Universidade Federal de São Carlos Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Engenharia de Produção
Curso de Especialização Lato Sensu em Gestão Pública
ROSÂNGELA CASTILHO ALCARAZ MORAIS
Gestão do Conhecimento Científico e monografias de conclusão de graduação: o Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação da
UFSCar
São Carlos 2009
Universidade Federal de São Carlos Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Engenharia de Produção
Curso de Especialização Lato Sensu em Gestão Pública
ROSÂNGELA CASTILHO ALCARAZ MORAIS
Gestão do Conhecimento Científico e monografias de conclusão de graduação: o Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação da
UFSCar
Monografia de conclusão de curso apresentada ao Departamento de Engenharia de Produção como requisito obrigatório e parcial para obtenção do título de Especialista em Gestão Pública pela Universidade Federal de São Carlos. Orientadora: Profª Drª Luciana de Souza Gracioso
São Carlos 2009
Morais, Rosângela Castilho Alcaraz.
Gestão do Conhecimento Científico e monografia de conclusão de graduação: o Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação da UFSCar / Rosângela Castilho Alcaraz Morais. -- São Carlos : UFSCar, 2009.
81 p.
Monografia de Especialização em Gestão Pública – Universidade Federal de São Carlos
1. Gestão do Conhecimento Científico. 2. Monografias de Graduação. 3. Divulgação de Conhecimento Científico.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a
construção deste trabalho, em particular:
À Profª Luciana Gracioso, por aceitar o convite para a orientação do trabalho,
e atender-me sempre que solicitada, com paciência e boa-vontade;
À Profª Cristina Ferraz, pelas opiniões sempre bem colocadas, pelo incentivo
nos momentos de insegurança e pela colaboração na leitura da primeira versão do
trabalho;
Ao Prof. Sergio Luis da Silva, pela prontidão com que aceitou colaborar na
emissão de um parecer sobre a primeira versão do trabalho;
Às alunas do Curso de BCI, Iruama Silva e Mayara Bernardino, pela ajuda na
aplicação das entrevistas;
Ao Saulo Campos, pelos debates acalorados sobre o tema, dando sua visão
de ex-aluno do curso;
À Tânia Ferrazza, amiga de todas as horas e também colega do Curso de
Especialização, por todos os trabalhos feitos em grupo e pelo incentivo constante;
Ao meu marido, Almir, por me ajudar a refinar a paciência e a perseverança;
Aos colegas dos trabalhos em grupo, Dib Botelho, Edson Lazarini, Edson
Cruz e Rogério Marino, por aprendermos juntos a desenvolver habilidades de
trabalho em equipe;
Aos professores do Curso, que muito habilmente contribuíram, dentro de suas
especialidades, para a temática do curso;
Aos colegas do Curso de Especialização, pelo clima descontraído e solidário
com que se portaram durante esse ano.
RESUMO
Este trabalho analisou as monografias de conclusão de cursos de graduação,
considerando-as enquanto conhecimento científico. Pretendeu-se demonstrar se
esse tipo de conhecimento deve ser recuperado, organizado, mantido e
disponibilizado para consulta, assim como mapear dificuldades encontradas nessa
atividade, tanto nos cursos de graduação da UFSCar em geral como no Curso de
Biblioteconomia e Ciência da Informação (BCI) especificamente. Foram analisados
12 cursos de graduação e o Curso de BCI foi particularmente analisado,
comparativamente aos procedimentos dos demais cursos entrevistados. Ao final, foi
proposto um fluxograma de procedimentos e atividades envolvendo a gestão desse
tipo de conhecimento científico.
Palavras-chave: Gestão do conhecimento científico. Monografias de graduação.
Divulgação de conhecimento científico.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Ilustração da espiral do conhecimento.....................................
32
FIGURA 2 - Fluxograma das atividades relacionadas ao TCC no Curso de BCI da UFSCar....................................................................
51
FIGURA 3 - Fluxograma alternativo proposto para as atividades relacionadas ao TCC no Curso de BCI da UFSCar.................
54
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Porcentagem da amostra por Centro Acadêmico
36
TABELA 2 - Tipo de formato do Trabalho de Conclusão de Curso disponibilizado e público atendido
48
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 - Tempo de experiência com a exigência da monografia em cada curso
42
GRÁFICO 2 - Semestre do curso onde se iniciam as atividades relacionadas à monografia
43
GRÁFICO 3 - Agrupamento das respostas 3, 4, 5, 6, 8 e 9 do roteiro de entrevista
44
GRÁFICO 4 - Existência ou não de critérios de disponibilização das monografias
49
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................
11
1.1 Objetivo geral................................. ........................................................
12
1.2 Objetivos específicos.......................... ..................................................
12
1.3 Justificativa.................................. ...........................................................
13
2 REFERENCIAL TEÓRICO.............................. ........................................
15
2.1 Apresentando alguns conceitos.................. .........................................
15
2.2 Administração Pública – o papel das universidad es..........................
19
2.3 Informação científica pública para cidadania... ...................................
22
2.4 Informação científica – monografias de conclusã o de curso............
24
2.5 Gestão do conhecimento científico.............. ........................................
29
3 METODOLOGIA ..................................... ................................................
34
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS........................... ....................................
39
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................. ........................................
55
Referências....................................... ......................................................
59
Bibliografia consultada........................... ...............................................
63
Apêndice.......................................... .......................................................
65
Anexos ........................................... ........................................................
67
11
1 INTRODUÇÃO
Considerando que os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) são um
tipo de produção científica, desenvolvido dentro de uma universidade pública,
financiado indiretamente com dinheiro público, este produto deveria ser ‘devolvido’ à
sociedade, na forma de publicação e disponibilização do acervo. Por isso se
pretende diagnosticar e sugerir uma possível política pública de gestão da
informação científica da graduação (TCC), na Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar).
Partindo-se do pressuposto que a coordenação dos TCCs possa
funcionar como um Sistema de Informação (ou unidade de informação), os TCCs
seriam o produto (produção científica) e os clientes seriam: principalmente, os
próprios alunos (clientes internos) que estão no curso atualmente e que podem se
beneficiar dessa consulta ao acervo de TCCs; os futuros alunos do curso (clientes
externos), que podem, ao buscar informações sobre o curso para o qual pretendem
prestar vestibular, terem a oportunidade de tomar contato com uma série de
informações da área de formação; e público externo em geral, em busca de
informações sobre pesquisas desenvolvidas na universidade e que podem beneficiar
a sociedade. Em relação a esse público externo, pode-se supor, por exemplo, que
setores do mercado de trabalho poderiam acessar esse acervo, em busca de
produções científicas relevantes para suas áreas, assim também como obter
informações sobre a atuação deste profissional. O atendimento ao cliente externo de
futuros alunos, pode se configurar como uma espécie de marketing do curso, uma
vez que pode esclarecer ao público leigo, as possíveis atuações do profissional
formado nessa área.
Além desse cliente externo ao curso, também temos outro tipo de
cliente, formado por alunos de pós-graduação, que procura o acervo por indicação
de seus orientadores, também orientadores ou membros das bancas de defesa das
monografias. Também se pode considerar como cliente externo todo e qualquer
cidadão que busque informações sobre a UFSCar, incluindo seus cursos de
graduação. A divulgação sistematizada das monografias de conclusão de graduação
12
também é uma forma de dar visibilidade da produção acadêmica e científica da
UFSCar, contribuindo para a construção da idéia de implementação de um
repositório institucional1 em um futuro próximo, mas que não é objeto de nossa
pesquisa nesse momento.
1.1 OBJETIVO GERAL
Com este trabalho pretende-se encontrar fundamentação para
identificar se esse tipo de produção científica, que chamamos de TCC neste
trabalho, deveria ser recuperado, organizado, mantido e disponibilizado para
consulta, bem como mapear as dificuldades encontradas nessa atividade, - tanto na
UFSCar quanto no curso de BCI especificamente - tentando vislumbrar possíveis
estratégias para resolver dificuldades relacionadas ao acesso a esses conteúdos.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Localizar, na literatura, as principais teorias e metodologias sobre gestão
da informação, divulgação científica, administração pública em âmbito
geral e local (UFSCar), bem como leis e parâmetros curriculares que
versem sobre TCC;
b) Analisar como a gestão dessa informação científica é feita no curso de
Biblioteconomia e Ciência da Informação da UFSCar, delimitando os
procedimentos já estabelecidos pelo projeto pedagógico do Curso, para
reconhecer possíveis lacunas de operacionalização no cumprimento da
atividade;
1 Os Repositórios Institucionais (RI) são sistemas de informação que servem para armazenar, preservar, organizar e difundir os resultados (a produção científica) de uma dada instituição, utilizando um software. O software mais utilizado no Brasil é o Dspace. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/
13
c) Investigar, junto às Secretarias de Coordenações de Cursos, como os
demais cursos de graduação da UFSCar lidam com o fluxo desse tipo de
informação científica, para posterior análise comparativa com as práticas
vigentes e futuras do curso de BCI da UFSCar;
d) Sugerir estratégias de gestão dessa informação científica na UFSCar.
1.3 JUSTIFICATIVA
Ao atuar como secretária do Curso de BCI da UFSCar, pude identificar
que os alunos buscam o acervo das monografias (neste Curso, a monografia é o
trabalho final de uma disciplina chamada Trabalho de Conclusão de Curso 2), porém
esse acervo está incompleto e inacessível, devido a uma série de dificuldades
encontradas ao longo dos anos, desde a primeira turma formada pelo Curso em
1997. Dentre essas dificuldades, encontra-se a falta de espaço físico e recursos
humanos para controlar os empréstimos. Outra dificuldade está no fato de que os
alunos nem sempre entregam a versão final do TCC na secretaria do Curso, uma
vez que isto não acarreta em nenhum empecilho na colação de grau do aluno.
Além disso, tem ocorrido, nos últimos anos, uma queda na relação
candidatos/vaga no vestibular para o Curso de BCI. Pensamos que a divulgação
desse tipo de acervo também possa contribuir para a divulgação do curso junto à
população externa ao curso e à universidade, no sentido de mostrar as possíveis
atuações do profissional formado nessa área.
Também tenho observado, entre os alunos do Curso de BCI, mediante
o contato diário e constante que tenho com estes, que o fato do TCC não ficar
disponibilizado para consulta, gera insatisfação por parte dos alunos, em dois
aspectos distintos:
14
- eles sentem necessidade de consultar os TCCs que já foram realizados,
para busca de referencial teórico e também para inteirar-se dos temas que já foram
pesquisados e seus aprofundamentos;
- se sentem frustrados pelo seu trabalho, ao final, ficar confinado em uma
estante, sem divulgação adequada. Muitos já verbalizaram que não entregariam a
versão final na secretaria, porque sabiam que ela não ia “servir para nada”.
15
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Apresentando alguns conceitos
No contexto desta monografia, consideraremos questões pertinentes à
divulgação do conhecimento científico em uma universidade pública federal e
pensamos que a gestão de uma universidade pública deva atender aos princípios da
administração pública, uma vez que, no caso da UFSCar, trata-se de uma fundação
educacional, ligada ao Ministério da Educação. Para iniciar nossas considerações,
tomaremos o conceito de administração pública proposto por Simon et al, citado por
Cunha e Cavalcanti (2008, p. 23):
[...] essa expressão tem sido usada em dois sentidos: a) para indicar o setor de administração que está expressamente ligado ao governo ou ao Estado – ‘o processo ou atividade ... de administrar os negócios públicos’; b) para indicar o estudo sistemático desse campo. Outra variação provém da possibilidade de se estabelecer uma linha divisória clara entre administração pública e de empresas. Simon, Smithburg e Thompson indicam semelhanças e diferenças entre administração pública e privada, e as diferenças apontadas são aquelas geralmente aceitas – “os deveres e responsabilidades do administrador público serão geralmente definidos em lei com maiores detalhes”, “haverá geralmente maior possibilidade de faze-lo responsável”, “o administrador privado frequentemente tem mais liberdade de interpretar a relação entre a organização e o bem-estar geral... espera-se que [o administrador público] sirva aos interesses públicos.
Partimos do pressuposto de que todo órgão público deve pautar suas
ações no sentido de atender ao cidadão, sendo este entendido como
[...] o natural ou morador de uma cidade, o habitante das cidades antigas ou Estados modernos, que é sujeito de direitos políticos e que ao exercê-los intervém no governo do país. O fato de ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem ostentar as pessoas físicas e morais, e que por expressar o vínculo entre o Estado e seus membros implica de um lado, submissão à autoridade, e de outro o exercício de direito. (SILVA e MIRANDA NETTO, et al, 1986, p. 177)
16
E na condição de cidadão, tem o direito de exercer a cidadania,
no sentido de ter seus direitos respeitados. Cidadania é definida por Silva, Miranda
Netto, et al (1986, p. 177), como
a) o estatuto oriundo do relacionamento existente entre uma pessoa natural e uma sociedade política, conhecida como o Estado, pelo qual a pessoa deve a este obediência e a sociedade lhe deve proteção. Esse estatuto, nascido de um relacionamento entre o indivíduo e o Estado, é determinado pela lei do país e reconhecido pelo direito internacional (sendo este o uso predominante nos contextos legais); b) como o estatuto do cidadão numa sociedade, estatuto baseado na regra da lei e no princípio da igualdade.
No caso de órgãos públicos, estes devem se pautar no princípio da
transparência. A divulgação da produção científica da universidade atenderia ao
princípio da transparência. Falaremos mais disso adiante.
Entre as várias produções científicas de uma universidade, temos as
produções discentes, que podem se configurar em teses, dissertações e
monografias.
Tese, na definição de Cunha e Cavalcanti (2008, p. 362), é
Documento que relata os resultados ou as conclusões de uma pesquisa científica original, submetido pelo autor, como suporte à candidatura para obtenção de título acadêmico de pós-graduação, de uma qualificação profissional, ou outro título ou prêmio. No Brasil, apresenta-se tese para a titulação de doutor e dissertação para a obtenção do grau de mestre.
Dissertação é definida por Cunha e Cavalcanti (2008, p. 130), como
“Documento escrito, científico, técnico ou literário, apresentado a uma banca
examinadora para obtenção, em geral, do grau de mestre”.
A monografia de graduação, ou TCC, é definida por Cunha e
Cavalcanti (2008, p. 253) como:
1. Publicação que não seja de um periódico e que tenha mais de 49 páginas. 2. Documento que contém a descrição exaustiva de uma
17
matéria, abordando aspectos científicos, históricos, técnicos, econômicos ou artísticos. Trabalho de ciência, ou divulgação científica, que dá enfoque exaustivo a um problema, questão ou assunto. Comumente escrita segundo um esquema minucioso e aborda todos os aspectos do assunto ou fenômeno em consideração; publicação monográfica. 3. Publicação não seriada. 4. Trabalho final de curso ou disciplina acadêmica.
A monografia de graduação, ou Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC), é um trabalho científico que agrega um conhecimento científico ao
conhecimento existente, o qual, se adequadamente disseminado, pode se tornar
fonte de informação para outros trabalhos e também fornecer informações acerca do
campo de atuação profissional da área em que este se insere (neste caso, os cursos
de graduação da UFSCar).
Segundo Cunha e Cavalcanti (2008, p. 102), conhecimento científico é:
1. Objeto e resultado da pesquisa (fatos, teorias, hipóteses, etc.) tais
como se manifestam na informação e nos dados científicos. 2.
Conhecimento que resulta da pesquisa científica, ou seja, da
pesquisa realizada de acordo com o método e o objetivo da ciência.
Os trabalhos de conclusão de curso apresentam-se como
conhecimento científico, pois são conduzidos segundo critérios de uma pesquisa
científica, conforme podemos verificar, por exemplo, no Regulamento do Trabalho
de Conclusão de Curso do Curso de BCI:
Artigo 1º - O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) tem como
objetivo complementar a formação profissional no que tange à
investigação científica de questões teóricas e aplicadas nas áreas de
Biblioteconomia e Ciência da Informação.” (Projeto Pedagógico do
Curso de BCI, anexo 4, p. 71)2
Consideramos que esse conhecimento científico obtido como resultado
final da pesquisa e ocorrido nas etapas de realização de uma monografia trata-se de
2 Disponível em <http://www.prograd.ufscar.br/projetoped/projeto_bci.pdf>. Acesso em 01/10/2009.
18
uma informação científica, porque segundo Cunha e Cavalcanti (2008, p. 202),
informação científica é “1. Informação decorrente de uma comunicação científica. 2.
Informação restrita à comunicação científica. Ver também comunicação científica”.
Estes autores também definem comunicação científica como
[...] conceito proposto por John Bernal, no final dos anos 30, para designar o processo específico de produção, consumo e transferência de informação no campo científico. Em termos de comunicação, as duas características mais importantes de um cientista são a quantidade de informação que ele comunica e a qualidade dessa informação (MEADOWS, Arthur, A comunicação científica. Brasília: Briquet de Lemos/ Livros, 1999. (p. 97)
Nossa proposta é a de que, ao divulgarmos os TCCs produzidos por
alunos de graduação da UFSCar, estaremos promovendo a comunicação científica,
através da disseminação da informação. Segundo Cunha e Cavalcanti (2008, p.
130), disseminação da informação é “difusão de informações ou documentos
distribuídos a pessoas ou entidades, a partir de um ponto central de
armazenamento”. Este ponto central de armazenamento poderia ser considerado,
em cada curso, o acervo das monografias concluídas, organizadas em um espaço
específico, seja em formato impresso ou digital, disponíveis para consulta.
Quando propomos a aplicação dos conceitos de gestão do
conhecimento ao acervo de monografias dos cursos de graduação, pensamos que
estes conceitos podem promover a gestão da informação científica, no âmbito de
cada curso, contribuindo assim, para a gestão do conhecimento científico na
universidade como um todo. Segundo Cunha e Cavalcanti (2008, p. 179), gestão da
informação é o “conjunto de atividades relacionadas com o ciclo da informação em
uma organização o qual inclui coleta, processamento, armazenamento, fluxo,
recuperação da informação e o seu uso efetivo, geralmente com o apoio de sistemas
informatizados”.
No contexto dos TCCs, a informação que estes veiculam diz respeito
ao conhecimento científico das respectivas áreas dos cursos de graduação. Quando
se fala em coleta, no caso dos TCCs, são ações efetivas no sentido de garantir que
os alunos depositem o exemplar final corrigido do TCC na secretaria de seu curso,
19
para que possa fazer parte de um acervo, com características de processamento
adequadas a cada área do conhecimento, reunidas e armazenadas em um ambiente
especialmente destinado a isso, de forma a garantir o fluxo e a recuperação dessa
informação científica.
2.2 Administração Pública – o papel das universida des
Em 1995, seguindo tendência iniciada nos anos 80 em países da
Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), foi
aprovada no Congresso Nacional a emenda constitucional da reforma administrativa,
culminando com a publicação de um documento da Presidência da República,
denominado Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado, que propunha uma
mudança na administração pública brasileira, de burocrática, para uma
administração gerencial (BRESSER-PEREIRA, 2006, p. 22). Passou-se a considerar
como meta que a administração pública fosse conduzida de forma gerencial, em
oposição à administração burocrática vigente até esse momento. A administração
pública deixou de ser burocrática e auto-referente e passou a ser gerencial,
orientada pela idéia de “serviço ao cidadão” (BRESSER-PEREIRA, 2006, p. 29).
Essa forma gerencial de condução da administração pública passou a considerar o
cidadão como um cliente dos serviços públicos, com direitos a serviços de acordo
com a mentalidade de mercado, incluindo em seus procedimentos técnicas e
métodos de administração de empresas (COUTINHO, 2000).
Seguindo essa linha de raciocínio, podemos considerar que os alunos
e pesquisadores da universidade são, ao mesmo tempo, usuários dos serviços da
universidade, e ao mesmo tempo cidadãos. Como cidadãos, têm o direito a serviços
públicos de qualidade, e à transparência em que estes devem se apoiar. É
pensando na transparência dos serviços públicos, que a comunicação da produção
científica produzida na universidade aparece como um dever desta e ao mesmo
tempo, um direito do cidadão.
A informação está contida, assim, no bojo do processo educacional como direito social, previsto no art. 5º, inciso VIV da Carta Magna, que diz: “É assegurado a todos o acesso à informação...”. A
20
informação é, portanto, direito de todos. É um bem comum, que pode e deve atuar como fator de integração, democratização, igualdade, cidadania, libertação, dignidade pessoal. Não há exercício da cidadania sem informação. Isto porque, até para cumprir seus deveres e reivindicar seus direitos, sejam eles civis, políticos ou sociais, o cidadão precisa conhecer e reconhecê-los e isto é informação. (TARGINO, 1991, p. 155)
Ainda que os cidadãos não sejam todos eles usuários específicos dos
serviços públicos da universidade, “são parte de toda uma comunidade e, portanto,
contribuem e recebem benefícios da administração pública” (COUTINHO, 2000, p.
46). Sendo assim, a administração de qualquer órgão público deve ser direcionada
no sentido de prestar serviços de qualidade, com presteza e eficiência. A
universidade pública, como órgão público que é, contribui para a preservação dos
direitos de toda a comunidade acadêmica interna e também a externa, na figura de
todo cidadão, como um usuário indireto de seus serviços. “A administração pública
voltada para o cidadão pode ser definida como um modelo gerencial cujo objetivo é
oferecer serviços públicos de maior qualidade, atendendo melhor às demandas dos
seus usuários” (COUTINHO, 2000, p. 46).
A administração pública voltada para o cidadão é uma mudança
conceitual muito importante para a administração pública, pois “implica na adoção de
certos valores, atitudes e crenças compatíveis com os seus preceitos” (COUTINHO,
2000, p. 54). Segundo o autor, a administração pública voltada para o cidadão adota
um sistema de valores democráticos, uma vez que os cidadãos passam a perceber
que o serviço público existe para servi-los e que suas atividades devem ser
transparentes e controladas por eles.
Nesse novo modelo de administração pública, de caráter gerencial, o
indivíduo é considerado sob dois aspectos: em termos econômicos, ele é visto como
consumidor do serviço público (ou usuário) e, em termos políticos, como cidadão
(BRESSER-PEREIRA, 2006, p. 33). Como consumidor, o indivíduo tem direito de
escolher a qual serviço público recorrer. Neste sentido, quando este tiver acesso aos
resultados das pesquisas realizadas por alunos de cursos de graduação para a
elaboração da monografia, terá acesso a informações que podem levá-lo a entender
melhor a atuação dos profissionais formados pelos diversos cursos, podendo assim
21
escolher, por exemplo, para qual curso ou até mesmo em qual instituição de ensino
irá prestar o vestibular. Como cidadão, ele tem direito a informações acerca de um
órgão público, e a divulgação da produção científica da universidade é uma fonte de
informações sobre as pesquisas que ocorrem no âmbito acadêmico.
No caso desta monografia, consideramos que as pesquisas
desenvolvidas por alunos de graduação, cujos resultados geralmente são
apresentados através da elaboração da monografia, submetida à aprovação por
uma banca examinadora, fazem parte da produção científica da universidade. Além
desse consumidor externo, há o consumidor interno, ou usuário, na figura, por
exemplo, dos próprios alunos do curso, que poderiam consultar as monografias
defendidas, buscando referencial teórico e inspiração para seus próprios temas de
interesse na elaboração da sua monografia.
Coutinho (2000, p. 61) usa o termo “cidadãos-usuários” para definir o
“cliente” do serviço público e diz que estes estão cada vez mais exigentes, sendo
assim, a administração no serviço público tem que ser cada vez mais planejada, no
sentido de garantir a qualidade dos serviços, respondendo assim, à demanda e
expectativa dos cidadãos.
A universidade, principalmente a pública, também deve se basear nos
princípios da administração pública, já que é um órgão público. Nogueira (2005, p.
29) fala sobre a missão da universidade, como uma instituição que deve atender às
demandas da sociedade:
Edificada no decorrer de uma longa evolução histórica, cujos primórdios remontam à Idade Média, a universidade se consolidou como um agregado de pessoas possuidoras de certas qualidades e unidas pela missão de produzir e transmitir conhecimento, acumular e disseminar pensamento crítico, formar outras pessoas, jovens sobretudo, como cidadãos, profissionais e lideranças intelectuais. .... Seus movimentos como instituição seguem as demandas e expectativas da sociedade, ainda que não se submetam passivamente a elas.
Dentro dos princípios da nova administração pública voltada para o
cidadão, a qualidade dos serviços públicos depende da satisfação do usuário. Sendo
22
assim, o planejamento dos serviços no setor público deve ser revisto, buscando
sempre oferecer ao cidadão, opções de acesso à informação. Além disso, diante do
aumento da competitividade empresarial, os Serviços de Informação têm buscado
“melhor oferta de produtos/serviços, facilidade de acesso à informação, agregação
de valor e customização” (TARAPANOFF et. all., apud Dias, 2003, p. 29). Valho-me
desta peculiaridade relacionada aos Serviços de Informação, como apresentada
pela autora, por pensar que o acervo de monografias dos cursos de graduação pode
funcionar como um serviço de informação.
2.3 Informação científica pública para cidadania
Considerando que as monografias de conclusão de curso fornecem
informação científica, por se tratarem da exteriorização de um conhecimento
científico, acumulado ao longo da pesquisa realizada pelo aluno, nada mais natural
que esse conhecimento seja divulgado, uma vez que a pesquisa, se não for
divulgada, não tem utilidade. Alberts apud Leite e Costa (2006, p. 212), afirma que a
informação científica e técnica é “um bem público global, que deve estar livremente
disponível para o benefício de todos”. Andakrishnan apud Albagli (1996, p. 397) diz
que o papel da divulgação científica atende a diferentes objetivos, entre eles:
educacional, pois faz com que o público leigo amplie seu conhecimento e
compreensão sobre a lógica do processo científico; cívico, no sentido de que amplia
a consciência do cidadão a respeito de questões sociais associadas ao
desenvolvimento científico e tecnológico; mobilização popular, pois amplia a
possibilidade e qualidade da participação da sociedade nos processos decisórios
referentes a políticas públicas, uma vez que propicia que o cidadão esteja informado
sobre os estudos científicos a respeito de questões diversas. Costa (1991, p. 32)
também se refere à importância da divulgação do conhecimento científico, quando
afirma que
[...] a disseminação sistemática e permanente da Informação Científica e Tecnológica, através dos mais diversos meios ou sistemas de informação e comunicação, assume enorme importância, na medida em que pode - quando voltada a privilegiar o interesse social - oferecer à maioria da população informações mais aprofundadas acerca da realidade e da atividade científica em
23
particular, gerando consequentemente, conhecimento, conscientização e participação coletiva.
É pensando na informação científica como um bem público, -
principalmente a resultante de pesquisas realizadas em instituições de ensino
públicas, financiadas com dinheiro público -, que defendemos a idéia de que o
conhecimento científico resultante dos TCCs deveria ser divulgado à sociedade, na
forma de publicação e disponibilização dos resultados obtidos. Ferreira e Neves
(2002) vão um pouco mais além e dizem que a disseminação de informações (no
nosso caso, a informação científica), atendendo ao paradigma da transparência,
amplia o controle social sobre os órgãos públicos, fornecendo bases para o exercício
pleno da cidadania. Se compararmos o acervo de TCCs defendidos com um
repositório institucional, tal como nos apresenta Crow (2002), obviamente em
pequena escala e guardadas as devidas proporções, podemos pensar que a
divulgação desse conhecimento científico pode
[...] contribuir para o aumento da visibilidade, do status, da imagem e do valor público da instituição, servindo como um indicador tangível da qualidade da universidade e demonstrando a relevância científica, econômica e social das suas atividades de investigação e ensino. (Crow apud Vidotti, 2004, p. 145).
Neste sentido, parece-nos pertinente que atividades que promovam a
disseminação dessa produção científica, em um sistema que envolva os princípios
do gerenciamento de informações, dentro do âmbito acadêmico, possam ser de
utilidade pública, levando-se em consideração os princípios da “administração
pública voltada para o cidadão” (Coutinho, 2000, p. 40). É pensando no cidadão que,
enquanto cliente externo desse tipo de serviço, em busca de informações
detalhadas sobre os cursos de graduação da UFSCar, ou mesmo informações
gerais sobre a UFSCar e sua respectiva produção científica, tem direito à informação
gerada pelos TCCs, pois segundo Barros (2003), a cidadania presume o direito do
cidadão à informação.3 No nosso entendimento, todos os indivíduos pertencentes ao
ambiente acadêmico da universidade são cidadãos, pois retomando a definição de
cidadão apontada por Silva, Miranda Netto et. all. (2008, p. 177), cidadão é todo
indivíduo “ natural ou morador de uma cidade ... sujeito de direitos políticos e que ao
3 Tomamos o conceito de cidadão para designar todos aqueles que se beneficiam direta ou indiretamente de um serviço público.
24
exercê-los intervém no governo do país”. Targino apud Barros (2003, p. 24) diz que
a informação “... é um dos elementos que permite a todos nós ajustarmo-nos ao
mundo exterior, de forma legítima e coerente, conquistando o status de cidadãos”.
Além disso, na própria Constituição Brasileira, Título II, Capítulo I,
Artigo 5º, inciso XXXIII, temos explicitado o direito dos cidadãos, no que concerne ao
direito à informação:
todos têm direito a receber dos órgãos públicos, informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
2.4 Informação científica – monografias de conclus ão de curso
Em uma universidade, há uma gama variada de produção científica,
gerada através de pesquisas. Dentre estas, podemos citar a produção científica
discente de graduação e pós-graduação, que se apresenta na forma de
dissertações, teses, monografias. A dissertação é o resultado da pesquisa gerada
por aluno de um curso de mestrado. A tese apresenta os resultados da pesquisa de
doutorado. E as monografias são pesquisas realizadas em cursos de graduação e
especialização, como requisitos parciais para a obtenção do título.
Em nosso caso vamos nos ater à produção científica denominada
monografia de graduação, que, no caso da UFSCar, em muitos cursos é chamada
de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sendo esta a denominação usada no
Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação, aonde nosso estudo irá se
concentrar.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de
Graduação, explicitadas no Parecer CNE/CES nº 776/97, de 03/12/1997, a formação
do aluno de graduação deve incentivar e propiciar a atividade de pesquisa, de
acordo com um dos princípios que devem orientar a elaboração dos currículos de
Cursos de Graduação: “Fortalecer a articulação da teoria com a prática, valorizando
a pesquisa individual e coletiva...”. Desse modo, partimos do pressuposto de que o
25
TCC é um tipo de pesquisa individual e se configura como uma produção científica,
uma vez que apresenta o encadeamento e o resultado de uma pesquisa e esse
resultado se configura como uma informação científica. Dias (2003, p. 35), diz que
“informação científica é o conhecimento resultante da pesquisa que se acrescenta
ao entendimento universal existente”. No nosso entendimento, o TCC é uma
produção científica, pois o aluno o realiza a partir de uma atividade de pesquisa,
atendendo a critérios estabelecidos como normas de pesquisa. Por exemplo, no
Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas4, encontramos
a seguinte descrição de como é considerada a monografia no curso:
A monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) será realizada como parte dos créditos das disciplinas Estágio Curricular 1 (10 créditos) e Estágio Curricular 2 (10) créditos. Na primeira, o aluno procederá ao levantamento bibliográfico do assunto escolhido para o trabalho, escreverá o projeto e fará os testes preliminares de campo e/ou laboratório. Na segunda, o aluno desenvolverá a parte prática e fará a redação do trabalho. Esta deverá ser feita nos moldes de um trabalho científico e o aluno poderá escolher como modelo, as normas de qualquer revista científica indexada. (p. 40)
Também encontramos no Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia
Elétrica5, a seguinte descrição dos objetivos das disciplinas Projeto de Monografia e
Desenvolvimento de Monografia :
Projeto de Monografia: Essa disciplina se pauta pela elaboração de um projeto de monografia, ou seja, este se constitui pela: escolha do tópico de investigação; delimitação do problema, hipóteses, base teórica e conceitual; definição do objeto e dos objetivos; a escolha da metodologia (instrumentos de coleta de dados); referências bibliográficas e cronograma para o desenvolvimento do projeto. Desenvolvimento de monografia: Nessa disciplina os elementos constituintes do projeto de monografias serão desenvolvidos sob a perspectiva de elaboração da monografia a ser apresentada perante uma banca examinadora. A elaboração da monografia consiste na sistematização dos dados levantados, análise dos mesmos sob a perspectiva metodológica escolhida, bem como a partir das referências, desenvolvimento das hipóteses, cuja redação deve pautada pelo rigor, pela clareza e coerência. Por sua vez, a incorporação dos conceitos abordados no transcorrer do curso, bem
4 Disponível em <http://www.prograd.ufscar.br/projetoped/projeto_BachCiencBiologicas.pdf. Acesso em 25/11/2009. 5 Disponível em < http://www.prograd.ufscar.br/projetoped/pp_engEletrica_scarlos.pdf>. Acesso em 25/11/2009.
26
como a consecução do estágio profissionalizante, possibilitam aos alunos o desenvolvimento completo de um projeto de engenharia.
O produto final do TCC é acrescentado ao entendimento universal da
ciência, uma vez que traz uma discussão sobre um tema, relacionado ao curso de
graduação que o aluno cursa. Geralmente os TCCs apresentam todas as etapas de
uma pesquisa, tendo em vista a definição de pesquisa que encontramos em Cunha
e Cavalcanti (2008, p. 281): “Estudo cuidadoso e sistemático de um campo do
conhecimento, com o objetivo de estabelecer fatos ou princípios; investigação;
busca”.
Além disso, o cidadão de uma forma geral, externo à comunidade
acadêmica, também pode se beneficiar do acesso a essa informação científica
gerada a partir dos TCCs, uma vez que, ao serem disponibilizados para consulta,
poderiam auxiliá-lo a conhecer melhor a área de atuação dos profissionais formados
nos cursos de graduação, uma vez que, de uma forma geral, os temas dos TCCs
abrangem aspectos relacionados à prática profissional. Podemos citar como
exemplo a descrição que consta no Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia de
Materiais6:
O Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo geral a síntese e integração dos conhecimentos abordados durante o curso. Deverá ser realizado pelo aluno sob orientação de um ou mais professor orientador e deverá resultar numa monografia com conteúdo que caracterize a abordagem de problemas tipicamente de engenharia, como o desenvolvimento de um projeto de engenharia ou a caracterização de um problema de caráter tecnológico juntamente com análise da viabilidade de possíveis soluções, sem deixar de considerar os aspectos econômicos, os impactos sociais, ambientais e outros que sejam considerados necessários.
Também a título de ilustração, podemos citar ainda o Projeto
Pedagógico do Curso de Enfermagem7:
O Módulo IV, Consolidação do processo de formação profissional em enfermagem, está voltado para o exercício das atividades profissionais de enfermagem de forma integrada e mais autônoma do
6 Disponível em <http://www.prograd.ufscar.br/projetoped/projeto_engmateriais.pdf>. Acesso em 28/11/2009. 7 Disponível em < http://www.prograd.ufscar.br/projetoped/projeto_enfermagem.pdf>. Acesso em 28/11/2009.
27
que nos módulos anteriores. Por meio do estágio supervisionado, da análise crítica do exercício profissional e da elaboração do trabalho de conclusão de curso, o/a aluno/a terá condições de consolidar as competências necessárias para o exercício da profissão de enfermeiro/a e dar continuidade ao seu processo de educação ao longo da sua vida profissional.
Ferraz (2003, p. 89), discorre sobre a informação como um “recurso da
organização e não uma propriedade individual”, ao sugerir que os TCCs podem
contribuir para a inserção do profissional da área de Ciência da Informação no
mercado, uma vez que podem funcionar como uma espécie de marketing do Curso
de Graduação, ao mostrar possíveis áreas de atuação desse profissional. Pensamos
que o mesmo raciocínio possa ser aplicado aos demais Cursos de Graduação da
UFSCar.
Fujino (1999, p. 46) também salienta a importância da gestão do
conhecimento (no nosso caso, o conhecimento científico) nos tempos atuais: “O
deslocamento do paradigma de sociedade industrial para sociedade do
conhecimento coloca no centro da discussão o conhecimento e sua gestão como
fatores relacionados à capacidade competitiva de empresas e países”. Rodrigues,
Antunes e Dutra (2003, p.67), por seu turno, defendem a idéia de que, por causa da
valorização cada vez maior do conhecimento, a gestão do conhecimento está
despontando na administração como uma prática gerencial.
Dentro dos princípios da nova administração pública voltada para o
cidadão, a qualidade dos serviços públicos depende da satisfação do usuário. No
caso dos TCCs do Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação, podemos
tomar como critério de satisfação de seus usuários internos, a questão do acesso a
essa produção científica produzida no Curso, na forma de comunicação científica.
Há uma demanda por consulta aos TCCs defendidos e estes nem sempre são
entregues pelos alunos que os defenderam, uma vez que não há, na instituição, nem
tampouco no Curso, uma obrigatoriedade de entrega da versão final corrigida do
TCC, na Coordenação do Curso, após a nota ser digitada pelo professor, nem
tampouco na Biblioteca da UFSCar. Por isso, é preciso adotar ações no sentido de
mobilizar as pessoas envolvidas nesse processo, para que o depósito do exemplar
final seja feito, e possa ficar disponível para consulta sob alguma forma de suporte
28
informacional, seja ele impresso ou digital. Segundo Nogueira (2005, p. 19), “A
universidade existe para produzir conhecimento, gerar pensamento crítico, organizar
e articular os saberes, formar cidadãos, profissionais e lideranças intelectuais”.
A disponibilização dos TCCs para consulta pode ser comparada a um
serviço de informação, se houver ações no sentido de organizar esse material e
colocá-lo à disposição para consulta. No Curso de Biblioteconomia e Ciência da
Informação da UFSCar, já houve tentativas nesse sentido, que não deram certo
devido a dificuldades relacionadas a espaço físico, recursos de pessoal, bem como
entraves relacionados ao não depósito, na secretaria do Curso, da versão final
corrigida. Neste trabalho, consideramos que as monografias de cursos de graduação
deveriam ser publicadas e disponibilizadas ao público em geral – interno e externo –
como forma de divulgação do conhecimento científico produzido na UFSCar, em
nível de graduação.
Isto requer que se pense em formas de organização deste material,
dando-lhe uma característica de acervo científico. Segundo Marchand apud Dias
(2003, p. 34), o processo de agregação de valor à informação envolve sensibilidade,
coleta, processamento, comunicação e utilização. A organização, bem como as
formas de acesso a esse material, tem que ser pensada, visando garantir a
agregação de valor à formação do aluno, pois “a informação, para ser realmente
importante e de valor para os usuários tem que ser pertinente às necessidades dos
usuários quando dela necessitam” (FIGUEIREDO apud BARROS, 2003, p. 21).
Ainda no escopo da agregação de valor, a gestão da qualidade nesse
processo de coordenação dos TCCs é importante, pois é preciso que se pense em
ações voltadas para a adequação desse material às necessidades dos clientes8,
pois se este pode ser usado como fonte bibliográfica para futuros trabalhos, ou
informações sobre atividades profissionais, deverá estar em um nível de qualidade à
altura de tal finalidade, atentando-se para a “relevância e confiabilidade da
informação fornecida, a correção e oportunidade de seu impacto para os clientes,
8 O termo cliente está sendo usado para designar o cidadão (alunos ou pessoas externas à UFSCar) que necessita acessar essa informação.
29
isto é, a precisão e os efeitos resultantes desses usos nas atividades dos usuários”
(LE COADIC apud DIAS, 2003, p. 74).
No caso específico da metodologia deste trabalho, tentaremos mostrar
como os princípios teóricos da gestão do conhecimento, aplicados ao gerenciamento
do conhecimento científico, podem ou não contribuir para a organização das
atividades relacionadas à divulgação dos TCC no curso de BCI e em toda a UFSCar.
2.5 Gestão do conhecimento científico
É necessário pontuarmos agora o que estamos entendendo por
conhecimento. Existem variações para a definição de conhecimento, de acordo com
a área de conhecimento que o define. Cunha e Cavalcanti (2008, p. 101) nos
apresentam vários conceitos, de acordo com as diferentes áreas. Listamos alguns,
que consideramos mais pertinentes à análise que nos propusemos:
Em Filosofia, é “operação vital imanente que tem por efeito fazer um
objeto presente ao sentido ou à inteligência. O saber que resulta desta operação”;
Em Comunicação, temos:
[...] resultado do ato de conhecer, ato pelo qual o espírito apreende um objeto. Conhecer é ser capaz de formar a idéia de alguma coisa; é ter presente no espírito. Isso pode ir da simples identificação (conhecimento comum) à compreensão exata e completa dos objetos (conhecimento científico);
Em Administração, Arquivologia e Biblioteconomia, temos: “Conteúdo
informacional contido nos documentos, nas várias fontes de informação e na
bagagem pessoal de cada indivíduo”.
Concordamos com Dave apud Cunha e Cavalcanti (2008, p. 101),
quando afirma que o conhecimento é
30
[...] a informação mais valiosa e, consequentemente, mais difícil de gerenciar. É valiosa precisamente porque alguém deu à informação um contexto, um significado, uma interpretação, alguém refletiu sobre o conhecimento, acrescentou sua própria sabedoria, considerou suas implicações mais amplas.
Tuomi apud Silva (2004, p. 144) traz uma diferenciação entre dado,
informação e conhecimento. Dados são simples fatos que podem se tornar
informação, desde que sejam combinados com uma estrutura compreensível, e a
informação pode se tornar conhecimento, se colocada em um determinado contexto.
“Uma informação é convertida em conhecimento quando um indivíduo consegue
ligá-la a outras informações, avaliando-a e entendendo seu significado no interior de
um contexto específico” (SILVA, 2004, p. 144). Transpondo esses conceitos para os
TCCs, podemos pensar que, na sua construção, quando o aluno começa a fazer o
levantamento bibliográfico de sua pesquisa, assim como coleta de dados do assunto
pesquisado, seguindo orientações de metodologia de pesquisa obtido nas disciplinas
específicas, este começa a reunir dados. Quando passa a elaborar seu trabalho,
esses dados coletados, relacionados com os dados obtidos na busca e leitura de
referencial teórico para a construção de seu pensamento, passam a ser informação.
A partir do momento em que este chega às conclusões de seu trabalho, estando
este finalizado e redigido, convalidado por uma banca examinadora, publicado e
comunicado (neste caso, disponibilizado para consulta), transforma-se em
conhecimento. Neste momento, pode ser consultado por outras pessoas, podendo
ser utilizado na elaboração de outros trabalhos, servindo como fonte de informação
sobre determinado assunto, que por sua vez, fornece dados para a criação de novo
conhecimento.
Nonaka & Takeuchi apud Silva (2004, p. 145), propõem que o
conhecimento é composto por dois tipos de conhecimento, intrinsecamente
relacionados, com formatos distintos: o formato tácito e o formato explícito. O
formato tácito diz respeito a um conhecimento subjetivo, a habilidades inerentes do
indivíduo, a um sistema de idéias, advindos de sua percepção e experiência acerca
da realidade. O formato explícito é aquele codificado em textos, e outros meios de
informação em geral. A Gestão do Conhecimento trata do sistema de conversão
entre esses dois formatos do conhecimento. O núcleo central da abordagem sobre
Gestão do Conhecimento é a criação de conhecimento a partir de espaços que
31
favoreçam a contínua conversão entre os formatos tácitos e explícitos. “As
conversões do conhecimento entre estes dois formatos constitui a essência da
abordagem teórica da criação do conhecimento” (SILVA, 2004).
Nonaka e Takeuchi (1997) propõem a existência de quatro modos de
conversão do conhecimento:
Socialização (do conhecimento tácito em conhecimento tácito): “processo de
compartilhamento de experiências e, a partir daí, da criação do conhecimento tácito,
como modelos mentais ou habilidades técnicas compartilhadas” (p. 69). De acordo
com os autores, o conhecimento tácito é compartilhado através da linguagem,
observação, imitação e prática;
Externalização (do conhecimento tácito em conhecimento explícito):
“processo de articulação do conhecimento tácito em conceitos explícitos” (p. 71). O
conhecimento tácito se torna explícito usando-se “metáforas, analogias, conceitos,
hipóteses ou modelos”;
Combinação (do conhecimento explícito em conhecimento explícito):
“processo de sistematização de conceitos em um sistema de conhecimento” (p. 75).
Existem várias instâncias em que os indivíduos podem trocar e combinar
conhecimentos explícitos, tais como bancos de dados, reuniões, discussões em sala
de aula;
Internalização (do conhecimento explícito em conhecimento tácito): “é o
processo de incorporação do conhecimento explícito no conhecimento tácito. É
intimamente relacionada ao ‘aprender fazendo’ ” (p. 77). É quando o indivíduo
internaliza e agrega ao seu conhecimento tácito, o conhecimento obtido através da
experiência possibilitada nos modos de conversões anteriores. Segundo os autores,
esse conhecimento tácito acumulado deve ser partilhado com os demais, iniciando
uma nova espiral de criação do conhecimento (figura 1).
32
FIGURA 1: ilustração da espiral do conhecimento.
Fonte: Silva (2002), adaptado de Nonaka & Takeuchi (1997).
Os trabalhos de conclusão de curso, como atividades intrínsecas a
grande parte dos cursos de graduação, podem ser pensados a partir dessa
construção teórica de gestão do conhecimento científico, segundo nossa hipótese.
No caso desta monografia, mais especificamente, o foco fica na conversão do
conhecimento denominada “combinação”, como bem o colocam Leite e Costa (2006,
p. 211):
Nesse caso, uma iniciativa de gestão do conhecimento científico supre a necessidade de implementar, aprimorar, potencializar a transferência do conhecimento científico, de forma a maximizar a criação de novos conhecimentos, a otimização de recursos, o crescimento da instituição e o avanço da ciência. (Leite e Costa, 2006, p. 211).
Lembramos que, embora o conceito de repositório institucional refira-se
a um acervo científico infinitamente maior do que o acervo de monografias de um
curso de graduação, pensamos que a comunicação desse conhecimento científico
produzido nas monografias, na forma de disponibilização do acervo para consulta,
33
contribui com a universidade, para a implementação de ações de Gestão do
Conhecimento Científico, como propõem Leite e Costa (2006), ao se referirem aos
repositórios institucionais. De acordo com Leite e Costa (2006, p. 15):
A comunicação pode ser vista como o substrato no qual todas as atividades organizacionais ocorrem, portanto, é inerente à estrutura da organização. Logo, a gestão do conhecimento, principalmente, não se viabiliza sem que ocorra comunicação.
Seguindo na linha de raciocínio de Leite e Costa (2006, p. 218), pode-
se pensar que os acervos de monografias, se disponibilizados para consulta, podem
ser vistos como uma ferramenta de gestão do conhecimento científico, pois
“potencializam também a condução de processos que maximizam a criação, o
compartilhamento, a disseminação e o uso do conhecimento científico”.
Nonaka e Takeuchi (1997, p. 95) propõem um modelo de criação do
conhecimento, chamado de Modelo de Cinco Fases do processo de criação do
conhecimento. As cinco fases são: 1. Compartilhamento do conhecimento tácito; 2.
Criação de conceitos; 3. Justificação dos conceitos; 4. Construção de um arquétipo;
5. Difusão interativa do conhecimento. Na fase 1, eles dizem que “para conseguir
esse compartilhamento, precisamos de um ‘campo’ no qual os indivíduos possam
interagir uns com os outros através de diálogos pessoais” (p. 97). Na fase 2, “um
modelo mental compartilhado é formado no campo de interação, a equipe auto-
organizada expressa esse modelo através do diálogo contínuo, sob a forma de
reflexão coletiva” (p. 98). Na fase 3, “a justificação envolve o processo de
determinação de que os conceitos recém-criados valem realmente a pena para a
organização e a sociedade”. Na fase 4, “um conceito justificado é transformado em
algo tangível ou concreto, ou seja, em um arquétipo. Um arquétipo pode ser
considerado um protótipo no caso do processo de desenvolvimento de um novo
produto” (p. 100). Na fase 5, “o novo conceito, que foi criado, justificado e
transformado em modelo, passa para um novo ciclo de criação de conhecimento em
um nível ontológico diferente”. Pensamos que esse modelo tem aplicação nas fases
de elaboração das monografias de conclusão de curso e na análise dos resultados
propomos um modelo adaptado a essas atividades.
34
3 METODOLOGIA
O estudo que realizamos, segundo seus objetivos, tem características
de uma pesquisa exploratório/descritiva (Gonsalves apud Ferraz, 2009). Ferraz
(2009, notas de aula 1) descreve essa categoria de pesquisa:
A pesquisa descritiva, na visão de Cervo e Bervian (1996, p.49) ‘observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los’, trabalhando com ‘dados e fatos colhidos da própria realidade ’ (CERVO & BERVIAN, 1996, p. 50) (grifo da autora)
Tal definição se aplica a esta pesquisa, uma vez que os dados
coletados não sofreram nenhum tipo de manipulação, sendo apenas observados,
analisados e correlacionados, tendo sido obtidos a partir de levantamentos de
informações realizados na própria realidade do ambiente acadêmico da UFSCar.
Ainda segundo Ferraz (2009, notas de aula 1), justificamos a
denominação de exploratória a esta pesquisa, segundo a definição de Cervo &
Bervian:
Os estudos exploratórios não elaboram hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e buscar maiores informações sobre determinado assunto de estudo. Tais estudos têm por objetivo familiarizar-se com o fenômeno ou obter nova percepção do mesmo e descobrir novas idéias. (CERVO & BERVIAN, 1996, p. 49)
Julgamos que esta pesquisa trata-se de um estudo exploratório, pois
partimos da premissa de que é importante divulgar os trabalhos de monografia e
para corroborar nossa premissa, valemo-nos de bibliografia relacionada à
administração e gestão públicas, correlacionando conceitos utilizados em outras
áreas, tais como ciência da informação, administração de empresas, direito público,
educação.
Inicialmente procedemos a uma busca de pesquisas relacionadas com
a questão de divulgação de monografias, para verificar se já havia estudos
específicos sobre o assunto. Não encontramos nenhum estudo específico
35
relacionado à divulgação de monografias e partimos então para outras buscas, a
respeito de divulgação científica, informação científica, conhecimento científico,
gestão do conhecimento. A partir dessa busca de fontes bibliográficas, selecionamos
artigos, dissertações, livros, leis e normas que versavam sobre administração
pública, universidade pública, serviço de informação, informação científica,
conhecimento científico, gestão do conhecimento.
Esta pesquisa foi feita a partir de análise descritiva e comparativa, de
rotinas de gestão de informação científica (TCC) na Coordenação do Curso de BCI
da UFSCar, com demais cursos de graduação da UFSCar. Esta descrição foi feita
também, a partir do levantamento, diagnóstico e delimitação de rotinas e
procedimentos de gestão de TCCs em outros cursos da UFSCar. Essa etapa foi
cumprida a partir da elaboração de entrevistas (em apêndice) semi-estruturadas,
compostas por questões abertas e fechadas, aplicadas com a ajuda de duas alunas
bolsistas da Coordenação de TCCs do Curso de BCI, junto às secretarias de outros
cursos de graduação da UFSCar.
Procedemos assim, a um levantamento de informações, através de
telefonemas às secretarias de cursos, para verificar quais cursos tinham o TCC na
grade curricular, como componente obrigatório. Classificamos esse procedimento de
coleta de dados, como um levantamento, segundo Ferraz (Gonsalves, apud Ferraz,
2009, notas de aula 1). Em alguns momentos, a pesquisa também foi feita no site da
UFSCar, nos projetos pedagógicos dos cursos, quando encontrávamos dificuldade
em obter a informação por telefone. A escolha dos cursos entrevistados foi aleatória;
foram entrevistados os cursos que deram um retorno mais rápido à nossa solicitação
de submeterem-se à entrevista.
Para esse estudo exploratório/descritivo decidimos coletar informações
através de entrevistas semi-estruturadas com secretárias e/ou coordenadores de
cursos de graduação da UFSCar, que tem em sua grade curricular a elaboração de
uma monografia de conclusão de curso. Segundo Pádua (2000, p. 66), a ferramenta
de entrevista para coleta de dados “constituem uma técnica alternativa para se
coletar dados não documentados, sobre um determinado tema”. Pela consulta aos
projetos pedagógicos dos cursos disponibilizados on-line, observamos que não
36
havia as informações que estávamos buscando, referentes ao fluxo de atividades
relacionadas ao desenvolvimento das monografias. Entendemos que esses dados
específicos que buscávamos deveriam ser coletados através de entrevista semi-
estruturada.
Foram feitas entrevistas semi-estruturadas em doze cursos,
representando: quatro cursos do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH),
quatro do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET) e quatro do Centro de
Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), todos eles localizados no campus da
UFSCar em São Carlos, SP. Os cursos dos campi de Araras e Sorocaba não foram
investigados. Consideramos tal amostra representativa das diversidades
disciplinares da universidade. Na tabela 1 mostramos a porcentagem de cursos
entrevistados por Centro Acadêmico, considerando-se o número total de cursos por
Centro e o número de cursos em que a monografia é uma exigência obrigatória da
grade curricular.
Centros
Nº total de
cursos
de graduação
Nº de cursos que exigem a
monografia
Porcentagem
da
amostra
Centro de Educação e
Ciências Humanas
Centro de Ciências
Exatas e Tecnológicas
Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde
11
16
10
11
13
8
36%
31%
50%
TABELA 1: Porcentagem da amostra por Centro Acadêmico
Consideramos ainda que as entrevistas encaixaram-se na categoria
‘semi-estruturada’, segundo a definição de Pádua (2000, p. 67):
O pesquisador organiza um conjunto de questões sobre o tema que está sendo estudado, mas permite, e às vezes até incentiva, que o entrevistado fale livremente sobre assuntos que vão surgindo como desdobramentos do tema principal.
37
Usou-se a entrevista porque nem sempre essa rotina está
esquematizada e disponível para consulta nas coordenações dos cursos. As
entrevistas tinham a finalidade de explorar quais eram as atividades realizadas em
cada curso, relativas ao desenvolvimento da monografia, bem como descrever,
através da análise e tabulação desses dados, as fases envolvidas nesse processo.
Esse levantamento de dados possibilitou verificar as similaridades e diferenças entre
os procedimentos realizados no curso de BCI e dos demais cursos da amostra. Após
a realização das entrevistas, os dados foram trabalhados e analisados
quantitativamente e qualitativamente.
A partir desses dados e a partir da análise do Regulamento de TCCs
do Projeto Pedagógico do Curso de BCI da UFSCar, elaboramos um fluxograma
representativo dos procedimentos vigentes atualmente no Curso de BCI e
propusemos um fluxograma alternativo de procedimentos para facilitar melhorias na
gestão desse tipo de informação, considerando as experiências bem sucedidas de
outros cursos, que verificamos a partir da etapa anterior, de aplicação das
entrevistas e análise dos dados coletados. Para a elaboração desse fluxograma
alternativo, partimos da premissa de que é importante e adequado divulgar os TCCs
desse Curso, assim como dos demais cursos de graduação da UFSCar. Segundo
Ferraz (2009, notas de aula 1, apud Gonsalves 2001), esta pesquisa pode ser
considerada também um estudo de caso, já que se aprofunda na análise de uma
situação específica, relativa ao curso de BCI, embora para esta análise tenha se
partido de um levantamento em outros cursos.
Ainda segundo Ferraz (2009, notas de aula 1, apud Gonsalves, 2001),
podemos considerar essa pesquisa como um estudo de campo, tendo em vista as
fontes de informação utilizadas. E ainda segundo essa classificação, relativo à
natureza dos dados, trata-se de uma pesquisa que engloba tanto dados
quantitativos quanto qualitativos, pois, ainda que os dados tenham propiciado uma
análise quantitativa, também tiveram uma análise qualitativa.
Essa pesquisa também pode ser considerada como um estudo de
caso, segundo os procedimentos de coleta e análise dos dados, segundo Pádua
(2000, p. 71):
38
é uma abordagem que considera qualquer unidade social como um todo. Quase sempre esta abordagem inclui o desenvolvimento dessa unidade, que pode ser uma pessoa, uma família ou outro grupo social, um conjunto de relações ou processos (como crises familiares, ajustamento à doença, formação de amizade, invasão étnica de uma vizinhança etc.) ou mesmo toda uma cultura. (apud Goode e Hatt, 1975, p. 422).
Pensamos nesta pesquisa como um estudo de caso, a partir de uma
pesquisa exploratório-descritiva, porque focamos nossa análise na situação
específica do Curso de BCI da UFSCar, pensando na análise de dificuldades na
gestão do acervo de monografias deste curso em específico, e na proposta de
procedimentos que facilitem a divulgação das monografias do curso, partindo de
nossa premissa inicial. De acordo com Ferraz (2009, notas de aula 1), nesse tipo de
pesquisa “o pesquisador apresenta as suas impressões e o leitor poderá retirar,
daquilo que foi vivenciado, observado, registrado pelo pesquisador, o que lhe for
mais útil e adequado a sua própria problemática”.
Consideramos que outros dados podem ser levantados para
complementar essa pesquisa no futuro, tal como consulta aos alunos. Estes
poderiam ser divididos em duas categorias: alunos em fase de elaboração da
monografia e alunos recém ingressantes no curso. Com os alunos em fase de
elaboração da monografia, poderíamos ter investigado dados tais como interesse
e/ou necessidades de consulta a monografias defendidas. Também poderia se
investigar sobre as motivações que os alunos tiveram na escolha de seu tema de
pesquisa, tentando estabelecer correlações entre o acesso ao acervo e a escolha do
tema. Com os alunos recém ingressantes, poderíamos investigar como eles
tentaram obter informações sobre o curso e sobre a atuação do profissional formado
por este. Também poderíamos disponibilizar a estes um modelo de acervo de
monografias e inquirir sobre a utilidade ou não do modelo para a definição da
carreira profissional a seguir. Enfim, o trabalho poderia ter sido enriquecido com
mais informações, no entanto, se tornaria muito extenso e não haveria tempo hábil
para realizá-lo no âmbito dos prazos de um curso de especialização. Acreditamos
que os dados levantados puderam responder aos questionamentos que fizemos no
início deste trabalho.
39
4 Análise dos resultados
Davenport et. all,. apud Leite e Costa (2006, p. 210) classificaram os
objetivos da Gestão do Conhecimento em grandes corporações, em quatro tipos: 1.
para criar repositórios de conhecimento; 2. para melhorar o acesso ao
conhecimento; 3. para melhorar o ambiente do conhecimento; 4. para gerir o
conhecimento como um bem. Embora em um primeiro olhar, possa parecer que
essa teoria se aplique apenas a empresas privadas, pensamos que ela é
plenamente correlacionada à gestão de uma universidade pública, pois relacionando
cada um destes objetivos da GC à universidade, e mais especificamente, à gestão
do conhecimento científico gerado a partir das monografias de conclusão de cursos
de graduação, que é o tema deste trabalho, temos:
1. Repositórios de conhecimento em um ambiente acadêmico
universitário é uma fonte importante de pesquisa. Podemos pensar no acervo de
monografias como uma versão em miniatura de um repositório;
2. O acesso ao conhecimento se torna rápido, barato e confiável.
Rápido se imaginarmos que o acervo das monografias fique organizado e
sistematizado de forma a permitir o acesso. Também é barato, pois não há custo
para o usuário. Quando usamos o termo confiável estamos pensando que uma
monografia, se apresentada a uma banca com experiência reconhecida, sendo por
esta aprovada, é uma fonte confiável de pesquisa;
3. Com as facilidades de acesso a fontes de pesquisa confiáveis, o
fluxo de criação e divulgação do conhecimento se torna mais dinâmico: os alunos,
ao terem acesso às monografias concluídas no curso, podem incrementar suas
próprias pesquisas, obter inspiração para novos temas de pesquisa, obter fontes
bibliográficas para suas pesquisas, levando assim a um fluxo maior de criação e
divulgação do conhecimento produzido pelas monografias;
4. A criação do conhecimento científico faz parte da missão da
universidade, já que temos no planejamento estratégico da UFSCar, o princípio da
“excelência acadêmica com compromisso social”, tendo como sua principal missão a
40
de “produzir e tornar acessível o conhecimento”. Podemos citar o PDI (Plano de
Desenvolvimento Institucional), onde encontramos diretrizes que corroboram a
preocupação com a criação e compartilhamento do conhecimento científico. Em
suas diretrizes gerais, encontramos no item 2.9: “Garantir livre acesso ao
conhecimento produzido e armazenado na UFSCar, ampliando e diversificando os
meios disponíveis” (p. 23). Na parte de diretrizes específicas, relativas aos
processos de formação, temos no item 3.1.23.: “Utilizar o conhecimento produzido
na Universidade para a geração de material didático destinado ao uso interno e
externo” (p. 27). Indo um pouco mais adiante, nas diretrizes relacionadas à produção
e disseminação do conhecimento encontramos, no item 3.3.13.: “Apoiar a divulgação
da produção da UFSCar” (p. 31). As atividades envolvidas no processo de
elaboração das monografias, desde as disciplinas introdutórias até sua divulgação,
ao final, propiciam a criação do conhecimento científico.
Leite e Costa (2006) discutem a construção teórica de Gestão do
Conhecimento, elaborada por Nonaka e Takeuchi (1997), entre outros, sob a
perspectiva das organizações empresariais, e propõem a aplicabilidade deste
conceito no ambiente acadêmico de universidades, uma vez que é um ambiente
onde a produção do conhecimento se dá em grande escala. No caso específico do
conhecimento científico, sugerem uma pequena variação na denominação, para
Gestão do Conhecimento Científico (GCC).
Entende-se por conhecimento científico o conjunto de saberes baseado na experiência, proveniente das atividades de pesquisa, e na informação científica, natural do ambiente acadêmico, contextual e relacional, composto de duas vertentes: a tácita, própria do indivíduo, proveniente da experiência, relacionada às habilidades e competências, parte de sua estrutura cognitiva, portanto, subjetiva; e a explícita (ou codificada), externa ao indivíduo (informação), proveniente da externalização do conhecimento tácito. (LEITE e COSTA, 2006, p. 48).
Fazendo uma correlação entre esses quatro modos de conversão do
conhecimento, com as etapas envolvidas no processo de elaboração da monografia
41
de conclusão de curso9, podemos pensar que elas se aplicam da seguinte forma,
com base no modelo de Nonaka & Takeuchi:
Socialização - se dá nas discussões em sala de aula, nas disciplinas
preparatórias que antecedem a elaboração da monografia, que envolvem o estudo
sobre métodos científicos. Neste momento os alunos começam a pensar em
possíveis temas para suas monografias e trocam idéias entre si a respeito disso.
Podemos pensar que esta socialização também ocorre quando as monografias, ao
serem disponibilizadas para consulta, propiciam interação entre pesquisadores
interessados no mesmo tema/assunto;
Externalização – quando o aluno finaliza sua monografia ele está
tornando explícito todo o seu trabalho de pesquisa, desde a justificativa para o
estudo ao qual se propôs, a metodologia utilizada, a situação analisada e suas
conclusões a respeito do estudo. Segundo Leite e Costa (2006, p. 214) “tem-se uma
passagem de um conhecimento tácito para uma estrutura de informação”. Nonaka e
Takeuchi (1997, p. 71), dizem que se trata do “processo de criação do conhecimento
perfeito”;
Combinação – quando as monografias são agrupadas em um serviço
de informação, disponibilizadas para serem consultadas, elas se agregam ao
conhecimento da organização, no sentido de que possibilitam que os pesquisadores
possam trocar os conhecimentos obtidos em seus estudos, assim também como
mostram as aplicações das áreas de estudo do curso a que correspondem;
Internalização – as monografias, ao serem consultadas, servem de
referencial para os alunos do próprio curso, tanto como referencial teórico para suas
monografias, quanto para outros tipos de pesquisa, propiciando a criação de novo
conhecimento tácito. Também podem ajudar membros da comunidade externa ao
curso (tanto da UFSCar quanto cidadãos em geral) a terem um maior entendimento
da área de conhecimento do curso, ampliando seu conhecimento tácito a respeito.
9 Consideramos que essas etapas de elaboração da monografia têm início quando o aluno começa a ter os primeiros contatos com disciplinas que tratam sobre metodologias de pesquisa.
42
Foram entrevistados secretários ou coordenadores de 12 cursos de
graduação. Desses cursos, quatro são da área de Ciências Humanas, quatro da
área de Ciências Exatas e quatro da área de Ciências Biológicas e da Saúde. Não é
necessário para este estudo ao qual nos propusemos, que seja explicitado a qual
curso os resultados se referem, por isso, optamos por classificar os cursos com sigla
referente ao Centro a que pertencem, seguida de um número. Assim: cursos do
CECH: CECH-1; CECH-2; CECH-3, CECH-4 e da mesma forma para os cursos dos
outros dois Centros, usando as siglas CCET para Ciências Exatas e Tecnológicas e
CCBS para Ciências Biológicas e da Saúde
As denominações para as monografias variam de curso para curso,
sendo que quatro deles usam o termo Trabalho de Graduação, três usam o termo
Trabalho de Conclusão de Curso e cinco cursos usam o termo monografia, sendo
considerados sinônimos.
Podemos distribuí-los, de acordo com o tempo de experiência com a
oferta da monografia, segundo nos ilustra o gráfico abaixo:
GRÁFICO 1: Tempo de experiência com a exigência da monografia em cada curso.
43
Desses 12 cursos, observamos que a maioria tem uma grande
experiência acumulada com a oferta e obrigatoriedade da monografia na grade
curricular. Oito cursos já têm a monografia na grade há nove anos ou mais, o que
significa que já tem no mínimo duas turmas formadas, onde a exigência da
monografia já fazia parte da grade. Isso nos leva a refletir que a amostra
selecionada pode mostrar que esses cursos já acumulam experiência ao lidar com a
questão das monografias.
Os dados abaixo nos mostram em qual semestre do curso os alunos
começam a preparar sua monografia, na amostra estudada.
GRÁFICO 2: Semestre do curso onde se iniciam as atividades relacionadas à monografia.
Percebe-se que a maioria dos cursos (nove cursos) começa a conduzir
o aluno para a elaboração da monografia a partir do 7º semestre. Os cursos que
responderam que o aluno começa a monografia no 7º semestre, são cursos com
duração de 4 anos, o que equivale a dizer que o aluno começa a fazer sua
monografia no primeiro semestre do último ano. Os cursos que responderam que os
alunos começam a monografia no 9º e 10º semestre, são cursos com duração de 5
anos, o que equivale também, que o aluno começa a monografia no 4º ano.
44
No gráfico abaixo, apresentamos, em duas categorias, “sim” e “não”, as
respostas a sete perguntas que foram feitas na entrevista. Os números das
perguntas são os mesmos utilizados no roteiro de entrevista. Neste gráfico,
agrupamos as perguntas que tinham opções de ‘sim’ ou ‘não’ como resposta, de
forma explícita. Porém, como a técnica de levantamento dos dados foi a de
entrevista, os entrevistados foram deixados à vontade para estender-se nas
respostas. Trataremos mais adiante os detalhes obtidos adicionalmente nas
respostas.
GRÁFICO 3: agrupamento das respostas 3, 4, 5, 6, 8a, 8b e 9 do roteiro de entrevista.
Pelas respostas acima, levando-se em conta a maioria das respostas
em cada categoria, percebemos:
3. 75% dos cursos da amostra fazem uso da banca como forma de avaliação
e validação do trabalho;
45
4. 66,6% prevêem um tempo hábil para que o aluno corrija o trabalho final
antes de ter sua nota digitada no sistema;
5. 83,3% exigem que o aluno entregue o exemplar corrigido na secretaria do
curso;
6. 75% disponibilizam o TCC para consulta;
8a. Dos nove cursos (75% da amostra) que disponibilizam o TCC para
consulta, 55,5% estabelecem a obrigatoriedade de disponibilização;
8b. Dos nove cursos (75% da amostra) que disponibilizam o TCC para
consulta, 88,8% não solicita autorização do aluno e/ou orientador para isso;
9. Dos nove cursos (75% da amostra) que disponibilizam o TCC para
consulta, 77,7% não estabelece critérios para exclusão da disponibilização
dos TCCs.
Na leitura dos dados acima, em relação à pergunta 3 (O TCC tem
apresentação para banca?), podemos confirmar que o uso da banca examinadora é
uma forma que a maioria dos cursos da amostra usa para validar o trabalho do
aluno.
Na pergunta 4 (Há um prazo para adequações sugeridas pela banca,
antes da digitação da nota?), além da resposta ‘sim’ ou ‘não’, o secretário ou
coordenador de curso entrevistado deu maiores detalhes sobre a questão do tempo
que o aluno tem para fazer as alterações sugeridas pela banca. Dos 9 cursos que
responderam ‘sim’, tivemos a seguinte situação, resumidamente:
CCBS-1: o aluno entrega a versão corrigida, mas o professor não verifica se
as correções foram realmente feitas;
CCBS-4: o lançamento da nota no sistema não está vinculado à entrega da
monografia corrigida;
CCET-1: o aluno tem prazo de 10 dias após a realização da banca para fazer
as alterações sugeridas e entrega ao orientador, o qual só digita a nota após
verificar se as sugestões de alterações foram atendidas;
CCET-2: o aluno tem prazo de 7 a 15 dias para efetuar as correções e
entregar a versão corrigida para o orientador, o qual se encarrega de
depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso;
46
CCET-3: o aluno tem prazo de 15 a 20 dias para efetuar as correções e
entregar a versão corrigida para o orientador, o qual se encarrega de
depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso;
CCET-4: o TG deve ser corrigido de acordo com as sugestões da banca e
entregue no máximo um dia antes do término do semestre;
CECH-1: a nota só é digitada após a entrega da cópia corrigida em formato
digital em pdf;
CECH-2: o aluno tem um prazo para fazer as alterações sugeridas pela
banca, as quais constam na ata, porém a nota é digitada mesmo que o aluno
não tenha depositado a versão corrigida. Geralmente os alunos se esforçam
para fazer um bom trabalho e entregar a versão corrigida, pois geralmente
usam o projeto da monografia como pré-projeto para concorrer à seleção do
Mestrado que o próprio departamento oferece, desde que a graduação foi
criada.
CECH-4: o aluno tem tempo para fazer as correções, pois são estimulados a
realizar a banca um mês antes do término do semestre, porém, as notas são
digitadas mesmo que o exemplar corrigido não seja depositado.
Nessa pergunta, fizemos uma divisão entre as respostas, entre: certeza e
incerteza de que as correções foram efetuadas. Observamos que cinco cursos têm a
certeza de que as correções foram efetuadas (CCET-1, CCET-2, CCET-3, CCET-4,
CECH-1) e quatro não têm a certeza se as correções foram efetuadas (CCBS-1,
CCBS-4, CECH-2, CECH-4). Observamos que o sucesso dos cursos que
conseguem ter a certeza de que as correções foram efetuadas devem-se à:
condicionarem a digitação da nota no sistema à entrega da versão corrigida;
comprometimento do orientador na exigência e coleta da monografia corrigida. Por
outro lado, observamos que a incerteza no retorno da monografia corrigida deve-se:
à digitação da nota sem que o aluno tenha entregado a versão corrigida e não
comprometimento do orientador na checagem da versão final, após a realização da
banca.
Na pergunta 5 (Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido
na secretaria do curso?), além da simples resposta ‘sim’ (10 cursos), também foram
dados maiores detalhes, como:
47
CCBS-2: apenas em formato digital;
CCBS-3: uma versão impressa e uma em formato digital;
CCBS-4: partir do momento em que o aluno tem sua nota digitada, não se
preocupa em entregar a monografia corrigida.
CCET1: fica de posse do orientador depois de ser corrigido;
CCET-2: uma cópia impressa para o orientador e uma para a secretaria do
curso;
CCET-3: uma cópia impressa e outra digital;
CECH-2: somente em formato digital, por falta de espaço;
CECH-3: cópia em papel e digital. É dito para o aluno que se ele não entregar
o exemplar final corrigido, não poderá colar grau;
CECH-4: em formato digital.
Observamos que um dos cursos (CCBS-4) relatou um problema
semelhante ao encontrado no curso de BCI, que será explicitado nas conclusões:
como a monografia está atrelada ao plano de ensino de uma disciplina específica,
institucionalmente, a digitação da nota já garante ao aluno a exigência do
cumprimento da disciplina, e a entrega da versão do trabalho em nenhum momento
se configura como uma exigência para que o aluno possa colar grau.
Pelos dados obtidos nessa pergunta, observamos que apenas um
curso faz menção ao fato de que os alunos nem sempre acatam essa
obrigatoriedade, e observamos que neste curso (CCBS-4) a digitação da nota ocorre
mesmo que o aluno não tenha entregado a versão corrigida. Chamou-nos a atenção
também que o curso CECH-3, vale-se do artifício de um ‘blefe’ para induzir o aluno a
depositar o exemplar corrigido, pois não há nenhum procedimento na instituição que
autorize a DiCA a condicionar à colação de grau do aluno à entrega da monografia
corrigida na secretaria dos cursos, a exemplo de outras exigências colocadas em
prática, tal como a de não estar devendo livro na biblioteca.
48
A tabela abaixo nos mostra os resultados da pergunta 6 (O TCC fica
disponível para consulta e/ou empréstimo?) e 7 (Se a resposta anterior for ‘sim’, em
que formato ele é disponibilizado?).
Disponibilização dos TCCs
Público atendido Formato do TCC
Interno ao
curso
Interno e
externo
Impresso e
digital Digital Impresso
Nº de
cursos 4 5 1 6 2
TABELA 2: Tipo de formato do TCC disponibilizado e público atendido.
Observamos:
1. Em relação ao formato de disponibilização: 11% disponibiliza o acervo nos
dois formatos, 66,6% disponibiliza o acervo em formato digital e 22% em
formato impresso;
2. Em relação ao público que tem acesso aos TCCs, 44,4% disponibilizam o
acervo apenas ao público interno ao curso e 55,6% disponibilizam aos dois
tipos de público (interno e externo).
Comparando os resultados da pergunta 5 (Há obrigatoriedade de
depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso?) com os da pergunta 6 (O
TCC fica disponível para consulta ou empréstimo?) e os da pergunta 8a10 (A
disponibilização do TCC é obrigatória?) observamos que dos 9 cursos que
responderam que é obrigatório o depósito da versão final corrigida, 8 deles
disponibilizam o TCC para consulta, mas 5 deles responderam que a
disponibilização não é obrigatória. Observamos que, embora a disponibilização não
seja obrigatória, há interesse por parte dos autores em disponibilizar a monografia,
pois 62,5% dos cursos não exigem que a disponibilização seja feita e ainda assim
ela ocorre.
10 Como a pergunta 8 foi composta de duas perguntas interligadas, consideramos que a primeira pergunta é a 8a e a segunda pergunta é a 8b.
49
No gráfico a seguir, apresentamos os resultados, em termos de ‘sim’ ou
‘não’ da pergunta 9 (Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs?
Se sim, qual?), dos nove cursos que responderam ‘sim’ à pergunta 6 (O TCC fica
disponível para consulta e/ou empréstimo?)
GRÁFICO 4: Existência ou não de critérios de disponibilização das monografias.
Nos dois cursos que responderam ‘sim’ a esta pergunta (CCET-4 e
CECH-4), obtivemos a continuação da resposta como segue:
- o curso CCET-4 respondeu que os critérios são definidos pelo próprio
orientador e não são divulgados;
- o curso CECH-4 respondeu que dependerá da qualidade do trabalho e que
esses critérios de qualidade serão divulgados aos alunos e orientadores.
Em relação à pergunta 10 (Descreva sucintamente como se dá a
realização do TCC do seu curso), fizemos um apanhado das respostas obtidas. Dos
12 cursos entrevistados, sete deles condicionam o TCC a duas disciplinas; na
primeira delas o aluno desenvolve o projeto de pesquisa e na segunda ele finaliza a
pesquisa. Em dois, existem disciplinas voltadas à pesquisa científica desde o 1º
semestre. Esses dois cursos têm bastante sucesso na entrega da versão final dos
50
TCCs na secretaria do curso, embora não haja uma exigência institucional para isso.
Em um dos cursos, o aluno decide quando inicia a monografia. Em outro, o aluno
tem a opção de realizar sua monografia a partir de pesquisa de iniciação científica
ou de atividade de extensão. Em outro, a pesquisa do TCC está ligada à atividade
do estágio.
A seguir, mostramos através de um fluxograma, como se configura
atualmente a realização do TCC no Curso de Biblioteconomia e Ciência da
Informação, foco do nosso estudo.
51
Figura 2: fluxograma das atividades relacionadas ao TCC no Curso de BCI da UFSCar.
Fonte: elaborado pela autora.
DISCIPLINAS
ALUNO
ORIENTADOR
BANCA EXAMINADORA
SECRETARIA do CURSO
LEGENDA
Fluxo
Início
Disciplina TCC 1
Elabora projeto do TCC 1
Avalia projeto TCC 1
aprova Não aprova
Inscreve-se em TCC 2
Disciplina TCC 2
Leituras, coleta de dados
TCC concluído
Providências para banca
Avaliação
aprova Não aprova
Sugere correções
Ata
arquivo
Digita nota
Orientações
Incorpora correções e assina documento de autorização para publicação
verifica
Envia exemplar corrigido para secretaria
Envia para acervo digital
Base de dados-WEB
Atividade Documento
Decisão Informação oral
Arquivo
Debates com colegas
52
Podemos observar, pelas atividades vinculadas ao TCC do Curso de
BCI, que existem algumas dificuldades no sentido de se garantir:
1 – A correção das sugestões efetuadas pela banca: o professor orientador
não exige que o aluno apresente a versão corrigida antes de digitar as notas no
sistema. Sendo assim, cria-se uma situação propícia para que o aluno abandone o
trabalho e não o corrija. Principalmente porque geralmente as bancas ocorrem ao
final do semestre, onde o aluno se encontra atribulado com outras disciplinas ou
então, muitas vezes já está em um processo de distanciamento do curso, por estar
prestes a se formar.
2 – A entrega da versão corrigida na secretaria do curso: novamente mais
uma situação propícia para a não entrega do TCC revisado. O aluno já teve sua nota
digitada no sistema, e ainda que ele tenha corrigido a monografia, e mostrado para o
orientador, muitas vezes os alunos não entregam a versão final. Já ouvimos de
muitos alunos que é gastar dinheiro à toa com a impressão e encadernação, pois o
seu TCC irá ficar guardado em uma sala, sem serventia para ninguém.
Levando em conta essas dificuldades e relacionando as atividades da
monografia com a teoria da Gestão do Conhecimento, proposta por Nonaka e
Takeuchi (1997), faremos agora algumas considerações. Como propõem os autores,
o conhecimento se dá através de uma criação, decorrente da conversão dos
formatos tácitos em explícitos, propiciada nos quatro modos de conversão:
socialização, externalização, combinação e internalização. Analisando as formas de
condução das atividades relacionadas com a monografia nos 12 cursos
entrevistados, bem como as dificuldades encontradas em alguns cursos e no curso
de BCI especificamente, propomos uma análise desse processo, com a aplicação do
Modelo de Cinco Fases do processo de criação do conhecimento, elaborado por
Nonaka e Takeuchi (1997).
Fase 1 - Compartilhamento do conhecimento tácito – esse
compartilhamento poderia se dar no TCC 1, organizando essa disciplina em forma
de seminários, onde os alunos teriam a oportunidade de discutir os passos da
criação de seus projetos, partilhar dificuldades, erros e acertos. Ao invés desta
53
disciplina ser dada somente em carga horária de orientação individual, poderiam se
organizar encontros quinzenais, onde todos os alunos inscritos no TCC 1
compartilhariam os percalços de elaboração de seu projeto, discutindo objetivos,
hipóteses, metodologia.
Fase 2 - Criação de conceitos – na disciplina TCC 2, o aluno conclui
seu trabalho, com ajuda da orientação individual por parte de um orientador e
propõe conceitos, a partir do momento em que conclui os resultados de sua
pesquisa.
Fase 3 – Justificação dos conceitos – essa justificação se dá no
momento em que o TCC é avaliado por uma banca examinadora.
Fase 4 – Construção de um arquétipo – a monografia, em sua versão
final, aprovada pela banca, com todas as possíveis correções sugeridas
incorporadas.
Fase 5 – Difusão interativa do conhecimento – a partir do momento em
que o TCC é disponibilizado para consulta, em um acervo em papel ou uma base de
dados digital, o conhecimento produzido é divulgado, gerando condições para que, a
partir deste conhecimento, novos conhecimentos sejam criados pelos alunos que
estão elaborando seus projetos de pesquisa, dando continuidade à espiral do
conhecimento proposta por Nonaka e Takeuchi (1997). Nesse momento há também
a possibilidade de difusão do conhecimento em uma escala maior, se o acervo for
aberto ao público externo ao curso, criando novas espirais de conhecimento, em
outros contextos.
Levando em conta a aplicação desse modelo aos TCCs do Curso de
BCI, propomos um fluxograma alternativo, de acordo com a figura 4, a seguir.
54
FIGURA 3: fluxograma alternativo proposto para as atividades relacionadas ao TCC no Curso de BCI da UFSCar FONTE: Elaborado pela autora
DISCIPLINAS
ALUNO
ORIENTADOR
BANCA EXAMINADORA
SECRETARIA do CURSO
LEGENDA
Fluxo
Início
Disciplina TCC 1
Elabora projeto do TCC 1
Avalia projeto TCC 1
aprova Não aprova
Inscreve-se em TCC 2
Disciplina TCC 2
Leituras, coleta de dados
TCC concluído
Providências para banca
Avaliação
aprova Não aprova
Sugere correções
Ata
arquivo
Digita nota
Orientações
Incorpora correções e assina documento de autorização para publicação
verifica
Envia exemplar corrigido para secretaria
Envia para acervo digital
Base de dados-WEB
Atividade Documento
Decisão Informação oral
Arquivo
Debates com colegas
55
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao nos deparar com a escolha de um tema para a monografia de
conclusão do Curso de Especialização em Gestão Pública, consideramos que
deveríamos tentar conciliar o conteúdo teórico do curso, com a rotina de trabalho
enquanto assistente administrativo da UFSCar, em uma secretaria de coordenação
de curso de graduação. Isso enriqueceria e reforçaria a nossa formação enquanto
especialista.
A escolha pela gestão das monografias dos cursos de graduação se
fez por percebermos, pela nossa experiência enquanto secretária de um curso de
graduação há nove anos, que os alunos se preocupam bastante com a sua
elaboração. Para a maioria deles, essa é a primeira produção científica de sua
trajetória profissional. É como um bilhete de entrada para o universo científico. Ao
mesmo tempo, consideramos que algo que envolve tanta dedicação de um aluno,
deve ser valorizado e mostrado para a sociedade. Essa é uma posição pessoal
nossa, de que todo conhecimento humano deve ser divulgado.
Além disso, esse é um ponto na organização acadêmico-administrativa
da coordenação do curso de BCI que ainda causa preocupação e desconforto, pelas
dificuldades que ocorrem em certos pontos do processo. Sendo assim, tentamos
aliar a teoria à prática, com a expectativa de trazer alguma contribuição para a
melhoria do nosso próprio local de trabalho, bem como poder fornecer um modelo
para outros cursos de graduação que talvez se deparem com os mesmos entraves.
Por isso buscamos localizar, em um primeiro momento, outros
trabalhos que focassem a temática de monografias enquanto conhecimento
científico e não fomos bem sucedidos. Ao buscarmos diretrizes curriculares, bem
como documentos internos da Universidade, localizamos a importância da
elaboração de monografias nos cursos de graduação. No entanto, não encontramos
outros trabalhos que tratassem sobre a importância da divulgação desse tipo de
produção científica. Isso reforçou nosso interesse na temática de estudo.
56
Diante dos dados coletados, chegamos às seguintes considerações:
1. A nota da monografia só deveria ser digitada após o orientador
verificar a versão corrigida e comprovar que as correções solicitadas pela banca
foram efetuadas. A banca é um instrumento de validação do trabalho, então as
sugestões devem ser acatadas, como forma de se garantir a qualidade do trabalho.
Uma estratégia para garantir que o aluno tenha tempo para corrigir a versão final e o
orientador possa verificá-la, seria a realização da banca com certo tempo de
antecedência antes do término do semestre, tempo este que poderia ser acordado
entre os orientadores. Há também a possibilidade de deixar o aluno com conceito I,
caso este não entregue as correções antes do prazo de digitação de nota terminar
ou então, assim que o aluno entregar a versão corrigida e o orientador verificar que
as correções sugeridas foram contempladas, muda-se o conceito I para a nota final.
O conceito I também pode ser utilizado caso o trabalho do aluno não esteja com
padrão de qualidade suficiente para servir como referência para outros trabalhos.
Neste caso, o aluno, com as sugestões feitas pela banca, terá tempo suficiente para
melhorar o trabalho. Atualmente a UFSCar dá o prazo de seis meses para a
mudança do conceito I. Com esse procedimento poderíamos estimular a conversão
do conhecimento tácito em explícito, através do processo de externalização, tal
como o define Nonaka e Takeuchi (1997, p. 71): “processo de articulação do
conhecimento tácito em conceitos explícitos”.
2. Não há mecanismos institucionais de exigência da entrega da versão
corrigida da monografia para a colação de grau. Sendo assim, as coordenações de
curso, assim como os departamentos que oferecem as disciplinas que têm em seu
plano de ensino a execução da monografia, deveriam criar estratégias que
garantissem a entrega da monografia revisada. Uma delas seria a de que o
professor só digitasse a nota quando o aluno entregasse a monografia revisada.
Outra poderia ser a de prever, como estratégia de avaliação da própria disciplina,
que a monografia revisada, após a realização da banca, seria considerada a
avaliação final do aluno, para efeito de aprovação na disciplina. Isso deveria constar
no plano de ensino da disciplina, constante no sistema NEXOS. Consideramos que
a PROGRAD (Pró-reitoria de Graduação) deveria considerar a importância da
divulgação das monografias, considerando-a como uma categoria de produção de
57
conhecimento científico. Sendo assim, em atendimento à diretriz 3.3.13 do PDI, de
“Apoiar a divulgação da produção da UFSCar”, poderiam ser criados mecanismos de
atrelamento da colação de grau à exigência da entrega da versão final da
monografia corrigida, dos alunos daqueles cursos que têm a monografia na grade
curricular. Essa estratégia poderia favorecer o modo de conversão denominado
‘combinação’, como o definem Nonaka e Takeuchi (1997, p. 75): “processo de
sistematização de conceitos em um sistema de conhecimento”. A partir da
combinação, a internalização é favorecida, uma vez que o conhecimento explícito
produzido nas monografias pode ser compartilhado, propiciando o processo de
internalização: “... é o processo de incorporação do conhecimento explícito no
conhecimento tácito” (Nonaka e Takeuchi, 1997, p. 75).
3. O formato digital de disponibilização das monografias se mostra o
mais utilizado pelos cursos da amostra. Com a tendência cada vez maior de
informatização das ferramentas de trabalho e o uso da internet para acesso à
informação, acreditamos que a disponibilização dos TCCs em formato digital atenda
a contento à proposta de divulgação do trabalho. Esse tipo de acervo digital também
facilita o acesso, uma vez que, se estiver disponibilizado em uma base de dados on-
line, pode ser acessado em qualquer momento, não precisando, para isso, de
pessoal para atendimento, empréstimo, conservação. Dessa forma, também facilita
o acesso de pessoas externas à universidade. Além de vermos aqui a correlação
com o modo de conversão denominado ‘conversão’, como o definem Nonaka e
Takeuchi (1997), podemos também relacionar essa atividade de disponibilização das
monografias com a classificação de Davenport et all, apud Leite e Costa (2006, p.
210), quanto aos objetivos da gestão do conhecimento em grandes corporações. Um
destes objetivos é melhorar o acesso ao conhecimento.
4. Os alunos sentem satisfação na conclusão de sua monografia e se
sentem interessados em divulgar seus resultados. Isso se verificou em vários cursos,
onde os alunos entregam a monografia corrigida na secretaria, ainda que a digitação
de notas não esteja condicionada a isso. Mais uma vez podemos observar a
aplicação do modo de conversão do conhecimento denominado ‘combinação’.
58
5. A maioria dos cursos que disponibiliza os TCCs para consulta,
considera que estes atendem a critérios de qualidade que os habilitam a serem
consultados. Observamos que estes cursos corroboram a experiência e autoridade
científica da banca examinadora. Também programam mecanismos que exigem que
o aluno faça as correções sugeridas pela banca.
Finalizamos este trabalho com a expectativa de que as considerações
por nós apontadas, além da exigência curricular do curso de especialização, que em
muito contribuiu para nossa qualificação profissional, possam trazer alguma
contribuição para facilitar rotinas administrativas relacionadas à gestão do
conhecimento, tanto em nosso local de trabalho quanto em outras unidades da
UFSCar onde haja a preocupação com a divulgação desse tipo de produção
científica.
59
6 REFERÊNCIAS
ALBAGLI, S. Divulgação científica: informação científica para a cidadania? Ciência
da Informação, Brasília, v. 25, n. 3, p. 396-404, set./dez. 1996. Disponível em
<http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/465/424>. Acesso em 25/11/2009
BARROS, M. H. T. C. Disseminação da Informação. Marília: s.n., 2003.
BRASIL. Constituição Brasileira. Presidência da República. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso
em 10/09/2009.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Gestão do setor público: estratégia e estrutura par a
um novo Estado. In: BRESSER-PEREIRA, L. C., SPINK, P. K. Reforma do Estado
e Administração Pública Gerencial, p. 21 a 38, Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
COSTA, A. R. F. Política Nacional de Informação Científica e Tecnológica:
necessidade versus realidade. Informação & Sociedade , v.1, n.1, p.30-37,
jan./dez.1991.Disponível em
<http://dci2.ccsa.ufpb.br:8080/jspui/bitstream/123456789/245/1/
v1n11991_3.pdf> Acesso em 25/11/2009.
COUTINHO, M. J. V. Administração pública voltada para o cidadão: quadro teórico-
conceitual. Revista do Serviço Público , Ano 51, n. 3, jul./set. 2000.
CUNHA, M. B.; CAVALCANTI, C. R. O. Dicionário de Biblioteconomia e
Arquivologia. Brasília: Briquet de Lemos / Livros, 2008.
DIAS, M. M. K. e BELLUZZO, R. C. B. Gestão da informação em Ciência e
Tecnologia sob a ótica do cliente. Bauru: EDUSC, 2003.
60
FERRAZ, M. C. C. O valor dos Trabalhos de Conclusão de Curso para o ingresso
do profissional da informação nas empresas. Perspectivas em Ciência da
Informação , v. 8, n. 1, p. 88-95, jan./jun. 2003.
FERRAZ, M. C. C. Slides de aula da disciplina Metodologia e Técnicas de
Pesquisa. Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar, Especialização
Lato Sensu em Gestão Pública da UFSCar, s.n., 2009
_______________. Metodologia e Técnicas de Pesquisa. Apostila.
Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar, Especialização Lato Sensu
em Gestão Pública, São Carlos: s.n., 2009.
FERREIRA, A. S. S., NEVES, S. C. Contribuições para o planejamento da
integração e da publicação de informações da administração pública. Revista de
Administração , São Paulo, v. 37, n. 1, p. 63-71, jan/mar 2002. Disponível em
<http:www.rausp.usp.br>. Acesso em 26/06/2009.
FUJINO, A.; STAL, E.; PLONSKI, G. A. A proteção do conhecimento na
universidade. Revista de Administração, São Paulo, v. 34, n. 4, p. 46-55, out./dez.
1999. Disponível em <http://www.rausp.usp.br>. Acesso em 26/06/2009.
LEITE, F. C. L. Gestão do conhecimento científico no contexto acadê mico:
proposta de um modelo conceitual. Dissertação (Mestrado). Faculdade de
Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação da UnB. Brasília,
2006.
LEITE, F. C. L.; COSTA, S. Repositórios institucionais como ferramentas de gestão
do conhecimento científico no ambiente acadêmico. Perspectivas em Ciência da
Informação, Belo Horizonte, v. 11, n. 2, p. 206-219, maio/ago. 2006.
NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa. Tradução de
Ana Beatriz Rodrigues, Priscilla Martins Celeste. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
61
NOGUEIRA, M. A. Sofrimento organizacional, democracia e gestão
universitária. In: TÓVOLI, E. M. G., SEGATTO, J. A. NOQUEIRA, M. A. (orgs.),
Gestão universitária. Araraquara: Laboratório Editorial/FCL/UNESP; São Paulo:
Cultura Acadêmica Editora, 1005.
PÁDUA, E. M. M. de Metodologia da Pesquisa – abordagem teórico-prática.
Campinas: Papirus, 2000.
PARECER CNE/CES nº 776/97, de 03/12/1997. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12986:orie
ntacoes-gerais&catid=323:orgaos-vinculados> . Acesso em 26/06/2009.
RODRIGUES, H. T., ANTUNES, A. M. S., DUTRA, L. E. D. Análise de propostas de
modelos de gestão direcionados para o conhecimento. Revista de Administração ,
São Paulo, v. 38, n. 1, p. 66-78, jan./fev./mar. 2003. Disponível em
<http:www.rausp.usp.br>. Acesso em 26/06/2009.
SILVA, B.; MIRANDA NETTO, A. G. et al Dicionário de Ciências Sociais.
Fundação Getúlio Vargas, Instituto de Documentação. Rio de Janeiro: Editora da
Fundação Getúlio Vargas, 1986.
SILVA, S. L. Gestão do Conhecimento: uma revisão crítica orientada pela
abordagem da criação do conhecimento. Ciência da Informação , Brasília, v. 33, n.
2, p. 143-151, maio/ago. 2004.
TARGINO, M. G. Biblioteconomia, Informação e Cidadania. Revista da Escola de
Biblioteconomia, UFMG, Belo Horizonte, v. 20, n. 2, p. 149-160, jul./dez. 1991.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS. Projeto Pedagógico do Curso de
Biblioteconomia e Ciência da Informação. Disponível em:
<http://www.prograd.ufscar.br/projetoped/projeto_bci.pdf>. Acesso em 01/10/2009.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS. Plano de desenvolvimento
institucional. São Carlos: UFSCar, 2004. 48p.
62
VALLS, V. M. O enfoque por processos da NBR 9001 e sua aplicação nos serviços
de informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n. 2, p. 172-178, maio/ago.
2004. Disponível em
<http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf/article/viewFile/265/233>. Acesso em
06/10/2009.
VIDOTTI, S. A. G. Tecnologia e conteúdos informacionais. São Paulo: Polis,
2004.
WIKIPEDIA Repositórios institucionais. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/.
Acesso em 06/10/2009.
63
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BIAZZI, M. R. Instituições públicas de ensino superior: estudos d e casos de
aperfeiçoamento de processos administrativos. Dissertação (Mestrado). Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2007.
COSTA, S. M. S. Mudanças no processo de comunicação científica: o i mpacto
do uso de novas tecnologias. In: MUELLER, S. P. M.; PASSOS, E. (orgs.).
Comunicação Científica. Brasília: Departamento de Ciência da Informação da
Universidade de Brasília, 2000, p. 95-105. Disponível em
<http://hdll.handle.net/10482/1443>. Acesso em 06/10/2009.
DUMONT, D. M.; RIBEIRO, J. A.; RODRIGUES, L. A. Inteligência pública na era
do conhecimento . Rio de Janeiro: Revan, 2006. 332 p.
KERBAUY, M. T. M. Inovação nas organizações burocráticas. In: TÓVOLI, E. M.
G., SEGATTO, J. A. NOQUEIRA, M. A. (orgs.), Gestão universitária. Araraquara:
Laboratório Editorial/FCL/UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica Editora, 2005.
KETTL, D. F. A revolução global: reforma da administração do set or público.
In: BRESSER-PEREIRA, L. C., SPINK, P. K. Reforma do Estado e Administração
Pública Gerencial, p. 21 a 38, Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. (ver a cópia da
ficha catalográfica)
LEITE, F. C. L.; COSTA, S. Gestão do conhecimento científico: proposta de um
modelo conceitual com base em processos de comunicação científica. Ciência da
Informação, Brasília, v. 36, n. 1, p. 92-107, jan./abr. 2007. Disponível em
<http://hdl.handle.net/10482/711>. Acesso em 06/10/09.
MCGEE, J. e PRUSAK, L. Gerenciamento estratégico da informação. Rio de
Janeiro: Elsevier, 1994.
64
MENDES, G. H. S. Conceitos gerais: produtividade e qualidade. Apostila.
Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar, Especialização Lato Sensu
em Gestão Pública, São Carlos: s.n., 2009.
NAKANO, D. N.; FLEURY, A. C. C. Utilizando estoques de conhecimento
organizacional: um quadro de referência. Revista de Administração, São Paulo, v.
40, n. 2, p. 136-144, abr./maio/jun. 2005. Disponível em <http://www.rausp.usp.br>.
Acesso em 26/06/2009.
NASSUNO, M. A administração com foco no usuário-cidadão: realizações no
governo federal brasileiro nos últimos 5 anos. Revista do Servidor Público, ano
51, n. 4, out./dez. 2000.
PACHECO, R. C. S.; KERN, V. M. Transparência e gestão do conhecimento por
meio de um banco de teses e dissertações: a experiência do PPGEP/UFSC.
Ciência da Informação, Brasília, v. 30, n. 3, set./dez. 2001. Disponível em
<http://www.scielo.br>. Acesso em 05/10/2009.
SEGATTO, J. A. Desafios, paradoxos e problemas da universidade púb lica. In:
TÓVOLI, E. M. G., SEGATTO, J. A. NOQUEIRA, M. A. (orgs.), Gestão universitária.
Araraquara: Laboratório Editorial/FCL/UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica
Editora, 2005.
TACHIZAWA, T.; ANDRADE, R. O. B. de. Gestão de instituições de ensino. 3ª
ed., Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002. 276 p.
66
Esta entrevista visa fornecer subsídios para discussão de tema de monografia de Curso de Especialização em Gestão Pública, na temática de Gestão de Informação Cientifica, mais especificamente monografias de conclusão de cursos de graduação. Curso :
Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação:
1- Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou
monografia):
( ) é obrigatório. A partir do ano de:
( ) é opcional.
( ) faz parte de uma disciplina:
( ) faz parte de outra atividade:
( ) existe um regulamento específico para o TCC (favor fornecer cópia)
2- Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC?
3- O TCC tem apresentação para banca?
( ) sim. Como se dá o processo?
( ) não. Como é feita a avaliação?
4- Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das
sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota?
5- Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso?
6- O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo?
( ) Sim. Para qual tipo de público?
( ) Não.
7- Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso,
digital)?
8- Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os
autores assinam algum tipo de documento de autorização?
9- Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual?
10- Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso.
68
Curso : CCBS-1
Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação:
Trabalho de Graduação
1. Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou
monografia):
(X) é obrigatório. A partir do ano de: 1984
( ) é opcional.
(X) faz parte de uma disciplina: TG 1 e TG 2
( ) faz parte de outra atividade:
( ) existe um regulamento específico para o TCC
2. Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? TG 1 – 5º período;
TG 2 – 8º período
3. O TCC tem apresentação para banca?
( X ) sim. Como se dá o processo? A banca é marcada diretamente pelo
professor e aluno. A secretaria do curso não toma nenhuma providência. O
professor é quem agenda o espaço. A secretaria somente recebe a ata depois
que a banca ocorreu.
( ) não. Como é feita a avaliação?
4. Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das
sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? Se a banca fez correções, o
aluno entrega o exemplar impresso na secretaria, depois das correções e antes da nota ser
digitada. O professor não checa se o aluno fez as correções solicitadas, mas somente se
este entregou o trabalho ou não, antes de digitar a nota.
5. Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Sim.
6. O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo?
( ) Sim. Para qual tipo de público?
( X) Não
7. Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso,
digital)?
8. Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores
assinam algum tipo de documento de autorização?
9. Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual?
10. Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso.
A secretária disse que não sabia responder a essa pergunta, porque trabalha na secretaria há pouco tempo.
69
Curso : CCBS-2
Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação: Monografia
1. Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou monografia): (X) é obrigatório. A partir do ano de: 1994 e 2005 houve uma reestruturação que a temática da monografia passa a estar vinculada com a Escola. ( ) é opcional. (X) faz parte de uma disciplina: 7º e 8º período. ( ) faz parte de outra atividade: (X) existe um regulamento específico para o TCC
2. Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? No 7º período, o aluno procura um professor que tem a temática de interesse.
3. O TCC tem apresentação para banca? ( ) sim. Como se dá o processo? (X) não. Como é feita a avaliação? O aluno faz a monografia e entrega para uma banca mas não faz apresentação. Somente entrega. A banca corrige e se necessário alterações é devolvida para o aluno. O aluno faz uma apresentação para a sua turma, mas não há uma apresentação da Monografia para a banca.
4. Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? O aluno tem um prazo de entrega da Monografia corrigida até aproximadamente 1 semana antes do termino do prazo para entrega das notas no sistema.
5. Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Sim em formato digital somente.
6. O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo? ( ) Sim. Para qual tipo de público? (X) Não. Devido à falta de controle da secretaria da coordenação.
7. Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)? A monografia é depositada somente em formato digital por falta de espaço físico na secretaria do curso.
8. Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? Não.
9. Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? Não. 10. Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso.
O aluno se matricula em Monografia 1 no sétimo período do curso cumprindo 4 créditos tendo orientação de como elaborar uma monografia e confecção de um projeto de monografia através já da orientação de um professor que desenvolva o tema desejado pelo aluno. No oitavo período, em Monografia 2 o aluno desenvolve o projeto, entrega para a banca escolhida por ele mesmo que faz a analise da Monografia, não há uma apresentação para a banca, os alunos apresentam para os seus colegas de classe. A banca faz a avaliação e sugestões para correção que entrega para o orientador e há um prazo para a entrega da monografia corrigida. A apresentação para os colegas dura de 10 a 15 minutos.
70
Curso : CCBS-3
Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação: Trabalho de Conclusão de Curso - Artigo
1. Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou monografia): (X) é obrigatório. A partir do ano de: 1977 aproximadamente ( ) é opcional. (X) faz parte de uma disciplina: ( ) faz parte de outra atividade: (X) existe um regulamento específico para o TCC
2. Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? No 7º e 8º períodos.
3. O TCC tem apresentação para banca? ( ) sim. Como se dá o processo? (X) não. Como é feita a avaliação? O aluno faz um artigo e fica o critério de
avaliação do seu orientador e se necessário, da aprovação de alguma revista para a sua publicação.
4. Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? Observações: mesmo que não haja apresentação para a banca, o orientador do aluno deve corrigir se houver necessidade e fica em submissão da revista da escolha do aluno.
5. Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Observações: Sim, uma cópia impressa e outra digital.
6. O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo? (X) Sim. Para qual tipo de público? Para os alunos e professores do curso. ( ) Não.
7. Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)? As duas versões, impressa e digital.
8. Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? Não.
9. Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? Não, o orientador deve corrigir e avaliar para estar em condições de disponibilização. 10. Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso.
O aluno se matricula na disciplina de Metodologia para dar subsídios para a realização do projeto de TCC, no sétimo período ele deve entregar o projeto e com a escolha do tema e do orientador, no oitavo período o aluno desenvolve o projeto embasado nas pesquisas praticas e teóricas e relatórios que serão agregados em forma de um artigo acadêmico. O orientador corrige, envia para a revista vinculada ao tema do artigo e entrega duas cópias do TCC para a secretaria da coordenação do curso (impressa e digital).
71
Curso: CCBS-4 Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação: Monografia
1- Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou
monografia): (X ) é obrigatório. A partir do ano de: 1993 ( ) é opcional. ( ) faz parte de uma disciplina: Não, o aluno desenvolve a Monografia durante a aquisição de conhecimento e interesse no departamento no Curso sob orientação de um professor. (X) faz parte de outra atividade: Sim, para o aluno de Bacharelado a Monografia é aplicada em laboratório, e para o aluno de licenciatura, é aplicado em sala de aula o que foi desenvolvido no trabalho. (X) existe um regulamento específico para o TCC
2- Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? Não tem um ano especifico, mas o aluno pode começar a desenvolver a Monografia no primeiro ano, mas caso não o faça, obrigatoriamente terá que fazê-lo no primeiro semestre do ultimo ano.
3- O TCC tem apresentação para banca? (X) sim. Como se dá o processo? O aluno marca a defesa e tem de 30 a 40 minutos para apresentá-la para um professor e o orientador. ( ) não. Como é feita a avaliação?
4- Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? Não; fica como sugestão de ajuste na monografia, mas a entrega da monografia corrigida não está vinculada com o lançamento da nota.
5- Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Sim, mas a partir do momento em que o aluno tem sua nota digitada, não se preocupa em entregar a monografia corrigida.
6- O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo? (X) Sim. Para qual tipo de público? Somente para os alunos do curso. ( ) Não.
7- Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)? Em formato digital.
8- Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? A disponibilização é obrigatória, uma vez que é depositada na secretaria do curso. Não há nenhum documento de autorização.
9- Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? Não.
10- Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso. O aluno tem a opção de começar a desenvolver a monografia no momento que sentir-se preparado e inscrever-se na disciplina procurando um orientador. Ao final do curso o aluno tem que já ter colocado em pratica a sua monografia as ênfases, marcar a data da sua banca com o orientador, um professor e mais uma pessoa convidada com vinculo acadêmico, a duração da sua apresentação decorre de 30 a 40 minutos. As correções cabíveis ficam a critério do aluno uma vez que ele, se aprovado, tem sua nota lançada no sistema. Se for depositar a monografia na secretaria do curso o formato dela é digital em PDF.
72
Curso : CCET-1
Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação: Trabalho de Graduação Integrada. 1- Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou
monografia): ( X ) é obrigatório. A partir do ano de: 1986 / 1987 ( ) é opcional. ( X) faz parte de uma disciplina: Sim. O aluno tem ainda a opção de escolher uma das duas ênfases (Engenharia Urbana ou Sistemas Construtivos) ( ) faz parte de outra atividade: (X ) existe um regulamento específico para o TCC
2- Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? O aluno passa a desenvolver o seu TGI no 5° ano – 1° semestre (9° p eríodo), mas nada impede dele realizar um projeto do mesmo antes de se inscrever na disciplina respectiva a Projeto de Trabalho de Graduação Integrada.
3- O TCC tem apresentação para banca? (X ) sim. Como se dá o processo? A banca é representada pelo professor orientador com mais outros dois professores do curso de Engenharia Civil. ( ) não. Como é feita a avaliação?
4- Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? Observações: Sim; a partir da data da defesa do TGI, o aluno tem 10 dias para fazer todas as correções e entregá-lo ao seu professor orientador.
5- Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Observações: Sim, fica com o próprio professor-orientador depois de ser corrigido o TGI.
6- O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo? ( X ) Sim. Para qual tipo de público? O TGI fica disponível para consulta de alunos do curso, e professores ou ainda quem tiver algum interesse nas obras. ( ) Não.
7- Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)? O TGI é entregue e disponibilizado no formato digital.
8- Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? É obrigatória, sendo assim, o orientador fica responsável, não havendo qualquer tipo de documento de autorização por parte do aluno.
9- Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? Não
10- Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso. O aluno faz a inscrição, no 9º período, na disciplina de PTGI (Projeto de Trabalho de Graduação Integrado), escolhe uma ênfase de interesse e procura um assunto e professor para orientá-lo. O aluno aprende a projetar seu TGI através de metodologia de pesquisa e outros aspectos durante o semestre; ao final do mesmo este projeto é apresentado para uma banca (pré – banca) que pode dar mais sugestões para a pesquisa e como desenvolvê-la, podendo até mudar o tema do TGI do aluno. Se for reprovado deverá fazê-la novamente. No 10° período o aluno desenvolve tudo o que projetou na disciplina anterior sob orientação de um professor de sua escolha. Este deve respeitar um cronograma de entrega e defesa do TGI de um mês e meio antes de fechar as notas do semestre. Depois de defendido, se houver correções o aluno tem 10 dias no máximo para fazê-la e entregar em formato digital (CD) para seu orientador que fará mais correções se for necessário. Feito isso e se estiver tudo correto, o professor digita a nota do aluno.
73
Curso : CCET-2
Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação: Trabalho de Graduaçã.
1- Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou monografia): ( X ) é obrigatório. A partir do ano de: 1978 ( ) é opcional. ( X ) faz parte de uma disciplina ( ) faz parte de outra atividade: ( X ) existe um regulamento específico para o TCC Observações: Sim o secretário do curso forneceu uma cópia do projeto pedagógico
2- Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? O aluno passa a desenvolver o TG no 10º período, mas o aluno pode começar a prepará-lo quando passa a desenvolver um projeto de extensão ou uma iniciação científica.
3- O TCC tem apresentação para banca? ( X ) sim. Como se dá o processo? O aluno marca a data da sua defesa com o professor e o próprio faz sua avaliação juntamente com outro professor do curso e mais uma pessoa com vínculo acadêmico (doutorando ou outro professor). ( ) não. Como é feita a avaliação?
4- Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? Observações: Sim, o aluno tem de 7 a 15 dias para realizar a correção e entregar ao orientador.
5- Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Sim, quando o TG estiver corrigido deve ser entregue uma cópia impressa ao orientador e uma para a secretaria do curso.
6- O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo? ( X ) Sim. Para qual tipo de público? Para alunos do próprio curso, professores e quem tiver interesse. ( ) Não.
7- Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)? O formato de disponibilização é impresso. Já adotaram o método digital mas não houve sucesso, por transmissão de vírus através dos CDs e danificando dados dos computadores do departamento.
8- Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? Ela é obrigatória, pois uma vez depositada na secretaria do curso o aluno não tem como controlar sua disponibilização e quem fica responsável é o orientador.
9- Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? Não. 10- Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso.
O aluno pode desenvolver durante uma Iniciação Científica ou Projeto de Extensão um projeto de seu interesse e desenvolvê-lo com um professor durante a disciplina de TG. Outra possibilidade é o aluno inscrever-se na Disciplina de Trabalho de Graduação e procurar as áreas de pesquisa de seu interesse dentro das temáticas do curso. A partir disso, conversa com o coordenador da área e desenvolve seu TG no laboratório. É realizada uma banca com o professor orientador da área, juntamente com outro professor do curso e uma outra pessoa com vínculo acadêmico (doutorando ou professor). O aluno pode ser reprovado com conceito “I” e refazer o desenvolvimento do TG ou então ser aprovado. Quando houver correções ele tem automaticamente de 7 a 15 dias para realizar a correção e entregar uma cópia do mesmo para o orientador que se encarrega de depositar na secretaria.
74
Curso : CCET-3
Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação: Monografia
1- Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou monografia): (X) é obrigatório. A partir do ano de: ( ) é opcional. (X) faz parte de uma disciplina: 2 Disciplinas ( ) faz parte de outra atividade: a monografia está vinculada com a aplicação de metodologias no estágio. ( ) existe um regulamento específico para o TCC
2- Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? O aluno começa a desenvolver a monografia no 9º e 10º período.
3- O TCC tem apresentação para banca? (X) sim. Como se dá o processo? O Aluno convida uma pessoa e o orientador para assistirem a banca, marca um dia e horário conveniente para todos, entrega a monografia (2 vias) de duas a quatro semanas antes da avaliação da banca. A defesa dura em média 20 minutos. ( ) não. Como é feita a avaliação?
4- Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? Sim; o aluno tem de 15 a 20 dias para corrigir e adequar as sugestões feitas pela banca e entregar para o orientador para poder entregar a nota final no sistema.
5- Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? O aluno deve depositar na secretaria da coordenação uma cópia impressa e outra digital da monografia.
6- O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo? ( ) Sim. Para qual tipo de público? (X) Não.
7- Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)?
8- Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? Não
9- Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? 10-Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso.
O aluno inscreve-se na disciplina de Metodologia no 9º período, desenvolve a parte técnica e a estrutura da sua monografia; busca a sua área de interesse do curso e escreve o projeto. No 10º período ele desenvolve todo o projeto com o orientador, marca a defesa, convida a banca, realiza a defesa e se for necessário que se faça ajustes, o aluno tem de 15 a 20 dias para fazê-los e entregar ao orientador para este digitar a nota e arquivar na secretaria da coordenação do curso.
75
Curso : CCET-4 Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação:
Trabalho de Graduação 1. Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou
monografia): (X) é obrigatório. A partir do ano de: 2006 ( ) é opcional. (X) faz parte de uma disciplina: TG 1 e TG 2 ( X ) faz parte de outra atividade: opcional = estágio, projeto de pesquisa ( X ) existe um regulamento específico para o TCC
2. Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? 7º período 3. O TCC tem apresentação para banca?
( ) sim. Como se dá o processo? (X ) não. Como é feita a avaliação? No TG 1, a banca recebe o exemplar, mas a apresentação é feita em uma apresentação de pôsteres coletiva. É um evento no curso, em um dia do semestre, onde todos os alunos expõem seus pôsteres, com um coquetel ao final. No TG 2 não há realização de banca, mas o trabalho deverá ser submetido a uma banca de pelo menos 3 membros, obedecendo a critérios de avaliação definidos pela Comissão Coordenadora de Trabalho de Graduação (CC-TG).
4. Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? Sim, pois a apresentação do TG 1 deve ser feita no mínimo 10 dias antes do término do semestre e as correções sugeridas pela banca do TG 2 devem ser entregues no máximo um dia antes do término do semestre.
5. Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Não. 6. O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo?
(X) Sim. Para qual tipo de público? Depende do orientador. Público interno em uma biblioteca setorial. ( ) Não
7. Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)? Impresso.
8. Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? A critério dos autores. Não há documento de autorização.
9. Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? Sim, depende do orientador, que não divulga os critérios.
10. Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso. Ver regulamento.
76
Curso : CECH-1 Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação:
Trabalho de Conclusão de Curso 1. Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou
monografia): (X) é obrigatório. A partir do ano de: em 2006 aconteceram as primeiras bancas ( ) é opcional. (X) faz parte de uma disciplina: sim, tanto o TCC 1 quanto o TCC 2 ( ) faz parte de outra atividade: (X) existe um regulamento específico para o TCC
2. Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? 7º período (TCC 1) 3. O TCC tem apresentação para banca?
( X ) sim. Como se dá o processo? O aluno, juntamente com o orientador, pode decidir se haverá apresentação para banca ou a emissão de parecer escrito pela banca escolhida. O aluno deve entregar o trabalho para a banca com 20 dias de antecedência. ( ) não. Como é feita a avaliação?
4. Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? Sim. A nota só é digitada após a entrega da cópia corrigida em formato digital em pdf.
5. Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Sim. 6. O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo?
( X ) Sim. Para qual tipo de público? Interno e externo. ( ) Não
7. Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)? formato digital.
8. Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? É obrigatória. Assinam documento de autorização.
9. Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? Não. 10. Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso. Os membros do Conselho de Coordenação elaboram um cronograma que estabelece prazo para entregar as atividades que são exigidas pela disciplina. No caso do TCC 1, que é uma disciplina teórica com metodologias de técnicas de pesquisa, o aluno já tem que definir o tema e elaborar o projeto. O aluno ainda não tem um orientador individual nesse momento. Ele pode ter um orientador individual, mas este ainda não está “oficializado”. A disciplina TCC 1 é criada em duas turmas e cada docente trabalha com os alunos inscritos, mesmo que o projeto não seja de sua linha de pesquisa. No 8º encontro dessa disciplina, o aluno deve entregar o projeto com um capítulo escrito, com assinatura do orientador individual. No TCC 2 tem um cronograma que prevê: envio de formulário para a secretaria do curso, com o nome da banca (oral ou escrito), assinado pelo aluno e pelo orientador, já indicando a data da banca. Isso deve acontecer com 20 dias de antecedência da realização da banca e pelo menos um mês antes do término do prazo de digitação de nota. As bancas devem ser realizadas antes do período letivo terminar (tanto as orais quanto os pareceres por escrito). O professor só digita a nota após a correção e entrega da versão final em pdf para o professor orientador. A versão final em pdf é entregue pelo orientador na secretaria do curso e é disponibilizada na íntegra na página do curso na web.
77
Curso : CECH-2
Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação: Monografia
1. Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou monografia):
(X) é obrigatório. A partir do ano de: 1991 ( ) é opcional. (X) faz parte de uma disciplina: No 7º semestre o aluno se inscreve na disciplina Projeto de Pesquisa e já tem que definir o tema. ( ) faz parte de outra atividade: (X) existe um regulamento específico para o TCC
2. Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? 5º período, onde tem a primeira disciplina pré-requisito. 3. O TCC tem apresentação para banca?
( X ) sim. Como se dá o processo? A banca é montada pelo orientador e aluno. Tem que ser formada por professores do curso, no mínimo um professor além do orientador. Os membros da banca têm que receber o trabalho 10 dias antes da banca. ( ) não. Como é feita a avaliação?
4. Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? As alterações a serem feitas constam na ata. O aluno tem um prazo para entregar a versão corrigida, mas a nota é digitada independentemente da entrega. Se o trabalho não estiver bom, ainda sem as correções, o aluno não é aprovado. Geralmente os alunos se esforçam para fazer um trabalho bom, pois usam a monografia como pré-projeto para ingressar no Mestrado, que já existe no departamento, desde que a graduação foi criada.
5. Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Sim. Atualmente, somente em formato digital pdf, por falta de espaço.
6. O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo? (X) Sim. Para qual tipo de público? Interno e externo. Pode ser emprestado e o controle fica a cargo da secretaria do curso. ( ) Não
7. Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)? Até 2007 era em formato impresso e a partir daí, em formato digital.
8. Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? É obrigatória. Não tem documento de autorização.
9. Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? Não.
10. Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso. Além do que já foi dito, quando o aluno se inscreve na disciplina Projeto de Pesquisa, já tem que se inscrever na turma do professor que trabalha na linha de pesquisa de seu interesse.
78
Curso : CECH-3
Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação: Monografia
1. Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou monografia):
(X) é obrigatório. A partir do ano de: 1994 ( ) é opcional. (X) faz parte de uma disciplina: Pesquisa 1 a 8 (começa no 1º semestre) ( ) faz parte de outra atividade: (X ) existe um regulamento específico para o TCC
2. Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? No 5º período (de um total de 10 períodos) 3. O TCC tem apresentação para banca?
( ) sim. Como se dá o processo? (X) não. Como é feita a avaliação? Submete o trabalho para um parecerista, que deve levar em conta se o trabalho tem condições de ser publicado. O professor dá a nota e esta independe do trabalho ser efetivamente publicado ou não.
4. Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota?
5. Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Sim. O aluno tem prazo de 5 a 10 dias para depositar o exemplar, depois da nota ser digitada no sistema. Se o aluno não depositar, a coordenação comunica a PROGRAD que o aluno não pode colar grau. Tem que entregar cópia em papel e digital (em pdf). O resumo vai para o site do curso.
6. O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo? ( X ) Sim. Para qual tipo de público? Público interno ao curso. O resumo em pdf é disponibilizado no site. ( ) Não
7. Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)? formato digital no site do curso, e formato impresso para o público interno.
8. Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? É criada entre os alunos a cultura da divulgação. Não tem documento de autorização.
9. Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? Não. 10. Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso.
Do 1º ao 2º ano o aluno tem as disciplinas de Pesquisa Básica 1, 2, 3 e 4. No 3º e 4º ano ele tem as disciplinas Pesquisa em Psicologia: monografia 1, 2, 3 e 4. No final do 2º ano o aluno passa por uma seleção para escolha do orientador. O professor só tem direito a selecionar alunos se abrir mais de uma vaga. O professor escolhe a metade das vagas e a coordenação escolhe a outra metade. O aluno coloca suas opções de escolha de orientador em escala de preferência. Cada professor fica com no máximo 10 orientandos, entre estágio e monografia. Na Pesquisa 1 os alunos são matriculados nas turmas (A, B e C) de forma aleatória pelo PROGRADWEB. Cada Pesquisa é relacionada com um tipo de estágio, que vai orientar a linha de pesquisa da monografia e o aluno não tem escolha, tem que cursar a turma em que ele foi matriculado.
79
Curso : CECH-4
Como é chamada a monografia de conclusão do curso de graduação: Trabalho de Conclusão de Curso
1. Assinale as alternativas que se aplicam ao seu curso, relativas ao TCC (ou monografia):
(X) é obrigatório. A partir do ano de: 2009 ( ) é opcional. (X) faz parte de uma disciplina: 7TCC 1 – 6º sem.; TCC 2 – 7º sem.; TCC 3 – 8º sem. ( ) faz parte de outra atividade: ( ) existe um regulamento específico para o TCC
2. Em que ano/período do curso o aluno começa a fazer o TCC? No 7º período, o aluno procura um professor que tem a temática de interesse. 3. O TCC tem apresentação para banca?
( X ) sim. Como se dá o processo? O aluno pode escolher entre banca ou parecer por escrito. Em caso de escolha por banca, essa é montada sob critérios do aluno e do orientador. O aluno tem que entregar (depositar) o exemplar aproximadamente um mês e meio antes do término do semestre. O TCC 1 é um ante-projeto, o TCC 2 deve conter a coleta dos dados, um começo de análise desses dados e a revisão bibliográfica e o TCC 3 é o fechamento do trabalho. ( ) não. Como é feita a avaliação?
4. Em caso da resposta anterior ser positiva, existe um prazo para adequações das sugestões sugeridas pela banca, antes de ser dada a nota? As bancas têm que acontecer em novembro. O aluno tem tempo, mas o professor digita a nota mesmo que o aluno não tenha entregado as correções.
5. Há obrigatoriedade de depositar o exemplar corrigido na secretaria do curso? Sim, em formato digital, em pdf. 6. O TCC fica disponível para consulta e/ou empréstimo?
( X) Sim. Para qual tipo de público? Para consulta. Pretendem fazer a disponibilização em breve para o público em geral, de forma digital. ( ) Não
7. Se a resposta anterior for “sim”, em que formato ele é disponibilizado (impresso, digital)? formato digital
8. Havendo disponibilização, ela é obrigatória ou fica a critério dos autores? Os autores assinam algum tipo de documento de autorização? Será pedida autorização por escrito ao aluno e ao orientador. Também criarão a cultura de que é importante disponibilizar.
9. Existe algum critério de exclusão da disponibilização de TCCs? Se sim, qual? Vai depender da qualidade do trabalho. Isso vai ser informado aos alunos.
10. Descreva sucintamente como se dá a realização do TCC do seu curso. Há disciplinas que são pré-requisito para o TCC, para preparar o aluno. No 1º ao 5º semestre o aluno tem 5 disciplinas, uma a cada semestre, onde ele já começa a planejar a sua pesquisa. São as disciplinas Procedimentos de Ensino em Educação Especial I, II, III, IV e V. Do 6º ao 8º semestre, concomitante com o TCC1, TCC2 e TCC3, o aluno tem Estágio Supervisionado I, II, III. A pesquisa é relacionada com o estágio que o aluno faz.