Política Nacional de Atenção Básica provimento de profissionais em AB:
trajetória de 2011-2014
Thais Coutinho de Oliveira
Nutricionista-sanitarista / Mestre em saúde pública / Especialista em Avaliação em Saúde
Analista em Atenção Primária e Apoiadora Institucional – DAB/SAS/MS [email protected]
Rio de Janeiro
Maio 2014
Taller ISAGS - “Abordagens de Atenção primária à Saúde e estratégias para e
permanência de profissionais em zonas remotas e desfavorecidas nos países da
América do Sul”
• Cerca 60% da população coberta
• Mais 112 milhões de cidadãos atendidos por
• Em 40.350 Unidades Básicas de Saúde
• 35.591 equipes de Saúde da Família
• São mais de 700 mil profissionais
• Sendo a Atenção Básica presentes em 100% municípios brasileiros
Atenção Básica Brasil
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
A Política Nacional de Atenção Básica tem na Saúde da Família
sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da
atenção básica.
A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no País, de
acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da
Saúde e gestores estaduais e municipais, representados respectivamente pelo
CONASS e CONASEMS, como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da
Atenção Básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior
potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica,
de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e
coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade.
Política Nacional de Atenção Básica LINHAS GERAIS
• Aumento do financiamento
• Ampliação e melhoria da infraestrutura das UBS
• Ampliação do acesso
• Melhoria da qualidade
• Implantação de novo sistema de informação
• Ações intersetoriais para uma atenção integral à saúde
– Brasil sem Miséria, Saúde na Escola, Academia da Saúde
• Valorização dos trabalhadores – Programas de provimento e fixação
• Fortalecimento da gestão e do controle social
Departamento de Atenção Básica Estratégias / Programas
• Serviço de Atendimento Domiciliar – Melhor em Casa
• Programa Academia da Saúde
• Programa Saúde na Escola
• Consultório na Rua
• Unidade Básica de Saúde Fluvial
• Rede Cegonha
• Brasil sorridente / Centro Especializado de Odontologia-CEO
• Politica Nacional de saúde Bucal
• Política Nacional de Alimentação e Nutrição
• Politica Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
Estratégias de fortalecimento da AB
Atenção Básica
Recursos financeiros
e-SUS AB
PMAQ
Requalifica UBS
Equipes de Saúde da Família
Mais Médicos e PROVAB
Academia dá Saúde
Melhor em Casa
Consultório na Rua
Telessaúde
PSE
UBS Fluvial
Equipes de Atenção Básica
Prisional
No início de 2013: - 54 tipos de equipes de saúde – 6 tipos de Equipes de Saúde da Familia (ESF)
- Profissionais equipe mínima da ESF: Médico, Enfermeiro, Odontólogos, Agentes Comunitários de Saúde, técnicos (enfermagem, saúde bucal, microscopista)
- NASF - Universalização – todos os municípios com Equipes de Saúde da Família poderão receber recursos federais para implantar
Modalidades de implantação
1 = 200h/semana = R$ 20.000,00 = 5 a 9 ESF + PMAQ 5mil
2 = 120h/semana = R$ 12.000,00 = 3 ou 4 ESF + PMAQ 3mil
3 = 80h/semana = R$ 8.000,00 = 1 ou 2 ESF + PMAQ 2mil
Expansão em 15 meses
Entrada no Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade (PMAQ) em 2014
Aproximadamente 1.400 NASF Atualmente 3.350 NASF (abril 2014)
Equipes de Atenção Básica e Núcleos de Apoio à Saúde da Família
Fonte : DAB/SAS/MS
Abril 2014
Distribuição regional – Núcleos Apoio à saúde da Família
Financiamento da Atenção Básica
• De 2010 a 2014 o orçamento para a Atenção Básica, considerando apenas os recurso DAB (ou seja, sem SVS, DAF-SCITIE e SGTES), cresceu 105%
• Comparação com a Inflação: • De janeiro de 2011 a dezembro de 2013 foi de 19,4% (IPCA-IBGE) • Com a estimativa de 5,9% em 2014 teríamos um acumulado de 26,4% • Portanto, o recuso da Atenção Básica cresceu 5 vezes mais que a
inflação
• Comparação com o aumento do recurso federal da Saúde • De 2010 a 2014 o orçamento federal da saúde cresceu 58,5% • Portanto, o crescimento do recurso da Atenção Básica foi quase o
dobro do crescimento global da saúde
A prioridade dada à Atenção Básica se traduz também no aumento absoluto e proporcional do orçamento
Ano PAB fixo PAB variável Estruturação + Construção e
Ampliação
Emendas Parlamentares
Total s/ Emendas
Total c/ Emendas
2010 R$ 3,65 Bi R$ 5,92 Bi R$ 147 Mi R$ 73 Mi R$ 9,71 Bi R$ 9,79 Bi
2011 R$ 4,44 Bi R$ 7,19 Bi R$ 761 Mi R$ 118 Mi R$ 12,38 Bi R$ 12,50 Bi
2012 R$ 4,42 Bi R$ 8,31 Bi R$ 633 Mi R$ 497 Mi R$ 13,36 R$ 13,86 Bi
2013 R$ 5,22 Bi R$ 9,44 Bi R$ 1,46 Bi R$ 504 Mi R$ 16,11 Bi R$ 16,62 Bi
2014 R$ 5,29 Bi R$ 11,17 Bi R$ 1,72 Bi R$ 1,9 Bi R$ 18,18 Bi R$ 20,08 Bi
Variação 2010-2014
R$ 1,64 Bi 44% R$ 5,25 Bi 88% R$ 1,57 Bi 1070% R$ 1,82 Bi R$ 8,47 Bi
R$ 10,29 Bi 105% 2502% 87%
FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA Quadro da evolução – Período: 2010 a 2014
Momento Oportuno de Qualificação da AB
Momento Oportuno de Qualificação da AB
Melhoria na Infraestrutura das UBS e condições de trabalho: Programa de Requalificação das UBS com investimentos de
mais de 5,5 Bilhões em mais de 26 mil obras em UBS (Reformas, Ampliações e Construções)
Investimento, via Emenda Impositiva, de 1,8 Bilhões na estruturação da Atenção Básica: equipamentos, Saúde Bucal e UBS Fluvial
Momento Oportuno de Qualificação da AB
Componentes:
• Construção
• Reforma
• Ampliação
• Conectividade
• Informatização e Telessaúde
Unidades Básicas de Saúde
Programa nacional para ampliação e melhoria das UBS REQUALIFICA UBS
Componente
2009 - 2012 2013 Números Gerais
Nº DE PROPOSTAS
Nº DE PROPOSTAS
Nº DE PROPOSTAS
VALOR DAS PROPOSTAS VALOR JÁ REPASSADO
Construção 4.604 5.517 10.121 R$ 3.691.957.333,31 R$ 1.037.180.734,94
Ampliação 5.674 2.832 8.506 R$ 909.180.787,80 R$ 405.465.821,36
Reforma 5.483 2.866 8.349 R$ 964.035.578,03 R$ 479.111.515,90
Total 15.761 11.215 26.976 R$ 5.565.173.699,14 R$ 1.921.758.072,20
Construção pronta Início da construção
Construção de Unidades Básicas de
Saúde (UBS)
Depois Antes
Reforma de Unidades Básicas de Saúde
(UBS)
Antes Depois
Ampliação de Unidades Básicas de
Saúde (UBS)
Município e Equipes de Atenção Básica
aderem e contratualizam compromissos estratégicos e indicadores
Momento de organizar a oferta de:
- Autoavaliação
- Monitoramento
- Apoio Institucional
- Educação Permanente
Visita dos “Avaliadores da Qualidade”
(Universidades) para aplicação do
instrumento de avaliação/certificação: - Gestão - Infra UBS - Equipe - Usuários
Contratualização Desenvolvimento Avaliação Externa
- Ao Aderir receberá 20% do Componente de
Qualidade do PAB Variável
- Informar sistema de gestão do DAB - PMAQ
Período de 1 ano
para nova
certificação Certificação
FASE 2 FASE 3 FASE 1
Saúde Mais Perto de Você: Acesso e Qualidade Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade - PMAQ
20
1º Ciclo (2011/2012) 2º Ciclo (2013/2014)
3.936 municípios 17,5 mil Equipes de Atenção Básica /Saúde bucal
17.165 equipes certificadas
Investimento: 2011 – 70 milhões
2012 – 700 milhões
5.077 municípios 30,5 mil Equipes de Atenção Básica
19,9 mil Equipes de Saúde Bucal
1,8 mil NASF
860 CEO´s
Total: 53.060 equipes contratualizadas
Investimento:
2014 – mais de 2,5 bilhões
Adesão e Recursos Financeiros do Programa
Saúde Mais Perto de Você: Acesso e Qualidade Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade - PMAQ
Ano Recursos/Investimentos 2012 R$ 874.833.600,00
2013 R$ 1.191.897.900,00
Total R$ 2.066.731.500,00
R$ 45 milhões/ano O Plano Nacional de Banda Larga vai garantir acesso à internet, até 2014, a 100% das UBS com equipes do 1º ciclo do PMAQ, um universo de 13 mil UBS
Contratação dos pontos de internet (Satélite e Terrestre)
Velocidade mínima para rodar os sistemas Prontuário Eletrônico, Telessaúde e Cartão SUS
O Portal de Compras do Ministério da Saúde tem atas de registro de preços para compra de computadores
Banda Larga para as Unidades Básicas de Saúde
O e-SUS Atenção Básica passa a trabalhar com informações individualizadas pelo Cartão Nacional de Saúde, qualificando o cuidado e melhorando o acompanhamento das ações de saúde.
Estratégia e-SUS AB
Sistemas de Informação na AB
Diversas plataformas e terminologias
Estratégia
e-SUS AB
Plataforma única de entrada de dados na AB
Individualizar o registro
Reduzir o retrabalho na coleta de dados
Integrar a informação
Informatização unidades
Aprimora a Gestão do cuidado
Aprimora a Coordenação do cuidado
Estratégia e-SUS AB Foco no processo de trabalho das equipes de AB
Softwares do e-SUS AB – CDS e PEC
30% dos municípios
70% dos municípios
Registro clínico orientado por problemas (RCOP);
SOAP; CIAP-2; História clínica; Folha de Rosto.
Sistema e-SUS AB com PEC Prontuário Eletrônico do Cidadão
• Informatização das UBS – banda larga PMAQ
• Telessaúde Brasil Redes
• Integração do Telessaúde com as centrais de regulação (SISREG)
• Integração/Interoperabilidade com SI e Serviços de Saúde da rede – “aproximar AB com AE” com foco na resolutividade
• Fortalecimento da Atenção Básica como coordenadora do cuidado no território
Estratégia ligadas ao e-SUS AB
Peru 0,9
Chile 1,0
Paraguai 1,1*
Bolívia 1,2*
Colômbia 1,4*
Equador 1,7
Brasil 1,8
Venezuela 1,9*
México 2,0
Canadá 2,0
Estados Unidos 2,4
Reino Unido 2,7
Austrália 3,0
Argentina 3,2*
Itália 3,5
Alemanha 3,6
Uruguai 3,7
Portugal 3,9
Espanha 4,0
Cuba 6,7
Médicos por 1.000 habitantes
Fonte: Estadísticas Sanitarias Mundiales, OMS/ 2012 *Estadísticas Sanitarias Mundiales, OMS /2011
Desafios: Mais médicos, mais qualidade, mais perto da população
22 estados abaixo da média nacional
Fonte: Conselho Federal de Medicina - 2012
Brasil: 1,83 médicos/mil hab
Provimento de profissionais
Mudança da formação e mais vagas em Cursos de Medicina
Universalização da Residência Médica.
Com a Lei 12.871, que institui o Programa Mais Médicos, e com o Provab, estamos enfrentando os desafios:
Mais Médicos
Brasil sairá de 374 mil
para 600 mil médicos até 2026
11,5 mil novas vagas de
graduação
12,4 mil novas bolsas de
formação de especialistas
médicos para periferia e interior
14.090 médicos 1.597 brasileiros, 1.163 intercambistas individuais e 11.330 cooperados
6.562 médicos para os 1.805 municípios mais carentes: Semiárido Municípios com IDHM baixo ou muito baixo Região Norte Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira Médio Alto Uruguai Municípios com população quilombola Saúde indígena
48,6 milhões de pessoas cobertas Mais de 100% da demanda apontada
pelos municípios
3.866 municípios e 33 distritos indígenas cobertos
Médicos em atuação pelo programa
Impactos iniciais do Mais Médicos
Jan/13
Nov/13
2,134,589
2,284,011
Crescimento de consultas na atenção básica já no primeiro ciclo
7%
Pacientes comhipertensão
Pacientes comdiabetes
Saúde Mental
674,095
282,519
81,067
858,284
323,101
95,106
Levantamento do Ministério da Saúde em 688 equipes que receberam
profissionais do Programa aponta expansão da assistência à população
Impactos iniciais do Mais Médicos
Jun/13
Nov/13
27,3%
14,3%
17,3%
Mais formação para que médicos conheçam a realidade da população
34
Médico especialista
30% da carga horária do internato será
desenvolvida na Atenção Básica e em serviços de Urgência e Emergência do SUS
De um a dois anos de
residência em Medicina Geral de Família e Comunidade para
ingressar nas demais especializações
Graduação Residência Médica
Mais formação para que médicos conheçam a realidade da população
Vagas em Cursos de Medicina
Mais 12,4 mil novas vagas de residência médica vão garantir acesso universal à especialização a partir de 2018; Em 1 ano - ampliação de 2,4 mil vagas Aumento de 528% na oferta de novas bolsas (2010 a 2014)
Estratégias de provimento e valorização profissional
Estratégias de fixação e permanência de profissionais na AB (Remuneração variável e por desempenho)
Discussão sobre carreiras em saúde pública
Melhorias na capacidade de gestão dos municípios
Integração entre politicas, programas e equipes dos diferentes programas/ações de saúde com base na realidade do território
Melhorar avaliação das equipes e satisfação dos usuários
Desafios para qualificação profissional em AB
Avanços em médio prazo esperados do Mais Médicos:
Ampliação e criação de mais vagas de graduação médica;
Adequação do currículo do curso médico para que os profissionais tenham formação mais adequada ao SUS, sobretudo para a AB;
Ampliação de bolsas de residência nas especialidades médicas com mais necessidade;
Distribuição das cursos de graduação e das residência nas regiões que mais necessitam (desenvolvimento e fixação);
Desafios para qualificação profissional em AB
Para além dos números...
Para conhecer o programa assistam o documentário “ Dr.
Melgaço” em https://www.youtube.com/watch?v=HdjA6kpLHpc
onde os moradores da cidade de Melgaço, no interior do Pará,
acabaram de receber seus primeiros médicos cubanos e contam
como era a vida na comunidade e o que mudou.
http://dab.saude.gov.br/portaldab/dab.php
[email protected] (61) 3315.5902
Coordenação Geral de Gestão da Atenção Básica
Departamento de Atenção Básica Secretaria de Atenção à Saúde
Ministério da Saúde