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Módulo I
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Sumário Introdução................................................................................................................... 2
Unidade 1 – Abordagem Inicial.................................................................................. 3
1.1 – O segurança profissional ...................................................................................... 4
1.2 – História da profissão............................................................................................. 8
1.3 – Formação Profissional........................................................................................ 10
1.4 – Regulamentação da profissão ............................................................................. 14
Unidade 2 – O mercado de trabalho ........................................................................ 24
2.1 – Áreas de atuação do profissional de segurança privada ....................................... 24
2.2 – O mercado de trabalho ....................................................................................... 28
2.3 – Formação complementar .................................................................................... 30
Conclusão do Módulo I............................................................................................. 35
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Introdução
Olá,
O curso de Segurança Privada que será apresentado a seguir tem o objetivo de
oferecer e proporcionar ao aluno um embasamento teórico sobre este tema, mostrando
uma visão geral, os conhecimentos teóricos e práticos da profissão.
É importante destacar que uma segurança privada eficaz é um diferencial para as
empresas no mercado competitivo e é fundamental para a eficiência dos serviços
prestados aos clientes e para a sensação de proteção por parte de seus funcionários.
Vale ressaltar que a atividade de segurança privada também é voltada para
pessoas públicas ou anônimas que necessitam de uma proteção ao longo de seu dia a
dia.
Com este curso, você verá como anda o mercado de trabalho, a necessidade e a
importância de estar sempre atualizado em relação à profissão e as diferentes
oportunidades que podem ser geradas se o profissional se qualificar.
Buscamos explicar e direcionar sobre os aspectos fundamentais da prática de
segurança privada, além de esclarecer qual o campo de atuação no mercado de trabalho,
as especificidades da profissão, as formas de lidar com os problemas enfrentados e,
ainda, os conhecimentos necessários que passam desde a legislação cível e criminal até
conhecimentos de primeiros socorros.
Reforçamos que as informações e os conhecimentos ministrados neste curso
constituem um apanhado geral sobre o tema e servem como base para o conhecimento
da profissão. Todo procedimento adotado por parte do profissional precisa levar em
consideração a situação atual e as condições adversas no momento.
Bom curso!
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Unidade 1 – Abordagem Inicial
Olá,
Nesta primeira unidade do curso, falaremos um pouco sobre a segurança
profissional de modo geral, contaremos um pouco sobre a história da profissão, como
ela surgiu, suas modificações ao longo dos anos e como se encontra nos dias atuais.
Você terá acesso também às informações necessárias sobre a forma de se
profissionalizar, como funciona a formação profissional e quais são as habilidades e
preparações necessárias para o exercício da profissão.
Para finalizar esta unidade, destacaremos a regulamentação da profissão, ou seja,
as leis e os decretos que norteiam a atividade profissional.
Bom estudo!
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1.1 – O segurança profissional
Quando falamos na atividade de segurança profissional, estamos nos referindo às
diversas atividades voltadas para a proteção de pessoas, empresas e objetos de valor que
possuem importância para um indivíduo ou determinado grupo. No ramo da segurança
profissional, é importante distinguir dois segmentos específicos:
� Segurança privada: tem como objetivo proteger patrimônios ou
pessoas;
� Segurança pública: pretende defender os cidadãos e é um dever do
Estado.
Veja abaixo as funções de cada órgão de segurança pública, segundo a
Constituição Federal:
Polícia Federal
“Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de
bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas
públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou
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internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei”. § 1º, inciso I,
Art. 144.
“Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e outros órgãos públicos
nas respectivas áreas de competência”. § 1º, inciso II, Art. 144.
Polícia Rodoviária Federal e Polícia Ferroviária Federal
“Trata-se de órgãos permanentes, estruturados em carreira e destinam-se, na
forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias e ferrovias federais”. § 3º, Art.
144.
Polícias civis
“Às policias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incubem,
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais, exceto as militares”. § 4º, Art. 144
Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares
“Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,
incumbe a execução de atividades de defesa civil”. § 5º, Art. 144
“Às policias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e
reserva do exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos
Governadores dos Estados e do Distrito Federal”. § 6º, Art. 144
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Guarda Municipal
“Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção
de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei”. § 8º, Art. 144
Forças Armadas
“As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base
na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa
de qualquer destes, da lei e da ordem”. Art. 142
Em relação à segurança privada, nos dias atuais, os que mais requisitam a
proteção são: juízes, ministros, empresários, políticos, celebridades, artistas, pessoas
com alto poder aquisitivo e cidadãos que estejam vulneráveis, ou seja, em situação de
risco.
É importante ressaltar, no início deste curso, que o Brasil adota um sistema em
que o governo é responsável pela segurança pública, garantindo proteção e liberdade à
população.
Porém, diante da ineficiência e da escassez de profissionais de segurança
pública, a autodefesa, exercida pela segurança privada, se faz necessária e envolve a
legítima defesa, no exercício regular de direito, diante de alguma necessidade ou como
medida preventiva.
A Polícia Federal é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar as
atividades de segurança privada no país.
De acordo com a conceituação do Departamento de Polícia Federal prevista no
Manual do Vigilante, segurança privada é a “atividade desenvolvida por pessoas
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devidamente habilitadas, por meio de empresas especializadas, visando proteger o
patrimônio, as pessoas, transportar valores e apoiar o transporte de cargas. Ela tem
caráter de complementaridade às ações de segurança pública e é executada sempre de
forma onerosa para o contratante”.
Leitura Complementar
Veja abaixo a listagem de algumas terminologias que são utilizadas em
Segurança Privada, segundo o Manual do Vigilante da Polícia Federal:
– Vigilantes são os profissionais que realizaram cursos de formação, estão
empregados em empresas especializadas e nas que possuem serviço orgânico de
segurança, eles estão devidamente registrados no Departamento de Polícia Federal e
são capacitados e responsáveis pela execução das atividades de segurança privada.
– Empresas especializadas são as empresas prestadoras de serviços de
segurança privada, autorizadas pelo Departamento de Polícia Federal a exercer a
vigilância patrimonial, o transporte de valores, a escolta armada, a segurança pessoal e
o curso de formação de vigilantes.
– Empresas que possuem o Serviço Orgânico de Segurança são instituições não
especializadas, mas que estão autorizadas a constituir um serviço próprio de vigilância
patrimonial ou de transporte de valores.
– Estabelecimentos financeiros são estabelecimentos que realizam a guarda e
movimentação de numerário (bancos oficiais ou privados, caixas econômicas,
sociedades de crédito, associações de poupanças e suas agências, subagências e
seções).
– Segurança pessoal privada: é a atividade exercida por profissionais
especializados com a finalidade de garantir a integridade física das pessoas.
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– Classe patronal é a classe dos empregadores e tem como entidades
representativas, dentro dos Estados, os Sindicatos das Empresas de Segurança Privada.
– Classe laboral é a classe dos empregados e tem como entidades
representativas os Sindicatos dos Vigilantes. Tem a função de representar os vigilantes
negociando melhores condições de trabalho.
Fonte: http://www.dpf.gov.br/servicos/seguranca-privada
1.2 – História da profissão
A história da profissão de segurança teve início na civilização antiga, pois desde
os primórdios o homem já sentia a necessidade de proteger sua família, seus bens
patrimoniais e seu território. Alguns homens, denominados sentinelas, naquela época, já
eram solicitados e incumbidos de proteger as pessoas, as aldeias, os castelos e também
as cidades.
Posteriormente, no século XVI, os chamados senhores feudais possuíam o hábito
de pagar para que homens armados, que tivessem treinamento em luta corporal e no
manejo de armas, tomassem conta de suas terras e famílias, com o objetivo de evitar
eventuais saques ao seu patrimônio.
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A primeira empresa de segurança, que se tem conhecimento, foi criada no ano de
1852 pelos americanos Henry Wells e William Fargo. Ela foi criada para cobrir a falha
deixada pelo poder público da época em relação à segurança pública.
No ano de 1855, Allan Pinkerton, que era policial em Chicago, fundou uma
empresa denominada Pinkerton’s para prestar segurança nas estradas de ferro dos EUA.
A Pinkerton’s foi responsável por realizar o primeiro serviço de transporte de valores no
ano de 1891.
A segurança privada no Brasil surgiu no ano de 1964, época da ditadura militar
no país. O governo promulgou os decretos-lei n° 1034, de 21 de outubro de 1969, e n°
1103, de 3 de março de 1970, que tinham como objetivo inibir os assaltos em
estabelecimentos bancários, desta forma, a segurança bancária foi regulamentada.
Estes decretos determinavam que deveria haver “vigilância ostensiva, realizada
por serviço de guarda composto de elementos sem antecedentes criminais, mediante
aprovação de seus nomes pela Polícia Federal, dando-se ciência ao Serviço Nacional
de Informações”.
Vale ressaltar que os seguranças eram contratados diretamente pelos bancos,
podendo também haver a intermediação de empresas especializadas que, na época,
pertenciam aos generais ou aos coronéis.
O Ministério da Justiça, o secretário de segurança ou o chefe de polícia tinham o
poder de aprovar ou reprovar a criação de uma empresa de vigilância e, com o passar
dos anos, houve a expansão e a ampliação da segurança privada que passou a prestar
serviços aos órgãos públicos e às empresas particulares.
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A lei 7.102 foi promulgada pelo Governo Federal no ano de 1983, que
regulamentou e reconheceu a atividade de segurança privada no país. A partir de então,
foi extinta a responsabilidade de fiscalização do setor pelas Secretarias Estaduais de
Segurança Pública, sendo transferida para o Ministério da Justiça através do
Departamento da Polícia Federal.
Vale reforçar que através da promulgação desta lei, a atividade ganhou a devida
importância tanto para a economia quanto para a sociedade brasileira, criando regras
específicas, regulamentando o exercício da profissão e especificando as funções e
atribuições a serem exercidas pelo profissional.
Se na antiguidade o homem construiu abrigos, muralhas, pirâmides, castelos e
criou inclusive exércitos particulares, nos dias atuais, a preocupação com a segurança
também faz com que ele utilize recursos e técnicas mais modernas. Como exemplo,
podemos destacar os sistemas eletrônicos de segurança, as microcâmeras, os
microgravadores, os sistemas localizadores e identificadores por chips, o sistema GPS,
entre outros.
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1.3 – Formação Profissional
A grande competição existente no
mercado, nos dias atuais, faz com que as
empresas invistam cada vez mais na excelência de
seu atendimento. Neste aspecto, a segurança
torna-se um diferencial no mercado.
As pessoas que buscam oportunidades de
emprego em longo prazo e que visam uma
colocação no mercado de trabalho precisam se
especializar, pois a capacitação da mão de obra e
o conhecimento são os melhores aliados neste
sentido.
Vale ressaltar que as atividades que envolvem segurança privada necessitam de
profissionais com habilidades e competências para obterem os melhores resultados nas
organizações.
Para se destacar na carreira, algumas atribuições são necessárias, entre elas: a
pró-atividade, o dinamismo, a capacidade de saber lidar com imprevistos, a curiosidade
em buscar conhecimento, a disponibilidade e o equilíbrio emocional.
Entre as características necessárias para ser um segurança profissional, é
necessário:
o Ter disciplina;
o Ter responsabilidade;
o Ser ágil;
o Ter comprometimento;
o Ter capacidade de concentração;
o Ter capacidade de observação;
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o Ter metodologia de trabalho;
o Ser dinâmico.
Rodrigo Victor da Paixão, capitão da Polícia Militar do Estado de Goiás e
instrutor-chefe das disciplinas operacionais da Self Defense (Centro de Formação de
Vigilantes) ressalta que alguns fatores são fundamentais para a profissionalização do
vigilante, são eles:
Conhecimento da missão
Possuir todos os conhecimentos necessários e indispensáveis para que se consiga
desempenhar com sucesso a profissão. Estes conhecimentos envolvem o conteúdo
prático e teórico. Vale ressaltar que dentro da parte teórica estão inseridas as leis, as
normas e o conhecimento do direito penal.
Treinamento
Conseguir aliar ao conhecimento teórico as questões envolvendo a prática do uso
de equipamentos, o uso das armas, a aplicação das lutas praticadas em defesa pessoal,
entre outras técnicas.
Planejamento
É fundamental que todas as atividades e metodologias aplicadas sejam
planejadas com antecedência. Este planejamento pode ser colocado em prática a partir
da adoção de métodos e procedimentos específicos que auxiliem na questão da
elaboração das estratégias.
Impessoalidade
A opinião de cada indivíduo, em determinados casos, precisa ser guardada para
si próprio. Na profissão de segurança, isto é fundamental. O profissional está ali para
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cumprir ordens e normas e não para julgar ou transmitir sua opinião. “Os problemas
pessoais, o mau humor e as dívidas ficam para depois”.
Postura e compostura
A questão da postura no ambiente de trabalho é importante e pode resultar em
fatores positivos ou negativos. Um profissional bem uniformizado, sério e bem
equipado transmite ao outro uma imagem de respeito e confiabilidade. “Se ao dirigir-se
às pessoas o faz com educação e respeito, então, este sim, é um bom profissional”.
Capacidade de julgamento
Quando falamos em julgamento não estamos nos referindo aos preconceitos ou
aos pré-julgamentos e sim à questão do uso do "bom senso". Ter um bom senso é saber
e conseguir avaliar as situações, tomando decisões de maneira ponderada.
Atenção
Manter-se atento no ambiente de trabalho é um comportamento imprescindível
ao bom segurança. Um descuido pode resultar em graves consequências e na perda de
sua credibilidade enquanto profissional.
Para que o profissional exerça esta função, é necessária a realização de um curso
básico presencial de formação de vigilantes que disponibilize um diploma registrado no
Departamento de Polícia Federal. O curso forma profissionais para atuarem na área da
segurança e vigilância patrimonial. Vale lembrar que nenhuma empresa poderá
contratar vigilantes que não possuam curso de formação presencial.
Além dos cursos básicos para segurança exigidos e reconhecidos pela lei
(Formação de Vigilantes, Extensão em Transporte de Valores, Extensão em Segurança
Privada Pessoal), há algumas outras qualificações que são fundamentais para um
profissional de segurança privada. São elas:
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� Curso de primeiros socorros SBV (Suporte Básico de Vida);
� Curso de combate a incêndios (Bombeiro Civil);
� Curso de relações humanas no trabalho;
� Curso de combate em recinto fechado (CQB);
� Curso de direção tática e de idioma(s) estrangeiro(s), em particular, o inglês.
Um dos aspectos relevantes para que a Polícia Federal exija a formação e o
treinamento é o fato de o Exército Brasileiro ter autorizado, no ano de 2006, a aquisição
de armamento e munição não-letais, que são classificadas como de uso restrito para as
atividades de segurança privada. Portanto, a empresa que necessitar adquirir tais
equipamentos e produtos precisa possuir vigilantes aptos ao uso de tais tecnologias (não
letais).
1.4 – Regulamentação da profissão
Em relação à regulamentação da profissão de segurança, no Brasil esta é
regulamentada pela Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, que “dispõe sobre atividade
de segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição
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e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de
transporte de valores, dentre outras especificidades”.
Veja abaixo a transcrição da lei retirada do portal da Polícia Federal:
Art. 1º É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde
haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de
segurança com parecer favorável à sua aprovação, elaborado pelo Ministério da
Justiça na forma desta lei.
§ 1o Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem
bancos oficiais ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de
poupança, suas agências, postos de atendimento, subagências e seções, assim como as
cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências.
§ 2º O Poder Executivo estabelecerá, considerando a reduzida circulação
financeira, requisitos próprios de segurança para as cooperativas singulares de crédito
e suas dependências que contemplem, entre outros, os seguintes procedimentos:
I – dispensa de sistema de segurança para o estabelecimento de cooperativa
singular de crédito, que se situe dentro de qualquer edificação que possua estrutura de
segurança instalada em conformidade com o art. 2º desta Lei;
II – necessidade de elaboração e aprovação de apenas um único plano de
segurança por cooperativa singular de crédito, desde que detalhadas todas as suas
dependências;
III – dispensa de contratação de vigilantes, caso isto inviabilize
economicamente a existência do estabelecimento.
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§ 3º Os processos administrativos em curso no âmbito do Departamento de
Polícia Federal observarão os requisitos próprios de segurança para as cooperativas
singulares de crédito e suas dependências.
Art. 2º O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui pessoas
adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de permitir, com
segurança, a comunicação entre um estabelecimento financeiro e outro da mesma
instituição, entre a empresa de vigilância ou o órgão policial mais próximo. Também é
necessário, pelo menos, mais um dos seguintes dispositivos:
I – equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a
identificação dos assaltantes;
II – artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição,
identificação ou captura;
III – cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o
expediente para o público e enquanto houver movimentação de numerário no interior
do estabelecimento.
Art. 3º A vigilância ostensiva e o transporte de valores serão executados:
I - por empresa especializada contratada; ou
II - pelo próprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado
para tal fim, com pessoal próprio, aprovado em curso de formação de vigilante
autorizado pelo Ministério da Justiça e cujo sistema de segurança tenha parecer
favorável à sua aprovação emitido pelo Ministério da Justiça.
Parágrafo único. Nos estabelecimentos financeiros estaduais, o serviço de
vigilância ostensiva poderá ser desempenhado pelas Polícias Militares, a critério do
Governo da respectiva Unidade da Federação.
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Art. 4º O transporte de numerário em montante superior a vinte mil Ufir
(Unidade Fiscal de Referência), para suprimento ou recolhimento do movimento diário
dos estabelecimentos financeiros, será obrigatoriamente efetuado em veículo especial
da própria instituição ou de empresa especializada.
Art. 5º O transporte de numerário entre sete mil e vinte mil Ufirs poderá ser
efetuado em veículo comum, com a presença de dois vigilantes.
Art. 6º Além das atribuições previstas no art. 20, compete ao Ministério da
Justiça:
I - fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento desta lei;
II - encaminhar parecer conclusivo quanto ao prévio cumprimento desta lei,
pelo estabelecimento financeiro, à autoridade que autoriza o seu funcionamento;
III - aplicar aos estabelecimentos financeiros as penalidades previstas nesta lei.
Parágrafo único. Para a execução da competência prevista no inciso I, o
Ministério da Justiça poderá celebrar convênio com as Secretarias de Segurança
Pública dos respectivos Estados e Distrito Federal.
Art. 7º O estabelecimento financeiro que infringir disposição desta lei ficará
sujeito às seguintes penalidades, conforme a gravidade da infração e levando-se em
conta a reincidência e a condição econômica do infrator:
I - advertência;
II - multa, de mil a vinte mil Ufirs;
III - interdição do estabelecimento.
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Art 8º - Nenhuma sociedade seguradora poderá emitir, em favor de
estabelecimentos financeiros, apólice de seguros que inclua cobertura garantindo
riscos de roubo e furto qualificado de numerário e outros valores, sem comprovação de
cumprimento, pelo segurado, das exigências previstas nesta Lei.
Parágrafo único - As apólices com infringência do disposto neste artigo não
terão cobertura de resseguros pelo Instituto de Resseguros do Brasil.
Art. 9º - Nos seguros contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos
financeiros, serão concedidos descontos sobre os prêmios aos segurados que
possuírem, além dos requisitos mínimos de segurança, outros meios de proteção
previstos nesta Lei, na forma de seu regulamento.
Art. 10. São considerados como segurança privada as atividades desenvolvidas
em prestação de serviços com a finalidade de:
I - proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros
estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas;
II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro
tipo de carga.
§ 1º Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser executados
por uma mesma empresa.
§ 2º As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança,
vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas privadas, além
das hipóteses previstas nos incisos do caput deste artigo, poderão se prestar ao
exercício das atividades de segurança privada a pessoas; a estabelecimentos
comerciais, industriais, de prestação de serviços e residências; a entidades sem fins
lucrativos; e órgãos e empresas públicas.
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§ 3º Serão regidas por esta lei, pelos regulamentos dela decorrentes e pelas
disposições da legislação civil, comercial, trabalhista, previdenciária e penal, as
empresas definidas no parágrafo anterior.
§ 4º As empresas que tenham objeto econômico diverso da vigilância ostensiva e
do transporte de valores, que utilizem pessoal de quadro funcional próprio, para
execução dessas atividades, ficam obrigadas ao cumprimento do disposto nesta lei e
demais legislações pertinentes.
Art. 11 - A propriedade e a administração das empresas especializadas que
vierem a se constituir são vedadas a estrangeiros.
Art. 12 - Os diretores e demais empregados das empresas especializadas não
poderão ter antecedentes criminais registrados.
Art. 13. O capital integralizado das empresas especializadas não pode ser
inferior a cem mil Ufirs.
Art. 14 - São condições essenciais para que as empresas especializadas operem
nos Estados, Territórios e Distrito Federal:
I - autorização de funcionamento concedida conforme o art. 20 desta Lei; e
II - comunicação à Secretaria de Segurança Pública do respectivo Estado,
Território ou Distrito Federal.
Art. 15. Vigilante, para os efeitos desta lei, é o empregado contratado para a
execução das atividades definidas nos incisos I e II do caput e §§ 2º, 3º e 4º do art. 10.
Art. 16 - Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes
requisitos:
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I - ser brasileiro;
II - ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;
III - ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;
IV - ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em
estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei.
V - ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;
VI - não ter antecedentes criminais registrados; e
VII - estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
Parágrafo único - O requisito previsto no inciso III deste artigo não se aplica
aos vigilantes admitidos até a publicação da presente Lei.
Art. 17. O exercício da profissão de vigilante requer prévio registro no
Departamento de Polícia Federal, que se fará após a apresentação dos documentos
comprobatórios das situações enumeradas no art. 16.
Art. 18 - O vigilante usará uniforme somente quando em efetivo serviço.
Art. 19 - É assegurado ao vigilante:
I - uniforme especial às expensas da empresa a que se vincular;
II - porte de arma, quando em serviço;
III - prisão especial por ato decorrente do serviço;
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IV - seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora.
Art. 20. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão competente
ou mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e Distrito
Federal:
I - conceder autorização para o funcionamento:
a) das empresas especializadas em serviços de vigilância;
b) das empresas especializadas em transporte de valores; e
c) dos cursos de formação de vigilantes;
II - fiscalizar as empresas e os cursos mencionados dos no inciso anterior;
Ill - aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as
penalidades previstas no art. 23 desta Lei;
IV - aprovar uniforme;
V - fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes;
VI - fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade
da Federação;
VII - fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas
especializadas e dos estabelecimentos financeiros;
VIII - autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e
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IX - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados.
X - rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas
no inciso I deste artigo.
Parágrafo único. As competências previstas nos incisos I e V deste artigo não
serão objetos de convênio.
Art. 21 - As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de propriedade e
responsabilidade:
I - das empresas especializadas;
II - dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço organizado
de vigilância, ou mesmo quando contratarem empresas especializadas.
Art. 22 - Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar revólver calibre
32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha.
Parágrafo único - Os vigilantes, quando empenhados em transporte de valores,
poderão também utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de
fabricação nacional.
Art. 23 - As empresas especializadas e os cursos de formação de vigilantes que
infringirem disposições desta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades, aplicáveis
pelo Ministério da Justiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança
Pública, conforme a gravidade da infração, levando-se em conta a reincidência e a
condição econômica do infrator:
I - advertência;
II - multa de quinhentas até cinco mil Ufirs:
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III - proibição temporária de funcionamento; e
IV - cancelamento do registro para funcionar.
Parágrafo único - Incorrerão nas penas previstas neste artigo as empresas e os
estabelecimentos financeiros responsáveis pelo extravio de armas e munições.
Art. 24 - As empresas já em funcionamento deverão proceder à adaptação de
suas atividades aos preceitos desta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar
da data em que entrar em vigor o regulamento da presente Lei, sob pena de terem
suspenso seu funcionamento até que comprovem essa adaptação.
Art. 25 - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa)
dias a contar da data de sua publicação.
Art. 26 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
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Unidade 2 – O mercado de trabalho
Olá,
Na segunda unidade do curso, abordaremos a questão do mercado de trabalho
para a área de segurança privada.
Iremos mostrar e explicar quais são as áreas de atuação do profissional de
segurança privada, como se encontra o mercado de trabalho nos dias atuais e quais são
suas necessidades e expectativas.
Destacaremos ainda a importância da formação complementar do profissional,
além do curso obrigatório e as condições técnicas essenciais para que uma pessoa seja
considerada um segurança profissional.
Bom estudo!
2.1 – Áreas de atuação do profissional de segurança privada
Inicialmente, é importante ressaltar que o profissional que tem o objetivo de
obter sucesso e prosperar nesta área precisa aprender a trabalhar muito sua disciplina e
persistência, além de ter capacidade de adequação às novas necessidades da profissão.
Como nosso curso está voltado para a segurança privada, iremos destacá-la,
exemplificando, por exemplo, quais as atividades de proteção que fazem parte dela.
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São elas:
1) Vigilância Patrimonial
Esta prática ocorre dentro dos limites dos estabelecimentos situados nas cidades
ou nos ambientes rurais, sendo públicos ou privados.
O objetivo da vigilância patrimonial é garantir a segurança física das pessoas, a
integridade do patrimônio, além de isentá-las de qualquer perigo.
2) Segurança Pessoal
É a atividade exercida com o objetivo de proteger a segurança física de pessoas.
Os profissionais (vigilantes) podem trabalhar com armamento e equipamentos
que os auxiliem nesta proteção.
3) Escolta armada
Esta função tem o objetivo de oferecer segurança e proteção no transporte de
qualquer tipo de carga ou de valores.
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Na escolta armada, o trabalho é feito por quatro profissionais, incluindo o
motorista. No caso de escolta de cargas de baixo valor, o contratante poderá optar por
dois vigilantes por veículo.
Os profissionais podem trabalhar com armamento e equipamentos que os
auxiliem nesta proteção. Além disso, o transporte deve ser feito em veículo com quatro
portas, que possua sistema de comunicação e identificação externa.
4) Transporte de valores
O transporte de valores tem como propósito fornecer segurança e proteção no
transporte de numerários, ou seja, qualquer moeda que tenha validade legal, dinheiro e
bens.
O transporte é realizado através da utilização de veículos que podem ser comuns
ou com alterações especiais para esta atividade, como, por exemplo, carros fortes
utilizados para transportes de dinheiro.
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Segundo o autor Marcelo Ulisses, “as empresas de segurança buscam
profissionais obedecendo alguns requisitos.
São eles:
1) Requisitos legais: para a realização do curso profissionalizante, o
candidato deve cumprir com o que determina a legislação, como possuir
sanidade física e mental, atestadas através de exame médico e psicológico, não
possuir antecedentes criminais e estar quite com as obrigações militares e
eleitorais, além da comprovação da escolaridade mínima exigida.
2) Características curriculares: estas características serão avaliadas pelos
profissionais de recrutamento e seleção das empresas especializadas, que vão
analisar desde o conhecimento básico de informática até a fluência de outro
idioma, dependendo da oportunidade.
3) Características comportamentais: consideradas as mais importantes
pelos entrevistadores e a principal vilã para os candidatos reprovados, pois a
atividade de segurança exige que o candidato apresente traços comportamentais
que constituem a imagem de alguém do qual todos esperam o melhor. Entre as
principais características podemos ressaltar: o equilíbrio emocional, a pró-
atividade, o bom senso e a força de presença”.
Fonte:
http://www.catho.com.br/carreira-sucesso/colunistas/marcelo-ulisses/seguranca-
privada-formacao-oportunidades-e-carreira
Dentro da área de atuação de segurança privada, existe o chamado “dignitário”
(pessoa que exerce um cargo elevado), também denominado “VIP” (Very Important
Person), ou seja, é considerada uma pessoa que possui um grau de importância e de
visibilidade relevante, pois precisa de escolta e proteção. O segurança particular,
normalmente, tem a função de protegê-la das seguintes situações:
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� Atentados com finalidade econômica, ou seja, uma organização criminosa que
tem como objetivo sequestrar o “VIP”, visando o resgate e uma vantagem
financeira;
� Atentados com objetivos políticos, ou seja, organizações com vínculo político e
ligadas à oposição do “VIP”, que visam desmoralizá-lo(a) com ofensas verbais
ou morais e até mesmo praticar agressões físicas.
2.2 – O mercado de trabalho
Quando falamos em Brasil, podemos ressaltar que atualmente há um número
aproximado de dois milhões de vigilantes em atuação no mercado, ou seja, a segurança
privada constitui e reflete uma tendência que tem crescido no mundo inteiro, inclusive
no Brasil.
Tanto o Governo quanto a sociedade já se conscientizaram que o Estado não
consegue dar conta de toda a responsabilidade com a segurança pública e patrimonial.
Partindo da constante necessidade de se complementar a segurança pública e dar mais
segurança às pessoas, surge a chamada segurança privada, complementando e
auxiliando a segurança pública na prevenção de crimes e atentados contra a vida.
É importante destacar que cabe ao profissional de segurança privada
desempenhar seu ofício de proteger e zelar pelo patrimônio e pela vida das pessoas da
melhor maneira possível.
Com a ocorrência de grandes eventos, o Brasil tem uma crescente demanda por
segurança tanto pública quanto privada e a oferta de vagas neste setor tende a crescer
substancialmente.
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Podemos citar como exemplo a Copa do Mundo 2014, onde a segurança dos
estádios e dos pontos de treinamento foi feita pela segurança privada, pois era
necessária uma segurança discreta, eficaz e preparada para possíveis confrontos.
A previsão é que diante da necessidade de profissionais qualificados em
segurança nas áreas de eventos, nos espaços públicos, nos transportes coletivos, entre
outras áreas, a atuação da segurança privada seja substancialmente aumentada.
Quando falamos em jornada de trabalho de um segurança pessoal, sabe-se que é
comum trabalhar 12 horas por dia com intervalos de 36 horas de descanso.
É necessário obter diversas condições técnicas essenciais para ser um segurança
profissional, veja alguns exemplos:
1. Ser capaz de obedecer e cumprir ordens e decisões dos superiores, mesmo que
estas não estejam compatíveis com suas ideias e propósitos;
2. Obter conhecimento dos diversos tipos de armamento (manejo, alcance, entre
outros);
3. Ser capaz e ter a responsabilidade de assumir as consequências de seus atos,
ainda que estes possam lhe oferecer prejuízos;
4. Possuir a capacidade de respeitar e cumprir as normas, os regulamentos e as leis
que regem a atividade de segurança;
5. Ser capaz de tomar atitudes e decisões rapidamente em diferentes situações,
obedecendo os procedimentos e os preceitos legais;
6. Ser capaz de observar, memorizar e descrever todas as fontes de risco com
exatidão e detalhamento;
7. Ter a capacidade de orientar, coordenar, e controlar as ações de um grupo;
8. Ter o conhecimento das normas, dos regulamentos e das leis que regem a
atividade de segurança;
9. Ser capaz de reagir diante de situações inesperadas e complicadas;
10. Ter conhecimentos de manutenção e de manejo das armas que for utilizar;
11. Ter o curso específico para o cargo no qual deseja trabalhar;
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12. Ter capacidade de enfrentar situações difíceis e perigosas;
13. Ter bom nível cultural e intelectual;
14. Ter bom condicionamento físico;
15. Ter boa apresentação pessoal;
16. Ter capacidade de trabalhar sozinho e em equipe;
17. Ter noções de defesa pessoal;
18. Ter noções de primeiros socorros;
19. Ter noções de combate a incêndio;
20. Ter conhecimentos de direção ofensiva e defensiva;
21. Conhecer e saber aplicar as técnicas preventivas na área de segurança;
22. Respeitar os princípios éticos e humanos na aplicação da segurança privada.
2.3 – Formação complementar
Nos dias atuais, as atividades profissionais, de modo geral, tornaram-se cada vez
mais técnicas, visto que em um mundo globalizado, informatizado e em constante
crescimento não há espaço para profissionais amadores e sem qualificação.
Vale lembrar que a questão do preparo físico também é fundamental nesta
profissão, visto que, em alguns casos, o segurança chega a carregar equipamentos
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pesando 40 kg ou mais, além da vestimenta como botas e colete à prova de balas que
dificultam seus movimentos.
Quando falamos em preparação física, algumas questões são levadas em
consideração para um exercício eficaz da atividade de segurança. São elas:
Flexibilidade
É preciso possuir uma ampla capacidade de movimentos das diferentes partes do
corpo e isto depende tanto da mobilidade articular quanto da elasticidade muscular. O
treinamento da flexibilidade deve ser baseado em sessões frequentes e seguidas de
aquecimento. Uma boa flexibilidade reflete em maior agilidade, força e velocidade,
além de auxiliar na prevenção de lesões e contusões.
Força dinâmica
Neste caso, a força dinâmica pode ser caracterizada como a força em
movimento, ou seja, é o valor máximo de força que uma pessoa pode desenvolver em
determinado movimento.
Força estática
Esta força ocorre quando a força muscular se iguala à resistência e, desta forma,
não há movimento.
Força explosiva
A força explosiva é a capacidade que a pessoa apresenta de exercer o máximo de
energia em uma única ação. É chamada também de força de velocidade, onde os
movimentos de força precisam ser feitos com o máximo de velocidade.
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Resistência muscular localizada
Esta resistência permite realizar a repetição de determinado movimento com a
mesma eficiência.
Resistência anaeróbia
A resistência anaeróbia permite suportar uma atividade física em uma situação
de diminuição do oxigênio.
Resistência aeróbia
Esta resistência consiste em sustentar um exercício, proporcionando um ajuste
cardiorrespiratório e hemodinâmico global ao esforço.
Velocidade de movimentos
Obter velocidade de movimentos é ter a capacidade máxima de deslocar-se de
um ponto para outro. Esta habilidade depende de três fatores, como: a amplitude de
movimentos, a força dos grupos musculares e a eficiência do sistema neuromotor.
Velocidade de reação
A velocidade de reação é a associação entre um estímulo e a resposta
correspondente.
Agilidade
Com agilidade, é possível mudar a posição do corpo no menor tempo possível.
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Equilíbrio
O equilíbrio auxilia o profissional a manter-se projetado no centro de gravidade
dentro da área de superfície de apoio.
Descontração
A descontração é responsável por colaborar para a eficiência mecânica dos
gestos através de impulsos neuromusculares.
Coordenação
A coordenação auxilia na realização do movimento de forma satisfatória, com o
máximo de eficácia e de economia de esforços.
Os profissionais ligados à segurança precisam estar conscientes e devidamente
treinados em relação ao Uso Progressivo da Força (UPF). De acordo com o curso de
extensão em equipamentos não letais, disponibilizado pela Polícia Federal, é necessário
que os profissionais sigam alguns critérios para a realização de suas atividades. Abaixo,
veremos alguns exemplos:
1. Conceituar e identificar o uso da força, bem como seus princípios norteadores;
2. Conhecer as legislações sobre o uso da força, sua legalidade e as consequências
jurídicas no uso incorreto e inadequado;
3. Avaliar a necessidade de uso da arma de fogo;
4. Lembrar do modelo básico do uso da força;
5. Recordar e atualizar as definições, as características, as propriedades do agente
químico e das armas de choque, bem como os seus efeitos sobre o organismo;
6. Entender as condições técnicas de emprego das granadas de mão não-letais de
emissão lacrimogênea e de sinalização em situações diversas;
7. Conhecer as diversas munições não letais de impacto e as características
técnicas de cada uma;
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8. Identificar as distâncias de utilização dos equipamentos;
9. Efetuar a execução do tiro não letal (elastômero) nas diversas situações;
10. Identificar a máscara de proteção contra gás e conhecer suas respectivas
finalidades;
11. Conhecer as principais características concernentes ao aparelho respiratório
humano;
12. Utilizar a máscara em atmosfera contaminada com agente lacrimogêneo;
13. Experimentar as variáveis possíveis de colocar e tirar a máscara;
14. Compreender os cuidados referentes ao manuseio, ao transporte, à conservação
e à higienização da máscara contra gás.
Fonte: http://www.dpf.gov.br/servicos/seguranca-privada
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Conclusão do Módulo I
Parabéns! Você chegou ao fim do Módulo I!
Para passar para o próximo módulo, você deverá realizar a avaliação referente ao
primeiro. Essa avaliação encontra-se em sua sala de aula virtual. Fique tranquilo(a) e só
faça a avaliação quando se sentir preparado(a)!
Desejamos um bom estudo, boa sorte e boa avaliação!
Até breve!