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PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO
Introdução
Relembrando...
As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um
conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a
aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação.
Utilizamos as sequências didáticas em Língua Portuguesa para ensinar os alunos a dominar um
gênero textual de forma gradual, passo a passo. Ao organizar uma sequência didática, o professor pode
planejar etapas do trabalho com os alunos, de modo a explorar diversos exemplares desse gênero, estudar as
suas características próprias e praticar aspectos de sua escrita antes de propor uma produção escrita final.
Outra vantagem desse tipo de trabalho é que leitura, escrita, oralidade e aspectos gramaticais são trabalhados
em conjunto, o que faz mais sentido para quem aprende.
Para realizar as sequências didáticas é preciso ter alguns conhecimentos sobre o gênero que se quer
ensinar e conhecer bem o grau de aprendizagem que os alunos já têm desse gênero. Isso é necessário para
que seja organizada de tal maneira que não fique nem muito fácil, o que desestimulará os alunos porque não
encontrarão desafios, nem muito difícil, o que poderá desestimulá-los a iniciar o trabalho e envolver-se com
as atividades. Outra necessidade desse tipo de trabalho é a realização de atividades em duplas e grupos, para
que os alunos possam trocar conhecimentos e auxiliar uns aos outros.
Devido ao sucesso da primeira apostila de Sequências Didáticas, elaborada em Julho de 2012, nos
propomos a dar continuidade ao trabalho, utilizando aqui, novos gêneros textuais. Nossa intenção é dar
suporte aos professores de Língua Portuguesa e a apostila é apenas uma sugestão. Cada professor pode e
deve acrescentar, retirar, modificar as atividades para adequá-las a sua turma e sua realidade.
Para organizar o trabalho com um gênero textual em sala de aula, sugerimos a seguinte sequência
didática:
1. Apresentação do gênero.
2. Partir do conhecimento prévio dos alunos.
3. Contato inicial com o gênero textual em estudo.
4. Produção do texto inicial.
5. Ampliação do repertório sobre o gênero em estudo, por meio de leituras e análise de textos do
gênero.
6. Produção do texto final.
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Conto Maravilhoso
O conto tem origem antiga. Liga-se ao desejo de contar e ouvir histórias inerente à natureza humana
e manifesta-se precocemente na História. Vem das narrativas orais dos antigos povos nas noites de luar,
passa pelas narrativas dos bardos gregos e romanos, pelas lendas orientais, pelas parábolas bíblicas, pelas
novelas medievais italianas, pelas fábulas francesas e chega até nós, em livros, como hoje o conhecemos.
Em sua trajetória, o conto vestiu-se de inúmeras roupagens, resultando numa riqueza de tipos de
difícil classificação. É comum encontrarmos antologias que reúnem contos por nacionalidade: o conto
brasileiro, o conto russo, o conto francês, etc.; ou por regiões: o conto brasileiro do Norte, do Sul, etc.; ou
por subgêneros: contos maravilhosos, fantásticos, de terror, de mistério, policiais, de amor, de ficção
científica, ou por outras classificações: o conto tradicional, o conto moderno, o conto contemporâneo, etc.
Os contos de fadas clássicos – ―Cinderela‖, ―Branca de Neve‖, ―Chapeuzinho Vermelho‖ – estão
entre as primeiras histórias que conhecemos na infância. Com sua magia e seus prodígios, lançaram sobre
nós um encantamento inesquecível, capaz de durar a vida inteira. Todos terminam com a frase ―e viveram
felizes para sempre‖ – na qual acreditamos piamente. Seu otimismo, a constante vitória dos bons sobre os
maus, o triunfo dos humildes sobre os orgulhosos nos infundem esperança. No entanto, os contos de fadas
são muito mais que as simples realização de nossas fantasias. Seus heróis e heroínas conquistam a felicidade
só depois de superar muitos obstáculos e enfrentar duras tribulações.
Ao cruzar a fronteira do ―Era um vez...‖, entramos num mundo em que como nos sonhos, a realidade
se transforma. De repente os animais falam, e como o Gato de Botas, ainda são muito mais espertos que os
seres humanos.
Paralelamente a esse mundo em que tudo parece estar de pernas para o ar, os contos de fadas reúnem
elementos vitais, eternos, mágicos, que tem o dom de transformar uma abóbora em carruagem ou de fazer
uma princesa dormir durante cem anos. No plano da imaginação basta pensar em algo para concretizá-lo.
O conto maravilhoso ou de fadas, caracteriza-se por iniciar-se pela expressão Era uma vez... e por
apresentar inicialmente uma falta ou algum malfeito praticado por alguém; quase sempre termina bem; pode
ou não ter interferência de seres encantados (fadas, bruxas, duendes); apresenta quase sempre algumas
situações típicas, como o herói ou a heroína distanciar-se do lar, adentrar uma floresta ou bosque, cair numa
armadilha, lutar contra um vilão, vencê-lo, etc.
Características:
Fatos que acontecem no passado.
Tempo impreciso.
Narrador observador.
Ações conforme as características que as personagens representam. (herói – bom / vilão –
mau)
Contém um ensinamento.
Organização do Texto (ver apostila de Sequências Didáticas I – pág.3)
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Pequetito
Era uma vez um casal que só depois de muito esperar e pedir aos deuses conseguiu ter um filho. O
menino nasceu com saúde e era bem bonito, mas nunca cresceu, e por isso recebeu o nome de Pequetito.
Quando chegou a hora de mandá-lo conhecer o mundo, seus pais lhe deram uma agulha para lhe
servir de espada, uma cuia de comer arroz para ser seu barco e um par de palitos para fazer as vezes de
remos.
Assim equipado, Pequetito partiu, navegando até a capital, Quioto, onde foi ter ao casarão de uma
família que se encantou com ele e o convidou para morar ali.
Um dia Pequetito viajou com a filha de seus anfitriões, uma linda jovem que gostava muito dele. No
caminho um ogro os atacou, dizendo que queria raptar a moça. ―Primeiro vai ter que lutar comigo!‖, o
corajoso rapaz exclamou, brandindo a agulha.
O ogro riu, agarrou-o e sem perda de tempo o engoliu.
Lá no estômago do ogro, Pequetito o espetou tanto com sua agulha que o malvado papão o cuspiu
fora. Assim que se viu livre, o moço lhe furou os olhos com a agulha. O ogro gritou de dor e correu,
deixando cair um pequeno objeto de metal. ―É um martelo mágico que realiza desejos‖, a jovem explicou.
―Então me dê uma martelada, para ver se me faz crescer‖, o rapaz falou. A filha de seus anfitriões lhe
martelou a cabeça com toda a força... e Pequetito se transformou num samurai alto e garboso, com quem ela
logo se casou. Livro: Volta ao mundo em 52 histórias. Narração de Neil Philip. Ilustração de Nilesh Mistry. 2ª edição. 2010
Atividades
1. Com relação ao gênero e a sua estruturação, responda:
a) Qual é o gênero textual?
b) Qual é o tipo discursivo?
c) Qual é o domínio discursivo desse gênero?
d) Qual é a sua finalidade/função sócio-comunicativa/para que serve/objetivo?
e) Quais são as principais características?
f) Qual é o público-alvo desse texto?
2. Qual é o tema e o assunto do texto?
3. O que Pequetito recebeu antes de viajar pelo mundo?
4. Por que motivo ele recebeu esses objetos?
5. Em que país e época se passa a história?
6. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―Um dia Pequetito viajou com a filha de seus anfitriões...‖ (l. 8) _________________________
b) ―... o corajoso rapaz exclamou, brandindo a agulha.‖ (l. 9,10) _________________________
c) ―...se transformou num samurai alto e garboso...‖ (l. 16) _________________________
7. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato:
a) ( ) ―O menino nasceu com saúde...‖ (l.2)
b) ( ) ―...e era bem bonito‖ (l.2)
c) ( ) ―... um ogro os atacou...‖ (l.9)
d) ( ) ―... o moço lhe furou os olhos com a agulha.‖ (l.13)
e) ( ) ―... uma linda jovem que gostava...‖ (l.8)
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8. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo:
a) ―... depois de muito esperar e pedir aos deuses conseguiu ter um filho.‖ (l.1) __________ / __________
b) ―... nasceu com saúde e era bem bonito...‖ (l.2) _____________
c) ―... mas nunca cresceu, e por isso recebeu o nome de Pequetito.‖ (l.2) _____________ / _____________
d) ―Quando chegou a hora de mandá-lo conhecer o mundo...‖ (l.3) _____________
e) ―... um par de palitos para fazer as vezes de remos.‖ (l.4) _____________
f) ―...onde foi ter ao casarão...‖ (l.6) _____________
g) ―... o convidou para morar ali.‖ (l.7) _____________
h) ―Pequetito o espetou tanto com sua agulha...‖ (l.12) _____________
i) ―Então me dê uma martelada...‖ (l.15) _____________
j) ―... com quem ela logo se casou.‖ (l.16,17) _____________
9. Qual a consequência para Pequetito ao derrotar o ogro?
10. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem:
a) ―Quando chegou a hora de mandá-lo conhecer o mundo...‖ (l.3) _____________
b) ―... seus pais lhe deram uma agulha...‖ (l.3) _____________
c) ―... uma cuia de comer arroz para ser seu barco...‖ (l.4) _____________
d) ―... uma família que se encantou com ele...‖ (l.7) _____________ / _____________
e) ―... uma linda jovem que gostava muito dele.‖ (l.8) _____________ / _____________
f) ―No caminho um ogro os atacou...‖ (l.8,9) _____________
g) ―... dizendo que queria raptar a moça.‖ (l.9) _____________
h) ―... o corajoso rapaz exclamou...‖ (l.10) _____________
i) ―... Pequetito o espetou tanto com sua agulha que o malvado papão o cuspiu...‖ (l.12) _____________ /
____________ / ____________
11. Analise as situações abaixo:
a) Se a personagem da história fosse do gênero feminino, como ficaria esta frase: ―O menino nasceu com
saúde e era bem bonito...‖ por quê?
b) ―No caminho um ogro os atacou, dizendo que queria raptar a moça.‖ Essa frase apresenta ações narradas
no passado, como ficaria se fosse narrada no presente do indicativo?
12. Qual é o conflito gerador do enredo?
13. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal?
a) ―O menino nasceu com saúde e era bem bonito...‖ (l.10)
b) ―No caminho um ogro os atacou...‖ (l.8,9)
c) ―Pequetito se transformou num samurai alto e garboso...‖ (l.16)
d) ―O ogro gritou de dor e correu...‖ (l.13)
14. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor:
a) ―Primeiro vai ter que lutar comigo!‖ – Aspas:__________________ Exclamação: _________________
b) ―A filha de seus anfitriões lhe martelou a cabeça com toda a força...‖ Reticências: __________________
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Produção Inicial
O conto que você acabou de estudar se parece com algum outro que você já tenha lido ou que alguém
já tenha contado a história para você?
Bom, agora é sua vez de usar a criatividade! Escolha um Conto Maravilhoso que você conheça bem a
história e faça como o autor. Reconte, de acordo com sua realidade, mas prevalecendo a essência e as
características do conto escolhido. Não se esqueça do título!
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O príncipe adormecido
Era uma vez um rei que tinha uma filha que era toda a sua alegria e, quando precisou partir para a
guerra, ficou muito preocupado com a princesa. Percebendo sua aflição, ela lhe disse: ―Vá em paz, meu pai,
e volte em paz. Estarei aqui, esperando por você‖.
Depois que o rei partiu, a princesa passava os dias junto à janela, bordando um lenço para ele. Uma
tarde uma águia dourada se aproximou da janela e falou: ―Borde, Alteza! Há de se casar com um morto‖.
―O que quer dizer com isso?‖, ela perguntou, espantada.
―Monte em meu dorso e saberá‖, a águia respondeu, carregando-a para um lugar muito distante, onde
a deixou perto de um poço.
A princesa desceu no poço e lá no fundo encontrou um príncipe que jazia na cama, tendo a seu lado
uma placa: ―Se tiver piedade de mim, vele-me por três meses, três semanas e três dias. Quando eu espirrar,
diga: ―Deus o abençoe e lhe dê longa vida!‖. Então acordarei e me casarei com você‖.
A princesa sentou à cabeceira do jovem e velou-o por três meses e três semanas. Todos os dias, ao
despertar, encontrava uma bandeja de comida e água, mas nunca via ninguém.
Certa manhã escutou uma moça perguntando: ―Quem precisa de empregada?‖.
Mais que depressa, chamou-a: ―Ei, olhe para baixo!‖. Como a jovem parecia bondosa, contratou seus
serviços e lhe contou tudo sobre o príncipe adormecido.
As duas passaram o dia conversando, e à noite a moça falou: ―Agora vá dormir. Ficarei velando e, se
ele espirrar, eu a acordarei‖.
Assim que a princesa adormeceu, o rapaz espirrou, e a criada pronunciou as palavras decisivas:
―Deus o abençoe e lhe dê longa vida!‖.
O jovem acordou e abraçou, não cabendo em si de felicidade.
―Você me libertou de um encantamento e será minha esposa.‖ Pouco depois viu a princesa dormindo
no chão e perguntou: ―Quem é?‖.
―É minha empregada‖, a moça explicou.
―Deixe a coitadinha dormir em paz e, de manhã, mande-a cuidar dos gansos.‖
Quando a princesa despertou, a criada lhe disse: ―O príncipe acordou e falou que quer se casar
comigo e que de hoje em diante você tem que cuidar dos gansos‖.
Naquela tarde o rapaz reuniu as duas e perguntou a cada uma delas que presente gostaria de ganhar.
―Uma coroa de diamantes‖, a empregada declarou. ―A pedra do moinho da paciência, a corda do carrasco e
o facão do açougueiro‖, respondeu a princesa.
O príncipe lhes deu o que queriam e logo mais, à noite, passou perto do quarto da guardadora de
gansos e ouviu a pobrezinha contando seus infortúnios aos objetos que ganhara.
―O que devo fazer?‖, ela perguntou a cada um, no fim do relato.
―Tenha paciência‖, a pedra do moinho respondeu.
―Corte a garganta‖, o facão sugeriu.
―Enforque-se!‖, aconselhou a corda.
Nesse momento o príncipe entrou correndo no quarto. ―Não faça nada disso!‖, gritou. ―Você é minha
verdadeira noiva, e a outra moça não passa de uma mentirosa. É ela que deve morrer na forca!‖
―Não‖, a princesa falou. ―Ela quis me prejudicar, mas deixe-a ir embora. Apenas me leve para a casa
de meu pai e se case comigo‖.
Livro: Volta ao mundo em 52 histórias. Narração de Neil Philip. Ilustração de Nilesh Mistry. 2ª edição. 2010
Atividades
1. Qual é o tema e o assunto do texto?
2. Por que a princesa saiu da casa de seu pai?
3. O que a princesa fazia para passar os seus dias?
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4. A princesa cumpriu a promessa que fez ao seu pai quando ele foi para a guerra? Justifique.
5. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―Monte em meu dorso e saberá...‖ (l. 7) _________________________
b) ―... encontrou um príncipe que jazia na cama...‖ (l. 9) _________________________
c) ―... ouviu a pobrezinha contando seus infortúnios...‖ (l. 32) _________________________
6. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato:
a) ( ) ―... a princesa passava os dias junto à janela...‖ (l.4)
b) ( ) ―... ficou muito preocupado com a princesa.‖ (l.2)
c) ( ) ―... velou-o por três meses e três semanas.‖ (l.12)
d) ( ) ―Como a jovem parecia bondosa...‖ (l.15)
e) ( ) ―Deixe a coitadinha dormir em paz...‖ (l.25)
7. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo:
a) ―... quando precisou partir para a guerra...‖ (l.1) __________
b) ―... uma águia dourada se aproximou da janela e falou:‖ (l.5) _____________
c) ―... onde a deixou perto de um poço.‖ (l.7,8) _____________
d) ―... lá no fundo encontrou um príncipe...‖ (l.9) _____________
e) ―... se tiver piedade de mim...‖ (l.10) _____________
f) ―... então acordarei e me casarei com você.‖ (l.11) _____________/ ______________
g) ―... mas nunca via ninguém.‖ (l.13) _____________
h) ―... como a jovem parecia bondosa...‖ (l.15) _____________
i) ―... pouco depois viu a princesa...‖ (l.22) _____________
j) ―... ficou muito preocupado com a princesa.‖ (l.2) _____________
k) ―Apenas me leve para casa...‖ (l.39) _____________
8. Qual foi a consequência para princesa por ter saído de perto do príncipe e dormido?
9. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem:
a) ―Estarei aqui esperando por você...‖ (l.3) _____________
b) ―... ela perguntou, espantada.‖ (l.6) _____________
c) ―... tendo a seu lado uma placa:‖ (l.9,10) _____________
d) ―Deus o abençoe e lhe dê longa vida!‖ (l.11) _____________
e) ―... mande-a cuidar dos gansos.‖ (l.25) _____________
f) ―O príncipe acordou e falou que quer se casar comigo...‖ (l.26,27) _____________
g) ―O príncipe lhes deu o que queriam...‖ (l.31) _____________
h) ―É ela que deve morrer na forca.‖ (l.38) _____________
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10. Analise as situações abaixo:
a) Se a personagem da história fosse do gênero masculino, como ficaria esta frase: ―A princesa desceu à
cabeceira do jovem e velou-o por três meses...‖ por quê?
b) Neste trecho a seguir, ―A princesa desceu no poço e lá no fundo encontrou um príncipe que jazia na
cama, tendo a seu lado uma placa:‖ (l.9,10), encontram-se ações ocorridas no passado, se mudássemos
para o presente do indicativo, sofreria alteração? Como ficaria a frase? Justifique.
11. Qual é o conflito gerador do enredo?
12. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal?
a) ―... a princesa passava os dias junto à janela, bordando um lenço para ele‖. (l. 4)
b) ―... a princesa desceu no poço e lá no fundo encontrou um príncipe que jazia na cama...‖ (l. 9)
c) ―... o jovem acordou e abraçou, não cabendo em si de felicidade.‖ (l. 21)
d) ―... o príncipe lhes deu o que queriam...‖ (l. 31)
13. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor:
a) ―Agora vá dormir. Ficarei velando e, se ele espirrar, eu a acordarei‖ (l. 17, 18) Aspas _____________.
b) ―Não faça nada disso! (l. 37) Exclamação ________________.
c) ―O que devo fazer?‖ (l. 33) Interrogação _________________.
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A alma e o coração da baleia Era uma vez um corvo muito bobo e convencido que voou para bem longe e foi parar no mar.
Exausto de tanto bater as asas, procurou um lugar para descansar, mas não avistou nenhum pedaço de terra
no meio de toda aquela água. ―Vou morrer afogado‖, suspirou, já sem forças para continuar voando.
Nesse exato momento uma enorme baleia subiu à tona, e o corvo, sem pensar duas vezes, mergulhou
naquela bocarra aberta.
Foi parar na barriga da baleia, onde, para seu espanto, deparou-se com uma casa muito limpa e
confortável, bem iluminada e quentinha.
Uma jovem estava sentada na cama, segurando uma lanterna. ―Fique à vontade‖, disse ela
amavelmente. ―Mas, por favor, nunca toque em minha lanterna.‖ O corvo, feliz da vida, prometeu que
jamais faria tal coisa.
A moça parecia inquieta. A todo instante se levantava, ia até a porta e voltava a sentar na cama.
―Algum problema?‖, o corvo perguntou. ―Não...‖, ela respondeu. ―É só a vida... A vida e o ar que se
respira.‖
O corvo estava morrendo de curiosidade. Assim, quando a jovem foi até a porta, resolveu tocar na
lanterna para ver o que acontecia. E aconteceu que a moça caiu estatelada na sua frente e a luz se apagou.
O mal estava feito. A casa ficou fria e escura, o cheiro de gordura e sangue deixou o corvo enjoado.
Inutilmente ele procurou a porta para sair dali e, cada vez mais nervoso, começou a se coçar de tal modo que
arrancou todas as penas. ―Agora é que vou morrer congelado‖, choramingou, tremendo até os ossos.
A moça era a alma da baleia, que a impelia para a porta toda vez que enchia os pulmões de ar. Seu
coração era a lanterna acesa.
Quando o corvo a tocou, a chama se extinguiu. Agora a baleia estava morta e guardava em seu
interior o pássaro intrometido.
Depois de muito chorar e pensar, o corvo finalmente conseguiu sair das escuras entranhas e sentou
no dorso daquele imenso defunto.
Ensebado, sujo, depenado, era uma tristíssima figura.
A baleia morta ficou flutuando no mar até que desabou uma tempestade e as ondas a empurraram
para a praia. Quando a chuva parou, alguns pescadores saíram para trabalhar e viram a baleia. O corvo
também os viu e se transformou num homenzinho feio e estropiado.
Então, em vez de confessar que se intrometera onde não fora chamado e destruíra algo de belo que
não conseguira compreender, pôs-se a gritar: ―Eu matei a baleia! Matei a baleia!‖. E assim se tornou um
grande homem entre seus pares.
Livro: Volta ao mundo em 52 histórias. Narração de Neil Philip. Ilustração de Nilesh Mistry. 2ª edição. 2010
Atividades
1. Qual é o tema e o assunto do texto?
2. Por que o corvo estava exausto?
3. Onde e como o corvo encontrou abrigo?
4. O corvo cumpriu a promessa que fez à moça de jamais tocar em sua lanterna? Justifique.
5. O que aconteceu com o corvo depois que ele tocou na lanterna?
6. Qual a relação que existe entre a moça e a baleia?
7. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―... mergulhou naquela bocarra aberta.‖ (l.5) ______________.
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PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO
b) ―... caiu estatelada na sua frente...‖ (l.15) ______________.
c) ―... ensebado, sujo, depenado...‖ (l.25) ______________.
d) ―... transformou num homenzinho feio e estropiado.‖ (l.28) ______________.
8. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato:
a) ( ) ―...um corvo muito bobo e convencido que voou para bem longe...‖ (l.1)
b) ( ) ―foi parar na barriga da baleia...‖ (l.6)
c) ( ) ―uma jovem estava sentada na cama...‖ (l.8)
d) ( ) ―...transformou num homenzinho feio...‖ (l.28)
e) ( ) ―...sentou no dorso daquele imenso defunto...‖ (l.23,24)
f) ( ) ―...alguns pescadores saíram para trabalhar...‖ (l.27)
g) ( ) ―... uma casa muito limpa e confortável...‖ (l.6,7)
9. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo:
a) ―... mas não avistou nenhum pedaço de terra...‖ (l.2) __________.
b) ―foi parar na barriga da baleia, onde, para seu espanto, deparou-se...‖ (l.6) __________.
c) ―...bem iluminada e quentinha...‖ (l.7) __________ / _____________.
d) ―...disse a ela amavelmente...‖ (l.8,9) __________.
e) ―...quando a jovem foi até a porta...‖ (l.14) __________.
f) ―...ele procurou a porta para sair dali e, cada vez mais nervoso...‖ (l.17) __________ / ___________.
g) ―...então, em vez de confessar que se intrometera...‖ (l.29) __________.
10. Qual foi a consequência para o corvo depois de ter tocado na lanterna?
11. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem:
a) ―... deparou-se com uma casa...‖ (l.6) ___________.
b) ―... disse ela amavelmente...‖ (l.8,9) ___________.
c) ―... prometeu que jamais faria tal coisa...‖ (l.9,10) ___________.
d) ―a todo instante se levantava...‖ (l.11) ___________.
e) ―... ele procurou a porta para sair...‖ (l.17) ___________.
f) ―quando o corvo a tocou...‖ (l.21) ___________.
g) ―... as ondas a empurraram para a praia.‖ (l.26,27) ___________.
h) ―o corvo também os viu e se transformou...‖ (l.27,28) ___________.
12. Analise a frase abaixo:
a) Se a personagem da história fosse do gênero feminino, como ficaria esta frase: ―Ensebado, sujo,
depenado, era uma tristíssima figura...‖ (l.25) por quê?
13. Qual é o conflito gerador do enredo?
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PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO
14. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal?
a) ―... um corvo muito bobo e convencido que voou para bem longe‖. (l.1)
b) ―... uma enorme baleia que subiu à tona...‖ (l. 4)
c) ―...uma jovem sentada na cama, segurando uma lanterna...‖ (l. 8)
d) ―...a casa ficou fria e escura...‖ (l. 16)
15. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor:
a) ―Vou morrer afogado.‖ (l.3) ____________.
b) ―Não...‖ (l.12) ____________.
c) ―É só a vida...‖ (l.12) ____________.
d) ―Eu matei a baleia! (l.30) ____________.
16. No trecho ―... seu coração era a lanterna‖. (l.19,20) encontra-se:
a) Uma personificação
b) Uma metáfora
c) Uma ironia
d) A suavização de uma idéia
17. Que sentido o autor quis ressaltar com o uso do diminutivo na frase ―...bem iluminada e quentinha‖
(l. 7) e na frase ―...se transformou em um homenzinho feio...‖ (l. 28).
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Produção Final
No último conto, A alma e o coração da baleia, o autor utiliza a metáfora para ligar partes da baleia a
objetos inanimados. O uso dessa figura da linguagem dá ao texto muita expressividade e beleza.
Elabore um conto onde um animal, assim como no texto anterior, também possua características ligadas
às partes do seu corpo e a objetos inanimados. Utilize toda a sua criatividade! Você é capaz.
Não se esqueça do título!
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PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO
Conto de Terror
O conto de terror é um subgênero e caracteriza-se por apresentar uma ação que se desenvolve em
lugares distantes, o que confere à narrativa um ―tom estrangeiro‖; os ambientes retratados são sombrios,
noturnos, macabros, mórbidos, povoados por indivíduos melancólicos, pessimistas, sem perspectivas,
decadentes. As personagens entregam-se a todo tipo de vícios e apresentam, geralmente, narrador-
protagonista.
A narrativa se estrutura de forma a criar expectativa e suspense; os temas abordados são fantásticos,
privilegiando os satânicos: violência, assassinatos, incestos, vinganças, doenças, necrofilia.
O terror, por sua vez, traz o sentimento muito intenso de medo, em que o indivíduo já não consegue
pensar de forma racional.
Um conto de terror é uma narrativa ficcional que visa provocar sentimentos aterrorizantes no leitor.
Geralmente está vinculado às temáticas, como morte, espíritos malignos e bestas sobrenaturais.Pode ter um
fim moralizante, isto é, assustar o leitor para que este evite adotar certas condutas ou determinado atos.
Os contos de terror a seguir são do autor Edgar Allan Poe, escritor, poeta, editor e crítico literário.
Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores
americanos de contos e é considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por
contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido a
tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difícil.
Ele nasceu em Boston, Massachusetts.
Organização do Texto (ver apostila de Sequências Didáticas I – pág.3)
Que tal fazermos
uma pesquisa para
conhecermos
melhor esse autor?
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PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO
Silêncio
Escuta – disse o demônio, pousando a mão sobre a minha cabeça. – O país de que te falo é um país
lúgubre, na Líbia, às margens do rio Zaire. E ali não há repouso nem silêncio. As águas do rio, amarelas e
insalubres, não correm para o mar, mas palpitam sempre sob o olhar ardente do Sol, com um movimento
convulsivo. De cada lado do rio, sobre as margens lodosas, estende-se ao longe um deserto sombrio de
gigantescos nenúfares, que suspiram na solidão, erguendo para o céu os longos pescoços espectrais e
meneando tristemente as cabeças sempiternas. E do meio deles sai um sussurro confuso, semelhante ao
murmúrio de uma torrente subterrânea. E os nenúfares, voltados uns para os outros, suspiram na solidão. [...]
Era noite e a chuva caía enquanto caía, era água, mas quando chegava ao chão era sangue! E eu
estava na planície lodosa, por entre os nenúfares, vendo a chuva que caía sobre mim. E os nenúfares
voltados uns para os outros suspiram na solenidade da sua desolação.
De repente apareceu a lua através do nevoeiro fúnebre vinha toda carmesim! E o meu olhar caiu
sobre um rochedo enorme, sombrio, que se erguia a borda do Zaire, refletindo a claridade da lua; era um
rochedo sombrio sinistro de uma altura descomunal!
Sobre o seu cume estavam gravadas algumas letras. Caminhei através dos pântanos de nenúfares, até
a margem para ler as letras gravadas na pedra; mas não pude decifrá-las. Ia voltar quando a lua brilhou mais
viva e mais vermelha; olhando outra vez para o rochedo distingui só caracteres. E esses caracteres diziam:
desolação.
Levantei os olhos; na crista do rochedo estava um homem de figura majestosa. Pendia-lhe dos
ombros a antiga toga romana, cobrindo-se até aos pés. Os contornos da sua pessoa não se distinguiam, mas
as feições eram as da divindade porque brilhavam através da escuridão da noite a do nevoeiro. Tinha a fronte
alta e pensativa, os olhos profundos e melancólicos. Nas rugas do semblante, liam-se as legendas da
desgraça e da fadiga o aborrecimento da humanidade e o amor da solidão. Escondi-me no meio dos
nenúfares para ver o que aquele homem fazia ali.
E o homem assentou-se no rochedo, deixou pender a cabeça sobre a mão e espraiou a vista pela
soledade, contemplou os arbustos buliçosos e as grandes árvores primitivas; depois, ergueu os olhos para o
céu e para a lua carmesim. Eu observava as ações do homem escondido no meio dos nenúfares e o homem
tremia na solidão. Todavia a noite avançava e ele continuava assentado sobre o rochedo. [...]
Então invoquei os elementos e uma tempestade horrorosa sobreveio. E o céu tornou-se lívido pela
violência da tempestade e a chuva caía em torrente sobre a cabeça do homem e as ondas do rio
transbordavam e o rio espumava enfurecido e os nenúfares suspiravam com mais força, e a floresta debatia-
se com o vento, e o trovão ribombava e os raios flamejavam, e o rochedo estremecia.
Irritei-me e amaldiçoei a tempestade, o rio e os nenúfares, o vento e a floresta, o céu e o trovão. E na
minha maldição os elementos emudeceram e a lua parou na sua carreira, e o trovão expirou e o raio deixou
de faiscar, e as nuvens ficaram imóveis e as águas tornaram a repousar no seu imenso leito, e as árvores
cessaram de se agitar, e os nenúfares não suspiraram mais e na floresta não se tornou a ouvir o mínimo
murmúrio, nem a sombra de um som no vasto deserto sem limites. Olhei para os caracteres escritos no
rochedo e os caracteres diziam agora: Silêncio.
Volvi outra vez os olhos para o homem, e o seu rosto estava pálido de terror. De repente, levantou a
cabeça, ergueu-se sobre o rochedo e pôs o ouvido à escuta. Mas não se ouviu nem uma voz no deserto
ilimitado. E os caracteres gravados no rochedo diziam sempre: Silêncio. E o homem estremeceu e fugiu e
para tão longe fugiu que jamais o tornei a ver. [...]
Mas jamais se ouviu uma história tão espantosa como esta! Foi o demônio que me contou, assentado
ao um lado, na solidão do túmulo. Quando acabou de falar, desatou a rir e como não pudesse rir com ele,
amaldiçoou-me. Então o lince, que vive eternamente no túmulo, saiu do seu esconderijo e veio deitar-se aos
pés do demônio, olhando-o fixamente nas pupilas.
Edgar Allan Poe
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Atividades
1. Com relação ao gênero e a sua estruturação, responda:
a) Qual é o gênero textual?
b) Qual é o tipo discursivo?
c) Qual é o domínio discursivo desse gênero?
d) Qual é a sua finalidade/função sócio-comunicativa/para que serve/objetivo?
e) Quais são as principais características?
f) Qual é o público-alvo desse texto?
2. Qual é o tema e o assunto do texto?
3. Onde e quando acontece a história e como o autor descreve o cenário?
4. A que ou quem se pode atribuir a imagem ou figura representada pelo personagem do homem?
5. O que provavelmente levou o demônio a se enfurecer?
6. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―...deserto sombrio de gigantescos nenúfares...‖ (l. 4,5) ______________.
b) ―...erguendo para o céu os longos pescoços espectrais...‖ (l. 5) ______________.
c) ―...meneando tristemente as cabeças sempiternas.‖ (l. 6) ______________ / _____________.
d) ―...vinha toda carmesim...‖ (l. 11) ______________.
e) ―...a antiga toga romana, cobrindo-se até aos pés...‖ (l. 19) ______________.
f) ―...espraiou a vista pela soledade...‖ (l. 24,25) ______________ / _____________.
g) ―...E o céu tornou-se lívido...‖ (l. 28) ______________.
h) ―...deixou pender a cabeça sobre a mão...‖ (l. 24) ______________.
7. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato:
a) ( ) ―...ali não há repouso nem silêncio.‖ (l. 2)
b) ( ) ―Sobre o seu cume estavam gravadas algumas letras...‖ (l. 14)
c) ( ) ―Caminhei através dos pântanos de nenúfares...‖ (l. 14)
d) ( ) ―Tinha a fronte alta e pensativa, os olhos profundos...‖ (l. 20)
e) ( ) ―Escondi-me no meio dos nenúfares...‖ (l. 21,22)
f) ( ) ―...contemplou os arbustos buliçosos e as grandes árvores...‖ (l. 25)
g) ( ) ―...invoquei os elementos e uma tempestade...‖ (l. 28)
h) ( ) ―...ele continuava assentado sobre o rochedo...‖ (l. 27)
8. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo:
a) ―...ali não há repouso nem silêncio.‖ (l. 2) _______________.
b) ―...mas palpitavam sempre...‖ (l. 3) _______________.
c) ―...e chuva caía enquanto caía...‖ (l. 8) _______________ / _______________.
d) ―...para ler as letras gravadas na pedra...‖ (l. 15) _______________.
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PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO
e) ―...a lua brilhou mais viva e mais vermelha...‖ (l. 15,16) _______________.
f) ―...porque brilhavam através da escuridão da noite...‖ (l. 20) _______________.
g) ―Todavia a noite avançava...‖ (l. 27) _______________.
h) ―Então invoquei os elementos...‖ (l. 28) _______________.
i) ―...nem a sombra de um som no vasto deserto sem limites.‖ (l. 36) _______________.
j) ―Quando acabou de falar, desatou a rir...‖ (l. 43) _______________.
9. Qual a consequência da invocação dos elementos feita pelo demônio?
10. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem:
a) ―E do meio deles sai um sussurro confuso...‖ (l. 6) _______________.
b) ―...que se erguia a borda do Zaire...‖ (l. 12) _______________.
c) ―Sobre o seu cume estavam gravadas...‖ (l. 14) _______________.
d) ―...mas não pude decifrá-las.‖ (l. 14) _______________.
e) ―Pendia-lhe dos ombros...‖ (l. 18,19) _______________.
f) ―...eram as da divindade...‖ (l. 20) _______________.
g) ―...espantosa como esta...‖ (l. 42) _______________.
h) ―...como não pudesse rir com ele...‖ (l. 43) _______________.
i) ―...saiu de seu esconderijo...‖ (l. 44) _______________.
j) ―...olhando-o fixamente...‖ (l. 45) _______________.
k) ―...ele continuava assentado sobre o rochedo...‖ (l. 27) _____________.
11. Qual é o conflito gerador do enredo?
12. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal?
a) ―As águas do rio... palpitam sempre sob o olhar ardente do Sol...‖ (l. 2,3)
b) ―Era noite e a chuva caía...‖ (l. 8)
c) ―E o homem assentou-se no rochedo...‖ (l. 24)
d) ―Então invoquei os elementos e uma tempestade horrorosa sobreveio...‖ (l. 28)
13. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor:
a) ―... – disse o demônio, pousando a mão sobre a minha cabeça. –...‖ Travessão: ______________.
b) ―... mas quando chegava ao chão era sangue!‖ Exclamação: ______________.
c) ―... suspiram na solidão. [...]‖ Colchetes com reticências: ______________.
d) ―E esses caracteres diziam:‖ Dois pontos: ______________.
14. Explique o uso da letra maiúscula da palavra em destaque, ―a borda do Zaire...‖:
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Produção Inicial
Apresentamos a seguir o início de dois contos de escritores brasileiros. Leia-os e escolha um deles para
dar continuidade à narrativa. Não se esqueça de que se trata de um Conto de Terror, sendo assim, é preciso
despertar sentimentos aterrorizantes no leitor. Mãos a obra! Os fragmentos não contém título, use sua
criatividade para escrever um título bem original!
1.
2.
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Eles estão do lado de fora, sabem que estou aqui, já verifiquei todas as entradas dúzias de vezes, eles não podem
entrar com as barreiras que eu coloquei, os observo pela janela sem que eles percebam, um deles percebe meu vulto pela
janela, mas não demonstra nenhuma reação, eles sabem que não tem para onde eu ir, sabem que estou preso na minha
própria armadilha, é uma questão de tempo para eles vencerem e tempo é o que eles mais têm.
Corro pela casa, deve haver alguma saída! Nos filmes sempre há um saída...
http://mscontos.blogspot.com.br/2010/10/casa-amarela.html
Ouvi primeiro o ruído de cascos pisando a grama, mas continuei deitado de bruços na esteira que havia estendido ao lado da barraca. Senti nitidamente o cheiro acre, muito próximo. Virei-me devagar, abri os olhos. O cavalo erguia-se
interminável à minha frente. Em cima dele havia uma espingarda apontada para mim e atrás da espingarda um velhinho de
chapéu de palha, que disse logo o seguinte: [...]
(Wander Pirolli. ―Crítica da razão pura‖. In: Ítalo Moriconi, org. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.)
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O coração delator
É verdade! Nervoso, muito, muito nervoso mesmo eu estive e estou; mas por que você vai dizer que
estou louco? A doença exacerbou meus sentidos, não os destruiu, não os embotou. Mais que os outros estava
aguçado o sentido da audição. Ouvi todas as coisas no céu e na terra. Ouvi muitas coisas no inferno. Como
então posso estar louco? Preste atenção! E observe com que sanidade, com que calma, posso lhe contar toda
a história.
É impossível saber como a ideia penetrou pela primeira vez no meu cérebro, mas, uma vez
concebida, ela me atormentou dia e noite. Objetivo não havia. Paixão não havia. Eu gostava do velho. Ele
nunca me fez mal. Ele nunca me insultou. Seu ouro eu não desejava. Acho que era seu olho! É, era isso! Um
de seus olhos parecia o de um abutre - um olho azul claro coberto por um véu. Sempre que caía sobre mim o
meu sangue gelava, e então pouco a pouco, bem devagar, tomei a decisão de tirar a vida do velho, e com
isso me livrar do olho, para sempre.
Agora esse é o ponto. O senhor acha que sou louco. Homens loucos de nada sabem. Mas deveria ter-
me visto. Deveria ter visto com que sensatez eu agi — com que precaução —, com que prudência, com que
dissimulação, pus mãos à obra! Nunca fui tão gentil com o velho como durante toda a semana antes de matá-
lo. E todas as noites, por volta de meia-noite, eu girava o trinco da sua porta e a abria, ah, com tanta
delicadeza! E então, quando tinha conseguido uma abertura suficiente para minha cabeça, punha lá dentro
uma lanterna furta-fogo bem fechada, fechada para que nenhuma luz brilhasse, e então eu passava a cabeça.
Ah! O senhor teria rido se visse com que habilidade eu a passava. Eu a movia devagar, muito, muito
devagar, para não perturbar o sono do velho. Levava uma hora para passar a cabeça toda pela abertura, o
mais à frente possível, para que pudesse vê-lo deitado em sua cama. Aha! Teria um louco sido assim tão
esperto? E então, quando minha cabeça estava bem dentro do quarto, eu abria a lanterna com cuidado —
ah!, com tanto cuidado! —, com cuidado (porque a dobradiça rangia), eu a abria só o suficiente para que um
raiozinho fino de luz caísse sobre o olho do abutre. E fiz isso por sete longas noites, todas as noites à meia-
noite em ponto, mas eu sempre encontrava o olho fechado, e então era impossível fazer o trabalho, porque
não era o velho que me exasperava, e sim seu Olho Maligno. E todas as manhãs, quando o dia raiava, eu
entrava corajosamente no quarto e falava Com ele cheio de coragem, chamando-o pelo nome em tom cordial
e perguntando como tinha passado a noite. Então, o senhor vê que ele teria que ter sido, na verdade, um
velho muito astuto, para suspeitar que todas as noites, à meia-noite em ponto, eu o observava enquanto
dormia.
Na oitava noite, eu tomei um cuidado ainda maior ao abrir a porta. O ponteiro de minutos de um
relógio se move mais depressa do que então a minha mão. Nunca antes daquela noite eu sentira a extensão
de meus próprios poderes, de minha sagacidade. Eu mal conseguia conter meu sentimento de triunfo. Pensar
que lá estava eu, abrindo pouco a pouco a porta, e ele sequer suspeitava de meus atos ou pensamentos
secretos. Cheguei a rir com essa ideia, e ele talvez tenha ouvido, porque de repente se mexeu na cama como
num sobressalto. Agora o senhor pode pensar que eu recuei — mas não. Seu quarto estava preto como breu
com aquela escuridão espessa (porque as venezianas estavam bem fechadas, de medo de ladrões) e então eu
soube que ele não poderia ver a porta sendo aberta e continuei a empurrá-la mais, e mais.
Minha cabeça estava dentro e eu quase abrindo a lanterna quando meu polegar deslizou sobre a lingueta de
metal e o velho deu um pulo na cama, gritando:
— Quem está aí?
Fiquei imóvel e em silêncio. Por uma hora inteira não movi um músculo, e durante esse tempo não o
ouvi se deitar. Ele continuava sentado na cama, ouvindo bem como eu havia feito noite após noite prestando
atenção aos relógios fúnebres na parede.
Nesse instante, ouvi um leve gemido, e eu soube que era o gemido do terror mortal. Não era um
gemido de dor ou de tristeza — ah, não! era o som fraco e abafado que sobe do fundo da alma quando
sobrecarregada de terror. Eu conhecia bem aquele som. Muitas noites, à meia-noite em ponto, ele brotara de
meu próprio peito, aprofundando, com seu eco pavoroso, os terrores que me perturbavam. Digo que os
conhecia bem. Eu sabia o que sentia o velho e me apiedava dele embora risse por dentro. Eu sabia que ele
estivera desperto, desde o primeiro barulhinho, quando se virara na cama. Seus medos foram desde então
crescendo dentro dele. Ele estivera tentando fazer de conta que eram infundados, mas não conseguira.
Dissera consigo mesmo: "Isto não passa do vento na chaminé; é apenas um camundongo andando pelo
chão", ou "É só um grilo cricrilando um pouco". É, ele estivera tentando confortar-se com tais suposições;
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PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO
mas descobrira ser tudo em vão. Tudo em vão, porque a Morte ao se aproximar o atacara de frente com sua
sombra negra e com ela envolvera a vítima. E a fúnebre influência da despercebida sombra fizera com que
sentisse, ainda que não visse ou ouvisse, sentisse a presença da minha cabeça dentro do quarto.
Quando já havia esperado por muito tempo e com muita paciência sem ouvi-lo se deitar, decidi abrir
uma fenda — uma fenda muito, muito pequena na lanterna. Então eu a abri — o senhor não pode imaginar
com que gestos furtivos, tão furtivos — até que afinal um único raio pálido como o fio da aranha brotou da
fenda e caiu sobre o olho do abutre.
Ele estava aberto, muito, muito aberto, e fui ficando furioso enquanto o fitava. Eu o vi com perfeita
clareza - todo de um azul fosco e coberto por um véu medonho que enregelou até a medula dos meus ossos,
mas era tudo o que eu podia ver do rosto ou do corpo do velho, pois dirigira o raio, como por instinto,
exatamente para o ponto maldito.
E agora, eu não lhe disse que aquilo que o senhor tomou por loucura não passava de hiperagudeza
dos sentidos? Agora, repito, chegou a meus ouvidos um ruído baixo, surdo e rápido, algo como faz um
relógio quando envolto em algodão. Eu também conhecia bem aquele som. Eram as batidas do coração do
velho. Aquilo aumentou a minha fúria, como o bater do tambor instiga a coragem do soldado.
Mas mesmo então eu me contive e continuei imóvel. Quase não respirava. Segurava imóvel a
lanterna. Tentei ao máximo possível manter o raio sobre o olho. Enquanto isso, aumentava o diabólico
tamborilar do coração. Ficava a cada instante mais e mais rápido, mais e mais alto. O terror do velho deve
ter sido extremo. Ficava mais alto, estou dizendo, mais alto a cada instante! — está me entendendo? Eu lhe
disse que estou nervoso: estou mesmo. E agora, altas horas da noite, em meio ao silêncio pavoroso dessa
casa velha, um ruído tão estranho quanto esse me levou ao terror incontrolável. Ainda assim por mais alguns
minutos me contive e continuei imóvel. Mas as batidas ficaram mais altas, mais altas! Achei que o coração
iria explodir. E agora uma nova ansiedade tomava conta de mim — o som seria ouvido por um vizinho!
Chegara a hora do velho! Com um berro, abri por completo a lanterna e saltei para dentro do quarto. Ele deu
um grito agudo — um só. Num instante, arrastei-o para o chão e derrubei sobre ele a cama pesada. Então
sorri contente, ao ver meu ato tão adiantado. Mas por muitos minutos o coração bateu com um som
amortecido. Aquilo, entretanto, não me exasperou; não seria ouvido através da parede. Por fim, cessou. O
velho estava morto. Afastei a cama e examinei o cadáver. É, estava morto, bem morto. Pus a mão sobre seu
coração e a mantive ali por muitos minutos. Não havia pulsação. Ele estava bem morto. Seu olho não me
perturbaria mais.
Se ainda me acha louco, não mais pensará assim quando eu descrever as sensatas precauções que
tomei para ocultar o corpo. A noite avançava, e trabalhei depressa, mas em silêncio. Antes de tudo
desmembrei o cadáver. Separei a cabeça, os braços e as pernas.
Arranquei três tábuas do assoalho do quarto e depositei tudo entre as vigas. Recoloquei então as
pranchas com tanta habilidade e astúcia que nenhum olho humano — nem mesmo o dele — poderia detectar
algo de errado. Nada havia a ser lavado — nenhuma mancha de qualquer tipo — nenhuma marca de sangue.
Eu fora muito cauteloso. Uma tina absorvera tudo - ha! ha!
Quando terminei todo aquele trabalho, eram quatro horas — ainda tão escuro quanto à meia-noite.
Quando o sino deu as horas, houve uma batida à porta da rua. Desci para abrir com o coração leve — pois o
que tinha agora a temer? Entraram três homens, que se apresentaram, com perfeita suavidade, como oficiais
de polícia. Um grito fora ouvido por um vizinho durante a noite; suspeitas de traição haviam sido
levantadas; uma queixa fora apresentada à delegacia e eles (os policiais) haviam sido encarregados de
examinar o local.
Sorri — pois o que tinha a temer? Dei as boas-vindas aos senhores. O grito, disse, fora meu, num
sonho. O velho, mencionei, estava fora, no campo. Acompanhei minhas visitas por toda a casa. Incentivei-os
a procurar — procurar bem. Levei-os, por fim, ao quarto dele. Mostrei-lhes seus tesouros, seguro,
imperturbável. No entusiasmo de minha confiança, levei cadeiras para o quarto e convidei-os para ali
descansarem de seus afazeres, enquanto eu mesmo, na louca audácia de um triunfo perfeito, instalei minha
própria cadeira exatamente no ponto sob o qual repousava o cadáver da vítima.
Os oficiais estavam satisfeitos. Meus modos os haviam convencido. Eu estava bastante à vontade.
Sentaram-se e, enquanto eu respondia animado, falaram de coisas familiares. Mas, pouco depois, senti que
empalidecia e desejei que se fossem. Minha cabeça doía e me parecia sentir um zumbido nos ouvidos; mas
eles continuavam sentados e continuavam a falar. O zumbido ficou mais claro — continuava e ficava mais
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claro: falei com mais vivacidade para me livrar da sensação: mas ela continuou e se instalou — até que,
afinal, descobri que o barulho não estava dentro de meus ouvidos.
Sem dúvida agora fiquei muito pálido; mas falei com mais fluência, e em voz mais alta. Mas o som
crescia - e o que eu podia fazer? Era um som baixo, surdo, rápido — muito parecido com o som que faz um
relógio quando envolto em algodão. Arfei em busca de ar, e os policiais ainda não o ouviam. Falei mais
depressa, com mais intensidade, mas o barulho continuava a crescer. Levantei-me e discuti sobre ninharias,
num tom alto e gesticulando com ênfase; mas o barulho continuava a crescer. Por que eles não podiam ir
embora? Andei de um lado para outro a passos largos e pesados, como se me enfurecessem as observações
dos homens, mas o barulho continuava a crescer. Ai meu Deus! O que eu poderia fazer? Espumei —
vociferei — xinguei! Sacudi a cadeira na qual estivera sentado e arrastei-a pelas tábuas, mas o barulho
abafava tudo e continuava a crescer. Ficou mais alto — mais alto — mais alto! E os homens ainda
conversavam animadamente, e sorriam. Seria possível que não ouvissem? Deus Todo-Poderoso! — não,
não? Eles ouviam! — eles suspeitavam! — eles sabiam! - Eles estavam zombando do meu horror! — Assim
pensei e assim penso. Mas qualquer coisa seria melhor do que essa agonia! Qualquer coisa seria mais
tolerável do que esse escárnio. Eu não poderia suportar por mais tempo aqueles sorrisos hipócritas! Senti
que precisava gritar ou morrer! — e agora — de novo — ouça! mais alto! mais alto! mais alto! mais alto!
— Miseráveis! — berrei — Não disfarcem mais! Admito o que fiz! Levantem as pranchas! — aqui,
aqui! — são as batidas do horrendo coração!
Edgar Allan Poe
Atividades
1. Qual é o tema e o assunto do texto?
2. Onde e quando acontece o crime?
3. No princípio, como autor se sente e descreve seus atos?
4. Quais argumentos o autor utiliza para provar a sua sanidade mental?
5. Há pertinência entre o título e as ações ocorridas na história? Justifique.
6. Com base na frase ―... a doença exacerbou meus sentidos...‖ (l. 2) e na temática do conto narrado,
qual doença possivelmente o autor se refere?
7. Qual a consequência para o homem do crime que ele cometeu?
8. Quem são as personagens? Cite uma característica que você atribuiria a cada uma delas.
9. Qual o conflito gerador da história?
10. Por que o homem demorou sete dias para finalmente matar o velho?
11. O que motivou o homem a cometer o crime?
12. O narrador acredita ter cometido um crime ―perfeito‖ e nos chama a atenção para os detalhes de
forma a nos induzir a acreditar nos fatos narrados. Você concorda com o pensamento do autor a
respeito do crime? Justifique.
13. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque: (H. 4.1)
a) ―...não os destruiu, não os embotou‖. (l. 2) ___________________.
b) ―...extensão de meus próprios poderes, de minha sagacidade‖. (l. 31,32) _________________.
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c) ―...deslizou sobre a lingueta de metal...‖ (l. 38,39) _________________.
d) ―...Ele estivera tentando fazer de conta que eram infundados...‖ (l. 50) ___________________.
e) ―...o senhor não pode imaginar com que gestos furtivos...‖ (l. 57,58) _________________.
f) ―...um véu medonho que enregelou até a medula...‖ (l. 61) ___________________.
g) ―...como faz um relógio quando envolto em algodão...‖ (l. 65,66) ___________________.
h) ―...uma tina absorvera tudo...‖ (l. 89) ___________________.
i) ―...arfei em busca de ar...‖ (l. 110) ___________________.
j) ―...levantei-me e discuti sobre ninharias...‖ (l. 111) ___________________.
k) ―...espumei – vociferei – xinguei...‖ (l. 114,115) ___________________.
l) ―...seria mais tolerável do que esse escárnio...‖ (l. 119,120) ___________________.
14. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato: (H. 9.2)
a) ( ) ―...ouvi todas as coisas no céu e na terra.‖ (l. 3)
b) ( ) ―...levava uma hora para passar a cabeça toda pela abertura.‖ (l. 19)
c) ( ) ―...seus olhos parecia o de um abutre - um olho azul claro.‖ (l. 9)
d) ( ) ―...eu soube que era o gemido do terror mortal. Não era um gemido de dor ou de tristeza.‖ (l. 44,45)
e) ( ) ―...um ruído tão estranho quanto esse me levou ao terror incontrolável.‖ (l. 73)
f) ( ) ―...afastei a cama e examinei o cadáver.‖ (l. 80)
15. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo: (H. 8.4)
a) ―...nervoso, muito, muito nervoso mesmo...‖ (l. 1) _____________.
b) ―...e com isso me livrar do olho...‖ (l. 10,11) _____________.
c) ―...mas deveria ter-me visto...‖ (l. 12,13) _____________.
d) ―...quando tinha conseguido uma abertura suficiente para minha cabeça...‖ (l. 16) _____________.
e) ―...punha lá dentro uma lanterna...‖ (l. 16,17) _____________.
f) ―...então sorri contente, ao ver meu ato tão adiantado...‖ (l. 77,78) _____________.
g) ―...eu entrava corajosamente no quarto...‖ (l. 25,26) _____________.
h) ―...seu quarto estava preto como breu...‖ (l. 35) _____________.
i) ―...o mais à frente possível, para que pudesse vê-lo deitado em sua cama...‖ (l. 19,20) _____________.
j) ―...e ele talvez tenha ouvido, porque de repente se mexeu na cama...‖ (l. 34) _____________.
16. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem: (H. 24.4)
a) ―...não os destruiu, não os embotou‖. (l. 2) _____________.
b) ―...ela me atormentou dia e noite...‖ (l. 7) _____________.
c) ―...ele nunca me insultou...‖ (l. 8) _____________.
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d) ―...antes de matá-lo...‖ (l. 14,15) _____________.
e) ―...e a abria, ah, com tanta delicadeza...‖ (l. 15,16) _____________.
f) ―...eu a movia devagar...‖ (l. 18) _____________.
g) ―...eu a abria só o suficiente para que...‖ (l. 22) _____________.
h) ―...então o senhor vê que ele teria que ter sido...‖ (l. 27) _____________.
i) ―...chamando-o pelo nome em tom cordial...‖ (l. 26) _____________.
j) ―...ele brotara do meu próprio peito...‖ (l. 46,47) _____________.
k) ―...seus medos foram desde então crescendo dentro dele...‖ (l. 49,50) _____________.
l) ―...e com ela envolvera a vítima...‖ (l. 54) _____________.
m) ―...então eu a abri...‖ (l. 57) _____________.
n) ―...e a mantive ali por muitos minutos...‖ (l. 81) _____________.
o) ―...levei-os , por fim, ao quarto dele...‖ (l. 98) _____________.
p) ―...mas ela continuou e se instalou...‖ (l. 106) _____________.
q) ―...e arrastei-a pelas tábuas...‖ (l. 115) _____________.
17. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal? (H. 3.1)
a) ―...Eu gostava do velho. Ele nunca me fez mal...‖ (l. 7,8)
b) ―...tomei a decisão de tirar a vida do velho, e com isso me livrar do olho...‖ (l. 10,11)
c) ―...homens loucos de nada sabem...‖ (l. 12)
d) ―...eu sabia o que sentia o velho e me apiedava dele...‖ (l. 48)
18. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor: (H 24.4)
a) ―...com que sensatez eu agi — com que precaução —...‖ (l. 13) Travessão: _____________.
b) ―...com cuidado (porque a dobradiça rangia)...‖ (l. 22) Parênteses: _____________.
c) ―... – Quem está aí?...‖ (l. 40) Travessão: _____________.
d) ―...é verdade! (l. 1) Exclamação: _____________.
e) ―... ai meu Deus! (l. 114) Exclamação: _____________.
f) ―... eles sabiam! (l. 118) Exclamação: _____________.
g) ―...miseráveis! (l. 122) Exclamação: _____________.
h) ―...O que eu poderia fazer? (l. 114) Interrogação: _____________.
19. Analise a situação abaixo:
a) Se a personagem da história fosse do gênero feminino, como ficaria esta frase: ―... nunca fui tão gentil
com o velho como durante toda a semana antes de matá-lo...‖. Por que houve alteração?
20. Nas frases ―Preste atenção!‖ e ―... o senhor pode até pensar que eu recuei, mas não...‖, o que
podemos interpretar a partir dessas expressões?
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Sombra
Vós que me ledes por certo estais ainda entre os vivos; mas eu que escrevo terei partido há muito
para a região das sombras. Por que de fato estranhas coisas acontecerão, e coisas secretas serão conhecidas,
e muitos séculos passarão antes que estas memórias caiam sob vistas humanas. E, ao serem lidas, alguém
haverá que nelas não acredite, alguém que delas duvide e, contudo, uns poucos encontrarão muito motivo de
reflexão nos caracteres aqui gravados com estiletes de ferro. O ano tinha sido um ano de terror e de
sentimentos mais intensos que o terror, para os quais não existe nome na Terra. Pois muitos prodígios e
sinais haviam se produzido, e por toda a parte, sobre a terra e sobre o mar, as negras asas da Peste se
estendiam. Para aqueles, todavia, conhecedores dos astros, não era desconhecido que os céus apresentavam
um aspecto de desgraça, e para mim, o grego Oinos, entre outros, era evidente que então sobreviera a
alteração daquele ano 794, [...]. O espírito característico do firmamento, se muito não me engano,
manifestava-se não somente no orbe físico da Terra, mas nas almas, imaginações e meditações da
Humanidade. Éramos sete, certa noite, em torno de algumas garrafas de rubro vinho de Quios, entre as
paredes do nobre salão, na sombria cidade de Ptolemais. Para a sala em que nos achávamos a única entrada
que havia era uma alta porta de feitio raro e trabalhada pelo artista Corinos, aferrolhada por dentro. Negras
cortinas, adequadas ao sombrio aposento, privavam-nos da visão da lua, das lúgubres estrelas e das ruas
despovoadas; mas o ressentimento e a lembrança do flagelo não podiam ser assim excluídos.
Havia em torno de nós e dentro de nós coisas das quais não me é possível dar conta, coisas materiais
e espirituais: atmosfera pesada, sensação de sufocamento, ansiedade; e, sobretudo, aquele terrível estado de
existência que as pessoas nervosas experimentam quando os sentidos estão vivos e despertos, e as
faculdades do pensamento jazem adormecidas. Um peso mortal nos acabrunhava. Oprimia nossos ombros,
os móveis da sala, os copos em que bebíamos. E todas se sentiam opressas e prostradas, todas as coisas
exceto as chamas das sete lâmpadas de ferro que iluminavam nossa orgia. Elevando-se em filetes finos de
luz, assim que permaneciam, ardendo, pálidas e imotas. E no espelho que seu fulgor formava sobre a
redonda mesa de ébano a que estávamos sentados, cada um de nós, ali reunidos, contemplava o palor de seu
próprio rosto e o brilho inquieto nos olhos abatidos de seus companheiros. Não obstante, ríamos e estávamos
alegres, a nosso modo [...], e bebíamos intensamente, embora o vinho purpurino nos lembrasse a cor do
sangue. Pois ali havia ainda outra pessoa em nossa sala, o jovem Zoilo. Morto, estendido a fio comprido,
amortalhado, era como o gênio e o demônio da cena. Mas ah! Não tomava ele parte em nossa alegria! Seu
rosto, convulsionado pela doença, e seus olhos, em que a Morte havia apenas extinguido metade do fogo da
peste, pareciam interessar-se pela nossa alegria, na medida em que, talvez, possam os mortos interessar-se
pela alegria dos que têm de morrer. Mas embora eu, Oinos, sentisse os olhos do morto cravados sobre mim,
ainda assim obrigava-me a não perceber a amargura de sua expressão. [...]. Mas, pouco a pouco, minhas
canções cessaram e seus ecos, ressoando ao longe, entre os reposteiros negros do aposento, tornavam-se
fracos e indistintos, esvanecendo-se. E eis que dentre aqueles negros reposteiros, onde ia morrer o rumor das
canções, se destacou uma sombra negra e imprecisa, uma sombra tal como a da lua quando baixa no céu, e
se assemelha ao vulto dum homem: mas não era a sombra de um homem, nem a de um deus, nem a de
qualquer outro ente conhecido. E, tremendo um instante entre os reposteiros do aposento, mostrou-se afinal
plenamente sobre a superfície da porta de ébano. Mas a sombra era vaga, informe, imprecisa, e não era
sombra nem de homem, nem de deus, [...]. E a sombra permanecia sobre a porta de bronze, por baixo da
cornija arqueada, e não se movia, nem dizia palavra alguma, mas ali ficava parada e imutável. Os pés do
jovem Zoilo, amortalhado, encontravam-se, se bem me lembro, na porta sobre a qual a sombra repousava.
Nós, porém, os sete ali reunidos, tendo avistado a sombra no momento em que se destacava dentre os
reposteiros, não ousávamos olhá-la fixamente, mas baixávamos os olhos e fixávamos sem desvio as
profundezas do espelho de ébano. E afinal, eu, Oinos, pronunciando algumas palavras em voz baixa,
indaguei da sombra seu nome e lugar de nascimento. E a sombra respondeu: ―Eu sou a SOMBRA e minha
morada está perto das catacumbas de Ptolemais, junto daquelas sombrias planícies infernais que orlam o
sujo canal de Caronte‖. E então, todos sete, erguemo-nos, cheios de horror, de nossos assentos, trêmulos,
enregelados, espavoridos, porque o tom da voz da sombra não era de um só ser, mas de uma multidão de
seres e, variando suas inflexões, de sílaba para sílaba, vibrava aos nossos ouvidos confusamente, como se
fossem as entonações familiares e bem relembradas dos muitos milhares de amigos que a morte ceifara.
Edgar Allan Poe
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Atividades
1. Qual é o tema e o assunto do texto?
2. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―... era evidente que então sobreviera a alteração daquele ano...‖. (l. 9, 10) ______________________.
b) ―O espírito característico do firmamento‖. (l. 10) ______________________.
c) ―... manifestava-se não somente no orbe físico da Terra...‖. (l. 11) ______________________.
d) ―... em torno de algumas garrafas de rubro vinho de Quios...‖. (l. 12) ______________________.
e) ―... e trabalhada pelo artista Corinos, aferrolhada por dentro‖. (l. 14) ______________________.
f) ―... privavam-nos da visão da lua, das lúgubres estrelas...‖. (l. 15) ______________________.
g) ―... e a lembrança do flagelo não podiam ser assim excluídos‖. (l. 16) ______________________.
h) ―Um peso mortal nos acabrunhava. Oprimia nossos ombros...‖. (l. 20) ____________ /____________.
i) ―Elevando-se em filetes finos de luz...‖. (l. 22, 23) ______________________.
j) ―... assim que permaneciam, ardendo, pálidas e imotas‖. (l. 23) ______________________.
k) ―E no espelho que seu fulgor formava...‖. (l. 23) ______________________.
l) ―... contemplava o palor de seu próprio rosto...‖. (l. 23, 24) ______________________.
m) ―... embora o vinho purpurino nos lembrasse a cor do sangue‖. (l. 26, 27) ______________________.
n) ―Morto, estendido a fio comprido, amortalhado‖. (l. 27, 28) ______________________.
o) ―... tornavam-se fracos e indistintos, esvanecendo-se‖. (l. 34) ______________________.
p) ―E eis que dentre aqueles negros reposteiros...‖. (l. 34) ______________________.
q) ―... por baixo da cornija arqueada e não se movia‖. (l. 39,40) ______________________.
r) ―... minha morada está perto das catacumbas de Ptolemais...‖. (l. 46) ______________________.
s) ―... erguemo-nos, [...], trêmulos, enregelados, espavoridos...‖. (l. 47, 48) ____________ /___________.
t) ―... variando suas inflexões, de sílaba para sílaba...‖. (l. 49) ______________________.
u) ―... muitos milhares de amigos que a morte ceifara‖. (l. 50) ______________________.
3. O texto nos dá algumas pistas para que possamos nos situar em um momento histórico específico
narrado pelo autor. Qual seriam essas pistas e esse momento?
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4. As informações da questão anterior nos auxiliam a compreender melhor o texto? Justifique.
5. Sintetize o texto com suas palavras, da maneira como você o compreendeu.
6. O que deu origem a toda perturbação narrada no texto?
7. Qual o significado podemos atribuir às palavras gregas Oinos e Zoilo? Qual relação elas têm com o
conto?
8. O que a personagem Sombra foi fazer no salão? Podemos fazer analogia a algum outro personagem?
9. Na frase ―... terei partido há muito para a região das sombras.‖, que sentido o autor atribui a
expressão em destaque?
10. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo:
a) ―Por que de fato estranhas coisas acontecerão, e coisas secretas serão conhecidas‖. (l. 2) ____________.
b) ―... e muitos séculos passarão antes que estas memórias caiam sob vistas humanas‖. (l. 3) ___________.
c) ―Para aqueles, todavia, conhecedores dos astros...‖. (l. 8) _____________________.
d) ―... quando os sentidos estão vivos e despertos...‖. (l. 19) _____________________.
e) ―... na medida em que, talvez, possam os mortos interessar-se‖. (l. 30) _____________________.
f) ―... onde ia morrer o rumor das canções...‖ (l. 34, 35) _____________________.
g) ―... mostrou-se afinal plenamente sobre a superfície da porta...‖ (l. 37, 38) _____________________.
11. Porque os seguintes substantivos comuns foram grafadas com a primeira letra maiúscula: Peste (l. 7),
Humanidade (l. 12), Terra (l. 11) e Morte (l. 29)?
12. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor: (H. 24.4)
a) ―...obrigava-me a não perceber a amargura de sua expressão [...]‖ (l. 32) Colchetes e três pontos:
____________________________________________________________________________.
b) ―Eu sou a SOMBRA e minha morada está perto das catacumbas de Ptolemais, junto daquelas sombrias
planícies infernais que orlam o sujo canal de Caronte‖. (l. 46, 47) Aspas:
____________________________________________________________________________.
13. O conto que você acabou de estudar começa de maneira diferente. Você considera comum os textos
começarem com o narrador já morto? Há algum texto que você conheça que comece assim?
14. Você acredita que o protagonista Oinos e os outros seis personagens estão vivos ou mortos no
momento do ―velório‖? Cite pistas textuais que comprovem a sua opinião.
15. No segundo parágrafo o autor inicia uma descrição, nela apenas as chamas das sete lâmpadas não se
enquadram no aspecto sombrio, fúnebre e escuro do ambiente. O que a luz das lâmpadas e o número
sete representam no contexto?
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Produção Final
Escreva um conto que subverta a estrutura convencional do gênero (assim como o anterior) ou que se
aproprie da estrutura de outro gênero textual. Você pode, por exemplo, iniciar o seu conto pelo clímax ou
pelo desfecho ou empregar a estrutura do e-mail, da carta pessoal, da página do diário, etc. Tenho certeza de
que seu conto vai ficar um horror (no bom sentido, claro!). Mãos a obra! E não se esqueça do título.
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Mito
Mitos são narrativas utilizadas pelos povos antigos (como os gregos e romanos) para explicar fatos
da realidade e fenômenos da natureza, as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por
eles. Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes
componentes são mistura dos fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram.
Um dos objetivos do mito é transmitir conhecimento e explicar fatos que a ciência ainda não havia
explicado. A maneira de colocar em ação o mito é através dos ritos, em cerimônias, danças, sacrifícios e
orações.
Eles ensinam que os deus foram criados pelo Céu e pela Terra para comandar o Universo e todos os
seres que nele habitavam. De início, o Universo era o Caos, que a ação divina transformou num sistema
organizado. Através dos mitos, gregos e romanos encontravam respostas para suas inquietações. O conjunto
dessas histórias recebeu o nome de mitologia.
Espaço e Tempo:
Em geral, o espaço mítico é um lugar sagrado, que se caracteriza por se opor ao habitado pelos seres
humanos. O espaço sagrado do Olimpo é uma referência constante nos mitos gregos. O tempo mítico está
relacionado ao tempo das origens. Expressa o passado distante e narra fatos separados por um intervalo de
tempo muito grande.
Características:
Os gregos acreditavam que para assuntos sérios e personagens sublimes (deuses, heróis, nobres)
deveriam usar uma linguagem elevada, ou seja, culta. A linguagem informal era própria da comédia, que,
em geral, se ocupava de assuntos banais e tinha como personagens representantes do povo.
De acordo com a mitologia grega, os deuses governavam o universo de sua morada construída no
Olimpo, onde Zeus, o deus dos deuses, era o soberano. Zeus armado com seus raios, comandava o mundo e
os homens e era respeitado por todos. Dois deuses importantes eram seus irmãos: Poseidon, o deus do mar,
que carregava seu tridente para bater nas águas, convulsionando as ondas, e Hades, senhor da morte que
reinava num mundo subterrâneo.
Nos episódios mitológicos há sempre a presença de um deus, ainda que ele possa não ser a
personagem principal. Conheça alguns deuses da mitologia grega e os elementos a que estão associados.
Afrodite: ao amor e à beleza.
Apolo: à beleza, à poesia, à música.
Ares: à guerra.
Artemis: à caça.
Atena: à sabedoria e à serenidade.
Cronos: ao tempo.
Dioniso: à cultura da uva, ao vinho e ao teatro.
Eros: ao amor e à paixão.
Hefestos: ao fogo e ao trabalho.
Hera: ao casamento.
Hermes: ao comércio e às comunicações.
Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram:
- Heróis: seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos: Hércules e Aquiles.
- Ninfas: seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros: figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros: corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias: mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas: mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
- Quimera: mistura de leão e cabra que soltava fogo pelas ventas.
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A árvore de cabeça para baixo
(Uma história da Costa do Marfim)
Nos primórdios da vida, o Criador fez surgir tudo
no mundo. Ele criou primeiro o baobá, e só depois
continuou a fazer tudo existir.
Mas ao lado do baobá havia um charco. O Criador
havia plantado o primogênito bem perto de uma região
alagadiça. Sem vento, a superfície daquelas águas ficava
lisa como um espelho. O baobá se olhava, então, naquele
espelho d'água. Ele se olhava, se olhava e dizia
insatisfeito:
-Por que não sou como aquela árvore?
Ora achava que poderia ter os cabelos mais
floridos, as folhas, talvez, um pouco maiores.
O baobá resolveu, então, se queixar ao Criador, que
escutou por uma, duas horas as suas reclamações. Entre
uma queixa e outra, o Criador comentava:
-Você é uma árvore bonita. Eu gosto muito de você. Me deixe ir, pois preciso continuar meu trabalho.
Mas o baobá mostrava outra planta e perguntava: Por que suas flores não eram assim tão cheirosas? E
sua casca? Parecia mais a pele enrugada de uma tartaruga. E o Criador insistia:
-Me deixe ir, você pra mim é perfeito. Foi o primeiro a ser criado e, por isso, tem o que há de melhor
em toda criação.
Mas o baobá implorava:
-Me melhore aqui, e um pouco mais ali...
O Criador, que precisava fazer os homens e outros seres da África, saía andando. E o baobá o seguia
onde quer que ele fosse. Andava pra lá e pra cá. (E é por isso que essa árvore existe por toda África.)
O baobá não deixava o Criador dormir. Continuava e continuava, e continuava sempre a implorar
melhorias.
Justo a árvore que o Criador achava maravilhosa, pois não era parecida com nenhuma outra, nunca
ficava satisfeita! Até que, um dia, o Criador foi ficando irritado, irritado, mas muito irritado, pois não tinha
mais tempo pra nada. Ficou irado mesmo. E aí então se virou para o baobá e disse:
-Não me amole mais! Não encha mais a minha paciência. Pare de dizer que na sua vida falta isso ou
aquilo. E cale-se agora.
Foi então que o Criador agarrou o baobá, arrancou-o do chão e o plantou novamente. Só que... dessa
vez, foi de ponta-cabeça, para que ele ficasse de boca calada.
Isso explica a sua aparência estranha; é como se as raízes ficassem em cima, na copa. Parece uma
árvore virada de ponta-cabeça!
Até hoje dizem que os galhos do baobá, voltados para o alto, parecem braços que continuam a se
queixar e a implorar melhorias para o Criador. E o Criador, ao olhar para o baobá, enxerga a África.
(http://alunalarissa.blogspot.com.br/2012/04/arvore-de-cabeca-para-baixo.html)
Atividades
1. Com relação ao gênero e a sua estruturação, responda:
a) Qual é o gênero textual?
b) Qual é o tipo discursivo?
c) Qual é o domínio discursivo desse gênero?
d) Qual é a sua finalidade/função sócio-comunicativa/para que serve/objetivo?
e) Quais são as principais características?
f) Qual é o público-alvo desse texto?
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PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO
2. Qual é o tema e o assunto do texto?
3. De que forma a personagem baobá sentia-se e por quê?
4. De acordo com o mito, o Baobá é uma árvore predominante em qual região?
5. Após ler atentamente esta história, que lição é possível retirar?
6. Por que o Criador chamava o baobá de primogênito?
7. Quais as justificativas o Criador apresentava para que o baobá gostasse de sua aparência?
8. Qual a consequência para o baobá por sua insistência?
9. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―... Mas ao lado do baobá havia um charco...‖ (l. 4) ______________________.
b) ―... Nos primórdios da vida...‖ (l. 1) ______________________.
c) ―... O baobá não deixava o Criador dormir...‖ (l. 25) ________________________.
10. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo:
a) ―Me deixe ir, pois preciso continuar meu trabalho.‖ (l. 16) ______________________.
b) ―Por que suas flores não eram assim tão cheirosas?‖ (l. 17) _______________ / ___________________.
c) ―Entre uma queixa e outra...‖ (l. 14,15) ______________________.
d) ―... por isso, tem o que há de melhor em toda criação.‖ (l. 19,20) ______________________.
e) ―Mas o baobá implorava...‖ (l. 21) ______________________.
f) ―... e um pouco mais ali...‖ (l. 22) _______________ / ___________________.
g) ―... na sua vida falta isso ou aquilo...‖ (l. 30, 31) ______________________.
h) ―... para que ele ficasse de boca calada...‖ (l. 33) ______________________.
11. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem:
a) ―Ele criou primeiro o baobá...‖ (l. 2) ______________________.
b) ―Ele se olhava...‖ (l. 8) ______________________.
c) ―E o baobá o seguia...‖ (l. 23) ______________________.
d) ―... arrancou-o do chão...‖ (l. 32) ______________________.
e) ―... para que ele ficasse de boca calada...‖ (l. 33) ______________________.
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12. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor:
a) ―... e dizia insatisfeito:‖ (l. 8, 9) Dois pontos: _____________________________________.
b) ―- Por que não sou como aquela árvore?‖ (l. 10) Ponto de interrogação: _________________________.
c) ―- Você é uma árvore bonita.‖ (l. 16) Travessão: _____________________________________.
d) ―- Não me amole mais!‖ (l. 30) Exclamação: _____________________________________.
e) ―Só que... dessa vez...‖ (l. 32) Reticências: _____________________________________.
f) ―Isso explica a sua aparência estranha;‖ (l. 34) _____________________________________.
13. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato:
a) ( ) ―Mas ao lado do baobá havia um charco.‖ (l. 4)
b) ( ) ―Eu gosto muito de você.‖ (l. 16)
c) ( ) ―O baobá não deixava o criador dormir.‖ (l. 25)
d) ( ) ―...você pra mim é perfeito.‖ (l. 19)
e) ( ) ―... arrancou-o do chão e o plantou novamente.‖ (l. 32)
f) ( ) ―... a superfície daquelas águas ficava lisa como um espelho.‖ (l. 6, 7)
g) ( ) ―Isso explica sua aparência estranha...‖ (l. )
14. Das informações abaixo, relativas ao texto, qual é a principal?
a) ―- Você é uma árvore bonita.‖ (l. 16)
b) ―- Por que não sou como aquela árvore?‖ (l. 10)
c) ―... pois não era parecida com nenhuma outra, nunca ficava satisfeita!‖ (l. 27, 28)
d) ―Não encha mais a minha paciência.‖ (l. 30)
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Produção Inicial
Você já ouviu falar de Orfeu? Na mitologia grega, Orfeu era um poeta que encantava a todos com a
música que extraía da lira, um instrumento de cordas muito usado na Antiguidade. Conheça, por meio do
resumo que segue, uma parte da trágica história de Orfeu.
O mito de Orfeu
Orfeu nasceu nas vizinhanças do Olimpo, frequentado pelas
musas. Ele era excelente poeta, cantor e músico, sendo considerado o
inventor da cítara. Passava o dia cantando ao som de sua lira, a qual
aumentou de sete para nove cordas.
Seu canto era tão melodioso que, ao ouvi-lo, os homem mais
brutais ficavam sensibilizados, as feras mais ferozes vinham repousar
a seus pés mansamente, os pássaros pousavam nas árvores, os rios
suspendiam seu curso e as árvores formavam coros de dança.
Devido a sua fraqueza física, Orfeu participou da expedição dos
Argonautas apenas marcando a cadência dos remadores. Durante as
tormentas ele abrandava as vagas e tranquilizava a tripulação com seu
canto. E, quando as sereias começavam a cantar, Orfeu entoava cantos
mais agradáveis que o delas, livrando os remadores do fascínio.
Orfeu era apaixonado por Eurídice, filha de Apolo. No dia de
seu casamento, Eurídice, sua noiva, caminhava pelas margens do rio,
quando apareceu Aristeu, que tentou violentá-la. No desespero de se livrar do atacante, ela pisou numa
serpente escondida na vegetação e morreu depois de ser picada.
Orfeu julgou que devia procurá-la mesmo entre os mortos. Tomou sua lira e desceu ao inferno.
(Irene Machado. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994, p. 142-3.
Resumo da autora a partir do Dicionário de mitologia grega e romana, de Mário da Gama Kury.)
Prepare-se para dar continuidade ao mito de Orfeu. Organize os fatos de modo coerente e para
enriquecer a narrativa, descreva o inferno e as personagens que habitam esse mundo. Inclua diálogos para
tornar o texto mais dinâmico. Para ligar os fatos, empregue elementos de coesão como em seguida, por
isso, então, mas, entretanto e outros que forem necessários.
Não se esqueça de observar se o
seu texto transmite algum ensinamento
ou uma lição de sabedoria, se as ações
do herói se destacam e se os fatos
narrados aconteceram no passado, se o
narrador é observador e se a linguagem
está de acordo com a variedade padrão
e com o perfil dos leitores.
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PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA – ANOS FINAIS / SRE - CURVELO
Orfeu julgou que devia procurá-la mesmo entre os mortos. Tomou sua lira e desceu ao inferno...
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O mito de narciso
Narciso, um jovem de extrema beleza, era filho do
deus-rio Cephisus e da ninfa Liriopoe. No entanto, apesar
de atrair e despertar cobiça nas ninfas e donzelas, Narciso
preferia viver só, pois não havia encontrado ninguém que
julgasse merecer seu amor. E foi o seu desprezo pelos
outros que o derrotou.
Quando Narciso nasceu, sua mãe consultou o
adivinho Tirésias que lhe predisse que Narciso viveria
muitos anos desde que nunca conhecesse a si mesmo.
Narciso cresceu tornando-se cada vez mais belo e
todas as moças e ninfas queriam seu amor, mas ele
desprezava a todas. Certo dia, enquanto Narciso descansava
sob as sombras do bosque, a ninfa Eco se apaixonou por ele.
Porém tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma
maldição: - Que Narciso ame com a mesma intensidade,
sem poder possuir a pessoa amada. Nêmesis, a divindade punidora, escutou e atendeu ao pedido.
Naquela região havia uma fonte límpida de águas cristalinas da qual ninguém havia se aproximado.
Ao se inclinar para beber água da fonte, Narciso viu sua própria imagem refletida e encantou-se com sua
visão. Fascinado, Narciso ficou a contemplar o lindo rosto, com aqueles belos olhos e a beleza dos lábios,
apaixonou-se pela imagem sem saber que era a sua própria imagem refletida no espelho das águas.
Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água, mas inutilmente; não
conseguia reter com um abraço aquele ser encantador.
Esgotado, Narciso deitou na relva e aos poucos seu corpo foi desaparecendo. No seu lugar, surgiu
uma flor amarela com pétalas brancas no centro que passou a se chamar, Narciso.
(http://jaueras.blogspot.com.br/2009/o-mito-de-narciso.html)
Atividades
1. Qual é o tema e o assunto do texto?
2. De acordo com o mito, a ninfa Eco se apaixonou por Narciso devido à sua beleza, mas ele a rejeitou.
O que se pode inferir sobre a atitude dele?
3. Qual é a maldição que Narciso recebe e por quê?
4. Onde Narciso costumava descansar? (H. 3.4)
5. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem:
a) ―... seu desprezo pelos outros que o derrotou.‖ (l. 5,6) __________________ /__________________.
b) ―... consultou o adivinho Tirésias que lhe predisse...‖ (l. 7,8) ________________ /_______________.
c) ―... mas ele desprezava a todas. (l. 11,12) ___________________ /__________________.
d) ―Porém tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma maldição.‖ (l. 14,15) ______________________.
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6. Leia o texto abaixo:
Eu, Etiqueta (Carlos Drumonnd de Andrade)
Em minha calça está grudada um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório,
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida Que jamais pus na boca nessa vida.
Em minha camiseta, a marca do cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei. Minhas meias falam de produto
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Pro esse provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, céu chaveiro, Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara
Minha toalha de banho e sabonete, Meu isso, meu aquilo,
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes, Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidência, costume, hábito, premência, indispensabilidade
E fazem de mim homem-anúncio itinerante Escravo da matéria anunciada
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda seja negar a minha identidade, Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas, todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia Tão diverso dos outros, tão mim - mesmo.
Após analisar o poema de Carlos Drumonnd de Andrade e o mito de Narciso percebe-se que este é um
emblema dos valores e atitudes disseminados pela sociedade. Com base nisso e na análise do poema ―Eu,
Etiqueta‖, quais características do narcisismo podemos relacionar à sociedade contemporânea?
7. Leia atentamente o trecho do poema de Ferreira Gullar. Nele o autor reatualiza o mito em alguns dos
seus aspectos fundamentais.
―Narciso e Narciso‖
―Se Narciso se encontra com Narciso
E um deles finge
Que ao outro admira
(para sentir se admirado)
O outro
Pela mesma razão finge também
E ambos acreditam na mentira.‖
As proposições abaixo retomam o mito exceto:
a) A necessidade de ser admirado para existir.
b) A imagem do encontro dos dois Narcisos
recria a contemplação do reflexo nas águas
claras da fonte.
c) A capacidade de amar outra pessoa como se
amasse a si próprio.
d) A crença na mentira (a imagem falsa que um
transmitiu ao outro).
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8. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato:
a) ( ) ―Narciso, um jovem de extrema beleza...‖ (l. 1)
b) ( ) ―... Narciso ficou a contemplar o lindo rosto...‖ (l. 19)
c) ( ) ―... Narciso viu sua própria imagem refletida...‖ (l. 18)
d) ( ) ―...apaixonou-se pela imagem...‖ (l. 20)
e) ( ) ―... Narciso tentou alcançar aquela imagem dentro da água...‖ (l. 21)
f) ( ) ―...não conseguia reter com um abraço aquele ser encantador.‖ (l. 21,22)
g) ( ) ―...Narciso deitou na relva e aos poucos seu corpo foi desaparecendo.‖ (l. 23)
9. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo:
a) ―Quando Narciso nasceu, sua mãe consultou o adivinho...‖ (l. 7,8) _________________________.
b) ―... Narciso viveria muitos anos desde que nunca conhecesse a si mesmo.‖ (l. 8,9) _________________.
c) ―... todas as moças e ninfas queriam seu amor...‖ (l. 11) _________________________.
d) ―... mas ele desprezava a todas.‖ (l. 11,12) _________________________.
e) ―Certo dia, enquanto Narciso descansava...‖ (l. 12) _________________________.
f) ―Naquela região havia uma fonte límpida...‖ (l. 17) _________________________.
g) ―Fascinado, Narciso ficou a contemplar o lindo rosto...‖ (l. 19) _________________________.
h) ―Por várias vezes Narciso tentou alcançar aquela imagem...‖ (l. 21) _________________________.
10. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―... apesar de atrair e despertar cobiça nas ninfas e donzelas...‖ (l. 3,4) _________________________.
b) ―... sua mãe consultou o adivinho Tirésias que lhe predisse...‖ (l. 7,8) _________________________.
c) ―...todas as moças e ninfas queriam o seu amor...‖ (l. 11) _________________________.
d) ―... havia uma fonte límpida de águas cristalinas..‖ (l. 17) _________________________.
e) ―... Narciso deitou na relva e aos poucos seu corpo...‖ (l. 23) _________________________.
11. Abaixo temos dois fragmentos de poemas, o primeiro de Ricardo Reis, heterônimo de Fernando
Pessoa, o segundo de Carlos Drumonnd de Andrade. Após ler atentamente, responda:
a) Qual dos dois fragmentos faz alusão ao narcisismo? Justifique sua resposta apontando ao menos um
traço de narcisismo presente no fragmento.
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b) Em qual dos fragmentos o amor é retratado como solidário? Comprove.
Ninguém a outro ama
― Ninguém a outro ama, senão que ama
O que de si há nele, ou é suposto.‖
Ricardo Reis
As Sem Razões Do Amor
―Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.
Amor é dado de graça
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.‖
Carlos Drumonnd de Andrade
12. Sabemos que na sociedade de hoje é presença marcante a celebração da aparência física, o culto da
imagem definindo padrões de beleza, as refinadas e superficiais relações afetivas, psicopatologias, a
utilização da publicidade e outros. Com base nisso, faça uma pesquisa com os temas bulimia,
anorexia e toxicomanias diversas, correlacionando as principais características do narcisismo com as
psicopatologias citadas acima. (H. 29.6)
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Mito de Pandora
Prometeu, deus cujo nome em grego
significa ―aquele que vê o futuro‖, doou aos
homens o fogo e as técnicas para acendê-lo e
mantê-lo. Zeus, o soberano dos deuses, se
enfureceu com esse ato, porque o segredo do
fogo deveria ser mantido entre os deuses. Por
isso, ordenou a Hefesto (deus do fogo e das
habilidades técnicas), que criasse uma mulher
que fosse perfeita, e que a apresentasse à
assembleia dos deuses. Atena, a deusa da
sabedoria e da guerra, vestiu essa mulher com
uma roupa branquíssima e adornou-lhe a cabeça
com uma guirlanda de flores, montada sobre uma
coroa de ouro. Hefesto a conduziu pessoalmente
aos deuses, e todos ficaram admirados; cada um
lhe deu um dom particular:
Atena lhe ensinou as artes que convêm ao seu sexo, como a arte de tecer;
Afrodite lhe deu o encanto, que despertaria o desejo dos homens;
As Cárites, deusas da beleza e da persuasão ornaram seu pescoço com colares de ouro;
Hermes, o mensageiro dos deuses, lhe concedeu a capacidade de falar, juntamente com a arte de
seduzir os corações por meio de discursos insinuantes.
Depois que todos os deuses lhe deram seus presentes, ela recebeu o nome de Pandora, que em grego
quer dizer ―todos os dons‖.
Finalmente, Zeus lhe entregou uma caixa bem fechada, e ordenou que ela a levasse como presente a
Prometeu. Entretanto, ele não quis receber nem Pandora, nem a caixa, e recomendou a seu irmão, Epimeteu,
que também não aceitasse nada vindo de Zeus. Epimeteu, cujo nome significa ―aquele que reflete tarde
demais‖, ficou encantado com a beleza de Pandora e a tomou como esposa.
A caixa de Pandora foi então aberta e de lá escaparam a Sensibilidade, a Insanidade, a Doença, a
Inveja, a Paixão, o Vício, a Praga, a Fome e todos os outros males, que se espalharam pelo mundo e
tornaram miserável a existência dos homens a partir de então. Epimeteu tentou fechá-la, mas só restou
dentro a Esperança, uma criatura alada que estava preste a voar, mas que ficou aprisionada na caixa [...] e é
graças a ela que os homens conseguem enfrentar todos os males e não desistem de viver.
(http://jaueras.blogspot.com.br/2009/o-mito-de-pandora.html)
Atividades
1. Qual é o tema e o assunto do texto?
2. Quem criou Pandora?
3. Por que todos ficaram admirados com Pandora?
4. Por que Zeus se enfureceu com Prometeu?
5. Em sua opinião, o que representa a Caixa de Pandora?
6. De acordo com o mito, quais os dons que Pandora recebeu e de quem?
7. No mito, o nome Epimeteu significa ―aquele que reflete tarde demais‖, você acha pertinente o
significado atribuído ao personagem analisando o final da história?
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8. Quais os males saíram da caixa de Pandora?
9. De acordo com o mito, restou somente a Esperança dentro da caixa. Qual a razão de ter ficado
somente este dom?
10. Que fato gerou a maldição para a humanidade?
11. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―... o soberano dos deuses, se enfureceu...‖ (l. 4) ________________________.
b) ―... adornou-lhe a cabeça com uma guirlanda...‖ (l. 12, 13) ________________________.
c) ―... lhe ensinou as artes que convém ao seu sexo...‖ (l. 17) ________________________.
d) ―... as deusas da beleza e da persuasão, ornaram seu pescoço...‖ (l. 19) ___________ /____________.
e) ―... a tomou como esposa.‖ (l. 27) ________________________.
f) ―... tornaram miserável a existência dos homens...‖ (l. 30) ________________________.
g) ―... a Esperança, uma criatura alada...‖ (l. 31) ________________________.
12. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo:
a) ―... e que a apresentasse à assembleia dos deuses.‖ (l. 9,1 0) ________________________.
b) ―Por isso, ordenou a Hefesto...‖ (l. 6, 7) ________________________.
c) ―... a conduziu pessoalmente aos deuses...‖ (l. 14, 15) ________________________.
d) ―Depois que todos os deuses lhe deram seus presentes...‖ (l. 22) ________________________.
e) ―Finalmente, Zeus lhe entregou uma caixa bem fechada...‖ (l. 24) ________________________.
f) ―Entretanto, ele não quis receber...‖ (l. 25) ________________________.
13. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor e a que se referem essas
características:
a) ... cujo nome em grego significa ―aquele que vê o futuro‖... (l. 1, 2) ________________________.
b) ... (deus do fogo e das habilidades técnicas)... (l. 7, 8) ________________________.
c) Atena, deusa da sabedoria e da guerra, vestiu... (l. 10, 11) ________________________.
d) ... que em grego quer dizer ―todos os dons‖ (l. 22, 23) ________________________.
e) ... cujo nome significa ―aquele que reflete tarde demais‖ (l. 9,1 0) ________________________.
14. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem:
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a) ―... e as técnicas para acendê-lo e mantê-lo.‖ (l. 3, 4) ________________________.
b) ―... e que a apresentasse à assembleia dos deuses.‖ (l. 9, 10) ________________________.
c) ―... e todos ficaram admirados, cada um lhe deu um dom particular:‖ (l. 15, 16) __________________.
d) ―... que ela a levasse como presente a Prometeu.‖ (l. 24, 25) ________________________.
e) ―... ele não quis receber nem Pandora...‖ (l. 25) ________________________.
f) ―Epimeteu tentou fechá-la...‖ (l. 30) ________________________.
g) ―... e é graças a ela que os homem conseguem...‖ (l. 3, 4) ________________________.
15. Na primeira frase do texto: Prometeu, deus cujo nome em grego significa “aquele que vê o futuro”...
16. Após ler atentamente esta história, que lição é possível retirar?
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Produção Final
O mito de Pandora explica a origem de todos os males. Produza uma narrativa que tenha
características dos mitos e apresente uma versão para a origem de um dos elementos representados nas
imagens a seguir. Lembre-se de dar um título à narrativa.
Chuva Neblina Raios
Planeje seu texto refletindo sobre os tópicos abaixo.
a) Quais são as características do elemento da natureza cuja origem você vai explicar (chuva, neblina,
raios)? Trata-se de uma manifestação da natureza benéfica para o ser humano? Quais são os
benefícios? A relação entre esse elemento e a humanidade é pacífica ou envolve perigos? Quais?
b) Na sua versão para a origem desse elemento da natureza, por que ele foi criado? Para premiar os
seres humanos ou uma pessoa em especial? Para castigá-los? Foi criado por um deus? Ou o
surgimento desse elemento da natureza foi casual, mera consequência de algum ato dos deuses?
c) A que sentimentos ou comportamentos humanos esse elemento da natureza poderia ser associado:
persistência, instabilidade, raiva, ódio, tristeza?
d) Que deuses você criará? Haverá apenas deuses ou também seres humanos?
e) Que conflito eles viverão?
f) Em que espaço e tempo acontecerão os fatos narrados?
Seu mito deve ter estas partes.
Situação inicial, em que se apresentam as personagens, o tempo, o espaço.
Desenvolvimento, em que uma complicação surge, se desenrola, chega ao auge e, por fim, se
resolve, bem ou mal.
Situação final.
Feita a primeira versão do texto, reúna-se com outros dois colegas. Cada um vai avaliar o texto dos demais
com o auxílio da tabela abaixo, assinalando, no caderno, ―sim‖ ou ―não‖ para cada um dos tópicos
propostos.
O texto lido apresenta Sim Não
A narrativa conta uma versão baseada na imaginação da origem de um dos
elementos da natureza mostrados nas imagens?
As ações ocorrem em um espaço caracterizado como um lugar sagrado?
O tempo é remoto, relacionado às origens da Terra ou da humanidade?
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Lenda
Narrativa ou crendice acerca de seres maravilhosos e encantatórios, de origem humana ou não,
existentes no imaginário popular. Trata-se de história, cheia de mistério e fantasia, de origem no conto
popular, que nasceu com o objetivo de explicar acontecimentos que teriam causas desconhecidas. Na busca
do maravilhoso, o ser humano sempre procurou dar sentido à movimentação dos astros, à migração de
animais, aos fenômenos naturais, etc. Essa narrativa de caráter maravilhoso pode também se referir a um
fato histórico que, centralizado em torno de algum herói popular (revolucionário, santo, guerreiro), se
amplifica e se transforma sob o efeito da evocação poética ou da imaginação popular.
Características
Desse modo, como o conto popular oral, apresenta algumas características básicas:
Rica em ações e situações antigas;
Permanência no tempo;
De autoria anônima ou desconhecida;
Transmissão e divulgação de geração em geração entre pessoas e comunidades;
Convergência das ações para o tema ou foco da lenda, como a busca, por exemplo, de um mundo
feliz, de paz, de justiça, etc;
Sequência lógica no tempo e no espaço narrativos;
Destaque de algum personagem por seus poderes sobrenaturais ou atos de heroísmo;
Relação direta da história com o momento histórico da região e da comunidade que a cria;
Final emblemático, com desenlace maravilhoso ou extraordinário.
As lendas atribuem grande valor à natureza, pois ela é fonte de vida para os povos primitivos. A ela
são atribuídos poderes e a ela se deve dedicar respeito e obediência.
São narradas em terceira pessoa para representar a voz de toda a comunidade, daqueles que herdaram
as tradições de seus antepassados.
São contadas pela tradição oral através dos tempos para transmitir algum ensinamento ou explicar
algum fato histórico ou natural. Como elas revelam muito sobre os povos que as criaram, é importante
valorizar o seu registro escrito, como uma estratégia de resgate e de transmissão para gerações futuras.
Curiosidade
As lendas indígenas são divertidas e temperadas de muita imaginação – índios que falam com
animais, estrelas que caem na Terra, guerreiros que vão para o céu. Numa delas a Lua e o Sol, que eram
irmãos, se apaixonaram e, como castigo, nunca mais puderam se encontrar. Por isso, até hoje quando a Lua
sai o Sol se esconde. Se você reparar, nessa lenda há mais do que uma simples explicação para o dia e para a
noite. Ela ensina aos pequenos índios como devem se comportar na tribo, em outras palavras, ensina que é
errado o namoro entre irmãos.
Maria Ganem. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br>.
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O Negrinho do Pastoreio
Na época da escravidão, vivia no Sul do Brasil
um meigo menino negro. Seus pais tinham sido
vendidos para uma fazenda e ele para outra, portanto
ele cresceu sozinho, trabalhando nos pastos do patrão.
Ninguém sabia o nome que os pais haviam lhe dado e,
como ele cuidava muito bem dos animais do pasto,
todos o chamavam de Negrinho do Pastoreio.
Negrinho montava com tanta habilidade que
alguns diziam que na verdade ele era filho de um saci.
Mas o menino não gostava disso. Ele era muito amigo
do padre da fazenda e acreditava piamente na bondade
de Nossa Senhora, que considerava sua protetora.
Certa noite, um garanhão que estava sob os
cuidados dele desapareceu pelos pastos. Temendo ser
castigado pelo dono da fazenda, Negrinho saiu na
escuridão levando apenas uma vela e rezando para que
Nossa Senhora o ajudasse. Suas súplicas foram
atendidas. Quando já não aguentava mais andar, o
menino viu pingos que caíram de sua vela se
transformar numa linda fogueira e iluminar todo o campo. Ele sorriu, maravilhado. Assobiou chamando o
animal, e o cavalo se aproximou lentamente, permitindo que Negrinho lhe pusesse as rédeas.
Acontece que, no dia seguinte, o cavalo escapuliu mais uma vez. O dono das terras, impiedoso,
simplesmente decretou a morte de Negrinho, como se fazia com os escravos que falhavam ao cumprimento
de suas obrigações. Ordenou ao capataz que o levasse a um imenso formigueiro e lá o abandonasse, todo
amarrado para que não pudesse fugir. Depois de ter obedecido à ordem do patrão, o capataz chorava de tanta
tristeza, pois não conseguia se conformar em ter aplicado um castigo horrível daqueles no menino.
Na manhã seguinte, decidiu que salvaria o menino mesmo que tivesse que morrer junto com ele.
Correu até o local onde o havia deixado, certo de iria encontrá-lo bastante ferido. Mas qual não foi sua
surpresa ao chegar: Negrinho estava de pé ao lado do cavalo, cercado por uma belíssima luz dourada e sem
uma picada sequer. Olhou bem no fundo dos olhos do capataz e disse:
- Agora vou partir. Obrigado por sua generosidade. Sei que seu coração é bom. E, sempre que você
perder alguma coisa, chame por mim e, em companhia de Nossa Senhora, minha mãe querida, eu o ajudarei
a encontrá-la. Diga isso a todas as crianças. Principalmente às que são distraídas. Eu serei o seu eterno
protetor.
Nesse instante, um bando de passarinhos o rodearam e o levaram para longe. E até hoje, naquela
região, as pessoas que perderam objetos acendem velas para que o Negrinho as ajude a recuperá-los,
dizendo:
- Negrinho do Pastoreio, leve esta luz a Nossa Senhora, encontre para mim tudo o que já perdi.
(História do folclore brasileiro)
PRIETO, H. Lá vem História: Contos do Folclore Mundial. São Paulo, Cia das Letrinhas, 1997.
Atividades
1. Com relação ao gênero e a sua estruturação, responda:
a) Qual é o gênero textual?
b) Qual é o tipo discursivo?
c) Qual é o domínio discursivo desse gênero?
d) Qual é a sua finalidade/função sócio-comunicativa/para que serve/objetivo?
e) Quais são as principais características?
f) Qual é o público-alvo desse texto?
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2. Qual é o tema e o assunto do texto?
3. Por que o meigo menino negro cresceu sozinho?
4. O nome da personagem central da história é desconhecido, mas ele recebeu um apelido. Qual foi e
por quê?
5. Algumas pessoas diziam que o Negrinho do Pastoreio era filho de saci, por causa da sua habilidade
na montaria. Porém, o menino não gostava que falasse assim, por quê?
6. Por que o Negrinho do Pastoreio se tornou o protetor das coisas perdidas?
7. Identifique no texto os seguintes características:
a) Personagens (protagonistas/antagonistas/secundários ou coadjuvantes):
b) Tempo (cronológico ou psicológico):
c) Espaço (físico ou social):
d) Clímax:
e) Desfecho:
8. Quando o capataz chegou para resgatar o Negrinho do Pastoreio, ele teve uma surpresa. O que
podemos inferir da situação que ele encontrou?
9. A expressão ou invocação ―Nossa Senhora‖ encontrada no texto, é uma marca religiosa específica de
qual crença e a quem ela se refere?
10. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―... e acreditava piamente na bondade...‖ (l. 11) __________________________.
b) ―Certa noite, um garanhão que estava sob os cuidados dele...‖ (l. 13,14) ______________________.
c) ―Suas súplicas foram atendidas.‖ (l. 11) __________________________.
11. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem:
a) ―... tinham sido vendidos para uma fazenda e ele para outra...‖ (l. 2, 3) __________________________.
b) ―Mas o menino não gostava disso.‖ (l. 10) __________________________.
c) ―Ele era muito amigo do padre da fazenda...‖ (l. 10,11) __________________________.
d) ―Sei que seu coração é bom.‖ (l. 31) __________________________.
e) ―... sempre que você perder alguma coisa, chame por mim...‖ (l. 31,32) _____________ /____________.
f) ―... eu o ajudarei a encontrá-la.‖ (l. 32) __________________________.
g) ―... para que o Negrinho as ajude a recuperá-los.‖ (l. 36) _____________ /____________.
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12. Leia o poema abaixo.
A abolição dos escravos no Brasil
Os escravos no Brasil
Eram muito maltratados
Enriqueciam os patrões
E viviam acorrentados.
Trabalhavam até doentes
Sem direito a reclamar
Se cometesse alguma falta
Ia ‗pro‘ tronco apanhar.
Muitas pessoas lutaram
Pra acabar com o sofrimento
Dessas pessoas humildes
Pois ouviam seus lamentos.
Veio a Lei do Ventre Livre
Já foi meio caminho andado
Pois aí os que nasciam
Não mais eram escravizados.
A Lei dos Sexagenários
Libertava os de sessenta
Pois quando o homem está velho
Trabalhar já não aguenta.
Foi a Princesa Isabel
Que com um gesto muito bravo
No dia 13 de maio
Deu liberdade aos escravos.
Com este gesto heroico
De princesa lutadora
Ficou sendo conhecida
Isabel ―A Redentora‖.
Assim acabou-se a vergonha
Página feia de nossa história
Infelizmente este fato
Ficou em nossa memória.
No dia 13 de maio
Foi também denunciado
O racismo no Brasil
Foi um fato consumado.
Negros, índios, brancos e pardos
Temos direitos iguais
E discriminar é crime
Vai parar nos tribunais.
Elizângela Tavares da Cruz (Manacapuru - AM - por correio eletrônico)
Fonte: http://www.pucrs.br/mj/poema-negro-71.php
a) Qual semelhança podemos encontrar entre a lenda e o poema acima?
b) E qual a diferença entre eles?
13. Leia a reportagem abaixo.
Estrangeiros resgatados de escravidão no Brasil são 'ponta de iceberg'
Fernanda Nidecker. Da BBC Brasil em Londres Atualizado em 13 de maio 2013
No dia em que o Brasil comemora 125 anos da abolição da escravatura, especialistas ouvidos pela BBC Brasil
afirmam que no cenário atual do combate ao trabalho escravo no país, a situação que desponta como a mais
preocupante é a dos estrangeiros que chegam ao Brasil em busca de um eldorado de oportunidades.
A crescente demanda por mão de obra no país, resultante da expansão econômica na última década, tem
exposto imigrantes de várias nacionalidades a condições de trabalho análogas às da escravidão - servidão por dívida,
jornadas exaustivas, trabalho forçado e condições de trabalho degradantes.
Segundo Renato Bignami, coordenador do programa de Erradicação do Trabalho Escravo da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em São Paulo, o número de
estrangeiros resgatados no Estado vem aumentando.
Ele afirma que, desde 2010, quando começaram as operações de combate ao trabalho escravo voltadas exclusivamente para estrangeiros, 128 bolivianos e um peruano foram resgatados no Estado de São Paulo, que
concentra o maior contingente de trabalhadores estrangeiros do país.
Todos eles foram encontrados em oficinas de costura ilegais, terceirizadas por confecções contratadas por
marcas conhecidas, como Zara, Cori, Emme e Luigi Bertolli. [...]
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130508_trabescravo_estrangeiros_fl.shtml
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a) Qual ideia presente no poema é contradita nesta reportagem?
b) Qual é a sua opinião a respeito do tema abordado nos três textos (escravidão); contra ou a favor?
c) Você conhece alguém que realiza ou já realizou algum tipo de trabalho escravo diferente do que foi
citado na reportagem?
Produção Inicial Você percebeu que o autor da lenda anterior é alguém que apenas narra, mas não participa da
história. Já que a história é tão legal e retrata a história do nosso país, que tal fazermos parte dessa aventura
também? Reescreva a história, fazendo as adaptações necessárias, mas sem se esquecer de que o narrador será uma voz coletiva – os negrinhos do pastoreio – e que deverá usar bastante o pronome nós.
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João-de-barro
Segundo a lenda, há muito tempo, numa tribo do sul do
Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza.
Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento.
O pai dela então perguntou:
— Que provas podes dar de sua força para pretender a mão
da moça mais formosa da tribo?
— As provas do meu amor! – respondeu o jovem Jaebé.
O velho gostou da resposta, mas achou o jovem atrevido,
então disse:
— O último pretendente de minha filha falou que ficaria
cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.
— Pois eu digo que ficarei nove dias em jejum e não
morrerei.
Toda a tribo se admirou com a coragem do jovem
apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova. Então, enrolaram o rapaz num pesado couro de
anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada
chorava e implorava à deusa Lua que o mantivesse vivo. O tempo foi passando e certa manhã, a filha pediu
ao pai:
— Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.
E o velho respondeu:
— Ele é arrogante, falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.
Esperou então até a última hora do novo dia, então ordenou:
— Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.
Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seus olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz
mágica. Sua pele estava limpa e tinha cheiro de perfume de amêndoas. Todos se admiraram e ficaram mais
admirados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo,
aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!
E foi naquele exato momento que os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu
transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde
desapareceram para sempre.
Podemos constatar a prova do grande amor que uniu esses dois jovens no cuidado com o que o João-
de-barro constrói sua casa e protege os filhotes. Os homens admiram o pássaro João-de-barro porque se
lembram da força do Jaebé, uma força que nasceu do amor e foi maior que a morte.
Atividades
1. Qual é o tema e o assunto do texto?
2. Qual era a intenção do velho índio quando conta sobre o último pretendente da filha?
3. Sabe-se que a lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos,
podendo combinar fatos reais com irreais. Comprove por meio do texto, um trecho que possa ser
produto da imaginação, ou seja, irreal.
4. Segundo a lenda, onde a narrativa se passa?
5. Depois de ler o texto, o que podemos inferir sobre a atitude do jovem Jaebé?
6. O autor associa o amor dos dois jovens à lenda do pássaro João de barro. Justifique.
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7. Por que o jovem Jaebé se propôs à prova dita pelo velho índio?
8. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―... a mão da moça mais formosa da tribo?‖ (l. 5,6) __________________________.
b) ― O último pretendente da minha filha...‖ (l. 10) __________________________.
c) ―... ficarei nove dias em jejum...‖ (l. 12) __________________________.
d) ―Ele é arrogante...‖ (l. 21) __________________________.
e) ―... Jaebé saltou ligeiro.‖ (l. 24) __________________________.
9. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo:
a) ―Segundo a lenda, há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil...‖ (l. 1) _____________________.
b) ―O tempo foi passando e certa manhã, a filha pediu ao pai:‖ (l. 17) __________________________.
c) ―... para a floresta onde desapareceram para sempre.‖ (l. 29,30) __________________________.
10. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem:
a) ―Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento.‖ (l. 2,3) __________________________.
b) ―O pai dela então perguntou:‖ (l. 4) __________________________.
c) ―...ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse...‖ (l. 16) __________________________.
d) ―Não o deixe morrer.‖ (l. 19) __________________________.
e) ―E o velho respondeu:‖ (l. 29) __________________________.
11. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato: (H. 9.2)
a) ( ) ―... morreu no quarto dia.‖ (l. 11)
b) ( ) ―...certa manhã, a filha pediu ao pai:‖ (l. 17,18)
c) ( ) ―... seu sorriso tinha uma luz mágica.‖ (l. 24,25)
d) ( ) ―Sua pele estava limpa.‖ (l. 25)
e) ( ) ―...ela saiu voando atrás de Jaebé.‖ (l. 29)
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12. Nas frases abaixo, explique o sentido da pontuação usada pelo autor:
a) ―Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento.‖ (l. 2,3) Vírgulas: __________________________.
b) ―— As provas do meu amor!‖ (l. 7) Exclamação: __________________________.
c) ―— Já se passaram cinco dias.‖ (l. 19) Travessão: __________________________.
d) ―E o velho respondeu:‖ (l. 20) Dois pontos: __________________________.
13. Qual a consequência do ato de coragem do jovem Jaebé?
14. Sabendo que o adjetivo atribui uma qualidade, característica ou estado, identifique a frase onde se
encontra um termo que indique qualidade.
a) ―... a coragem do jovem apaixonado.‖ (l. 14,15)
b) ―... a mão da moça mais formosa...‖ (l. 5,6)
c) ―A jovem apaixonada chorava...‖ (l. 16,17)
d) ―... Jaebé saltou ligeiro.‖ (l. 24)
15. Leia os textos abaixo.
Na letra da música, a cantora faz um pedido ao João de Barro: “Por favor me ensine como guardar
meu amor”. Se tivermos como base o texto I, podemos entender o porquê desse pedido?
Texto II
João de Barro
Maria Gadú
O meu desafio é andar sozinho
Esperar no tempo os nossos destinos
Não olhar pra trás, esperar a paz
O que me traz
A ausência do seu olhar
Traz nas asas um novo dia
Me ensina a caminhar
Mesmo eu sendo menino aprendi
Oh meu Deus me traz de volta essa menina
Porque tudo que eu tenho é o seu amor
João de Barro eu te entendo agora
Por favor me ensine como guardar meu amor
Texto I
Verdade ou mito?
João-de-barro prende a parceira se descobre traição
por Fábio Paschoal em 6 de julho de 2012
O que você faria se descobrisse uma traição? O joão-de-
barro fecharia a parceira dentro do ninho, aprisionando-a ali para
sempre. Essa história, que ouvi durante uma roda de tereré no
Pantanal, me deixou intrigado e resolvi investigar a origem da crença.
O joão-de-barro constrói seu ninho junto com a fêmea. Eles são
excelentes arquitetos e utilizam lama para fazer uma estrutura complexa, semelhante a um forno de pizza. Para entrar na casa é
preciso passar por um corredor em forma de ―L‖, que leva a uma
câmara onde a fêmea irá colocar seus ovos. Lá eles estarão protegidos do bico do tucano, que não consegue fazer a curva.
[...]
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/blog/curiosidade-animal/verdade-ou-mito-joao-de-barro-prende-a-parceira-se-descobre-que-
foi-traido/
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16. Analise a seguinte propaganda.
a) O que a propaganda acima está divulgando?
b) Tendo como referência o texto I da questão anterior, justifique uso da imagem do João de Barro na
propaganda do Banco Bradesco.
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A gralha azul
Há muito tempo atrás, a gralha azul era apenas
uma gralha parda, semelhante às outras de sua espécie.
Mas um dia a gralha azul resolveu pedir para Deus lhe dar
uma missão que lhe faria muito útil e importante. Deus lhe
deu um pinhão, que a gralha pegou com seu bico com toda
força e cuidado.
Abriu o fruto e comeu a parte mais fina. A outra
parte mais gordinha resolveu guardar para depois,
enterrando-a no solo. Porém, alguns dias depois ela havia
esquecido o local onde havia enterrado o restante do
pinhão.
A gralha procurou muito, mas não encontrou
aquela outra parte do fruto. Porém, ela percebeu que havia nascido na área onde havia enterrado uma
pequena araucária. Então, toda feliz, a gralha azul cuidou daquela árvore com todo amor e carinho. Quando
o pinheiro cresceu e começou a dar frutos, ela começou a comer uma parte dos pinhões e enterrar a parte
mais gordinha (semente), dando origem a novas araucárias. Em pouco tempo, conseguiu cobrir grande parte
do Estado do Paraná com milhares de pinheiros, dando origem à floresta de Araucária.
Quando Deus viu o trabalho da gralha azul, resolveu dar um prêmio a ela: pintou suas penas da cor
do céu, para que as pessoas pudessem reconhecer aquele pássaro, seu esforço e dedicação. Assim, a gralha
que era parda, tornou-se azul.
www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/lenda_gralha_azul.htm
Atividades
1. Qual é o tema e o assunto do texto?
2. Como é chamada a árvore que dá o pinhão?
3. O que a gralha queria com Deus? E qual foi a atitude dele?
4. O que a gralha fez assim que recebeu o ―presente‖?
5. O que gerou o nascimento do primeiro pinheiro?
6. De acordo com a lenda, como se deu o surgimento da floresta Araucária?
7. Como você avalia a atitude da gralha?
8. Qual a consequência para a gralha de seu ato?
9. Nas frases abaixo encontre o significado das palavras em destaque:
a) ―... era apenas uma gralha parda. (l. 1,2) __________________________.
b) ―... Deus lhe deu um pinhão...‖ (l. 4,5) __________________________.
c) ―... havia enterrado uma pequena araucária.‖ (l. 13,14) __________________________.
d) ―... a gralha que era parda, tornou-se azul.‖ (l. 19,20) __________________________.
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12. Que ideia expressam as palavras destacadas nas frases abaixo:
a) ―Há muito tempo atrás, a gralha azul era apenas...‖ (l. 1) __________________________.
b) ―...o local onde havia enterrado o restante do pinhão.‖ (l. 9,10) __________________________.
c) ―Assim, a gralha que era parda, tornou-se azul.‖ (l. 19, 20) __________________________.
13. As palavras destacadas nas frases abaixo se referem a que/quem:
a) ―Deus lhe deu um pinhão...‖ (l. 4,5) __________________________.
b) ―...enterrando-a no solo.‖ (l. 9) __________________________.
c) ―...alguns dias depois ela havia esquecido o local...‖ (l. 9,10) __________________________.
14. Nos trechos abaixo coloque O para opinião e F para fato:
a) ( ) ―Há muito tempo atrás, a gralha azul era apenas uma gralha parda.‖ (l. 1,2)
b) ( ) ―Deus lhe deu um pinhão...‖ (l. 4,5)
c) ( ) ―... a gralha pegou com seu bico com toda força e cuidado.‖ (l. 5,6)
d) ( ) ―Quando o pinheiro cresceu começou a dar frutos...‖ (l. 14,15)
e) ( ) ―...uma missão que lhe faria muito útil e importante.‖ (l. 4)
f) ( ) ―...cuidou daquela árvore com todo amor e carinho. (l. 14)
15. O que essa lenda que você acabou de ler e a anterior, João-de-barro, têm em comum?
16. Sabendo que as lendas foram ensinamentos transmitidos oralmente, por gerações antigas, imagine
qual seria a importância delas naqueles tempos?
17. E hoje em dia, qual a importância que a palavra tem? É possível confiar apenas nela?
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Produção Final
Há duas espécies de plantas conhecidas como árvore-da-felicidade. Uma chamada ―fêmea‖,
apresenta folhas delgadas, bem recortadas e de coloração clara. Outra, chamada ―macho‖, possui folhas mais
robustas e de um verde intenso. É costume plantá-las lado a lado, para que as folhagens e mesmo os troncos
se entrelacem à medida que crescem. Ao final da tarde, elas exalam um aroma característico.
Produza agora uma lenda que explique a origem da árvore-da-felicidade. Não se esqueça de dar um
título bem criativo!
Planeje seu texto refletindo sobre os tópicos abaixo.
a) Em que lugar a ação se desenvolverá? Se o espaço for uma aldeia indígena, você poderá fazer uma
pesquisa em livros ou na internet para conhecer o lugar onde vivem esses índios e ter outras
informações significativas.
Veja o nome de alguns grupos indígenas que podem ser pesquisados: Tikuna, Yanomami, Pankaruru,
Kayapó, Guarani, Xavante, Xerente, Nambikwara, Monduruku.
b) Além da explicação para o surgimento da árvore da felicidade, sua narrativa deve trazer um
ensinamento. O que ela irá ensinar?
c) Quais serão os protagonistas da sua história? Considere que, para contar a origem da árvore-da-
felicidade, caracterizada por possuir macho e fêmea, provavelmente você precisará de um homem e
uma mulher (um casal de namorados, mãe e filho, pai e filha, etc.)
d) Qual é a aventura que essas personagens vão viver e o que justificará a metamorfose?
e) Forças sobrenaturais terão um papel decisivo sobre o desfecho da narrativa? Como você pretende
caracterizá-las?
Observe essas orientações ao produzir sua lenda:
Em seu texto devem aparecer a apresentação da situação inicial vivida pelas personagens, uma
complicação que levará as personagens a viver alguma aventura, culminando na metamorfose, e
a situação final das personagens.
O foco narrativo deve ser em terceira pessoa.
Utilize a tabela abaixo para fazer uma autoavaliação da sua narrativa.
O texto lido apresenta Sim Não
Sua narrativa dá uma explicação imaginária para o surgimento da árvore
da felicidade?
A narrativa enfoca algum poder sobrenatural?
Pelo menos uma das personagens sofre metamorfose?
Ela contém um ensinamento? Qual?
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Recommended