Curso de Engenharia de Computação
DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÃO PARA
GERENCIAMENTO REMOTO
Phelipe Mirandola Simões
Itatiba – São Paulo – Brasil
Novembro de 2004
ii
Curso de Engenharia de Computação
DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÃO PARA GERENCIAMENTO REMOTO
Phelipe Mirandola Simões
Monografia apresentada à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Engenharia de Computação da Universidade São Francisco, sob a orientação do Prof. Ms. José Aparecido Carrilho, como exigência parcial para conclusão do curso de graduação. Orientador: Prof. Ms. José Aparecido Carrilho
Itatiba – São Paulo – Brasil
Novembro de 2004
iii
Desenvolvimento de Aplicação para Gerenciamento Remoto
Phelipe Mirandola Simões
Monografia defendida e aprovada em 27 de Novembro de 2004 pela Banca
Examinadora assim constituída:
Prof. Ms. José Aparecido Carrilho (Orientador)
USF – Universidade São Francisco – Itatiba – SP.
Prof. Ms. Alencar de Melo Júnior
USF – Universidade São Francisco – Itatiba – SP.
Prof. Ms. Thales Coelho Borges Lima
USF – Universidade São Francisco – Itatiba – SP.
iv
Ainda não se levantaram as barreiras que digam
ao gênio: “Daqui não passarás”.
(Ludwig van Beethoven)
v
A meus pais Geraldo e Sueli, que sem o incentivo
e apoio deles não chegaria até aqui.
Ao meu irmão Gabriel, que compartilhou o
computador para o desenvolvimento deste.
A minha namorada Selma, que se dispôs das
horas que poderíamos estar juntos, para que eu
pudesse finalizar meu projeto.
Sou eternamente grato a todos.
vi
.Agradecimentos
Agradeço primeiramente ao Professor José Aparecido Carrilho, meu orientador, que acreditou
em mim e incentivou-me para a conclusão deste trabalho, face aos inúmeros percalços do
trajeto.
Agradeço também ao Professor Fabio Alexandre Gaion Casotti, um companheiro de percurso
e de discussões profícuas, dentro e fora do contexto do curso, agraciando-me incontáveis
vezes com sua paciência, conhecimento e amizade.
Alguns experimentos e vários “entendimentos” não teriam sido possíveis sem a colaboração
de Alencar de Melo Júnior , Cláudio Kiyoshi Umezu, Peter Jandl Junior, Thales Coelho
Borges Lima e Washington Luiz Alves Corrêa.
Eu agradeço fraternalmente a todos.
vii
Sumário
Lista de Siglas ........................................................................................................................viii
Lista de Figuras ....................................................................................................................... ix
Lista de Tabelas ........................................................................................................................ x
Resumo .....................................................................................................................................xi
1 Introdução .......................................................................................................................... 1
2 Conceitos gerais.................................................................................................................. 2 2.1 Gerenciamento de Redes............................................................................................... 2
2.1.1 Arquitetura de Gerenciamento de Redes................................................................2 2.1.2 Modelo de Gerenciamento de Redes......................................................................3
2.1.2.1 Modelo Organizacional.................................................................................... 4 2.1.2.2 Modelo de Informação..................................................................................... 4 2.1.2.3 Modelo de Comunicação ................................................................................. 5 2.1.2.4 Modelo Funcional ............................................................................................ 6
2.2 Modelo Gerente x Agente ............................................................................................. 7 2.3 Sockets .......................................................................................................................... 7
3 Descrição do projeto .......................................................................................................... 8 3.1 Agente ........................................................................................................................... 8 3.2 Gerente .......................................................................................................................... 8
4 Implementação do Protótipo............................................................................................. 9 4.1 GRA – Gerenciamento Remoto Agente........................................................................ 9 4.2 GRG – Gerenciamento Remoto Gerente..................................................................... 10
4.2.1 Hardware ..............................................................................................................10 4.2.1.1 Strings Enviadas / Recebidas ......................................................................... 11
4.2.2 Software................................................................................................................12 4.2.2.1 Strings Enviadas / Recebidas ......................................................................... 13
4.2.3 Arquivos ...............................................................................................................13 4.2.3.1 Strings Enviadas / Recebidas ......................................................................... 14
4.2.4 Serviços ................................................................................................................15 4.2.4.1 Strings Enviadas / Recebidas ......................................................................... 17
4.2.5 Troca de Mensagens .............................................................................................18
5 Conclusão.......................................................................................................................... 19 5.1 Contribuições .............................................................................................................. 19 5.2 Extensões..................................................................................................................... 19
Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 20
Bibliografia Consultada ......................................................................................................... 21
viii
Lista de Siglas
CMIP Common Management Infomation Protocol
CMIS Common Management Infomation Services
GRA Gerenciamento Remoto Agente
GRG Gerenciamento Remoto Gerente
IETF Internet Engineering Task Force
IP Internet Protocol
ISO
ITU
International Standards Organization
International Telecommunication Union
MDB Management Data Base
MIB Management Information Base
NE Network Element
OSI Open System Inter-Organization
SMI Struct Management Information
SNMP Simple Network Management Protocol
TCP Transmission Control Protocol
TMN Telecomunications Management Network
UDP User Datagrama Protocol
WAN Wide Area Network
ix
Lista de Figuras
FIGURA 1 - ARQUITETURA DE GERENCIAMENTO .........................................................................3
FIGURA 2 – MODELO DE GERENCIAMENTO DE REDES OSI ..........................................................3
FIGURA 3 – MODELO ORGANIZACIONAL .....................................................................................4
FIGURA 4 – CONFIGURAÇÃO DA REDE (MIB E MDB) .................................................................5
FIGURA 5 – MODELO DE COMUNICAÇÃO .....................................................................................5
FIGURA 6 – PROTOCOLOS DE TRANSFERÊNCIA (COMUNICAÇÃO) ................................................6
FIGURA 7 – MODELO FUNCIONAL DE GERENCIAMENTO DE REDES..............................................6
FIGURA 8 – MODELO GERENTE X AGENTE..................................................................................7
FIGURA 9 – DESKTOP DAS ESTAÇÕES REMOTAS..........................................................................9
FIGURA 10 – ÁUDIO, VÍDEO, IMPRESSORA E PROCESSADOR......................................................10
FIGURA 11 – REDE, RAM E DISCOS ..........................................................................................11
FIGURA 12 – TECLADO, MOUSE E GABINETE.............................................................................11
FIGURA 13 – VERSÃO DO WINDOWS, SOFTWARES INSTALADOS E TAREFAS EM EXECUÇÃO .....12
FIGURA 14 – LIXEIRA ................................................................................................................13
FIGURA 15 – DOWNLOAD ..........................................................................................................14
FIGURA 16 – COMPUTADOR, USUÁRIO LOGADO, NOTIFICAÇÃO E EXECUTAR APLICATIVO......15
FIGURA 17 – RESOLUÇÃO, CAPTURAR TELA, PROTEÇÃO DE TELA E PAPEL DE PAREDE............15
FIGURA 18 – DESKTOP CAPTURADO DE UMA ESTAÇÃO REMOTA...............................................16
FIGURA 19 – PÁGINA INICIAL E HISTÓRICO DE ACESSOS ...........................................................16
FIGURA 20 – LOG.......................................................................................................................18
x
Lista de Tabelas
TABELA 1 – STRINGS ENVIADAS / RECEBIDAS – HARDWARE ....................................................12
TABELA 2 – STRINGS ENVIADAS / RECEBIDAS – SOFTWARE......................................................13
TABELA 3 – STRINGS ENVIADAS / RECEBIDAS – ARQUIVOS ......................................................14
TABELA 4 – STRINGS ENVIADAS / RECEBIDAS – SERVIÇOS .......................................................17
xi
Resumo
A presente monografia tem como objetivo principal, o desenvolvimento de aplicações
em rede, envolvendo sistemas distribuídos e aplicações para Internet. Para atingir os objetivos
esperados, foi desenvolvido um aplicativo de gerenciamento remoto, onde algumas ações
podem ser realizadas em uma estação remota, além de disponibilizar um diagnóstico de
hardware e software, denominado Gerenciamento Remoto. Este aplicativo foi concebido
utilizando a tecnologia de comunicação distribuída por sockets do Delphi 5.
1
1 INTRODUÇÃO
Como resultado do rápido progresso tecnológico são cada vez menores as diferenças
entre coleta, transporte, armazenamento e processamento de informações. Junto a isso, a
crescente quantidade de softwares piratas, jogos e mensagens instantâneas (ICQ, MSN
Messenger), o administrador de uma rede não consegue monitorar os softwares instalados e a
disponibilidade de hardware nos diversos computadores de uma rede, tornando inviável uma
análise periódica em todas as estações de trabalho. Com este intuito que o projeto
Gerenciamento Remoto foi desenvolvido.
O projeto tem como objetivo auxiliar o administrador de rede a monitorar diagnósticos de
hardware, software, e disponibilizar alguns serviços, evitando assim a necessidade de
deslocar-se até as estações remotas.
Neste projeto existem dois processos envolvidos, sendo um executado no computador
considerado como Gerente e outro nos demais terminais da rede (Agentes), onde o processo
Gerente envia uma solicitação de informações ao Agente, o qual processa e retorna os
resultados ao Gerente.
Na monografia, a descrição dos conceitos sobre Gerenciamento de Redes, Agentes,
Gerentes e sockets está na seção 2. A seção 3 contém a descrição detalhada do projeto,
processos utilizados no Agente e no Gerente. Na seção 4 é apresentada a implementação de
um protótipo do sistema de Gerencimento Remoto e as conclusões deste projeto são descritas
na seção 5.
2
2 CONCEITOS GERAIS
Neste capítulo são apresentados alguns conceitos utilizados para o desenvolvimento do
projeto, principalmente sobre gerenciamento de redes e comunicação via sockets.
2.1 Gerenciamento de Redes
Dentre os padrões de gerenciamento de redes especificados atualmente estão SNMP
(Simple Network Management Protocol) para Internet [CASE], CMIP (Common Management
Information Protocol) para OSI [WARRIER], TMN (Telecomunications Management
Network) definido pela ITU, entre outros. Um sistema de gerenciamento de redes é composto
por processos gerentes, processos agentes e elementos de rede. Os processos gerentes são
executados nas máquinas que gerenciam as redes. Os processos agentes são módulos de
software que compilam informações no dispositivo gerenciado, armazenando-as em bases de
dados de gerenciamento e capacitando o dispositivo, reativa ou proativamente a atuar dentro
de um sistema de gerenciamento de redes. Os sistemas de gerenciamento baseados no
protocolo SNMP são os mais usados devido a sua arquitetura de implementação simples.
Qualquer rede que utiliza protocolos da família TCP/IP [POSTEL, 1981] é uma candidata
perfeita para o gerenciamento SNMP. A maioria de componentes de rede usados possuem
processos agentes que podem responder a um sistema de gerenciamento SNMP. A IETF
(Internet Engineering Task Force) é responsável por todas as especificações da Internet
incluindo o gerenciamento de redes. Os objetos gerenciados são definidos como objetos
escalares em SNMP, que foi inicialmente projetado para gerenciar componentes da Internet,
mas atualmente está sendo usado para gerenciar redes WAN (Wide Area Network), intranets e
sistemas de telecomunicações.
2.1.1 Arquitetura de Gerenciamento de Redes
A maioria das arquiteturas de gerenciamento de redes utilizam a mesma estrutura
básica e conjunto de relações. Dispositivos gerenciáveis, tais como computadores ou
dispositivos de rede, executam um software que os habilita a enviar alertas quando um
problema é detectado. Recebendo esses alertas, as entidades de gerenciamento são
programadas para reagir executando uma ou várias ações, incluindo notificação aos
3
operadores do sistema, adicionar ao histórico de eventos, desligamento do dispositivo, e
tentativa de reparo automático.
Entidades de gerenciamento também podem requisitar valores de certas variávies às
estações da rede. Essas requisições podem ser automáticas ou ativadas pelo usuário, mas o
agente no dispositivo gerenciado responde a todas as requisições. A Figura 1 exibe uma típica
arquitetura de gerenciamento de rede.
Figura 1 - Arquitetura de Gerenciamento
2.1.2 Modelo de Gerenciamento de Redes
O modelo de redes OSI [TANENBAUM] é um padrão ISO e tem colaborado
amplamente para a padronização das redes. O seu modelo de gerenciamento é fundamental
para que se possa compreender de maneira abrangente os aspectos fundamentais dos Sistemas
de Gerenciamento de Redes. Ele é estruturado e referencia todos os aspectos de
gerenciamento. A Figura 2 mostra um modelo de gerenciamento OSI que agrega quatro
modelos.
Figura 2 – Modelo de Gerenciamento de Redes OSI
4
2.1.2.1 Modelo Organizacional
O modelo organizacional descreve os componentes do Sistema de Gerenciamento de
Redes com suas funções, relações e infraestruturas. Ele define os termos objeto, agente e
gerente. A Figura 3 mostra o modelo de duas camadas. Os objetos de rede consistem em
elementos como hubs, switches, etc. Eles podem ser classificados como objetos gerenciáveis
ou não. Os elementos gerenciáveis possuem um processo de gerenciamento sendo executado
internamente, chamado agente.
Figura 3 – Modelo Organizacional
2.1.2.2 Modelo de Informação
O modelo de informação lida com o armazenamento de informações, definindo a
estrutura e organização de gerenciamento da informação. Ele especifica a Estrutura de
Gerenciamento de Informação (SMI – Struct Management Information) e o banco de dados
MIB (Management Information Base). O SMI descreve como o gerenciamento de informação
é estruturado, ou seja, a sintaxe (formato) e a semântica (significado) das informações
armazenadas na MIB, que tratam das relações e armazenamento das informações gerenciadas.
A MIB é usada por ambos os processos (agente e gerente). Cada agente possui uma MIB com
as informações locais e a plataforma de gerenciamento possui as informações de todos os
componentes da rede gerenciados no MDB (Management Data Base). A Figura 4 mostra as
MIBs e o MDB inseridos na configuração da Figura 3.
5
Figura 4 – Configuração da Rede (MIB e MDB)
2.1.2.3 Modelo de Comunicação
O modelo de comunicação define a maneira como as informações são trocadas entre
os sistemas. Dados de gerenciamento são trocados entre os agentes e os processos gerentes.
Existem três aspectos que devem ser abordados na comunicação entre duas entidades: o meio
de mensagem da troca de informação (protocolo de mensagem), o formato da mensagem de
comunicação (protocolo de aplicação) e mensagem propriamente dita (comandos e respostas).
A Figura 5 apresenta o modelo de comunicação. As aplicações no módulo gerente iniciam
pedidos ao agente no modelo da Internet. O agente executa o pedido no elemento de rede, que
é o objeto gerenciável, e retorna a resposta ao gerente. As notificações / traps são mensagens
não solicitadas, como alarmes, geradas pelo agente.
Figura 5 – Modelo de Comunicação
A Figura 6 mostra o protocolo de comunicação usado para transferir informações entre
objetos gerenciáveis e processos de gerenciamento. O modelo OSI utiliza CMIP (Common
Management Information Protocol) juntamente com CMIS (Common Management
Information Services) [WARRIER]. A Internet usa o SNMP para comunicação. As operações
na Internet são executadas pelas mensagens SNMP, e o protocolo UDP/IP [POSTEL, 1980] é
encarregado pelo transporte das mensagens. Os serviços são parte da operação usando
pedidos, respostas e notificações de alarme.
6
Figura 6 – Protocolos de Transferência (Comunicação)
2.1.2.4 Modelo Funcional
O modelo funcional lida com os requerimentos de gerenciamento orientado ao usuário.
O modelo OSI define cinco áreas de aplicação funcional. A Figura 7 exibe a divisão destas
áreas.
Figura 7 – Modelo Funcional de Gerenciamento de Redes
O gerenciamento de configuração refere-se aos ajustes e mudanças das configurações
das redes e seus componentes. O gerencimento de falhas cuida da detecção e isolamento dos
problemas que causam falhas na rede. O gerenciamento de desempenho lida com o
comportamento da rede. O gerencimento de segurança envolve uma gama de aspectos
referentes a segurança (acesso a recursos, por exemplo). O gerenciamento de contabilidade
lida com os privilégios dos usuários da rede, como também administra os custos da rede
estabelecendo métricas para estabelecer o uso de recursos e serviços.
7
2.2 Modelo Gerente x Agente
O paradigma de agentes está sendo bastante utilizado na área de gerenciamento de
redes. Um agente é uma entidade que pode ser implementada tanto em hardware como em
software ou uma combinação de ambos que executa uma atividade a pedido de um cliente que
pode ser um usuário, programa ou hardware. Normalmente um agente interage com um
ambiente enviando comandos e analisando respostas ou eventos.
No ambiente de gerenciamento de redes, os agentes monitoram o comportamento dos
NE´s (Network Element), enviando notificações de eventos ao(s) gerente(s) ou realizando
operações a pedido dos mesmos. A função do sistema supervisor é então coletar informações
sobre os objetos gerenciados junto aos agentes, processar essas informações e solicitar aos
agentes que executem as funções de gerenciamento a fim de controlar o funcionamento do
objeto gerenciado. Este modelo está ilustrado na Figura 8 [FRANCISCANI].
Figura 8 – Modelo Gerente X Agente
2.3 Sockets
As portas de comunicação servem para identificar o tipo de aplicação que gerou o pacote
e para qual tipo de aplicação devem ser entregues. Estas portas permitem o uso de um
conceito chamado socket. O socket define uma assossiação entre o endereço IP e um número
de porta, permitindo identificar unicamente uma aplicação na rede. Com o uso deste conceito,
pode-se ter várias conexões diferentes em uma única máquina, isto é, várias aplicações podem
estar abertas simultaneamente e carregando dados totalmente diferentes da rede, que a camada
de transporte saberá para qual aplicação deverá entregar os dados recebidos por causa da
existência da informação de qual é o socket de destino dentro da área de dados do pacote,
inserida pela camada de aplicação do transmissor.
Os sockets podem ser classificados como ativos quando enviam os dados e passivos
quando recebem dados. Geralmente as máquinas possuem um socket passivo monitorando
uma determinada porta à espera de uma conexão. Ao receber uma conexão, esse socket
passivo pode gerar um socket ativo para aquela conexão [TORRES].
8
3 DESCRIÇÃO DO PROJETO
Os módulos que compõem o projeto foram desenvolvidos em Delphi 5 compatíveis com
Windows 95 e Windows 98, os quais estão detalhados nos itens a seguir.
3.1 Agente
Definido como Gerenciamento Remoto Agente (GRA), fica residente em cada terminal
da rede, sendo o processo responsável por ler e processar as informações solicitadas pelo
computador central (Gerente). O GRA é executado e carregado automaticamente quando o
Windows é iniciado, mantendo-se conectado ao GRG (Gerenciamento Remoto Gerente)
sempre que a estação de trabalho estiver ligada e conectada a rede, ficando ativo e aguardando
solicitações de informações pelo GRG. O processo GRA conecta-se ao GRG através de
sockets, utilizando a porta 15322.
3.2 Gerente
Definido como Gerenciamento Remoto Gerente (GRG), este aplicativo deve ser
utilizado pelo administrador da rede, residente em apenas um computador central de uma
rede, responsável por monitorar e solicitar infomações de todos os Agentes conectados na rede
em tempo real. O GRG deve ser executado antes que os Agentes, pois é ele que fica
aguardando a conexão das estações remotas (GRA).
9
4 IMPLEMENTAÇÃO DO PROTÓTIPO
A comunicação entre os módulos GRA´s e GRG do sistema é realizada através de sockets
com o protocolo TCP/IP, utilizando os componentes ClientSocket e ServerSocket
implementados no Delphi 5.
4.1 GRA – Gerenciamento Remoto Agente
Como descrito na seção 3.1, este módulo deve ficar residente em todas as estações
remotas, sendo executado automaticamente na inicialização do Windows e exibido na taskbar,
não permitindo que seja finalizado. O exemplo de uma estação remota recentemente
inicializada pode ser visualizado na Figura 9.
Figura 9 – Desktop das Estações Remotas
Este módulo é responsável por receber as solicitações de informações enviadas pelo
GRG, processar localmente e encaminhar os resultados obtidos ao GRG. A troca de
informações (solicitações e respostas) é realizada através da transmissão de uma string de
caracteres combinados com uma sequência previamente definida para a identificação de cada
tipo de solicitação em ambos os módulos (as strings estão descritas na seção 4.2).
Se o GRA receber uma string “!!!!!AUDIO”, o módulo identifica que chegou uma
solicitação de informação de hardware classificado como dispositivo de áudio. Os processos
são executados localmente, buscando informações da placa instalada e caso seja identificado o
10
dispositivo, uma resposta com os dados é enviada ao GRG (!!!!!AUDIO#Creative AWE 64).
Caso um outro tipo de string chegar ao GRA, este consegue identificar a solicitação com os 10
primeiros caracteres que são os responsáveis pela identificação da mensagem.
4.2 GRG – Gerenciamento Remoto Gerente
Este módulo deve residir em apenas um computador definido como central, que deve
ser utilizado pelo administrador da rede monitorada.
Ao receber as conexões dos GRA´s, uma lista de conexões é exibida no aplicativo,
possibilitando o administrador identificar qual a estação remota deseja monitorar junto a
alguns serviços que serão descritos nas sub-seções a seguir.
4.2.1 Hardware
Após selecionar uma conexão e clicar no botão para atualizar da pasta de hardware,
alguns comandos (strings) são enviados para o GRA selecionado, ficando no aguardo das
strings de respostas para que sejam interpretadas e disponibilizadas na tela para o usuário.
A seção de Hardware disponibiliza informações de placa de áudio, placa de vídeo,
impressora, processador, placa de rede, memória RAM e discos (disquete, HD, CD-ROM).
Estão disponibilizados também algumas opções de funcionalidades que podem ser
manuseadas pelo administrador, como por exemplo, bloquear ou desbloquear o teclado,
bloquear ou desbloquear o mouse ou então reiniciar ou desligar uma estação remota.
Os resultados obtidos podem ser visualizados na Figura 10, na Figura 11 e na Figura 12.
Figura 10 – Áudio, Vídeo, Impressora e Processador
11
Figura 11 – Rede, RAM e Discos
Figura 12 – Teclado, Mouse e Gabinete
4.2.1.1 Strings Enviadas / Recebidas
A Tabela 1 apresenta as strings trocadas entre os processos, acompanhadas de uma
breve descrição.
Desccrição Enviada Recebida Solicita informações da placa de áudio.
!!!!!AUDIO !!!!!AUDIO#Creative AWE 64
Solicita informações da placa de vídeo.
!!!!!VIDEO !!!!!VIDEO#ATI RADEON 7500 Series
Solicita informações da impressora.
!!!!!IMPRE !!!!!IMPRE#EPSON Stylus COLOR II
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Solicita informações do processador.
!!!!!PROCE !!!!!PROCE# Pentium(r) III Processor - [500 MHZ]
Solicita informações da placa de rede.
!!!!!REDE! !!!!!REDE!# Realtek RTL8139 Famuly PCI Fast Ethernet NIC [MAC 00-E0-7D-AA-16-C4]
Solicita informações da memória RAM.
!!!!!RAM!! !!!!!RAM!!#128,000 MB#111,769 MB#16,231 MB
Solicita informações dos discos.
!!!!!DISCO !!!!!DISCO# Nulo#0 MB#0 MB#0 MB#Ativado#20,7 GB#12,4 GB#33,1 GB#Ativado#1,72 GB#4,26 GB#5,99 GB#Nulo#0 MB#0 MB#0 MB
Solicita status do teclado. !!!!!STKEY !!!!!STKEY#Desbloqueado Desbloquear o teclado. !!!!!SETKE#DESBLO !!!!!STKEY#Desbloqueado Bloquear o teclado. !!!!!SETKE#BLO !!!!!STKEY#Bloqueado Solicita status do mouse. !!!!!STMOU !!!!!STMOU#Bloqueado Desbloquear o mouse. !!!!!SETMO#DESBLO !!!!!STMOU#Desbloqueado Bloquear o mouse. !!!!!SETMO#BLO !!!!!STMOU#Bloqueado Ativa o Stand by na estação remota.
!!!!!STDBY -
Reinicia a estação remota.
!!!!!REINI -
Desliga a estação remota. !!!!!DESLI - Tabela 1 – Strings Enviadas / Recebidas – Hardware
4.2.2 Software
Ao atualizar as informações de Software, uma lista de softwares intalados, tarefas em
execução (algumas ações podem ser tomadas como fechar, minimizar, restaurar e ocultar) e a
versão do Windows é disponibilizada ao usuário do GRG (Figura 13).
Figura 13 – Versão do Windows, Softwares Instalados e Tarefas em Execução
13
4.2.2.1 Strings Enviadas / Recebidas
A Tabela 2 apresenta as strings trocadas entre os processos, acompanhadas de uma
breve descrição.7
Desccrição Enviada Recebida Solicita informações de Softwares instalados.
!!!!!INSTA !!!!!INSTA#Borland Delphi 5#Corel Draw 9#ICQ 4.0#Kazaa 2.7.1#......#SimCity 3000
Solicita informações de tarefas em execução.
!!!!!EXECU !!!!!EXECU#MSN Messenger#Delphi 5#AutoCAD 2000 – untitle #.....#Explorer
Finaliza uma tarefa em execução.
!!!!!FECHA# MSN Messenger
-
Minimiza uma tarefa em execução.
!!!!!MINIM# AutoCAD 2000 - untitle
-
Restaura uma tarefa em execução.
!!!!!RESTA# Microsoft Excel - Pasta 1
-
Oculta uma tarefa em execução.
!!!!!OCULT# Delphi 5
-
Tabela 2 – Strings Enviadas / Recebidas – Software
4.2.3 Arquivos
O administrador tem opções para a manipulação dos arquivos na estação remota como
renomear ou excluir um arquivo e manipular a lixeira, o manuseio de arquivos entre o GRA e
o GRG, tendo disponível a opção de Upload (enviar) e de Download (receber) dos arquivos,
como pode ser visto na Figura 14 e na Figura 15.
Figura 14 – Lixeira
14
Figura 15 – Download
4.2.3.1 Strings Enviadas / Recebidas
A Tabela 3 apresenta as strings trocadas entre os processos, acompanhadas de uma
breve descrição.
Desccrição Enviada Recebida Realiza download do caminho enviado do GRA para o caminho do GRG.
!!!!!DOWNL# C:\teste.old
Obs: O GRA envia o arquivo através de Stream.
Realiza upload do caminho enviado do GRG para o caminho do GRA.
!!!!!UPLOA# C:\enviar.new
Obs: O GRG envia o arquivo através de Stream.
Renomeia o arquivo na estação remota.
!!!!!RENOM#C:\teste.old#C:\teste.new
-
Exclui o arquivo na estação remota.
!!!!!EXCLU# C:\teste.new
-
Solicita a lista de arquivos na lixeira.
!!!!!LIXEI !!!!!LIXEI#ODBC.INI#JVIEW.EXE#NETDDE.EXE#PIDSET.EXE#SETDEBUG.EXE#SIGVERIF.EXE
Exclui os arquivos da lixeira na estação remota..
!!!!!EXLIX -
Tabela 3 – Strings Enviadas / Recebidas – Arquivos
15
4.2.4 Serviços
Na seção de Serviços existe a sub-seção Usuário, onde ficam disponibilizados o nome
definido para a estação remota na rede, o usuário logado, opção de enviar uma notificação
para a estação remota ou em broadcast (para todas as estações conectadas) e executar um
aplicativo, como pode ser visualizado na Figura 16.
Figura 16 – Computador, Usuário Logado, Notificação e Executar Aplicativo
Na sub-seção Monitor, estão disponíveis as opções de obter a resolução do monitor e
alterar esta resolução para uma configuração padrão, capturar a tela em uma imagem (Print
Screen) e visualizar, ativar ou desativar a proteção de tela e alterar o caminho do papel de
parede definido no Windows, como podem ser vistos na Figura 17 e na Figura 18.
Figura 17 – Resolução, Capturar Tela, Proteção de Tela e Papel de Parede
16
Figura 18 – Desktop capturado de uma Estação Remota
Na sub-seção Internet, é possível alterar a página inicial do Internet Explorer, visualizar e
também excluir o histórico de endereços acessados na Internet, como pode ser visualizado na
Figura 19.
Figura 19 – Página Inicial e Histórico de Acessos
17
4.2.4.1 Strings Enviadas / Recebidas
A Tabela 4 apresenta as strings trocadas entre os processos, acompanhadas de uma
breve descrição.
Descrição Enviada Recebida Solicita o nome da estação remota na rede.
!!!!!COMPU !!!!!COMPU#Matriz
Solicita o usuário logado na estação remota.
!!!!!USER! !!!!!USER!#psimoes
Envia uma mensagem específica para a estação remota.
!!!!!MSGPR#Favor finalizar o aplicativo.
-
Envia uma mensagem em broadcast para todoas as estações conectadas.
!!!!!MSGBR#Favor desligarem as estações de trabalho.
-
Executa um aplicativo na estação remota.
!!!!!EXECU#c:\windows\sol.exe
-
Solicita a resolução de monitor da estação remota.
!!!!!RESOL !!!!!RESOL#800x600
Altera a resolução para um valor definido.
!!!!!SETRE#1024x768 -
Captura a tela da estação remota, ficando disponível para visualização.
!!!!!CAPTU Obs: O arquivo é gerado na estação remota e enviado para o computador gerente através de stream.
Ativo a proteção de tela. !!!!!APROT - Desativa a proteção de tela.
!!!!!DPROT -
Altera o caminho do arquivo para o Papel de Parede do Windows.
!!!!!SETPP#c:\windows\bolhas.bmp
-
Altera o caminho da página inicial do Internet Explorer.
!!!!!INICI#http://www.gerenciamentoremoto.com.br
-
Solicita a lista de endereços acessados na Internet.
!!!!!HISTO !!!!!HISTO# http://www.terra.com.br/# http://www.usf.br/# http://www.br.ibm.com/ #.....#http://mercadolivre.com.br/
Exclui apenas o endereço acessado selecionado na lista.
!!!!!HISEX#http://www.terra.com.br/
-
Limpa o histórico de Internet.
!!!!!HISLI -
Tabela 4 – Strings Enviadas / Recebidas – Serviços
18
4.2.5 Troca de Mensagens
Uma seção de troca de mensagens definida como seção de Log, disponibiliza ao
usuário do GRG, uma lista com todas as mensagem que são trocadas entre o GRG e os GRA´s,
como pode ser visualizado na Figura 20.
Figura 20 – Log
19
5 CONCLUSÃO
Este projeto mostra a importância de monitorar remotamente estações da rede, auxiliando
no trabalho do administrador com relatórios de hardware, softwares e o manuseio de arquivos
junto a alguns serviços disponibilizados, evitando o deslocamento físico em cada estação da
rede.
Nos relatórios emitidos (hardware e software) é possível identificar irregularidades nas
estações da rede, sendo que caso houver algum problema com softwares indevidos ou até
mesmo furto de componentes, o administrador possa tomar as devidas providências.
Com os serviços disponibilizados e a opção de manusear arquivos, o administrador da
rede pode enviar patchs de atualização para a estação remota e ao término da transferência
destes arquivos, podem ser executados garantindo a atualização das versões dos softwares
instalados (inclusive anti-vírus).
Dentre os serviços disponibilizados, o administrador pode monitorar as atividades de um
funcionário em uma estação remota, podendo notificá-lo se necessário.
Com este projeto foi possível verificar a importância do monitoramento remoto,
facilitando assim nas atividades do administrador de redes.
5.1 Contribuições
Em uma descrição sucinta, este projeto contribuiu para o estudo teórico e prático dos
conceitos de gerenciamento de redes utilizando o modelo Gerente X Agente, junto a
tecnologia disponibilizada pelo Delphi 5.
Um protótipo foi desenvolvido, ficando disponível para testes por administradores de
redes..
5.2 Extensões
Este projeto pode ter continuidade com a implementação do GRA para outras versões
do Windows e também outros sistemas operacionais (o LINUX por exemplo).
Além disso, o protótipo pode ser aprimorado com novas funcionalidades como
visualizar o desktop da estação remota em tempo real, manusear o teclado e o mouse,
tornando-o assim comercializável..
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Referências Bibliográficas
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