milhões por ano.
Qualidade dos produtos tem melhoradoApesar do bom ritmo de crescimen-
to, o principal motivo de comemoração dos fabricantes de eletrodutos flexíveis plásticos tem sido a melhora gradativa da qualidade dos produtos ofertados no Brasil. Como conta com um gran-de número de concorrentes espalha-dos pelo País, este setor vinha sofren-do com a invasão de produtos baratos e de baixa qualidade.
A situação começou a melhorar a partir da evolução da parte normativa, como a publicação, em 2009, da “ABNT NBR 15715 – Sistemas de dutos corru-gados de polietileno (PE) para infraes-trutura de cabos de energia e teleco-municações – Requisitos”.
Na área predial, onde o proble-ma era mais evidente, dois fatores fo-ram fundamentais para elevar o nível dos produtos no mercado. O primeiro ocorreu em 2007, com a publicação da “ABNT NBR 15465 – Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão – requisitos de desempenho”.
E o segundo, e talvez o principal, foi a criação em 2008 do “Programa de Garantia da Qualidade de Eletro-dutos Plásticos para Sistemas Elétricos de Baixa Tensão em Edificações (PGQ-06 EL)”. O programa, que faz parte do
“Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H)”, foi criado para estimular a melhoria da qualidade e desempenho dos eletrodu-tos plásticos.
E, segundo alguns fabricantes, os resultados já são visíveis. “A qualidade dos produtos melhorou com o progra-ma de qualidade implementado, que exige que os fabricantes adequem seus produtos às normas brasileiras para participar, principalmente, de obras go-vernamentais, como o Minha Casa Mi-nha Vida”, observa Alexandre Guimarães Freitas,
coordenador de Marketing da Cemar Legrand, que completa: “Este é um mercado em evolução no Brasil. Obser-vamos no dia a dia que os projetos de engenharia cada vez mais privilegiam esses produtos, que já fazem parte da cultura dos projetos das construções brasileiras”.
Carlos Eduardo Teruel, gerente de Produtos da Tigre, segue na mesma linha e lembra que, se voltarmos um pouco no tempo, há cerca de cinco anos, este mercado era composto por
muitos produtos com incon-
28 | Potência | mercadoEletrodutos Flexíveis
Movimento positivo Usuários estão se
conscientizando sobre a importância de
priorizar a qualidade na escolha dos eletrodutos.
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formidade técnica, inclusive gerando desconfiança no consumidor, que até demonstrava preocupação ao usar os produtos.
“Ao longo desse período, a inicia-tiva privada, junto com o Ministério das Cidades do governo federal, criou o Programa de Garantia da Qualidade de Eletrodutos Plásticos, que estabele-ceu normas, qualidade e nível de se-gurança do produto, além de fiscalizar o setor. Sem dúvida esse foi um marco para a padronização, consolidação e
crescimento do mercado de eletrodu-tos flexíveis no Brasil”, destaca Teruel.
Segundo o executivo da Tigre, a partir do Programa de Qualidade criou-se um ciclo de desenvolvimento do mercado em que os consumidores começaram a ter mais confiança nos produtos homologados e, de outro lado, as empresas passaram a inves-tir mais em inovação, qualidade e na ampliação de suas linhas de produ-tos, o que tem levado ao aumentan-do as vendas.
O gerente da Tigre ressalta ainda que a melhoria no nível de qualida-de dos produtos tem colaborado para a própria evolução do mercado, que, em sua opinião, caminha para alcan-çar a excelência. “Segundo os dados do Programa de Qualidade divulgado pelo Ministério das Cidades, no primei-ro trimestre de 2012, 65% das marcas estavam em conformidade. No último
trimestre do ano passou para 76,3%”, destaca o executivo, lembrando que, apesar dos avanços, ainda há alguns problemas no setor.
Fernandes Silva Souza, gerente Co-mercial da Sociedade Paulista de Tu-bos Flexíveis (SPTF), entende que os problemas poderiam ser minimizados ainda mais caso os usuários de todos os segmentos passassem a exigir produtos melhores e mais seguros. Segundo ele, ainda é grande o número de clientes que não exige qualidade, principal-mente na construção civil. Mesmo em algumas áreas industriais há problemas, com empresas que não se preocupam tanto com a segurança.
“Hoje, temos boas normas técnicas no Brasil para essa área. O que falta é o cliente final entender que deve exi-gir a aplicação dessas normas nos pro-dutos. É uma questão de exigência do usuário”, observa Souza.
O detalhe é que não faz muito sen-tido optar apenas pelo preço nesse tipo de produto, visto que seu custo numa instalação elétrica é baixo. Há situações em que ele não chega a representar 1,5% do investimento total.
Para serem incluídos em obras governamentais, produtos precisam atender às normas.Alexandre Guimarães Freitas | Cemar Legrand
Produtos para áreas classificadas são referênciaPara o gerente Comercial da SPTF,
uma boa referência de usuário des-se tipo de produto, que exige quali-dade, segurança e cumprimento das normas, é o setor de áreas classifica-das. Tanto, que ele afirma que os ele-trodutos voltados para este segmento registraram uma sensível melhora nos últimos anos.
“Os clientes desse setor estão exi-gindo mais qualidade. E exigindo pro-dutos que tenham certificação. Até por-que, estes eletrodutos têm aspectos um pouco diferentes, com características bem específicas”, destaca o executivo, acrescentando que a postura do cliente, nesse caso, tem sido positiva também para elevar o nível da concorrência.
“Nesse setor a concorrência é mais saudável. E isso nos motiva a investir mais em produtos para áreas classifica-das do que para o mercado de constru-ção civil. Para fornecer para áreas classi-ficadas, todos têm de atender às normas. Com isso, não é todo concorrente que consegue desenvolver os produ-tos, até por questões de co-nhecimento técnico. Isso para nós é uma barreira
contra a concorrência despreparada”, completa o gerente da SPTF, revelando que, atualmente, entre 70% e 80% das vendas da empresa são destinadas ao mercado de áreas classificadas.
Souza também cita que o cresci-mento do mercado de áreas classi-
mercado | Potência | 29Eletrodutos Flexíveis
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10 ficadas tem gerado oportunidades re-levantes aos fabricantes de tubos flexí-veis metálicos que contam com linhas para atmosferas explosivas. No caso da SPTF, as vendas no último ano registra-ram incremento da ordem de 3%. Para este ano, a projeção da empresa é de aumento de 7%. “Até o mês de maio crescemos 4%”, comenta Souza, sina-lizando que a marca de 7% pode até ser superada.
Um aspecto interessante é que o mercado tem crescido internamente, mas algumas empresas também in-vestem nas exportações de eletrodu-
Concorrência no mercado de eletrodutos voltados para áreas classificadas é mais saudável.Fernandes Silva Souza | SPTF
tos flexíveis. A Tigre, por exemplo, faz negócios principalmente com os países vizinhos na América do Sul.
Já a SPTF mantém um plano ousa-do para incrementar as vendas exter-nas que, hoje, respondem por cerca de 5% do faturamento. “Estamos com um projeto de expansão das exportações. Hoje, vendemos para vários países da América do Sul e estamos negociando uma conexão com os Estados Unidos que, se for concretizada, poderá se estender até o México. Em 2009, nos-sas exportações representavam 2% do faturamento. Hoje estamos em 5%. E pretendemos aumentar ainda mais esse índice”, comenta Souza.
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30 | Potência | mercadoEletrodutos Flexíveis
PevedutoO Peveduto EN (European norm) é
um duto corrugado e flexível de po-
lietileno de alta densidade (PEAD) uti-
lizado para cabeamento subterrâneo
em obras de infraestrutura elétrica,
produzido conforme a norma técnica
internacional BS EN 61386-24:2010.
Trata-se de um produto sustentável e
ecológico, por ser fabricado com re-
sinas recicladas de qualidade rigida-
mente controlada. O Peveduto EN é
fornecido nos diâmetros externos de
40, 50, 63, 90, 110, 125, 160 e 200mm.
DaisaO Daiflex DF é um eletroduto flexível
metálico com capa de PVC, ideal para
instalações elétricas que necessitam
de proteção contra líquidos, gases,
vapores, pó e fibras existentes no
ambiente. Seu interior metálico é
formado por uma fita de aço galva-
nizada eletrolítica, laminada a frio. E
o revestimento exterior é produzido
por extrusão sob pressão em PVC
antichama.
WetzelA empresa possui dois modelos de
eletrodutos corrugados flexíveis, fa-
bricados em PVC: o WeFLEX Turbo,
que é amarelo (leve) e deve ser apli-
cado em paredes de tijolos e outros;
e o WeFLEX Turbo reforçado, que é
laranja (médio) e é indicado para la-
jes e pisos. Ambos estão em confor-
midade com a NBR 15.465 e possuem
design patenteado com ressaltos na
superfície interna, que reduz o atrito
entre o cabo e tubo, dando mais agi-
lidade à instalação.
TramontinaOs eletrodutos corrugados flexíveis fa-
bricados pela Forjasul Eletrik, com a
marca Tramontina, são feitos de PVC;
não propagam chamas; têm resistên-
cia à corrosão; baixo coeficiente de
atrito que facilita a passagem dos ca-
bos elétricos e são fornecidos em bo-
binas de 25 e 50m.
TigreA Linha Tigreflex Reforçado foi de-
senvolvida para efetuar a proteção
mecânica em instalações elétricas de
baixa tensão em lajes de concreto de
construções prediais, comerciais ou
industriais, onde a solicitação de es-
forços mecânicos durante a concre-
tagem de lajes ou pisos é elevada.
Fácil de instalar, a linha mantém suas
características flexíveis mesmo sendo
reforçada e proporciona facilidade
para enfiação, reduzindo os custos
da mão de obra.
QT EquipamentosO QTflex combina resistência e flexi-
bilidade, sendo indicado para resol-
ver problemas com vibrações e fazer
curvas na instalação de diversos equi-
pamentos, como máquinas, ferramen-
tas, guias e motores. Extraflexível, ele
é ideal para instalações elétricas com
aplicação industrial, comercial e civil
onde se necessita da proteção dos ca-
bos contra líquidos, vapores, tintas e
fibras, entre outros materiais.
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odutos
mercado | Potência | 31Eletrodutos Flexíveis
KronaOs eletrodutos flexíveis corrugados
da empresa (leve e médio) são in-
dicados para instalações prediais de
baixa tensão, para a acomodação de
condutores elétricos. Formulados em
PVC com propriedade antichama, os
produtos atendem a NBR 15.465/2007
e estão disponíveis nos diâmetros de
20, 25 e 32mm. O amarelo (leve) deve
ser utilizado em instalações embutidas
em paredes ou aparentes em local
protegido, enquanto o laranja (mé-
dio) deve ser aplicado em instalações
embutidas em elementos estruturais,
principalmente em lajes ou aparente
em local protegido.
SPTFO G-Flex tem como principais ca-
racterísticas a grande flexibilidade e
resistência a impactos e à corrosão,
sendo bastante eficiente na proteção
mecânica de chicotes, condutores
elétricos, cabos e equipamentos de
telefonia. Ele atende à necessidade
de proteção de fios e cabos em am-
bientes internos.
KanaflexO Kanalex é um duto fabricado em
PEAD, na cor preta, corrugado, flexí-
vel, impermeável, destinado à proteção
de cabos subterrâneos de energia ou
telecomunicações. Ele é extremamente
resistente às cargas mecânicas e ataque
de produtos químicos, sendo fornecido
nos diâmetros 30mm (rolos de 50, 100
e 500 metros), 40, 50, 75 e 100mm (ro-
los de 50 e 100 metros), 125 e 150mm
(rolos de 25 e 50 metros) e 200mm
(rolos de 30 metros). O produto está
homologado e normalizado na ABNT,
CPFL, Light, Eletropaulo, Bandeirante,
Metro, Telemar, Telefônica, Brasil Tele-
com, Infraero, Copel e Furnas.
Mexichem BrasilA empresa conta com os eletrodutos
corrugados flexíveis de PVC na marca
Amanco, disponíveis em dois mode-
los, três diâmetros (20, 25 e 32mm) e
três comprimentos (7, 25 e 50m). Sua
função é conduzir e acomodar con-
dutores elétricos e dispositivos em-
butidos. Os produtos são fabricados
conforme a NBR 14654, sendo que o
amarelo é classificado como eletrodu-
to corrugado leve, para ser aplicado
em paredes, e o laranja é classificado
como médio, com maior resistência
à deformação, sendo indicado para
lajes e pisos.
FortlevA linha da empresa conta com ele-
trodutos flexíveis (cor amarela) e ele-
trodutos flexíveis reforçados (laran-
ja) disponíveis nos diâmetros de 20,
25 e 32mm. Os primeiros possuem
resistência diametral de carga até
320N/5cm e são recomendados para
aplicação em paredes. Os reforçados
têm resistência diametral de carga até
720N/5cm e são recomendados para
aplicação em lajes e pisos.
Cemar LegrandOs Eletrodutos Flexíveis Corrugados
da empresa são produzidos em PVC
rígido autoextinguível (fio incandes-
cente a 960ºC), nos diâmetros de 15,
20, 25 e 32mm. Disponíveis nos mo-
delos leve (amarelo) e médio (laran-
ja), os produtos estão em conformida-
de com a NBR 15465. Eles podem ser
aplicados em ambientes industriais,
comerciais e residenciais, embutidos
em paredes de alvenaria, dry-wall e
concreto.
CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAs • CADERNO AtmOsfERAs ExplOsivAsCA
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32 | Potência |Prestação de Serviços em Áreas Classificadas
Foto: Dreamstime
Para o setor brasileiro de áreas classificadas, a últi-ma década ficou marcada como um período de avan-
ços importantes. A base normativa do País ganhou corpo nesse segmento, se alinhando ao que há de mais moderno no mundo. De outro lado, o trabalho de classificação, prevenção e proteção apresentou sinais de amadurecimento
Aquecimento no mercado
de áreas classificadas
incrementa negócios de
empresas prestadoras de
serviços, mas falta de mão
de obra qualificada preocupa
empresários do setor.
Reportagem: Marcos Orsolon
e a publicação da revisão da Norma Regulamentadora N° 10 (NR-10), em 2004, fez com que as ações de fiscali-zação também caminhassem no setor.
O resultado dessa movimentação se traduz no crescimento do mercado. E, com ele, o surgimento de oportunida-des para diversas empresas, inclusive na prestação de serviços. Aliás, se con-siderarmos as peculiaridades desse se-
Grandes oportunidades
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| Potência | 33Prestação de Serviços em Áreas Classificadas
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stim
e
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tor, verificamos que a área de serviços é bastante forte, superior à da maior parte dos segmentos industriais.
A explicação para isso é que o tra-balho em ambientes com atmosferas explosivas exige conhecimento muito específico e, na maioria das vezes, se torna inviável para as indústrias man-terem equipes próprias para este fim, visto que os investimentos para qualifi-car, capacitar e manter os colaboradores atualizados podem ser altos. Sem contar o tempo necessário para deixar o pro-fissional “pronto” para atuar. Ou seja, faz mais sentido contratar uma empre-sa especializada para fazer o trabalho.
Mas o que podemos considerar como prestação de serviços em áreas classificadas?
A gama de trabalhos oferecidos é variada. No entanto, uma etapa comum em qualquer situação, e que deve ser a primeira, é a do levantamento dos riscos, ou melhor, a classificação das áreas que fazem parte da indústria. Há ainda os trabalhos de montagem, inspeção, ma-nutenção e especificação de materiais.
Uma curiosidade é que nem sem-pre uma empresa oferece todos estes tipos de serviços. Normalmente, ela foca em dois ou três deles. Com isso, é comum companhias unirem forças para atender a um determinado cliente. Por
exemplo, pode ocorrer de uma empre-sa fazer todo o trabalho de classificação de área, ou mesmo uma inspeção para checar possíveis não conformidades, e outra, num segundo momento, fazer o trabalho de adequação, incluindo a ins-talação de produtos e testes.
“Nós, por exemplo, temos um con-tato muito próximo com a Project-Explo, que é uma empresa que faz o trabalho de classificação, inspeção e identifi-cação das não conformidades. Com base nos relatórios gerados por eles é que os clientes nos procuram para que possamos fazer a adequação em função do que foi recomendado nos relatórios. Às vezes, a indicação par-te da própria Project-Explo”, comen-ta Haroldo Kenji Takigami, diretor da Engelc Engenharia, que completa: “So-mos parceiros, pois entramos numa etapa posterior à deles. Eles entram na fase de estudos de classificação, inspeção e geração de laudo técnico. Nós, de posse desse laudo, executa-mos a adequação”.
Outra característica do mercado é que ele pode ser dividido em duas par-tes: a que se refere a instalações novas, que pode ser uma expansão ou nova planta; e a que envolve adequações em instalações existentes, que, hoje, é res-ponsável pela maior parte da demanda.
“Hoje, talvez 99% das consultas que recebemos são para fazer adequação. São instalações que possuem algum preparo para áreas classificadas, mas que ainda possuem irregularidades, ou não conformidades”, destaca Takigami.
A evolução do mercado também tem criado novas demandas para quem presta serviços. E uma delas é a espe-cificação e aquisição de materiais. Isso, muito em função de erros cometidos nos departamentos de compra das in-dústrias, que geralmente não contam com profissionais especializados em produtos para áreas classificadas.
O problema é que, em muitos ca-sos, a prestadora de serviços fazia o trabalho de inspeção, identificava as não conformidades, emitia um relató-rio para que o cliente soubesse o que precisava ser regularizado, mas a in-dústria errava na hora de comprar os equipamentos para a empresa instala-dora efetuar o serviço. Com isso, po-deria haver aumento desnecessário de gastos e, pior, ocorrer a instalação de produtos inadequados, que colocam em risco toda a instalação.
“Até pouco tempo, a maior parte dos clientes especificava e comprava os equipamentos e nós apenas pegá-vamos o material para regularizar as não conformidades que descobrimos, item por item. O problema é que, mui-tas vezes, os compradores não tinham conhecimento sobre os equipamentos Ex e acabavam especificando produ-tos errados. Por isso, passamos a tam-bém fazer para o cliente a especifica-ção dos materiais, oferecendo um ser-viço um pouco mais completo. E isso é bom para os dois lados, já que evita erros de especificação, que parece que é um assunto simples, mas é bastante difícil”, comenta Frank Thomas Raab, diretor da Fratex.
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34 | Potência | Prestação de Serviços em Áreas Classificadas
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A complexidade da especificação pode ser sentida diante da quantidade de produtos que podem fazer parte de uma instalação. Uma plataforma de pe-tróleo, por exemplo, pode ter entre mil e dez mil equipamentos. Numa indús-tria em terra o número é menor, mas dependendo do setor, como o quími-co ou petroquímico, envolve algumas centenas de soluções.
Falta de mão de obra especializada preocupa
Exigências da NR-10, que têm força de lei, contribuem para a organização e crescimento do mercado.Haroldo Kenji Takigami | Engelc
Se a evolução do mercado de áreas classificadas abre oportunidades para os prestadores de serviços, ela também expõe alguns problemas que dificultam a atuação dessas empresas. E, talvez, o principal entrave hoje seja a carência de mão de obra qualificada, que pode até limitar o ritmo de crescimento das companhias. Como afirmam os espe-cialistas, faltam profissionais em prati-camente todas as áreas ligadas a este mercado. Por isso, quando uma empre-sa precisa contratar com urgência, di-ficilmente consegue, mesmo tentando “tirar” colaboradores dos concorrentes. “Recentemente, tivemos um problema em que precisávamos de algumas pes-soas e não conseguimos encontrar no mercado”, revela Frank Raab, da Fratex.
Mas o que fazer em situações como esta? Para minimizar o problema, as próprias companhias procuram formar seus profissionais, utilizando funcioná-rios experientes para treinar os novatos e oferecendo cursos específicos.
“Hoje, temos uma turma que está conosco há cinco anos. É o núcleo principal da empresa. E precisamos sempre de pessoas novas, seja para re-por ou para ampliar o quadro. Os no-vatos são selecionados com base em alguns critérios. Eles devem ser forma-dos em escola técnica, ter cursos para
embarcar (no caso de plataformas), in-glês básico e NR-10 básica. Mas a par-te de atmosferas explosivas a minoria tem. Então, quando contratamos uma pessoa, ela acaba aprendendo junto com o pessoal mais experiente. Claro que demora um pouco para tocar um projeto sozinho. Mas ele anda junto com um coordenador com mais baga-gem e, aos poucos, vai sendo inserido no grupo”, explica Frank Raab.
O diretor da Fratex também revela que a falta de profissionais tem dado
espaço para a entrada no País de traba-lhadores de outras regiões, sendo que muitos deles também carecem de quali-ficação para atuar. “Hoje, há um impasse no mercado: existe uma grande deman-da, mas não temos o número necessário de pessoas qualificadas para trabalhar. E como as plantas precisam ser regulari-zadas, já temos visto, por exemplo, fili-pinos trabalhando de chinelos num na-vio de refino de petróleo. São pessoas sem o preparo adequado para consertar e regularizar as instalações”, lamenta.
A preocupação em qualificar e capa-citar os profissionais não é capricho das empresas. Quem atua no setor de áreas classificadas sabe bem os riscos envolvi-dos e, mais que isso, sabe que um pro-fissional bem preparado é fundamental para que um trabalho seja bem-feito.
“De que adianta comprar equipa-mentos caros, se você não tiver mão de obra para instalar corretamente? É um investimento desperdiçado. Por isso digo que tão importante quanto com-prar o material correto, é ter o profis-sional especializado para fazer a sua instalação”, afirma Raab.
“Para que um trabalho seja bem-feito o risco tem de ser bem definido (classi-ficação da área). Depois, deve-se espe-cificar o material de acordo com o gru-po, com a classe de temperatura e com
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36 | Potência |Prestação de Serviços em Áreas Classificadas
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o zoneamento. E o material tem de ser bem comprado, bem instalado e man-tido ao longo do tempo. Depois, em
caso de necessidade, tem de ser bem reparado. E em toda essa cadeia existe a necessidade de capacitar e qualificar as
pessoas”, completa Nelson López, presi-dente da Associação Brasileira para Pre-venção de Explosões (ABPEx).
É preciso escolher bem o prestador de serviçosSe a carência de mão de obra di-
ficulta a atuação das empresas nesse setor, a atuação de companhias com “qualificação duvidosa” também é um problema sério, principalmente para quem contrata seus serviços. Por isso, especialistas orientam os clientes a pes-quisarem bastante o mercado antes de optar por um ou outro prestador de serviços. E, principalmente, que não se deixem levar apenas pelo preço.
Uma dica importante é que o clien-te exija algumas referências, como lis-ta de obras feitas anteriormente pelo prestador de serviços, para quais em-presas ele já trabalhou e documentação que comprove a capacitação e qualifi-cação dos seus funcionários.
“O cliente precisa entender que o preço é um item importante. Só que mais importante que o preço é quem ele está colocando dentro da empresa para trabalhar”, adverte Frank Raab, la-mentando que, hoje, há alguns aven-
tureiros oferecendo serviços a baixo custo em áreas classificadas, mas sem a devida qualificação.
Um agravante nesse contexto é o próprio comportamento de parte dos clientes, que ainda não valoriza a se-gurança de suas instalações. “Tudo começa pela própria cultura da em-presa. Companhias grandes pedem os devidos certificados das pessoas. Mas há casos, e vemos isso todo dia, de in-dústrias que não pedem a certificação, abrindo espaço para os prestadores de serviços que ainda não são suficiente-mente especializados”, adverte Raab.
Isso explica, inclusive, porque há tantas instalações com problemas no mercado, em praticamente todos os seg-mentos industriais. “De todos os clientes que visitamos até hoje, nunca encontra-mos um que estivesse com as instalações regularizadas. Então, há muito problema nessa área”, observa Haroldo Takigami.
E, a julgar o que vemos no mercado, levará algum tempo até que a situação evolua em grande escala. “Acredito que, hoje, as coisas funcionem mais por ne-cessidade, por pressão das normas, do que pelo fato da pessoa estar convenci-da de que o investimento em seguran-ça é importante. Às vezes, o que encon-tramos em campo é assustador”, relata Frank Raab.
A boa notícia é que algumas nor-mas, como a NR-10, têm levado algu-
mas indústrias a adotarem uma postura diferente. É verdade que ainda motiva-das pelo medo de autuações e penali-zações. Mas o fato é que, com a legis-lação e a fiscalização mais contunden-tes, elas se veem forçadas a se preocu-par mais em adequar suas instalações.
“Notamos que o mercado tem cres-cido e tem havido aumento na procura. E isso tem muito a ver com a NR-10, que tem força de lei e faz menção à questão das áreas classificadas. Ela es-pecifica e determina que é necessário que áreas com risco de explosão te-nham o estudo de classificação e que sejam feitas as devidas adequações”, destaca Haroldo Takigami.
Existe uma grande demanda no mercado, mas não há pessoas qualificadas em número necessário.Frank Thomas Raab | Fratex
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| Potência | 37Prestação de Serviços em Áreas Classificadas
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38 | Potência | Praticando ideiasTecnologia
Em todo o mundo, é crescen-te a expectativa em torno do efetivo funcionamento das chamadas redes inteligentes
de energia (Smart Grids), um conjunto de tecnologias que promete revolucio-nar a gestão da distribuição elétrica e a relação entre as concessionárias e os consumidores. Estados Unidos, Itália, Espanha e Portugal são alguns exem-plos de países que vêm desenvolvendo ações concretas nesse sentido. O Brasil já se enquadra nesse seleto grupo, gra-ças a projetos como o InovCity, manti-do pelo Grupo EDP Energias do Brasil.
Aparecida, no Estado de São Paulo, foi a primeira cidade a receber a inicia-tiva, que chega agora a mais dois mu-nicípios: Domingos Martins e Marechal Floriano, no Espírito Santo.
Em São Paulo, o InovCity está sen-do implantado pela EDP Bandeirante - distribuidora de energia que atende 28 municípios do Alto Tietê, Vale do Para-íba e Litoral Norte -, em parceria com a
EDP contabiliza primeiros resultados do InovCity, projeto-piloto de Smart
Grid, e anuncia novos investimentos. Agora, três cidades brasileiras serão
beneficiadas pela implantação das redes inteligentes de energia. Reportagem: Paulo Martins
Secretaria Estadual da Energia e Prefei-tura de Aparecida.
Lançado em 2011, o projeto consu-mirá investimentos de R$ 10 milhões e inclui ações em seis áreas: iluminação pública eficiente, mobilidade elétrica, eficiência energética, medição inteligen-te, geração distribuída e sensibilização da comunidade. Os testes permitirão ca-pacitar pessoas, avaliar o impacto dos processos existentes e testar a perfor-mance da tecnologia instalada.
A implantação da medição inteli-gente configura um dos trabalhos mais complexos do projeto. Até o momen-to, 12.700 medidores eletromecânicos foram substituídos por eletrônicos. Ao todo, serão trocados 13.500 aparelhos de clientes da baixa tensão - residências e pequenos comércios. Já homologa-dos pelo Inmetro, os novos medidores foram desenvolvidos em conjunto pela EDP e Ecil Energia.
O projeto de geração distribuída en-contra-se em fase de desenvolvimento
pela EDP, juntamente com a Universi-dade de São Paulo. A iniciativa prevê a instalação de painéis solares fotovol-taicos para geração de energia e pos-terior avaliação do impacto na rede de distribuição.
O programa de mobilidade visa in-centivar o uso de veículos elétricos, no intuito de contribuir para a redução da emissão de poluentes no ar - o que acontece quando se utiliza combustíveis fósseis. As ações da EDP até o momento consistem na doação de cinco scooters e duas bicicletas elétricas para a Arquidio-cese de Aparecida e Santuário Nacional e 12 scooters elétricas para a Prefeitura. Além disso, foram instalados cinco pos-tos de recarregamento na cidade.
Os veículos estão em utilização há alguns meses. Além de medições do consumo, estão sendo colhidas infor-mações junto aos usuários. Segundo o gestor executivo de Inovação da EDP, João Brito Martins, as primeiras impres-sões são positivas. “Os veículos têm au-
O avanço das redes inteligentes
Evolução Medição eletrônica do consumo de energia é uma das etapas das chamadas redes inteligentes.
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tonomia suficiente para os deslocamen-tos necessários durante o dia e passam pelo recarregamento à noite. Já foi pos-sível reduzir a conta de combustível da Prefeitura”, conta o porta-voz.
Já a intervenção na iluminação pú-blica visa melhorar a qualidade do ser-viço e reduzir o consumo de eletricida-de. A meta é substituir 206 luminárias comuns por outras de LED, tecnologia que proporciona economia entre 40% e 50%. Metade do serviço está concluída.
Dentro dos trabalhos de eficiência energética, foram distribuídas mais de 61 mil lâmpadas fluorescentes compac-tas - que são mais eficientes e econômi-cas que as tradicionais incandescentes
- e doadas 460 geladeiras e 560 chuvei-ros inteligentes para famílias de baixa renda. Também foram distribuídas mais de 10 mil cartilhas informativas para a população.
Paralelamente à adoção de novas tecnologias, a implantação das redes inteligentes em Aparecida visa também despertar a cultura do consumo cons-ciente de energia. Desta forma, foram capacitados 230 professores, realizadas
palestras para mais de 3.500 pessoas do município e criado um programa de rá-dio para explicar o projeto e falar sobre eficiência energética.
Esse trabalho também surtiu efeitos positivos. “O nível de reclamações que nós temos na cidade diminuiu, e agora está muito abaixo da média global da EDP. Isso quer dizer que a comunica-ção estabelecida realmente funcionou bem”, avalia Martins.
Mobilidade Urbana EDP doou veículos elétricos e instalou postos de recarregamento na
cidade de Aparecida.
Empresa decide levar o projeto a outras cidadesOs trabalhos e as avaliações de tudo
que está sendo feito em Aparecida con-tinuam, e, paralelamente, o Grupo EDP prepara-se agora para implantar o pro-jeto InovCity em Domingos Martins e Marechal Floriano (ES).
A iniciativa começa no segundo se-mestre e exigirá investimentos de R$ 5 milhões. O trabalho ficará a cargo da EDP Escelsa, distribuidora de energia elétrica do Grupo EDP que atua em 70 cidades do Espírito Santo, e terá como parceiros o governo do Estado, a Agên-cia de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe) e as prefeituras.
Ao todo, serão incluídos diretamen-te no projeto cinco mil consumidores. O trabalho será praticamente o mesmo já desenvolvido em Aparecida. Aliás, a experiência de São Paulo será de gran-de ajuda para embasar as ações no Es-pírito Santo.
Mas haverá algumas variações, com a utilização de novas tecnologias com o objetivo de ganhar conhecimento e
reforçar a interoperabilidade dos siste-mas. “Vamos aproveitar para testar ou-tras opções de telecomunicações, por
exemplo”, adianta Martins. Conforme destaca a EDP, a implan-
tação das redes inteligentes de energia promoverá benefícios concretos para as empresas distribuidoras de energia e também para os clientes. A utiliza-ção de medidores eletrônicos permitirá a adesão a novas formas de tarifação, como, por exemplo, o pré-pagamento. O consumidor poderá ainda ter maior controle sobre seu consumo, pois terá uma fatura com maior nível de precisão e, no futuro, poderá acessar seu per-fil de consumo inclusive pela internet.
Para a EDP, as redes inteligentes
permitirão detectar mais rapidamente eventuais interrupções no fornecimento de energia e atuar de forma mais ágil, até mesmo sem a necessidade de enviar equipes ao local, melhorando a quali-dade e rapidez de resposta da empresa. Leitura remota do consumo e execução de cortes e religamentos à distância se-rão outras possibilidades.
Para as concessionárias, proje tos-pilotos são fundamentais para difundir o conceito e para que a tecnologia se massifique no médio prazo. “Projetos como o InovCity são muito importantes para percebermos o que vai mudar em termos de processos internos, sistemas, relacionamento com o cliente e novas opções tarifárias”, comenta Martins.
É difícil prever a dimensão que o Smart Grid terá no Brasil, mas o execu-tivo destaca que as redes inteligentes serão fundamentais para melhorar a qualidade do serviço prestado ao cliente e fomentar a eficiência energética. “Em algum momento do tempo essa decisão vai ter que se tomada. O que estamos fazendo com o projeto InovCity é ante-cipar e ganhar conhecimento e experi-ência, porque essa realidade um dia vai chegar”, acredita.
EDP está se antecipando para ganhar conhecimento e experiência.
João Brito Martins | Gestor executivo de Inovação
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Francisco Simon | Diretor Colegiado Abreme | [email protected]
Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos
40 | espaço abreme
A importância do retrofit nas instalações elétricas
O número de instalações elétricas irre-
gulares continua crescendo alarman-
temente no Brasil e com ela o número
de acidentes com vítimas fatais causados por
choque elétrico e/ou incêndios.
São três os fatores apontados como prin-
cipais causas deste cenário: a falta de cons-
cientização da sociedade; instalação elétrica
defasada e não dimensionada para atender as
atuais necessidades de consumo; uso de ma-
terial de instalação sem certificação de quali-
dade, também conhecidos popularmente como
pirateados e/ou contrafeitos.
Instalações elétricas precárias ou fora dos
padrões da concessionária de energia ou das
normas brasileiras - as famosas “gambiar-
ras” ou “gatos”- devem ser eliminadas das
instalações elétricas porque comprometem
toda a rede de energia e, consequentemente,
o rendimento dos equipamentos nela ligados.
Geralmente, esse tipo de serviço é composto
por cabos descascados, fios mal isolados e
emendas mal feitas, gerando fugas de corrente
e aumentando o risco de choques e curto cir-
cuito, colocando em risco a vida de pessoas,
daí a importância de se promover o ”retrofit”
ou vistoria nas instalações elétricas das resi-
dências, comércio e indústria.
Toda e qualquer instalação elétrica con-
forme a norma NR-10 deve sempre ser exe-
cutada e fiscalizada por um profissional ca-
pacitado e habilitado na área, a fim de fazer
cumprir as normas vigentes, portanto, contra-
tar esse profissional é o primeiro passo para
iniciar a inspeção de uma instalação elétrica.
O segundo passo é reportar-se à do-
cumentação técnica (desenhos, memoriais
descritivos, memoriais de cálculo e especifi-
cações técnicas), cujo valor vai além da ins-
peção. Com ela, tem-se uma visão de todo o
sistema elétrico, sabendo seus limites e pos-
sibilidades. É de grande valia também para os
técnicos que dão suporte e manutenção nas
instalações, garantindo informação valiosa
para pessoas que não participaram do pro-
cesso de construção.
O projeto de uma instalação elétrica deve ser
executado de acordo com as normas brasileiras
respectivas a cada disciplina, nas revisões em
vigor (Ex: NBR - 5410/2004 para instalações de
baixa tensão, NBR 14039/2005 para instalações
de alta tensão, NBR 10898/1999 para sistemas
de iluminação de emergência, etc.).
Outro fator importante é com relação à
qualidade do material empregado nas ins-
talações. Eles devem possuir certificados de
qualidade do Inmetro que indicam que os pro-
dutos foram testados e aprovados segundo as
suas normas vigentes.
A última etapa é o ensaio das instala-
ções, também recomendado em norma, com
o objetivo de verificar na prática se as mes-
mas estão adequadas e atendendo a todos os
requisitos exigidos.
Finalizando, dada a importância do tema
abordado neste editorial, quero chamar a
atenção do leitor para o ótimo trabalho que
algumas entidades representativas de classe
vêm realizando com o objetivo de informar e
conscientizar a sociedade sobre a importân-
cia de realizar instalações elétricas seguras.
O Procobre, em parceria com outras enti-
dades, criou o “Programa Casa Segura” para
orientar o usuário e os profissionais sobre a
necessidade de melhorar a qualidade das ins-
talações elétricas, contribuindo para diminuir
os riscos de acidentes, valorizar os imóveis e
promover a economia energética.
A Certiel Brasil (Associação Brasileira de
Certificação de Instalações Elétricas) oferece o
serviço de certificação técnica de instalações
elétricas de acordo com a norma ABNT 5410
e outras de áreas específicas.
A Abreme (Associação Brasileira dos Re-
vendedores e Distribuidores de Materiais Elé-
tricos) integra o Grupo de Trabalho Produtos
Contrafeitos e Ilegalidades em parceria com
a Abinee (Associação Brasileira da Indústria
Elétrica e Eletrônica), ABIMAQ (Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equi-
pamentos), contando também com a partici-
pação de fabricantes de peso.
A partir da estruturação desse grupo, foi
criada a campanha “Produto Seguro” com o
objetivo de informar e conscientizar a socie-
dade sobre a importância de utilizar produ-
tos certificados, desenvolvidos por empresas
idôneas que investem em pesquisa e desen-
volvimento.
P E R F I L D O A S S O C I A D O A B R E M E
42 | espaço abreme
Há mais de 30 anos, o Grupo Lumicenter Lighting desenvolve, fabrica e comercia-liza produtos de iluminação com tecnolo-
gia, design, confiabilidade e agilidade.Em crescente desenvolvimento, o gru-
po busca a constante melhoria dos processos produtivos e do parque industrial, bem como o aprimoramento dos produtos e da qualidade das matérias-primas. Além do design diferenciado, prioriza a otimização dos custos e a redução no consumo de energia, fornecendo soluções ino-vadoras e produtos com alta eficiência para todos os tipos de ambientes e projetos.
Para manter a qualidade e eficiência de todas as suas linhas, o grupo investe em tec-nologia, softwares e um moderno laboratório próprio capazes de assegurar a confiabilidade de seus produtos.
Além do desenvolvimento em tecnologia, a Lumicenter Lighting investe em expansão e está presente também no mercado internacional através de parcerias para a importação e exportação com empresas europeias, americanas e países asiáticos.
Distribuídos em duas principais linhas, comercial e decorativa, o grupo fornece escopo completo de produtos e oferece soluções sob medida para ambientes como escritórios, in-dústria, lojas, residências, bares e restaurantes, através dos canais de venda Lumicenter Enge-nharia e Abalux, este último dedicado exclusi-vamente a revendedores.
O Grupo Lumicenter Lighting também pos-sui agilidade na distribuição, excelente prestação de serviço e atendimento ao cliente o que con-tribui ainda mais para o aumento da sua noto-riedade e destaque no segmento de iluminação.
AbaluxCriada em 1999, a partir da necessidade de
atendimento especial e exclusivo ao lojista, a Abalux é um dos principais canais de vendas do Grupo Lumicenter Lighting. Em poucos anos, a Abalux se destacou no mercado por oferecer um serviço ágil e de qualidade e atender todo o Brasil com uma ampla linha de produtos a pronta entrega e sem pedido mínimo.
Após atingir a excelência em seus serviços junto a lojistas dos setores elétrico, de ilumina-ção e de materiais de construção, a empresa am-pliou o escopo de atendimento incluindo lojas de decoração e home centers. A Abalux conta com representantes distribuídos em todas as regiões e com o serviço de televendas, que permitem um atendimento eficaz e imediato.
GRuPO LuMICENTER LIGhTING
Tecnologia, design e confiabilidade
P E R F I L D O A S S O C I A D O A B R E M E
Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos
Produtos premiados no IF Design Awards 2013, realizado na Alemanha.
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Diferenciais da empresaCanais de venda exclusivosO Grupo Lumicenter Lighting trabalha com
canais de venda diferenciados para prestar um bom atendimento aos diferentes perfis de clien-tes. O canal de venda Lumicenter Engenharia atende à demanda de arquitetos e especificado-res, construtoras e obras de grande porte com produtos de linha e soluções customizadas, en-quanto o canal de venda Abalux é responsável por distribuir os produtos para revendedores, como lojas de iluminação, de materiais elétri-cos e home centers.
Através desses canais, a empresa oferece soluções customizadas e escopo completo de produtos, como luminárias a LED, comerciais, industriais, herméticas, decorativas, drivers e reatores, capazes de atender a diferentes proje-tos e necessidades.
Pesquisa, desenvolvimento e design
Com equipe de Pesquisa e Desenvolvimen-
to própria, a Lumicenter conta com designers, especialistas, projetistas e engenheiros para desenvolver produtos com design exclusivo, unindo o melhor da tecnologia, das formas, co-res e acabamentos. Além de funcionais, as pe-ças embelezam os ambientes e permitem uma iluminação eficiente e harmoniosa.
ConfiabilidadeBuscando a contínua melhoria e a diferen-
ciação no mercado, o Grupo Lumicenter Lighting investe em qualificação humana e tecnológica. A empresa possui um moderno laboratório lumi-notécnico com esfera integradora e goniofotô-metro, softwares diferenciados e equipamentos de tecnologia de ponta capazes de assegurar a confiabilidade dos seus produtos.
CertificaçãoA empresa conta com o Selo Procel para
reatores eletrônicos multitensão de alto fator de potência para lâmpadas tubulares T5 e T8.
Parceria Lumicenter e DIALuxCom a parceria Lumicenter e DIALux, o Gru-
po Lumicenter Lighting oferece aos clientes e a todos os profissionais de iluminação o acesso ao software luminotécnico profissional gratuito que mais cresce no mundo.
Através de um plug-in próprio, a empresa disponibiliza para usuários do DIALux um am-plo escopo de produtos para diversas aplicações, facilitando o desenvolvimento e visualização de projetos de iluminação.
utilizado por mais de 17.000 usuários no Brasil, o DIALux é uma poderosa ferramenta para simulação de projetos de iluminação. O Brasil já conta com diversos treinadores oficiais do software, que oferecem o suporte necessário para o uso do mesmo.
PremiaçõesAs luminárias em porcelana pendente PD67 e
arandela AR86, desenvolvidas através de uma par-ceria entre a equipe de Design do Grupo Lumicen-ter e os designers Aleverson Ecker e Luiz Pellanda, conquistaram o prêmio IF Design Awards 2013.
Realizado na Alemanha e considerado o Oscar do design, o iF Design Awards é hoje a mais importante premiação de Design no mun-do. Recebe anualmente milhares de inscrições de empresas e designers do mundo inteiro, que são submetidos a uma avaliação rigorosa por um júri composto por mais de 40 profis-sionais da área.
Museu da Casa BrasileiraO Prêmio Design Museu da Casa Brasileira
é hoje a mais importante premiação de design no cenário nacional, premiando e reconhecen-do produtos em diversas categorias de produtos, inclusive iluminação.
2011 – Menção honrosa para a luminária pendente LED em madeira curvada, PD60.
2012 – Menção honrosa para a linha de lu-minárias downlights LED LIGhTS.
Rua Oscar Bressane, 291 - Jd. da Saúde04151-040 - São Paulo - SP
Telefone: (11) 5077-4140Fax: (11) 5077-1817
e-mail: [email protected]: www.abreme.com.br
Membros do ColegiadoRoberto Said Payaro Nortel Eletricidade Suprimentos Industriais S/AFrancisco Simon Portal Comercial Elétrica Ltda.José Jorge Felismino Parente Bertel Elétrica Comercial Ltda.José Luiz Pantaleo Everest Eletricidade Ltda.Roberto Varoto Fecva Com. de Mat. Elétricos e Ferragens Ltda.Paulo Roberto de Campos Meta Materiais Elétricos Ltda.Marcos Sutiro Comercial Elétrica PJ Ltda.
Conselho do ColegiadoNemias de Souza Nóia Elétrica Itaipu Ltda.Carlos Soares Peixinho Ladder Automação Industrial Ltda.Daniel Tatini Grupo Sonepar
Secretária ExecutivaNellifer Obradovic
Associação Brasileira dos Revendedorese Distribuidores de Materiais Elétricos
FuNDADA EM 07/06/1988
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Foto: Divulgação/Vladmir Araujo
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Nova fábrica possibilitará um aumento significativo na produção de
transformadores de grande porte.Robson Tadeu Lages Alves | Vice-presidente
Atenta à demandaToshiba inaugura unidade fabril para ampliar capacidade de produção de transformadores
de potência. Intenção é atender tanto o mercado interno, quanto o externo.
Reportagem: Marcos Orsolon
No último dia 16 de maio, a Toshiba Infraestrutura América do Sul (TIC-SA) deu mais um importante
passo para incrementar seus negócios no Brasil, ao inaugurar uma nova fá-brica de transformadores de potência na cidade de Betim, localizada na Re-gião Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
O investimento total na unidade, que foi construída em uma área de 146 mil metros quadrados, foi de aproxima-damente R$ 150 milhões. Ela terá capa-cidade inicial para projetar, produzir e testar transformadores de potência até a classe de tensão de 550kV, podendo ser capacitada até 800kV. De acordo com a empresa, a capacidade produti-va anual estimada é de cem unidades.
A opção por Betim para a implan-tação da nova fábrica deve-se, segundo a direção da companhia, à localização privilegiada da cidade, com fácil acesso à BR-262, proximidade à fábrica que a Toshiba mantém em Contagem (MG), infraestrutura industrial e disponibili-dade de mão de obra qualificada – no momento, cerca de 200 profissionais da região já estão contratados para a nova unidade.
Um ponto a ser destacado é que a nova unidade não exclui ou reduz a produção da fábrica de Contagem. Ao contrário, a intenção da empresa, desde
RadaR | Potência | 45Investimento
Toshiba Infraestrutura América do SulCom sede em São Paulo (SP) e fábricas em Contagem (MG), Curitiba (PR) e Betim (MG), a TIC-SA
é uma subsidiária da multinacional Toshiba Corporation e atua nos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia, transportes, indústria e soluções em Smart Grid. A unidade de Contagem fabrica e comercializa transformadores de potência e reguladores de tensão, enquanto em Curitiba são produ-zidos e comercializados disjuntores, chaves seccionadoras, painéis de média tensão, compensadores estáticos (SVC), subestações isoladas (GIS), além de projetos de infraestrutura de transporte e soluções de subestações convencionais em regime Full Turn Key.
o início do projeto, sempre foi ampliar a sua capacidade produtiva no Brasil. “Iremos otimizar a linha de produção desta fábrica, expandindo assim nos-sa gama de produtos”, afirma Robson Tadeu Lages Alves, vice-presidente da Toshiba Infraestrutura América do Sul, acrescentando que a nova planta pos-sibilitará à Toshiba um aumento signifi-cativo na produção de transformadores de grande porte, que irá se somar à atu-al capacidade da fábrica de Contagem.
Segundo Alves, o principal fator que motivou a companhia a investir em uma nova fábrica de transformadores no País foi a implantação da unidade
de negócios FTK (Full Turn Key), “que aumentou significativamente a deman-da por transformadores de potência”.
Além disso, a Toshiba está atenta ao aumento da demanda do sistema elé-trico brasileiro e internacional. “Neste momento, o mercado doméstico é o de maior demanda, principalmente no que se refere aos leilões de concessões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, afirma Alves, reforçando que parte da produção do novo parque fabril será destinada a pa-íses da África e das Américas.
O executivo destaca ainda que, gra-ças à expansão, a TIC-SA está capaci-tada para acompanhar o crescimento econômico do Brasil e dos países que estão ampliando e modernizando seus
sistemas de infraestrutura nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Além disso, ele entende que as principais demandas que poderão ser atendidas pela TIC-SA são relativas aos projetos de reforço da geração e trans-missão de energia nas regiões Norte e Nordeste do País, sem contar a possí-vel implantação de novas usinas nucle-ares e projetos voltados para a infraes-trutura de transporte e exploração de petróleo e gás.
Com base nas oportunidades ofe-recidas pelo mercado a expectativa da Toshiba é que a nova planta permita um crescimento da ordem de 50% nas vendas de transformadores de potên-cia já em 2013.
Foto: Dreamstime
46 | Potência | vitrineProdutos e soluções
Linha ampliadaA Schneider Electric lançou o Modicon Quantum Ether-
net I/O, uma expansão da linha Modicon Quantum de CLP
(Controladores Lógicos Programáveis) de grande porte com
foco em processos contínuos (como indústrias de alimentos
e bebidas, saneamento, mineração, químicas, de óleo e gás,
siderurgia, metalurgia e energia). O novo Quantum conta com
novos módulos de comunicação em rede Ethernet e se conec-
ta com estações remotas em locais onde há necessidade de
descentralização de I/O’s. Entre outras vantagens, ele oferece
alta disponibilidade e facilidade de configuração, se adaptan-
do facilmente às soluções já existentes.
Luz de emergênciaA MarGirius ampliou as opções da Linha Clean de interruptores e tomadas re-
sidenciais com o lançamento da Luz de Emergência. Indicada para halls, escadas,
corredores e ambientes onde a iluminação é importante para garantir a segurança
em caso de queda de energia, a peça é compacta e discreta, ocupando o espaço
de dois módulos, com autonomia de duas horas. Ela é equipada com cinco LEDs
brancos de alto brilho, com vida útil estimada em 50.000 horas. A alimentação
é bivolt automática e a instalação é feita através de bornes com parafusos, com
montagem embutida em caixas de 4x2” ou 4x4”.
iluminação para LetreirosA Avant estreia no segmento de comunicação visual com o lançamento
dos módulos LED Letreiro. Formado por 20 módulos interligados, o conjunto
permite flexibilidade na modulagem de formas sinuosas, o que torna o produto
ideal para iluminação de luminosos, letreiros, painéis, fachadas, totens, back e
frontlights. Ele é composto por LEDs de alto desempenho, no formato 5050,
emitindo luz de alto brilho, uniforme e constante, com alta definição de cores
e sem irradiação direta de calor. Está disponível nas cores branca (6.500K),
amarela (3.000K), âmbar, azul, vermelha e verde, com IP 65.
vitrine | Potência | 47Produtos e soluções
novo segmentoA Rayovac®, que é conhecida no mercado como fabri-
cante de pilhas e baterias, amplia sua linha de produtos
com o lançamento de uma Linha de Lâmpadas Fluores-
centes Compactas, que economizam até 80% de energia
elétrica em relação às incandescentes e duram cerca de
6.000 horas. São cinco modelos: Lâmpadas Espirais de
15 e 20W e Lâmpadas Flat 3U de 15, 20 e 25W. A tem-
peratura de cor é de 6.500k e as lâmpadas estão dispo-
níveis em 127 e 220V.
paineL industrialA Cemar Legrand ampliou sua oferta para os setores terciário e industrial com o
lançamento do painel metálico modular Altis. Um dos destaques do painel é a coluna
de entrada e saída dos cabos, que provê proteção adequada aos circuitos e bom aca-
bamento. Ele possui sistema de distribuição de energia, coluna totalmente perfurada e
placas de montagem laranja e galvanizadas para melhor distinção com pré-marcações
de 50mm para alinhamento dos componentes e travessas multifuncionais. Apresenta
também gestão térmica para aquecimento e refrigeração dos equipamentos.
inversor de aLta potênciaA Rockwell Automation ampliou a capacidade nominal dos inversores Allen-Bra-
dley PowerFlex 755 AC até 1.500kW/2.000CV, completando a faixa de potência do
portfólio da série PowerFlex 750. O inversor de alta potência permite flexibilidade das
aplicações e uma nova opção para controle avançado de potência a indústrias pesa-
das. Sua aplicação vai desde o simples controle de velocidade e de torque variável, até
os mais complexos sistemas que requerem controle de torque constante. Aplicações
típicas incluem ventiladores, bombas, misturadores, compressores, transportadores e
máquinas de extrusão, bem como aplicações no setor de petróleo e gás, pneus e bor-
racha, refino, metalurgia e mineração.
48 | Potência | GTDGeração, Transmissão e Distribuição
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Atenção à América Latina
O executivo André Marcondes Gohn assumiu a di-reção da Solvay Energy Services na América Latina, em substituição a Didier Debonneuil, que ocupava interina-mente o posto.
Formado em engenharia química, com MBA e com especialização em negócios internacionais, André Gohn tem larga experiência no setor de energia. Desenvolveu sua carreira profissional em empresas como Alcan, Alcoa, Comgás, AES, Air Liquide e Braskem, onde esteve nos úl-timos três anos, liderando a área de energia.
Atualmente é conselheiro da Associação dos Grandes Consumidores de Energia, vice-presidente do Comitê de Energia da Câmara Americana e diretor do Departamento de Infraestrutura da Federação das Indústrias de São Paulo.
O executivo assume o posto com a missão de fortale-cer a participação no mercado latino-americano da Energy Services, uma unidade global de negócios (GBU, na sigla em inglês) do grupo Solvay, que atua como fornecedora de soluções de gestão de energia e em redução de emissões de CO
2. A Solvay Energy Services reúne as equipes da Sol-
vay, Rhodia e Orbeo especializadas nessas áreas, contando com uma equipe mundial de mais de 250 profissionais.
Além de cuidar da gestão de energia e das emissões de CO
2 do próprio grupo (a conta anual de energia da
Solvay gira em torno de 1,2 bilhão de euros) a GBU tam-bém atua como geradora e comercializadora no mercado livre de energia, além de prestar serviços tais como ges-tão de eficiência energética a diversas outras empresas. No Brasil, a Solvay mantém a marca Rhodia, empresa in-corporada em 2011.
Nova subestaçãoA EDP Escelsa, distribuidora de energia elétrica do
Grupo EDP, inaugurou no dia 14 de maio a Subestação de Energia Elétrica Serra Sede (SE Serra Sede). Construída com modernos sistemas tecnológicos, o empreendimento teve investimento de R$ 6,8 milhões e ampliou a capaci-dade instalada do sistema elétrico na Grande Vitória, be-neficiando mais de 105 mil habitantes.
A nova subestação é dotada de um setor de 13,8kV composto de quatro alimentadores de distribuição, o que permite atender ao robusto crescimento econômico da re-gião com maior flexibilidade operacional, assegurando o fornecimento de energia elétrica aos consumidores, dentro de elevadas condições técnicas e de segurança.
A localização do empreendimento foi escolhida estrate-gicamente, em virtude do crescimento da região, principal-mente do município de Serra, que tem sua economia vol-tada para as atividades industriais, de comércio e serviços.
Construída seguindo rigorosamente as determinações da legislação ambiental, a SE Serra Sede é equipada com os mais modernos e avançados sistemas de tecnologia. Todas as funções da unidade são telecomandadas remotamente a partir do Centro de Operação do Sistema (COS), localiza-do em Carapina, na Serra. A EDP Escelsa tem como uma de suas diretrizes a busca permanente da excelência opera-cional, com investimentos contínuos em tecnologia e ino-vação, em desenvolvimento e aprimoramento dos serviços.
A Bioenergy contratou a Elecnor para a construção de linha de transmis-são de 240 quilômetros no Maranhão. Previsto inicialmente com 230kV, o empreendimento terá 500kV, com po-tência de 1GW.
A linha de transmissão deverá ser capaz de escoar a energia dos 13 par-ques eólicos já contratados da Bioe-
Linha de transmissãonergy no Maranhão, bem como os 16 projetos cadastrados - de 28,9MW cada - no último Leilão de Reserva da Em-presa de Pesquisa Energética (EPE),
realizado no dia 27 de maio. Os empreendimentos já contam
também com aerogeradores assegura-dos, por meio de contrato com a GE Energy, de R$ 1,8 bilhão. O acordo prevê a entrega de 207 turbinas para os parques eólicos da geradora no Ma-ranhão e 170 de reserva para os em-preendimentos dos próximos leilões.
GTD | Potência | 49Geração, Transmissão e Distribuição
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Incineração de resíduosRepresentantes do governo federal e do setor privado se reuniram no dia
16 de maio, em São Paulo (SP), para debater a viabilidade técnica e econô-mica da implantação, no Brasil, de uma usina de geração de energia elétrica a partir da incineração de resíduos sólidos urbanos – tecnologia conhecida como mass burning.
As discussões foram baseadas em dados iniciais de um estudo contratado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que mostra como esse tipo de tecnologia é usado em outros países, o possível modelo de ne-gócio nacional e o arcabouço legal necessário.
Um dos pontos cruciais do debate é o custo de instalação e manutenção do empreendimento. “Uma usina como essa tem capacidade para, através da incineração, converter os resíduos em vapor, por onde é gerada a energia elétrica. Além disso, ela opera com filtros destinados ao tratamento dos gases efluentes da combustão, antes que eles sejam dispersos na atmosfera. Segun-do o estudo, realizado pela Proema Engenharia e Serviços, toda a estrutura envolve um investimento estimado em 140 milhões de euros, além do custo de manutenção, que pode ficar em 29 milhões por ano”, conta Junia Motta, coordenadora da Área de Química da ABDI. Por outro lado, frente aos altos custos desse tipo de recuperação energética estão os impactos ambientais dos aterros sanitários, principal forma de tratamento utilizada no Brasil e que en-volve alto risco de contaminação do solo no longo prazo.
“O grande destaque do projeto que estamos desenvolvendo aqui é a de-finição de um modelo técnico-econômico que torne viável a instalação de uma usina de mass burning no Brasil. Por meio do estudo e da colaboração de diversas instâncias envolvidas, estamos adequando esse objetivo à reali-dade do país e, com isso, tornando-o possível”, afirma o gerente de projetos da ABDI, Miguel Nery. A versão final do documento deve ser apresentada em julho, mas empresas como Braskem, Foz do Brasil/Odebrecht, Foxx e Proema já estão inseridas no debate e participaram do encontro.
Também estiveram presentes representantes do Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e da Associação Brasileira de Resídu-os Sólidos e Limpeza Pública (ABLP).
Entre os dados mostrados no evento está o crescente uso do mass burning em países como Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, França e, principalmen-te, Alemanha. “Vemos que essas nações promovem cada vez mais a incine-ração, ainda que também realizem outros tipos de tratamento de resíduos, como reciclagem, compostagem e aterros sanitários. A Alemanha se destaca por promover os mass burning desde 1965 – em 2009, o país já tinha cerca de 70 usinas – e por já não possuir aterros, seguindo a diretriz da Comissão Europeia de eliminar todos os aterros sanitários até 2020”, descreve Maria He-lena Orth, diretora da Proema.
Estádio solar
A Itaipava Arena Pernambu-co contará com o fornecimento de energia solar a partir de julho. Em um investimento de R$ 10 milhões, a Odebrecht Energia e a Neoenergia iniciaram a implantação de uma usi-na solar fotovoltaica com 1MWp de potência instalada, que equivale ao consumo médio de energia de 6 mil brasileiros.
Estima-se que a usina solar, que faz parte de um Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento, chegue a suprir 20% do consumo do estádio. O pro-jeto, aprovado pela Aneel, envolve diversas linhas de pesqui-sa com geração solar fotovoltaica.
A etapa de ter-raplanagem já foi concluída e estão sendo executadas obras de interligação e mon-tagem das instalações elétricas, que permitirão a conexão da usina à rede de distribuição da Celpe (PE). Localiza-dos em um terreno de 14,5 mil m², os painéis solares fotovoltaicos que irão compor o sistema captam a luz emitida pelo sol e a transformam em energia elétrica. Com o auxílio de um inversor, os painéis convertem a energia para o tipo que é tradi-cionalmente utilizado nas indústrias e nas residências. No momento em que for produzida, a energia poderá ser entregue ao sistema elétrico do estádio ou à rede de distribuição da Celpe. Além do aproveitamento de uma fonte renovável, os sistemas de geração solar reduzem perdas por transmissão e distribuição, uma vez que a energia é consumida no local em que é produzida.
Ilustração: Dreamstime
50 | Potência | GTDGeração, Transmissão e Distribuição
Parques eólicos no RNA Bioenergy, uma das empresas
pioneiras em energia limpa no Brasil, está entregando 35 mil megawatts/hora (MWh) no sistema elétrico na-cional, energia suficiente para aten-der uma cidade com 30 mil habitan-tes durante um ano. A eletricidade é resultado dos parques eólicos da empresa de Aratuá I e Miassaba II no Estado do Rio Grande do Norte.
Nos primeiros quatro meses de 2013, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Parque Eólico Aratuá I ge-rou 17.390,640MWh e o Parque Eóli-co Miassaba II gerou 17.474,960MWh
para o sistema. As usinas somam 28,8MW de potência instalada e con-tam com os primeiros 18 aerogerado-res da GE em funcionamento na Amé-rica Latina.
“Estamos com taxas bem elevadas de produção a aproveitamento, algo excepcional”, explica Sérgio Marques, presidente da Bioenergy. “Acompanha-mos em tempo real o funcionamento dos parques, o que nos permite aferir o desempenho e corrigir qualquer des-vio instantaneamente”, complementa.
O Parque Eólico Miassaba II, o pri-meiro contratado no Ambiente de Co-mercialização Livre (ACL) do Brasil, e o
Parque Eólico de Aratuá I são locali-zados na cidade de Guamaré, no Rio Grande do Norte. Ambos contaram com investimentos de R$ 2 milhões em proteção e monitoramento ambiental.
Expansão nas AméricasJose Antonio Rausell Tamayo assumiu a direção geral mundial corporati-
va da Arteche Turnkey Solutions, unidade do Grupo Arteche e referência no segmento de geração eólica.
Formado em engenharia industrial e master em refino de petróleo e pe-troquímica pela Universidad Politécnica de Madrid, possui ainda MBA exe-cutivo pelo Instituto de Empresa (IE), general management program (PDG) pelo IESE - Universidad de Navarra e doutorando em ciências econômicas pela Universidad Autónoma de Madrid.
A nova direção terá como objetivo consolidar e expandir a Arteche nas Américas, por meio de negócios no segmento
de energia renovável e soluções para a indústria. A empresa passará a adotar um modelo organizacional
com base no conceito de novas unidades de negócios e portfólios de atuação: EPCs de Energias Renováveis, com
foco em Pequenas Centrais Hidrelétricas, Plantas Fotovoltai-cas e Setor Eólico; EPCs de Subestações e Linhas, voltadas às Subestações e Linhas de Transmissão para os segmentos de
geração, transformação, distribuição elétrica e con-cessionárias e indústrias; projetos de instrumenta-
ção & controle – dirigida ao mercado de geração elétrica, oil & gas e industrial, com soluções de
controle de acesso, segurança e instrumenta-ção, por meio da tecnologia adquirida pela empresa, SAC; e, operação & manutenção – para prestação de serviços a quaisquer plantas elétricas ou usinas geradoras.
Retrofit de subestações
A ABB foi escolhida pela AES Eletropaulo para realizar o forneci-mento e a instalação de disjuntores e transformadores de instrumentos em subestações da Grande São Pau-lo. O contrato, estimado em R$ 11 milhões, será implantado no período de cinco anos.
O projeto faz parte do programa de modernização das subestações da AES Eletropaulo e contempla a atualização por meio da substituição de equipa-mentos. O objetivo é otimizar o desem-penho e a confiabilidade do sistema, de modo a garantir mais qualidade no fornecimento de energia e menor nú-mero de interrupções.
“Com a substituição de equipa-mentos com tecnologia obsoleta, por outros totalmente atualizados, haverá o aumento do nível de confiabilidade e disponibilidade da distribuição de energia para os consumidores da con-cessionária”, reforça Alberto Dias, Key Account Manager da ABB no Brasil.
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Foto: Divulgação
Patrocínio Master
Apoio Institucional Realização
52 | Potência | economiafinanças & investimentos
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Visita internacional
Balança comercial
Dados da Abinee apontam que o déficit da balança comercial de produtos do setor eletro-eletrônico atingiu US$ 11,39 bilhões no acumu-lado de janeiro-abril de 2013, consequência de importações de US$ 13,66 bilhões e exportações de US$ 2,27 bilhões. Este déficit é 7,1% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (US$ 10,63 bilhões).
Os componentes elétricos e eletrônicos continu-am sendo os principais responsáveis pelo elevado déficit do setor, cujas importações atingiram US$ 7,6 bilhões, 56% do total do setor, com destaque para os componentes para telecomunicações (US$ 1,9 bi-lhão), semicondutores (US$ 1,7 bilhão) e componen-tes para informática (US$ 1,0 bilhão). Para o ano de 2013, a previsão da Abinee é que o déficit da balança comercial do setor atinja US$ 35,5 bilhões, 9% acima do realizado em 2012 (US$ 32,5 bilhões).
Menos burocraciaO Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou
o Convênio ICMS 38/2013 estabelecendo a simplificação de proce-dimentos referentes à Resolução 13/2012 do Senado Federal, que regulamenta alíquota de 4% de Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços (ICMS) interestadual para produtos importados.
A medida atende pleito da Abinee e de outras entidades que, em conjunto com a Confederação Nacional da Indústria, defendiam a alte-ração das regras que previam a obrigação de o contribuinte informar, na nota fiscal, o valor da importação ou do conteúdo de importação.
Na visão da Abinee, estes procedimentos feriam o direito ao si-gilo comercial e representariam mais um entrave burocrático para as empresas.
Segundo nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, com a decisão do Confaz, não será mais necessária declaração detalhada em nota fiscal dos valores dos insumos importados eventualmen-te existentes nas mercadorias para fins de cálculo do conteúdo de importação.
Tais informações deverão constar apenas na Ficha de Conteúdo de Importação (FCI), documento acessível apenas pelos fiscos estaduais. A obrigação de entrega da Fi-cha de Conteúdo de Importação (FCI) foi adiada para 1º de agosto, segundo a nota, atendendo a demanda de alguns governos de Estados e empresários por mais tempo para adaptar os sistemas.
O Confaz autorizou os governos es-taduais a perdoar eventuais autuações aplicadas no período entre 1º e 22 de maio, quando estiveram em vigor as re-gras anteriores.
A KRJ, tradicional empresa brasi-leira que atua na área de conectores elétricos, recebeu em maio a visita de três engenheiros da empresa IDECO - Irbid Electricity, localizada na Jordâ-nia, no Oriente Médio. O propósito da visita, segundo o diretor Comercial da KRJ, Roberto Karam, foi a homolo-gação industrial da empresa brasileira como fornecedora no país em questão.
“Eles vieram conhecer a empresa, os processos produtivos e de qualida-de, assim como a equipe de desenvol-vimento, além de estreitar o relaciona-mento com a equipe de vendas”.
Durante a presença dos estrangei-ros foram realizadas visitas à AES Ele-tropaulo e CPFL, clientes da KRJ, para que os engenheiros pudessem conhe-cer mais sobre a rede de distribuição elétrica do Brasil, assim como cons-tatar a eficácia dos produtos da KRJ instalados.
“Além disso, eles constaram tudo o que a KRJ vem fazendo em busca das melhores soluções de fornecimento e desenvolvimento tecnológico”, apon-ta Karam.
Foi realizada ainda uma visita à Câ-mara Árabe, entidade a que a KRJ está
associada, o que demonstra o interesse da empresa em continuar investindo no Oriente Médio. “Nosso objetivo é levar soluções e melhorias para a rede elétri-ca daqueles países. No momento, atu-amos com a venda de produtos para os Emirados Árabes, Jordânia e Líbano, e estamos em busca de ampliar a par-ticipação dos nossos produtos nesses mercados”, finaliza Karam.
Foto: Dreamstime
Financiamento de pesquisas
A Fapesp lançou chamada de propostas para o Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) referente ao 3º Ciclo de Análise de 2013. Foram reservados até R$ 15 milhões para atendimento às propostas selecionadas, que de-verão ser encaminhas à Fapesp até o dia 26 de julho de 2013.
As propostas de financiamento devem conter projetos de pesquisa que podem ser desenvolvidos em duas etapas. A Fase 1 corresponde à demonstração da viabilidade tecnoló-gica de um produto ou processo, com duração máxima de nove meses e recursos de até R$ 200 mil.
A Fase 2 é a do desenvolvimento do produto ou proces-so inovador, com duração máxima de 24 meses e recursos de até R$ 1 milhão. Podem apresentar propostas na chama-da pesquisadores vinculados a empresas de pequeno porte (com até 250 empregados) com unidade de pesquisa e de-senvolvimento no Estado de São Paulo.
O pesquisador proponente deverá demonstrar conheci-mento e competência técnica no tema do projeto, mas não é exigido nenhum título formal (seja de graduação ou pós-graduação). A empresa deverá comprometer-se a oferecer condições adequadas para o desenvolvimento do projeto de pesquisa durante o período de sua execução e em envidar os melhores esforços para a comercialização bem-sucedida dos resultados.
A Fapesp divulgará o resultado (aprovação ou não) en-viando a cada proponente os pareceres técnicos dos avalia-dores. Os pareceres podem ser úteis para o aperfeiçoamento da proposta, seja ela aprovada ou não.
Em caso de não aprovação o proponente poderá aper-feiçoar a proposta corrigindo as falhas apontadas e subme-ter nova solicitação em edital subsequente.
Mais informações sobre a chamada e o manual comple-to para submissão de propostas estão disponíveis em: www.fapesp.br/pipe.
Investimentos em SPNo primeiro trimestre de 2013, o mercado total na área
de concessão da AES Eletropaulo apresentou crescimento de 2,2%, totalizando 11.401GWh.
O aumento de 0,6% registrado no trimestre pelo merca-do cativo resulta do maior consumo da classe residencial, que apresentou crescimento de 3,8%, em função do aumen-to da renda real na Região Metropolitana de São Paulo no início do ano.
As classes comercial e industrial também registraram de-sempenho positivo, quando comparadas ao primeiro trimestre de 2012, de 5,1% e de 2,0%, respectivamente, excluindo os efeitos da migração para o Ambiente de Contratação Livre.
Com relação ao desempenho financeiro, a companhia segue empenhada na gestão de custos, visando ganhos de produtividade e eficiência operacional. Os benefícios ob-tidos possibilitarão absorver parte dos impactos negativos causados pela revisão tarifária, atingindo redução de R$ 100 milhões do PMSO gerenciável sobre o PMSO gerenciável de 2012 corrigidos por inflação.
O PMSO gerenciável no trimestre apresentou uma redu-ção de 3,4%, enquanto a inflação no período atingiu 8,0%. O Ebitda ajustado totalizou R$ 208,9 milhões no primeiro trimestre de 2013, um incremento de 34,7% em comparação ao primeiro trimestre de 2012. O Ebitda ajustado foi de R$ 155,1 milhões.
A AES Eletropaulo investiu R$ 144,7 milhões no trimes-tre, direcionados, em sua maioria, à expansão do sistema e dos serviços ao cliente, de forma a atender o crescimento do mercado e reduzir o risco de interrupção no fornecimen-to regular e em condições de emergência. Dessa forma, o DEC e o FEC dos últimos 12 meses encerrados em março de 2013 apresentaram reduções significativas de 13,4% e 9,7%, respectivamente, refletindo a busca contínua pela melhoria dos indicadores operacionais da companhia.
Foto: Dreamstime
54 | Potência | economiafinanças & investimentos
Ações no Rio de JaneiroInfluenciado pelo aumento da de-
manda por energia nos segmentos re-sidencial e comercial, o consumo de energia na área de concessão da Light foi o destaque do primeiro trimestre de 2013 e alcançou 6.407GWh, represen-tando um aumento de 3,7% em rela-ção aos três primeiros meses de 2012.
O setor comercial, sozinho, teve um crescimento de consumo de 7,8% e o residencial, 3,2%. A Light é responsá-vel pelo fornecimento de energia para 31 municípios do Estado do Rio de Ja-neiro, incluindo a capital fluminense.
Entre janeiro e março de 2013, a Li-ght registrou lucro líquido de R$ 78,6 milhões. Em função, principalmente, do aumento dos custos não-gerenciáveis de compra de energia, influenciados pelo despacho das usinas térmicas em função do baixo nível dos reservatórios, este va-lor apresentou uma redução de 43,8% ante o mesmo período do ano anterior, já descontado o aporte no valor de R$ 428 milhões em decorrência do Decre-to 7.945/13, que dispõe sobre o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para atenuar os custos de aquisição de energia das distribuido-ras junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Considerando os ativos e passivos regulatórios (CVA), não registrados na demonstração de resultados, o lucro
líquido ajustado totalizou R$ 145,4 mi-lhões, 4,8% acima do montante do pri-meiro trimestre de 2012.
A Receita Líquida consolidada do período, desconsiderando a receita de construção, foi de R$ 1.883,1 mi-lhão, 6,9% a mais do que o registra-do no primeiro trimestre de 2012 (R$ 1.761 milhão). Todos os segmentos de negócio da companhia apresentaram crescimento de receita, destacando as atividades de comercialização e de geração, com aumentos de 261,4% e 51,0%, respectivamente, influenciados pela venda de energia no mercado li-vre a preços mais elevados, em subs-tituição aos contratos vencidos para o mercado regulado.
O Ebitda (lucro antes de impos-tos, depreciações e amortização) con-solidado no trimestre foi de R$ 355,1 milhões. Assim como o lucro líquido, o Ebitda foi impactado pelos maiores gastos na compra de energia e, por isso, seu valor é 18,1% menor do que o alcançado no mesmo período em 2012. Por outro lado, o Ebitda ajustado pelo ativo regulatório (CVA) registrou R$ 456,3 milhões entre janeiro e março de 2013, um crescimento de 5,8% em relação ao 1T12.
No primeiro trimestre de 2013, o to-tal investido pela Light somou R$ 162,7 milhões, montante 13,9% superior ao
investido no mesmo período de 2012. O segmento de distribuição concentrou o maior volume, R$ 127,0 milhões, re-presentando 78,0% do total.
Dentre os investimentos realizados, se destacam os direcionados ao desen-volvimento de redes de distribuição e expansão, com o intuito de atender ao crescimento de mercado, aumentar a robustez da rede e melhorar a quali-dade, no valor de R$ 65,1 milhões, e o projeto de perdas de energia (blinda-gem de rede, sistema de medição ele-trônica e regularização de fraudes) no qual foi investido o montante de R$ 44,7 milhões.
Os investimentos em comercializa-ção e eficiência energética passaram de R$ 2,1 milhões no 1T12 para R$ 26,7 milhões no 1T13. Esse aumento é ex-plicado pelo projeto de cogeração que está sendo realizado junto a uma gran-de indústria de bebidas.
Olho no NordesteCom a finalização de algu-
mas obras do PAC e a con-clusão de unidades fabris trazidas para o Nordeste nos últimos anos, as em-presas do setor de ener-gia estão ocupando outros setores de mercado na região, para fornecer equipamentos de grande porte, acima de 625kVA até 3.125kVA.
A Distribuidora Cum-mins Diesel do NE (DCDN), que comer-cializa grupos gera-dores e sistemas da Cummins Power Ge-
neration, está monito-rando as oportunidades de investimentos locais. Se
concretizados os projetos já iniciados no ano passado, as perspec-
tivas são de crescimento de 50% nas vendas em 2013.
Desde 2011, a DCDN vem amplian-do sua atuação com escritórios e postos de atendimento avançados em Natal e Mossoró (RN), Maceió (AL) e Fortale-za (CE). “Para 2013, estamos prevendo abrir mais dois pontos de apoio, na Paraíba e no sertão de Pernambuco”, antecipa Luiz Antonio Trotta Miranda, diretor da empresa.
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58 | Potência | agendaJunho/Julho 2013
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9º Congresso Internacional do Direito da EnergiaData/Local: 17 e 18/06 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3284-1512 / www.ibdenergia.org.br
Feira da Metalmecânica, Energia e Automação (MEC show)Data/Local: 23 a 26/06 – Serra – ES
Informações: (27) 3434-0600 / www.mecshow.com.br
5º AuDItE – seminário nacional de Auditoria Interna das Empresas do setor Elétrico Data/Local: 24 e 25/06 – Florianópolis – SC
Informações: (21) 3973-8490 / www.audite.funcoge.org.br
2ª Conferência Eólica InterligadaData/Local: 25 e 26/06 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3452-3155 / www.paginasustentavel.com.br
Cobee 2013 – Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e ExpoeficiênciaData/Local: 02 e 03/07 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3549-4525 / www.abesco.com.br
Enersolar + Brasil 2013 – II Feira Internacional de tecnologias para Energia solarData/Local: 17 a 19/07 – São Paulo – SP
Informações: (11) 5585-4355 / www.enersolarbrasil.com.br
Proteção de Estruturas Contra Descargas AtmosféricasData/Local: 18 e 19/06 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3017-3600 / www.abnt.org.br
A Proteção e a seletividade em sistemas Elétricos IndustriaisData/Local: 24 a 27/06 – São Paulo – SP
Informações: (11) 3579-8768 / www.engepower.com
Floodlight e Illumination I Data/Local: 25/06 – Vinhedo – SP
Informações: (19) 3856-9680 / www.schreder.com.br
Automação e Integração em Processos Industriais e ElétricosData/Local: 25 a 28/06 – São Paulo – SP
Informações: (11) 5534-4333 / www.abmbrasil.com.br
Comandos ElétricosData/Local: 06/07 – Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 4105-4435 / www.serae.com.br
subestações Elétricas de Alta e Média tensão – operação e ManutençãoData/Local: 15 a 19/07 – Itajubá – MG
Informações: (35) 3629-3500 / www.fupai.com.br
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