FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN
JANAÍNA APARECIDA PACHECO DE MEDEIROS
ZIG
MOBILIÁRIO MULTIFUNCIONAL PARA ESPAÇOS PEQUENOS
VOLTA REDONDA
2011
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN
ZIG
MOBILIÁRIO MULTIFUNCIONAL PARA ESPAÇOS PEQUENOS
Trabalho de conclusão de curso apresentada ao Curso de Graduação em Design do UniFOA, como requisito à obtenção do título de bacharel em Design de Produto
Aluna: Janaína Ap. Pacheco de Medeiros
Orientador: Moacyr Ennes
VOLTA REDONDA
2011
FOLHA DE APROVAÇÃO
Janaína Aparecida Pacheco de Medeiros
Zig - Mobiliário multifuncional para espaços pequenos
Orientador: Moacir Ennes Amorim
Banca Examinadora:
__________________________________________
Profº. Mestre Moacir Ennes Amorim
__________________________________________
Profº.
___________________________________________
Profº.
Dedico este projeto a Deus, a ele seja dado toda honra, glória e louvor.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela força e sustento nas horas difíceis, a minha irmã Sueli, por ter me ajudado a realizar este sonho. Ao Prfº Moacir Ennes pelo incentivo e dedicação, ao meu amigo Elton, sempre pronto a ajudar e a compartilhar seus conhecimentos e aos demais amigos e companheiros de caminhada.
RESUMO
Com as construções ficando cada vez menores devido ao crescimento da população
nos grandes centros, fica difícil mobiliar e aproveitar cada centímetro desses
ambientes, pois fazer com que o mobiliário ocupe pouco espaço e cumpra a sua
função não é tarefa das mais fáceis. O presente projeto consiste no desenvolvimento
de um mobiliário multifuncional para ambientes pequenos para atender a
necessidade de quem mora em casas e apartamentos menores. Esse mobiliário terá
a função de guardar pequenos objetos, tais como DVD(s), livros, CD(s), entre outros
e também possuirá uma superfície de apoio para trabalho ou estudo.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13
2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 14
3 OBJETIVO ............................................................................................................ 17
3.1 Objetivos Operacionais ......................................................................... 17
4 CRONOGRAMA ................................................................................................... 18
5 METODOLOGIA ................................................................................................... 19
6 REQUISITOS E RESTRIÇÕES............................................................................. 20
6.1.1 Requisitos ................................................................................ 20
6.1.2 Restrição .................................................................................. 21
7 PROBLEMATIZAÇÃO .......................................................................................... 21
7.1.1 Reconhecimento ...................................................................... 21
7.1.2 Delimitação ............................................................................... 22
7.1.3 Formulação .............................................................................. 22
8 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS ......................................................... 23
8.1 Público Alvo ........................................................................................... 23
8.1.1 Ambiente .................................................................................. 24
8.2 Similares ................................................................................................ 28
8.2.1. Similar 01............................................................................... 28
8.2.1.1 Similar 01-Análise de Componentes ........................ 29
8.2.1.2 Similar 02 ..................................................................... 30
8.2.1.3 Similar 02-Análise de Componentes ........................ 31
8.2.1.4 Similar 03 ..................................................................... 32
8.2.1.5 Similar 03-Análise de Componentes ........................ 33
8.2.1.6 Outros similares .......................................................... 34
8.2.1.7 Diferencial semântico ................................................. 35
8.3 Materiais ................................................................................................. 36
8.3.1 Madeira maciça e painel de madeira ..................................... 36
8.3.1.1 Araucária ou Pinho-do-Paraná ................................... 37
8.3.1.2 Pinus............................................................................. 38
8.3.1.3 Teca .............................................................................. 39
8.3.1.4 MDF (Medium Density Fiberboard) ............................. 40
8.3.1.5 Lyptus® ........................................................................ 41
8.3.1.6 Compensado ................................................................ 42
8.3.1.7 OSB .............................................................................. 43
8.3.1.8 Folheados de madeira ................................................. 44
8.3.1.9 Laminado melamínico ................................................ 45
8.4 Ferragens ............................................................................................... 46
8.4.1 Corrediças, trilhos, fixadores e fecho ................................... 46
8.4.2 Suporte para prateleira .......................................................... 49
8.4.3 Rodízios .................................................................................. 50
8.5 Análise ................................................................................................... 51
9 Ergonômicos ....................................................................................................... 52
9.1.1 Norma Técnica ........................................................................ 52
9.1.2 Antropometria ......................................................................... 52
9.1.3 Análise da Tarefa .................................................................... 54
10 SINTESE............................................................................................................. 57
11 Geração de Alternativa .................................................................................... 59
11.1.1 Alternativa 1 ......................................................................... 61
11.1.2 Alternativa 2 ......................................................................... 61
11.1.3 Alternativa 3 .......................................................................... 62
11.1.4 Alternativa 4 .......................................................................... 62
11.1.5 Alternativa 5 .......................................................................... 63
11.1.6 Alternativa 6 .......................................................................... 63
12 Seleção da Alternativa ...................................................................................... 64
12.1 Matriz de Avaliação ............................................................................ 64
12.2 Alternativa Escolhida .......................................................................... 65
13 Detalhamento Técnico ...................................................................................... 67
13.1 Ficha Técnica de Fabricação .............................................................. 67
14 Conclusão .......................................................................................................... 70
15 Referências ........................................................................................................ 71
16 Anexos .............................................................................................................. 73
16.1 Cronograma ........................................................................................ 73
16.2 Desenho Técnico ................................................................................. 74
LISTA DE QUADROS
Quadro 01 - Similar 01............................................................................................ 28
Quadro 02 - Similar 01 – Análise de Componentes ............................................. 29
Quadro 03 - Similar 02............................................................................................ 30
Quadro 04 - Similar 02 – Análise de Componentes ............................................. 31
Quadro 05 - Similar 03............................................................................................ 32
Quadro 06 - Similar 03 – Análise de Componentes ............................................. 33
Quadro 07 - Outros Similares ................................................................................ 34
Quadro 08 - Diferencial semântico ........................................................................ 35
Quadro 09 - Capacidade das corrediças .............................................................. 47
Quadro 10 - Corrediça ............................................................................................ 47
Quadro 10 - Corrediça ............................................................................................ 47
Quadro 11 - Trilho .................................................................................................. 48
Quadro 12 - Fixadores para móveis ...................................................................... 48
Quadro 13 - Fecho .................................................................................................. 49
Quadro 14 - Suporte ............................................................................................... 49
Quadro 15 - Suporte c/ parafuso ........................................................................... 49
Quadro 16 - Rodízios linha econômica ................................................................. 50
Quadro 17 - Rodízios linha econômica - luxo ...................................................... 50
Quadro 18 - Rodízios linha classic ....................................................................... 51
Quadro 19 - Norma técnica .................................................................................... 52
Quadro 20- Dimensionamento Funcional ............................................................. 54
Quadro 21 - Alternativa 1 ....................................................................................... 61
Quadro 22 - Alternativa 2 ....................................................................................... 61
Quadro 23 - Alternativa 3 ....................................................................................... 62
Quadro 24 - Alternativa 4 ....................................................................................... 62
Quadro 25 - Alternativa 5 ....................................................................................... 63
Quadro 26 - Alternativa 6 ....................................................................................... 63
Quadro 27 - Matriz de Avaliação ........................................................................... 64
Quadro 28 – Materiais para Montagem ................................................................. 69
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Modelo de sofá cama com encosto e braços .................................... 21
Figura 02 - modelo de sofá cama sem braços ..................................................... 21
Figura 03 - Usuários ............................................................................................... 23
Figura 04 - Planta Baixa ......................................................................................... 24
Figura 05 - Apartamentos ..................................................................................... 25
Figura 06 - Blog Vida Saudável ............................................................................. 26
Figura 07 - Site Melhor Amiga ............................................................................... 26
Figura 08 - Revistas Especializadas em Decoração ............................................ 27
Figura 09 - Madeira Araucária ............................................................................... 37
Figura 10 - Berço feito com Araucária .................................................................. 37
Figura 11 - Madeira Pinus ...................................................................................... 38
Figura 12 - Cadeira em madeira Pinus .................................................................. 38
Figura 13 - Madeira Teca ....................................................................................... 39
Figura 14 - Mesa fabricada com Teca ................................................................... 39
Figura 15 - Painéis de MDF .................................................................................... 40
Figura 16 - Estante em MDF .................................................................................. 40
Figura 17 - Madeira Lyptus® ................................................................................. 41
Figura 18 - Sofá ..................................................................................................... 41
Figura 19 - Compensado ....................................................................................... 42
Figura 20 - Cadeira em Compensado ................................................................... 42
Figura 21 - Painéis de OBS .................................................................................... 43
Figura 22 - Caixa em OBS ...................................................................................... 43
Figura 23 - Folheados de Madeira ......................................................................... 44
Figura 24 - Mesa revestida .................................................................................... 44
Figura 25 - Laminado melamínico ......................................................................... 45
Figura 26 - Usuários extremos – plano sagital e plano cranial ........................... 53
Figura 27 - Área de compatibilidade entre usuários extremos ........................... 53
Figura 28 - Área acional cranial - Diffrjent ............................................................ 55
Figura 29 - Medidas do adotadas .......................................................................... 56
Figura 30 - Diagrama .............................................................................................. 59
Figura 31 - Primeiras Idéias ................................................................................... 60
Figura 32 - Desenhos ............................................................................................. 65
Figura 33 - Modelo em Escala Reduzida ............................................................. 66
Figura 34 - Modelo em 3D ..................................................................................... 66
Figura 35 - Ambiente virtual ................................................................................. 67
LISTA DE ANEXOS
Anexo 01- Cronograma .......................................................................................... 73
Anexo 02 - Desenhos Técnicos............................................................................. 74
13
1 INTRODUÇÃO
O presente projeto consiste no desenvolvimento de um mobiliário
multifuncional para ambientes pequenos para atender a necessidade de quem mora
em casas e apartamentos menores, pois com o crescimento da população nas
grandes cidades, os espaços foram ficando cada vez mais reduzidos, e seja por
imposição ou desejo, seus habitantes precisam adaptar os mobiliários existentes no
mercado, a fim obter o conforto desejado, o que nem sempre é possível.
Esse mobiliário terá a função de guardar pequenos objetos, tais como
DVD(s), livros, CD(s), entre outros e também terá uma superfície de apoio para
trabalho ou estudo.
14
2 JUSTIFICATIVA
Imóveis menores já é tendência nos dias de hoje, se outrora morar numa casa
espaçosa era sinônimo de bem estar e até mesmo status, hoje com o crescimento
da população as grandes cidades já não comportam mais esse tipo de imóvel e eles
foram aos poucos substituídos por construções menores para atender não só a
demanda do crescimento da população, mas também acompanhar o ritmo acelerado
dos seus moradores, pois quanto mais se tem espaço mais coisa se pode ter num
único lugar, móveis, objetos, utensílios dos mais variados e para quem não tem
tempo para se dedicar a arrumação e conservação dos mesmos isso se torna um
problema.
Os dados sobre a maior dessas metrópoles, a capital paulista, já mostram
essa tendência.
Segundo o Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo, a fatia das
moradias de até um dormitório passou de 1,7% das vendas em todo o ano de 2007
para 9,7% em 2010, considerando os números até outubro.1
O número de imóveis pequenos tem crescido muito nos últimos anos e
passou a ser a opção de muitos na hora de decidir pela compra da casa própria.
Nem sempre essa opção se dá pela limitação financeira, há quem prefira viver num
espaço do tamanho das suas necessidades reduzindo assim o tempo gasto com a
manutenção diária que um imóvel maior exige dos seus moradores. Uma vez que a
agitação do dia-a-dia não permite que muitos se envolvam tão profundamente com
as atividades domésticas o menos se torna mais.
Dentre os que procuram esse tipo de construção podemos destacar um
público bem diversificado que vai desde pessoas solteiras, estudantes e até mesmo
famílias em busca de uma vida mais prática, mas não menos confortável. O que
significa que morar num espaço reduzido não precisa ser necessariamente sinônimo
1 Disponível em:<http://www.manch.com.br/news.php?id=21>, Acesso em 19 mar. 2011.
15
de desconforto, mas na hora de escolher os móveis e decorar esse espaço é
necessário levar em conta não só as dimensões do ambiente em questão, mas
também a função que esse mobiliário terá.
Os “apertamentos” já são famosos na cidade do Rio. E, na hora de decorar
um imóvel tamanho PP, não adianta colocar o sofá dos seus sonhos se as medidas
do móvel não forem proporcionais ao ambiente. Com os espaços cada vez menores,
a escolha dos objetos, cores e móveis deve ser mais criteriosa, ressaltam arquitetos
e designers.2
Por isso, hoje em dia está cada vez mais freqüente o número de pessoas que
procuram fugir dos mobiliários convencionais e optam por buscar alternativas que
não comprometam a falta de espaços e que também possam ser multifuncionais,
sendo assim um único mobiliário pode assumir diferentes formas e até mesmo
funções diversas tornando os espaços pequenos ambientes agradáveis.
De olho nessa necessidade muitas empresas já oferecem mobiliários
projetados do tamanho da necessidade do consumidor, como a Design PP de
propriedade das arquitetas Suellen Montenegro e Larissa Vinagre, que a cerca de
um ano e quatro meses atende a um mercado de grandes demandas: os
apartamentos e casas compactos. “A dificuldade era fazer a mobília caber. Sofás,
mesas, centros, todos tinham a metragem grande”3, afirma Suellen Montenegro,
proprietária da loja
Outra preocupação é que além de ser compacto o mobiliário possa ser
multifuncional, o que torna mais fácil a tarefa de ter num espaço reduzido tudo o que
se necessita. Segundo as jovens, a versatilidade dos móveis é o segredo, para que o
espaço seja bem aproveitado. “Temos uma mesa lateral que vira balde de gelo,
2 Disponível em:<http://www.mostraimoveis.com.br/Dicas.php?Id=22>Acesso em: 22 mar. 2011
3 Disponível
em:<http://noticias.lugarcerto.com/imoveis_jornalonorte/template_interna_noticias,id_noticias=42335&id_sessoes=228/template_capa_imoveis.shtm> Acesso em: 22 mar.2011.
16
luminária e estante. Centros mais estreitos, sofás-cama que podem ser usados
como baú; as opções são inúmeras”, ressalta Suellen.4
Os pequenos apartamentos seguem em alta e enquanto a demanda cresce,
crescem também os projetistas que se apressam em desenhar móveis e dispositivos
que ajustam-se às necessidades de espaço deste tipo de apartamento de poucos
metros quadrados.
Porque se há algo que verdadeiramente chamará a atenção dos proprietários
destes apartamentos são os projetos compactos, aqueles que ainda com uma boa
dose de estilo ocupam o menor lugar possível e ainda assim cumprem com sua
função perfeitamente.5
4 Idem, Id.
5 Disponível em: <http://maragao.com.br/category/acessorios/> Acesso em 04 mar. 2011.
17
3 OBJETIVO
Desenvolver um mobiliário multifuncional que atenda a necessidade de quem
vive em ambiente com espaços reduzidos, possibilite guardar “pequenos” objetos,
sirva de apoio para trabalho ou estudo, que ocupe pouco espaço e se integre ao
ambiente.
3.1 Objetivos Operacionais
- Definir requisitos e restrições;
- Pesquisar sobre o público alvo;
- Pesquisar os similares existentes no mercado;
- Definir os materiais e processos que serão utilizados na fabricação do mobiliário;
- Gerar alternativas;
- Escolher a alternativa que será desenvolvida;
- Confeccionar o modelo.
18
4 CRONOGRAMA
Ver anexo 01
19
5 METODOLOGIA
O desenvolvimento do projeto terá como partida a definição do problema, a
partir daí, inicia-se o levantamento de dados através de pesquisas e a análise de
similares.
A metodologia descrita no livro “Das Coisas Nascem Coisas”, de autoria de
Bruno Munari, foi a escolhida para a elaboração de um roteiro a seguir para a
conclusão do projeto.
A Primeira fase, também chamada de fase analítica, visará o conhecimento
da situação existente. Será constituída pela problematização, do levantamento de
dados sobre os usuários, através de pesquisa em sites e revistas especializados em
arquitetura e decoração com respectiva análise de dados.
A seguir virá o levantamento de dados e análise de similares existentes no
mercado.
A segunda fase, chamada de fase criativa, será elaborada a síntese do
projeto estabelecendo as principais funções práticas, simbólicas e estéticas
seguindo orientação de Löbach, 2008, bem como as especificações técnicas sobre
materiais e processos, seguindo a elaboração das primeiras idéias, geração de
alternativas e seleção da solução, através de matriz de decisão.
E por fim, a fase executiva onde será realizado o detalhamento técnico,
especificação de materiais e processos e a modelagem tridimensional.
20
6 REQUISITOS E RESTRIÇÕES
6.1.1 Requisitos
Para que o projeto consiga atingir o objetivo alguns requisitos e restrições deverão
ser observados, tais como:
- Ser de fácil manuseio, sendo assim poderá ser manipulado por único usuário;
- A utilização da maior quantidade possível de materiais que possam ser recicláveis
num eventual descarte;
- Ser utilizado por pessoas de diferentes faixas etárias;
- Atender às adequações de ergonomia.
6.1.2 Restrição
- Espaço arquitetural com dimensões reduzidas;
- Estar de acordo com a norma vigente;
- Atender as adequações ergonômicas.
21
7 PROBLEMATIZAÇÃO
7.1 Reconhecimento
Mobiliar espaços reduzidos requer não só bom gosto, mas também habilidade
para não sobrecarregar o ambiente com móveis que invés de servir ao seu propósito
se torna um transtorno para seus moradores. É comum optar por mobiliários com
múltiplas funções, um dos problemas dessa multiplicidade é que muitas vezes um
móvel que de dia tem uma função e a noite outra e que quando ele sofre essa
transformação acaba ocupando mais espaço do que poderia deixando de ser
solução e passando a ser um problema.
Alguns modelos de sofá-cama encontrados no mercado são um bom exemplo,
embora resolva o problema (servir de assento e cama), boa parte deles ocupa muito
espaço com braços e encostos que normalmente são desnecessários. Conforme
mostram as fotos abaixo.
Fig. 01 - Modelo de sofá cama com encosto e braços
Fig. 02 - Modelo de sofá cama sem braços
22
7.1.2 Delimitação
O objetivo do projeto é que quando usado, seja qual for a sua função, guardar
objetos ou usado para estudo/ trabalho o mobiliário cumpra seu papel, interferindo o
mínimo possível no ambiente que ele estiver inserido, a fim de que o espaço já
reduzido desses imóveis não seja ainda mais sobre carregados.
7.1.3 Formulação
Ser multifuncional, de fácil manuseio e adaptável aos mais diversos
ambientes, são os pontos que serão observados na elaboração e execução do
projeto.
23
8 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS
8.1 Público Alvo
A vida agitada, a comodidade de morar perto dos grandes centros, o pouco
tempo que se passa dentro de casa e o custo, são motivos que levam muitas
pessoas a optarem por morar em espaços reduzidos.
O perfil de pessoas que optam por morar sozinhas tem se mostrado maior
nas grandes cidades. O chamado público single passou de 3,6 milhões para 6,7
milhões no Brasil entre 1997 e 2007, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).6
O público inclui executivos, solteiros, estudantes, recém-casados e aqueles
que pretendem manter a família pequena7.
Quem precisa morar fora por causa do trabalho ou dos estudos e quer ter seu
próprio espaço, mas a correria do dia-a-dia faz com passem pouco tempo em casa,
acabam optando pela praticidade de ter somente o necessário em mobiliário, por
isso a preocupação de que o menos se torne mais, menos espaço ocupado pelo
mobiliário, mas mais funcionalidade do mesmo.
Fig. 03 - Usuários
6 Disponível
em:<http://www.gazetadopovo.com.br/guiacasa/pequenosespacos/conteudo.phtml?id=946118>.
Acesso em: 15 mai. 2011.
7 Disponível em:<http://www.manch.com.br/news.php?id=21>. Acesso em: 15 mai. 2011.
24
8.1.1 Ambiente
Seja 27, 45 ou 80m², os “apertamentos” são uma realidade, e fazer o
mobiliário caber nesses espaços não é uma tarefa das mais fáceis, quando se pode
optar por móveis sob medida o resultado pode chegar perto do desejado, mais nem
sempre isso é possível, então só resta fazer com que o disponível no mercado caiba
dentro desse espaço.
Uma das características principais desses imóveis é a integração dos
ambientes, sala com cozinha ou sala e quarto sendo uma coisa só, as chamadas
quitinetes. Manter cada coisa no seu devido lugar exige planejamento e escolha
adequada dos móveis já que as medidas enxuta dos imóveis restringe as dimensões
dos mobiliários.
Fig.04- Planta baixa – apartamento de 41,76m²
25
Fig. 05 - Apartamentos com ambientes integrados
26
Para ajudar quem precisa decorar esses espaços hoje em dia já existem
sites, blogs e revistas especializadas em dar dicas de decoração e soluções para
aproveitar cada centímetro disponível.
Fig. 06 – Blog Vida Saudável
Fig. 07 – Site Melhor Amiga
27
Fig. 08 – Revistas especializada em decoração
Sendo assim o projeto precisa ter medidas que sejam compatíveis não só
com o tamanho desses imóveis, mas também se integre ao ambiente, atendendo a
necessidade dos seus habitantes.
28
8.2 Similares
8.2.1 Similar 01
Quadro 1 – Similar 01
29
8.2.1.1 Similar 01 - Análise de componentes
Quadro 2 – Similar 01 – Análise de Componentes
30
8.2.1.2 Similar 02
Quadro 3 – Similar 02
31
8.2.1.3 Similar 02 – Análise de Componentes
Quadro 4 – Similar 02 – Análise de Componentes
32
8.2.1.4 Similar 03
Quadro 5 – Similar 03
33
8.2.1.5 Similar 03 – Análise de Componentes
Quadro 6 – Similar 03 – Análise de Componentes
34
8.2.1.6 Outros similares
Similares que valem ser destacados por sua qualidade formal e
multifuncionalidade, embora não esteja disponível maiores informações sobre os
mesmos.
Quadro 7 – Outros Similares
35
8.2.1.7 Diferencial semântico
Quadro 8 – Diferencial semântico
36
8.3 Materiais
8.3.1 Madeira maciça e painel de madeira
Dentre os materiais mais utilizados pela indústria de móveis a madeira maciça
ainda é um dos mais usados, mas com a preocupação com o meio ambiente e o
desmatamento outros materiais vem ganhando espaço no mercado.
Os painéis de madeira e madeiras oriundas de reflorestamento estão cada
vez mais presentes na indústria moveleira.
Esse material ganhou representatividade graças à tecnologia que hoje é
empregada na fabricação desses painéis que garante uma boa resistência e
juntamente com os laminados e os folheados de madeira que proporcionam bom
acabamento abastece o mercado moveleiro, contribuindo para que diminua o
desmatamento de matas nativas.
37
8.3.1.1 Araucária ou Pinho-do-Paraná
Uma das preferidas pela indústria de móveis, devido às suas características
de fácil usinagem, cor e peso adequados. Seu crescimento é relativamente lento,
mesmo em plantações bem conduzidas. Requer terras férteis, competindo portanto
com a agricultura, o que se reflete na sua pouca disponibilidade e preço
relativamente alto.
A madeira oriunda de plantações é leve, clara e de crescimento uniforme,
com excelentes características físicas e mecânicas.
Suas plantações concentram-se no Oeste do Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul8.
Figura 09 – Madeira Araucária Figura 10 – Berço feito com Araucária.
8 Disponível em: <http://www.guiadomarceneiro.com/madeira/?gdm=reflorestamento>. Acesso em:
13 mai. 2011.
38
8.3.1.2 Pinus
Pioneira entre as madeiras de reflorestamento usadas pela indústria
moveleira, o pinus representa cerca de 30% da madeira serrada produzida no Brasil,
em especial nas regiões Sudeste e Sul.
Várias espécies estão disponíveis, nas formas sólidas e em lâminas: o pinus
elioti mais comum, amarelado e resinoso, com anéis de crescimento bem
demarcados, e os pinus ocarpa, patula e caribea, mais claros, poucos resinosos
mais ou menos densos.
As plantações destas espécies e seu processamento concentram-se nos
estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
A madeira de pinus taeda é mais firme, clara e pouco resinosa, podendo
apresentar, entretanto, muitos nós.
A madeira de todas estas espécies de pinus é de fácil usinagem e apresenta
bons rendimentos e excelentes acabamentos, mas tem pouca resistência mecânica
e superficial, devendo ser utilizada com cuidados nas estruturas de móveis e
requerendo acabamento superficial9.
Figura 11 – Madeira Pinus Figura 12– Cadeira em madeira Pinus
9 Disponível em: < http://www.guiadomarceneiro.com/madeira/?gdm=reflorestamento >. Acesso em:
13 mai. 2011.
39
8.3.1.3 Teca
Madeira nobre, atualmente produzida em plantações no Mato Grosso,
medianamente pesada, com boa resistência, grande estabilidade, fácil de secar e
usinar, proporcionando excelente acabamento.
É usada em todos os tipos de móveis internos e externos, com excelentes
resultados.
É madeira tradicional no comércio internacional, alcançando altos preços.
Prevê-se que esta madeira encontre utilização crescente no setor moveleiro.
O sucesso de introdução de novas madeiras no setor moveleiro depende do
conhecimento sobre suas características de comportamento e uso, além de
suprimento assegurado em níveis de qualidade compatíveis com o uso desejado.
Estes requisitos de mercado vêm sendo crescentemente atendidos pelas
madeireiras de reflorestamento, que certamente passarão a contribuir mais
intensamente de reflorestamento e certamente passarão a contribuir mais
intensamente para suprir o setor moveleiro com matéria-prima de ótima qualidade e
preços competitivos10.
Figura 13 – Madeira Teca Figura 14 – Mesa fabricada com Teca
10
Disponível em: <http://www.guiadomarceneiro.com/madeira/?gdm=reflorestamento>. Acesso em: 13 mai. 2011.
40
8.3.1.4 MDF (Medium Density Fiberboard)
Painel de média densidade constituído por fibras de madeira e resinas
sintéticas, unidas por meio de calor e pressão.
É homogêneo em toda a sua superfície, o que permite melhor usinabilidade e
aplicação de revestimentos. Com características e consistência que o aproximam
muito da madeira maciça. Possui superfícies suaves, praticamente sem imperfeições
dando uma aparência de madeira maciça.
Aceita todos os tipos de revestimento como lâminas de madeira, fórmica,
pintura, filme de PVC, BP (Baixa pressão – melamina) e etc.
*as madeiras utilizadas na fabricação do MDF são o pinus e ou eucalipto, obtidas
através de reflorestamento, o que contribui para a preservação do meio ambiente11.
Figura 15 – Painéis de MDF Figura 16 – Estante em MDF
11
Disponível em: <http://www.fazfacil.com.br/manutencao/moveis_madeiras.html>. Acesso em: 13 mai. 2011.
41
8.3.1.5 Lyptus(Aracruz)
Lyptus® é uma madeira nobre, totalmente extraída de florestas renováveis a
partir de árvores plantadas, o que assegura um suprimento confiável e
ambientalmente sustentável. Essa é uma das suas principais vantagens em relação
às madeiras nobres tradicionais, como o mogno, o jacarandá, o marfim e a imbuia.
Afinal, para cada árvore derrubada, uma outra é replantada, preservando as
matas e toda a sua biodiversidade. Além de ser ecologicamente correta, a madeira
Lyptus® é desenvolvida com o cruzamento de árvores selecionadas, que lhe
conferem mais versatilidade, durabilidade e beleza. Assim você pode optar por uma
madeira nobre, sem correr o risco de agredir o meio ambiente e sem pagar mais por
isso, porque, apesar de todo o estudo, o manejo e a dedicação que o Lyptus® exige,
isso não se reflete no ser valor final para o consumidor, tendo um custo equivalente
ao de outras madeiras nobres.12
Figura 17 – Madeira Lyptus® Figura 18– Sofá feito de Lyptus®
12 Disponível em: < http://www.lyptus.com.br/produtos.php?target=o_que_eh_lyptus>. Acesso em: 20
ago. 2011.
42
8.3.1.6 Compensado
Uma das maneiras em que pode ser encontrado é a de uma placa (de ótima
resistência) formada por folhas de madeiras coladas umas às outras (várias
camadas de lâminas).
Importante notar que os veios das folhas devem ser sem-pre dispostos em
direções cruzadas uns aos outros, visando equilibrar tensões e reduzir riscos de
empenamento. Ademais, existe também o compensado tipo sarrafeado com miolo
maciço (painel formado por sarrafos de pinus com camadas de lâminas nas duas
faces).
As madeiras utilizadas nos compensados em geral são pinho, cedro ou
jequitibá13.
Figura 19 - Compensado Figura 20– Cadeira em Compensado
13
Disponível em: < http://www.fazfacil.com.br/manutencao/moveis_madeiras.html>. Acesso em: 13
mai. 2011.
43
8.3.1.7 OSB- ("Oriented Strand Board" ou aglomerado de
partículas de madeira longas e orientadas)
Painel estrutural de tiras de madeira ou “strands”, orientadas em três
camadas perpendiculares, unidas com resinas e prensadas sob alta temperatura,
tornando-o um painel com alta resistência mecânica e grande rigidez. Ideal para
construções, embalagens, móveis e decorações.14
Figura 21 – Painéis de OBS Figura 22– Caixa em OBS
14
Disponível em: < http://www.fazfacil.com.br/manutencao/moveis_madeiras.html>. Acesso em: 13
mai. 2011.
44
8.3.1.8 Folheados de madeira
Obtém-se o folheado cortando pranchas de madeira em lâminas muito finas,
que são vendidas em espessuras diferentes, conforme o fim a que se destinam.
Essa lâmina de madeira bem fina é utilizada para revestir superfícies de acabamento
dando a impressão de se tratar de peças de madeira maciça15.
Figura 23 – Folheados de Madeira Figura 24 – Mesa revestida com folheado de madeira
15
Disponível em: <http://carpintaria.etc.br/folheado-de-madeira >. Acesso em: 13 mai. 2011.
45
8.3.1.9 Laminado melamínico
Laminado melamínico (também conhecido como Fórmica, que é a marca
registrada de um fabricante) é um elemento decorativo inventado por John Frederick
Hosler e Theodore Russell Clarke, utilizando a resina melamínica.
É utilizado para revestimento de móveis, ambientes, tanto nas paredes quanto
nos pisos, e até mesmo no forro ou fachada.
É produzido a partir de resinas termo-fixas sobre uma tela de fibra depositada
a ar, termo-prensadas. Ou ainda "laminado decorativo, consolidado por calor e
pressão". Sobre a superfície são adicionadas texturas e diversos padrões de
acabamento, com simulações de madeiras, granitos, mármores, metais e outros,
também denominados padrão "fantasia", sem correspondência visual com materiais
de origem natural.
É vendido em chapas cuja dimensão varia conforme o fabricante e a
padronagem, mas a dimensão mais comum é 308x125xcm x 1,3mm de espessura.
As chapas de laminado costumam ser coladas sobre as superfícies a revestir com
cola de contato.16
Figura 25 - Laminado melamínico
16
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Laminado_melaminico>. Acesso em: 23 mai. 2011.
46
8.4 Ferragens
8.4.1 Corrediças, fixadores e fecho
Escolher a corrediça correta é essencial para o bom funcionamento de
um móvel. Este item, muitas vezes considerado simples, permite construções
diferenciadas influenciando inclusive, no resultado final do projeto.
Um móvel bem estruturado garante durabilidade, resistência e
precisão, qualidades valiosas e muito analisadas pelos clientes.
Para identificar o modelo ideal para determinado tipo de projeto é
necessário verificar:
- Peso da gaveta;
- Carga suportada pela corrediça;
- Dimensões;
-Cumprimento: utilizar as medidas corretas para um bom
funcionamento;
- Tipo, estilo e o valor agregado que o profissional de marcenaria quer
proporcionar ao projeto.17
17 Disponível em:
<http://www.leomadeiras.com.br/cod/a/consumidor/noticias/noticias_consumidor.asp?vCONTID=52017
>Acesso em : 25 mai. 2011.
47
Quadro 9 – Capacidade das corrediças
Quadro 10 – Corrediça
Linha: Corrediças
Material: Aço Zincado (Caracteriza-se
pela proteção do aço através do
revestimento de zinco por emersão à
quente, adquirindo assim resistência à
corrosões), Pintura: Cor Branca;
Capacidade de Peso: 20kg;
Utilização: Esta corrediça é indicada
para abertura de gavetas em geral,
conforme padrão desenvolvido pelo
fabricante.
48
Quadro 11– Trilhos
Linha: Largo
Material: Aço Zincado
(Caracteriza-se pela proteção do
aço através do revestimento de
zinco por emersão à quente,
adquirindo assim resistência à
corrosões);
Capacidade de Peso: 35kg;
Utilização: Este produto é
indicado para abertura (extração
total da gaveta do interior do
móvel) de gavetas em geral,
conforme padrão desenvolvido
pelo fabricante.
Quadro 12– Fixadores para móveis
Figura Produto Material Acabamento Aplicação
Parafuso chipboard cabeça panela
Aço baixo carbono, cementado, temperado e revenido
Zincado amarelo, branco, preto
Utilizados na fabricação de móveis em madeiras leves do tipo MDF, pinus e aglomerados
Parafuso chipboard cabeça chata
Aço baixo carbono, cementado, temperado e revenido
Zincado amarelo, branco, preto
Utilizados na fabricação de móveis em madeiras leves do tipo MDF, pinus e aglomerados
Parafuso chipboard cabeça flangeada
Aço baixo carbono, cementado, temperado e revenido
Zincado amarelo, branco, preto
Utilizados na fabricação de móveis em madeiras leves do tipo MDF, pinus e aglomerados
Parafuso chipboard cabeça oval
Aço baixo carbono, cementado, temperado e revenido
Zincado amarelo, branco, preto
Utilizados na fabricação de móveis em madeiras leves do tipo MDF, pinus e aglomerados
Parafuso para corrediça cabeça chata com rebaixo
Aço baixo carbono, cementado, temperado e revenido
Zincado amarelo, branco, preto
Utilizado na fixação de corrediças de gavetas
Parafuso para corrediça cabeça chata
Aço baixo carbono, cementado, temperado e revenido
Zincado amarelo, branco, preto
Utilizado na fixação de corrediças de gavetas (deslizantes)
Parafuso para corrediça cabeça panela
Aço baixo carbono, cementado, temperado e revenido
Zincado amarelo, branco, preto
Utilizado na fixação de corrediças de gavetas (deslizantes)
49
Quadro 13– Fecho
Fecho Gangorra caixa ferro 7mm
Fabricante: Maxibor
Material: Ferro zincado
Comprimento: 7mm
Altura: 5mm
Largura: 1,5mm
Utilização: fechamento diversos.
8.4.2 Suporte para prateleira
Quadro 14 – Suporte p/ prateleira
Suporte p/ prateleira SP 204
Fabricante: Rometal.
Material: Zamack.
Comprimento: 13mm
Altura: 13mm
Largura: 12mm
Utilização: apoiar prateleiras.
Quadro15 – Suporte c/ parafuso
Suporte c/ parafuso para
prateleira SP 220.
Fabricante: Rometal.
Material: Zamack.
Comprimento total: 25mm
Comprimento da rosca: 12mm
Comprimento para apoio: 13mm
Diâmetro: 12mm
Utilização: apoiar prateleiras.
50
8.4.3 Rodízios
Quadro 16 – Rodízios linha econômica
Linha: Econômica;
Material: Corpo: Aço, Rodas: PVC;
Itens Inclusos: Freio para
travamento;
Diâmetro da Roda: 50mm;
Capacidade de Peso: 30kg;
Utilização: Este produto é
desenvolvido para permitir a
movimentação aos itens
mobiliários, mesmo quando
estáticos, conforme padrão
desenvolvido pelo fabricante.
Quadro 17 – Rodízios linha econômica - luxo
Linha: Econômica - Luxo;
Material: Corpo: Aço, Rodas: PVC;
Ítens Inclusos: Freio para
travamento, Calota cromada;
Diâmetro da Roda: 50mm;
Capacidade de Peso: 30kg;
Utilização: Este produto é
desenvolvido para permitir a
movimentação aos itens
mobiliários, mesmo quando
estáticos, conforme padrão
desenvolvido pelo fabricante.
51
Quadro 18 – Rodízios linha classic
Linha: Classic;
Material: Corpo: Aço Inox,
Rodas: Policarbonato e
Poliuretano;
Diâmetro da Roda: 50mm;
Capacidade de Peso: 35kg;
Utilização: Este produto é
desenvolvido para permitir a
movimentação aos itens
mobiliários, mesmo quando
estáticos, conforme padrão
desenvolvido pelo fabricante.
8.5 Análise
Os pontos positivos que foram observados na análise de similares, no
levantamento de dados dos materiais e as informações obtidas através do
diferencial semântico servirão de base para a elaboração das primeiras idéias do
projeto a ser desenvolvido.
52
9 Ergonômicos
9.1.1 Norma técnica
A norma que irá servir de base para a delimitação das dimensões do projeto
será a NBR 139:2008.
Quadro 19 – norma técnica
Data de Publicação :
14/04/2008
Válida a partir de :
14/05/2008
Título : Móveis para escritório - Mesas - Classificação e características físicas dimensionais e requisitos e métodos de ensaio
Título Idioma Sec.
:
Office furnitures - Desks - Classification physical and dimensional caracteristics and - Requirements and test methods
Comitê : ABNT/CB-15 Mobiliário
Nº de Páginas :
19
Status : Em Vigor
Organismo : ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
Objetivo : Esta Norma especifica as dimensões de mesas de escritório de uso geral, inclusive mesas de reuniões, os requisitos mecânicos, de segurança e ergonômicos para mesas de escritório, bem como define os métodos de ensaio para o atendimento destes requisitos. Os ensaios aplicam-se a móveis completos e prontos para o uso.
9.1.2 Antropometria
As medidas definidas por Diffrient do percentil dos usuários extremos, mulher
2,5 e homem 97,7.18, serão adotadas para o projeto.
18
DIFFRIENT, Neils; TILLEY, Alvin; BARDAGJY, Joan. Human Scale 1/2/3. Cambrige, Ed. The Mit
Press – 1981. 26p. 27p.
53
Fig. 26 - Usuários extremos – plano sagital e plano cranial
Fig. 27 Área de compatibilidade entre usuários extremos
54
9.1.3 Análise da tarefa
Tendo como uma de suas funções uma bancada para estudo ou trabalho, é
necessário que se conheça as dimensões adequadas da mesma, para que o usuário
tenha conforto ao utilizar o mobiliário.
Quadro 20- dimensionamento funcional - Dreyfuss
55
Os registros dos movimentos são importantes porque delimitam o espaço
onde deverão ser colocados os objetos.19
Fig. 28- Área acional cranial - Diffrjent
Sendo assim as medidas que deverão ser consideras para a superfície
de apoio do projeto serão:
19 IDA, Itiro. Ergonomia Projeto e Produção. Segunda Edição 2005, Editora EdgardBlucher Ltda, São Paulo, SP.
56
Fig. 29- medidas do adotadas
A= altura da mesa – 63,5cm
B= largura da mesa – 61,5cm
C= profundidade – 45,7cm
D= altura para perna – 63.5cm
57
10 Síntese
De acordo com o levantamento e a análise dos dados, conclui-se que o
projeto a ser desenvolvido, deverá conter as seguintes características:
Mobilidade: Ser móvel para que possa ser removido de um lugar para o outro
com o menor esforço possível. Para atender tal requisito o produto terá em sua
composição estrutural rodízios para facilitar o deslocamento quando necessário.
Dimensões ergonômicas: Ocupar pouco espaço no ambiente, mas sem
deixar de atender as normas e estudos ergonômicos, uma vez que o espaço
arquitetural que o produto será inserido possui medidas reduzidas. As medidas que
serão adotadas para cumprir tais requisitos serão as mínimas definidas por Dreyfuss
para delimitação da superfície de apoio (61,5cm de largura x 45,7cm de
profundidade x 63,5cm de altura), tendo como parâmetro os usuários extremos
mulher 2,5 e homem 97,7(Diffrient 1981).
Leveza: Ser leve e de fácil manuseio para que possa ser manipulado por um
único usuário.
Estética: O produto será composto de linhas retas para evitar que o mesmo
ocupe mais espaço do que o necessário e através do acabamento em laminado
melamínico ou folheado de madeira terá seu visual diversificado podendo assim ser
inserido em ambientes variados.
Fabricação e montagem: Para a fabricação do produto, mão de obra e
equipamentos deverão ser utilizados os já existentes no mercado moveleiro e sua
montagem poderá ser feita pelo próprio usuário mediante as instruções básicas.
Materiais: Dentre os materiais pesquisados os que poderão ser utilizados
para a fabricação do mobiliário serão:
58
- MDF e Lyptus® para a estrutura principal;
- Folheados de madeira ou laminado melamínico para o acabamento, tornando
possível que o mobiliário possa ser inserido em mais de um ambiente por sua
variedade de texturas;
- Suporte ou cantoneira para a sustentação da superfície de apoio;
- Rodízios para dar mobilidade ao produto facilitando o seu manuseio e
deslocamento quando necessário.
59
11 Geração de Alternativa
Após o levantamento e análise dos dados apresentados foi desenvolvido um
diagrama em torno do foco principal para dar início a geração das primeiras idéias, a
partir de então geradas 4 alternativas para serem avaliadas posteriormente.
Figura 30 – Diagrama
60
Figura 31 – Primeiras idéias
61
11.1 Alternativa 1
Quadro 21– Alternativa 1
Estante vertical com
prateleiras para guardar
livros, dvs(s) entre outros,
com uma superfície de
apoio para trabalho ou
estudo presa na lateral.
11.1.2 Alternativa 2
Quadro 22 - Alternativa 2
Armário com 2 divisões. A
parte frontal com portas e
prateleiras internas para
guardar livros, DVD e a
parte posterior com
rodízios para
movimentação lateral
possibilitando o apoio para
trabalho ou estudo através
de uma superfície retrátil.
62
11.1.3 Alternativa 3
Quadro 23 - Alternativa 3
Estante com porta na
prateleira superior que
serve de bancada para
trabalho ou estudo.
11.1.4 Alternativa 4
Quadro 24 – Alternativa 4
Estante com prateleiras e
bancada retrátil para
trabalho ou estudo.
63
11.1.5 Alternativa 5
Quadro 25 – Alternativa 5
Armário vertiacal com
tampo embutido sob a
prateleira que serve como
bancada.
11.1.6 Alternativa 6
Quadro 26 – Alternativa 6
Armário com prateleira
superior que articulada
serve com mesa.
64
12 Seleção da Alternativa
12.1 Matriz de Avaliação
A escolha da alternativa foi feita através de uma matriz de avaliação
onde os requisitos do projeto receberam notas correspondentes ao desenho
que variavam entre 0 e 1. Cada alternativa recebeu uma nota corresponde ao
requisito solicitado anteriormente, a somatória dessas notas determinaram a
alternativa que reuniu a maior quantidade de requisitos solicitados como a
escolhida para ser desenvolvida.
Quadro 27 – Matriz de avaliação
Requisitos A 1 A 2 A 3 A 4 A 5 A 6
Mobilidade 1 1 1 1 0 1
Dimensões ergonômicas 0 0 0 1 0 1
Leveza 0 1 1 0 0 1
Estética 1 1 1 0 1 1
Fabricação 1 1 1 1 1 1
Montagem 0 0 1 0 0 1
Seguro 0 1 1 0 0 1
Total 3 5 6 3 2 7
65
12.2 Alternativa Selecionada
Após a avaliação e escolha da Alternativa 4 através da matriz de
seleção, o passo seguinte foi os ajustes e correções através de desenhos
mais detalhados, modelo em escala reduzida e renderes para testar as
funções básicas.
Figura 32 - Desenhos
66
Figura 33 - Modelo em escala reduzida feito de isopor
Figura 34 - Modelo 3D feito no Google Sketchup.
67
13 Detalhamento Técnico
13.1 Desenhos Técnicos
Os desenhos técnicos serão apresentados em anexo:
-Lista de itens (anexo 2)
-Vistas ortográficas (anexo 3)
- Perspectiva explodida (anexo 4)
- Detalhes (anexo 5)
13.2 Ficha Técnica de Fabricação
Dentre os materiais pesquisados e analisados, os que foram utilizados para a
confecção do produto são os descritos abaixo:
Figura 35 – Ambiente virtual
68
Estrutura principal: Madeira Lyptus®
Figura 17 – Madeira Lyptus®
-Laterais, fundo, prateleiras e superfície de apoio: Mdf revestido com laminado
de madeira
Figura 15 – Painéis de MDF Figura 23 – Folheados de Madeira
69
-Ferragens para montagem e fixação da estrutura:
Quadro 28 – Material para montagem
Material Especificação Local a ser utilizado
Fecho
Rodízio
Parafuso união
Minifix e Parafuso -
DU
70
14 Conclusão
Ao longo de todo o processo de pesquisa e elaboração para a conclusão do
projeto, pode-se perceber que o espaço que habitamos retrata quem somos e como
vivemos, e morar em espaços com medidas reduzidas tão comuns nos dias atuais,
não precisa ser sinônimo de desconforto.
Na busca por solucionar o problema da falta de espaço, a criatividade torna-
se a grande aliada nessa tarefa de aliar o conforto e praticidade em cada centímetro
quadrado.
71
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIFFRIENT, Neils; TILLEY, Alvin; BARDAGJY, Joan. Human Scale 1/2/3. Cambrige:
Ed. The Mit Press, 1981.
IDA, Itiro. Ergonomia Projeto e Produção. São Paulo, SP:Segunda Edição 2005,
Ed. EdgardBlucher Ltda,
MUNARI, Bruno. Das Coisas Nascem Coisas.São Paulo: Martins Fontes, 2008.
Disponível em:
<http://maragao.com.br/category/acessorios/> Acesso em 24 março 2011
Disponível em:
<http://noticias.lugarcerto.com.br/imoveis_diario_de_pernambuco/template_interna_
noticias,id_noticias=21639&id_sessoes=211/template_interna_noticias.shtml>
Acesso em 24 março 2011
Disponível em:
<http://www.mundodomarketing.com.br/9,12642,com-menos-lancamentos-redesign-
de-embalagem-ganha-forca.htm>. Acesso em 04 abr. 2011
Disponível em:
<http://noticias.lugarcerto.com/imoveis_jornalonorte/template_interna_noticias,id_noti
cias=42335&id_sessoes=228/template_capa_imoveis.shtml>. Acesso em 04 abr.
2011
Disponível em:
< http://www.batista-gomes.pt/produtos_show.htm?idcont=1732&t>. Acesso em 09
set. 2011
72
Disponível em:
<http://www.fechaduraseferragens.com.br/loja/product_info.php?products_id=244&o
sCsid=91b6902bc82c8d7951027116d1e718ac>. Acesso em 09 set. 2011
73
16 Anexos
16.1 Cronograma
Anexo 01– Cronograma
Proposta de projeto 10/02
Problematização 24/03
Levantamento de dados 19/05
Síntese 01/06
Qualificação do TCC 15/06
Correção dos Aspectos levantados na qualificação 01/09
Geração de alternativa 14/10
Seleção da melhor alternativa 30/09
Detalhamento técnico 28/10
Modelagem tridimensional 16/11
Construção do modelo em escala 1:1 18/11
Apresentação final do TCC 29/11
74
16.2 Desenho Técnico