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Economia solidária e moeda social - Pirapirê, a moeda social do Banco Pirê - Dourados - MS
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PIRAPIRÊ - MOEDA SOCIAL
Guacira Quirino Miranda
ECONOMIA SOLIDÁRIA
Também designada Economia Social.
Os empreendimentos solidários surgiram como respostas a
crises nas empresas, ao desemprego e à exclusão social, que são
conseqüências do capitalismo dominante em que vivemos.
A economia capitalista gera exclusão e competitividade, e a
economia solidária acredita em uma sociedade em que predomina
a igualdade e a oportunidade para todos.
Esta economia é gerada e administrada pelos trabalhadores.
ECONOMIA SOLIDÁRIA
FRANÇA-FILHO (2006), destaca as dimensões da economia
solidária: comunitária e pública, voltada para a geração de
trabalho e renda, preocupada com o desenvolvimento
local, que pressupõe a ação no espaço público e uma
construção coletiva democrática, pois o Estado não
preenche as lacunas deixadas pelo mercado.
ECONOMIA SOLIDÁRIA
A economia solidária tem as seguintes características:
de dádiva e reciprocidade;
é uma resposta à crise do paradigma fordista e do estado
de bem-estar social;
é um híbrido formado por atividades recíprocas de
voluntários, atividades de mercado e atividades
financiadas por subsídios estatais;
é uma tentativa de articulação entre economias mercantil,
não-mercantil e não monetária (trocas);
envolve serviços de proximidade, ou serviços solidários,
que antes eram somente da esfera da economia doméstica.
ECONOMIA SOLIDÁRIA
Princípios de comportamento econômico na economia solidária:
a domesticidade, na forma de produção;
a reciprocidade, que governa a troca visando criar ou reforçar
trocas sociais e a transferência de bens e serviços;
a redistribuição, o mercado de troca de bens e serviços;
a dádiva, o apoio mútuo, os mutirões, os laços de solidariedade.
Os objetos da dádiva são os mesmos produzidos pelo mercado, o
que os distingue é que tem relações de solidariedade.
ECONOMIA SOLIDÁRIA
A economia tradicional se pauta pelos princípios de
rentabilidade e utilidade.
A economia solidária busca os princípios da solidariedade
recíproca, da liberdade e igualdade de viver em conjunto.
MOEDA SOCIAL
A moeda social surge, na economia solidária, de forma
semelhante à criação do uso da moeda, como uma
alternativa ao escambo, nas trocas de produção do
trabalho desenvolvido em empreendimentos solidários.
MOEDA SOCIAL
A moeda social é considerada um instrumento de
desenvolvimento local: destinada a beneficiar o mercado
de trabalho dos grupos que participam da economia da
localidade, seu uso é restrito e a sua circulação beneficia a
redistribuição dos recursos na esfera da própria
comunidade. O aumento da quantidade de moeda social
corresponde ao aumento das transações realizadas pelos
participantes da economia local.
MOEDA SOCIAL
Uma das dificuldades dos empreendimentos de economia
solidária é a comercialização de seus produtos. Para
viabilizar esta comercialização surgiram as feiras de
economia solidária. Estas feiras consistem basicamente
em espaços destinados à integração e articulação entre os
empreendimentos, bem como à oferta de produtos
produzidos pelos empreendedores. Nestas feiras surgiram
as primeiras moedas sociais.
PirapirêMoeda criada pelo Banco Pirê
de Dourados MS,
que hoje financia
242 projetos de
economia
solidária.
1 Pirapirê
O termo
Pirapirê tem origem na
língua
Índigena.
Em guarani, significa
“escama de peixe”
Loja Solidária – Dourados MS
MOEDA SOCIAL
A moeda social ainda terá que enfrentar muitos desafios:
Luta pela sua institucionalização (leis federais, estaduais e
municipais).
Falta de divulgação para adquirir credibilidade.
Compatibilidade com a política monetária e com a
exigência de solidez do mercado financeiro.
Mecanismos de monitoramento e fiscalização.
Viabilidade econômica-financeira (custos e riscos).