VII Conferência Nacional de Saúde
O Ministério da Saúde
realizou, no Palácio Itamaraty,
a 7." Conferência Nacional de
Saúde, em Brasília, de 24 a 28
de marco do corrente.
Sob a Presidência do Dr.
Waldyr Mendes Arcoverde,
tendo à frente da Organização
o Dr. Bertoldo Kruse Grande
de Arruda,extenso programa
foi cumprido.
Proferiram conferências, o
Presidente da República,
General João Baptista de
Oliveira Figueiredo; o Diretor
Geral da O.M.S., Dr. Halflan
T.vMahler, além dos Ministros
de Estado: da Educação e
Cultura, o Prof. Eduardo
Mattos Portela, que falou sobre
"Participação do Ministério da
Educação e Cultura na
Extensão dos Serviços Básicos
de Saúde"; do TrabaRio, Dr.
Murillo Macedo, sobre
"Participação do Ministério do
Trabalho na Extensão dos
Serviços Básicos de Saúde; do
Interior, Dr. Mário David
Andreazza, sobre "Par-
ticipação do Ministério do
Interior na Extensão dos
Serviços Básicos de Saúde; da
Previdência e Assistência
Sodal, Dr. Jair de Oliveira
Soares, sobre "Participação
do
Minfatério da Previdência e
Assistência Social na Extensão
dos Serviços Básicos de
Saúde".
Também proferiram con-
Ic rendas: Dr. Cariyle Guerra
dé Macedo, Consultor da
OPAS — (Extensão das Ações
de Saúde através dos Serviços
Básicos); Jorge Augusto Novis,
Secretário de Saúde do Estado
da Bahia — (Extensão das
Ações de Saúde em Área
Rural); Dr. Adid Domingos
Jatene, Secretário de Saúde do
Estado de São Paub —
(Extensão das Ações de Saúde
às Áreas Metro|ròlitanas); Dr.
Abnir José de Oliveira Gabriel,
Secretário de Saúde do Estado
do Pará — (Integração dos
Serviços Locais de Saúde no
Programa da Extensão da
Cobertura).
Foram ainda realizados dois
Painéis:''Modelos de Serviços
Básicos de Saúde e sua Ar-
ticulação com os demais Níveis
de Atendimento" e "Recursos
Humanos para os Serviços
Básicos de Saúde".
Vinte grupos de debates
discutiram temas concernentes
à conferência. Compareceu
também grande número de
Farmacêuticos. O Conselho
Federal de Farmácia foi
representado pelo seu
Secretário Geral, Prof. Ângelo
José Colombo; e a Academia
Nacional de Farmácia, pelo seu
Preddente, Prof. Evaldo de
Oliveira.
No grapo de trabalho n° 14,
sob a Coordenação do Dr. A.
Gomes da Silva, tendo como
Relator o Dr. Humberto
Macário de Brito (Secretário de
Saúde do Ceará), participaram
os Faimacêuticos Evaldo de
Oliveirae José Agenor A. Silva.
I
A GAZETA
da
Farmacia
Hospitalar, Comercial, Técnica, Profissional, Industrial e Cientifica
Rua da Conceição, 31. 3.° andar — Salas 301-302 e 304
Caixa Postal 528 - ZC-00 20000 Rio de Janeiro - GB
MARÇO DE 1980 ANO XLVm N.' 575
Medalha
da Inconfidência
O Deputado mineiro Sebastião Mendes
Barros, que vem lutando a favor das reivin-
dicações dos farmacêuticos no Estado de
Minas Gerais, acaba de ser agraciado com a
Medalha da Inconfidência.
A proposta foi apresentada pelo Presidente
do Conselho da Medalha da Inconfidência,
Deputado João Navarro.
A justa homenagem ao ilustre Deputado
Mendes Barros demonstra o seu valor como
digno representante do povo mineiro.
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ASSEMBLÉIA GERAL
IkL"
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V 3a I I
At- Mm. JfeSA.
¦ llflf ^! 11JI. Il;fil"'| I wJ&&9^lraV< .
Fato marcante na vida dos Conselhos de Farmácia é a Assembléia Geral,
realizada todos os anos, por disposição da Lei, no mês de março, reunindo os
dirigentes regionais e o CFF, em proveitoso intercâmbio de ideais para
a so-
luçào dos problemas em pauta (fotos).
O CFF proporciona a um grande número de profissionais o recebimento de
MA Gazeta da Farmácia" com valiosas Informações. Vejam páginas I, 9, 10 e
11.
Desempenho na Farmácia
O farmacêutico prcocu-»
pado. muitas vc/cs. com a
ciência, esquece uni pouco a
tecnologia. Entretanto, no
desempenho da Farmácia
DispensaçÜo. como no da
Farmácia Hospitalar, ncces-
sita dc prática de manipu-
laçào. No laboratório ou na
oficina kjalcnica ou tecnológica
de medicamentos, sua assis-
teneja técnica enfrenta con-
Dispensação
diçòes de trabalho, que o
condii/cm ao exercício dc atos
simples: todavia, estes, muitas
vc/cs. nào encontram sufi-
ciente cumprimento do
profissional.
Farmacêuticos, que não
sabem fa/cr uma solução ou
uma pesada, desconhecem
unia divisAo dc medicamentos
em papéis, desconhecem como
capsular. ignoram sinônimos
de drogas comuns e tantas
pequenas coisas que. quando
cursavam a Faculdade, nào
se interessavam em aprender,
e no exercício das funções
profissionais, evidentemente,
nào sabem desempenhá-las.
Só pode dar assistência
técnica quem entende da
técnica farmacêutica.
\
Dignidade da Profissão
A profissão é feita pelos profissionais, é óbvio. Entretan-
to, cabe a cada Farmacêutico saber-ser Farmacêutico. E
no exercício da profissão, colocar sempre o título básico e
clássico de Farmacêutico. Caracterizar para definir.
Orgulhar-se de ser o que é, para dignificar a Profissão.
Ao prestígio profissional deve somar-se o prestigio
da
classe. Portanto, depende de cada um saber ser Farina-
cêutico.
A comunidade Farmacêutica, vaidosa de exercer sua
Profissão, consegue dignificá-la, Impondo-a à sociedade.
Esconder-se atrás de subtítulos ou de títulos descarac*
lerizados é covardia e influi na desvalorização profissional.
EI
D
IkL"
A
iKy ohil^ ¦'
¦¦ Klii i Ii
A GAZETA DA FARMACIAMARÇO DE 1980
Agora Anaseptil Pó.
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completo.
Prático.
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Hi 1
ICNUsafarnta
w
^''
SACARINA, NTTRITOS
E NITROSAMINAS
O Fósforo
O fósforo nào é
encontrado puro na
natureza.
l'm mineral rico de
fósforo é a fosforita. e
nào menos importante
são as apatitas.
com postas de
cloro fosfato ou de
fluoíosfyto de cálcio.
Várias são as
aplicações do fósforo
n a indústria. É
utilizado na produção
cie adubos fosfáticos,
úteis no d e s e n -
v o 1 v i m e n t o das
culturas agrícolas; na
metalurgia é em-
pregado na produção
de determinadas ligas
metálicas; na química,
na produção de cores
de anilinas; na far-
macêutica. é ani-
piamente utilizado no
preparo de recon-
stituintes do sistema
nervoso. Emprega-se
também em explosivos
e é a principal matéria
na fabricação dos
nossos palitos de
fósforos.
O Látex
O látex é o suco
leitoso de algumas
árvores, como a serin-
gueira-legítima, a serin-
gueira-verdadeira, a
seringueira-preta, a
seringuei ra-branca.
No Estado do Pará, o
látex é conhecido como
goma-do-pará ou sim-
plesmente pará. Graças
à sua grande pro-
priedade gomífera. é um
produto muito pro-
curado e o seu uso está
get.v-ralizado em diver-
sas utilidades domés-
ticas e fabris.
Outras árvores go-
míferas. que conquanto
não produzam um látex
especial como o da
seringueira, têm
abundância leitosa, são
o caucho, a balata, a
cuquirana, a murupita e
outras mais.
O látex foi usado
pelos indios brasileiros,
os Omáguas, que com
ele fizeram seringas,
bolas etc.
Em português existe
também a forma látice.
A pronúncia correta é
látex e não látex (latéx)
como se ouve geralmen-
Há tempos, houve celeuma
provocada pela interdição de
ciclamatos e mais tarde da sacarina,
pois a fi mi avam os cientistas, que tais
substâncias tinham propriedades
cancerígenas.
Agora, chegou a vez do nitrito de
sódio, produto químico, empregado
para ama ciar carnes, e que dizem os
pesquisadores, precisa ser retirado
dos alimentos, principalmente dos
defumados como o presunto, bacon,
lingüiça e carnes enlatadas. O
protesto foi geral, e até os
profissionais da saúde afirmaram
que se o nitrito fosse retirado das
latas haveria grandes possibilidades
de epidemias de envenenamentos
alimentares ou botulismo.
Provavelmente, o resultado mais
postivo da luta da sacarina e dos
nitritos foi a modernização atrasada
c improvisada dos estatutos de
segurança na alimentação.
Após novos testes em ratos, ficou
positivo que a sacarina é na
realidade um carcinógeno fraco, ao
menos em ratos e. conforme os
critérios adotados, deve ser visto
como carcinógeno humano também,
se bem que muito fraco.
Ao melhorar os padrões da in-
dústria de alimentos e eliminar os
edulcorantes e preservativos
venenosos, contribuiu-se gran-
demente para melhorar a saúde.
Alguns produtos derivados do
alcatrâo mineral, inclusive diversos
agentes colorantes de alimentos, sào
carcinógenos. mas a compreensão
científica do câncer estava no mesmo
pé que o conhecimento de doenças
infecciosas antes da descoberta dos
germes. Ninguém sabia como os
carcinógenos agiam, se existia o que
se chamava de dosagem segura,
como no caso de todas as substâncias
tóxicas, ou mesmo se tinha a certeza
quanto a que substâncias seriam
nocivas ao ser humano. Presumia-se,
de um modo geral, que os^ car-
cinógenos eram comparativamente
raros, senão restariam poucas
pessoas no mundo a se preocupar
com eles.
Após inúmeras discussões sobre a
maneira de regular as substâncias,
face ao pouco que se sabia na época,
foi introduzida uma emenda à
legislação das substâncias car-
cinógcnas que proibia simplesmente
o uso de qualquer aditivo que tivesse
propriedades cancerígenas, tanto
para os animais como para os
homens. A palavra aditivo foi
definida para a inclusão nào só de
substâncias deliberadamente
adicionadas, mas também de
qualquer substância usada no
crescimento, processamento ou
embalagem de alimentos e que
pudessem provocar contaminação.
Jâ na década dos anos 70,
começaram a achar os toxicólogos
que, de uma forma ou de outra, era
possível produzir câncer em animais
com todos os tipos de substâncias.
De 206 produtos químicos recém-
testados. 110 foram considerados
carcinógenos. enquanto outros dez
caíram na categoria "questionável
ou "suspeito"
Até agora os
pesquisadores conseguiram criar
tumores com hormônios naturais
como o estrogênio. minerais
inorgânicos vitais como o selênio,
nutrientes como a vitamina D e
centenas dc outras substâncias
alimentícias desde o ovo até a água
gelada.
Tudo isto coincidiu com a
revolução analítica, a invenção de
instrumentos capazes de detectar
traços de substâncias a
1/1.000.000.000. e agora os cien-
listas estão a caminho de encontrar
1/3.000.000.000.000. Com a
resultante de que praticamente
qualquer tipo de alimento pode-se
dizer que contém carcinógenos. Se.
por exemplo, uma lata é soldada, e se
a solda contém chumbo e se o
chumbo é um carcinógeno em testes
com animais, e, caso os traços
detectados migrem para o conteúdo
da lata. o que indiscutivelmente é o
caso. então o FDA poderá ser
acusado de pouca diligência caso nào
venham a abolir os enlatados.
que falta é uma estimativa
honesta quanto à gravidade do risco.
I consenso geral que a dieta tem
papel importante na formação do
câncer, o que evidencia o fato de que
a incidência de vários tipos desta
moléstia difere de um país para
outro
c que os Filhos de imigrantes
apresentam o padrão do pais de
adoção após mudarem de dieta. No
entanto o papel dos aditivos
alimentares é um pouco exagerado
aos olhos do público. Nos Hstados
1'n idos tem-se notado uma
diminuição de indicência da doença
para todas as formas que nào
estejam relacionadas com o fumo.
extremamente difícil avaliar o
perigo de uma substância específica
na dieta. Hntre os diabéticos, por
exemplo, que usam continuamente a
sacarina. nào existe um aumento de
casos de câncer, mas um estudo
recente feito no Canadá revelou que
em 632 pessoas com câncer da
bexiga, os homens que haviam usado
sacarina tinham 60% mais de
probabilidade de se tornarem can-
cerosos do que os que nào a usavam.
Por outro lado, as mulheres que
faziam uso da sacarina demons-
traram menor possibilidade de vir a
ter câncer. Da mesma forma, em
experiências de laboratório, quando
os ratos foram alimentados com a
dosagem máxima permitida de
sacarina. o equivalente para os
humanos a cerca de 1.200 latas de
soda dietética por dia. uma
proporção maior de ratos machos,
mas nào de ratos fêmeas, apareceu
com câncer da bexiga. A acreditar nos
testes, a sacarina pode ser descrita
como prejudicial ao sexo masculino e
benigna para o feminino.
Extrapolando os resultados ani-
mais para os seres humanos, os le-
gisladores têm por hábito adotar me-
didas conservadoras, entendendo-se
por conservadora que sào cautelosos
em nào subestimar os riscos. Para
início de conversa ignoram o
problema de grande preocupação
para os toxicologistas no que toca às
doses de teste usadas em animais que
sào tão maciças que esmagam as
defesas naturais que os animais têm
aparentemente contra inúmeras
substâncias carcinógenas. Assim,
empregando a formula de
extrapolação, se uma substância que
entra em até 10% da dieta do animal
produz câncer, 1% da mesma
substância produzirá câncer em 1%
dos seres humanos. Na realidade,
esta relaçào é encontrada muito
poucas vezes nos testes de produtos,
químicos realmente carcinógenos. e
nenhum outro animal responde a
eles da mesma forma que os
humanos.
A despeito do incidente gerado
pelo caso da sacarina. os nitritos
parecem que apresentam riscos bem
maiores. A preocupação com os
nitritos teve início nos anos 60 com a
descoberta de que podem combinar
com os muito difundidos amino
compostos, formando as
nitrosaminas, algumas das quais sào
cancerígenos em potencial. As
nitrosaminas foram posteriormente
(CONCLUI NA PAGA)
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MARCO DE 1980 A GAZETA DA FARMÁCIA3
FORMA TURA
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j-v-rt
Curso de Ciências Farmacêuticas da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte — Formatura da Turma
de 1979. Na foto, Dr. Raphael Cabral (Paraninfo); Dr.
Márcio Antonio da Fonseca e Silva, Presidente do Conselho
Federal de Farmácia (Patrono); e alguns dos concluitites,
l)ra. Ana M. M. de Andrade (oradora); Drs. Álvaro J. Pires
Ir.: Fdilza P. Bezerra; Margareth P. Xavier (laureada)'
Curlito C. do Nascimento.
Controle de
Qualidade
da CEME
A CENTRAL DE
MEDICAMENTOS, em 1979.
te aluou análise de controle de
qualidade em 2.426
medicamentos e vacinas, de
sua linha padronizada de 350
produtos, que atende aos
programas de assistência
farmacêutica do Ministério da
Saúde e do Ministério da
Previdência e Assistência
Social. No total foram
realizados 36* mil ensaios
químicos, físicos e biológicos.
Dos 2.426 medicamentos e
vacinas analisados a CEME
aprovou 82.S2°'«-. Por pequenas
falhas em embalagens ou
mtu 1 ações, foram aprovados,
com restrições, 12,02o" e.por
nào satisfazerem às condições
de qualidade exigidas, foram
recusados 5.16°<., cerca de 125
produtos, que imediatamente
foram recolhidos e repostos por
medicamentos adequados.
Dos medicamentos e vacinas
produzidos pelos laboratórios
do Sistema Oficial, foram
recusados, pela Coordenadoria
de Controle de Qualidade da
CEME. 4.3% e dos fornecidos
pelos laboratórios privados,
14.7%.
A Coordenadoria de Con-
trole de Qualidade da CEME,
através de suas análises
freqüentes e rigorosas.•
.1 etectou, em dezembro
passado, os produtos
Albumina e Fator-8 con-
laminados pelo vírus da
hepatite. Após essas analises
da CEME, o Ministério da
Saúde deu início às ações de
sua competência, que
culminaram com o fechamento
do laboratório produtor.
Contratação
de Farmacêutico
Kg
B
4 >
CBlSI
Ot oceitoi ogudof cedem pronto
mente a expedoracòo e focilrio
do e o colma iob»evem co«P o
PO INDIANO
NOS CASO. CBONICOS
tons INDIflhRS CIFFOHI
Extravio
de
Correspondência
Várias turmas do Tribunal
Federal de Recurso» vêm
julgando, por unanimidade,
como desnecessária a^ con-
trataçio de farmacêutico
responsável para os
estabelecimentos de
representação, considerando
exorbitantes o artigo n.° 30, do
Drcrcto 74.170/74.
O Diário da Justiça, de
22.2.80, publica diversos
acórdãos nesse sentido.
Congresso
Fluminense
No período de 20 a 26 de
julho de 1980, vai ser realizado
o V Congresso Fluminense de
Faimácia e Bioquímica, em
Niterói — RJ.
Esse acontecimento reunirá
grande número de
profissionais, interessados na
ciência farmacêutica.
Professores de renome já foram
convidados e estarão presentes,
a fim de colaborar para maior
êxito do condave.
O Dr. Onofre Pereira Leite,
Presidente da Comissão
Diretora, espera a adesão de
todos os colegas. Informações:
Av. Amaral Peixoto. 171-A.
S/505 — Niterói
— RJ — Tel:
722-7544.
Proteção
Contra Seis
Doenças
De acordo com um relatório
semestral referente a certos
aspectos da atividade da OMS,
durante a próxima década o
custo da imunização individual
contra seis doenças comuns da
infância eqüivalerá, em média, a
cerca de USS3,00.
Abrangidas pelo Programa
Ampliado de Imunização (PAI)
da OMS. as seis doenças —
difteria, coqueluche, tétano,
sarampo, poliomielite e tuber-
culose — estão sendo combatidas
em mais de 90 países em desen-
volvimento. Mas o fato é que, a
despeito do baixo custo e do fácil
processo de imunização, menos
de 10% dos 80 milhões de
crianças que nascem anualmente
nos países em desenvolvimento
estão sendo imunizadas.
As razões são muitas. Mesmo
esse baixo custo de US$3.00 por
criança resulta num total que
está fora do alcance de muitas
nações em desenvolvimento. Em
sua maioria, esses países carecem
de pessoal treinado para a
administração e a operação de
um programa. As vacinas são
produtos geralmente difíceis de
conservar, e a operação de um
programa de imunização em
climas tropicais só é possí .el com
o auxílio de uma extensa cadeia
de refrigeração para «t estocagcm
e a distribuição de vacinas.
Os NOVOS preços de medicamentos
estão sendo publicados mensalmente no
GUIA FARMACÊUTICO BRASÍNDICE
PREÇOS DAS ASSINATURAS:
Cr$ 520.00 para assinaturas de 6 meses (seis números)
Cr$ 950,00 para assinaturas de 12 meses (doze números)
À venda: No Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do
Rio de Janeiro, Belém e São Paulo.
Pedidos acompanhados de Vale Postal ou cheque
pagável em São Paulo,enviado para:
ORGANIZAÇÃO ANDREI
Rua Conselheiro Nébias, 1071 — Caixa Postal 4989
Telefones: 220-7246 - 221-2213
- SAO PAULO
A "Gazeta
da Far-
mácia" é expedida para
todos os Estados do País
por via postal.
O serviço de en-
dereçamento é feito
diretamente por nós com
endereçds fornecidos
pelos Regionais e pelo
Conselho Federal de
Farmácia.
Os jornais,
devidamente, en-
dereçados, são agrupados
em pacotes por Estados e
por Diretorias Regionais,
sendo entregues á
Empresa Brasileira de
Coireios e Telégrafos,
com todas as precauções,
a fim de evitar-se a
possibilidade de extravio.
Registramos, en-
tretanto, de vez em
quando, anomalias na
distribuição, apesar do
endereçamento estar
coireto em nosso fichário
e a expedição certa.
Quando tais fatos
chegam ao nosso
conhecimento, fazemos a
verificação e levamos ao
conhecimento da ECT,
que manda apurar na
agência respectiva o
motivo do extravio.
No número de
dezembro de 1979, foram
registradas ocorrências
graves, segundo in-
formações que nos
chegaram de Fortaleza-
Ceará: exemplares da
edição n.° 574, de
dezembro de 1979,
destinados àquela
capital, foram
extraviados.
Esse acontecimento
nos constrange
profundamente, pois
reflete na credibilidade
de nossa empresa, que
prestando serviços à
classe farmacêutica
brasileira há quarenta e
oito anos, com dedicação
e empenho, vê seus
esforços minimizados
por ocorrências desa-
gradáveis como a que
acabamos de relatar.
Isso prejudica, desaponta
e compromete a nossa
imagem, bem como a do
eoireio.
Solicitamos aos nossos
leitores colocar-nos a par,
caso os jornais não
cheguem no prazo
determinado, para que
possamos tomar as
necessárias providências,
junto às autoridades
responsáveis pelo bom
serviço da ECT, se for o
caso.
I Ov ocettoi ogudot cedem pronto I
I mente a mpecto'acoo e iocilila I
I da e o calroa 4ob«eve«r co9* o I
FORMA TIIRA
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Curso de Ciencias Farmaceuticas da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte — Formatura da Turma
de 1979. Na foto, Dr. Raphael Cabral (Paraninfo); Dr.
Marcio Antonio da Fonseca e Silva, Presidente do Conselho
Federal de Farmacia (Patrono); e alguns dos conclubites,
Dra. Ana Af. M. de Andrade (oradora); Drs. AlvaroJ. Pires
Ir.: Fdilza P. Bezerra; Margareth P. Xavier (laureada)•
Curlito C. do Nascimento.
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4 A GAZETA DA FARMÁCIA MARÇO DE 1980
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Fundado em 1932 • dirigido até 1955 por Antonio Lago
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DIRETORIA 224-1715
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Diretor Redator-Chefe - Dr. Antonio Nunes Lago.
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RUY
VIEIRA
MACHADO
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Vamos prestar uma
homenagem póstuma a um
farmacêutico que. no exercício
de sua profissão, muito fez em
prol da coletividade. Trata-se
do Dr. Ruy Vieira Machado,
nascido em 13 de outubro de
1932. na cidade de Lavras do
Sul. e falecido no dia 25 de
fevereiro de 1980. cm Caçapava
do Sul — Rio Grande do Sul.
I)iplomou:se Farmacêutico-
Químico pela Faculdade de
Farmácia da atual Univer-
ádade Federal de Santa Maria,
em 1955. Um ano depois,
transferiu-se para Caçapava do
Sul. onde começou a trabalhar
na Farmácia Caçapava. de
propriedade do Sr. Reynaldo.
Fira um jovem trabalhador,
inteligente e idealista. Sua
vontade de prosperar auxiliou-
o bastante, pois em pouco
tempo conseguiu o que
sempre
almejara: a confiança da
população e a sua in-
dependência financeira. Isto
obteve graças a seus esforços e
a dignidade com que sempre
pautou sua vida.
Fm 1959. inaugurou a
Farmácia do Povo.
estabelecimento de sua
propriedade, que dirigiu com
amor e dinamismo. Jamais
comerciou com a profissão,
atendendo sem distinção de
classe, todos que o
procuravam.
Dedicando-se de corpo e
alma à sua farmácia, o Dr. Ruy
deixou muitos amigos e ad-
ANIVERSÁRIO
Como Iodos os anos, a Escola de
Farmácia dc Ouro Preto vai come-
morar condignamente mais um
aniversário de fundação.
A Diretoria, o corpo docente, o
discente e a Associação dos Ex-
Alunos reunir-se-ão nos dias 11 e 12
de abril próximo, juntamente com
cole**» e amigos, para festejarem o
141." aniversário daquela Escola.
ProjtraftiavSo. Dia 11-04 — ás
16,Q0hs — missa em Ação de Graças;
ás 19,30hs. — Sessão Solene, com
Abertura pelo Reitor Dr. Antonio
Fagundes de Sousa. Dia 12-4 — ás
9,00hs. — Assembléia Geral da
Associação dos Ex-Alunos.
miradores. Nunca negou ajuda
aos necessitados, sempre tinha
um palavra de consolo e de
estímulo àqueles que
precisavam dele, não só como
profissional competente, ma»
como amigo e orientador.
O Dr. Ruy Vieira Machado
fundou no ano de 1960 o Lions
Clube de Caçapava, tendo
ocupado vários cargos na
diretoria por diversas vezes:
Secretário. Tesoureiro e
Presidente. Integrou o
Gabinete do Governador do
Distrito L8. na condição de
Preàdente de Divisão. Per-
maneceu em atividade durante
esses vinte anos de leonismo,
üo nquistando por várias vezes o
prêmio de freqüência 100%.
De todos os pontos de
Caçapava chegaram palavras
ile pesar e de elogios pelo
falecimento do Dr. Ruy. numa
demonstração maciça do que
de representava de bom e de
especial para os moradores
daquela cidade gaúcha.
O nosso homenageado
sempre honrou sua profissão,
tornando-a respeitada e
valorizando-a acima de tudo.
Flomenscomoo Dr. Ruy Vieira
.Machado deixam seu nome na
história de uma comunidade e
contribuem para o
engradecimento da profissão,
pois atrás de um balcão de
qualquer farmácia, grande ou
pequena, precisa existir
profissionais de valor e cônsçios
do seu dever.
O nome do Dr. Ruy Vieira
Machado jamais será
esquecido na cidade de
Caçapava do Sul, porquanto
seus atos de bom cidadão e de
excelente profissional mar-
caram sua presença que nem o
lempo conseguirá apagar.
Aquele que em vida faz algo de
especial, toma-se eterno no
coração do povo.
má digestão, vômitoSi retenção intestinal...
mm M metopimazina
Vogalene
restabelece rapidamente o conforto digestivo
VOGALENE INJETÁVEL
2 g 3 ampoias 1M ao dia DK5EST1VA
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MARÇO DE 1980 A GAZETA DA FARMÁCIA 5
Substâncias Abortivas e
Contraceptivos em Relação à Ética
Evaldo de Oliveira
Antigamente eram usadas, com abuso,
as substâncias abortivas. tendo grande
crédito popular certas preparações. prin-
cipalmente com drogas vegetais. A
Medicina empírica usava um elenco
apreciável de beberagens com plantas
brasileiras, É bem verdade que muitas
delas desenvolvem atividade em virtude de •
estimulado das fibras musculares uterinas
e quase todas desenvolvendo efeitos tó-
xicos."Substâncias
abortivas são as que
agindo de forma peculiar vão propiciar ao
organismo desorganizador uma fecundação
iniciada. Não a impedem: atuam por
anular a continuidade da gestação." (1)
Wanderley Lacerda Panasco. tratando
do assunto em pauta, escreveu: "Já
era
doutrina acolhida por Tardieu que não
existem substâncias abortivas. sob o ponto
de vista farmaeológico. São todas substân-
cias tóxicas, ou que vão agir no limiar da
toxicidade, capa/es de promover con-
trações espasmódicas uterinas, graves, por
vives, mas jamais o peristaltismo fisio-
lógico do órgão.""São
todas tóxicas, de posologia incerta
e de ação variável; são tão perigosas para a
mãe como para o feto. em doses abortivas;
Icsionam gravemente o organismo mater-
tio. Os efeitos abortivos não são nem
primitivos nem eletivos, salvo nas mulheres
predispostas
* em que o fator indiv idual
representa um papel importante, mas se
caracterizam principalmente pela into-
xicação geral: com freqüência conduzem
ao coma da mãe e à morte." (1)
Das muitas substâncias que tem sido
usadas como abortivas lembramos: mer-
eúrio. quinino, estricnina. álcool, can-
táridas. pituitrina. centeio espigado,
sabina. aloes. ruibarbo. sene. arsênico e
fósforo.
Flaminio Favero também manifestou:
"essas substâncias químicas,
em geral,
atuam depois de produzirem verdadeiros
processos de intoxicação, não sendo,
assim, rigorosamente abortivas." (2)
DISPOSITIVOS INTRA-UTER1NOS
(MU)
ou SERPENTINA
Dentre recursos promovidos para serem
utilizados figura o chamado DIL
(Dispositivo Intra-Uterino ou Serpentina)
tendo proibição de uso em nosso meio,
porque não constitui processo eontracep-
t i v o mas comprovada mente abortivo.
Ixistem vários modelos de DIU, mas em
síntese constitui-se de um artefato geral-
mente de material plástico, sob formas e
tamanhos variáveis, para serem adaptados
na cavidade do utero.
A vida humana tem início na coneep-
vão. isto é. com a fecundação do óvulo
pelo espermatozóide. O DIU age pro-
vocando u expulsão do ovo constituído,
portanto processo de abortamento. E já
está fartamente comprovado que somente
atua expulsando o ovo ou evitando a
nidação. pois não impede a ovulaçào. não
prejudica a ascensão do espermatozóide
para encontrar o óvulo, mas aumenta a
contract ilida de uterina depois da ovulaçào
e produz modificação no endometrio
impedindo a correta transformação de-
cidual e nidação do blastocisto a par da
mobilização dos leucócitos polimorfo-
nucleares com formação de um meio
uterino hostil a<»s blastocistos. (3) (4)
Os estudos e pesquisa comprovaram que
o "mecanismo
principal de ação dos dis-
positivos intra-uterinos é o de impedir a
nidificarão de um ovo fecundado. (5)
O direito de vi\er começa na fecundação
e a ninguém é dado o direito de tirar essa
vida. Assim sendo o uso do DIU é um
abortivo. e trata-se de crime.
Os médicos fluminenses em 1974
endereçaram aos Ministros da Justiça, da
Educação e Cultura e da Saúde, um
memorial para proibição do DIU: artefato
abortivo.
O Conselho Nacional de Saúde pronun-
ciou-se a respeito, julgando justo o me-
morial e aprovando parecer contra a
importação e uso de DIU e contra a
prática de outros métodos e processos
abortivos. (ó)
CONTRACEPTIVOS
Os contraceptivos são recursos que agem
impedindo a união do óvulo com o
espermatozóide. evitando a fecundação.
Dos vários modos de contracepção ao
farmacêutico interessa o: diafragma, o
condom (camisa de vênus), anovulatórios,
espermaticidas, soluções para lavagens
vaginais. Todos esses contraceptivos
podem ser dispensados pelo farmacêutico
porque são recursos aprovados ética e
legalmente por não desorganizarem a
gestação, atuando e impedindo a fecun-
daçào.
Òs anovulatórios, comumente deno-
minados pelo povo de "pílulas",
devido ser
a forma oral mais usada, são substâncias
de composição definida, estrogenos,
progesterona e testosterona e derivados.
Desenvolvem atividade bloqueadora da
ovulaçào. Assim impossibilitam a união do
gameta masculino com o óvulo, por ausên-
cia deste na trompa. não dando lugar a
ocorrência da fecundação. (7) (8)
"Somente dois estrogenos estão sendo
utilizados atualmente como contraceptivos
orais: o etinil-estradiol e o mestranol. Dois
grupos de esteróides são usados como
progestágenos: um está intimamente
relacionado com a própria progesterona e
outro pertence aos derivados de 19-nortes-
tosterona." (9)
Naturalmente que os anovulatórios
devem ser prescritos por médico e o far-
macêutico deve conhecer os efeitos secun-
dários para esclarecer os pacientes.
Quanto aos demais meios contraceptivos
também devem ser bem conhecidos do
farmacêutico para dentro da ética, legis-
lacào e tecnologia sejam oportunamente e
perfeitamente usados pelos
clientes.
ASPECTO LEGAL E ÉTICO
A legislação brasileira cm vigor proíbe o
abortamento. Existem pa%ses que aceitam
totalmente o aborto, enquanto outros
favorecem-no em muitos casos. A nossa
legislaçãò somente em casos especiais,
limitadíssimos, concede ao médico pos-
sibilidade legal de praticar o aborto. A
legislação afina com a ética médica no
Brasil.
A religião católica, como outras,
proíbe o abortamento. havendo pronun-
ciamentos das altas autoridades da Igreja,
inclusive de Papas sobre as razões de
condenarem o abortamento.
Ultimamente cresceram movimentos de
grupos feministas em campanhas para
legalização do aborto como uma conquista
da mulher contra a sociedade machista em
prol de vitória em nome da liberdade.
Entretanto apesar das reivindicações fe-
ministas, ninguém pode consultar o ser
que está nascendo e que
será assassinado.
O ser fecundado já tem existência bio-
lógica e. portanto, adquiriu direito de vida
e condiciona dignidade de ter sua vida
preservada principalmente por aquela que
o abriga e o gerou. A simplicidade pois
daqueles que pensam em oficializar o
aborto como questão de escolha da mulher
fecundada elaboram no contrasenso dessa
simplicidade, pois elementos vários pre-
cisam ser avaliados dentro da comple-
xidade do problema.
Numa época de aberturas políticas e de
permissibilidades sociais onde aproveitam-
se interessado* em monopolizar a socie-
dade de consumo para finalidades onde
sexo. pornografia, violência, tóxicos,
indisciplina, formam fatores para mo-
difiear estruturas e planificar no primaris-
mo a comunidade,o problema do abor-
tamento não pode ser resolvido com a
singeleza de movimentos parciais e a título
de feminismo.
A legalização do aborto foge a reivin-
dicação simples de uma campanha, pois
colide frontalmente com o direito de existir
'e com o direito natura. Buscam matar um
ser que inicia sua vida. sem a menor
condição para defender-se contra a von-
tade ou moda de outrem. Já com tanta
violência na sociedade procuram levar a
agressividade até ao ser que floresce,
exterminar vida também no nascedouro.
O Farmacêutico não pode insinuar em
propaganda, métodos e processos
de
abortamento, nem tão pouco fabricar
remédios atíortivos e manipular substân-
cias que possam determinar expulsão da
concepção e ainda, ética e legalmente,
vender aparelhos, artefatos ou produtos
com finalidades abortivas.
De acordo com as normas éticas não
pode praticar ou permitir a prática de atos
que por ação ou omissão, prejudiquem
direta ou indiretamente a saúde do
próximo.
E deve ter presente, entre outras, as
proibições legais como: no art. 129. do
Código Penal: "Ofender
a integridade
corporal ou a saúde de outrem . pois
incorre em pena se resultar em aborto, de
reclusão de dois a oito anos. Também a
Lei das Contravenções Penais, no art. 20:
"Anunciar processo,
substância ou objeto
destinado a provocar aborto ou evitar a
gravidez", estabelece pena de multa em
cruzeiros.
ASPECTO SOCIAL
A humanidade sempre procurou o
melhor e mais seguro recurso para evitar a
fecundação. Meios empíricos, práticas
improvisadas várias, processos contra o
ovo e o embrião, além de outros, ora
visando o óvulo, ora o espermatozóide,
levando desde algum tempo, os cientistas
estudarem as possibilidades mais eficazes,
chegando aos contraceptivos orais femi-
ninos e em vesperas do contraceptivo
masculino. Os anovulatórios orais, existin-
do à vinte anos. tendo grande emprego,
pois estão sendo utilizados por cerca de
oitenta milhões de mulheres em média de
cento e cinqüenta países. A conquista da
pílula anticoncepcional determinou uma
modificação na sociedade influenciando
outros elementos da comunidade, pois
permitiu liberdade feminina de controlar-
sua gestação e a capacidade de fertilidade.
Por outro lado. veio somar no programa
de controle da natalidade. Atualmente nas
democracias o planejamento familiar, isto
é. a liberdade da família de planejar o
número de filhos que entender por bem
ter. trouxe condição de satisfazer a política
da natalidade. Entretanto nem todas as
famílias têm condição de adquirir pílulas
para manipular a natalidade doméstica e
como há interesse de muitas nações de
limitar nascimentos criaram organizações
para educar o povo a ter poucos filhos e
dar meios gratuitos de evitá-los. Discute-se
o interesse de alguns países, os desenvol-
vidos, de controlar a natalidade de outros
países e de raças, como a negra. Entretan-
to o que é válido seja possibilitar a mulher
pobre de livremente escolher ter filhos e o
Estado fornecer os meios ao seu alcance
para evitar a prole. A família deve ter
liberdade no seu planejamento de nata-
lidade. (10)
Todavia, com a existência oficial ou
legal e ética de meios clássicos e científicos
contraceptivos continua a crescer o
abortamento criminoso em nosso País. No
Rio de Janeiro, segundo declaração de um
"médico" entrevistado anonimamente em
difundido programa dc Tv. em horário
nobre, existem cerca de vinte clínicas de
abortamento criminoso, na cidade, onde
são praticados diariamente média de cinco
abortos. Portanto, nessas clínicas de
"médicos", anualmente, estima-se em
12.(XX) abortamentos criminosos. Juntando-
se aos abortamentos feitos por curiosas o
total deve ser bastante elevado, sendo
estimado em cerca de um milhão e meio
em todo o Brasil.
O Ministério da Saúde, em 1977, au-
mentou sua preocupação com o problema
materno-infantil e motivado por condições
surgidas estabeleceu Programa de Saúde a
respeito e oportunamente fixou atitudes e
desenvolvimento de metas.
No conteúdo de conceitos compreende
que
"O planejamento
familiar não deve
ser confundido com o controle demo-
gráfico, é instrumento válido para pro-
mover a saúde materno-infantil.
Seu objetivo não é reduzir a natalidade
e sim compatibilizar as gestações com as
condições do organismo materno, asse-
gurando uma prole saudável.
Encarado como uma atividade do
programa materno-infantil. o planejamen-
to familiar somente se justificará, quando
integrado na assistência materno-infantil,
não devendo ser executado em agências
especializadas para tal fim específico.
Somente o casal é competente para
planejar o crescimento da família e
quaisquer ações procurando direta ou
indiretamente impor condutas, implicará
em violação da liberdade de decidir, liber-
dade que o Governo Brasileiro já reco-
nheceu. na Conferência de Bucareste. como
privativa dos cônjuges."
Além de outras considerações, fala que
uma nova gestação que implique em risco
para a saúde materna ou para higidez do
nasciturno. será dever do médico alertar os
pais. assim como sobre os meios ade-
quados ao planejamento familiar em cada
caso. O fornecimento de meios materiais
para o planejamento familiar somente se
justificará se acompanhado de medidas
terapêuticas e suplementação alimentar,
indicado em cada caso. tendo como fi-
nalidade a recuperação da saúde materna.
"Das gestantes que espontaneamente
compareceram a assistência pré-natal dos
serviços oficiais de saúde, estima-se que
10% apresentam riscos gestaeionais con-
siderados de médio e alto risco. Da
previsão do OPI (Orçamento Plurianual de
Investimento) para o período 1978/1981^
têm-se, pois, um total de 75.030 gestantes/"Das
gestantes com problemas de médio
ou alto risco, estima-se que 70% não
dispõem de recursos para aquisição dos
meios contraceptivos."
"Dentro do previsto
no OPI. a clientela
a ser atendida será portanto dc 53.607
gestantes."
Deste modo o Governo através dos
órgãos dc saúde possibilitíírá os meios de
contracepção. (11)
Compreendemos, portanto, que são
problemas que merecem a maior atençào
— o abortamento. a assistência materno-
infantil e a contracepção na sociedade
atual pelas grandes implicações, principal-
mente, com referência à saúde, ao direito
e à ética.
A GAZETA DA FARMAC1AMARÇO DE 1980
Ei Atroveran. O único
antiespasmõdico
pesquisado
e
desenvolvido
pelo
natureza. ^
Não Engorde!
Na fórmula de Atrweran
It6 entram etementos naturais.,
de baixa
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v x , 1WR §1 i
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•n* A* hafca frwirfefaAf Axtrakta
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• *"** -* ^ * «• ,
,- Aa. ¦ 48r :•. X
Como sabe o organismo,
quando o corpo está gordo
ilcm ais?
Segundo trabalhos de
pesquisa feito durante seis
anos. parece que o sinal de
gordura excessiva no corpo seja
dado pelo nível de insulina no
fluido cerebro-espinhal.
Injütando-se insulina
diretamente no eérebro de
. certos animais, conseguiram ow
pesquisadores que eles
comessem menos e perdessem
peso. Hstes resultados sugerem
uma nova modalidade de
combate à obesidade nos seres
humanos.
\s pessoas gordas produzem
insulina em quantidades
n o r mais. t o d a v ia os
mecanismos sensíveis à iti -
sulina. localizados no eérebro.
podem estar defeituosos.
Assim, fazendo-se.' uma
comparação das pessoas de
peso normal com os obesos,
estes poderão precisar de níveis
bem mais elevados de insulina
no cérebro.
Resta saber como será
possível elevar os níveis de
insulina no cérebro sem
prejudicar as outras partes do
coipo.
66'Armadeira99
A Antártica é o único lugar
do mundo, onde ainda nào se
encontra aranhas.
Existem cerca de 33 mil
•espécies de aranhas, sendo a
maioria de costumes terrestres.
Hni todos os Continentes o
clima é favorável para as
aranhas. Klas se alimentam
principalmente de insetos. Há
outras espécies, no entanto,
que caçam peixes e até
pássaros de pequeno porte.
A phoneutria. também
conhecida como "armadeira",
é uma das mais perigosas da
espécie. Seus exemplares
costumam esconder-se em
locais escuros e úmidos, tais
como bananeiras e bromélias.
Durante a noite saem à
procura de alimentos.
Nos locais urbanizados ou
nirais. penetram nas casas e
escondem-se dentro de sapatos,
enüv as roupas, cortinas e sob
lençóis e. quando se sentem
ameaçadas, levantam-se sobre
as pernas traseiras em atitude
agressiva.
A pessoa picada pela
"ar-
madeira", se for criança ou
adulto debilitado, corre perigo
de vida. pois o seu veneno age
sobre o sistema nervoso da
vítima, podendo ser-lhe fatal.i
Sacarina, Nitritos e Nitrisaminas
(CONCLUSÃO)
encontradas em peixes e carnes
defumadas, principalmente em
bacon frito. Muitas têm sido as
pesquisas na procura de substitutos
para o nitrito que daria às carnes
defumadas a cor e o sabor familiares,
que evitassem deterioração e
in ibissem as bactérias que produzem
as toxinas fatais do botulismo. sem
nenhum resultado positivo, se bem
que algumas substâncias como a
\itaniina C e sorbato de potássio
parecem aumentar a eficácia dos
nitritos.
O jeito foi diminuir a quantidade
de nitritos usados para defumar o
bacon, a fim de reduzir as
nitrosaminas a um nível baixíssimo.
Até agora porém, as nitrosaminas
ainda são encontradas em muitas
amostras de bacon frito.
Experiências posteriores revelaram
que o nitrito deveria ser considerado
como careinógeno em potencial,
m esmo na ausência das
nitrosaminas. uma grande quan-
tidade de ratos foram alimentados
o»ni doses elevadíssimas de nitrito e
acabaram lendo câncer linfático.
viuuparados com H"< de um grupo
de controle que não haviam sido
iilimc ti t a dos desta forma. A
proibição do emprego de nitritos
trará consideráveis mudanças na
k>mia de defumar as carnes.
O interessante é que as carnes
defumadas são fonte de somente uns
2". dos nitritos na média do
organismo humano. Os nitritos ou
nitratos dos quais são formados os
nitritos. aparecem também sob
forma natural em vegetais e frutas,
enquanto a saliva normal humana
contém uma proporção bem maior
do que carnes defumadas.
Outra descoberta nos dá conta de
que as nitrosaminas encontram-se na
cerveja.
O que está acontecendo, em
resumo, é que uma plêiade de
estatutos, originalmente destinados a
prevenir a ação prejudicial dos
produtos alimentícios, baseados em
ciência e lógica dúbias, está se
transformando em um sistema de
repressão contra o consumidor e.
assim, se o público apesar de tudo
resolver eomer bacon, usar sacarina
e outros agentes cancerígenos, estes
precisarão ser postos fora de seu
aleanee.
O I DA nào está inclinado a tomar
sobre si esta responsabilidade, uma
\e/ que os benefícios são de mais
difícil apreciação e. pesando os riscos
contra os benefícios, pode acabar
comparando maçã e laranjas.
Ao ser formulada a lei seria bom
que os legisladores tentassem
diferenciar os diversos graus de risco
real em todos os alimentos, e não só
dos aditivos, o que certamente
envolverá estimativas quanto à(
relativa potência das substâncias
tóxicas, a quantidade presente e o
número de pessoas a eles expostas.
Baseados então em tais estudos, os
fabricantes de alimentos seriam
divididos em três categorias de risco:
alto. médioe baixo. Uma substância
de alto risco teria que ser abolida. Os
alimentos classificados como de risco
médio para a saúde, seriam
devidamente rotulados com in-
formação ampla e precisa sobre a
natureza e magnitude do risco. Os
alimentos de baixo risco, nào
precisariam ter nenhuma in-
formação na lata e. mesmo neste
último caso. os legisladores talvez
exigissem que os fabricantes
reduzissem o risco sempre que'
possível sem ônus.
O risco econômico é eviden-
temente enorme, mas vale a pena
tentar.
PORTARIAS:
DISCIPLINA
PROPAGANDA
Função
de
Confiança
Através da Portaria n.° 027. de 29.02.80. da
Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária,
publicada no D.O.U de 04.03.80. Seção I,
Parte 1, píg. 3983. foi constituída Comissão a
fim de elaborar projeto de normas para o
disciplinamento da aprovação da propaganda e
publicidade das substâncias e produtos sub-
metidos ao regime de vigilância sanitária da Lei
Lei n.° 6.360/76.
Foram designados como Presidente e Vice-
Presidente da Comissão, respectivamente, os
Drs. Edgard Benedito de Abreu Araújo e
Fernando Nagib Jardim, dela fazendo parte,
mais os seguintes membros: Dr. Jorge da
Costa. Dras. Laura Gonçalves Ferreira,
Carolina Rodrigues Gomes e Elionae Dantas
Máximo.
Através dá Portaria n.° 03/Bsb. . de
15.02.80. publicada no D.O.U. de 20.02.80.
Seção I. Parte I. página 3199. o Ministro da
Saúde designou o Dr. Jorge da Costa, far-
niaccutico. para exercer a função de confiança
de Chefe do Serviço de Fiscalização e Controle,
da Divisão Nacional de Vigilância Sanitária.
MARÇO DE 1980 A GAZETA DA FARMACIA7
4 — PARTE EXPERIMENTAL
Os detergentes, como referiu-se
atrás. podem ser enquadrados como
sanificantes domissanitários.
São produtos apresentados na sua
maioria em forma líquida. Superam os
sabões pela ação desengordurante. ação
desenerOstante. além de ação umec-
tante. As substâncias ativas em-
pregadas nas suas preparações, por
serem obtidas por processos de
sulfonaçào contínua, confere-lhes
baixo índice de sais inorgânicos. Isto
dota o produto terminado, de maior
poder de detergência e formação
afrógena estável e eopiosa. Ainda em
termos comparativos com os sabões,
deve-se levar em conta que os
detergentes não se deixam alterar em
suas propriedades, reagindo bem
quando em contato com água cujo
p.p m seja superior a 300. (3)
4.1 — Componentes dos Detergentes
Tal como os medicamentos, os
detergentes estruturalmente, além do
princípio básico e seu veículo se com-
põem de outros agentes e numa fórmula
simples podem ser citados os seguintes
constituintes:
- Substância Ativa: Ê o agente
responsável pela detergência. isto é.
quando dissolvida em água e aplicado
sobre superfícies facilita a separação
de matérias estranhas molhando,
eniulsionando. desprendendo e
suspendendo os elementos poluentes,
impedindo consequentemente a
sedimentação e readerência.
Como já foi referido, o produto
mais
empregado como substância ativa,
en tre nós. 6 o ácido dodecilben-
/enosulfônico ou o seu sal sódico.
— Espessantes: Entendendo-se que
os deteisentes devem apresentar uma
\iscoãdade compatível com a facilidade
do emprego para os usuários é que,
inclui-se em suas fórmulas produtos de
propriedades espessantes, desde que
nào afetem as características da
substância ativa.
Pelo que sabemos e utilizamos na
prática diária, os agentes mais em-
pregados como espessantes na
fabricação dos detergentes rotulados
por aIquilalrilsulfonados são: Sal
Sódico do Éter Carboximetllico da
Celulose* ou seja. a c a r -
b o x i m e t i 1 c e I u 1 o s e s ó d i c a
DETERGENTES
(II)
Aspectos Químicos
e Farmacotécnicos
e sua Produção em Hospitais
abreviadamente chamada de C.M.C. Ê
uma substância que se apresenta em
to mia de pó ou grânulos brancos,
facilmente dispersível em água, dando
origem a dispersões coloidais. A
la mi a copei a Brasileira a coloca na
categoria de "adjuvante
far-
macotécnico". (2Í. Além de aumentar a
viscosidade. a carboximetilcelulose
promove efeito antidepositante do
material poluente emulsionado e
suqienso. 18). Ultimamente tem se
usado, com bons resultados, um
oo mposto orgânico obtido por reação de
alcanolaminas sobre ácidos graxos
contidos principalmente no óleo de
coco. Dessa reaçào se origina
alcanolamidas. As atcanolaniidas do
ácido gmxo do coco mais empregadas
como espessante são a dietanolamida. a
polietanolaniida e a monoetanolamida.
As duas primeiras se apresentam em
estado líquido viscoso com pH que
variam de 8:00 - 10:00. A
monoetabolamida se apresenta em
cscamas com pH entre 8JOO — 10:50
1-lssas alcanolamidas além de for-
neeerem viscosidade. concedem
estabilidade afrdgena e atuam como
emoliente reengraxando a pele (8) com
plena compatibilidade dermatológica.
(8).
Corretivos: A critério do
fabricante e dependendo das
finalidades dos detergentes, in-
corporam-se. âs suas fórmulas,
essências e corantes.
Veículo: Respeitando-se a
solubilidade da substância ativa é
evidente que deva se usar a água como
veículo dos detergentes.
4.2 — Fórmulas Ensaiadas
O ponto de partida para
a
preparação de fórmulas de detergentes,
pelo que foi anunciado, evidentemente,
teria que ser o composto
alquilaromático sulfonado. adjuvado
pelos espessantes anteriormente
citados.
A indústria de produtos básicos nas
quais se apóiam as inddstrias de
transformação, oferecem os
alquilaroniáticos sulfonados. entre
outras, sob duas formas. A forma ácida
que corresponde ao ácido
(lodccilben/.enosulfónico e a forma de
sal sódico que é o do decilben-
/cnosulfonato de sódio. Hsses produtos
se apresentam com as características
representadas na tabela 1.
Para maior segurança na con-
a*ntração final do produto e por ser-
mais econômico, preferiu-se utilizar a
forma ácida, mesmo sabendo-se que na
sua neutralização deva se atentar para o
ponto ile viragem. pois, ao atingir pH
5:00. rapidamente, com pequena
quantidade de soda. chega-se ao pH
7;00. Ao menos avisado, nesta manobra
o pH mesmo com cuidado eleva-se
ultrapassando a pH 12:00. Deliberou-se
também que a concentração da subs-
tância ativa para fórmulas a ensaiar
seria de 5°i.
Preconizaram-se então três fórmulas
às quais se deram os códigos de A. Be
('. com espessantes diferentes,
achancjo-se por bem incluir essência de
limão em todas elas nas concentrações
demonstradas na tabela. II
ÁCIDA
SAL. SOD.
Aspecto
Físico
Líquido vis*
coso varian-
do de ambar
a preto
Pasta amare-
lada ou par*
dacenta
TABELA I
Subst. AT
94,5
a
97%
i50%
pH Sol. à
10 %
6:00-80
Solubilida-
de em Água
Solúvel em
qualquer
proporção
Solúvel em
qualquer
proporção
TABELA II
FORMULAS
COMPONENTES ABC
Acido Dodecilbenzeno-
sulfonico 5,0 5,0 5,0 g
Carboximetilcelulose A.V. 0,25 g 0,125
g
Dietanolamida 3,0
1,5 g
Hidroxidorde Sodio . „ _
a 50% q.s. pH 7.00 pH 7.00 pH 7.00
Essentia de Limao 0,1 ml 0,1 ml 0,1 ml
Agua Potavel q.s.p. 100 ml 100 ml 100 ml
HIPERTENSÃO
Benefícios da Amamentação
De uns anos para cá. o número de mortes por
derrames, doenças cardíacas e outras complicações
a elas atribuídas, tem diminuído bastante.
Parte se deve à maior consciência e compreensão
do problema.
Mas importante também c o desen-
Yolvimcnto de uma enorme gama de drogas novas,
que apresentam menos efeitos colaterais do que os
medicamentos antigos, e que podem ser adaptadas
às necessidades de cada paciente.
O paciente típico é. de um modo geral, a mulher
acima dos 40 anos. muitas vezes com excesso de
peso. Os elementos que desencadeiam a pressão
alta
ou hipertensão podem ser excesso de sal na dieta ou
desbalanceamento hormonal. .
, Muitas pessoas nào sabem que
são hipertensas c
só descobrem, quando fa/cm algum exame. A
pressão pode variar consideravelmente.
Fatores tais,
como idade e estado emocional afetam a pressão
sangüínea. Em geral, se a pressão
marca repeti-
(lamente mais do que 14 x 9. o caso requer atenção
e até mesmo tratamento, feito à base de «ieta-
redução de sal. exercícios, relaxamento e diuréticos.
que reduz o volume dc sangue e conseqüente di-
minuição da pressão.
A mais recente descoberta cm matéria de diu-
réticos, o ticrinafen, tem a vantagem de diminuir os
nncis dc ácido úrico no corpo, e, assim, eliminar o que.
U m sido desvantagem dos outros dhirétieos, isto e, as
ullos nó ri» dc ácido úrico que podem ser associados a
iíola c a outros problemas.
Existe uma tendência cada vez maior por parte dos
médicos a recomendar as maes que amamentem seus
filhos. Baseiam-se eles na evidêficia científica de que
o leite materno oferece o melhor alimento para o
bebê e é capaz de suprir todos os nutrientes ncces-
sários durante pelo menos os primeiro quatro
a seis
meses de vida. As razões que apresentam os médicos
são: 1) balanceamento de nutrientes — O leite
materno contém os elementos nutrientes nas quan-
tidades exatas e na estrutura química adequada, para
ser facilmente absorvido, digerido e eficientemente
utilizado pelo bebe. Tem um teor relativamente
baixo de proteínas, o essencial para as necessidades
dc formação dos tecidos, pois demais seria nocivo ao
fígado e aos rins imaturos, e seu conteúdo de gordura
é de tal forma que se torna de fácil absorção. O
colesterol. contido no leite materno, usado na for-
maçâo dos tecidos do cérebro e dos nervos e dos
ácidos biliares. pode também fazer disparar
*a pro-
duçào de enzimas que. na realidade, diminuem os
níveis séricos dc colesterol na vida futura. Hxistem
pequenas quantidades dc ferro no leite materno,
absorvidas de tal forma que são o suficiente para as
primeiras necessidades do bebe. 2) propriedades
únicas de proteção — O colostro. o líquido incolor
secrctado durante os primeiros dias após o parto, e o
próprio leite, contêm ambos anticorpos especiais que
destróem os organismos prejudiciais e protegem
o
bebe de inúmeros distúrbios, inclusive os respira-
tórios. e de várias infecções gastrointestinais, como a
diarréia por exemplo. Outros fatores contidos no leite
materno parecem oferecer ao bebê proteção a curto e
a longo prazo contra muitas alergias tanto da pele
como respiratórias. 3) salvaguarda da obesidade —
Como o bebê que se alimenta com o leite materno só
ingere o suficiente para satisfazer a fome. evita-se.
assim, a obesidade, uma das causas da superalimen-
tação.
á.
ki • í;
MENTREV
Oarrtidiarréico de ação
global.
Antiinfecòoso intestinal.
Absorvente e protetor da mucosa intestinal.
Antiáádo, constipante e deniulcente.
Comprimidos
Suspensão
Agradável
sabor
cacau/caramelo
mnwm
Q
1 ™**& «*« *QUm Hlv ^CmB^^ ^¦BHR \a
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— -«— ¦ ¦ i ii i^ / M ¦ V- ¦ _. .. (vsa
k| **w v;ii v" f'nttK o Dr. Walmor I
^
i ¦ yj|.^ Paulo de Luca ao lado dof J
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gg|f jfjffc^
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^r<'w<'<,'"<'
('° CFF, Dr. . I .-clL
Ik ? ¦ -/ J. r J[ X.
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Wg
^
Anualmente, no me. de mar*,, o (
V tr-Pg^B.-* dcmais componentes da Hi f FMerml de Farmfela reune em Aw" diretona. I
^01 Geral, todos os Presldentes dos Ca
I ^ Jff ^K Regional# de Farmacia e os Cons<
I JWl Federals para debaterem em conji"M/l*
• 1 TT assuntos relevantes da proflssao em
Merecida Homenaffeiii v
I ^
Durante varlos dias sao abordados em
I *1 to os temas da pauta e tomadas imt>
I 11 dellbera^oes.
——i Este mo tove lugar a XXI Assemble!
Por oeasiao da tramitacao do projeto dos Biomedicos no Legislative, a elasse farmaceutio* !¦ ¦¦¦¦¦¦! £"h*^"10"2*
Farn*cla' realllada 1
mosirou a sua PHj.nea Unto
pete suas Uderan^ „os Conselhos Regional* com. pelo mptnllo Antonio
da F^A^UvT^XnTe,
decisivo do orgao maximo da profissao que e o Conselho Federal de Farmacia I !> Monipanhado dos demals dlretores, Drs.
I W Benedlto de Olivelra, Vlce-Presldente;
IWH A, ..!¦¦ Jos* Colombo, Secretarlo Geral;
I HU Br^L Sarquls Jerelssatl, Dlretor-Tesoureiro.
~ I VBr^
*
/1|W Cada um dos temas da pauta 6 coordenConselhos e entidades da prt>t.iriori.„ r*. wx
• a I ¥m um
Oonselhelro Federal que acomnanta
elasse. profissionais far- An,„ni H c
agradecer renovar em seu Iff P««v. ...unto em .'.«. kJU
a . Antonio da honscca e nome e do farmaceutico IW ,7 SH Os Conselhelros Drs. Camllo Rana 1aceu icos e es u ntes e
Silva, em nome do Euclides Girolamo Scalco. IF • •
gflf Svixm8
Lima^^orrela.. J
todo o pais cerraram fi- r a « i . II Hfll s°u*a Santos, Joao Raymundo Brune
leiras e cnfiKeunir.m rnfor.
ConseIho Federal de impossibilitado de com- L ¦! nhede. Lull Ivando Plres Ferrelra,'
1 Farmacia. e pelo Presiden- parecer ao ato. mas lv ^erre'ra
Leal e Raphael Cabrai 1
mulavao do projeto imcial te da ANF „• or,to
4 , \W M W^HI Fagundes e os Suplentes Adhelmar Ca
em seus topicos prcjudieiais c
. .
'
. presentc postenormente h
1" Ramos, HUonete Baptista Gomes e
. f a , aaudados em nome do Assembleia. renovar os I "aulo Telxelra desempenharam Imia clavse farmaceut.ca. apos
CFF pelo Dr. Antonio seus propositos de se \
aA tereta. m„,to oontHbutado p«a . e,
ingentes esfor^os de vanos r*r • • \r , I reunloes.
,mos illf.. otncdito de Oliveira, Vice- empenhar sempre
pela I Todos os reglonals estiveram presentc
v A- Presidente da Casa. e pelo causa da Farmacia no f
^Wi *euI,presldentes a saber:
Na Camara dos nr,K,;,„( . A MI, , a ... ,
'
fcs - CRF-1 — Dr. SEBASTlAo DE A
Deput ido 1 ' resioente da /\NF. recebe- ambito de suas atividades I
jP>J*fJl jPr PONTES0.S' (°'S nomcs ram honrosa apreciacio em parlamcntarcs. I tX UM —CRF—*
— Dr. FRANCISCO JOSfc SIQ
entre os deputados desen- ,
' . ..
' I \w TELLE8
volveram lahoriosa e cons. ,
X'
^adu/lda
A merecida consagravao If.:'_ CRF_s _ Dr. CARLOS ALBERTO
, , . a . . Por sugestivos diplomas e que procuramos encarecer RIAS VAZ
tante atividade. favorecen- placas de a|usivas |o(, , f
TT' SaSf-4
" Dr' VALDBVm SEIXAi
do a causa da farni'icii • • a I ' ^ ^1 kaik#
Oc [v>n,„,j,u w\
1 suas participates em toda maceutica neste registro I _ CRF_5 _ Dr. JALDO DE SOITZA SAN
p i 1 .
1
.
10F a campanha. singelo. foi sent duvida I \f. ~
Dr. LU1Z CARLOS MARZA'
Paulo de Luca. de Santa n nr w,im«r Do, i a
- r K CRF_7 _ Dr. FERNANDO G0ME5
r . r- . . U Ur. Walmor Paulo de episodio que marcou o I ¦! /
Latarina. e Euclides i * - . . . I I
n> t. , , Luca, farmaceutico atuante reconhecimento da elasse a |
uirolamo Scalco. do c . j * ... .... » ——,
P ir ina ambos f*
n° e Analises estes distinguidos represen- I i I fl8BI^53P'®5^ZMr*"~
a ?S
arma CHnicas,
presente a so- tantes do povo na esfera do f*~ceu tic os. se clestacaram em i • a j I %l i I m ¦* ¦
, lenidade, teve ensejo de ao Legislativo. I
'-Sm ml I I
dechcacao e^ constante c
^
I
^^rtjwjf
I
GMmm ——^
Vu folo, o l)r. Wulmor
Paulo (li- Luca ao lailo do
i*rcsiilfnif i/o CFF, Dr. .
Márcio Anionio da
Fotiscca •' Silva, com os
ilcmais c< nnponcntc\ da
dirchtria.
Merecida Homenagem
Conselhos e entidades da
classe, profissionais far-
macêuticos e estudantes de
todo o país cerraram fi-
leiras e conseguiram refor-
mulacào do projeto inicial
em seus tópicos prejudiciais
à classe farmacêutica, após
ingentes esforços de vários
anos de luta.
Na Câmara dos
Deputados, dois nomes
entre os deputados desen-
volveram laboriosa e cons-
tante atividade, favorecen-
do a causa da farmacia
Os Deputados Walmor
Paulo de Luca. de Santa
Catarina. e Euclides
Giro Iam o Scalco, do
Paraná, ambos farnia-
cêuticos. se destacaram em
dedicação e constante
atuação benéfica durante
toda a campanha.
Tendo presente a des-
tacada atuação dc ambos.
o Conselho Federal de
Farmácia e a Academia
Nacional de Farmácia, por
ocasião da recente Assem-
bléia dos Conselhos de
Farmácia, resolveram
homenageá-los.
Presentes os presidentes
de todos os Conselhos
Regionais de Farmácia do
país., os Conselheiros
Federais, a Diretoria do
CFF e o Presidente da
Academia Nacional de
Farmácia. Prof. Evaldo de
OHveira. foram os dois
deputados distinguidos pelo
Presidente Dr. Márcio
Antonio da Fonseca e
Silva. em nome do
Conselho Federal de
Farmácia, e pelo Presiden-
te da ANF.
Saudados em nome do
CFF pelo Dr. Antonio
Benedito de Oliveira. Vice-
Presidente da Casa. e pelo
Presidente da ANF] recebe-
ram honrosa apreciação em
nome da classe, traduzida
por sugestivos diplomas e
placas de prata alusivas as
suas participações em toda
a campanha.
O Dr. Walmor Paulo de
Luca. farmacêutico atuante
no Setor de Análises
Clínicas, presente à so-
lenidade, teve ensejo de ao
agradecer, renovar em seu
nome e do farmacêutico
Euclides Girolamo Scalco.
impossibilitado de com-
parecer ao ato, mas
presente posteriormente à
Assembléia, renovar os
seus propósitos de se
empenhar sempre pela
causa da Farmácia .no
âmbito de suas atividades
parlamentares.
A merecida consagração
que procuramos encarecer
perante toda a classe far-
macêutica neste registro
singelo, foi sem dúvida
episódio que marcou o
reconhecimento da classe a
estes distinguidos represen-
tantes do povo na esfera do
Legislativo.
CONS
Dr. /-.nchdc\
(iint/amo
Scalctt
11
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C\ J^Ii jj\ |T\ m m mMí
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EIA GERAL
( leDic
ss Méia"o
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s< ílros
leljjteral
p. Krcio
s.linlo
>; pielo
¦mon
enlipor
ihnres-
REIHA
_ CRF—8 _ Dr. RENATO BARUFFALDI
_ CRF 9 _ Dr. PEDRO ROCHA
_ CRF—10 _ Dr. GUSTAVO BAPTISTA ÍBOLI
_ CRF—11 _ Dr. ABRAO BECHARA SELE ME
_ CRF—12 _ Dr. MÁRIO CORRÊA PECE-
OUEIRO
CRF—13 _ Dr. GUILHERME XAVIER DE
OLIVEIRA NETO
_ CRF—14 _ Dra. MARIA IRACEMA LUCAS
_ CRF—15 _ Dr. JOSÉLIO PAULO NETO
_ CRF—16 _ Dr. ADEILDO DE MIRANDA
MESQUITA VicePresIdente
_ CRF—17 _ Dr. MARCOS FERREIRA DE
JESUS
_ CRF—18 _ Dr. CLEONISHETH ALVES
tristAo
_ CRF 20 _ Dr. ELDO PA Dl AL
_ CRF—21 _ Dr. ABEGUAR HERDY DE
OLIVEIRA
_ CRF—22 _ Dr. MANOEL BASTOS URA
Vários temas foram objeto de deliberação pelo
Plenário:
Laboratório de análises clínicas
Dispensa rio de medicamentos de hospitais
_ Agilização do processo de regulamentação do
âmbito profissional
_ Expedição de carteiras
_ Artigo 80 do Decreto 74.170/74 _ Inclusão
desse preceito no texto da Lei S.991/7S
Cota do CFF _ emolumentos
_ Elaboração de um prospecto realçando o
campo de atuação do profissional farma-
cêutlro e farmacêutico bioquímico, aspecto
social, rentabilidade que a profissão oferece,
etc...
Obrigatoriedade de existência de laboratório
nas farmácias
Alteração do código de ética da profissão
Estágios obrigatórios em Farmácia
O papel do farmacêutico na Farmácia
Zoneamento de Farmácia na Grande Vitória
Valorização da profissão farmacêutica
11
*****«
4 ~"-v Jf
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s HOS DE FARMÁCI/
ANOS
SfVIÇO DA SAÚDE
CFF
fELHO FEDERAL
FARMÁCIA
1960 • 1980
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/CSr A v.
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^'4'' t\Af/
\ fSr*K'
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.v. vv%vV"% .£» GO X
V^v
Ao ensejo da Assembléia Geral
dos Conselhos de Farmácia rea-
lizada em março, a Dra. Iracema
foi apresentada aos líderes da
Farmácia Brasileira, pelo Dr.
Raphael Cabral Pereira Fagundes,
Conselheiro Federal.
A sua sabedoria enriquecida por
sua bagagem de conhecimentos,
com sua última viagem empreen-
dida à Europa, especialmente à
!França, a par de sua vivência
profissional como farmacêutica,
desempenhando importantes mis-
soes na área de ensino e de
administração pública, na área de
saúde em nível estadual e federal,
permitiram a todos que presen-
ciaram sua palestra proveitoso
panorama das realidades e tendên-
cias do ensino farmacêutico.
A Profa. Iracema Joana Salim
Estefan, natural do Rio Grande do
Sul. farmacêutica inscrita no
Conselho Regional de Santa
Catarina, formada pela Faculdade
de Farmácia e Bioquímica da
Universidade Federal de Santa
Catarina, possui vários cursos de
pós-graduaçào. inclusive a nível de
mestrado. E mestre em Física e
Química com trabalho e tese. Fez
toda a hierarquia da carreira
dtfçente; ç professora das disci-
plinas Física e Química, Análise
Instrumental e Química Geral; é
bioquímica da Secretaria de Saúde
do Estado de Santa Catarina;
freqüentou inúmeros cursos; ptt»'
ticipou. de vários Congressos,
Seminários, Simpósios e outros
eventos aqui no Brasil e no exte-
rior; é membro da Associação
Farmacêutica de Santa Catarina;
tem vários trabalhos realizados em
74. 75 e 1977; é funcionária tam-
O Conselho Federal de
Farmácia convidou a
Professora Dra. Iracema
Joana Salim Estefan para
proferir palestras sohre
"Perfil Ensino
Farmacêutico e Farmácia
Hospitalar".
bém da Secretaria da Agricultura
do Estado de Santa Catarina; é
representante da área de Ciências
Físicas — Seção de Santa Catarina
na Associação Brasileira de Ensino
Farmacêutico e Bioquímico: é
assessora, para assuntos E^rma-
cêuticos no Grupo Setorial da
Saúde do Ex-Departamento de
Assuntos Universitários do
Ministério da Educação e Cultura;
é membro do grupo de trabalho da
Câmara de Ensino da Comissão
para reforma do Ensino Univer-
sitário; é membro do Grupo de
1 rabalho que realizou estudos para
criação do Curso de Farmácia da
Universidade de Brasília. Rtceben-
do esta homenagem é membro
efetiva da Comissão de Estudos do
Currículo do Ministério da Edu-
cação, e na qualidade de atualmen-
te funcionária do MEC do Grupo
Setorial da Saúde, integra também
a Comissão recém-designada pelo
ex-diretor do antigo DAU —
Departamento de Assuntos Univer-
sitários do MEC — a Comissão de
Especialista em Ensino de Ciências
Farmacêuticas.
O Presidente Dr. Márcio Anton»
da Fonseca e Silva, ao agradecer a
presença da ilustre colega, assim
finalizou: "Com
prazer ouvimos
atentamente os ensinamentos da i
Profa, Iracema, farmacêutica das
mais brilhantes, idealista e bata- j
lhadora da profissão que . nesse1
instante tenho o privilégio de
saudar em nome do CFF*.
Ao término da palestra e, após,
responder com proficiência as
perguntas do Plenário, a Profa.í
Iracema foi calorosa e merecida
mente aplaudida.
1
mmm
MEDICAMENTOS ESSENCIAIS-1980
*
O Conselho Federal de Farmácia> objetivando um conhecimento perfeito pela classe farmacêutica
das atividades da CEME sobre as alterações na Relação de Medicamentos Essenciais, promove a
publicação das informações do Colega Leonildo Winter, presidente da Central de Medicamentos.
O Conselho Diretor da
CENTRAL DE MEDICA-
MENTOS aprovou a nova
Relação Nacional de Medi-
camentos Essenciais-1980.
após ouvido o Conselho
Consultivo.
A Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais-
1980, que substitui a Relação
de Medicamentos Básicos-
1978. foi homologada pelo
Ministro da Saúde, Waldir
Arcoverde e pelo Ministro da
Previdência e Assistência
Social. Jair Soares.
A Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais é
composta *de
314 fármacos
que, em 1980. serão distri-
buídos à população alvo da
CEME, através das Secreta-
rias de Saúde e do INAMPS.
MODIFICAÇÕES
A Relação de Medicamen-
tos Básicos-1978 é composta
de 350 fármacos, que pos-
suem formulações básicas que
representam 656 apresen-
tações.
O atual Conselho
Consultivo da CEME, após
sucessivas reuniões, apresen-
tou ao Conselho Consultivo,
314 fármacos. ou seja, da
RMB-78 foram suprimidos 36
fármacos e eliminados 194
apresentações.
A Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais-1980
ficou composta de 462
apresentações. Foram, ainda,
alteradas 56 formulações nos
aspectos dosagem, apresen-
tação, embalagem, formu-
lação ou eliminação de
associações de produtos.
Restaram, portanto, na
Relação Nacional de Medi-
camentos Essenciais, no
Grupo I, que são medicamen-
tos destinados às Unidades de
Atendimento Farmacêutico do
INAMPS; Unidades Sani-
tárias das Secretarias de
Saúde, dispensários de aten-
dimento farmacêutico e Postos
de Atendimento Médico, do
INAMPS, 189 apresentações
de medicamentos para uso
irrestrito, nessas áreas.
No Grupo II, foram cias-
si ficados medicamentos des-
tinados aos hospitais,
ambulatórios especializados e
postos de assistência médica
do INAMPS, com 206
apresentações.
No Grupo III, ficaram
medicamentos para uso
exclusivo nos centros médicos
especializados e hospitais
universitários, com 67
apresentações.
No total, ficaram 462
apresentações que constituem,
na realidade, 314 fármacos
(princípios ativos).
MEDICAMENTOS
EXCLUÍDOS E NOVOS
Medicamentos que atuam
no sistema nervoso central e
periférico: foram excluídos os
fármacos "amital
sódico" e"pentobarbital",
pela raridade
de seu uso após a introdução,
nos últimos anos, de depres-
sores centrais mais ativos e de
menor toxicidade. A "lido-
caína-f epinefrina" a "pri-
midona". "trimetadiona"
e"triexifenidila"
foram
excluídas, por serem medi-
camentos cujo campo de ação
terapêutica pode ser suprido
por outros que já constam da
R.M.B., quais sejam a
"li-
docaína 4- norepinefrina""Fenobarbital". "Etoxuc-
cimida" e o "Biperideno".
Os
estimulantes centrais"Doxapram"
e "Metilfeni-
dato" foram retirados, pelas
atuais dificuldades de
aquisição e distribuição. Neste
igrupo, foi incluída a"Cetamina",
anestésico para
uso intravenoso que
'tem a
vantagem de provocar indução
rápida e suave, com mínimo
risco, indicado para crianças e
para cirurgias de curta du-
ração.
Medicamentos que atuam
no sistema nervoso autônomo:
não houve acréscimo de novas
substâncias, tendo sido
excluídas a "Efedrina",
"Norepinefrina"
e a "Tintura
de Beladona", medicamentos
com uso bastante reduzido,
face à introdução recente de
outros de melhor relação
benefício/risco.
Medicamentos que atuam
no aparelho circulatório: foi
excluída a "Estrofantina
K",
carditônico difícil de ser
encontrado no nosso meio,
mas com uso e propriedades
farmacocinéticas amplamente
substituídas pelo
"Desla-
nósido". Foi também retirada
a "Clortalidona",
substituível
pela
"Hidroclorotiazida",
que
já consta da R.M.B. foi
incluída a "Cinarizina",
cfica/ em casos de \ertigens, a
par dc ;i ••
«n^i^ítção cm
afecções vascular*';, com uso
difundido em nosso meio.
colocada uíi substituição ao"Betapiridil-carbmor,
cujas
condições de patente e comer-
cialização vêm causando
dificuldade de sua aquisição
pela CEME. Além de melhor'
relação benefício/risco, con-
siderou-se também a equi-
valcncia dc custos c o fato de
que a "Cinarizina"
é comer-
cializada por vários labora-
tórios, propiciando condições
favoráveis de concorrência de
preços em licitações públicas.
Foi incluído o "Nitroprussiato
de sódio" vasodilatador
utilizado freqüentemente em
unidades de terapia intensiva
e com custo baixo.
Meidcamentos que atuam
nos órgãos hematopoéticos e
no sangue: foi retirado o"Acenocumarol",
substituível
pela
"warfarina", ambos
anticoagulantes orais e com
indicações farmacológicas e
ações terapêuticas senielhan-
tes. Foi também retirado o"Menadiol",
substituível pela
"Fitomenadiona", "Fibri-
nogênio", pelo seu alto custo
e indicação restrita, consi-
derando-se ainda o grande
risco dc transmissão do vírus
da hepatite B, por ser
produzido a partir de' um"pool"
de plasma de vários
doadores.
Medicamentos que atuam
no aparelho genito-urinário:
foi retirada a "Clortalidona",
conforme referido anterior-
mente, não havendo nenhuma
outra modificação.
Medicamentos que atuam
no aparelho respiratório: foi
retirado o "Cloreto
de
Amónio". substituível pelo
"lodeto de Potássio".
Medicamentos que atuam
no aparelho digestivo: foi
incluído o "Mucilóid
de
Psyllium," como laxante e
auxiliar no tratamento de
colites e a "Cimetidina",
de
grande valia no tratamento de
úlceras e hemorragias gás-
tricas. Foi excluído o "Carvão
ativado". pela excepciona-
lidade de sua necessidade
como adsorvente em into-
xicações. considerando-se
ainda as dificuldades de
produção e o fato de ser
substituível pela
"Simeti-
cona". Foi excluída também a
Entidades da Classe
Padrões
dos Alimentos
O Conselho Federal de Far-
mácia aprovou em sua sessão de
22 de março de 1980 a recomen-
daçao n°34, que trata do
Incentivo à filiação as entidades
da ciasse.
O texto da referida recomen-
daçao i o seguinte:
O CONSELHO FEDERAL DE
FARMÁCIA, no uso das atri-
buições que lhe s2o conferidas
pela Lei 3.820, de 11 de no vem-
bro de 1960;
CONSIDERANDO que têm
sido feitas nas Assembléias
Gerais do Conselho Federal com
os Conselhos Regionais de
Farmácia indicações no sentido
de que os CRFs incentivem a
filiação dos profissionais às
entidades da classe;
CONSIDERANDO que a
filiarão a essas entidades é facul-
tativa, porém condição essencial
para vitalizá-las;
CONSIDERANDO que a essas
entidades se reserva papel de
relevo na organização da
estrutura profissional, comple-
mentando aquele exercido pelo
CFF e pelos CRFs;
CONSIDERANDO que for-
talecendo as nossas entidades de
classe, os CRFs concorrem para o
próprio fortalecimento da profis-
sao, permitindo-lhes atuarem
com grande eficiência no campo
que se lhes reserva.
RECOMENDAI
Artigo 1.® — Que os CRFs
incentivem os profissionais far-
macêuticoé inscritos a filiarem-se
as entidades de classe existentes
em sua Jurisdição.
Artigo 2.* — Que esse incen-
tivo seja feito mediante palestras
sobre as finalidades precípuas
dos CRFs e das entidades da
classe com o fim de despertar o
sentido de comunidade e de
união dos profissionais farma*
cêuticos.
A Secretaria Nacional de
Vigilância Sanitária do Mlnls-
térlo da Saúde, fez publicar no
D.O. 1916 de 25 de março de 1960
a Portaria n° 34 subscrita peloDr. Fernando Auguato Peixoto
de Figueiredo, Secretário
Nacional.
A Portaria tem o seguinte
objetivo:
I — Determinar que aa
empresas lntereaaadaa em re-
glatrar alimentos destinados ao
consumo em programas lnatl-
tucionals de alimentação, quer
promovidos por organismos
governamentais, quer por
entidades sem fins lucrativos,
deverão apresentar, por ocasião
do pedido de registro, elém dos
elementos exigidos pelo Decreto-
lei n.° 986, de 21 de outubro de
1969. e demais normas pertlnen-
tes. laudo de análise realizado
por laboratório credenciado ou
conveniado, atestando a confor-
mldade do alimento com os
padrões exigidos pelo respectivo
programa.
II — Aa dlapoalções do item
anteriôr apllcam-se noa casos de
alimentos que, embora já regls-
tradoa, devam ter os padrões
desse registro modificados para
conformar-se ás exigências do
Programa.
III — Os dlzeres da rotulagem
dos produtos referidos noa itens
anteriores deverão conter, além
doa exigidos por lei e regula-
mentos. em lugar de fácil lei-
tura, a expressão: "Produto
destinado a programa lnatltu-
cional" — "Proibida a venda."
IV — Esta Portaria entra em
vigor na data de sua publicação.
IEL I CI
SEl)
MEDICAMENTOS ESSENCIAIS-1980
"Colestiram ina". cu jas
indicações restritas e relação
benefício risco não justificam,
para 1980.a sua manutenção.
Medicamentos que aluam
sobre o metabolismo e a
nutrição: foram excluídos os
antilipcmicos "Clofibrato"
e"Dextrotiroxina".
conside-
rados os mesmos motivos que
para a "Colcstiramina".
Dentre os repositores hi-
drocletrolíticos. excluiu-se o"I
actato de Sódio", pela
cxccpcionalidadc de seu
emprego. As vitaminas em
apresent a ç ã o isolada."Colcca
lei feml". H r g< >cal -
ciferol". "Nicotinaniida".
" I iamina" e
"Riboflavina"
foram substituídas por menor
número de associações, con-
tendo todavia concentração
maiores dessas vitaminas,
suficientes para suprirem
carências específicas. Assim,
foram aprovadas três tipos de
associações: Vitaminas A e D.
podendo ou não conter outras
\itaminas; de Polivitaniinas.
\ itaminas com sais minerais c
Vitaminas do Complexo B.
Medicamentos de ação
endócrina: além da exclusão
da "UxaiKtrolona"
e"Dextrotiroxina".
já referidas,
foi excluída também a"Cort
ieot rof ina Natural
(ACIHl" atualmente subs-
tituívcl sem desvantagem pela"Cortieotmfina
sintética"; a"Fenformina"
e a "Tolbu-
taniida". substituíveis por
outros tiroideanos e antiti-
roideanos da R.M.B. e o
Glucagon". pela excep-
eionalidade de seu emprego
adequado. Foi incluído o"Hormônio
de crescimento",
para o tratamento dos casos
nanismos hipofisários. Dentre
os cortieóides utilizados em
altas doses no tratamento
sintomático de neoptasias foi
incluído o "Ca
proa to de
Hidroxiprogesterona". pela
sua aplicabilidade em clínica,
e a "Fluoxiniesterona".
em
substituição a "Mesterolona".
por ser considerada de melhor
relação benefício/risco.
Dentre os estrógenos. face à
existência em nosso meio de
similares terapêuticos dos
estrógenos conjugados, e
con sidera tido-se possibilidade
de redução do custo de com-
pra. foi incluído o "Estriol".
Anliinfecciosos e Anti-
parasitários: foram excluídos,
pela cxccpcionalidadc de sua
necessidade terapêutica, a"Rifamicina". "Sulfameto-
xa/ol". "Sulf
isozaxol","PAS"
e a "Quinina".
A
"Dietilcarbama/ina
pura" foi
também excluída da R.M.B.,
considerada sua apresentação
habitual em associação com a"Difenidramina";
neste caso
constara da R.M.B. apenas o"Dietilcarbama/ina".
porém o
produto farmacêutico deverá
conter o antialérgico. Foi
também excluída a"A
modiaquina",com indicação
relativamente rara e difícil
obtenção em nosso meio. A
"Hicantona"
foi excluída, por
ter sido praticamente aban-
donado o uso clínico após a
comprovação de maior efi-
cáeia e menor toxicidade da''
O m a m i n i q u i n a "
. A
"Piperazina"
e o "Pirvínio"
foram excluídos pela relação
benefício/risco de outros
parasitários já incluídos
dentre os medicamentos
básicos. Pela mesma razão,
foram também excluídos os
antianiebianos "Clioquinol",
"Emetina"
e "Ftofamida".
Foi também considerada a
inclusão de "Suramina",
de
grande valor no tratamento de
oiicocerct >se. c» ms ic le ran do- se
a ocorrência de alguns casos
dessa doença no Brasil. A
a s s o c i a ç à o ''
I s o 11 i a z i -
.da + Tioceta/ona" foi subs-
. tituída pela associação
"Isoniazina4-
Rifampicina".
que se comprovou ser mais
eficaz no tratamento da
tuberculose, propiciando a
cura do paciente cm tempo
menor do que o habitualmen-
te observado com a adoção,
cm saúde pública, de outros
esquemas terapêuticos.
Considerando-se. ainda.
facilitar a administração de
medicamentos habitualmente
utilizados em associação, foi
recomendada, para o tra-
tamento da malária, a
associação "Pirimetrami-
na-f Sulfadozina".
Medicamentos que atuam
na pele, mucosa e fâneros:
dentre os parasitários e fun-
gicidas. foram excluídos o"Lindano"
e o "Clofenotano
(DDT)", por serem substi-
tuíveis por outros antipara-
sitários que continuam na
R.M.B., Dentre os antissép-
ticos, foram excluídos o "gel
de iodopovidona", conside-
rando-se a melhor relação
benefício/risco de outros
medicamentos para uso local
em ginecologia, e a "mer-
bromina". que. embora de
uso amplo em nosso meio.
exerce fraca ação antisséptica.
IMUNOTERÁPICOÇ. foram
excluídas as "imunoglobulinas
anti-sarampo e antipertussis".
pelo seu alto custo e raridade
de indicação precisa. Foi
proposto que contasse na
R.M.B. a vacina "anti-rábica
canina" que. embora com
indicação veterinária, pertence
aos esquemas de distribuição
da CEME. Foi excluída a"vacina
antivariólica" por nào
se ter documentado casos da
doença durante mais de um
ano em todo o mundo, o que
faz supor a extinção da
afecçào.
Citostátieos. não foi feito
nenhuma exclusão. Ademais,
foram excluídas a "vimblas-
tina", com indicação na
doença de Hodgkin, e a"clorometina",
com indicação
na doença de Hodgkin e
outros tipos de linfomas do
seio e ovário.
Anti-reumátieos —
sofreu alterações.
não
Diversos, foram incluídos os
contrastes radiológicos"acetrizoato
de meglumina,
diatroziato de meglumina e
ioxitalanato de meglumina",
pela sua especificidade de
ação, bem como o fármaco"fluorosceíria",
importante
para a realização de exames
oftalmológicos. Algumas
substâncias cuja solicitação é
orientada essencialmente por
laboratórios de patologia
clínica, quais sejam o
"be-
tazol. fenolsulfontaleína, d-
xilose e histamina" foram
excluídas da R.M.B.
¦
O Ministro da Saúde revogou os
Mib-itens *M4
da Portaria n° |9e 11.3
da Portaria n° 20. ambas baixadas pela
Divisão Nacional de Vigilância
Sanitária, em b de setembro de 1977. e
a Portaria Ministerial n" 153 de 28 de
março de 1979.
A revogação dos dispositivos em
causa atende aos interesses da pmfissào
f a r m a c ê u t i c a. expressos e m
representação formulada pelo CFF c
entidades da nossa classe.
\n ivsoluções tomadas pelo Ministro
da Saúde. Waldyr Mendes Arcoverde.
lorani publicadas como portaria n°
8 HsB. de 7
de fevereiro de 1980 no
D .O, de 8 de fevereiro de 19K0.
\ seguir transcre\emos para
ittnlKvimcnut «l««s leitores os textos ora
rev ou a dos:
Dispensário
de Medicamentos
poao no sub-item 23.4 da Portaria
19, de 06 de setembro de
23.4 — O "Dispensárío
de
Medicamentos" de estabelecimento que
utili/c mcdicamcn tos entorpecentes
deverá contar com a assistência e
ivs|M>nsabilidadc de farmacêutico ou de
outro profissional habilitado na forma
da lei, Na falta ou impedimentos
eventuais desses profissionais o médico
»ii veterinário, oficia Intente responsável
pelo estabelecimento, será o depositário
e o responsável pelo controle e pela
fiscali/açao da aplicação e uso daqueles
ired icamcntos.
113 - O "D
ispensário de
Medicamentos" deestabelecimento que
utilize medicamentos constantes da Lis-
ta III desta Portaria deverá contar com
a assistência e a responsabilidade de
farmacêutico ou de outro profissional
habilitado na forma da lei. Na falta ou
impedimentos eventuais desses
profissionais, o médico ou veterinário
olicialmcnte responsável pelo
estabelecimento será o depositário e o
responsávcl pelo controle c fiscalização
»la aplicação e uso daqueles
medica mentos.
RFSOI.VE, sustar'os efeitos db dis-
n.
1977, e no sub-item 113 da Portarra.n°
20. da mesma data, pubücadás no
Diário Oficial de 11 de novembro de
1977, ambas da Divisão Nacional de
^ igilancia Sanitária de Medicamentos
da Secretaria Nacional de Vigilância.
Sanitaria. até final reexame dos
supra mencionados dispositivos pelos
órgãos técnicos deste Ministério, após o
pmnunciamento do Conselho Federal
de Medicina, cabendo ao diretor clínico
Ias pequenas unidades hospitalares ou
equivalentes, desprovidas de
assistência farmacêutica.^ respon-
sabilidade pela guarda, controle e
rigorosa fiscalização d a aplicação e *usfl
de# medicamentos e substâncias etí^
torpecentes existentes nos "Dispensários
de Medicamentos".
/E1 I
A GAZETA DA FARMÁCIA
IScm a ^sGulher
I
ofart,nacSutica
( om o preço da carne pela hora da morte, é preciso economizar, sem
no entanto tirar o valor nutritivo dos alimentos. Um pouco de imaginação
ajuda bastante.
BIFE BURGUIGNONNE
6 PESSOAS Reserve.
I
INGREDIENTES: 2 colheres de
sopa de óleo, 6 bifes de coxào
mole ,1 vidro de cogumelos
cortados em fatias. 200grs. de
lombo salgado cortado em cubos,
1 xícara de cebola picada. 1
cenoura em tirinhas ou rodelas. 1
dente de alho esmagado, 1.1/2
xícara de vinho tinto seco, 1 colher
de sopa de açúcar mascavo. 1
colher de sopa de molho inglcs.
14 de colher de chá de pimenta
do reino, salsa picada para enfeite.
MANEIRA DE FAZER:Esquente
o oléo e coloque os bifes, deixan-
do cozinhar até que estejam
dourados de ambos os lados.
Retire-os da frigideira e coloque-'
os em travessa quente. Ponha os
cogumelos cortados em fatias na
frigideira onde fritou os bifes e
deixe cozinhar durante 5 mi-
mitos. Retire e reserve. Na
mesma frigideira cozinhe o lombo
de porco salgado cortado em
cubos até que comece a dourar,
adicione a cebola, a cenoura e o
alho. Cozinhe em fogo brando.,
mexendo freqüentemente, até que
tomem cor.
Acrescente o vinho, o açdcar
mascavo, o molho inglês e a
pimenta em pcS. Ponha os bifes
na frigideira novamente, deixe o
molho levantar fervura. diminua o
logoe deixe cozinhando, tampado,
durante 1.1 2 hora. virando os
bifes de vez em quando.
Junte os cogumelos e continue
a cozinhar até que os bifes e
legumes estejam tenros (20
m i nu t os aprox im ad a me n t e).
Na hora de servir, arrume os
bifes na travessa quente e despeje
molho por cima, salpicando
com a salsa.
LEGUMES TEMPURA
Para 8 porções
INGREDIENTE: 1 receita de
molho quente de mostarda
(abaixo), 1 receita de molho de
soja (abaixo), água. 1/2 de
vagens cozidas e picadas, 1
couve-flor pequena, óleo. 1.1/2
xícara de farinha de trigo, 1
ovo, 1/2 colher de chá de sal,
1/4 de colher de chá de bicar-
bonato de soda. 1 ramo de salsa.
receita de molho de tomate.
MANEIRA DE FAZER:
Aproximadamente 1 hora antes
1 • ss *,
tfKOfKTMI •
MdktIMMO
•fiuj PM 01
fctiifi. rim
pmuutMQ
#
uroformina
rS.WWWJJJJW<:wxvx
de servir, prepare o molho quente
de mostarda e o molho de soja.
Esquente a vagem previamente
cozida em água e sal. Separe os,
raminhos da couve-flor. Reserve.
Ponha aproximadamente 1.1/2
centímetro de óleo em uma
panela e esquente. Enquanto o
óleo esquenta prepare a massa,
misturando a farinha de trigo, o
ovo. o sal, o bicarbonato de soda
e 1.1/2 xícara de água. Bata
bem até que fique lisa. A massa
deverá estar bem fluida.
Reserve alguns raminhos de
salsa para enfeite. Mergulhe o
restante da salsa picada, as
vagens e os raminhos de couve-
flor na massa e vá fritando até
que fiquem com cor dourada.
Ponha em papel absorvente para
escorrer. Arrume em travessa
previamente aquecida. Enfeite
com raminhos de salsa. Sina
com os três molhos.
INGREDIENTES PARA MO-
LHO QUENTE DE MOSTADA:
2 colheres de sopa de mostarda
em pó, 2 colheres de sopa de
farinha de trigo, 2 colheres de
sopa de açdcar. 2 colheres de
sopa de vinagre de vinho tinto e
1 -4 de .colher de chá de vil. niais
1 4 de xícara de água fervente.
MANEIRA DE FAZER:Misture
todos os ingredientes menos a
água quente. Aos poucos vá
adicionando a água e mexendo
até que o molho fique homo-
gêneo.
MOLHO DE SOJA — INGRE-
DIKNTES: 14 de. xícara de
molho de soja. 1 colher de
açúcar, 1 colher de sopa de
vinagre de vinho tinto. 2
colheres de chá de óleo ou azeite.
MANEIRA DE FAZER: Misture
todos os ingredientes com um
garfo e sirva.
INGREDIENTES PARA MO-
LHO DE TOMATE: 3 colheres
de sopa de azeite, 1/2 xícara de
cebola picada, 1/4 de xícara de
aipo picadinho. 2 dentes de alho
esmagados, 1 lata de tomates
pelados, 1 lata pequena de
extrato de tomate. 1 xícara de
água. 1 colher de chá de oré-
gano. 1 colher de chá de sal,
1.1/2 colhere de chá de açdcar,
1/4 de colher de chá de pimenta
do reino em pó.
MANEIRA DE FAZER: Ponha o
azeite para esquentar e acrescen-
te a cebola picada, o aipo e o
alho esmagado. Salte até que
cebola fique transparente, sem
ficar dourada. Adicione os to-
mates, o extrato de tomate, a á-
gua. o oregano, o sal. o açúcar e a
pimenta do reino. Tampe e deixe
cozinhar em fogo brando durante
uns 40 minutos.
O paladar deste molho me-
lhora se for feito de véspera.
Serve também para espagueti,
macarrão etc.
ENSOPADO ITALIANO
Para 8 pessoas
INGREDIENTE: óleo ou azeite.
IKg. de carne de segunda cor-
tada em cubos, 1 cebola grande
,picada. 1 cenoura grande picada:
1 talo de aipo picado, 1 dente de
alho esmagado, 1/3 de xícara de
vinho branco seco. 1 lata de
tomates pelados. 2 colheres de
chá de sal. 1/2 colher de chá de
mangerona. 1/4 de colher de chá
de pimenta do reino. 1 colher de
sopa de salsa picada. 1.1/2
colher- de chá de raspa de limào
MANEIRA DE FAZER: Umas
duas horas antes de servir,
esquente o óleo ou azeite (e 2
colheres de sopa) frite a carne,
um pouco de cada vez até que
esteja corada. Retire á medida que
lor ficando pronta e acrescentando
mais óleo ou azeite se necessário.
Na mesma panela, cozinhe a
cebola, a cenoura, o aipo e o alho
no molho que ficou, até que
fique ligeiramente corado, cerca
de 5 minutos, mexendo de vez
em quando. Adicione, o vinho, os
tomates com o líquido da lata, o
vil. a mangerona e a pimenta do,
reino.
Mexa com colher de pau e vá
cortando os tomates em pedaços.
Ponha a carne de volta na pa-
nela. deixe levantar fervura,
diminua o fogo. tampe a panela e
deixe cozinhando durante 1 hora
e 15 minutos ou até que a carne
esteja tenra. Mexa sempre.
Na hora de servir despeje o
ensopado em travessa funda e
salpique com a salsa e com raspa
do limào.
FAK.\IA< El TICOS
RKCKBKM A (iA/.KTA
, 0(L!S 'ns5Tjí,,s na u I nos Conselhos Ket/ionais
< m 4. ( HF CKK-7. CKK-K, CRK lU <¦ CRF-ÍI
recebem \\ («a/cta da j-armacia mediante
(onvenio lirmuclo por esses Órgãos da Profissão. O
( onselho F ulcral de I; armaria patrocina o envio deste
•l.oi nal aos tarmaeculicos, locali/ados cm uma imensa
arca. sem condições cie contratação direta, visando
cumprir a sua missão de proporcionar informação
adequada. N
MARÇO DE 1980
MAÇONARIA
NOVO LANÇAMENTO:
Catálogo das MEDALHAS MAÇÔNICAS BRASILEIRAS - Vol1. Com justiça chamado da
"A VIDA SECRETA DAS LOJAS"
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206 páas. (Vol. 1 - 1800/1822 esgotado) Cri 80 00
DUQUE DE CAXIAS (sua vida na maçonaria. uma fase total-
mente desconhecida do Patrono do Exército)..
*8 págs Cri 25 00
CADASTRO GERAL DAS LOJAS MAÇÔNICAS DO BRASIL
com dados minuciosos sobre todas as loias ATIVAS e EXT1N-TAS de 1752 eté 1974. com completa introdução - 258 pàgscom: "
ÍNDICE DAS CIDADES DO BRASIL que possuem ou já tiveram
lojas maçônicas e Supl.
lojas maçônicas e Supl. 32 oáos. - Os 2 volumes Cri 85 00
Pedidos acompanhados de VALE POSTAL ou cheque pag&velno Rio. Caixa Postal 528 - RIO (RJ). Em nome de
"A Gazeta
da Farmácia Ltda."
Acrescente-se 5% pera as despesas de porte.
A utomedicação
É comum aparecer na
televisão comerciais de des-
portistas recomendando ao
público esta ou aquela vi-
t a mi na;
grande problema da
maioria do povo brasileiro é a
carência alimentar, e o sim-
pies uso de tais medicamentos
não resolverá a situação.
A falta de recursos finan-
ceiros para procurar um
médico é outro motivo que
justifica a automedicaçào,
pois raras sào as pessoas que
têm meios para cobrir os
preços elevados das consultas.
orna-se mais prático e
bem mais barato comprar um
remédio que já se ouviu falar
que serve para curar aquela
doença.
Entre muitos medicamen-
tos. vamos citar a aspirina
qiie contém em sua fórmula o
tóxico ácido-acetil-salicílico.
T.Mc produttf
r-M responsável
pela morte de um homem.
Vinte e quatro horas após ter
ele ingerido vinte compri-
midos cie aspirina, a fim de
aliviá-lo de uma forte dor de
cabeça, veio a falecer.
Muitos dos medicamentos,
qüe sào adquiridos sem
receita médica, podem ser de
grande periculosidade para o
organismo, evidenciando dessa
forma o risco da automedi-
cação. A própria aspirina,
quando tomada em doses
moderadas, durante algum
tempo, pode causar danos à
sa úde.
O indivíduo que desconhece
Medicina não tem condição
de se automedicar nem de
indicar o mesmo tratamento a
terceiros, baseando-se apenas
nos próprios sintomas.
Uma simples dor de cabeça
pode significar diversas
doenças.
O uso de pílulas para
dormir sem prévia medicação
do especialista é bastante
prejudicial à saúde.
"Coelho
Barbosa"
Fundada am 1958
A mais antiga marca de HOMEOPATIA
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MARÇO DE 1980A GAZETA DA FARMÁCIA
A DIFÍCIL ARTE
DA MEDICINA:
A Prática Médica
Jacques Houli
Uma das tônicas do momento
é a instrução programada.
Repete o termo o que é crucial,
o plano, o projeto, o programa
de vida. Qual o objetivo na
Medicina? Aprender a aprender,
estudar¦ os pacientes, reconhecer,
pelos sintomas e sinais, os males
de que é portador, e orientá-lo,
de modo da suprimi-Tos ou
atenuá-los. Dar qjuda e conforto,
com atenção, desvelo e com-
petência; e para tanto o bom
início é fundamental Desde o
começo o aprendizado dos bons
hábitos:^educação na atitude, nas
palavras, na postura, no faíar, no
trato; no conduzir-se. Desde logo'saber
que o médico i um ser
ético. Moral, comportado, po-
tido, educado. Interessado, di-
ligente, pontual, capaz. Com a
vontade e o desejo de njudar, de
tratar, de curar. Desde a entrada
ao Hospital, nas Enfermarias.
Ambulatórios, Laboratóriqp ou
Anfiteatros.
Apresentar-se limpo, falar
baixo, ser respeitoso, atencioso,
cordato, atento, vigilante, per-
ceptivo.
O médico é parte da elite
intelectual técnica, ética, moral e
social. E das mais difíceis e
delicadas profissões, a Medicina.
O comportamento será inferido
de contato permanente, diutumo
com os enfermos e com os seus
mestres.
O Hospital de Clinicas Gafrie
e Guinle possui quadro excelente
de professores, adjuntos, assis-
tentes, auxiliares, estagiários e
internos. O respeito a esse e aos
enfermos é condição *'sine
quae
non.". Respeitar-se a si próprio e
aos outros.
A Medicina para seu exercício
exige dedicação enorme. Fri-
meiramente é preciso vir já bem
estruturado, com base dos
princípios fundamentais de
Fisiologia, Anatomia, Bioquí-
mica, Física, Sociologia, Psi-
cologia e Humanidade. Quem
estiver falho deles faça revisão
desde já. Estes
"furos" na for-
moção são irreparáveis. A cada
instante neles pisamos e afun-
damos. E, conosco, os nossos
enfermos.
Quem não sabe escrever e que
é "marcador
de cruzes", defeito
terrível de formação, que se
corrija, enquanto é tempo. O
médico é um escriba
Está sempre redigindo receitas,
pedidos, laudos, respostas, cartas
programas, quando não escreveu-
do e executando trabalhos cien-
tfficos. Quem não sabe falar
" —
Doutor, eu sou tímido que
vá, urgentemente, tratar-se. O
médico vive falando, conversan-
do, aconselhando, dando ordens,
receitas, planos de vida etc, etc.
O exercício da Medicina não €
compatível com a timidez. A
família dos enfermos e as pró-
prios exigem explicações, con-
selhos,. programas de vida e o
médico tem que fazê-los. O
relacionamento com os colegas,
enfermeiros, técnicos de lobo-
ratório, assistentes sociais, te-
rapeutas etc. t é falado e escrito;
enfim, sem comunicação verbal,
oral e escrita, nada feko. E
também a comunicação extra-
verbal das atitudes, de compor-
tamento a que me referi no
início.
Além do mais, afora os co-
nhecimentos médicos, técnicos do
dia-a-dia e ao passado histórico
médico, remoto e atual, há neces-
sidade da participação do diário.
Quem não lê jornais e revistas é
alienado dos fatos do mundo. O
que não se compatibiliza com o
social. A ignorância geral não se
casa bem com a Medicina. E o
desconhecimento das próprias
bases da profissão, nem se co-
menta.
Estudar, Estudar, Estudar. Ê o
começo de tudo! Pensar, Pensar,
Pensar. Raciocinar, digerir,
pensar, repensar, discernir,
será a etapa seguinte.
Estudar. Pensar. Cultivar.
Reestudar, ad infinitum, tal a
carreira que vos espera.
Somente como o início! Pois a
pensamento criador, imaginativo
associativo, que os permitirá
reconhecer novos sinais e novas
formas de doenças e de tera-
pêutica virá, naturalmente, em
seguida.
PRIVILÉGIO DE INVENÇÃO
REGISTRO DE MARCAS
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RIO DE JANEIRO
MNTERFERON,
A Novidade do Momento
(I)
O Grande IF (SE) como é
chamado o Interferon pelos
pesquisadores americanos, está
na ordem do dia. Todos falam
no Interferon. Após anos e
anos de.quase nenhum
progresso, há no meio da classe
médica uma sensação de
expectativa quanto a este
produto químico que,, no
momento, ainda está na fase
expèrimental. Mas,>e as es--
peranças forem concretizadas,
ele tomar-se-á a droga ideal
anti-câncer devido ao fato de
ser uma substância natural,
produzida em quantidades
pequeniníssimas pelo corpo
humano. Ao contrário de
outros tratamentos já
«istentes, o Interferon parece
não prejudicar as células sãs
ou produzir efeitos colaterais
desagradáveis.
H na verdade uma mina de
curo. A extração é feita de
células brancas separadas de
sangue doado. Por enquanto, o
esforço para a fabricação do
Interferon é ainda muito
j-irande. e por isto seu preço é
muito elevado. Espera-se que
seja fabricado em maiores
quantidades, logo que se
descubra a maneira mais bara-
ta de comercialização.
A substancia denominada
Interferon foi descoberta em
1957 por dois virologistas,
Alick Isaacs e Jean Lin-
denmann, que ao trabalharem
juntos, descobriram o interesse
comum num fenômeno
biológico conhecido como
interferência viral. Era assim
chamado porque os médicos
•haviam observado
que a vítima
de uma doença provocada por
vírus, praticamente nunca
adoecia com outra moléstia
viral ao mesmo tempo. A
presença de um vírus parecia
inibir infecção por outro.
Ambos encontraram a resposta
cm curto espaço de tempo.
Após unia série de
experiências, retiraram
pedaços das finas membranas
que
"revestem
a parte interna da
casca do ovo de galinha,
deixaram que se desen-
volvessem em solução nutriente
e os expuseram ao vírus da
influenza. Ao adicionarem
outros vírus à cultura,
descobriram que as células
ofereciam resistência à nova
infecção. Após esta
experiência, os pesquisadores
removeram todos os vestígios
de vírus e as células da galinha,
deixando somente a cultura
fermentada. Acrescentaram a
esta solução um lote de células
sadias e desafiaram-nas com
novo vírus. As células se
conservaram livres de con-
taminaçào. Era óbvio que a
infecção por vírus inicial havia
estimulado as células, para que
produzissem algo que in-
terferisse com vírus adicionais.
A substância permaneceu na
solução ao serem removidas as
células originais juntamente
com o vírus inoculado.
Devido a isso deram os
cientistas o nome de interferon
à substância, um híbrido de"interferência"
e do- sufixo"on"
que em inglês significa
em. no. sobre, em cima de.
Afinal havia sido descoberto
um agente que poderia
abranger um largo espectro de
vírus, como a penicilina o faz
com as bactérias.
Apesar da pouca quantidade
de Interferon disponível, <&
estudos prosseguiram. O In-
terferon, apesar de produzido
por todos os animais ver-
tebrados, age somente no tipo
de animal que o produz.
Assim, o Interferon fabricado
pelos macacos age somente em
macacos, o dos camundongos e
o dos seres humanos nos seres
humanos. Os trabalhos
continuaram e aos poucos
foram desvendados seus
segredos. Descobriu-se que o
Interferon é uma proteína
produzida pelas células em
resposta a algum estímulo,
geralmente, de um vírus. Já
foram identificadas três
variedades de Interferon. A
produzida pelos leucócitos ou
células brancas do sangue. A
segunda originada nos
fibroblastos, células q.ue
formam o tecido conjuntivo
na pele e outros órgãos,
como a sobrepele de
crianças circuncidadas. A
terceira denominada imuno
interferon, é aparentemente
fabricada pelos linfócitos T,
células-soldado que atacam os
invasores e fazem parte do
sistema de imunidade do
corpo. Cada uma parece
trabalhar melhor na proteção
de células similares às células
que as produzem
Os pesquisadores
descobriram também o
mecanismo de defesa do In-
terferon. Diz um deles que ao
ser a célula invadida por um
vírus, ela em vez de produzir as
proteínas necessárias para
sustentá-la e a outras partes
do corpo, começa a produzir
donos do vírus. Intumescida
com os.corpos estranhos, a
célula se desagrega
Rescisão de Contrato
Aos sindicatos das categorias profissionais da área sob jurls-
diçào da Delegacia Regional do Trabalho ao Estado do Rio de
Janeiro cabe prestar, preferencialmente, a assistência legal e com-
pulsórla nas homologações de rescisões de trabalho dos trabalha-
dores da categoria profissional respectiva, sindlcalisados ou não.
A assistência prevista no item será sempre gratuita.
Esta é a determinação da Delegacia Regional, pela Portaria n* 49.
de 29-1-80 tfVO.V. de 5.2.80)
literalmente e mórre,
derramando sua carga de
novos vírus, que
imediatamente se movem em
direção às células sadias, a fim
de repetir o processo e espalhar
a infecção.
Entra aí o Interferon. A
infecção inicial dá ordem à
primeira célula para que pro-
duza Interferon que, por
vez,
assume o papel de mensageiro
intercelular. passando através
da membrana da célula e indo
advertir as células cir-
cunjacentes da invasão viral.
As células sadias respondem,
produzindo proteínas antivirais
que enfrentam qualquer in-
vasor. não conseguindo assim,
o vírus se reproduzir na nova
célula. Se acaso houver uma
reprodução, verificará que não
consegue sair da célula. O ciclo
da infecção acha-se quebrado
desta forma.
Kari Cantell, um virologista
finlandês, dedicou-se de corpo
e alma às experiências com
Interferon. conseguindo retirar-
Interferon suficiente das
células para dar impulso às
pesquisfis. Devotou-se durante
dez anos, de 1%3 a 1973, a
desenvolver um método que
supre hoje em dia a maior
parte do Interferon do mundo..
Cantell trabalha com células
brancas derivadas de 500 a 800
litros de sangue doado'
diariamente à Cruz Vermelha
Finlandesa por cidadãos da1
capital e adjacências. A Cruz
Vermelha põe o sangue todo
em uma centrífuga para
separar seus elementos. As
células vermelhas, mais
pesadas, se despositam no
fundo e as brancas ficam por
d ma. O plasma situa-se no
lopo. I anto o plasma como as
células brancas sàó entregues
;io^I>r. Cantell. que as infecta
como vírus Sendai. um vírus do
tipo inlluen/.a, inofensivo para
o ser humano. Estas células
brancas são incubadas durante
24 horas a uma temperatura de
37,5° C. A solução resultante
de Interferon é centrifugada
para separar as células brancas
e parcialmente purificadas
para que destruam o vírus. O
que resta é um preparado de
Interferon altamente impuro, e,
mesmo após ser parcialmente
purificado a sua composição é
de uma parte de Interferon
para 999 de outras substâncias.
Nào* é prático purificá-lo
totalmente, uma vez que 99%
do Interferon ficará destruído.
Ai cmtw ulnlmla m
'ED
INTERFERON,
A Novidade do Momento
(I)
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O uso crescente da ultraso
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médicos.
As mães podem pensar que osfetos estão parados quando nãosentem movimento no abdômen
Na realidade eles estão sempre
se movendo. Mesmo quando
donnem. Abrem e fecham asmãozinhas, franzem a testa,
fazem o movimento respiratório!
Nada disto é percebido pelamãe.
Os bebês no útero são capazes
de aprender coisas e até de
estabelecer hábitos. A música
suav* tocada como calmante
antes do nascimento é reco-
nheclda pelo bebê, e terá o
mesmo efeito após o parto. Por-
outro lado, o bebê que tem o
mau hábito de acordar de
madrugada, também o fará
depois que nascer.
Em breve será possível seguir
qualquer das atividades pré-
natais do bebê de maneira sim-
pies e barata.
- Médicos sul-core anos estãoaperfeiçoando um explorador
ultrassônlco manual com umatela de 10 cms. Será o mesmo
que olhar por uma janellnha
para o interior para ver o bebê.
Reiterados atrasos no pagamento de salários justificam rescisão docontrato de trabalho
pelo empregado. Assim como o empregador nãotoleraria
freqüentes* ausências do empregado em subseqüentes meses,ainda que de poucos dias, também não se pode tolerar o inadim-
pie me n to contratual por parte do patrão. {DJ. 27-4-79)
Se o autor da reclamação, estável, morre antes da prolação dasentença, não
pode o empregador responder com indenização emdobro. Inadmissível a imputação de perdas e danos à alguém que não
deu causa ao ewnto gerador de tais impossibilidades. (TRT 7 a
Reg. 318/78).
Intimação de sentença não proferida em audiência. Como se
processa [CLT, artigo 841, §/°). Gera vínculo empregatício, com as
implicações jurídicas dele emergentes, a permanência do bolsista na
empresa por período muito superior ao constante do contrato de
complementação educacional. {D.J. 25-5-79).
A opção pelo regime de FGTS subtrai ao optante a estabilidade
legal, mas nao lhe retira o direito à indenização equivalente ao pe-riodo antecedente, em caso de rescisão injusta do pacto laborai
Icontrato de trabalho). (TRT — Ia Re#. 5.407/77 —LTr. 42/1.126).
local de difícil acesso, para o qual não existem meios de condução
coletiva, fornecendo o empregador o transporte dos empregados.
IVesses casos excepcionais, as horas em viagem devem ser remune-radas. (D.J. 9-2-79).
As gratificações semestrais, pagas com regularidade, têm natureza
salarial, e assim, integram-se no cálculo do 13. °
salário. (D.J. 16-6-78).
Os uniformes que a empregadora
pretende adequados a seus ser-viços sãi> ônus da empresa. {3a Região — 1976/77 LTR. 42/1.135).
AGRADECIMENTO
A "Gazeta
da Farmácia", na
pessoa do seu Diretor, Dr.
Antônio Nunes Lago, agradece
as palavras de carinho que o
Jornal "O
Nosso" dirigiu a seu
Fundador e a Gazeta.
Transcrevemos, a seguir, o
artigo, cujo título é "Gazeta
da
Farmácia e seu heróico
Fundador. Antônio Lago —
1932":
"Km 27 de abril de 1932-DC,
foi fundado no Rio de Janeiro,
o Jornal "Gazeta
da Far-
macia", por Antônio Lago.
Esse heróico homem foi um
profundo amigo e admirador
do Venerável:. Gr:. M:.
Yokaanam:., no Rio de
Janeiro.e assíduo freqüentador
de nossa Casa naquela antiga
Sede-Matriz-Principal.
A qualidade superior do seu
Jornal é indiscutível. Ê um
jornal que todos deveriam ter
em casa, devido aos en-
ánamentos práticos de far-
mácia, como um roteiro seguro
para a vida. Nele encontramos
uma lista de remédios para
todos os males, como também
aqueles remédios proibidos,
nocivos à saúde.
Em síntese, nele en-
contramos tudo sobre Far-
mácia e seus correia tos.
A Redação do Jornal "O
Nosso" o recomenda, em
especial, a todas as donas de
casa do Brasil, por causa de
sua maneira simples e segura
de ministrar conselhos úteis e
indispensáveis para os bebês e
às crianças, com remédios sem
efeitos nocivos ou colaterais.
Da mesma maneira, uma
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enciclopédia farmacêutica e
prática.
Através do nosso órgão de
Comunicação Oficial, "O
Nosso", eternizamos nosso
preito de gratidão e
agradecimentos em nome de
todos os brasileiros, ao nosso
Querido Irmão, já na Pátria
Celeste, Antonfe Lago.
Que o Supremo Deus e
Sublime:. Arquiteto:, do
Universo:, o recompense com a
Paz Profunda de Adonay
eternamente.
Ab imo cordè."
Honra-nos verificar que o
nosso trabalho é reconhecido e
respeitado por uma
pessoa
como o Venerável:. Gr:. M:.
Yokaanam.
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sexos.#
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Pesquisa e Qualidade SegsTawmg, jurança Terapêutica
CURIOSIDADE
Thomas Pau, inglês, nascido
no Condado de Shropshire,
faleceu aos 152 anos de idade e,
conforme declarou o médico que
lhe fez a autópsia, seus órgãos
estavam em perfeitas condições
de saúde.
Respirando o ar puro do
campo onde sempre viveu, pois
trabalhava na agricultura, Parr
conseguiu uma vitalidade de
causar admiração aos seus
concidadãos. Fie adotava uma
dieta vegetariana, bebia leite,
comia queijo e pào integral.
Morreu sem ter jamais
incluído carne em sua alimen-
tação. Preferiu o regime vege-
tariano e o convívio com a
natureza.
Valeu-lhe um honroso sepul-
tamento na Abadia de
Westminster, pelo fato de ter
vivido tanto com a robustez que
sempre o caracterizou.
n * n
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edição do REPERTÓRIO TE-
RAPÊUTICO, em inglês e
italiano, eontendo guia inter-
nacional de drogas, todas as
drogas e substâncias farma-
cêuticas disponíveis no momento
na Itália e inúmeras drogas e
substâncias farmacêuticas
empregadas em outros países. É
editado "pela
ORGANIZZA-
ZIONE EDITORLALE MEDICO-
FARMACÊUTICA.
As substâncias farmacêuticas
sáo encontradas de acordo com
o grupo terapêutico. Os ende-
reços dos 900 laboratórios exis-
tentes no mundo foram dados
por ordem alfabética.
Com o intuito de dar ao pú-blico informações práticas sobre
as drogas foram feitas pesquisasseletivas e precisas, de forma a
atender às necessidades dos
médicos e dos farmacêuticos
clínicos.
A intenção dos editores do
REPERTÓRIO FARMACÈU-
Por que
o bocejo?
Todos bocejam. tanto os seres humanos
como os animais. Os camundongos o fazem
quando quimicamente estimulados; os gatos e
cachorros quando cansados; crocodilos ao
despertarem. Mesmo os recém-nascidos o
fazem.
O bocejo nào é somente universal, podesignificar especificamente
problemas físicos
ou nsicológicos.
F sabido que as pessoas bocejam
quandocansadas, entediadas ou ansiosas. No
entanto, um bocejo pode ser igualmente sinal
esforço para prestar atenção ou para
adaptar-se a uma situação nova. Por exem-
pio. pessoas bocejam ao sair do cinema, parase adaptarem à realidade. De manhà bocejam
para adaptar-se ao despertar.
Descobriram os médicos que o paciente
com doença grave nào boceja enquanto nào
estiver melhorando e o bocejo, neste caso. ésinal de melhora. As pesquisas demonstram
que pessoas psicóticas bocejam raramente.
( orno a tendência para bocejar é grande,
qualquer coisa pode desencadear o bocejo,
munindo pensar ou ler sobre o assunto, ou
mesmo ver outra pessoa bocejando. Em
"'"ras palavras, bocejar fa/ bem e é o resul-
'•'do nào de um aumento de oxigênio, me-",nr.i na circulação,
que ocorre quando o
IK-scoço. o peito e outros músculos esticam e
s<-' contraem.
TRABALHO E SAÚDE
NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
A Importância
Do F armacêutico
TICX) é que este seja um prolon-
gamento do I/INFORMATORE
FARMACÊUTICO, e desta for-
ma incluíram na terceira partedo livro a lista de drogas
essenciais e complementarei
publicadas pela Organização
Mundial de Saúde. Na presenteedição
poderão ser encontrados
os nomes e endereços de todos
os fabricantes e distribuidores
cujas especialidades se acham
incluídas na parte S como
monografias de ingredientes
ativos.
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zazione Editoriale Medico-Far-
maceutica dar aos interessados
um perfil atualizado e prático damaioria das substâncias atual-
mente em uso na Europa e em
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para maiores informações. O
preço do livro é de US$75,00.
Numerosas sào as subs-
tâncias que sào manipuladas
por uma parcela de indivíduos,
que trabalham nas indústrias
produtoras de medicamentos.
Uma boa parte destas
matérias-primas são ex-
tremamente prejudiciais ao
organismo humano.
Exitfem substâncias tidas
oomo inócuas, mas estudos
recentes sobre algumas delas
mostram que podem provocar
lesões em certos órgãos, se bem
às vezes, a longo prazo.
A quem caberia nas in-
dústrias farmacêuticas o
estudo de tais problemas e o
alerta aos dirigentes?
No nosso entender isto cabe
ao Farmacêutico-responsável,
aquele que, segundo o nosso
ponto de vista, deve ocupar
posição chave ao organograma
industrial.
Alguns dirão que o exame de
tais problemas caberia ao
inspetor de segurai ça, à CIPA,
etc..
Seja lá quem for o
responsável pela segurança e
higiene de trabalho nas em-
presas, é o Farmacêutico o
profissional certo para ser
consultado e realmente dar o
seu parecer técnico sobre o
assunto. E quando não for
chamado a opinar é sua
obrigação fazê-lo, a fim de
preservar a saúde daqueles que
podem ser afetados.
Um dos locais mais
perigosos, que envolve o
contato direto com substâncias
ativas, é o setor de pesagem de
matérias-primas.
O Farmacêutico deverá
estudar a toxicologia das
substâncias em uso, con-
sultando compêndios sobre o
assunto e determinar a
proteção adequada para cada
caso.
Na praça existem à venda
uma série variada de máscaras,
sendo algumas deficientes
quanto a uma proteção
adequada.
Um indivíduo que per-
maneee em contato diário com
substâncias far-
macologicamente ativas, sendo
algumas de alta potência, deve
necessariamente receber
proteção apropriada.
Não podemos concordar com
a omissão por parte do
profissional.
O mesmo cuidado deve ser
tomado nas áreas de
manipulação. Precauções
extremas devem ser
providenciadas naqueles casos
em que se trabalha com
tranqüilizantes, hipnóticos,
antibióticos, hormônios,
hipotensores, entre outras
matérias-primas.
Como regra geral o uso de
mascaras protetoras deveria ser
obrigatório para aqueles in-
divíduos que trabalham em
manipulação e pesagem.
Como exemplo prático
daquilo que discutimos até
agora, vamos citar o que lemos
recentemente sobre o talco, no
livro de Jeanne M. Stellman e
Susan M. Daum sobre doenças
provocadas por substâncias
químicas.
Vocês devem estar sur-
presos! Por que falar sobre esta
substância tão inofensiva como
o talco!
O talco é constituído de
partículas muito pequenas e
estas minúsculas partículas sào
extremamente perigosas para o
corpo e quase ninguém as leva
em conta. Entretanto, uma vez
nos pulmões, o talco aí per-
maneee e não pode ser
removido pelos mecanismos
próprios do organismo. Os
efeitos aparecem 20 a 30 anos
após a exposição.
O talco causa fibrose
pulmonar semelhante à
provocada pela asbestose.
A fibrose pulmonar é um
espessamentoe lesão cicatricial
do tecido pulmonar.
Existem outros fenômenos
tóxicos que alguns autores
atribuem ao talco, mas não
iremos citá-los por falta de
provas definitivas.
Finalizando o nosso
comentário, queremos alertar
os colegas que militam nas
indústrias farmacêuticas e
cosméticas, principalmente,
que cuidem deste problema
com carinho, pois as con-
seqüências para aqueles
que
trabalham diretamente com
substâncias químicas poderão
ser sérias e irreversíveis.
(União Farmacêutica — Órgão
da União Farmacêutica de São
Paulo — Ano II -r n.° 7)
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e Cim-gia/Clinica: Queimaduras. Ferimentos.Cicatrisaçao retardada. Escaras de decúbito.Aiecçóes Capilares.
mi
r I'
! t v
R
¦
D
c
F armacêuticos
Comemoram
Jubileu de Prata
Realizou-se, dia 12
de janeiro passado em
Curitiba, a festa de con-
f raternizacão dos far-
macèuticos formados em
/ V55, pela Univer-
sidade Federal do Paraná.
O jubileu de prata foi
comemorado com uma
missa realizada na igreja do
Cristo Rei, visita à
Faculdade de Farmácia e
Hioqutmica para um en-
contro com os professores e,
finalmente, uma
churrascada no "Costelão
do Catarina" no bairro do
Portão.
Participaram da con-
fraternizaçâo os professores
e seus familiares, Dr.
Amaury C. dos Anjos, Dr.
CarvUe Silveira, Dr. Ernesto
Aichenger, Dr. Manuel
Araújo, Dr. Eduardo
Moreira e Dr. Hermes
Moreira, e os jubilandos e
seus familiares, Doutores:
Josi' Ximenes, Hélio Josetti
Nunes Ribeiro, Ivo Dippe,
Yutaka Yamacita, Júlio
Jacques Parigot de Souza,
Icir ioures Pacheco, Irma
Hoehzl Langner, Mariza do
Amaral Moreira, Glacy de
ttrito Abaixe, Nelcy
(iazziem Marchesini, Lydia
Ritzmann e Ricardo
(iozdziejewski.
Dado o sucesso da
reunião, foi marcado
para o
segundo sábado de janeiro
do próximo ano, novo
encontro da saudade, na
Faculdade de Farmácia e
Bioquímica, na rua Col.
Dulcides, 638 em Curitiba.
Novalgina:
qqqBPBC^ AJUOPtt
....
Nova embalagem.
i ¦
I CONGRESSO
BRASILEIRO ANTI-DOPING
Realizar-se-à em Salvador,
no Centro de Convenções da
Bahia, de 29 de junho a 03 de
julho de 1980, o I Congresso
Anti-Doping, sob a Presidên-
cia do Dr. Romero Souto,
tendo como Secretário o Dr.
José Wenceslau de Mello e
como Tesoureira, a Dra.
Dalila Rolim de Fraga.
A promoção do Congresso
está a cargo do Instituto
Brasileiro Anti-Doping, con-
tando com a colaboração da
Caixa Econômica Federal.
De acordo com as palavras
do Dr. Romero Souto: "O
aperfeiçoamento do controle
de tóxicos a nível industrial,
ambiental, esportivo e médico
— legal, configura-se como
uma preocupação mundial
por ser a prática deste
expediente capaz de deter-
minar "acidentes
fatais".
O l Congresso Brasileiro
Anti-Doping tem a finalidade
de avaliar com maior clareza
e fracionar o amplo espectro
de conotações do tema à
margem do engrandecimento
do desporto nacional.
I- Conferências: Controle
A.D no contexto mundial;
Controle A.D. no futebol
brasileiro; Psicologia da
agressividade humana;
Mecanismos e efeitos de
drogas no organismo; Preven-
çào à toxicomania; Técnicas
de controle, perfis labora-
toriais; A lei. penalidades e
reflexos sociais; Tratamento e
recuperação.
U —
Cursos:
— Análise A.D por cro-
matografia em camada dei-
gada (CD)
— Análise A.D por cro-
matografia gasosa (CG)
— Legislação Anti-Doping
— Medicina esportiva e
drogadição (toxicomania)
— Técnicas de preparação
física.
III- Temas Livres: Apresen-
tação e discussão de trabalhos
científicos.
IV — Avaliação: Posi-
cionamento do Congresso em
relação ao tema.
Os originais dos Temas
Livres devem ser enviados
para a Secretaria do
Congresso até o dia 29 de
maio, em duas vias, espaço
duplo
As reservas de hotel devem
ser feitas .até o dia 29 de
maio.
As inscrições podem ser
feitas em Salvador, na
Secretaria do Congresso, na
Caixa Econômica Federal,
agência Relógio São Pedro. E
em outros Estados em
qualquer agência da Caixa
Econômica Federal.
Endereço dá Secretaria do
Congresso: Rua Cruz e Souza,
21 — Acupe de Brotas. Tels:
244-6494 e 224-1090, horário
comercial.
Participantes e Taxas até 29
de maio — Farmacêuticos,
Médicos, Analistas, Atletas,
Iuristast Dirigentes, Prof.
Liberais, ou assemelhados:
Cr$2.300,00 (no Congresso) e
CrSl.400,00 (por Cursos)
Acadêmicos ou acompanhan-
tes:Cr$l .200,00 (nó
Congresso) e CrS1.200,00 (por
Cursos).
Após 29 de maio, o Io grupo
sofrerá o seguinte aumento:
Cr$2.800,00 (no Congresso) e
CrSl ,800j00 (por Cursos)i e o
2o grupo: Crf1.500,00 (no
Congresso) e Cri1.500,00 (por
Cursos).
Encontro Promovido Pela ("EME
COMPRIMIDO MAIS
FÁCIL DE TOMAR.
A CENTRAL DE MEDICA-
MENT03 promoveu o "Encon-
tro de Chefes das Centrais
Distribuidoras de Medicamentos
do INAMPS e dos Coordena-
dores de Medicamentos Básicos,
daa Secretarias de Saúde".
Este Encontro que teve a
duração de 3 dias, objetivou a
avaliação do sistema de su-
primento e distribuição dos
medicamentos e vacinas for-
necidos pela CEME; os pro-
blemas ligados as instalações,
equipamentos e recursos hu-
manos disponíveis para a
execução da atividade de
Distribuição; o sistema de con-
trole da DATAPREV aplicado
no sistema de Distribuição; a
eliminação das deficiências na
elaboração da programação de
medicamentos das Centrais
Distribuidoras de Medicamen-
toe, do INAMPS e das Coor-
denadorias de Medicamentos
Básicos, das Secretarias de
Saúde.
O Encontro, que reuniu 21
Chefes de Centrais Distribuidoras
de Medicamentos e 26 Coordena-
dores de Medicamentos Básicos,
sob a presidência de LEONILDO
WINTER, Presidente da CEME.
serviu, também, para reavali-
ar os programas de assistência
farmacêutica no âmbito do
INAMPS e das Secretarias de
Saúde.
Ao final do Encontro, foi
elaborado um documento con-
tendo recomendações que de-
verão ser observadas paramelhor operabilidade das áreas
ligadas diretamente a distrl-
buiçào de medicamentos.
DOCUMENTO
Recomendações do Ministro
da Previdência e Assistência
Social aos participantes do
Encontro: a) Valorizar o
Sistema Nacional de Saúde
compreendendo o âmbito da
assistência farmacêutica; b)
promover ações articuladas
entre o INAMPS e as Secreta-
rias de Saúde, visando a dis-
tribuição de medicamentos e
vacinas à população beneficiária
do programa; c) que as chefias
responsáveis pelas atividades de
assistência farmacêutica, em
cada unidade da Federação,
devam utilizar, de imediato,
recursos humanos disponíveis;
d) que as chefias promovam
articulações com os escalões
superiores de seus respectivos
õrgáos-Secretarlas de Saú-
de/INAMPS, visando propor-
cionar os meios necessários ao
atendimento da clientela do
programa de assistência far-
maceutica; e) diligenciar para a
realização de um trabalho har-
mõnico e em conjunto, impedln-
do a formação de comparumen-
tos estanques que comprometam
a execução do programa inte-
grado de assistência farma-
céutica; promover a concen-
tração de esforços, no sentido da
integração e da unificação de
ações, em proveito de um
atendimento melhor da clien-
- tela; f) evitar perdas de vacinas
por prazo de validade ou conser-
vação. seguindo as recomen-
dações técnicas elaboradas pela
CEME, pelo Ministério e pelo
próprio órgão; g) constituir
estrutura permanente, com
vistas ao atendimento dos casos
de calamidade pública, dispondo
de um estoque de medicamentos
indispensáveis a esse tipo de
atendimento, articulando-se com
o INAMPS e as Secretarias de
Saúde, para rápido envio dos
mesmos para socorro ás vitl
mas; e h) realizar, com meta
prioritária, o atendimento ao
homem brasileiro nas suas
necessidades de medicamentos
essenciais.
Na área do INAMPS, as re-
comendaçóes foram; estudar
detalhadamente, e com amplo
debate, a sistemática de inte-
graçáo do INAMPS com as
Secretarias de Saúde, no campo
da assistência farmacêutica;
providenciar a confecção de
manual de normas e procedi-
mentos, visando uma melhor e
mais eficiente operacionalização
do programa, levando-se em
consideração as reivindicações e
proposições desse Encontro;
avaliar o documento "Elenco
de
Medicamentos para a dispen-
saçáo e o consumo ambulato-
rial" para 1981, considerando as
inclusões e exelusões, da
Relação Nacional de Medica-
mentos Essenciais; pesquisar a
demanda de medicamentos.'
Na área das Secretarias de
Saúde — Coordenações de
Medicamentos Básicos, as re-
comendaçóes foram: Promover
a integração de ações na área
de medicamentos, sem fusão do
armazenamento, tendo em vista
as características próprias de
cada órgão; atuar junto as
Secretários de Saúde, no sentido
de dispor mais recursos finan-
cetros e humanos com vistas á
execução do programa de
assistência farmacêutica de ca-
da unidade da Federação.
Na área de Distribuição;
iniciar os estudos alusivos á
programação de 1981, forne-
cendo ao INAMPS e ás Secre-
tarias de Saúde, subsídios para
a elaboração. Inclusive dentro
da Relação Nacional de Medi-
camentos Essenciais, que vi-
gorará a partir daquele exer-
ciclo; estabelecer e coordenar o
recebimento das programações
de reajuste para o 2° semestre
de 1980, até 16 de abril do
corrente ano; desenvolver
esquema de suprimento de
tuberculostátlcos entre as
CDM's e CMB s como fato fun-
damental para o alcance dos
objetivos traçados pelo Minis-
tério da Saúde para o programa
Nacional de Tuberculose.
Na área de Produção; atuar
junto aos laboratórios visando
manter a regularidade nas
entregas dos medicamentos
programados para 1980, como
ponto fundamental para o bom
desempenho do programa de
assistência farmacêutica,
estudar, de imediato, a entrega
centrallsada dos produtos
especiais, sujeitos à legislação
específica de controle e guarda,
objetivando possibilitar sua
redistrlbulçào com maior ra-
pides.
Na área de Controle de
Qualidade: o envio sistemático
de medicamentos para análise
ao sistema de referência foi
uma das principais recomen-
dações dessa área.
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