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Características Gerais
• As larvas desta família desenvolvem-se no estômago e duodeno dos eqüinos. No homem podem causar uma oftalmomiíase.
• A família Gasterophilidae é dividida em 4 sub-famílias. Destas tem importância apenas a Gasterophilinae, representada pelo gênero Gasterophilus
• Espécies mais importantes: ▫ G. nasalis (Brasil)
▫ G. intestinalis (México, Venezuela, Brasil)
▫ G. haemorrhoidalis (México, Venezuela)
▫ G. inermes (Ásia)
▫ G. pecorum (África)
Morfologia da Mosca • São dípteros robustos (1-2 cm), com o corpo revestidos
por pêlos, cerdas fracamente desenvolvidas ou nulas, antenas pequenas, cabeça curta, revestida de pêlos amarelados bem conspícuos e aparelho bucal vestigial, não funcional, tórax densamente piloso e cerdas ausentes
• Abdome alongado, oval, em algumas espécies o ovopositor é longo, fortemente curvado para debaixo do abdome
• O adulto tem aparência e tamanho de uma abelha, semelhança esta acentuada pelo zumbido que produz durante o vôo
Morfologia das Larvas • Larvas grandes (16 – 20 mm)
com ganchos orais em forma de foice
• Corpo segmentado coberto por espinhos: ▫ Gasterophilus nasalis – Uma
fileira ▫ Gasterophilus intestinalis –
Duas fileiras
• Estigmas com aberturas cheias de trabéculas
• Porção posterior truncada
Ciclo Biológico
Imagos (♀♂) verão
Cópula
♀ ovopostura 24 – 48 h
Ovo período de incubação 5 – 10 dias
♀ 500 ovos na vida
Ovos individuais nos pelos da região sub-mandibular, peito,
membros anteriores
Eclosão dos ovos – L1 (1 – 1,5 mm)
L1 migração cavidade bucal
Penetram nas gengivas, bochechas e base da
língua
Formação de nódulos – 30 dias
L2 abandonam os nódulos e são deglutidas junto ao bolo alimentar
Fixação na porção glandular pilórica do
estômago e 1ª porção do duodeno
L2 fixam-se na mucosa através dos ganchos
orais e alimentam-se de líquidos celulares
Larvas maduras (16 – 20 mm)
As larvas de G. haemorrhoidalis, antes
de sair ao meio, fixam-se à mucosa do reto (pode levar a prolapso retal)
As larvas saem ao meio juntamente com as fezes
L3 – pré-pupa 24 h
Pupa de 3 – 5 semanas (imóvel, escura e rígida)
Imago (duram cerca de 2 semanas)
Danos ao Hospedeiro • Diretos:
▫ Fase na cavidade bucal: periodontite ▫ G. intestinalis: língua – glossite ▫ Pode ocorrer perfuração do epitélio do estômago e do intestino
pelo aparelho bucal da larva ▫ Fixação: provoca inflamação local e úlceras - prejudica a digestão ▫ Grau de lesão proporcional ao grau de infestação ▫ Alto parasitismo - pode ocorrer obstrução do piloro, abscessos
gástricos, ulcerações, ruptura da parede do estômago, peritonite ▫ Infecções secundárias ▫ Frequentemente sofrem de cólica ▫ Centenas de larvas podem ser encontradas num único animal
Danos ao Hospedeiro
• Indiretos:
▫ Mosca:
Irritados pela presença das moscas, não se alimentam adequadamente, perdem peso. Tentam se proteger da mosca
▫ Larvas:
Perfuração do lábio: coceira e irritação. Para se livrarem da irritação mergulham a boca na água ou esfregam lábios e narinas contra o solo, cercas, pedras provocando sérios ferimentos ou dilacerações
Diagnóstico e Controle
• Diagnóstico:
▫ Verificação de ovos ou larvas recém-eclodidas
▫ L3 nas fezes (intermitente)
• Controle:
▫ Depende da criação e do manejo, mas se deve cortar o pêlo da ganacha no verão e passar esponja com água morna, matando a larva
▫ Armadilhas para moscas
Características Gerais
• Durante o século XVI, antes da introdução de gado bovino e de outros animais domésticos na Região Neotropical a D. hominis parasitava mamíferos silvestres
• Atualmente os bovinos são os principais hospedeiros da D. hominis
• Causam uma miíase furuncular (denominação popular: berne) - constitui um problema econômico-sanitário de grandes proporções
• Outros animais domésticos também são suscetíveis - cães, gatos, caprinos, ovinos, suínos, equinos, etc...
• Também causa miíase no homem
Características da Mosca • Muscóide robusto, com 12-17 mm de comprimento, semelhante aos
califorídeos
• Cabeça amarela, escurecida na parte superior, peças bucais rudimentares, antenas amarelas e olhos vermelho-tijolo
• Tórax revestido de cerdas escuras, abdome azul-metálico
• Asas são castanho-claras e os pares de patas amarelas
Características das Larvas
• A larva recém-eclodida (1,0-1,5 mm de comprimento), é muito ativa, pode penetrar de imediato ou migrar até 19 cm sobre a pele do hospedeiro para então penetrar na pele
• L3 madura alcança 20 – 24 mm, sendo mais larga na porção anterior
• As larvas são segmentadas e, no 1º segmento, possuem 1 par de ganchos orais rígidos: ▫ Perfuração da pele ▫ Fixação ▫ Destruição celular (liberação de líquidos celulares – alimentação)
• Cada segmento possui 1 – 2 fileiras de espinhos (2/3 do corpo)
• Cerca de 1/3 do corpo é estreito e liso
• No último segmento, apresentam 2 placas respiratórias (estigmáticas), com 3 fendas no interior (espiráculos)
Ciclo Biológico
Imagos (♀♂) verões chuvosos (vegetação) -
cópula
24 – 48 h as ♀ estão aptas a fazer ovopostura
♀ capturam insetos foréticos (vetores)
♀ coloca massas de ovos (10 – 60) no abdômen
desses insetos (embaixo das asas)
Período de incubação dos ovos de 5 -6 dias
Eclosão dos ovos
L1 (1 – 1,5 mm) atraída pelo calor do corpo do hospedeiro quando o
inseto forético se alimenta
Perfura a pele ou couro do hospedeiro e busca o
tecido subcutâneo – miíase nodular ou
furuncular (orifício/respiração)
L1 causa destruição celular mecânica através
dos ganchos orais e espinhos e se alimenta de
líquidos celulares
L2 em 7 – 8 dias
L3 no 15º dia (20 – 24 mm) – ficam em média,
32 dias embaixo do couro
L3 abandona o corpo do animal e procura o solo –
24 h pré-pupa
Se desloca e penetra no solo, atraída pela
umidade
Pupa – casulo escuro e rígido – metamorfose
(histólise/histogênese) em 26 – 30 dias
Liberação de um imago (♀♂) que dura cerca de 1 -
2 semanas e não se alimenta
Duração total do ciclo – cerca de 120 dias
Danos ao Hospedeiro
• Lesões: ▫ Miíase furunculosa que se caracteriza pela formação de
um nódulo parasitário cutâneo, apresentando um orifício no qual se percebe os estigmas do parasita
▫ As feridas podem se contaminar por bactérias ▫ Pode ocorrer a formação de abscessos profundos e
muito dolorosos ▫ Durante o desenvolvimento da larva os animais ficam
nervosos, irrequietos e se alimentam mal ▫ Podem facilitar o desenvolvimento de larvas de
varejeiras
Prejuízos Econômicos
• Queda na produção de leite e carne
• Facilitação de bicheiras e infecções bacterianas secundárias
• Queda nos índices zootécnicos
• Depreciação do couro: após a queda da larva, o orifício de saída é fechado por tecido cicatricial comprometendo a qualidade do couro
• Prejuízo anual estimado: U$ 200 milhões
Controle
• Controle do vetor, de um grande número de dípteros, muitos dos quais nem são ectoparasitas ou pragas dos rebanhos de criação
• Controle efetivo - tratamento das larvas no corpo do animal