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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
DÉBORAH SOUZA BORGES
COLEÇÃO DE CAMISAS FEMININAS COM COLARINHOS E
PUNHOS ALTERÁVEIS: UMA INSPIRAÇÃO NA ESSÊNCIA DE
VIKTOR & ROLF
CURITIBA
2016
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
DÉBORAH SOUZA BORGES
COLEÇÃO DE CAMISAS FEMININAS COM COLARINHOS E
PUNHOS ALTERÁVEIS: UMA INSPIRAÇÃO NA ESSÊNCIA DE
VIKTOR & ROLF
Relatório Técnico Científico apresentado ao curso de Design de Moda da Faculdade de Ciências Exatas e de Tecnologia da Universidade Tuiuti do Paraná como requisito avaliativo para obtenção do grau Bacharel em Design de Moda. Orientadora: Prof.ª. Ms.: Eunice Lopez Valente
CURITIBA
2016
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Agradeço а minha mãe Marilei Souza Borges pelo apoio e incentivo nas horas difíceis
de desânimo е cansaço. Ao meu pai Salomão Soares Borges qυе sempre esteve
presente apesar da distância. Ao meu namorado Mauro Henrique Correia pela
dedicação e disposição do seu tempo para me ajudar. A Prof.ª Ms. Eunice Lopez
Valente pelo paciente trabalho de revisão do projeto e por fim аоs amigos qυе fizeram
parte da minha formação.
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Dedico este trabalho a todas as pessoas me deram força e incentivo, qυе foram importantes na minha vida acadêmica е no desenvolvimento deste projeto.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 12
1.1 FOTO DO PRODUTO ..................................................................................... 13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 14
3.1 O CORPO E AS MEDIDAS FEMININAS ........................................................ 14
3.2 HISTÓRIA DA CAMISA BRANCA .................................................................. 17
3.3 MODELAGEM BIDIMENSIONAL X TRIDIMENSIONAL ................................ 19
3.3.1 Técnica de Shingo Sato .................................................................................. 19
3.3.2 Costura Francesa ........................................................................................... 20
3.4 DESIGN DE MODA E A VERSATILIDADE NO MERCADO ........................... 21
3.4.1 Usabilidade ..................................................................................................... 22
3.5 VIKTOR & ROLF - INSPIRAÇÃO ................................................................... 22
3 MATERIAIS E MÉTODOS DE PESQUISA .................................................... 25
4.1 ANÁLISE DIACRÔNICA ................................................................................. 25
4.2 ANÁLISE SINCRÔNICA ................................................................................. 29
4.3 ANÁLISE SEMIÓTICA .................................................................................... 31
4.4 PÚBLICO ALVO ............................................................................................. 33
4.4.1 Painel de Público alvo..................................................................................... 34
4.5 FUNÇÕES DO PRODUTO ............................................................................. 34
4.5.1 Função Prática ................................................................................................ 35
4.5.2 Função Estética .............................................................................................. 35
4.5.3 Função Simbólica ........................................................................................... 36
4.6 ANÁLISE MORFOLÓGICA ............................................................................. 36
4.7 ANÁLISE ESTRUTURAL ................................................................................ 37
4.8 MIX DO PRODUTO ........................................................................................ 40
4.9 MÉTODO SKU ................................................................................................ 40
4.10 INSPIRAÇÃO .................................................................................................. 41
4.10.1 Painel de inspiração ....................................................................................... 42
4.11 CONCEITO ..................................................................................................... 42
4.11.1 Conceito Técnico ............................................................................................ 42
4.11.2 Conceito Poético ............................................................................................. 43
4.12 AMBIÊNCIA .................................................................................................... 43
4.12.1 Texto de ambiência ........................................................................................ 44
5
4.13 MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS NO DESENVOLVIMENTO DO
PRODUTO..................................................................................................................44
4.13.1 Modelagem ..................................................................................................... 44
4.13.2 Costura francesa ............................................................................................ 45
4 RESULTADOS ............................................................................................... 46
5.1 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS ...................................... 46
5.1.1 Requisitos para o novo produto ...................................................................... 46
5.2 SELEÇÃO DE ALTERNATIVA ....................................................................... 46
5.3 ANÁLISE ERGONÔMICA DA COLEÇÃO ...................................................... 53
5.3.1 Tabelas de medidas ....................................................................................... 54
5.3.2 Etiqueta ........................................................................................................... 55
5.3.3 Tag....... ........................................................................................................... 55
5.4 Cartelas .......................................................................................................... 56
5.4.1 Cartela de Cores ............................................................................................. 56
5.4.2 Cartela de Materiais e Aviamentos ................................................................. 57
5.4.3 Cartela de Tecidos .......................................................................................... 57
5.5 PLANO DE NEGÓCIOS ................................................................................. 58
5.6 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA ........................................................................ 60
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 62
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 63
APÊNDICE ................................................................................................................ 66
APÊNDICE A - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA ........................................................ 66
APÊNDICE B - GRÁFICO DE PÚBLICO-ALVO ........................................................ 74
APÊNDICE C - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS ....................... 85
APÊNDICE D - FICHAS TÉCNICAS ......................................................................... 89
APÊNDICE E - LISTAGEM DE INSUMOS ................................................................ 92
APÊNDICE F - SEQUÊNCIA OPERACIONAL .......................................................... 95
APÊNDICE G - PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTOS ........................................... 98
APÊNDICE I - MAPA DE PRODUÇÃO ................................................................... 101
APÊNDICE J - PESSOAS MEDIDAS ..................................................................... 102
6
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - OS 5 BIOTIPOS ..................................................................................... 15
FIGURA 2 - COMPARAÇÃO ENTRE MARCAS. ...................................................... 16
FIGURA 3 - BLUSA ESTILO MARINHEIRO. ............................................................ 18
FIGURA 4 - ESTILO LA GARÇONNE; ...................................................................... 18
FIGURA 5 - COLLAR ACORDEON ........................................................................... 20
FIGURA 6 - REPETIÇÕES DOS FOLES .................................................................. 20
FIGURA 7 - UNIÃO DAS PARTES ............................................................................ 20
FIGURA 8 - COSTURA FRANCESA ......................................................................... 21
FIGURA 9 - “THE HOUSE OF VIKTOR & ROLF” ..................................................... 23
FIGURA 10 - DESFILE HAUTE COUTURE 2016 ..................................................... 24
FIGURA 11 - PEÇA DO DESFILE COLEÇÃO PARIS .............................................. 31
FIGURA 12 - PEÇA DESFILE COLEÇÃO PARIS ..................................................... 32
FIGURA 13 - MOLDE FRENTE E COSTA ................................................................ 45
FIGURA 14 - PENCE TRANSPORTADA .................................................................. 45
FIGURA 15 - JUNÇÃO DOS TECIDOS COM ALFINETE ......................................... 45
FIGURA 16 - RECORTE EXCESSO DO TECIDO .................................................... 45
FIGURA 17 - PESPONTO ......................................................................................... 45
FIGURA 18 - EMBALAGENS DB .............................................................................. 58
FIGURA 19 - LAYOUT LOJA FÍSICA ........................................................................ 59
7
LISTA DE TABELA E QUADROS
TABELA 1 - TABELA DE MEDIDAS EM CM ............................................................. 54
TABELA 2 - MEDIDAS CAMISA FEMININA MÉTODO ELITE .................................. 55
QUADRO 1 - FOTO DO PRODUTO. BANNER...........................................................13
QUADRO 2 - ANÁLISE DIACRÔNICA. ..................................................................... 25
QUADRO 3 - ANÁLISE DIACRÔNICA ...................................................................... 26
QUADRO 4 - ANÁLISE DIACRÔNICA ...................................................................... 27
QUADRO 5 - ANÁLISE DIACRÔNICA ...................................................................... 28
QUADRO 6 - ANÁLISE SINCRÔNICA ...................................................................... 29
QUADRO 7 - ANÁLISE SINCRÔNICA ...................................................................... 30
QUADRO 8 - PAINEL DE PÚBLICO-ALVO .............................................................. 34
QUADRO 9 - QUADRO ANÁLISE ESTRUTURAL .................................................... 38
QUADRO 10 - QUADRO ANÁLISE ESTRUTURAL .................................................. 38
QUADRO 11 - QUADRO ANÁLISE ESTRUTURAL .................................................. 39
QUADRO 12 - TABELA MIX DE PRODUTO............................................................. 40
QUADRO 13 - QUADRO SKU .................................................................................. 41
QUADRO 14 - PAINEL DE INSPIRAÇÃO ................................................................. 42
QUADRO 15 - PAINEL DE AMBIÊNCIA ................................................................... 43
QUADRO 16 - CROQUIS SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS ...................................... 47
QUADRO 17 - SELEÇÃO DE ALTERNATIVA. 17 .................................................... 48
QUADRO 18 - SELEÇÃO DE ALTERNATIVA. CROQUI 41 ..................................... 49
QUADRO 19 - SELEÇÃO DE ALTERNATIVA. CROQUI 50. .................................... 50
QUADRO 20 - SELEÇÃO DE ALTERNATIVA. CROQUI 29 ..................................... 51
QUADRO 21 - SELEÇÃO DE ALTERNATIVA. CROQUI 22 ..................................... 52
QUADRO 22 - ETIQUETA DE CONSERVAÇÃO ...................................................... 55
QUADRO 23 - TAG ................................................................................................... 56
QUADRO 24 - CARTELA DE CORES ...................................................................... 56
QUADRO 25 - CARTELA DE MATERIAIS E AVIAMENTOS .................................... 57
QUADRO 26 - CARTELA DE TECIDOS ................................................................... 57
QUADRO 27 - PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA CAMISA VANGUARDA ..................... 60
QUADRO 28 - PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA CAMISA VANGUARDA OPÇÃO DE
TROCA ...................................................................................................................... 60
QUADRO 29 - PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA CAMISA MULLET ............................. 61
8
QUADRO 30 - PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA CAMISA SLIM BÁSICA ..................... 61
QUADRO 31 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 1 AO 6 ............................................. 66
QUADRO 32 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 7 AO 12 ........................................... 67
QUADRO 33 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 13 AO 18 ......................................... 68
QUADRO 34 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 19 AO 24 ......................................... 69
QUADRO 35 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 25 AO 30 ......................................... 70
QUADRO 36 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 31 AO 36 ......................................... 71
QUADRO 37 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 37 AO 43 ......................................... 72
QUADRO 38 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 44 AO 50 ......................................... 73
QUADRO 39 - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS ......................... 85
QUADRO 40 - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS ......................... 86
QUADRO 41 - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS ......................... 87
QUADRO 42 - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS ......................... 88
QUADRO 43 - FICHA TÉCNICA CBFPPCPT/2017/001 ........................................... 89
QUADRO 44 - FICHA TÉCNICA. CVFPMSPV/2017/002 ......................................... 90
QUADRO 45 - FICHA TÉCNICA. CMFPFPV/2017/003 ............................................ 91
QUADRO 46 - LISTAGEM DE INSUMO. CBFPPCPT/2017/001 .............................. 92
QUADRO 47 - LISTAGEM DE INSUMO. CVFPMSPV/2017/002 .............................. 93
QUADRO 48 - LISTAGEM DE INSUMO.CMFPFPV/2017/003 ................................. 94
QUADRO 49 - SEQUÊNCIA OPERACIONAL. CBFPPCPT/2017/001 ...................... 95
QUADRO 50 - SEQUÊNCIA OPERACIONAL. CVFPMSPV/2017/002 ..................... 96
QUADRO 51 - SEQUÊNCIA OPERACIONAL. CMFPFPV/2017/003 ........................ 97
QUADRO 52 - PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTO. CBFPPCPT/2017/001 .......... 98
QUADRO 53 - PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTO. CVFPMSPV/2017/002 ......... 99
QUADRO 54 - PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTO. CMFPFPV/2017/003 .......... 100
QUADRO 55 - MAPA DE PRODUÇÃO ................................................................... 101
QUADRO 56 - PESSOAS MEDIDAS ...................................................................... 102
QUADRO 57 - PESSOAS MEDIDAS ...................................................................... 103
9
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 - IDADE ................................................................................................. 74
GRÁFICO 2 - ESTADO CIVIL ................................................................................... 74
GRÁFICO 3 - FILHOS ............................................................................................... 74
GRÁFICO 4 - PROFISSÃO ....................................................................................... 75
GRÁFICO 5 - GRAU DE ESCOLARIDADE............................................................... 75
GRÁFICO 6 - RENDA MENSAL ................................................................................ 75
GRÁFICO 7 - ONDE RESIDE ................................................................................... 76
GRÁFICO 8 - MORADIA QUE RESIDE .................................................................... 76
GRÁFICO 9 - GÊNERO MUSICAL ........................................................................... 76
GRÁFICO 10 - GÊNEROS CINEMATOGRÁFICOS ................................................. 77
GRÁFICO 11 - LUGARES QUE COSTUMA FREQUENTAR.................................... 77
GRÁFICO 12 - CUIDA DA SÁUDE ALIMENTAR ...................................................... 77
GRÁFICO 13 - ALTURA ............................................................................................ 78
GRÁFICO 14 - PESO ................................................................................................ 78
GRÁFICO 15 - EXERCÍCIOS QUE PRATICA........................................................... 78
GRÁFICO 16 - CORES QUE GOSTA ....................................................................... 79
GRÁFICO 17 - ESTILO ............................................................................................. 79
GRÁFICO 18 - ENCONTRA MANGA NO COMPRIMENTO DO BRAÇO ................. 80
GRÁFICO 19 - CAMISAS QUE DEFINE O ESTILO ................................................. 80
GRÁFICO 20 - DETAHES QUE INCOMODAM NA PEÇA ........................................ 81
GRÁFICO 21 - TECIDOS DE PREFERÊNCIA.......................................................... 81
GRÁFICO 22 - COLARINHOS DE PREFERÊNCIAS ............................................... 82
GRÁFICO 23 - PUNHOS DE PREFERÊNCIAS ........................................................ 83
GRÁFICO 24 - APLICAÇÕES QUE PREFERE ........................................................ 83
GRÁFICO 25 - COMPARIA UMA CAMISA QUE TROCA COLARINHOS E PUNHOS
POR OUTRO MODELOS .......................................................................................... 84
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RESUMO
O projeto de elaboração da coleção de camisas femininas com punhos e colarinhos substituíveis inspirou-se no surrealismo utilizado por Viktor e Rolf em busca da construção de peças que supram as necessidades do público alvo, que tem dificuldade de encontrar camisas que se ajustem de maneira confortável ao corpo. Para isso foi desenvolvida uma tabela piloto contendo as medidas reais de um total de 100 mulheres que possibilitou a análise ergonômica da coleção. Também foram desenvolvidas alternativas para o estabelecimento de padrões harmônicos na composição das peças. O problema proposto foi solucionado a partir da aplicação da técnica do collar acordeon convertida como método de ajuste ao comprimento do braço, juntamente a possibilidade de troca dos punhos por comprimentos variados. O projeto se justifica pela necessidade de utilizar o Design para solucionar problemas sociais possibilitando a satisfação dos consumidores de produtos de moda. Palavras-chave: camisas; surrealismo; modelagem; moda;
11
ABSTRACT
The project of elaboration women's collection shirts with replaceable cuffs and collars is inspired by the surrealism applied by Viktor and Rolf in search of the creation of pieces that meet the needs of the target public, who have difficulty finding shirts that fit in a way Comfortable to the body. For this, a pilot table containing the real measurements of a total of 100 women was developed, which enabled the ergonomic analysis of the collection. Alternatives were also developed for the establishment of harmonic patterns in the composition of the pieces. The problem was proposed was solved from the application of the acordeon collar technique converted as a method of adjustment to the length of the arm, together with the possibility of changing the cuffs by varying lengths. The project is justified by the need to use the Design to solve social problems enabling the satisfaction of consumers of fashion products.
Keywords: shirts; versatility; surrealism; modeling; fashion;
12
1 INTRODUÇÃO
O design de moda sempre esteve presente na representação da imagem
pessoal de forma a transmitir nas vestes sentimentos, posições sociais, cargos,
cultura, caráter e a personalidade como um todo. Partindo disso verificou-se a
necessidade de adequar o vestuário às diversas possibilidades e diferentes
características da personalidade individual ou comunitária das pessoas.
Além disto a vestimenta também precisa adequar-se a estrutura física do
corpo humano, exigindo a união entre estilo e necessidade de vestir. Em vista disso,
este projeto busca a criação de uma camisa com componentes removíveis, que
atenda as necessidades do público feminino que possui dificuldade de encontrar
peças com mangas longas que vistam corretamente o comprimento do braço. Para
tanto, buscou-se inspiração nas coleções dos estilistas Viktor & Rolf que utilizam
elementos conceituais para inovar em suas criações. Também, usa como base a
técnica collar acordeon de Shingo Sato.
O planejamento estrutural do projeto abrange o histórico da camisa e todas
as mudanças sofridas com o tempo em busca de melhorias e adequações ao estilo
predominante de cada época. Fundamentado nisto, a aplicação dos componentes
removíveis e alteráveis visa promover um novo modelo e uma nova composição de
camisas femininas em prol da evolução não só estética da peça, mas também da
mulher, que devido as mudanças sociais, misturas de raças e tribos, herdou novas
formas corporais e novos papeis.
14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo aborda as pesquisas bibliográficas que embasam os temas de
estruturação e composição do projeto. A disposição dos assuntos segue uma ordem
lógica de pensamentos que implica na mensuração de informações e dados que
permitem estabelecer os temas que desenvolvem o projeto estão relacionados ao
físico feminino, a camisa feminina, a modelagem bidimensional, técnica de costura,
elementos de inspiração e moda versatilidade.
3.1 O CORPO E AS MEDIDAS FEMININAS
Conforme Marinho e Rocha (2013), filósofos como Sócrates e Rosseau
buscavam conhecer a realidade do ser humano através de estudos comportamentais,
tanto do homem em seu estado natural, quanto do homem em sociedade. Esta busca
pela compreensão do “ser” em essência, implicou no século XVll em uma mudança
em relação ao que era observado. Com a separação das áreas de estudo perdeu-se
o foco psicológico voltado para ideias e pensamentos e passou-se a observar o corpo,
o porquê de sua forma e o que é possível representar na linguagem corporal.
A arte já havia incorporado o exaltar do corpo no renascimento, quando
artistas deixaram de exibir pinturas de natureza e optaram por pintar corpos nus,
exibindo curvas e estereótipos de beleza. O corpo feminino destacava-se em diversas
obras devido as curvas mais acentuadas e a facilidade de representar as mudanças
que ocorriam e que mudariam as gerações.
Esta visão, tanto de cunho artístico quanto filosófico influenciou a evolução da
modelagem para o vestuário feminino, pois a exaltação da figura da mulher passou a
ser feita através da valorização da forma de seu corpo e sua movimentação
congregado ao caimento e ajuste das peças. Porém o corpo humano varia em sua
estrutura por influencias evolutivas relacionadas a localização geográfica, as raças e
também a herança da união de dois indivíduos com características diferentes. Isto faz
com que exista uma enorme variedade de estruturas corporais.
Segundo Knupp e Capelassi (2008, p.2 apud JONES 2005), os alfaiates
observaram que as mulheres poderiam ser divididas por biotipos diferentes e os
ajustes poderiam ser feitos de forma eficaz seguindo algumas regras de proporção.
Conforme William Shealdon (1994, apud IIDA 2015) foi realizado uma
15
pesquisa de dados antropométricos com 4000 pessoas da mesma população e a partir
das informações coletadas chegou-se à conclusão de que existem três tipos físicos
básicos, sendo: ectomorfo, mesomorfo e endomorfo. Segundo IIDA (2015, p.104)
estes são classificados da seguinte maneira:
Ectomorfo: Tipo físico de formas alongadas. Tem corpo e membros finos, com um mínimo de gorduras e músculos. Os ombros são mais largos, mas caídos. O pescoço é fino e comprido, o rosto é magro, queixo recuado e testa alta e abdômen estreito e fino. Mesomorfo: Tipo físico musculoso, de formas angulosas. Apresenta cabeça cúbica, maciça, ombros e peitos largos e abdômen pequeno. Os membros são musculosos e fortes. Possui pouca gordura subcutânea. Endomorfo: Tipo físico de formas arredondadas e macias, com grandes depósitos de gordura. Em sua forma externa extrema tem a característica de uma pêra (estreita em cima e larga em baixo). O abdômen é grande e cheio e o tórax parece ser relativamente pequeno. Braços e pernas são curtos e flácidos. Os ombros e a cabeça são arredondados. Os ossos são pequenos. O corpo tem baixa densidade podendo flutuar na água. A pele é macia. (IIDA, 2015, p.104)
Outras classificações foram atribuídas ao corpo feminino devido à disposição
da estrutura óssea, sendo as mais utilizadas e encontradas na população global:
Ampulheta, Triângulo Invertido, Triângulo, Retângulo e Oval (fig.1). (SERRA, 2012)
Estas definições tornaram-se úteis as adequações de modelagem, facilitando
a adequação das peças a cada tipo de corpo.
FIGURA 1 - OS 5 BIOTIPOS FONTE: BELEZASEMTAMANHO 2015..., disponível em:
<https://belezasemtamanho.wordpress.com/ 2015/06/14/ola-mundo/>
16
No Brasil, as medidas femininas estão sendo estudadas em busca de uma
média geral na população em visando estabelecer uma tabela morfográfica nacional,
pois ainda são utilizadas tabelas europeias que possuem padrões corporais diferentes
da mulher brasileira.
No ano de 2015 a ABNT (Associação Brasileira de normas técnicas) em
parceria com o SEBRAE deu origem ao SizeBR - Estudo Antropométrico Brasileiro,
para otimizar o desenvolvimento dos produtos em conformidade ao padrão dos corpos
brasileiros.
A imagem 2 ilustra uma camisa com valores diferentes conforme a marca que
a produz. A comparação é realizada entre peças das seguintes marcas; Eluus, Lança
Perfume, Wee, Mandi e Cantão. Nota-se em algumas medidas a utilização de uma
variável de até 3 cm em cada uma. (NOVA PADRONIZAÇÃO...2015)
Este projeto está percorrendo todas as regiões brasileiras realizando
medições corporais de mulheres através da tecnologia de escaneamento 3D de
corpos. O processo resulta na digitalização das superfícies do corpo humano em curto
período de tempo, obtendo resultados exatos para cada tipo de corpo. (SANTOS. Et
al, 2014).
O estabelecimento de uma padronização implicará na conquista de peças
produzidas com medidas que se ajustem ao corpo da mulher brasileira. (NOVA
PADRONIZAÇÃO...2015).
Isto trará uma evolução significativa na modelagem das roupas que serão
dispostas futuramente no mercado de moda brasileiro, possibilitando satisfação ao
adquirir todo e qualquer tipo de peças, seja no underwaer, no fitness, entre outros.
FIGURA 2 - COMPARAÇÃO ENTRE MARCAS. FONTE: SEBRAEMERCADO 2015. Disponível em: http://sebraeMerca
dos.com.br/wp-content/uploads/2015/01/Moda_Padronizacao_ABNT.pdf
17
3.2 HISTÓRIA DA CAMISA BRANCA
Primordialmente conhecida por chemise1, a camisa branca era uma peça do
vestuário feminino que surgiu no século XlX durante o período romântico, onde a
indumentária feminina exigia demasiada extravagância, sendo ataviada com
lantejoulas, bordados, rendas, flores artificiais e babados. Por baixo das vestes as
mulheres usavam várias camadas de roupas para evitar que sujassem as peças
nobres com as impurezas do corpo. De acordo com Mendes (2009), as ordens de
vestir, eram as seguintes:
Primeiro vinham a chemise e os calções ou combinações de algodão branco, elaborados com bordados brancos vazados, adornados com renda e finos cordões de fita. Em seguida, vinha o espartilho, o componente crítico da definição da forma, que ditava a postura e as linhas das roupas exteriores. (MENDES, 2009 p.2)
Com a chegada do tailleur2 nos anos de 1880 a camisa tornou-se uma
importante peça do guarda-roupa das mulheres americanas, já com modelagem
modificada, o busto e os punhos ficavam à mostra. (SMITH, 2004)
De 1890 à 1910 a peça foi criando novas formas adquirindo golas altas, busto
ajustado e detalhes de luxo como a renda feita à mão, tornando a camisa o traje
preferido das mulheres. (SMITH, 2004).
A sequência da transformação da camisa branca ocorreu na adaptação da
peça aos uniformes colegiais femininos, pois o comprimento da peça reduziu
juntamente com a quantidade de bordados e rendas que aos poucos foram abolidos.
Coco Chanel foi umas das primeiras estilistas a adquirir a versão simples da camisa
branca advinda do estilo colegial. Inspirada nos anos de guerra, Chanel fez com que
a peça se tornasse a marca da época no que tange a forma como a sociedade se
vestia. A partir disto, as rendas e os babados começaram a ser considerados
antiquados. (SMITH, 2004)
Em 1920 a camisa branca adquiriu o modelo de uma blusa marinheiro,
tornando-se folgada ao corpo em vista a propagação do oversize que induziu a
sociedade a vestir as mais variadas peças em modelagens que davam a impressão
1 Chemise ou camisa branca peça de roupa de baixo das vestes do século XlX ás quais eram lavadas
com mais facilidade e frequência. (SMITH, 2004) 2 Tailleur conjunto feminino formado por uma blusa justa e saia do mesmo tecido. (BOUCHER, 2012)
18
de serem maiores em relação ao corpo. Também, ganhou como barra uma faixa
branca e larga que envolvia os quadris (fig.3) para ser usada como uniforme feminino
para jogos de tênis e golfe.
Neste mesmo ano, a camisa sofreu outra transformação, sendo adaptada
para o estilo la garçonne, inspiradas no romance escrito por Victor Margueritte, onde
as mesmas passaram a ser usadas como camisas masculinas juntamente com
gravatas (fig.4). (SMITH, 2004).
O maior impacto da peça foi em 1940 quando as adolescentes passaram a
usar as camisas dos pais com calças jeans. Segundo Smith (2004) este estilo
permaneceu até 1950, tornando-se o estilo esportivo da década. As camisas da marca
Ship’n Shore e a Betina de Givenchy eram consideradas um símbolo de status na
época.
No início de 1960 a estilista Mary Quant lançou a releitura do visual colegial
das camisas, que novamente obteve sucesso estreando no filme de François Truffaut,
Jules et Jim. Em 1973 os estilistas criavam coleções de camisas inspiradas nos
modelos de 1930, sem enfeites e sobrepostas por coletes de lã.
Em 1988 a camisa branca apareceu novamente em um filme, com o visual
simples de 1880. O longa fora interpretado por Melanie Griffith e intitulava-se “Uma
secretária do futuro”, a qual vestia como uniforme uma camisa branca sobreposta por
um tailleur preto. (SMITH, 2004)
Com a chegada das marcas Gap e J. Crew, em 1990 a camisa branca tornou-
se uma peça básica. Voltou as passarelas em 1998, nas criações dos estilistas Marc
FIGURA 4 - ESTILO LA GARÇONNE;
FONTE: GARÇONNE...,s/d disponível em:<
http://www.gigoladiary.com/p/lookbook.html>
FIGURA 3 - BLUSA ESTILO MARINHEIRO.
FONTE: A camisa...,2012 disponível em:<
https://rosamulher.wordpress.com/category/alca-x-
saia/page/3/>
19
Jacobs e Narciso Rodriguez com coleções que valorizavam a feminilidade, compostas
por camisas brancas, saias mids e sapatos de salto, buscando representar a mulher
moderna. Desde então, a camisa branca permaneceu entre as peças mais comuns
de uso da mulher, sendo elaborada por diversas técnicas de modelagem e
confeccionadas em diversos tecidos, podendo ser usadas em ocasiões diferentes.
(SMITH, 2004)
3.3 MODELAGEM BIDIMENSIONAL X TRIDIMENSIONAL
Também conhecida como Modelagem Plana, a técnica consiste em desenhar
as partes da roupa a partir das medidas retiradas do corpo. É necessária a exatidão
das medidas para não haver inconformidades no momento de transferir o desenho
para corte ao tecido. No molde plano é preciso estabelecer medidas de ajuste de
pence, cós, barra, cava e decote através de cálculos matemáticos, diferentemente da
moulage que faz todas as predefinições diretamente no corpo.
Existem diversos métodos de realização da modelagem de peças feitas por
meio da técnica bidimensional, desde os mais complexos até os mais simples,
podendo haver uso de receitas prontas com medidas preestabelecidas ou bases
simples de pontos corporais que auxiliam na formação mais abreviada do contorno do
corpo e/ou da peça.
Mesmo com o constante crescimento da aplicação da moulage na criação do
vestuário a modelagem bidimensional ainda é a mais utilizada para confecção de
peças diversas como: calças, blusas, camisas e acessórios. (SABRÁ, 2009)
3.3.1 Técnica de Shingo Sato
Designer e modelista desenvolvedor da técnica TR pattern ou
Transformational Reconstruction, que em português significa transformação e
reconstrução, Shingo Sato nasceu no Japão e trabalhou em empresas como:
Azzedine Alaia em Paris e Trussardi em Milão. (MARIANO, 2013)
Sua técnica consiste na reconstrução dos moldes no tecido, explorando ampla
gama de recortes e volumes sobre o papel e o manequim de moulage. Mariano (2013,
p.5 apud SATO, 2013), afirma que nesta técnica os moldes [...] “se transformam e
giram em torno de diferentes perspectivas, como partes de um quebra-cabeça”.
20
Uma de suas principais técnicas é denominada collar acordeon (fig.5), que
consiste no uso da modelagem de um colarinho como base, retirando primeiramente
a medida da circunferência do pescoço para construir o molde. Para criar o efeito
sanfona são feitas repetições do molde (fig.6), acrescentando margens de costura.
Deve-se costurar o contorno do trapézio em folha dupla, de maneira a repetir
os pares. A finalização é feita através da junção das folhas, costurando as bordas
externas da forma (fig.7).
3.3.2 Costura Francesa
A costura francesa surgiu no período do romantismo, onde os alfaiates
buscavam novas alternativas de acabamentos para embelezar o trabalho artesanal e
exclusivo. Segundo Zanin e Da Rosa (2015, p.2 apud LONGHI 2007, p.10) “A costura
FIGURA 6 - REPETIÇÕES DOS FOLES
FONTE:https://www.youtube.com/watch?v=3uuentipdmo
FIGURA 5 - COLLAR ACORDEON FONTE:https://www.youtube.com/watch?
v=3uuentipdmo
FIGURA 7 - UNIÃO DAS PARTES
FONTE:https://www.youtube.com/watch?v=3uuentipdmo
21
francesa é uma técnica de modelagem e confecção que prioriza o caimento perfeito
junto ao acabamento primoroso”.
No século XlX as máquinas de costura eram rudimentares e escassas, por
isso, os alfaiates desenvolveram a costura francesa para aperfeiçoar o acabamento
de paletós, ternos e coletes, utilizando pontos a mão como: chuleado3, caseado4 e
debruado5. (BARBOSA, 2010)
O processo deste acabamento é executado da seguinte forma: o tecido deve
ser costurado pelo avesso a 10 mm da borda e em seguida cortado para retirar o
excesso (fig.8). Para finalização, a costura é aberta com o ferro de passar e passa-se
uma nova costura a margem do lado externo. (NEIVA, 2016)
3.4 DESIGN DE MODA E A VERSATILIDADE NO MERCADO
O design de moda em sua amplitude, abrange diversos setores de criação e
produção, desde acessórios, roupas, sapatos, peças conceituais, comerciais, design
emocional e sustentável, em busca da resolução de problemas diversos, como a
adaptação do vestuário as necessidades pessoais, a criação de roupas com fins de
mitigar danos causados por uma doença ou ajustar o vestuário a deformações no
corpo humano, como membros que no desenvolvimento ficaram com diferenças de
forma e tamanho. (LIMA e VICENTI, 2013)
3 Chuleado: ponto de arremate do tecido, tendo a mesma função da overlock. (BARBOSA, 2010) 4 Caseado: ponto para a confecção de casas de botão. (BARBOSA, 2010) 5 Debruar/guanecer: pontos para bainhas e arremates internos. (BARBOSA, 2010)
FIGURA 8 - COSTURA FRANCESA FONTE: COSTURA..., 2016. Disponível em:< http://tan ianeiva.com.br/2016/07/19/tipos-de-costura-maquina/>
22
Por estes motivos, a indústria da moda exige dos designers a capacidade de
dar novas soluções práticas de uso como conforto e manutenção, somadas a estética
que deve ser atrativa ao público consumidor. (LIMA; VICENTI, 2013)
Salcedo (2014, pg. 49) afirma que o design versátil implica na produção de
peças multifuncionais que auxiliam no aumento da vida útil dos produtos, diminuindo
dessa forma a necessidade do consumo constante.
Este tipo de produto tem sido procurado cada vez mais pelos indivíduos da
sociedade, frente a necessidade de possuir materiais com maior durabilidade que
adequem-se a rotina constante com espaço limitado para mudanças constantes.
3.4.1 Usabilidade
O termo usabilidade está relacionado ao conforto e a eficiência que o usuário
tem com o produto em determinado ambiente. Conforme Iida (2005, p.320) “ Os
produtos devem ser “amigáveis”, fáceis de entender, fáceis de operar e pouco
sensíveis a erros. ” Para que a usabilidade ocorra corretamente Pires (2014), relata a
necessidade de haver compatibilidade com o usuário, clareza no manuseio, mínima
possibilidade de erro.
No vestuário, tanto quanto em outros tipos de produtos, a usabilidade é o fator
primordial para que a peça seja utilizável, vestível, devendo ser eliminado todo e
qualquer tipo de desconforto, seja no ajuste ao corpo, na implicação de alergias, na
dificuldade de vestir e retirar a mesma do corpo, ou no funcionamento dos
componentes como zíperes, botões e velcros.
3.5 VIKTOR & ROLF - INSPIRAÇÃO
Viktor Horstign e Rolf Snoeren são estilistas holandeses que se conheceram
no curso de Design do Instituto de Arnhem de Artes e Design em 1992. Após
concluírem o curso, mudaram-se para Paris e juntos abriram a grife Viktor & Rolf.
Logo no início tiveram suas primeiras experiências na moda, sendo
vencedores de três prêmios: o Salon Européen des Jeunes Estilistas (1993), festival
de moda que ocorreu na cidade Hyères localizada no sul da França, o l 'Hiver de l'
amour (1994), onde suas criações foram expostas no show internacional que
aconteceu no Museu de Arte Modena em Paris e o l 'Apparence du Vide (1994), no
23
qual foram exibidas vestes douradas de suas invenções na galeria de Patricia
Dorfman.
No ano de 1996, a grife investiu em marketing e divulgou a linha de perfumes
Viktor & Rolf. No lançamento foram fabricados 2.500 frascos de perfumes com edição
limitada, porém, diante do sucesso do perfume passaram a criar fragrâncias novas.
No ano de 2000, a coleção “ready-to-wear”, em português "pronto para vestir"
chegaram as lojas com um ampla gama de produtos comerciais. A coleção era
formada por jeans e camisetas que foram estreadas em lojas de departamento como
a Barney em New York. (MUNDO.., 2011)
Em 2008, em comemoração dos 15 anos da Barbican Art Gallery em Londres,
os estilistas foram convidados para apresentar a “The House of Viktor & Rolf” (fig.8)
em português “A casa de Viktor & Rolf”, uma coleção de 30 bonecas com cabelos
naturais. Cada boneca vestia as criações icônicas da dupla representando coleções
diferentes que marcaram a trajetória da marca. (MUNDO.., 2011)
No ano de 2013 investiram na linha de óculos Viktor & Rolf VISION (CHANG,
s/d) e foi a partir disto que seus trabalhos se tornaram exclusividades nas passarelas
FIGURA 9 - “THE HOUSE OF VIKTOR & ROLF”
FONTE: DESIGNBOOM. Disponível em:< http://www.designboom.com/design/the-
house-of-viktor-rolf-at-barbican-art-gallery/>
24
através de suas coleções vanguardas com proporções distorcidas de formas
esculturais e surrealistas.
No desfile Haute Couture 6 2016/2017 a marca apresentou a coleção
“Vagabond” (fig.9) que será exibida em outubro. Esta, é composta por peças criadas
com uso dos retalhos dos tecidos das coleções anteriores. Uma coleção upcyclig
formada por calças trançadas, casacos e camisas enriquecidos com patchwork,
macramê feitos com retalhos de tule, tecidos planos e malhas. Todas as peças contêm
aviamentos coloridos. (CUNHA, 2016)
Atualmente Viktor & Rolf são considerados os estilistas que mais produzem
peças extravagantes na moda, tendo seus produtos exportados em mais de 50 países.
FIGURA 10 - DESFILE HAUTE COUTURE 2016 Disponível em:< http://www.stylourbano.com.br/viktor-rolf-recicla-tecidos-de-temporadas-passadas-para-a-sua-nova-colecao-de-
alta-costura/>
25
3 MATERIAIS E MÉTODOS DE PESQUISA
Este capítulo aborda as pesquisas teóricas que embasam a criação,
conceituação e planejamento estrutural do projeto. Nesta fase, foram realizadas
análises para levantamento de dados relacionados ao estado da ate e a inserção do
produto no mesmo. O histórico do produto é abordado através da análise diacrônica,
e os produtos similares no mercado atual são descritos e comparados na análise
sincrônica.
Para compreender melhor a simbologia dos elementos estudados e aplicados
no projeto, é utilizada a análise semiótica, buscando entender os níveis de percepção
em que atuam e que interpretações eles geram.
Este capítulo tambem descreve o público-alvo do projeto, as funções dos
produtos destinados ao mesmo, bem como as análises morfológica e estrutural e a
inspiração utilizada na coleção. Os shapes da coleção estão mensurados no mix de
produto e distribuídos no método SKU, seguidos pela conceitução e sua
representação imagética.
As técnicas utilizadas para confeção dos podutos são listadas e
representadas a partir de imagens do processo de produção.
4.1 ANÁLISE DIACRÔNICA
Conforme Bonsiepe (1984, p.38), “Trata da coleta de material histórico que
demonstre as transformações ocorridas em determinado produto no transcurso do
tempo”.
Indumentária - camisa branca -
Antigo Egito: chamada Kalasiris
vestimenta composta por um tecido
leve, modelagem reta, costurada dos
lados com abertura na cabeça.
(BOUCHER, 2012)
QUADRO 2 - ANÁLISE DIACRÔNICA. FONTE: Próprio autor
FONTE:CAMISA..Disponível em:
http://uniquedresscode.blogspot.com.br/2011/02/cronica-evolucao-do-vestuario.html>
26
Indumentária - século XVI - Camisa
Branca: Período renascentista,
vestidos decorados com lantejoulas e
bordados considerando um símbolo de
status. (BOUCHER, 2012)
Indumentária - camisa branca –
século XVI: chemise ou camisa
branca, peça considerada roupa de
baixo dos vestidos na qual era lavada
com mais facilidade e frequência.
(SMITH, 2004)
Indumentária - camisa branca – ano
de 1845: Vestido justo na cintura,
acentuado pela camisa branca de
colarinho liso amostra. Chapéu com
pluma de avestruz 1845 (BOUCHER,
2012)
Indumentária - camisa branca - traje
para passeio: período após a primeira
guerra, criações de trajes para
passeio, noite e esporte. (SMITH,
2004)
QUADRO 3 - ANÁLISE DIACRÔNICA FONTE: Próprio autor
FONTE: INDUMENTÁRIA... BOUCHER, 2012
p.178
FONTE: CHEMISE...Disponível em :<http://www.fashionsintime.com/html/body_chemi
ses.html>
FONTE: VESTIDO.. BOUCHER, 2012 p.341
FONTE:TRAJE..BOUCHER, 2012 p.372
27
Indumentária - camisa branca -
Bettina 1952 - século XX: criação
de Givenchy, constituída por uma
gola reversível com mangas longas
cheias de babados. (SMITH, 2004)
Indumentária - camisa branca -
estilista Marc Jacobs Narciso e
Rodriguez 1998 - século XX:
camisa branca abotoada com saia
até os joelhos.
QUADRO 4 - ANÁLISE DIACRÔNICA FONTE: Próprio autor
Indumentária - camisa branca –
tailleur ano de 1900: conjunto
composto por blazer aberto, saia
longa e camisa branca com golas
altas amostra. (BOUCHER, 2012)
Indumentária - camisa branca –
gola marinheiro 1916: criação Coco
Chanel, camisa estilo marinheiro,
com blusa decote aberto e saia até
os joelhos. (MENDES, 2009)
Indumentária - camisa branca -
estilo colegial - século XX: Coco
Chanel primeira estilista reconhecer
o estilo colegial, camisa branca.
(SMITH, 2004)
FONTE: TAILLEUR... BOUCHER, 2012 p.388
FONTE: – INDUMENTÁRIA.. MENDES, 2012 p.45
FONTE: CAMISA BETTINA..Disponível em: http://bibliotecadacostura.blogspot.com.br/2013/1
1/camisa-feminina.html
FONTE: - DESFILE.. Disponível em:http://www.disneyrollergirl.net/marc-jacobs-
1998/
FONTE: - CAMISA.. Disponível em: http://bibliotecadacostura.blogsot.com.br/2013/
11/camisa-feminina.html
28
Indumentária - camisa branca -
Dudalina 1957 - século XX: final
do século XlX surge a marca
Dudalina a qual permaneceu no
mercado até a atualidade.
(DUDALINA s/d)
QUADRO 5 - ANÁLISE DIACRÔNICA FONTE: Próprio autor
No Antigo Egito a camisa branca era chama de Kalasiris, indumentária
revestida por um tecido leve, de modelagem reta, com abertura na cabeça onde
apenas as laterais eram costuradas.
Em meados do século XVI a modelagem da peça ganhou formas com mangas
compridas e no início do renascimento foi denominada chemise, onde era usada por
baixo das vestes com a funcionalidade de ser lavada com mais frequência e impedir
que as partes superiores sujassem. (SMITH, 2004)
De 1916 à 1945 a camisa branca passou por várias fases, os punhos e
colarinhos ficaram a mostra com intuito de mostrar que estivessem perfeitamente
limpos, simbolizando a higiêne e o satus do usuário. A partir de então, surgiram
criações de trajes de esporte e passeio onde ganhou preferência de uso pelas
mulheres.
Após a primeira guerra, com a chegada do trabalho feminino, Coco Chanel
criou a camisa marinheiro. A peça de decote aberto era usada com saias godês no
comprimento dos joelhos. (SMITH, 2004)
No inicio do século XlX, surge no Brasil a marca Dudalina de camisas
femininas e masculinas, que manteve-se no mercado até a atualidade.
No século XX o vestuário ganhou maior poder representativo, pois após a
segunda guerra a mundaça do posicionamento social da mulher implicou em uma
nova maneira de vestir. Logo surgiram novos modelos de camisa como a colegial e a
camisa Bettina.
Em 1998 os estilistas Marc Jacobs, Narciso e Rodriguez, criaram uma coleção
de camisas brancas inspiradas nos modelos de 1973, que obteve repercursão e
implicou na popularização da peça. (SMITH, 2004)
FONTE: ADELINA FUNDADORA.. Disponível em: http://dudalina.com.br/sa/empresa/
29
4.2 ANÁLISE SINCRÔNICA
Segundo Bonsiepe (1984, p.38), análise sincrônica “ é aquela que reconhece
o universo do produto analisado para “evitar reinvenções”, onde uma comparação
crítica é realizada, com fundamento em critérios comuns”.
FONTE: Trabalho acadêmico,2008 Universidade Tuiuti do Paraná, Giselly
Sistema de confecção de camisas
brancas: inspiração no estilo Rococó.
Fabricante: Giselly Henning
Material: 50% tricoline e 50% algodão
Preço: R$ 63,90
FONTE:http://maxmasterconfeccoes.com.br/index.php?route=product/product&product_id=60
Colete Nylon unissex Fabricante: Max Master
Material: enchimento 100% poliamida
e forro 100% poliéster
Preço: R$ 170,00
FONTE:COLETE..,Disponível em:< http://maxmasterconfeccoes.com.br/index.php?rout
e=product/product&product_id=60
Camisa Dudalina Fabricante: Dudalina
Material: 100% Algodão Egípcio
Preço: R$ 249,90
QUADRO 6 - ANÁLISE SINCRÔNICA FONTE: Próprio autor
30
FONTE: CAMISA JEANS..,Disponível em:< http://www.shop2gether.com.br/catalog/product/vie
w/id/414907?&gclid=Cj0KEQjw6O-9BRDjhYXH2bOb8Z4BEiQAWRduk_vZ9AL9IKUzL0v9tlervgl9ZtUkUOMMLtm7lwZElTMaAqwN8P8HA
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Camisa jeans bordada - Pat Bo Fabricante: Patricia Bonaldi
Material: 100% Algodão
Preço: R$ 1.090,32
FONTE: CAMISA CASUAL.., Disponível em:< http://busca.americanas.com.br/busca.php?q=cami
sa+com+ponteira>
Camisa com ponteira
Fabricante: Guaraná Brasil
Material: 100% poliéster
Preço: R$ 109,90
QUADRO 7 - ANÁLISE SINCRÔNICA FONTE: Próprio autor
Esta análise busca referências de produtos similares aos desenvolvidos neste
projeto, quanto ao uso de materiais, funcionalidade e parâmetros estéticos. Compõem
o levantamento de dados relacionados a produtos como camisas inspiradas no
Rococó, as quais contêm punhos e colarinhos alteráveis fixados por botões. Também,
o colete da marca Max Master, que possui mangas longas e capuz removíveis com
uso de zíperes. Os demais produtos compõem a variedade de modelos básicos
existentes, nos quais, as mudanças ocorrem no uso do tecido e nos detalhes
aplicados.
A partir das informações coletadas nota-se a falta de camisas femininas que
possibilitem o ajuste ao corpo conforme necessidades físico-corporais e estéticas. Isto
comprova-se por meio da análise paramétrica que de acordo com Pazmino (2015,
p.64), é uma ferramenta utilizada para comparar os produtos em desenvolvimento
com produtos existentes ou concorrentes permitindo avaliar aspectos quantitativos e
31
qualitativos. Logo, os parâmetros avaliados nos produtos encontrados não condizem
em essência aos produtos desenvolvidos neste projeto.
Mesmo com a constante evolução tecnológica e com o aumento do enfoque
na funcionalidade dos produtos de moda, ainda existem campos a serem explorados
e produtos a serem criados em prol da melhoria da qualidade de vida dos usuários.
4.3 ANÁLISE SEMIÓTICA
Niemeyer (2003, p.14), afirma que a semiótica é um processo no qual se dá a
construção de um sistema de significação. Nela encontram-se os signos que:
Se organizam em códigos, constituindo sistemas de linguagem. Estes sistemas constituem a base de toda e qualquer forma de comunicação. A principal utilidade da semiótica é possibilitar a descrição e a análise da dimensão representativa (estruturação sígnica) de objetos, processos ou fenômenos em várias áreas do conhecimento humano. (NIEMEYER, 2003, p.19)
Através do estudo semiótico, os signos presentes no projeto são interpretados
pela tríade peirciana descrita na obra de Santaella (1995 p.43), a qual, divide as fases
de interpretação em: primeiridade, a qual representa a primeira sensação ou
percepção de algo que atinge nosso consciente; secundidade, onde se compreende
este algo; e terceiridade onde se explica e associa os signos daquilo que penetrou a
consciência.
As imagens a seguir apresentam os signos e suas devidas interpretações
conforme o estado da consciência em que estão ao serem percebidos.
FIGURA 11 - PEÇA DO DESFILE COLEÇÃO PARIS FONTE: PRIMAVERA..., 2011. Disponível em:
<http://www.vogue.es/desfiles/primavera-verano-2011-paris-viktor-rolf-1/5597/galeria/pasarela-4145/10838>
32
O vestido da figura 11 contém características marcantes que na percepção
inserem-se na primeiridade, como o contraste da cor vibrante (azul) às neutras
(branco, cinza e preto) e da parte estruturada com a parte fluida.
A união destas características somadas a multiplicidade de golas e punhos
brancos que se destacam, criam um aspecto que transmite inconstância e surrealismo
juntamente com as volumetrias das partes superiores que transmitem grandeza e
força, o que, somado a delicadeza dos tecidos e do restante da modelagem,
demonstra a independência da mulher, concretizando a secundidade da interpretação.
A extravagância na quantidade de punhos e colarinhos representa o luxo, a
riqueza e a classe que compõem a terceiridade descritível da interpretação dos signos
que a peça contém.
O sobretudo da figura 12 contém modelagem de camisa, e elementos sutis de
contraste perceptíveis na primeiridade, pois, as cores escolhidas, somadas a
modelagem possuem a função principal de transmitir poder aquisitivo, riqueza e
status, logo, o contraste se dá entre o branco chapado e o perolado brilhante, também
na diferença de textura entre os tecidos, sendo um listrado e outro liso com aspecto
denso. Estas características são percebidas no segundo nível de interpretação, ou
seja, na secundidade.
FIGURA 12 - PEÇA DESFILE COLEÇÃO PARIS FONTE: PRIMAVERA... Disponível em:
<http://www.vogue.es/desfiles/primavera-verano-2011-paris-viktor-rolf-1/5597/galeria/pasarela-4145/10838>
33
A inconformidade do tamanho da peça ao corpo e as formas indefinidas de
cada camada enaltecem a inspiração surreal da peça, tornando-a conceitual, o que é
possível interpretar e descrever como terceiridade.
4.4 PÚBLICO ALVO
Para se obter os dados referentes ao público-alvo, foram elaboradas 25
perguntas de opinião por meio virtual, com uso da ferramenta Google Docs. Assim
obtiveram-se resultados que caracterizam o público possibilitando sua representação
em um painel semântico definido por Pires e Sanches (2014, apud. Baxter 1998 p.298)
como o que:
“...representa a emoção que o produto transmite ao primeiro olhar (...), porém ele traz a essência de estilo, não se referindo ás características específicas do produto, mas ao seu simbolismo.
Os dados coletados são estruturados a partir da resposta de 499 mulheres.
Estas são residentes em Curitiba e delimitam-se na faixa etária de 20 a 30 anos.
Possuem altura variante entre 1,60m a 1,65m e o peso entre 50 kg a 65 kg. Em grande
maioria solteiras, moram cos os pais e estão cursando a graduação. Costumam
frequentar lugares como: parques, shoppings e cinemas; tendo preferência por filmes
de comédia.
Com relação as atividades físicas a maioria não pratica e só as vezes cuidam
da saúde alimentar, portanto os percentuais de 24,8% fazem aulas de danças e
musculação. Em relação ao gênero musical maior parte gosta de sertanejo e MPB.
O produto deste projeto é destinado a mulheres que declaram encontrar
problema na aquisição de camisas com manga longas, com relação ao tamanho do
braço, por não se enquadrarem nas medidas definidas pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).
As cores, branco, azul, preto, vermelho, cinza e rosa, são destacadas como
preferidas de seus looks. Ao comprarem camisas buscam por tecidos de algodão,
linho e jeans com aplicações de rendas, pedrarias e spikes.6 São mulheres que
priorizam o acabamento interno de suas roupas, por sentirem-se incomodadas com
etiquetas de composição e costura de overloque.
6 Spikes: aviamento revestido de metal em forma de pontiaguda.
34
4.4.1 Painel de Público alvo
4.5 FUNÇÕES DO PRODUTO
Segundo Lobach (2011, p. 54), a função do produto está relacionada aos
aspectos essenciais que o usuário tem com o objeto, ou seja, tornam perceptíveis o
processo do uso e possibilitam a satisfação das necessidades e desejos.
As funções podem ser divididas em três. Conforme Lobach (2011), a prática
consiste no funcionamento mecânico do produto, a estética, equivale aos aspectos
visuais de forma, cor e textura e a simbólica agrega os valores psicológicos de
representação para o usuário.
QUADRO 8 - PAINEL DE PÚBLICO-ALVO FONTE: Próprio autor.
35
4.5.1 Função Prática
Está relacionada a usabilidade e funcionalidade com o produto. Pires (2014)
relata a:
(...) compatibilidade com o usuário, clareza no manuseio, mínima possibilidade de erro, controle do usuário estão relacionados às tarefas de vestir e desvestir, que implicam, entre tantas outras atividades abrir, fechar, ajustar os componentes, os aviamentos e as peças que compõem o produto de moda. Com esses princípios, aliados as propriedades e os índices ergonômicos, já vistos, o usuário teria atendidas suas necessidades individuais e o produto da moda responderia à adequação e qualidade requeridas pelos consumidores. (MARTINS apud PIRES, 2013 p.326).
Nas camisas projetadas a função prática consiste na disposição da
multiplicidade de punhos e colarinhos, possibilitando a usuária o ajuste dos mesmos
ao comprimento do braço na troca por partes maiores ou menores.
Também, na aplicação da técnica de acordeon, o ajuste ocorre na regulagem
do fechamento dos foles7, permitindo através da estruturação a estabilização do
comprimento da manga.
O uso de zíperes invisíveis destacáveis, facilita a troca das partes da peça,
agilizando o processo de remontagem e troca do look.
4.5.2 Função Estética
Lobach (2011, p.60), afirma que a função estética dos produtos é um aspecto
psicológico da percepção sensorial durante o uso.
Nas peças elaboradas a aplicação das cores busca enaltecer a feminilidade a
partir do contraste de tons suaves e sóbrios.
Algumas camisas são revestidas por tecido fio 80, com textura leve e macia
que proporciona as usuárias um aspecto sensível ao tato.
O uso do pesponto e detalhes com aviamentos proporciona a peça
sofisticação e modernidade, unificando-se a preferência e ao estilo de vida do público-
alvo.
7 Foles: partes que compõem a sanfona do collar acordeon.
36
4.5.3 Função Simbólica
Segundo Löbach (2001), “o objeto tem função simbólica quando a
espiritualidade do homem é estimulada pela percepção deste objeto, ao estabelecer
ligações com suas experiências e sensações anteriores”
As cores utilizadas no aspecto estético das peças da coleção remetem a
intenção de incorporar feminilidade as mesmas, tornando o visual sóbrio a partir das
cores predefinas por preferência do público, onde tons neutros: preto, branco e cinza;
compõem uma base acromática para as peças comerciais. Também, para transmitir
delicadeza as cores: rosa e azul, juntamente com o cinza em contraste de claridade
compõem as peças fashions e vanguardas.
A modelagem utilizada usa formas evidentes e destacadas para auxiliar na
demonstração do conceito, sendo as mesmas transfiguradas em detalhes que
remetem sofisticação e elegancia.
A forma do collar acordeon, representa de uma forma conceitual a ideia
principal da problematica com relação ao ajuste da peça ao corpo, tornando evidente
o problema e a forma tecnica de corte e costura aplicadas para sua solução,
evidenciando o que a peça representa a suas usuárias.
No contexto geral da coleção, ela representa satisfação no vestir, dentro dos
padrões estéticos femininos, pois vestir-se bem aumenta a segurança da mulher ao
mostrar-se para os demais indivíduos da sociedade.
4.6 ANÁLISE MORFOLÓGICA
Segundo Lorgus (1907, p.58 apud Bonsiepe 1984, p.38), análise morfológica
é realizada para apreender a concepção formal de um produto, partindo de seus
elementos geométricos e informações sobre acabamento cromático e tratamento de
superfície.
Na coleção de camisas desenvolvida neste projeto há predominância de
contraste em sua constituição cromática e formal, sendo assim, cores claras são
mescladas com tons escuros em peças que possibilitam mudanças de partes,
implicando na mudança das combinações, criando novas e diversas composições.
As cores que compõem a coleção são: preto, branco e cinza, sendo os niveis
37
máximos de contraste e também o ponto neutro das peças. O rosa e o azul são
utilizados na constituição do conceito das peças, contrastando suas matizes vibrantes
com as acromáticas.
Quanto a forma das peças da coleção, o molde básico das camisas é
antropomorfo, ou seja, adere as formas do corpo feminino. Também, existem partes
geométricas, que constituem as finalizações de encontros das linhas de contorno das
partes, sendo algumas curvilíneas e outras retas em ângulo de 90º.
Os aviamentos aplicados possuem formas gemométricas, sendo as
abotoaduras quadradas e os botões de fechamento da camisa e dos punhos em forma
de circunferência. Os punhos abertos formam retângulos e os colarinhos, possuem
base em forma de trapézio.
A textura dos materiais varia do liso nos tecidos ao plástico e metálico dos
aviamentos.
4.7 ANÁLISE ESTRUTURAL
De acordo Pazmino (2015, p.141), análise estrutural é uma ferramenta que
serve para reconhecer e compreender tipo e números de componentes, subsistemas,
princípios de montagem e tipos de conexões de um produto. A análise das peças da
coleção está contida nos quadros a seguir:
ANÁLISE ESTRUTURAL
Nº COMPONENTES QUANTIDADE MATERIAL
1 Camisa 1 Tricoline maquinetado
4
3
5
8
2
1 6
9 10
7
38
2 Botão 7 Metal
3 Botão de pressão 3 Metal
4 Colarinho 1 Tecido tricoline
5 Punho 2 Tricoline preto e branco
6 Recorte princesa 4 Tecido tricoline
7 Detalhe punho e colarinho
4 Tecido tricoline cor preto
8 Ziper 3 Metal
9 Acabamento interno Costura francesa
8 Linha de costura
10 Etiqueta de conservação 1 Sublimação
QUADRO 9 - QUADRO ANÁLISE ESTRUTURAL FONTE: Próprio autor.
QUADRO ANÁLISE ESTRUTURAL
Nº COMPONENTES QUANTIDADE MATERIAL
1 Camisa 1 Tricoline
2 Vista camisa 2 Tricoline duplo
3 Detalhe acordeon manga 2 Tricoline
4 Punho 2 Tricoline e musseline
5 Botão 10 metal
6 Ziper 3 Poliéster e metal
7 Colarinho 1 Tricoline
8 Acabamento interno costura francesa
8 Linha de costura
9 Eiqueta de conservação 1 Sublimação
QUADRO 10 - QUADRO ANÁLISE ESTRUTURAL FONTE: Próprio autor
3
7
5
1 2
8
9 6
4
39
QUADRO ANÁLISE ESTRUTURAL
Nº COMPONENTES QUANTIDADE MATERIAL
1 Camisa mulet 1 Musseline
2 Colarinho 1 Musseline e tricoline
3 Manga vazada 2 Musseline
4 Punho 2 Musseline e tricoline
5 Parte das costas 1 Musseline
6 Acabamento interno costura francesa
4 Linha de costura
7 Etiqueta de conservação 1 Sublimação
8 Ziper 3 Poliéster e metal
QUADRO 11 - QUADRO ANÁLISE ESTRUTURAL FONTE: Próprio autor
Os quadros 9, 10 e 11 demonstram as peças confeccionadas que são
estruturadas com zíperes na parte do punho e do colarinho, que proporcionam maior
usabilidade e rapidez ao vestir e desvestir; possuem costura francesa e a etiqueta de
conservação sublimada proporcionando conforto no acabamento interno.
A técnica do acordeon utilizada na camisa conceitual do quadro 9, permite o
ajuste das mangas ao comprimento do braço de forma não convencional, assim como
o vasado nas costas. O recorte princesa na parte frontal (quadro 8) ajusta-se ao corpo
afim de não abrir os botões na linha do busto. Os demais componentes de cada peça,
são aplicados como detalhes para conceituação e complemento estético das peças.
4
3
5
2
1 6
7
8
40
Os quadros contêm junto aos croquis, os conjuntos de partes que se aplicam
especificamente a cada peça.
4.8 MIX DO PRODUTO
Segundo Treptow (2013, p. 95), mix de produto “Refere-se à variedade de
produtos oferecidos por uma empresa. Pode ser avaliado mediante a sua abrangência
(números de linhas de produtos oferecidas), sua extensão (número de produtos em
cada linha) e sua profundindade (número de versões de cada produto)”.
O quadro 10 apresenta uma coleção de camisas com o percentual de 32%
em grupos de camisas no modelo básico, 30% em modelos fashion e 38% em peças
vanguarda.
QUADRO MIX DE PRODUTO
MIX DE MODA BÁSICO FASHION VANGUARDA TOTAL
Camisa básica 11 9 12 32
Camisa mulet 2 2 5 9
Camisão 3 4 2 9
Total 16 15 19 50
Distribuição percentual 32% 30% 38% 100%
QUADRO 12 - TABELA MIX DE PRODUTO FONTE: Próprio autor
4.9 MÉTODO SKU
No método SKU é analisado o estoque do comércio, ou seja, nele é
representado a menor unidade de estocagem do produto sendo representado por
variedade de modelo, cor e tamanho. (TREPTOW, 2013, p.98)
O quadro 13 apresenta um estoque mínimo de 600 SKUs, ou seja, 50 modelos
de camisas, multiplicado por quatro cores por modelo, multiplicado por três tamanhos
por cor.
QUADRO SKU
MIX DE PRODUTOS VARIEDADES
DE MODELOS
CORES TAMANHOS SKU
Camisa básica com abotoadura 7 3 6 126
41
Camisa básica com botão 11 2 6 132
Camisa básica com spikes 4 1 6 24
Camisa básica com ponteira 5 2 6 60
Camisa mulet com abotoadura 1 3 6 18
Camisa mulet com aplicação (bordado, pedraria)
2 4 6 48
Camisa mulet com botão 3 2 6 36
Camisa mulet com spikes 2 2 6 24
Camisa mulet com ponteira 1 3 6 18
Camisão com gola alta 1 1 6 6
Camisão com botão 5 2 6 60
Camisão com abotoadura 2 3 6 36
Camisão com ponteira 1 4 6 24
TOTAL 50 - - 612
QUADRO 13 - QUADRO SKU FONTE: Próprio autor.
4.10 INSPIRAÇÃO
A inspiração engloba os elementos que representam e associam-se aos
materias e combinações desejadas para demonstrar os aspectos dos projetos
desenvolvidos pelos estudantes de moda. (JONES, 2002)
O projeto tem como inspiração o foco criativo dos estilistas Viktor e Rolf,
buscando extrair a essência de suas criações para configurar em uma forma de
representação estética e aplicar nas peças da coleção.
Ao analisar o contexto em que seus projetos se inserem, nota-se a
permanência do surrealismo8, pois o conceitual ganha força, tanto no uso das cores
quanto na modelagem aplicada. Assim, as camisas desenvolvidas adquire influência
das formas surreais e do uso das cores, de maneira a transformar o comum em peças
elaboradas e contextualizadas no movimento artístico, somado a variedade das
medidas do corpo feminino.
8 Surrealismos: movimento artístico que se utilizam de elementos que fogem da realidade
42
4.10.1 Painel de inspiração
4.11 CONCEITO
Pires apud Sanches (2013 p. 292) afirma que o conceito é traduzido em
referências de linguagem visual, captadas a partir daquilo que o estilismo
normalmente denomina como tema, o qual servirá como fio condutor de integração e
harmonia do conjunto de produtos que são lançados simultaneamente. São
elaborados por painéis de imagens que expressam referenciais estéticos-formais.
4.11.1 Conceito Técnico
Camisas que se adaptem ao corpo da mulher, propiciando a elas prazer e
conforto no vestir, não só no ajuste dos punhos, mas também na possibilidade de
criação na composição cromática da peça, diversificando as combinações e o estilo,
emergindo das possibilidades um contexto surreal.
QUADRO 14 - PAINEL DE INSPIRAÇÃO FONTE: Próprio autor
43
4.11.2 Conceito Poético
Mais que uma camisa, uma parte da mulher
Versátil como ela, mas de modo surreal
Veste sem incomodo, desveste com conforto
Varia suas formas, suas cores, suas normas
Completa suas inópias, permite-a criar
Conceito no design, varia ao combinar
Técnica na confecção, modelagem acordeon
Não veste apenas a mulher, mas sim o que ela é.
4.12 AMBIÊNCIA
Segundo Faerm (2012, p.78), painel de ambiência apresenta uma descrição
do desenvolvimento da coleção expressada por meio de edições de imagens. Nele
exibe a pesquisa de materiais e tecidos apresentada no projeto.
QUADRO 15 - PAINEL DE AMBIÊNCIA FONTE: Próprio autor.
44
4.12.1 Texto de ambiência
Os elementos que compõem a ambiência do projeto representam o objetivo
do trabalho, pois, a camisa conceitual desfilada pela modelo, juntamente com os
braços vestindo punhos fazem alusão a problemática de que são necessários vários
punhos para vários braços, logo, camisas que possibilitam este ajuste resultam do
conceito demonstrado.
O método cromático aplicado na composição imagética do painel, é referente
as cores predominantes da coleção, que contém aspecto neutro e contraste máximo
entre o P&B e os tons azul e rosa.
O conjunto de elementos e cores aplicados na representação visual do
conceito, gera um aspecto surrealista, o qual é a base de inspiração do projeto.
4.13 MATERIAIS E MÉTODOS UTILIZADOS NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
O projeto tem como objetivo criar uma coleção de camisas femininas para
atender o público alvo, o qual tem dificuldade de encontrar mangas longas ajustáveis
ao comprimento do braço.
A seguir, são apresentados os testes para avaliação da viabilidade de
confecção as peças, desde a modelagem até o fechamento das peças.
4.13.1 Modelagem
O teste de modelagem realizado no papel craft tem por finalidade desenvolver
recortes na parte da frente e costas para o melhor caimento da peça e ajuste ao corpo
da usuária.
A imagem 13 representa o molde frente e costas da camisa também o recorte
princesa junto com as pences frente e costas para melhor saliência no corpo.
O transporte de pence (fig.14), na linha do busto serve para criar formas e
volume no corpo evitando que os botões se repuxem ou se abram.
45
4.13.2 Costura francesa
Esta costura tem por finalidade a definição da melhor junção entre os tecidos,
visando proporcionar o acabamento interno da camisa. A fig. 15 representa a junção
com alfinetes do recorte princesa com a parte da frente, em seguida na fig.16 é
realizado o corte do excesso de tecido, a fim de evitar acúmulos grosseiros no
processo de pespontar9 fig.17.
9 Pespontar: acabamento externo da costura com pontos mais largos, feitos à mão ou à máquina, com
linha da mesma cor do tecido.
Recorte Princesa
Transporte de pence
FIGURA 14 - PENCE TRANSPORTADA FONTE: Próprio autor
FIGURA 13 - MOLDE FRENTE E COSTA FONTE: Próprio autor
FIGURA 17 - PESPONTO FONTE: Próprio autor
FIGURA 16 - RECORTE EXCESSO DO TECIDO
FONTE: Próprio autor
FIGURA 15 - JUNÇÃO DOS TECIDOS COM
ALFINETE FONTE: Próprio autor
46
4 RESULTADOS
Este capítulo aborda os resultados obtidos no desenvolvimento do projeto,
bem como as alternativas selecionadas e os critérios utilizados para escolha das
mesmas. Também os requisitos para os novos produtos e a análise ergonômica que
define a usabilidade das peças.
Os demais itens de composição da coleção, como cartelas de materiais,
aviamentos e cores são dispostos na sequência.
5.1 CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS
Conforme dados representados no apêndice C, as peças da coleção
selecionadas para confecção (17, 22, 24, 29 e 50) identificam-se devido aos seguintes
critérios: usabilidade, estrutura, movimento, forma, punhos, colarinhos, acabamentos,
pesponto, sublimação, botões, vista invisível, contraste de cores e modelagens.
5.1.1 Requisitos para o novo produto
Os novos produtos devem conter a demonstração da inspiração sendo a
essência das criações de Viktor e Rolf, adequação ao contexto semiótico, padrões e
harmonias no enquadramento da proposta, usabilidade, funcionalidade prática,
estética e simbólica.
Com relação a representação da camisa, as peças selecionadas evidenciam
a harmonia na troca dos punhos e colarinhos. Com o intuito de ajustar a peça ao corpo
da usuária atráves de recortes, evitando que botões se abram.
Todas as camisas se adequam à proposta pois compõem uma identidade
feminina com finalidade de ajustar a mangas em relação ao comprimento do braço
estabelecendo um padrão de coleção.
5.2 SELEÇÃO DE ALTERNATIVA
Conforme Pazmino (2015, p.224) a seleção de alternativa deve estar relaci-
onada a aspectos quantitativos e qualitativos, e devem ser adaptados a cada novo
produto.
O quadro 17 contém a ilustração de uma das peças comerciais (básica) da
47
coleção, confeccionada em musseline maquinetado branco, juntamente com o par de
punhos e o colarinho para troca.
O quadro 18 demonstra ilustrativamente uma das camisas comerciais (básica)
da coleção, confeccionada em jeans azul, também, as opções de troca de punhos e
de colarinho para harmonização da peça.
O quadro 19 contém uma das peças conceituais (vanguarda) da coleção,
desenvolvida para exposição do conceito e show de passarela. Esta, confeccionada
em tricoline preto, possui vasado nas costas abaixo da pala e, ponteiras douradas em
seus punhos originais. Também com as opções de punhos e colarinho para
substituição.
O quadro 20 ilustra uma peça conceitual usual da coleção (fashion),
confeccionada em musseline. As opções de troca para punhos e colarinho estão
dispostas juntamente no quadro.
O quadro 21 representa uma das camisas conceitual usual (fashion) da
coleção, confeccionada em musseline na cor cinza, com punhos e colarinho
alternáveis dispostos conjuntamente.
A calça no modelo flare10 utilizada para composição do look juntamente com
as camisas está disposta nas cores cinza e preto. O modelo escolhido ajuda a
conceituar a imagem da marca, o estilo e perfil do público alvo, além de harmonizar
com as camisas, equilibrando os looks.
QUADRO 16 - CROQUIS SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS FONTE: Próprio autor
10 Flare: na tradução para o português significa alargamento, definição que caracteriza a modelagem
da calça que em recorte evasê fica com sua barra com diâmetro maior em relação ao diâmetro de seu
comprimento.
53
5.3 ANÁLISE ERGONÔMICA DA COLEÇÃO
Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho e
particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia
na solução dos problemas surgidos desse relacionamento. (IIDA, 2005)
Na moda, estes estudos aplicam-se no vestuário, assim, a coleção
desenvolvida busca atender parâmetros que satisfaçam o usuário ao utilizar as peças,
logo, o projeto relaciona-se com a ergonomia frente a necessidade de garantir conforto
e segurança ao público consumidor, evitando problemas de saúde e contentamento.
Os tecidos selecionados para compor a coleção (tricoline maquinetado11,
tricoline 100% algodão, jeans leve e musseline 100% políester que possui toque de
seda) são leves, ou seja, possuem baixa gramatura na fibra de sua composição, o que
proporciona ao produto leveza e boa refrigeração, não gerando acúmulo do calor
porduzido pelo corpo. Também não causa alergias, pois é suave e não gera excesso
de peeling12 nos processos de uso, lavagem e secagem. Com relação a odores, o fato
da fibra de algodão ser de origem celulósica, proporciona ao tecido alta hidrofilidade,
ou seja, grande capacidade de absorção de substâncias líquidas, assim, o acúmulo
do suor pode fixar o odor com facilidade. Para isso é recomendável lavagem após
uso, em vista a evitar também a proliferação de fungos.
Os aviamentos aplicados são de pequeno porte e de fácil domínio, sendo os
botões e os zíperes de manejo fino e geomético, ou seja, exigem apenas as pontas
dos dedos e no máximo o movimento de tenaz com o polegar e o indicador para
desempenhar a função a que servem. Por outro lado, o manejo das peças e de suas
partes pode ser considerado grosseiro, pois é necessário o uso total das mãos para
segurar as camisas. No ato de vestir e desvestir, o manejo torna-se fino não sendo
necessário o uso da palma da mão para lidar com as peças.
No geral, tanto nas peças quanto nos aviamentos que elas possuem, a pega
é geométrica, pois não acompanha o desenho da mão humana.
Quanto a usabilidade da coleção, as peças não fogem ao padrão comum de
uso, sendo fáceis de vestir e desvestir. A troca de partes é de fácil realização devido
11 Maquinetado: textura realizada na modificação da trama do tecido, onde o sentido transversal do fio
cria listras em espaços planejados e contínuos. 12 Peeling: formação de bolinhas durante o processo de lavagem e uso.
54
aos zíperes invisíveis destacáveis.
5.3.1 Tabelas de medidas
Devido a inexistência da padronagem de medidas femininas no mercado junto
aos relatos do público alvo quanto a dificuldade de encontrar camisas com mangas
longas ajustavéis ao comprimento do braço, foi desenvolvida uma tabela de medidas
contendo os componentes das peças.
A tabela piloto a seguir contém dados coletados correlatos as medidas de 100
mulheres (apêndice J), mensurados entre as dimensões mais relevantes: altura,
busto, comprimento braço, medida do antebraço e largura punho.
TABELA 1 - TABELA DE MEDIDAS EM CM
FONTE: Próprio autor.
A partir do levantamento de dados que resultou na tabela anterior, foi possível
identificar que as medidas do corpo feminino não acompanham a altura, conforme
estabelecido na maioria das tabelas utilizadas pela indústria. Logo, comprova-se na
comparação entre a tabela estabelecida e a tabela convencional a seguir que uma
mulher com medidas M, pode possuir comprimento de braço estabelecido para GG.
CAMISA FEMININA MÉTODO ELITE p.154 36 PP 38 40 P 42 44 M 46 48 G 50 52 GG
Quadril 94 98 102 106 110 114 118 122 126
Busto 86 90 94 98 102 196 110 114 118
Comp.Total 58 59 60 61 62 63 64 65 66
Comp. Blusa 40 41 42 43 44 45 46 47 48
Costas 36 37 38 39 40 41 42 43 44
Cintura 70 74 78 82 86 90 94 98 102
TABELA DE MEDIDAS CAMISA FEMININA
PP P M G GG
Altura 142 150 164 174 176
Busto 78 80,5 96 116 121
Comprimento braço 53 58 64 69 71
Medida antebraço 23 25 28 31 32
Largura punho 14 16 18 20,5 21,5
55
Manga (comprida) 56 57 58 59 60 61 62 63 64
Punho (contorno) 22 23 24 35 26 27 28 29 30
Manga (curta) 20 21 22 23 24 25 26 27 28
Punho (contorno) 30 31 32 33 34 35 36 37 38
Pence (altura) 23 24 25 26 27 28 29 30 31
Colarinho 36 37 38 39 40 41 42 43 44
TABELA 2 - MEDIDAS CAMISA FEMININA MÉTODO ELITE FONTE: ALVAREZ p.159
5.3.2 Etiqueta
A etiqueta de conservação da marca é dimensionada em forma retangular 7x4
cm. Contêm a logo da marca acompanhada pelo CNPJ da empresa. Também, a
composição do tecido, o tamanho da peça e a forma de tratamento e cuidados para
sua conservação, seguidos pelo país de origem de produção da roupa. Esta, é
aplicada na peça através da técnica de sublimação.
A etiqueta de tamanho é dimensionada em forma retangular 6x1 cm e
costurada na peça na abaixo do pé de gola. Esta, contém o tamanho da peça e a logo
da marca.
5.3.3 Tag
A tag da marca é formada pela sobreposição de uma circunferência à um
retângulo, sendo a dimensão total de 5x10 cm e o raio do círculo 1,90 cm. Sua
QUADRO 22 - ETIQUETA DE CONSERVAÇÃO FONTE: Próprio autor
56
cromatização está associada a identidade visual da marca, que é caracterizada pela
combinação do preto com rosa. A logomarca é gravada na parte frontal e no verso há
um parágrafo descritivo sobre os padrões de qualidade do produto. Esta é fixada por
meio de correntes de fecho canoa.
5.4 CARTELAS
A partir da pesquisa de tema, juntamente com a inspiração e análise do
público alvo as cartelas apresentadas neste subcapítulo apresentam as cores,
materiais, aviamentos e tecidos ultilizados neste projeto.
5.4.1 Cartela de Cores
Esta cartela contém a matiz das cores utilizadas nos produtos, que definem o
contexto cromático da coleção.
QUADRO DE CORES
QUADRO 24 - CARTELA DE CORES FONTE: Próprio autor
QUADRO 23 - TAG FONTE: Próprio autor
57
5.4.2 Cartela de Materiais e Aviamentos
Esta cartela relaciona todos os materiais e técnicas para a elaboração do
produto.
QUADRO DE MATERIAIS E AVIAMENTOS
QUADRO 25 - CARTELA DE MATERIAIS E AVIAMENTOS FONTE: Próprio autor
5.4.3 Cartela de Tecidos
A cartela de tecidos no quadro 26 demonstra os materiais ultilizados neste
projeto13.
QUADRO DE TECIDOS
QUADRO 26 - CARTELA DE TECIDOS FONTE: Próprio autor
13 Projeto: descrição escrita e detalhada de um empreendimento a ser realizado; plano, delineamento
e esquema.
58
5.5 PLANO DE NEGÓCIOS
A Deborah Borges é uma marca criada para o público feminino, que busca
solucionar os problemas de satisfação das mulheres ao vestir, na criação de roupas
multifuncionais, utilizando técnicas de modelagem e confecção, design e tecnologia.
Visa ser referência no mercado e obter domínio do segmento por meio de
investimentos em qualificação profissional e tecnologia, aumentando a qualidade nos
serviços prestados em prol da satisfação máxima de seus clientes no presente e no
futuro.
Têm como missão, atender as necessidades da mulher moderna no que
tange à moda, estilo e identidade pessoal, transparecendo sua essência em união a
beleza, conforto e bem-estar. Os valores da marca iniciam com respeito sempre,
criatividade além da razão e razão além da emoção.
As embalagens (fig.18) são simples e sofisticadas, onde os produtos são
dispostos invólucros em papéis de seda dentro de caixas. Juntamente à peça, são
postos pacotes de organza cristal como embalagem para transporte dos punhos e
colarinhos de troca.
A marca busca atuar no mercado de varejo, com lojas físicas, produção e
distribuição em Curitiba/PR. O layout da loja é esquematizado na figura a seguir:
FIGURA 18 - EMBALAGENS DB FONTE: Próprio autor
59
O espaço conta com depósito e área de cadastro de mercadorias ao fundo
da loja, provador próximo ao caixa e disposição de peças nas laterais em araras,
mesas e stands. No centro ficam manequins com peças atualizadas conforme as
novas coleções e na entrada, ficam duas vitrines fechadas que compõem a fachada
da loja. O visual merchandising é realizado sob o conceito das coleções a somar com
as características da marca e arquitetura do espaço.
FIGURA 19 - LAYOUT LOJA FÍSICA FONTE: Próprio autor
60
5.6 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA
QUADRO 27 - PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA CAMISA VANGUARDA FONTE: Próprio autor
QUADRO 28 - PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA CAMISA VANGUARDA OPÇÃO DE TROCA
FONTE: Próprio autor
61
QUADRO 30 - PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA CAMISA SLIM BÁSICA FONTE: Próprio autor
QUADRO 29 - PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA CAMISA MULLET FONTE: Próprio autor
62
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No desenvolvimento de uma coleção é notório a importância de cada fase e
principalmente a comunicação entre elas, pois se alguma ficar descontextualizada, o
processo de desenvolvimento é prejudicado, implicando em erros no produto final.
Quando o planejamento é realizado corretamente, ao tratar-se da elaboração
de produtos de moda, torna-se possível suprir as necessidades do público e
solucionar a problemática do projeto.
No caso desta coleção foi necessário a busca por técnicas que auxiliassem
na questão principal, que propunha adequar o tamanho das partes das camisas ao
corpo da usuária sem perder a harmonia das peças quanto a combinação das cores
e da modelagem. Logo foi possível solucionar de duas formas diferentes, aplicando o
collar acordeon nas camisas conceituais e possibilitando a troca dos componentes
das peças fashions e comerciais. O resultado foi uma coleção de camisas com
produtos variados.
O conhecimento e domínio dos processos de projeção, criação e confecção é
em suma, um dos aspectos mais importantes na realização de um projeto, pois assim
é possível identificar com facilidade os erros e os caminhos corretos a serem seguidos.
63
REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Adelia. Modelagem Industrial: Método elite.3ª ed. - Curitiba, 2014 BARBOSA, Juliana. Alfaiataria e a Educação Tecnológica como Alternativa de Preservação dessa Arte. In: VII Colóquio de Moda – 12 a 14 de setembro de 2010. Anais.... Disponível em:<http://www.coloquiomoda.com.br/anais/anais/7-Coloquio-deModa_2011/GT13/ComunicacaoOral/CO_89655Alfaiataria_e_a_Educacao_Tecnologica_como_Alternativa_de_Preservacao_dessa_Arte_.pdf>. Acesso em: 18 Ago 2016. BOUCHER, François. História do vestuário no Ocidente das origens aos nossos dias. São Paulo: Cosac Naify, 2012 CHANG, Angel. Viktor & Rolf. Disponível em:< http://fashion-history.lovetoknow.com/fashion-clothing-industry/fashion-designers/viktor-rolf>. Acessado em: 22 Ago 2016. CUNHA, Renato. Viktor & Rolf recicla tecidos de temporadas passadas para a sua nova coleção de alta costura. Disponível em:<http://www.stylourbano.com.br/viktor-rolf-recicla-tecidos-de-temporadas-passadas-para-a-sua-nova-colecao-de-alta-costura/>. Acessado em: 22 Ago 2016. ROSA, Lucas da; ZENIN, Susane. Alfaiataria artesanal e sua empregabilidade em coleção de moda. In: 11º Colóquio de Moda – 8ª Edição Internacional 2º Congresso Brasileiro de Iniciação Científica em Design e Moda, 2015. Anais... Disponível em:< http://www.coloquiomoda.com.br/anais/anais/11-Coloquio-de-Moda_2015/POSTER/PO-EIXO6-PROCESSOS-PRODUTIVOS/PO-6ALFAIATARIA-ARTESANAL-E-SUA-EMPREGABILIDADE.pdf>. Acesso em: 18 Ago 2016. FAERM, Steven. Curso de design de moda: Princípios, prática e técnicas. Editorial Gustavo Gili, Sl ,2012 IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. 2º Edição, São Paulo: Blucher, 2005. KNUPP, C. Camila; CAPELASSI, H. Carla. A evolução histórica dos moldes femininos. In: 4º Colóquio de Moda - FEEVALE - 2008. Anais...Disponível em:< http://www.observasc.net.br/moda/index.php/modelagem/787-a-evolucao-historica-dos-moldes-femininos>. Acesso em: 19 Ago 2016. LIMA, Verena; VICENTINI, Claúdia. O prolongamento da vida útil do vestuário de moda como alternativa para a redução de seu impacto socioambiental. 9º Colóquio de Moda – Fortaleza (CE) - 2013. Anais:..., Disponível em:<http://coloquiomgyyoda.com.br/anais/anais/9-Coloquio-de-Moda_2013/COMUNICACAO-ORAL/EIXO-8-SUSTENTABILIDADE_COMUNICACAO-ORAL/O-prolongamento-da-vida-util-do-vestuario-de-moda-como-alternativa-para-a-reducao-de-seu-impacto-socioambiental.pdf>. Acessado em: 23 Ago 2016. LOBACH, Bernd. Design industrial. 1º ed. São Paulo: Edgard Bluscher Ltda, 2001.
64
LORGUS, Alexandra, Luiza. Metodologia de pesquisa aplicada ao design. Blumenau: Edifurb, 2013. MARIANO, V. L, Maria. A contribuição da técnica TR pattern para o ensino da modelagemcomo recurso criativo no design de moda. 9°Colóquio de Moda – Fortaleza (CE) – 2013. Anais..., Disponível em:<http://www.coloquiomoda.com.br/anais/anais/9-Coloquio-de-Moda_2013/ARTIGOS-DE-GT/Artigo-GT-Ensino-Educacao-teoria-e-pratica-em-Moda/A-contribuicao-da-tecnica-TR-pattern-para-o-ensino-da-modelagem-como-recurso-criativo-no-design-de-moda.pdf>. Acessado em: 20 Ago 2016 MARINHO, N. Nathilucy; ROCHA, V. Maria. A Moda- Vestuário Feminina sem Padrões de Medidas. 3º ENPModa, 2013, Belo Horizonte. 3º Encontro Nacional de Pesquisa em Moda. Belo Horizonte: EBA - UFMG, 2013. Anais:..., Disponível em:< http://pt.slideshare.net/nathilucymarinho/a-modavesturio-feminina-sem-padres-de-medidas-60891769>. Acessado em: 20 Ago 2016. MARTINS, Suzana B. Ergonomia e moda: repensando a segunda pele. In: PIRES, Dorotéia B. Design de moda: olhares diversos. 2º Edição. Barueri, SP: Estação da Letras e Cores Editora, 2014. MENDES, Valerie. A moda do século XX. 2º Edição. São Paulo: Martinis Fontes, 2009 MUNDODASMARCAS. VIKTOR & ROLF. Disponível em:< http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2011/03/viktor-rolf.html>. Acessado em: 23 Ago 2016. NEIVA, Tânia. Tipos de Costuras feito á Máquinas. Disponível em:< http://tanianeiva.com.br/2016/07/19/tipos-de-costura-maquina/>. Acesso: 19 Ago 2016. NOVA PADRONIZAÇÃO DE TAMANHO PARA ROUPAS FEMININAS. Sabrae 2015. In... Disponível em:<http://sebraemercados.com.br/wp-content/uploads/2015/01/Moda_Padronizacao_ABNT.pdf>. Acesso em: 19 Ago 2016. PAZMINO, V. Ana. Como se cria: 40 métodos para design de produtos. 1º Edição, São Paulo: Blucher, 2015. SABRÁ, Flávio. Modelagem tecnologia em produção de vestuário. 1º Edição, São Paulo: Estação das Letras e cores, 2009. SALCEDO, Elena. Moda ética para um futuro sustentável. Editorial Gustavo Gili: Barcelona, 2014. SANCHES, Maria. C. F. Projetando moda: diretrizes para a concepção de produtos. In: PIRES, Dorotéia. B. Design de moda: olhares diversos. 2º Edição. Barueri, SP: Estação da Letras e Cores Editora, 2014.
65
SANTOS, S. Cristiane. et al. Desenvolvendo a nova referência de medidas para o vestuário através da tecnologia de escaneamento de Corpos 3d. 13º Congresso Internacional de Ergonomia e usabilidade de interfaces humano - tecnologia: produto, informações, ambiente, construído e transporte. 2010. Anais:..., Disponível em:<http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2014/07/10/6822/DesenvolvendoNovaReferencia.pdf?r=0.94390446105>. Acessado em: 19 Ago 2016. SERRA, B. Juliane. Modelagem padrão para quem não poderia ser padronizado. 8º Colóquio de Moda - Comunicação Oral. 2012. Anais:..., Disponível em:< http://www.coloquiomoda.com.br/anais/8-coloquio-de-moda-gt04_comunicacao-oral.php>. Acessado em: 20 Ago 2016. SMITH, Nancy.M. O Pretinho Básico: a verdadeira história dos 10 favoritos da moda. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2004. TREPTOW, Doris. Inventando moda: planejamento de coleção. 5º Edição, São Paulo: Edição da autora, 2013.
66
APÊNDICE
APÊNDICE A - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA
De acordo com Sanches (2013, p. 292), “ geração de alternativas são
desenhos gerados através de ideias que se materializam por meio de
experimentações concretas. ” Para a elaboração deste projeto foram desenhadas 50
gerações, sendo 6 ilustrações por página composta pelas inspirações.
QUADRO 31 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 1 AO 6 FONTE: Próprio autor
1
4 5
3
6
2
FONTE: Haute Couture
SS15: Viktor & Rolf |
firstview.com
67
FONTE: Viktor &
Rolf: Fashion
Performers
QUADRO 32 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 7 AO 12
FONTE: Próprio autor
8 9
10 12 11
7
68
FONTE: Viktor & Rolf:
Fashion Performers |
Searching For Style
Searching For Style
QUADRO 33 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 13 AO 18 FONTE: Próprio autor
14 15
16 17 18
13
69
QUADRO 34 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 19 AO 24 FONTE: Próprio autor
19 20 21
22 23 24
FONTE:Viktor&R
olf | NGV
70
FONTE: VIKTOR & ROLF FALL 2011
QUADRO 35 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 25 AO 30 FONTE: Próprio autor
26 27
28 29 30
25
71
FONTE: VIKTOR &
ROLF | Vogue Paris
QUADRO 36 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 31 AO 36 FONTE: Próprio autor
35 36
32 33
34
31
72
QUADRO 37 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 37 AO 43 FONTE: Próprio autor
FONTE: Viktor&Rolf
Spring/Summer 2016
haute couture Cubist
inspired collection
38 39 40
41 42 43
37
73
FONTE: Viktor&Rolf
FW15 Haute Couture
QUADRO 38 - GERAÇÃO DE ALTERNATIVA 44 AO 50 FONTE: Próprio autor
45 44 46 47
49 48 50
74
APÊNDICE B - GRÁFICO DE PÚBLICO-ALVO
GRÁFICO 1 - IDADE FONTE: Google Docs
GRÁFICO 2 - ESTADO CIVIL FONTE: Google Docs
GRÁFICO 3 - FILHOS FONTE: Google Docs
75
GRÁFICO 4 - PROFISSÃO FONTE: Google Docs
GRÁFICO 5 - GRAU DE ESCOLARIDADE FONTE: Google Docs
GRÁFICO 6 - RENDA MENSAL FONTE: Google Docs
76
GRÁFICO 7 - ONDE RESIDE FONTE: Google Docs
GRÁFICO 8 - MORADIA QUE RESIDE FONTE: Google Docs
GRÁFICO 9 - GÊNERO MUSICAL FONTE: Google Docs
377
77
GRÁFICO 10 - GÊNEROS CINEMATOGRÁFICOS FONTE: Google Docs
GRÁFICO 11 - LUGARES QUE COSTUMA FREQUENTAR FONTE: Google Docs
GRÁFICO 12 - CUIDA DA SÁUDE ALIMENTAR FONTE: Google Docs
78
GRÁFICO 13 - ALTURA FONTE: Google Docs
GRÁFICO 14 - PESO FONTE: Google Docs
GRÁFICO 15 - EXERCÍCIOS QUE PRATICA FONTE: Google Docs
79
GRÁFICO 16 - CORES QUE GOSTA FONTE: Google Docs
GRÁFICO 17 - ESTILO FONTE: Google Docs
A - Refinado B - Romântico C - Esportivo D - Tradicional
E - sexy F - Criativo G - Dramático
80
OO
GRÁFICO 19 - CAMISAS QUE DEFINE O ESTILO FONTE: Google Docs
GRÁFICO 18 - ENCONTRA MANGA NO COMPRIMENTO DO BRAÇO FONTE: Google Docs
81
A
B
GRÁFICO 21 - TECIDOS DE PREFERÊNCIA FONTE: Google Docs
GRÁFICO 20 - DETALHES QUE INCOMODAM NA PEÇA FONTE: Google Docs
83
GRÁFICO 23 - PUNHOS DE PREFERÊNCIAS FONTE: Google Docs
GRÁFICO 24 - APLICAÇÕES QUE PREFERE FONTE: Google Docs
84
GRÁFICO 25 - COMPARIA UMA CAMISA QUE TROCA COLARINHOS E PUNHOS POR OUTRO MODELOS
FONTE: Google Docs
85
APÊNDICE C - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS
QUADRO 39 - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS FONTE: Próprio autor
QUADRO DE CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS
Aspect
os
Critérios
e Princípios
ATENDE
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Função
Prática
Usabilidade X X X X X X
Grandeza X X X X X X
Estrutura X X X X X X X X X
Conforto X X X X X X
Funçã
o
Estética
Cores X X X X X
Textura X X X X X X X
Movimento X X X X X
Transparência
X X X X X X X X X
Função
Simbólica
Forma X X X X X X X X
Caimento X X X X X X X
Babado X
Renda X
Montagem
Gola X
Abotoadura X X X X X
Bolso X
Punho X X X X X X X X X X X X
Ponteira X
Colarinho X X X X X X X X X X X
Franja X X X X
Spikes
Configuração
Botões X X X X X X X X X X X
Ziper X X X X X X X X X
Costura
Francesa
X X X X X X X X X X X X X
Pesponto X X X X
* OS QUADROS NÃO ASSINALADOS, NÃO ATENDEM AOS CRITÉRIOS
86
QUADRO 40 - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS FONTE: Próprio autor
QUADRO DE CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS
Aspecto
s
Critérios
e Princípios
ATENDE
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Função Prática
Usabilidade
X X X X X X X X X X
Grandeza X X X X X X X X
Estrutura X X X X X X X
Conforto X X X X X X X X X X X X X
Função
Estética
Cores X X X X X X X
Textura X X X X X X
Movimento
X X X X X
Transparência
X X X
Função Simbólic
a
Forma X X X X X X X
Caimento X X X X X X X X
Babado X X
Renda X
Montagem
Gola X X X X X X X
Abotoadura
X X X
Bolso X
Punho X X X X X X X X X X
Ponteira X X
Colarinho X X X X X X X X X X X
Franja
Configuração
Spikes X X X
Botões X X X X X X X X X X X
Ziper X X X X X X X X X X X X X
Costura Francesa
X X X X X X X X X X X X X
Pesponto
* OS QUADROS NÃO ASSINALADOS, NÃO ATENDEM AOS CRITÉRIOS
87
QUADRO 41 - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS FONTE: Próprio autor
QUADRO DE CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS
Aspecto
s
Critérios
e Princípios
ATENDE
27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39
Função Prática
Usabilidade
X X X X X X X X X X
Grandeza X X X X X X
Estrutura X X X X X X X X X X X
Conforto X X X X X X X X X X X
Função
Estética
Cores X X X
Textura X X X X X X X
Movimento
X X
Transparência
Função Simbólic
a
Forma X X X X X X X X X X
Caimento X X X X X X
Babado X X X
Renda X
Montagem
Gola X X
Abotoadura
X X X X X X
Bolso
Punho X X X X X X X X X X X
Ponteira X X X X x X
Colarinho X X X X X X X x X X X X
Franja
Configur
ação
Spikes X X X X X
Botões X X X X X X X X
Ziper X X X X x X X X x X X X X
Costura Francesa
X X X X X X X X X X X X X
Pesponto X X X
* OS QUADROS NÃO ASSINALADOS, NÃO ATENDEM AOS CRITÉRIOS
88
QUADRO 42 - CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS FONTE: Próprio autor
QUADRO DE CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS
Aspectos
Critérios
e Princípios
ATENDE
40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
Função Prática
Usabilidade X x X X X
Grandeza X X X X x X X
Estrutura X X X X X X X X X X
Conforto X X X X X X X X
Função
Estética
Cores X X
Textura X X X X
Movimento X X X
Transparência X X X X X
Função Simbólica
Forma X X X X X X X X X
Caimento X X X X X X X
Babado X
Renda X X
Montagem
Gola X X X X X X
Abotoadura X X
Bolso X X X
Punho X X X X X X X X
Ponteira X X X X X
Colarinho X X X X X X X
Franja
Configuração
Spikes
Botões X X X X X X X X X
Ziper X X X X X X X X X X X
Costura Francesa
X X X X X X X X X X X
Pesponto
* OS QUADROS NÃO ASSINALADOS, NÃO ATENDEM AOS CRITÉRIOS
89
APÊNDICE D - FICHAS TÉCNICAS
Segundo Treptow (2013, 161), ficha técnica “É o documento descritivo de uma
peça de coleção. Nela inclui ilustrações e anotações sobre materiais utilizados,
dimensões do modelo, procedimentos de manufatura e acabamentos. ”
QUADRO 43 - FICHA TÉCNICA CBFPPCPT/2017/001 FONTE: Próprio autor
92
APÊNDICE E - LISTAGEM DE INSUMOS
Conforme Treptow (2013, p.165), listagem de insumo “Refere-se aos
materiais utilizados para o produto e o consumo para a produção de cada unidade.
Os quadros 34,35 e 36 apresentam as características e origem dos tecidos,
aviamentos e insumos indiretos (embalagens).
Cabeçalho
Av. Candido Hartman, 100. (41) 315450-00
[email protected] Nome do Formulário
LISTAGEM DE INSUMO
Informações gerais
Referência: CBFPPCPT/2017/001
Designer: Eunice Valente
Tamanho do protótipo PP
Marca: DB Déborah Borges
Designer Técnico: Déborah Borges
Graduação
Segmento: Moda feminina Tecido Principal:Tricoline
PP P M G
Estação ou Coleção: PV Cores: preto, branco, rosa.
Distribuição de tamanhos:
Data criado:15/10 /2016 Data aprovado:19/11 /2016 1 2 2 1 Consumo de Insumos
Tricoline Fabritex TP 100%alg
1,50m - 2m 20 80
Entretela Roma Punho e cola.
100%pet
50 cm - 20 cm 20 80
Zípper Roma Punho e cola
100%poliestes
40 cm - 3 uni 20 80
Fio Roma Integral 100%algo
- - 80 m 20 80
Botão Roma Vista e punho
Metal 1x1cm - 6 20 80
Abotoadura Roma Punho metal 2cm - 1 par 20 80
Cores
Descrição Opção A Opção B Opção C
Camisa Preto Branco Rosa
Punhos Preto e branco Preto e branco Preto e rosa
Colarinhos Preto e branco Preto e branco Preto e rosa
Descrição do modelo
Descrição: Camisa básica abotoadura
Anotações complementares
Observações: Forma de triângulos nas partes substituíveis; Os punhos com abotoadura possuem uma única cor, os demais possuem duas.
QUADRO 46 - LISTAGEM DE INSUMO. CBFPPCPT/2017/001 FONTE: Próprio autor
Co
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Nec
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Des
cri
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Lo
te
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bra
Qu
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aju
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ua
n
93
Cabeçalho
Av. Candido Hartman, 100. (41) 315450-00
[email protected] Nome do Formulário
LISTAGEM DE INSUMO
Informações gerais
Referência: CVFPMSPV/2017/002
Designer: Eunice Valente
Tamanho do protótipo P
Marca: DB Déborah Borges
Designer Técnico: Déborah Borges
Graduação
Segmento:Moda feminina
TecidoPrincipal: Tricoline
PP P M G
Estação ou Coleção: PV
Cores: preto Distribuição de tamanhos:
Data criado: 15/11 /2016 Data aprovado:19/11/2016 1 2 2 1 Consumo de Insumos
Tricoline Fabritex TP 100%alg
1,50m - 2m 20 80
Entretela Roma Punho e cola.
100%pet
50 cm - 20 cm 20 80
Zípper Roma Punho e cola
100%poliestes
40 cm - 3 uni 20 80
Fio Roma Integral 100%algo
- - 80 m 20 80
Botão Roma Vista e punho
Metal 1x1cm - 9 20 80
Ponteira Roma Punho metal 2cm - 1 par 20 80
Cores
Descrição Opção A Opção B Opção C
Camisa Preto Preto Preto
Punhos Preto Cinza e preto Branco
Colarinhos Preto Cinza e preto Branco
Descrição do modelo
Descrição: Camisa vanguarda manga sanfonada
Anotações complementares
Observações: A ponteira é fixada nas pontas dos punhos Os punhos e colarinhos brancos são utilizados com abotoadura dourada
QUADRO 47 - LISTAGEM DE INSUMO. CVFPMSPV/2017/002 FONTE: Próprio autor
Co
mp
os
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Ne
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bra
Qu
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da
oQ
ua
n
94
Cabeçalho
Av. Candido Hartman, 100. (41) 315450-00
[email protected] Nome do Formulário
LISTAGEM DE INSUMO
Informações gerais
Referência: CMFPFPV/2017/003
Designer: Eunice Valente
Tamanho do protótipo P
Marca: DB Déborah Borges
Designer Técnico: Déborah Borges
Graduação
Segmento:Moda feminina
TecidoPrincipal: Musseline
PP P M G
Estação ou Coleção: PV
Cores: Cinza pastel e rosa
Distribuição de tamanhos:
Data criado: 15/11 /2016 Data aprovado:19/11/2016 1 2 2 1 Consumo de Insumos
Musseline Fabritex TP 100% poliéster
1,50m - 2m 20 80
Entretela Roma Punho e cola.
100%pet
50 cm - 20 cm 20 80
Zípper Roma Punho e cola
100%poliestes
40 cm - 3 uni 20 80
Fio Roma Integral 100%algo
- - 80 m 20 80
Botão Roma Vista; punho; pé de gola
Metal 1x1cm - 11 20 80
Cores
Descrição Opção A Opção B Opção C
Camisa Cinza Rosa Cinza
Punhos Cinza e preto Cinza e Rosa Preto
Colarinhos Cinza e preto Cinza e Rosa Preto
Descrição do modelo
Descrição: Camisa fashion mullet
Anotações complementares
Observações: Manga folha dupla; punhos e colarinhos bicolores
QUADRO 48 - LISTAGEM DE INSUMO.CMFPFPV/2017/003 FONTE: Próprio autor
Co
mp
os
içã
o
Qu
an
tid
ad
e
Ne
ce
ssá
ria
De
sc
riç
ão
Fo
rne
ce
do
r
Us
o
La
rgu
ra
Ta
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o
Lo
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ue
bra
Qu
an
tid
ad
e
aju
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da
oQ
ua
n
95
APÊNDICE F - SEQUÊNCIA OPERACIONAL
Segundo Treptow (2013, p.168), sequência operacional estão relacionadas as
operações e as máquinas envolvidas na manufatura e o tempo de execução de cada
operação na montagem do modelo confeccionado.
Cabeçalho
Av. Candido Hartman, 100. (41) 315450-00
[email protected] Nome do Formulário SEQUÊNCIA OPERACIONAL Informações gerais
Referência: CBFPPCPT/2017/001
Designer: Eunice Valente
Tamanho do protótipo PP
Marca: DB Designer Técnico: Deborah Borges
Graduação
Segmento: Moda feminina
Tecido Principal: Tricoline
PP P M G
Estação ou Coleção: PV 2017
Cores: Branco Distribuição de tamanhos:
Data criado:15/10/2016 Data aprovado:29/11/2016
1 2 2 1
Sequência Operacional
Tipo de Operação Máquina Tempo
Corte Colar entretela Aplicar zíper Unir ombros Fechar colarinho Unir gola Fechar laterais Punho Casinha botão Pregar botão Limpeza Revisão Embalagem
Tesoura Reta (costura francesa) Reta Reta Reta Reta Reta Reta Reta Reta Manual Manual Manual
30’ 15’ 60’ 5’ 20’ 28’ 15’ 25’ 30’ 20’ 15’ 20’ 10’
Tempo total da peça 4h8’
Descrição do modelo
Descrição: Camisa branca básica com zíper para troca de punhos e colarinhos
Anotações complementares
Observações: Etiqueta de conservação técnica de sublimação
QUADRO 49 - SEQUÊNCIA OPERACIONAL. CBFPPCPT/2017/001 FONTE: Próprio autor
96
Cabeçalho
Av. Candido Hartman, 100. (41) 315450-00
[email protected] Nome do Formulário SEQUÊNCIA OPERACIONAL Informações gerais
Referência: CVFPMSPV/2017/002
Designer: Eunice Valente
Tamanho do protótipo P
Marca: DB Designer Técnico: Déborah Borges
Graduação
Segmento:Moda feminina
Tecido Principal: Tricoline
PP P M G
Estação ou Coleção: PV 2017
Cores: Branco Distribuição de tamanhos:
Data criado:15/10/2016 Data aprovado:29/11/2016
1 2 2 1
Sequência Operacional
Tipo de Operação Máquina Tempo
Corte Colar entretela Aplicar zíper Unir ombros Fechar colarinho Unir gola Fechar laterais Fechar foles Punho Casinha botão Pregar botão Limpeza Revisão Embalagem
Tesoura Reta (costura francesa) Reta Reta Reta Reta Reta Reta Reta Reta Manual Manual Manual Manual
45’ 25’ 60’ 5’ 13’ 28’ 15’ 25’ 18 20’ 23’ 22’ 10’ 10’
Tempo total da peça 5h30’
Descrição do modelo
Descrição: Camisa vanguarda sanfonada com zíper para troca de punhos e colarinhos
Anotações complementares
Observações: Etiqueta de conservação técnica de sublimação; placa logo.
QUADRO 50 - SEQUÊNCIA OPERACIONAL. CVFPMSPV/2017/002 FONTE: Próprio autor
97
Cabeçalho
Av. Candido Hartman, 100. (41) 315450-00
[email protected] Nome do Formulário SEQUÊNCIA OPERACIONAL Informações gerais
Referência: CMFPFPV/2017/003
Designer: Eunice Valente
Tamanho do protótipo P
Marca: DB Designer Técnico: Deborah Borges
Graduação
Segmento: Moda feminina
Tecido Principal: Musseline
PP P M G
Estação ou Coleção: PV 2017
Cores: Cinza Distribuição de tamanhos:
Data criado:15/10/2016
Data aprovado:29/11/2016
1 2 2 1
Sequência Operacional
Tipo de Operação Máquina Tempo
Corte Colar entretela Aplicar zíper Unir ombros Fechar colarinho Unir gola Fechar laterais Costura barra de lenço Fechar foles Punho Casinha botão camisa Casinha botão punho Pregar botão camisa Pregar botão Punho Limpeza Revisão Embalagem
Tesoura Reta (costura francesa) Reta Reta Reta Reta Reta Reta Reta Reta Reta Manual Manual Manual Manual Manual Manual
20 10’ 50’ 10’ 15’ 20’ 15’ 20’ 18 20’ 23’ 15’ 15’ 6’ 5’ 10’ 8’
Tempo total da peça 5H6’
Descrição Do modelo
Descrição: Camisa fashion com faixa no punho e colarinho
Anotações complementares
Observações: Etiqueta de conservação técnica de sublimação; placa logo.
QUADRO 51 - SEQUÊNCIA OPERACIONAL. CMFPFPV/2017/003 FONTE: Próprio autor
98
APÊNDICE G - PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTOS
Segundo Treptow (2013, p. 163), planilha eliminar de custos é desenvolvida
durante a confecção do protótipo, nela registra os materiais (tipos e quantidades
consumidas), a sequência de operações e o tempo consumido em cada operação que
serve para fornecer uma estimativa do custo de produção.
Cabeçalho
Av. Candido Hartman, 100. (41) 315450-00
Nome do Formulário PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTO
Informações gerais
Referência: CBFPPCPT/2017/001
Designer: Eunice Valente
Tamanho do protótipo
Marca: DB Designer Técnico: Déborah Borges
Graduação
Segmento: Moda feminina Tecido Principal: Tricoline
PP P M G
Estação ou Coleção: PV
Cores: Branco Distribuição de tamanhos:
Data criado: 15 /10 /2016 Data aprovado: 29/11/2016
1 2 2 1
Descrição do modelo Descrição: Camisa branca punho e colarinho triângulo
Desenho e Insumos Desenho Insumo Consumo Preço Custo
Tricoline 2.20 m R$32,00 R$ 66,00
Entretela 20 cm R$ 1,60 R$ 8,00
Zípper 3 uni R$3,00 R$9,00
Botão 6 R$1,60 R$10,00
Abotoadura 1 par R$1,00 R$1,00
R$ 94,00
Amostra de tecido e custos
Amostra de tecido:
Mão de Obra Tempo Valor Custo
Corte 30’ R$50,00 R$ 50,00
Costura 60’ R$50,00 R$ 75,00
Acabamentos 25 R$50,00 R$25,00
Total de Mão de Obra
R$150,00
Preço de venda e custos percentuais sobre o preço de venda
Formação de Preço
Despesas de comercialização
%PV Valor Custo
Preço de Varejo: R$ 1.198,08 Comissões 2% R$244,00 R$4,88
Preço de Atacado: R$ 665,60 Impostos 6% R$244,00 R$14,64
Custo do produto: R$292,80 Tributos 7% R$244,00 R$17,08
Lucro em $: R$ 372,80 Outros 5% R$244,00 R$12,20
Margem de Lucro: 80 % Despesas Comerciais R$48,80
Anotações complementares
Observações: A peça é composta por um conjunto de punho branco e colarinho com ponteira
QUADRO 52 - PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTO. CBFPPCPT/2017/001 FONTE: Próprio autor
99
Cabeçalho
Av. Candido Hartman, 100. (41) 315450-00
Nome do Formulário
PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTO
Informações gerais
Referência: CVFPMSPV/2017/002
Designer: Eunice Valente
Tamanho do protótipo
Marca: DB Designer Técnico: Déborah Borges
Graduação
Segmento: Moda feminina
Tecido Principal: Tricoline
PP P M G
Estação ou Coleção: PV
Cores: Preto Distribuição de tamanhos:
Data criado: 15 /10 /2016 Data aprovado: 29/11/2016
1 2 2 1
Descrição do modelo
Descrição: Camisa vanguarda manga sanado
Desenho e Insumos Desenho Insumo Consumo Preço Custo
Tricoline 2m R$ 16,00 R$ 32,00
Entretela 20 cm R$ 1,60 R$ 12,00
Zíper 3 R$ 3,00 R$ 9,00
Botão 7 R$ 2,20 R$ 15,40
Total de insumos R$ 68,40
Amostra de tecido e custos
Amostra de tecido: Mão de Obra Tempo Valor Custo
Corte 1h30’ R$ 80,00 R$ 80,00
Costura 2h R$100,00 R$100,00
Acabamentos 1h25’ R$ 70,00 R$ 70,00
Total de Mão de Obra
R$250,00
Preço de venda e custos percentuais sobre o preço de venda
Formação de Preço
Despesas de comercialização
%PV Valor Custo
Preço de Varejo: R$1.519,63
Comissões 2% R$318,40 R$6,36
Preço de Atacado: R$844,24
Impostos 6% R$318,40 R$19,10
Custo do produto: R$382,12
Tributos 7% R$318,40 R$22,28
Lucro em $: R$462,12 Outros 5% R$318,40 R$15,98
Margem de Lucro: 80 %
Despesas Comerciais
R$63,72
Anotações complementares
Observações: Manga confeccionada com modelagem sanfonada
QUADRO 53 - PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTO. CVFPMSPV/2017/002 FONTE: Próprio autor
100
Cabeçalho
Av. Candido Hartman, 100. (41) 315450-00
[email protected] Nome do Formulário PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTO Informações gerais
Referência: CMFPFPV/2017/003
Designer: Eunice Valente
Tamanho do protótipo
Marca: DB Designer Técnico: Déborah Borges
Graduação
Segmento: Moda feminina
Tecido Principal: Tricoline
PP P M G
Estação ou Coleção: PV
Cores: Branco Distribuição de tamanhos:
Data criado: 15 /10 /2016
Data aprovado: 29/11/2016
1 2 2 1
Descrição do modelo Descrição: Camisa branca punho e colarinho triângulo
Desenho e Insumos Desenho
Insumo Consumo Preço Custo
Musseline 2m R$14,99 R$29,98
Entretela 30cm R$ 2,50 R$12,00
Zípper 6 unid R$3,00 R$18,00
Botão 19 R$4,40 R$0,04
Total de insumos
R$60,02
Amostra de tecido e custos
Amostra de tecido:
Mão de Obra Tempo Valor Custo
Corte 20’ R$80,00 R$80,00
Costura 60’ R$80,00 R$80,00
Acabamentos 40’ R$50,00 R$50,00
Total de Mão de Obra
R$210,0
Preço de venda e custos percentuais sobre o preço de venda
Formação de Preço
Despesas de comercialização
%PV Valor Custo
Preço de Varejo: R$ 1.310,47
Comissões 2% R$270,02 R$5,40
Preço de Atacado: R$728,04
Impostos 6% R$270,02 R$16,20
Custo do produto: R$324,02
Tributos 7% R$270,02 R$18,90
Lucro em $:R$404,02 Outros 5% R$270,02 R$13,50
Margem de Lucro: % Despesas Comerciais R$54,00
Anotações complementares
Observações: Camisa fashion acompanhada de punho e colarinho
QUADRO 54 - PLANILHA PRELIMINAR DE CUSTO. CMFPFPV/2017/003 FONTE: Próprio autor
101
APÊNDICE I - MAPA DE PRODUÇÃO
MAPA DE PRODUÇÃO
CBFPPCPT/2017/001 - Descrição: Camisa colarinho e punho triângulo
CVFPMSPV/2017/002 -Descrição: Camisa vanguarda manga sanfonada
CMFPFPV/2017/003 - Descrição: Camisa mullet feminina primavera verão
QUADRO 55 - MAPA DE PRODUÇÃO FONTE: Próprio autor
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