Royal Northern SinfoniaJulian Rachlin violino e direção musical
O MINISTÉRIO DA CULTURA, O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,
A SECRETARIA DA CULTURA E A CULTURA ARTÍSTICA APRESENTAM
Saiba mais sobre o programa e os bolsistas em http://culturaartistica.com.br/bolsas-magda-tagliaferro
realização
MINISTÉRIO DA CULTURA
Lucas Thomazinho
Ronaldo Rolim
BOLSAS DE ESTUDO MAGDA TAGLIAFERRO
Parabéns, Ronaldo Rolim e Lucas Thomazinho! Os jovens pianistas foram os vencedores da edição de 2017 do Teresa Carreño International Piano Competition. A final aconteceu em 10 de maio no Colony Theater em Miami, Estados Unidos. Ronaldo ganhou o primeiro prêmio e Lucas levou a segunda colocação. Ambos fazem parte do programa de bolsas da Fundação Magda Tagliaferro em parceria com a Cultura Artística.
Gioconda Bordon 3
Programa 4
Notas sobre o programa 6William Coelho
Biografias 13
Royal Northern Sinfonia
Julian Rachlin violino e direção musical
patrocínio
realização
O Ministério da Cultura, o Governo do Estado de São Paulo, a Secretária da Cultura e a Cultura Artística apresentam
REALIZAÇÃO
MINISTÉRIO DA CULTURA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Royal Northern Sinfonia : Julian Rachlin, violino e direção musical / [coordenação editorial Gioconda Bordon ; notas sobre o programa William Coelho]. — São Paulo : Cultura Artística, 2017.
Vários colaboradores. ISBN: 978-85-93629-04-4
1. Concertos — Programas — São Paulo (SP). 2. Música erudita 3. Orquestras 4. Rachlin, Julian 5. Royal Northern Sinfonia I. Bordon, Gioconda. II. Coelho, William.
17-05009 CDD-781.68
Índices para catálogo sistemático: 1. Concertos : Música clássica 781.68
SOCIEDADE DE CULTURA ARTÍSTICA
DIRETORIA
PRESIDENTE Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo VICE-PRESIDENTE Gioconda BordonDIRETORES Carlos Mendes Pinheiro Júnior, Fernando Lohmann, Frederico Carramaschi, Ricardo Becker, Rodolfo Villela MarinoSUPERINTENDENTE Frederico Lohmann
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTE Fernando Carramaschi VICE-PRESIDENTE Roberto Crissiuma MesquitaCONSELHEIROS Antonio Hermann D. Menezes de Azevedo, Carlos José Rauscher, Francisco Mesquita Neto, Gérard Loeb, Henri Philippe Reichstul, Henrique Meirelles, Jayme Sverner, Marcelo Kayath, Milú Villela, Pedro Parente, Plínio José Marafon, Roberto Baumgart
CONSELHO CONSULTIVO Alberto Jacobsberg, Alfredo Rizkallah, George Zausner, João Lara Mesquita, Mário Arthur Adler, Patrícia Moraes, Stefano Bridelli, Sylvia Pinho de Almeida, Thomas Michael Lanz
PROGRAMA DE SALA — EXPEDIENTE
COORDENAÇÃO EDITORIAL SUPERVISÃO GERAL EDIÇÃOGioconda Bordon Silvia Pedrosa Marta GarciaEDITORAÇÃO ELETRÔNICA ASSESSORIA DE IMPRENSALudovico Desenho Gráfico Conteúdo Comunicação
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA
FUNDAÇÃO ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO — ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE CULTURA
PRESIDENTE DE HONRA Fernando Henrique Cardoso PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Fábio Colletti BarbosaVICE-PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Antonio Carlos Quintella DIRETOR EXECUTIVO Marcelo Lopes SUPERINTENDENTE Fausto Augusto Marcucci Arruda MARKETING Carlos Harasawa diretor
É com muita alegria que recebemos pela primeira vez no Brasil a Royal Northern Sinfonia, orquestra que exerce atividade sinfôni-ca ímpar dentro de um belíssimo projeto: o Sage Gateshead. Lo-calizado às margens do Rio Tyne, entre as cidades de Gateshead e Newcastle, na Inglaterra, o complexo arquitetônico de formas arredondadas, feito de aço e vidro, foi inaugurado em 2004 e abriga duas salas de espetáculos e amplos foyers abertos para receber o público em bares, restaurantes e exposições.
No Sage acontecem festas, conferências, workshops, festivais e eventos musicais cuja abrangência vai do clássico ao rock. Ponto de referência para os habitantes da região, o Centro tem como foco a educação musical baseada na diversidade e na inclusão social, reunindo, assim, pessoas de todas as idades e formações interessadas em música.
Na programação do Sage, temporadas regulares da Royal Northern Sinfonia e de grupos de câmara se alternam, de um lado, com apresentações de rock e de folk music, e, de outro, com encontros corais e concertos familiares. Vale destacar, dentre as tantas atividades musicais oferecidas pelo Sage, uma opção divertida e de grande impacto social: o estudo e a prática musical para pessoas com mais de 50 anos, que ali podem aprender um instrumento, participar de um coral e formar ban-das de acordo com seus sonhos e inclinações.
A reunião de grupos tão diversos oferecida pelo Sage, admirá-vel projeto totalmente voltado ao ensino e à fruição da música, atesta o poder agregador e transformador dessa arte. Um belo exemplo para todos nós.
Bom concerto!
Gioconda Bordon [email protected]
Um projeto admirável
3
JEAN SIBELIUS (1865-1957)Valsa Triste op. 44 n. 1 c. 6’
FELIX MENDELSSOHN BARTHOLDY (1809-1847)Concerto para violino em mi menor op. 64 c. 27’
I. Allegro molto appassionato II. AndanteIII. Allegretto non troppo — Allegro molto vivace
intervalo
PAUL HINDEMITH (1895-1963)Música fúnebre para viola e orquestra de cordas op. 48 (Trauermusik) c. 8’
FELIX MENDELSSOHN BARTHOLDY (1809-1847)Sinfonia n. 4 em lá maior op. 90 — Italiana c. 26’
I. Allegro vivace II. Andante con moto III. Con moto moderato IV. Presto e Finale: Saltarello
Royal Northern SinfoniaJulian Rachlin violino e direção musical
Os concertos serão precedidos do Momento Musical, palestra de Irineu Franco Perpetuo sobre os compositores, peças e intérpretes da noite que acontece às 20 horas no auditório do primeiro andar da Sala São Paulo.
O conteúdo editorial dos programas da Temporada 2017 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos.
Sala São Paulo 27 de junho, terça-feira, 21h
SÉRIE BRANCA
4
Programação sujeita a alterações.
facebook.com/culturartisticaInstagram: @culturaartisticawww.culturaartistica.com.br
Sala São Paulo 28 de junho, quarta-feira, 21h
SÉRIE AZUL
Royal Northern SinfoniaJulian Rachlin violino e direção musical
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791)Abertura da ópera ‘As bodas de Fígaro’ c. 5’
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791)Concerto para violino n. 3 em sol maior, K. 216 c. 24’
I. AllegroII. AdagioIII. Rondeau
intervalo
BENJAMIN BRITTEN (1913-1976)Lachrymae op.43 c. 15’ Reflexões sobre uma canção de Dowland
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791)Sinfonia n. 40 em sol menor, K. 550 c. 27’
I. Molto allegroII. AndanteIII. Menuetto. Allegretto — TrioIV. Finale. Allegro assai
5
Notas sobre o programaWilliam Coelho
JEAN SIBELIUS (1865-1957)Valsa Triste op. 44 n. 1
Estreada em 1903 e regida pelo próprio compositor no Teatro Nacional Finlandês em Helsinki no ano seguinte, a obra foi composta para a peça teatral Kuolema, “Morte” em finlandês, escrita por seu cunhado.
Paavali está ao lado do leito de morte de sua mãe. Ela lhe conta que em sonho dançava em um baile. Ele adormece. Aproveitando o ensejo, a Morte adentra o quarto e a enferma, confundindo a visitante com seu falecido marido, dança uma valsa com ela. Quando seu filho acorda, ela já está morta.
Ao escrever uma valsa que mescla seções de caráteres distintos, o com-positor finlandês não só cumpre o papel descritivo da música progra-mática, mas parece homenagear Johann Strauss — de quem era grande admirador —, que usava esse procedimento em muitas de suas valsas.
FELIX MENDELSSOHN BARTHOLDY (1809-1847)Concerto para violino em mi menor op. 64 Sinfonia n. 4 em lá maior op. 90 — Italiana
A figura de Mozart como criança prodígio — que começou a compor minuetos aos cinco anos de idade, sinfonias aos nove e óperas aos onze — encontra algumas décadas mais tarde um “oponente” à altura: Felix Mendelssohn. Aos onze anos, o gênio de Hamburgo já lia latim e grego, estudava matemática, geografia, desenho, pintura, violino e órgão. Nos dois anos seguintes já havia escrito doze sinfonias para cordas. Com generoso suporte financeiro da família, Mendelssohn recebeu o me-lhor da educação de sua época, a ponto de seu professor Carl Friedrich Zelter — não muito tempo após habituar seu jovem pupilo ao estudo rigoroso do contraponto e da fuga bachianos, do baixo cifrado e da har-monização coral — anunciar que, aos quinze anos, seu aluno já havia exaurido seus conhecimentos como professor e que, a partir dali, o ga-roto já ocupava o panteão dos grandes compositores do passado, como Bach, Mozart e Haydn.6
Mendelssohn estabeleceu novos padrões de qualidade, atuando como compositor e pianista mas especialmente como regente de suas obras e das de outros compositores — como é o caso de diversas obras de J. S. Bach, que, como é de conhecimento geral, ele redescobriu e divulgou. Durante as performances como regente, em algumas ocasiões Mendels-sohn alterava os tempos com ritardandos e accelerandos improvisados, de tal forma que pareciam ter sido ensaiados. Além disso, em sua atua-ção as dinâmicas forte e crescendo ganhavam caráter incrivelmente enér-gico e os piano e diminuendo quase afundavam num absoluto silêncio.
Devido às intensas atividades como regente, é fácil depreciar a influência de Mendelssohn como compositor em sua época, mas é inegável que sua obra teve, pelo serviço de divulgação, uma enorme repercussão na escrita musical do século XIX. Essa linguagem rica, cheia de variedade de dinâ-micas, de agógica e muita virtuosidade, está presente no célebre Concerto para violino, que a Royal Northern Sinfonia apresenta em São Paulo.
Este concerto, composto entre 1838 e 1844 para seu amigo de juventude, o violinista Ferdinand David, e sob sua orientação técnica, pode ser con-siderado o principal concerto para violino depois do de Beethoven (1806) e antes do também popular concerto para violino de Max Bruch (1866). Quebrando o padrão mais comum dos concertos, no qual a orquestra apresenta uma introdução ou muitas vezes o próprio material temático, nesta peça o solista apresenta o primeiro tema já no segundo compasso, precedido brevemente pela orquestra apenas para que se estabeleça a to-nalidade de mi menor (esta abordagem também aparece em seu Concer-to para piano n. 1). Em outra transgressão da forma corrente, a cadência aparece antes da volta ao material original (reexposição), e não depois, como é convencional no gênero. Outra novidade de escrita é o tratamen-to que Mendelssohn dá ao solista no caso de a orquestra possuir temas principais: o solista, que nesses momentos deveria estar em pausa, acaba servindo de acompanhamento para a orquestra. Exemplos desse proce-dimento são os arpejos após a cadenza do primeiro movimento, o trillo sob as melodias de clarinete e flauta, e o tremolo que acompanha o tema alocado na orquestra, ambos no final do terceiro movimento. O solista praticamente não tem descanso! Uma das mais características inovações, aqui, é a maneira como os três movimentos se conectam, sem pausas. Do primeiro para o segundo movimento, o primeiro fagote sustenta sua nota si final, após o corte de toda a orquestra, até a entrada da flauta, já no segundo movimento. Esse último se conecta ao terceiro através de uma fermata que é imediatamente precedida pelo violino solo, numa melodia anacrústica que remete à do primeiro movimento. 7
Assim como o Concerto para violino de Mendelssohn está para os concer-tos, sua Sinfonia n. 4 está para as sinfonias: é um dos títulos mais bem quistos, não só da pena do compositor alemão, mas de todo o gênero. Seus esboços datam de 1829 a 1831, período em que Mendelssohn viajou pela Europa. Extasiado com a Itália, relatou em cartas aos pais e à irmã Fanny que as belezas do país o estavam inspirando a escrever a mais alegre de suas sinfonias. A peça foi terminada pouco após o regresso do compositor à Alemanha mas demorou a ser publicada. Insatisfeito, ele a revisou incansavelmente, processo que, segundo ele mesmo, lhe custou os momentos mais amargos de sua carreira.
O primeiro movimento é caracterizado pelo êxtase que Mendelssohn parece ter vivenciado na Itália — ele se referiu à sinfonia como “um céu azul em lá maior” . Segue-se um movimento cerimonioso inspirado numa procissão que presenciara em Nápoles. O terceiro movimento é um menuetto entremeado de um trio muito bem delimitado e pro-tagonizado pelas trompas, com suas pontuações rítmicas. No último movimento Mendelssohn usa duas danças típicas italianas: o saltarello e a tarantella. Ambas possuem caráter ligeiro e a tarantella em especial se caracteriza pelo andamento muito rápido, quase um frenesi, através do qual o autor demonstra sua exímia habilidade de contrapontista, em intricadas seções tipicamente bachianas. Reza a lenda que a tarantella era dançada por aqueles que, picados por uma tarântula, purgariam o veneno através do suor.
PAUL HINDEMITH (1895-1963)Música fúnebre para viola e orquestra de cordas op. 48 (Trauermusik)
Em janeiro de 1936, Paul Hindemith foi a Londres apresentar seu con-certo para viola Der Schwanendreher, no qual atuaria como solista, junto à Orquestra Sinfônica da BBC. Durante sua estadia, entretanto, o rei George V faleceu, e a apresentação foi cancelada. A BBC então solicitou ao compositor que escrevesse uma música para o funeral, tarefa que ele cumpriu em apenas seis horas. No dia seguinte, Hindemith solou na apresentação, transmitida ao vivo pela rádio da BBC.
Suíte composta por quatro pequenos movimentos em estilo neobarroco, que variam entre o pesaroso, o solene, o dramático mas também entre a serenidade e a resignação, Trauermusik traz referências de outras duas obras do compositor: a sinfonia Mathis der Mahler e o próprio 8
Der Schwanendreher. Dado o prazo mínimo de que Hindemith dispôs para compor, estudar a parte solo e ensaiar com a orquestra, o artifício de reaproveitar materiais temáticos de outras obras suas foi essencial para que a peça estreasse a tempo. Assim como Mendelsshon, Hinde-mith era grande admirador de J. S. Bach e escreveu o quarto movimen-to baseado num coral luterano muito conhecido dos ingleses, harmoni-zado pelo mestre alemão e intitulado Für deinen Thron tret ich hiermit [Com isso me posto ante teu trono], BWV 327, e que não poderia ser mais apropriado para a ocasião.
WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756-1791)Abertura da ópera ‘As bodas de Fígaro’Concerto para violino n. 3 em sol maior, K. 216Sinfonia n. 40 em sol menor, KV. 550
Estreada em 1786, As bodas de Fígaro foi uma das óperas mais popu-lares do compositor austríaco, apesar das poucas récitas ocorridas em Viena. Posteriormente Mozart levou a obra para Praga, onde obteve estrondoso sucesso, o que acabou por lhe proporcionar diversas enco-mendas, como a Sinfonia n. 38 (Praga). Escrita em parceria com o libre-tista Lorenzo da Ponte — colaboração que rendeu outras duas óperas: Don Giovanni e Così fan tutte —, a ópera baseia-se na comédia homô-nima do francês Pierre Beaumarchais e satiriza a mesma nobreza que se veria ameaçada dali a 3 anos com a eclosão da Revolução Francesa. Devido ao caráter ácido e às dificuldades políticas encontradas em sua recepção, da Ponte depois adaptou-a, omitindo e reescrevendo trechos.
A abertura inicia-se com um rumor agitado das cordas e fagotes em pianissimo, num registro grave e misterioso seguido de breve ponte fei-ta pelas madeiras, antes da súbita explosão do tutti orquestral em fortissimo. A abertura possui os dois típicos temas contrastantes da forma sonata: o furor das colcheias ajuda a evidenciar a diferença de caráter entre os temas. Antes de prenunciar trechos vindouros, Mozart antecipa, em caráter vivo e agitado, as intrigas, as sátiras e, acima de tudo, as personalidades de homens reais — não ideais — que caracteri-zam toda a obra. Esse conjunto, aliado à qualidade musical do gênio de Salzburgo, foi certamente o que conferiu grande sucesso popular à ópe-ra. A coda é encerrada com três acordes assertivos e resolutos e não faz ponte para a primeira cena (como nas versões originais das aberturas de O rapto do serralho e de Don Giovanni, por exemplo), o que torna esta peça uma das preferidas para abrir programas sinfônicos. 9
Escrito em 1775, quando o jovem Mozart ainda não contava vinte anos, o Concerto n. 3 teve o próprio compositor como solista. Muito se conhece das habilidades de Mozart ao teclado, mas poucos sabem que ele domi-nava plenamente a viola e também o violino, instrumento ao qual seu pai, Leopold Mozart, dedicou um importante tratado técnico. O primeiro movimento, em especial, parece se apresentar mais como uma conver-sa do que como uma disputa entre o violino e a orquestra. No segundo movimento Mozart cria uma atmosfera rarefeita, adicionando surdinas às cordas agudas e pizzicato às cordas graves, além de abrir mão dos oboés para aproveitar a sonoridade delicada das flautas. Seu terceiro movimen-to, com seções bem caracterizadas — como aquela em que novamente o autor usa o acompanhamento em pizzicato — termina com madeiras e trompas de forma graciosa, contrariando a típica sequência de acordes afirmativos em fortissimo que encerram os concertos ou sinfonias.
Composta em 1788, a Sinfonia n. 40, conhecida como “A grande em sol menor”, é a única que Mozart escreveu em tonalidade menor além da Sinfonia n. 25, composta quinze anos antes e chamada de “A pequena em sol menor”. Escrita poucas semanas após a Sinfonia n. 39 e pouco antes de sua última sinfonia (Júpiter), a Sinfonia n. 40 começa sem adagio ou introdução, como é característico em suas sinfonias tardias. Nikolaus Harnoncourt chega a propor que Mozart planejou as três últimas sinfo-nias como um discurso único, o que explicaria o fato de somente a Sinfo-nia n. 39 ter o adagio introdutório e somente a Júpiter possuir um caráter indiscutivelmente conclusivo, o que não ocorre nas anteriores. Trompe-tes e tímpanos estão ausentes, talvez não só pela tonalidade não usual que limitaria o uso dos trompetes (e por consequência dos tímpanos, por realizarem convencionalmente as mesmas linhas), mas também para que o brilho e a pompa que estes instrumentos costumam evocar nas sinfo-nias clássicas não diminuam o caráter trágico e a densidade da obra.
O primeiro movimento começa de maneira inusitada com o acompa-nhamento e não com a melodia, uma das mais populares de toda a mú-sica ocidental, que surge apenas no fim do primeiro compasso — mesmo recurso utilizado posteriormente por Mendelssohn em seu Concerto para violino. O turbulento e trágico primeiro movimento dá lugar a um discurso mais sereno com o início do segundo movimento, mas a turbulência volta em muitas ocasiões, ora em um tutti orquestral, ora em movimentos melódicos circulares descendentes e ora em har-monias inesperadas. O terceiro movimento apenas remete de maneira sutil à dança ligeira do menuetto. É um movimento agressivo, com des-locamento dos tempos fortes e que utiliza praticamente todo o efetivo 10
orquestral. Já o trio traz o caráter leve e movido da dança, expondo as trompas como melodistas. Dentro do mesmo primeiro tema, o último movimento alterna dois humores a princípio antagônicos, enquanto todo o segundo tema é sereno e lírico. Todavia, a turbulência do primei-ro movimento domina o restante deste último e encerra a obra, atestan-do, talvez mais do que em qualquer outra sinfonia de Mozart, a densida-de de um compositor que, no fim da vida, perdia o prestígio do menino prodígio de não muitos anos antes.
BENJAMIN BRITTEN (1913-1976)Lachrymae op.43 — Reflexões sobre uma canção de Dowland
Benjamin Britten conheceu nos Estados Unidos o grande violista William Primrose, e, fascinado por seu virtuosismo, convidou-o para seu Festival Aldeburgh: “Se você for, escreverei uma peça para você”. Ao que Primrose respondeu: “Neste caso, estarei lá!”. Assim nasceu Lachrymae, e o próprio compositor acompanhou Primrose ao piano na estreia durante o festival, em 1950. Alguns anos depois, Britten arranjou a peça com o acompanhamento de cordas que a Royal Northern Sinfo-nia apresenta hoje.
A obra reflete — para usar o subtítulo cunhado pelo próprio compositor — fragmentos da canção renascentista If my complaints could passions move [Se minhas queixas pudessem mover paixões], de John Dowland. O título caracteriza bem o ambiente pesaroso de Lachrymae que mostra, em seu peculiar discurso harmônico, muito da admiração de Britten pelo compositor renascentista. A sexta variação é baseada em outra canção de Dowland, Flow, my tears [Correi, minhas lágrimas], em que é possível perceber o movimento descendente da linha melódica da viola. Britten também era exímio violista e sabia como poucos explorar todos os recursos desse instrumento ainda pouco valorizado como solista pela maioria dos compositores. No movimento final, a linguagem sombria do século XX volta rapidamente 350 anos no tempo à sublime escrita renas-centista, com a melodia que inspirou a obra, apresentada agora integral-mente, sobre a harmonia original de Dowland.
William Coelho é maestro, mestre em Musicologia pela ECA/USP, docente no IA/UNESP e pesqui-sador da obra sinfônica de Mendelssohn. 11
MA
RK
SAV
AG
E
PRIMEIROS VIOLINOS
Bradley CreswickKyra HumphreysAlexandra RaikhlinaSarah Roberts Tijmen HuisinghLiz RossiKaterina MitchellIan Watson
SEGUNDOS VIOLINOS
Tristan GurneyAlanna Tonetti-TieppoSophie Appleton
Jenny ChangMarie SchreerDavid Chadwick
VIOLAS
Michael GerrardMalcolm CrittenTegwen JonesJames Slater
VIOLONCELOS
Jonathan DormandDaniel HammersleyJames CraigGabriel Waite
CONTRABAIXOS
Sian HicksDavid Johnson
FLAUTAS
Joshua BattyEmilia Zakzrewska
OBOÉS
Steven HudsonMichael O’Donnell
CLARINETES
Katherine LacyRichard Russell
FAGOTES
Stephen ReayRobin Kennard
TROMPAS
Peter FrancombJan Harshagen
TROMPETES
Richard MartinMarion Craig
TÍMPANOS
Marney O’Sullivan
Coordenação da turnê: Columbia Artists Management. www.cami.com
MINISTÉRIO DA CULTURA
realizaçãoapoio
Royal Northern SinfoniaFundada em 1958 por Michael Hall, a Royal Northern Sinfonia é a única orquestra de câmara permanente da Grã-Bretanha. Fica sediada no Sage Gateshead, o mais importante centro de educação e difusão musical do norte da Inglaterra, localizado às margens do rio Tyne, entre as cidades de Gateshead e Newcastle. Admirada por sua qualidade musical e caráter vigoroso, a orquestra é também conhecida pela conexão imediata que estabelece com o público em todos os lugares em que se apresenta, tanto nos grandes eventos ingleses, como o BBC PROMS e o Festival de Edimburgo, como nas turnês internacionais.
A Northern Sinfonia já teve como regentes titulares maestros de renome, entre eles Thomas Zehetmair, Tamás Vasáry e Christo-pher Seaman. Hoje, seu diretor musical é o pianista e maestro alemão Lars Vogt. O violinista lituano Julian Rachlin é o principal regente convidado.
Em temporadas recentes a orquestra trabalhou com solistas e re-gentes como Christian Tetzlaff, Christian Lindberg, Olli Mustonen, Paul McCreesh e Robert Levin. O repertório é trabalhado de forma bastante abrangente, com programas que vão de obras clássicas e românticas a peças contemporâneas, como aquelas encomenda-das aos compositores Benedict Mason, David Lang, John Casken e Kathryn Tickell.
O grupo também procura desenvolver séries de concertos temáti-cos, com o objetivo de enriquecer a experiência cultural e artística de seu público. Na temporada deste ano, por exemplo, a orquestra apresenta uma série dedicada aos diversos tipos de danças, fonte de inspiração de peças importantes para muitos compositores de todas as épocas, de Rameau a Stravinski.
O trabalho educativo é um dos aspectos fundamentais da orques-tra, muito atuante no norte da Inglaterra. Os músicos do grupo dão suporte a programas de educacão musical que vão desde ati-vidades desenvolvidas em um centro de estudos avançados para todos os instrumentos até a formação de uma pequena orquestra para crianças.
Em 2012, o violinista e maestro Claudio Cruz e o violoncelista Antonio Meneses gravaram um CD com a Royal Northern Sinfonia contendo os concertos para violoncelo de Edward Elgar e Hans Gál.
Saiba mais
Sob o comando de Lars Vogt, a Royal Northern Sinfonia lançou no ano passado um CD com a pianista Danae Dörken. No repertório, o Concerto n. 21, de Mozart, e o Concerto n. 2, de Mendelsshon. 13
Julian Rachlin
O violinista Julian Rachlin nasceu em Vilna, na Lituânia, em 1974. Quatro anos mais tarde, emigrou com os pais para a Áustria, onde frequentou o Conservatório de Viena e foi aluno de Boris Kuschnir. Garoto prodígio, viu sua carreira internacional deslanchar ao ven-cer, em 1988, o prêmio Young Musician of the Year, da Eurovision Competition, de Amsterdã. Essa láurea lhe valeu uma apresentação com a Orquestra Filarmônica de Berlim, sob a direção de Lorin Maazel, e o convite para tocar com a Filarmônica de Viena, ao lado do maestro Riccardo Muti.
Desde então, o excepcional instrumentista, reverenciado em todos os palcos internacionais, se apresenta com as mais importantes orquestras do mundo, ao lado de regentes como Riccardo Chailly, Kirill Petrenko e Yuri Temirkanov.
No fim dos anos 90, interessou-se pela viola através de um outro mestre, Pinchas Zukerman, que lhe mostrou o papel fundamental desse intrumento na execução dos primeiros quartetos de Haydn.
Seus compromissos recentes incluem atuações como solista com as filarmônicas de São Petersburgo, sob a direção de Yuri Temirkanov; de Israel, com Gianandrea Noseda, e Alla Scalla de Milão, conduzida por Riccardo Chailly. No papel de regente convidado, tem se apre-sentado com diversos conjuntos: Trondheim Symphony, Camerata Salzburg, Orchestra della Svizzera Italiana, Philharmonia de Praga, English Chamber Orchestra e a Royal Northern Sinfonia. Foi artista residente da Orchestre National de France, durante a temporada de 2015/2016, em turnê internacional, sob a direção de Daniele Gatti. Neste mesmo ano acompanhou a Orquestra Sinfônica da Rádio da Baviera, dirigida por Mariss Jansons, e a Orquestra Gewandhaus de Leipzig, sob a batuta de Herbert Blomstedt.
Fundou na Croácia doze anos atrás o Festival Julian Rachlin & Friends, evento que une música e teatro. Estreou peças de Krzysztof Penderecki, Richard Dubugnon e Giya Kancheli, que escreveram obras dedicadas a ele.
Seu violino é um “ex Lieb” Stradivarius de 1704 e sua viola é uma Lorenzo Storioni 1785, ambos cedidos a ele como cortesia pelo Dkfm. Angelika Prokopp Privatstiftung. As cordas são patrocina-das pela Thomastik-Infeld.
Saiba mais
O álbum da Deutsche Gram-mophon com a transcrição para cordas das Varia-ções Goldberg, de Bach, realizada por Dmitry Sitkovetski, traz Julian Rachlin ao violino, Nobu-ko Imai à viola e Mischa Maisky ao violoncelo. As gra-vações de Julian Rachlin estão dis-poníveis pela Sony Classical, Warner Classics e Deutsche Grammophon14
JULI
A W
ES
ELY
patrocinadores ouro
patrocinador master
patrocinadores platina
patrocinadores prata
patrocinadores bronze
realização
MINISTÉRIO DA CULTURA
apoio
AMIGOS DA CULTURA ARTÍSTICA
Agradecemos a todos que contribuem para tornar realidade os espetáculos e projetos educativos promovidos pela Cultura Artística.
MECENAS
Adolpho LeirnerAlexandre e Silvia Fix
Ana Lucia e Sergio ComolattiAna Maria Igel e Mario Higino LeonelAne Katrine e Rodolfo Villela MarinoAnna Helena Americano de AraújoAntonio Hermann D. M. Azevedo
Arsenio Negro Jr.Beatriz Baumgart Tadini
BrejeiroCarmo e Jovelino Mineiro
Cláudio Thomaz Lobo SonderCristian Baumgart Stroczynski
Cristina BaumgartDenise Pauli Pavarina
Eduardo DefineEdward B. G. WeaverFabio de Campos Lilla
Frédéric de MarizGioconda Bordon
Giovanni Guido CerriGustavo Salomão
Hélio SeibelHeloisa Leite de Moraes DefineHenri Slezynger e Dora Rosset
Israel VainboimJacques Caradec
Jean Claude RamirezJorge Sidney e Nadia Atalla
José Carlos EvangelistaJosé E. Queiroz Guimarães
José Roberto OpiceKarin Baumgart Srougi
Lázaro de Mello BrandãoMarcelo Kayath
Marcos Baumgart StroczynskiMarcos Braga Rosalino
Michael e Alina PerlmanMilú Villela
Minidi PedrosoNádia e Olavo Setúbal Jr.
Nelson Nery JuniorOtto Baumgart
Paulo Bruna
Paulo ProushanPedro Herz
Rolf Gustavo Roberto BaumgartRosa Maria de Andrade Nery
Sylvia e Flávio Pinho de Almeida Ursula Erika Marianna Baumgart
3 mecenas anônimos
MANTENEDORES
Alfredo RizkallahArnoldo Wald
Augusto Livio MalzoniBruno Alois Nowak
Cleide e Luiz Rodrigues CorvoErwin e Marie KaufamnnFernando Eckhardt Luzio
Fernando LohmannFrancisco Humberto de Abreu Maffei
Henri Philippe Reichstul Jayme Blay
José Luiz e Sandra SetúbalLea Regina Caffaro Terra
Livio De VivoMarcelo Pereira Lopes de Medeiros
Maria Zilda Oliveira de AraújoMV Pratini de Moraes
Neli Aparecida de FariaNelson Pereira dos ReisPaulo Guilherme LeserRegina e Gerald Reiss
Ricard AkagawaRuy e Celia Korbivcher
Ruy Souza e Silva e Fátima ZorzatoSandra Arruda Grostein
Silvia e Fernando CarramaschiTamas Makray
Thomas Frank TichauerValeria e Antonio Carlos Barbosa de Oliveira
Vavy Pacheco BorgesVitor Maiorino Neto
Walter CenevivaWolfgang Knapp
4 mantenedores anônimos
BENFEITORES
Abram e Clarice TopczewskiAlberto Whitaker
Antonio Carlos Marcondes MachadoAntonio Kanji
Arnaldo MalheirosCalçados Casa Eurico
Carlos Mendes Pinheiro JuniorCarlos P. Rauscher
Claudia Annunziata G. MustoClaudio Alberto Cury
Claudio e Selma CerneaDario Chebel Labaki Neto
Dario e Regina GuaritaEdith Ranzini
Eduardo Secchi MunhozEdward Launberg
Elias e Elizabeth Rocha BarrosEvangelina Lobato Uchoa
Fernando de Azevedo CorrêaFrancisco J. de Oliveira Jr.Francisco Montano Filho
Galícia Empreend. e Participações Ltda.Gerard Loeb e Angela VarelaGustavo e Cida Reis Teixeira
Heinz Jorg GruberHenrique Lindenberg Neto
Isaac PopoutchiIsrael Sancovski
Izabel SobralJayme Sverner
José e Priscila GoldenbergJunia Borges Botelho
Katalin BorgerLeo Kupfer
Luci Banks LeiteLúcia Lohmann e Nemer Rahal
Luiz Franco BrandãoLuiz Henrique Martins Castro
Luiz Roberto de Andrade NovaesM. Bernardete Baretto de Menezes Sampaio
Malú Pereira de AlmeidaMarcia Igel Joppert
Marcos de Mattos PimentaMaria Bonomi
Para mais informações ligue para (11) 3256 0223, escreva para [email protected] ou visite www.culturaartistica.com.br/amigos
Lista atualizada em 9 de maio de 2017
Maria Helena Peres OliveiraMaria Joaquina Marques Dias
Maria Teresa IgelNelson Jafet
Nelson Vieira BarreiraOscar Lafer
Oswaldo Henrique SilveiraPatricia de Moraes
Paula e Hitoshi CastroPaulo Cezar Aragão
Raphael Pereira CrizanthoRenata e Sergio de Simon
Ricardo Luiz Becker Rosa Maria Graziano
Ruben HalabanSergio Luiz Macera
Ulysses de Paula Eduardo Jr.Wilma Kövesi (i.m.)
6 benfeitores anônimos
APOIADORES
Alessandro e Dora VenturaAna Cristina Arantes
Ana Elisa e Eugenio Staub FilhoAna Maria MalikAndré Guyearch
Andrea Sandro CalabiBeatriz e Numa Valle
Beatriz Garcez LohmannBernardo Guerra
Carla MilanoCarlos Alberto Junqueira Franco
Carlos Chagas RodriguesCarmen Guarini
Cássio Augusto Macedo da SilvaCharles e Sandra Cambur
Ciça Callegari e Luiz Eugenio MelloCristina e Richard Barczinski
Dan Linetzky WaitzbergDaniela e Frederico Carramaschi
Edson Eidi KumagaiEduardo Molan Gaban
Eliana Regina Marques ZlochevskyElizabete e Mauro Guiotoku
Eric Alexander KlugFrancisco, Mariana e Gabriela Turra
Guilherme Ary PlonskiGustavo Henrique Machado de Carvalho
Helio e Livia ElkisHoracio Mario Kleinman
Issei e Marcia AbeJosé Carlos Dias
José de Paula Monteiro NetoJosé Francisco Kerr Saraiva
José Rubens Pirani Leda Tronca
Lilia Katri Moritz Schwarz Lucila Pires Evangelista
Luis Renato OliveiraLuiz Alberto Placido Penna Luiz Diederichsen Villares
Luiz Marcello M. de Azevedo FilhoLuiz Schwarcz
M.Luiza Santari M.PortoMarcello D. Bronstein
Marcelo GutglasMárcio P.P. Garcia
Marco Tullio BottinoMaria Cecilia Comegno
Maria da Graça e Mario Luiz RoccoMarisa e Patrick Nielander
Marta D. GrosteinMartha Diederichsen Stickel
Mauro André Mendes Finatti e Caio Andreazza MorbinOmar Fernandes Aly
Patricia GiesteiraPedro Spyridion Yannoulis
Plinio J. MarafonRaquel Szterling Nelken
Raul Corrêa da SilvaRegina Celidonio e Luiz Fernando Caiuby L. da Silva
Ricardo HeringRoberto Crissiuma Mesquita
Roberto FalzoniTeli Penteado Cardoso
Walter Jacob Curi21 apoiadores anônimos
Adolpho LeirnerAffonso Celso Pastore
Agência EstadoAggrego Consultores
Airton BobrowAlexandre e Silvia Fix
Alfredo Egydio SetúbalAlfredo Rizkallah
Álvaro Luís Fleury MalheirosAna Maria Levy Villela Igel
Antonio Carlos Barbosa de OliveiraAntonio Carlos de Araújo Cintra
Antonio Corrêa MeyerArnaldo MalheirosArsenio Negro Jr.
Aurora Bebidas e Alimentos FinosBanco PineBanco Safra
BicbancoBruno Alois Nowak
Calçados Casa EuricoCamargo Correa
Camilla Telles Ferreira SantosCarlos Nehring Netto
CCECenter Norte
Cláudio e Rose SonderCleõmenes Mário Dias Baptista (i.m.)
Companhia Brasileira de Metalurgia e MineraçãoDaniela Cerri Seibel e Helio Seibel
Dario Chebel Labaki NetoDora Rosset
Editora Pinsky Ltda.Elias Victor Nigri
Elisa WolynecEMS
Erwin e Marie KaufmannEurofarma
Fabio de Campos LillaFanny Ribenboin Fix
Fernando Eckhardt LuzioFernando Lohmann
Fernão Carlos Botelho BracherFestival de Salzburgo
Flávio e Sylvia Pinho de AlmeidaFrancisca Nelida Ostrowicz
Francisco H. de Abreu MaffeiFrédéric de Mariz
Frederico LohmannFundação Filantrópica Arymax
Gerard LoebGioconda Bordon
Giovanni Guido CerriHeinz J. Gruber
Helga Verena MaffeiHenri Philippe Reichstul
Henri SlezyngerHenrique Meirelles
Idort/SPIsrael VainboimJacques CaradecJairo CupertinoJayme BobrowJayme Sverner
Joaquim de Alcântara Machado de OliveiraJorge Diamant
José Carlos e Lucila EvangelistaJosé E. Queiroz Guimarães
José Ephim MindlinJose Luiz Egydio Setúbal
José M. Martinez ZaragozaJosé Roberto Mendonça de Barros
José Roberto OpiceJovelino Carvalho Mineiro Filho
Katalin BorgerLea Regina Caffaro Terra
Leo MadeirasLivio De Vivo
Luís StuhlbergerLuiz Diederichsen Villares
PRINCIPAIS DOADORES (R$ 5.000,00 ou mais)
Agradecemos a todos que têm contribuído, de diversas maneiras, para o esforço de construção
do novo Teatro Cultura Artística.
PATROCINADORES
Luiz Gonzaga Marinho BrandãoLuiz Rodrigues Corvo
Machado, Meyer, Sendacz e Opice AdvogadosMahle Metal Leve
Maria Adelaide AmaralMaria Alice Setúbal
Maria BonomiMaria Helena de Albuquerque Lins
Marina LaferMário Arthur Adler
Marisa e Jan EichbaumMartha Diederichsen Stickel
Michael e Alina PerlmanMilú Villela
Minidi PedrosoMoshe Sendacz
Nádia e Olavo Setúbal Jr.Natura
Neli Aparecida de FariaNelson Reis
Nelson Vieira BarreiraOi Futuro
Oswaldo Henrique SilveiraOtto Baumgart Indústria e Comércio
Paulo BrunaPaulo Setúbal Neto
Pedro HerzPedro Pullen Parente
Pinheiro Neto AdvogadosPolierg Tubos e ConexõesPolimold Industrial S.A.
Porto SeguroRaphael Pereira CrizanthoRicard Takeshi AkagawaRicardo Egydio Setúbal
Ricardo FeltreRicardo RamenzoniRichard BarczinskiRoberto Baumgart
Roberto Egydio SetúbalRoberto e Luizila Calvo
Ruth Lahoz Mendonça de BarrosRuy e Celia KorbivcherSalim Taufic Schahin
Samy KatzSandor e Mariane Szego
SantanderSão José Construções e Comércio (Construtora São José)
Silvia Dias Alcântara Machado
Gostaríamos de agradecer também as doações de mais de 200 empresas e indivíduos que
contribuíram com até R$ 5.000,00. Lamentamos não poder, por limitação de espaço,
citá-los nominalmente.
Stela e Jayme BlaySuzano
Tamas MakrayTheodoro Jorge Flank
Thomas KunzeThyrso Martins
UnigelUrsula Baumgart
ValeVavy Pacheco BorgesVitor Maiorino Netto
Vivian Abdalla HannudVolkswagen do Brasil Ind. de Veículos Automotores Ltda.
Wolfgang KnappYara Baumgart
3 Doadores Anônimos
realização
28 e 29 de marçoTRIO WANDERER
24 e 25 de abrilLE CONCERT DE LA LOGE
PHILIPPE JAROUSSKY contratenor
23 e 24 de maio
BENJAMIN GROSVENOR piano
6 e 7 de junho POTSDAM CHAMBER ORCHESTRA
TREVOR PINNOCK regênciaEMMANUEL PAHUD flauta
27 e 28 de junhoROYAL NORTHERN SINFONIA
JULIAN RACHLIN violino e direção artística
1 e 2 de agostoYOA — ORQUESTRA DAS AMÉRICASCARLOS MIGUEL PRIETO regênciaDUO ASSAD violão
22 e 24 de agosto
ANDRÁS SCHIFF piano
12 e 13 de setembroQUARTETO EMERSON
29 e 31 de outubroORQUESTRA NACIONAL DO CAPITÓLIO DE TOULOUSETUGAN SOKHIEV regência BERTRAND CHAMAYOU pianoLUCIENNE RENAUDIN-VARY trompete
13 e 14 de novembroCAPPELLA MEDITERRÂNEA E CORO DE CÂMARA DE NAMURLEONARDO GARCÍA ALARCÓN regência
Programação e datas sujeitas a alterações