Abril/2012 > VOLVER > 5
04 MURALA voz do leitor
06 PRATA DA CASAA Paixão de Cristo
08ÍCONEFrida Kahlo
09 ARTIGOO massacre do Pinheirinho
10 ESPECIALOs filhos da classe média
12 PROFISSÕESDesvende a biologia
13 RADAR ESTUDANTILEducação qualificada
14 ESPORTESAprenda a mergulhar
16 CINEMAPreview 2012
17 EVENTOSRio Preto marca presença
18 ARTIGOSementes do futuro
CARTA AO LEITOR
EXPEDIENTE
Abril chegou! Embalada no clima da Páscoa, a VOLVER se apresenta tão incrivelmente irresistível quanto o chocolate. Neste mês, vamos mostrar as curiosidades da biologia e as oportunidades e conquistas dos jovens, que se revelaram uma importante fatia na escala econômica. Saiba também tudo sobre a Paixão de Cristo, encenada desde 2004 em Rio Preto. Estas e outras informações foram trazidas à tona para que os expoen-tes de nossa cidade estejam sempre em evidência. Para finalizar, neste terceiro mês, venho mais uma vez agradecer a todos os envolvidos. Um forte abraço!
Ano 01 Nº 3 ABRIL 2012
EDITORAMani Jardim
JORNALISTA RESPONSÁVELMani Jardim MTB 0066616/SP
COLABORADORESAlexandre LuizFernando StefaniniJoão Paulo RilloFelipe MorenoAilton Bertoni
DESIGN & PROJETO VISUALNoroeste Mídia [email protected]
IMPRESSÃOLWC Editora Gráfica LTDA
TIRAGEM20.000 exemplares
EDITORA RESPONSÁVELApta Editora & Serviços Gráficos LTDA
PARA [email protected](17) 9203.4983
A “Revista Volver” não se responsabili-za por opiniões emitidas por cola-boradores e entrevistados, conteúdo contido em anúncios e informes publicitários. Não publicamos matérias pagas. Proibida a reprodução das matérias sem autorização. Todos os direitos são reservados.
Mani JardimEditora da Volver
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SUMÁRIO
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Cleber Fontoura
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“Um novo conceito de revista, com uma
diagramação divertida e matérias apro-
fundadas. Os temas culturais e políticos
são bem articulados, o conteúdo está
muito interessante e voltado para o
público jovem.”
AIRANE RETHONDIN23 anos, jornalista
MURALDE RECADOS
ENVIE SUA OPINIÃO PARA NÓS PELO [email protected]
MURAL
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“Parabéns pela publicação. Gostei muito do formato e da linguagem da Volver, além do que vocês estão muito bem servidos com ótimos colaboradores. Sucesso!”
CHRISTIAN CALIXTO BORGES MARQUES36 anos, estudante
“Parabéns pela Revista Volver, antes de mais nada.Um produto de excelente qualidade gráfica e, melhor que isso, conteúdo apurado.Veículos de comunicação assim sempre terão espaço nos meus dias.”
THIAGO ELIAS CASTILHO28 anos, designer e diagramador de projetos
“Uma revista que mostra a sociedade jovem de Rio Preto de forma inteligente. Todos estão de parabéns.’’
BÁRBARA SCOCCA23 anos, jornalista
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Prata da Casa
Por Mani Jardim
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Marina Rico e Anderson Niels em encenação de 2011
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“In nomine Patris” e em
nome da fé os princípios cristãos
são estabelecidos.Motivados por esse sentimento,
os fiéis encontram sua maneira de
celebrar. Inúmeras são as crenças
e diversas são as culturas que as
norteiam. No calendário cristão, o período da
Páscoa é caracterizado pela ressur-
reição de Jesus Cristo. O momento
permite que os fiéis renovem sua fé.
Envolvido nesse propósito, o espetá-
culo “A Paixão de Cristo”, produzido
pela Cia. de teatro Fulano de Tal,
apresentado em Rio Preto, chega
a sua 9ª edição. A peça, encenada
desde 2004, surgiu a partir da ini-
ciativa do vereador Marco Rillo, do
pároco Aparecido Torrente e da Cia.
de teatro Fulano de Tal de São José
do Rio Preto.Dirigido por João Paulo Rillo, o
espetáculo reúne um núcleo de
mais de 100 pessoas, dentre elas es-
tão atores, músicos e equipe técnica.
De acordo com o diretor, todos os
envolvidos são colaboradores do
projeto, que não visa lucros e é
apresentado gratuitamente para a
população. “Nossa recompensa é a
vibração do público, esse retorno
vale mais do que qualquer gratifi-
cação; no final, somos nós quem
saímos recompensados.”Com aproximadamente 1h de dura-
ção, a apresentação já é considerada
um dos maiores eventos da cidade.
Todos os anos, a peça é formulada
sob uma nova ótica, a inovação da
narrativa faz com que o público saia
sempre surpreendido. Outro fator
que emociona é a proximidade, que
permite que a plateia reviva a morte
de Cristo de forma mais intensa.
Para que o público sinta o espetá-
culo da forma mais real possível,
Marco Rillo, responsável pelo proje-
to cenográfico, explica que o cenário
tem que ser analisado a partir de
três etapas antes da montagem. As
etapas são recursos materiais, visi-
bilidade e autenticidade. “Usamos
algumas técnicas cênicas para que a
crucificação se aproxime ao máximo
do formato original”, destaca.
O ator Leandro Madi, que inter-
pretou Jesus Cristo em 2010 e irá
protagonizar o papel novamente
em 2012, relata sua experiência. “O
contato com o público é sempre
enriquecedor; na Paixão, minha
sensação era que não havia plateia
e sim um grande elenco que fazia
parte do espetáculo.”A característica de renovar o espírito
cristão é um benefício que o Bispo
Dom Paulo Mentes Peixoto con-
sidera muito importante. “A peça
provoca um processo interno de
conversão para as pessoas abertas
ao ensinamento da palavra de Deus.”
9ª edição garante surpreender o públiconovamente
A peça intitulada “Encenação da Paixão
de Cristo 2012 - A Última Semana do
Homem” promete muitas novidades.
Confira as datas e locais:
Dia 31 de março, às 20hLocal: Praça da Igreja de São Sebastião,
bairro Eldorado.Dia 02 de abril, às 20hLocal: Quadra de Esporte Estoril, bairro
Parque Estoril e São Francisco.
Dia 06 de abril, às 20hLocal: Praça da Basílica Menor de Nossa
Senhora da Aparecida, bairro Boa Vista.
“Nossa recompensa é a vibração do público, esse
retorno vale mais do que qualquer gratificação; no
final, somos nós quem saímos recompensados.”
João Paulo RilloDiretor
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Cleber Fontoura
Cleber Fontoura
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Ator Leandro Madi se emociona durante espetáculo
Lucas Silva e o ator Glauco Garcia, que interpreta o personagem Caifás
Espetáculo retrata a morte de Jesus Cristo
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Ela se tornou personagem da própria tragédia e foi por meio de suas pinturas que o mundo pode conhecer sua história
e apreciá-la. Magdalena Carmem Frieda Kahlo Calderón, mais conhe-cida como Frida Kahlo, ou “a filha da revolução” como gostava de se declarar, emocionou o mundo com sua obra.
Kahlo nasceu em Coyoacán, na Ci-dade do México, em 1907, na casa de seus pais, intitulada como “La Casa Azul”. Na infância, contraiu a primeira de uma série de enfermidades, a po-liomielite, doença que a deixou coxa e fez com que usasse calças e saias longas, contribuindo para construir seu estilo exótico e marcante.
Aos 18 anos, período em que aprendia a técnica da gravura, sofreu um grave acidente, quando um bon-de no qual viajava chocou-se com um trem. Dentre as múltiplas lesões, uma barra de ferro perfurou suas costas saindo pela vagina, fazendo com que sua vida fosse desacredita-da. Após muitas cirurgias e subme-tida à cama por longo período, a ar-tista precisou usar colete ortopédico, retratado em uma de suas pinturas, “A coluna partida”.
Mais tarde, em 1928, ao entrar para o Partido Comunista, conheceu o muralista Diego Rivera, com quem se casou no ano seguinte e manteve uma relação bastante conturbada.
Após ter sua obra qualificada como surrealista, a artista fez uma declaração que surpreendeu a todos,
ao afirmar que nunca pintara sonhos e sim sua própria realidade.
Em vida, expôs suas pinturas em galerias e deu aulas na escola La Esmeralda. No ano de 1954, após ter contraído pneumo-nia, a mexicana foi encontrada morta. Embora seu atesta-do de óbito tenha registrado embolia pulmonar, a causa de sua morte permane-ce desconhecida. Em seu diário, a última anotação encontrada dizia “espero que mi-nha partida seja feliz e espero nunca mais regressar - Frida”, permitindo a hipóte-se de suicídio.
A trajetória mar-cante de Kahlo reúne muitos fãs. Dentre eles, está a atriz e administradora de Rio Preto Priscila Valéro, 27 anos. “Já tive contato com sua biografia; para mim, ela é fantás-tica, uma mulher muito forte para a sua época.”
O artista plástico de Rio Preto Genesio Teles, o Telo, de 65 anos, também expressa sua admiração. “Ela ‘adotou’ a Arte Primitivista ou Naif (ingênua) para facilitar a expressão figurativa de suas emoções, o que
deixa claro em sua obra, a meu ver, um impressionismo arrebatador”, revela.
Kahlo é uma artista única, que sustenta todas as homenagens rece-bidas, e não foram poucas. Além de filmes e citações em músicas, quem visita o México pode conhecer sua casa familiar, “La Casa Azul”. O local se tornou o Museu Frida Kahlo e lá são encontrados desenhos, pinturas, fotografias, objetos, vestidos e livros da artista.
ÍCONE
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POR MANI JARDIM
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JOÃO PAULO RILLO
Deputado Estadual - PTcontato@ joaopaulo
rillo.com.br
ARTIGO
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NovaCanudos
“Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgota-mento completo. (...) caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.” Euclides da Cunha, em Os sertões
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Recentemente, assisti a uma reunião da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa.
Os deputados discutiam acerca do episódio Pinheirinho, uma operação do governo do estado – que custou alguns milhões aos cofres públicos – para desocupar uma área habita-da por 7 mil pessoas. Ali moravam 1.500 famílias, que ocuparam a área e construíram suas precárias moradias.
O terreno, em São José dos Campos, pertencia ao especulador, processado e condenado por crime fiscal Naji Nahas, que durante anos não pagou imposto sobre aquelas terras e há décadas não cumpria a função social que toda propriedade com este perfil tem de cumprir, por lei.
Em 22 de janeiro de 2012, um juiz de direito quebrou o proto-colo, substituiu o oficial de justiça, atropelou o estado de direito e foi
pessoalmente comandar a polícia militar na ação de reintegração de posse, barbarizando as famílias, despejando-as da maneira mais selvagem possível, transformando o lugar em uma praça de guerra. Tudo para garantir o direito à proprie-dade do senhor Naji Nahas. Além, obviamente, das motivações escusas e ocultas que permeiam as confor-táveis salas do poder.
Os desdobramentos apresentados em relatório prévio feito pelo Con-selho Estadual de Direitos Humanos são assustadores: vão de ameaças à mão armada, humilhações, truculên-cia física e moral, até abuso sexual sofrido por famílias.
As pessoas tiveram que sair de uma hora para outra de seus lares, sem o direito a recolher seus pertences pessoais, seus únicos bens. E o direito à propriedade e bens dessas pessoas? Onde moram hoje, uma vez que foram expulsos da Constituição Federal por um
juiz e um grupo de militares? Para Naji Nahas, Pinheirinho é mais um terreno, mais um bem entre a infi-nidade de bens que possui. Para as pessoas que ali moravam, as roupas, bonecas, colchões eram tudo o que tinham na vida. E isso lhes foi tirado.
Mais de cem anos do massacre de Canudos e quase vinte depois do massacre de Eldorado de Carajás, a história se repete. O Brasil ainda sofre com os fantasmas do passado, que a todo instante assombram o sol da liberdade. O massacre do Pinheirinho foi um pesadelo real, uma aberração jurídica, um gesto autoritário e temerário do governo de São Paulo, da polícia e da justiça, que atentou contra a segurança jurídica, a democracia e o estado de direito.
O direito à propriedade está garantido nas regras constitucionais do país, mas jamais elas poderão se sobrepor ao direito à vida e à digni-dade, seja de quem for.
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ESPECIAL
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Ao lado de sua moto, Airane comemora suas conquistasContente, Pedro Ananias se revela um poupador
A inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média, na última década, mudou a vida dos brasileiros, entre
eles jovens para os quais a distância entre a realidade e os sonhos dimi-nuiu. E, para cada um, esse sonho tem um tamanho. Um quarto para chamar de seu, por exemplo, é uma conquista, principalmente se sua irmã virou uma adolescente com segredos e maquiagens.
Casa nova A casa nova, facilitada pelo pro-
grama do governo federal Minha Casa, Minha Vida, é um
sonho dos adultos que, porém, tem grande impac-to nos mais jovens. Para Airane Rethondin, 23 anos, cuja família “sempre teve uma boa renda, mas vivia de aluguel”, a construção da casa própria “foi sig-nificativa”. A família de Pedro Ananias, de 9 anos,
mudou-se para um aparta-
mento mais espaçoso. “Tenho meu quarto com minhas coisas e a minha irmã tem outro”, explica.
Estabilidade e consumoA estabilidade econômica tem
um alcance para além dos chefes das famílias. Luis Felipe de Lima, 18 anos, assistente contábil, trabalha na mesma empresa há três anos e percebe que, se a economia vai bem, “a empresa também vai bem e remunera melhor”. Rendimento assegurado, Lima poupou e se livrou da carona. Comprou um carro à vista e chega mais cedo em casa. “Eu dependia dos outros, do irmão, da mãe”, explica.
Airane preferiu parcelar e progra-mar os pagamentos com seus salá-rios para adquirir uma Biz e um ne-tbook. “Antes usava o net dos meus irmãos. Aproveitei uma promoção e comprei um cor de rosa”.
Para Ananias, a economia acele-rada garantiu estudo de qualidade e mais diversão. “Na nova escola, eu tenho que estudar mais, mas apren-
do mais. Também vou fazer inglês ainda este ano”, anuncia. Ele e a irmã ganharam um notebook. Agora ele pode jogar no celular que ganhou e no computador. “O papai e a mamãe também tem notebook, aí a gente não briga com eles para usar”.
Planos e poupançaNecessidades e vontades satisfei-
tas, é hora de eleger novos desejos para correr atrás. Prevenido, Lima continua poupando para pagar à vista sua próxima conquista. “Ou vou comprar uma casa, ou trocar de carro”, diz. Ananias também é um poupador, como Lima. Guarda o dinheiro que ganha e quer estender ao notebook sua autonomia em relação à irmã. “Cada um podia ter o seu”, sugere. Airane aprendeu a primeira lição da economia estável: poupar para pagar à vista. Mas seus planos futuros ainda padecem de velhas dúvidas. “Quero melhorar a moto ou comprar um carro e poupar para o noivado”, confessa, confusa entre tantas possibilidades.
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Especial
Da Redação
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PROFISSÕES
Os biólogos estudam todas as formas de vida – plantas, animais e outros organismos vivos – com o
objetivo de alargar e melhorar o co-nhecimento científico e fazer a sua aplicação prática em campos como a indústria, medicina, agricultura, silvicultura, pecuária, meio ambiente e a biologia marítima.
O aumento na demanda por pesquisas nas áreas de genética, biologia molecular, biotecnologia, bioinformática e meio ambiente tem incrementado bastante o mercado de trabalho para os profissionais da área de Ciências Biológicas. Cada vez mais, torna-se necessário o trabalho de pesquisadores e da área operacional, na medida em que o avanço das tecnologias não só per-mite, como exige novas descobertas na área.
O campo de atuação das carreiras relacionadas à biologia é amplo, indo desde a engenharia genéti-
ca, que busca produzir plantas e alimentos melhores, até a área da saúde, envolvendo a medicina e todas as suas ramificações e espe-cializações.
Segundo a doutora Eliana Rosa de Palma Fernandez, coordenadora e professora do curso de Ciências Bio-lógicas da Unirp, as aulas práticas são fundamentais para a formação do aluno. “Intercalamos sempre aulas teóricas com aulas práticas para melhor aplicar o ensino. Aqui em Rio Preto, temos a represa municipal e o bosque, que são ricos em exemplos para essas aulas, além de laboratórios onde podemos aprofundar esses estudos”, comenta Eliana.
O aluno que opta por essa for-mação deve estar aberto a enten-der de fauna, flora, solo e água. Uma visão abrangente ajuda, mais tarde, na vida profissional, quando, geralmente, torna-se especialista em algum campo, que é bastante
amplo: há trabalhos para o bacharel em ciências biológicas na zoologia, botânica, conservação ambiental e genética. Para quem se habilita em licenciatura, é possível dar aula, além de desenvolver as demais atividades.
A professora avisa ainda para os estudantes que pretendem per-manecer em Rio Preto depois de formados que há diversas áreas de atuação. “Depois de formados, existem várias opções de atuação para o biólogo, tais como laborató-rios de análises clínicas, empresas de consultoria ambiental, clínicas de reprodução humana, ensino fundamental e médio, ensino supe-rior, com mestrado e doutorado”, comenta Eliana.
O curso de Ciências Biológicas passou a ter duração de três anos para licenciatura e quatro para bacharelado a partir deste ano. Em Rio Preto, o curso é oferecido pela Unirp, Unip e Unesp.
Da Redação
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Fotos: Divulgação
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Biológicas da Unirp, revela a importância das aulas práticasEliana Fernandez, doutora e coordenadora do curso de Ciências
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Final da tarde na escola e os pequenos aban-donam o pátio, arrastando suas mochilas até a portaria. Em uma das salas de aula, uma menininha aponta com o arco de seu instru-
mento uma partitura e tira dúvida sobre uma nota, um pai assume a bateria recém adquirida pela escola enquanto orienta seu filho ao violão. As primeiras notas de Rolling in The Deep, da incensada Adele, embolam-se com a conversa animada. O professor recebe cada um dos quase vinte componentes da orquestra com boas vindas. O ensaio começa e a mágica se opera.
Daniel Souza é centro da transformação musical pela qual a escola vem passando. Ele dá aula em Rio Preto há quatro anos e na Coopec Colégio Albert Sa-bin há três. Na Coopec, as aulas de música começam quando as crianças têm ainda dois anos.
Inicialmente, conta Souza, as crianças têm a ilusão de que vão aprender a tocar na primeira aula, “mas longe de se desiludirem, acabam despertadas pela descoberta”. Elas aprendem a distinguir os sons do próprio corpo, com percussão corporal e sons vocais. São utilizadas bandinhas rítmicas (percussão) e flauta doce. Para os alunos que desejam conhecer mais, há os instrumentos da prática orquestral.
Marina Gama, adolescente, diz que começou a se interessar pela música no ano passado. Pretendia tocar piano, mas, orientada por Souza, passou a se dedicar ao violino.
Para ela, as aulas de música e os ensaios da or-questra são os melhores momentos da semana. “É tão mágica a aula. Quando começamos a tocar, me esqueço de tudo”.
As aulas de música, porém, produzem efeitos cola-terais, garantem Marina e Daniel. O professor destaca benefícios para a audição analítica, coordenação motora, criatividade, raciocínio lógico e matemático, expressividade, trabalho em equipe e autoestima, além de ensinar a estar consigo e a lidar com os próprios limites. Marina garante que sua concentra-ção aumentou bastante, “o que me ajudou muito na
realização das provas”.Obrigatória em toda Educação Básica, nas esco-
las públicas e privadas, desde 2011, a música foi incluída como conteúdo curricular por exigência de lei sancionada pelo ex-presidente Lula, em 2008. “Nas escolas, a música não deve ser necessariamente uma disciplina exclusiva. Ela pode integrar o ensino de arte”, explica o professor. Segundo ele, embora o objetivo não seja formar músicos, é possível sim a descoberta de talentos e o fortalecimento da música enquanto profissão. “Se tivermos uma iniciação mu-sical agradável, teremos a música como companheira para o resto da vida”, garante.
RADAR ESTUDANTIL
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Da Redação
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Mergulhar é descobrir, é conhecer um mundo novo. À medida que a distância da superfície
da água aumenta, encontramos um lugar totalmente diferente.
Hoje, o mergulho é um esporte praticado em todo o mundo e o número de adeptos cresce cada vez mais. Mergulhar é a fascinação do homem em explorar o mundo submarino. Apesar de estar tão
presente em nossa vida, o mar ainda é o maior, mais intrigante e desco-nhecido habitat.
O mergulho é uma atividade com alguns riscos, mesmo quando executado por pessoas habilitadas e em ótimo estado de saúde. Sendo assim, deve-se tomar alguns cuida-dos básicos.
Os amadores do mergulho devem obedecer às regras de segurança, principalmente quando fazem ap-
neia ou mergulho simples (imersão sem o uso de aparelhos). Segundo o instrutor de mergulho da Rota Sub, de Rio Preto, Adriano Damas, é muito importante fazer um curso preparatório antes de mergulhar. “O ponto de partida é o curso open water diver, curso básico, onde se aprendem todas as informações teóricas e práticas para poder mergulhar com
ESPORTES
UM PASSEIO PELODESCONHECIDO
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Da Redação
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segurança. O curso tem duração de sete
dias, sendo aulas teóricas e práti-cas”, explica.
No mergu-lho autônomo, usa-se o auxílio
do ar comprimido com várias espe-
cialidades e a idade mínima para sua prática
é 12 anos. “O fundo do mar é um lugar muito bonito e ficar por 40 minutos submerso, contemplando sua beleza, é algo inesquecível. O problema é que, depois da primeira ex-
periência, nunca mais você deixa de mergulhar, é algo muito prazeroso”, relata Marcílio J. B. Pereira, funcio-nário público federal, ex-aluno e mergulhador.
Na região de Rio Preto, é possí-vel praticar esse esporte em rios e represas. “Praticamos mais a pesca sub e mergulhos autônomos. Cos-tumamos ir para Itapura, onde tem uma usina submersa bem legal, e também nos rios Grande e Paraná”, comenta Damas.
Para um mergulho seguro, é necessário o uso de uma série de equipamentos que proporcionarão tranquilidade, conforto e, obviamen-te, segurança ao mergulhador.
CuriosidadeLeite condensado
O contato por tempo prolongado com a água em temperatura mais baixa que a do ambiente provoca excessiva perda de calorias. Os mer-gulhadores chegam a perder até quatro quilos num só dia na água do mar. Por isso, digerem substân-cias doces, como leite condensado, para reforçar as calorias que o organismo metaboliza com muita rapidez. A alta concentração de sal
na água também resseca a boca dos mergulhadores, que procuram substâncias doces para conservar o paladar.
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CINEMA
Continuando o especial do último mês, com alguns dos filmes mais esperados entre março e junho, é bom dizer que julho representa o ápice dos chamados blockbusters, produções feitas para levar o maior número possível de pessoas ao cine-ma, cuja grande finalidade é a di-versão, seja com qualidade ou não. O primeiro longa do sétimo mês do ano é O Espetacular Homem-Ara-nha, nova adaptação do persona-gem das HQs, que irá recontar sua origem invalidando, assim, os outros três filmes. O Aranha será vivido por Andrew Garfield, de A Rede Social, e a direção ficou a cargo de Marc Webb, de 500 Dias Com Ela.
No mesmo mês, outro herói volta aos cinemas. Batman - O Cavalei-ro das Trevas Ressurge, mais uma vez dirigido por Christopher Nolan, encerra a trilogia e deve dar um fim digno à franquia, reiniciada em 2005 com Batman Begins. O vilão será Bane, interpretado por Tom Hardy. Outra novidade é a Mulher-Gato, vivida por Anne Hathaway.
Agosto começa com Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros. O título é bem explicativo: o presidente norte-americano será mostrado caçando as criaturas da noite. A produção é de Tim Burton. O Vingador do Futuro é a nova versão do conto de Philip Dick.
Na primeira vez que a história foi parar nos cinemas, teve Arnold Schwarzenegger no papel principal. Agora, Colin Farrel encarna o homem que, depois de um implante de memória, começa a pensar ser um agente secreto. Estreiam também G.I. Joe 2: Retaliação, O Legado Bourne e Os Mercenários 2.
Para setembro, Resident Evil 5 não deve trazer muitas novidades à franquia. Já Dredd é a nova versão do herói inglês, já vivido por Sylvester Stallone. A ideia é, desta vez, seguir às raízes do personagem.
Em outubro chega Cloud Atlas, o novo trabalho dos Irmãos Wachowski, os diretores de Matrix. Também uma ficção científica, o filme mostra várias histórias que se conectam através do tempo.
O agente mais famoso do mundo volta em novembro com 007 - Skyfall. Daniel Craig encarna James Bond mais uma vez no filme dirigido por Sam Mendes, de Beleza Ame-ricana. No elenco, Ralph Fiennes e Javier Bardem. No mesmo mês, o capítulo final de Crepúsculo deve levar vários fãs aos cinemas.
E dezembro reserva aquele que, provavelmente, é um dos filmes mais esperados desde o fim de O Senhor Dos Anéis. O Hobbit - Uma Jornada Inesperada fará o público viajar mais uma vez para a Terra
Média. O livro de Tolkien foi dividido em duas partes e a segunda ficou para dezembro de 2013.
De julho a dezembro, este ano tem pra todos os gostos
POR ALEXANDRE LUIZ DE BARROS ROSAPublicitário e blogueiro do [email protected]
Abraham Lincoln será caçador de vampiros
Daniel Craig mais uma vez como 007 em Skyfall
Mulher-Gato é uma das novidadesno novo filme do Batman
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PREVIEW 2012
O Hobbit conta a primeira aventura de Bilbo e como ele conseguiu o Anel
PARTE 2
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EVENTOS
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Marcela Rodrigues, Fernanda Fernandes,Cinthya Martins e Maira Pancieira
Antônio Ruiz, Monique Camargo, Carlos Silva, Juneka e Rhoads
Evandro Branco, Samuel Lima, Raphael Marchetto e Ubirathan Martins
Ubirathan Martins, com suas árvores de Haicai, em sua intervenção literária
Lucas Carvalho, Bruna Lemos, Celeste Natalina e Marcelo Pontes
Luiz Claudio Braga e Isabela Martinez Vladimir Esteves, Vanessa Rossi, Claudia Mosse e Fabiola RahimGisele Françoá, Patricia Carvalho
e Lais Narciso
Nos dias 8, 9 e 10 de março, Rio Preto foi palco de um dos maiores festivais de música da América Latina, o Grito Rock. Com o objetivo de promover a cultura local e apresentar artistas de outras localidades, o evento mobilizou os jovens da cidade.
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AILTON [email protected]
ARTIGO
Nos últimos dez anos, o Brasil passou por profun-das transformações: o país cresceu, gerou emprego
e renda, reduziu desigualdades, tornando-se menos injusto, resga-tou o papel do Estado. Ainda que o caminho a percorrer seja longo, foi também uma década em que demos alguns passos no que diz respeito à valorização da juventude.
Acredito que não seja possível falar em crescimento ou em desen-volvimento sem uma política clara para os jovens. Não oferecer opor-tunidades a eles significa deixá-los à mercê do desemprego, da criminali-dade, das drogas, longe dos bancos escolares, da formação profissional. Significa tratar com indiferença o que o senso comum chama de ‘o nosso amanhã’.
Indiscutivelmente, nos últimos sete anos, avançamos muito mais do que se fez em décadas no Brasil.
A criação da Secretaria Nacional da Juventude e do Conselho Nacional da Juventude, em 2005, é exemplo disso. E que impacto a criação de uma secretaria ou de um conselho tem na vida do jovem? Muito além da esfera institucional, ações como essas nos permitem falar não só em melhorias concretas na vida da nossa juventude, como também no reconhecimento de que esses jovens têm um papel fundamental na cons-trução de um projeto de soberania e desenvolvimento do país.
O que antes era impensável para um filho da periferia tornou-se rea-lidade: teve acesso à faculdade pelo ProUni, que possibilita a milhares de jovens o acesso à educação de nível superior. Hoje, jovens com pouco dinheiro podem ter a formação acadêmica que antes, por razões socioeconômicas, sequer podiam sonhar.
Além do ProUni, podemos citar
também a ampliação das escolas técnicas, a criação de novas univer-sidades federais e a expansão das já existentes, a geração de emprego, a formação de Pontos de Cultura. Mais do que dar perspectivas, esta-mos oferecendo esperança à nossa juventude.
São passos ainda tímidos frente ao que representa incluir o jovem na pauta de prioridades. Há muito a ser feito, sem dúvida. Ainda temos gran-des desafios nas áreas de educação, saúde, cultura, segurança, inclusão social e digital e profissionalização. Mas já não estamos engatinhando, os primeiros passos foram dados.
Quando dizemos que os jovens são o futuro é porque acreditamos que está na juventude o potencial de mudança. Se nas mãos dos jovens de hoje está o nosso ama-nhã, então, olhar para eles agora e envolvê-los nas decisões significa garantir o futuro do país.
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