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A escultura no final do século XIX - Rodin
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História da Cultura
e das Artes
12.º ano
Prof. Carlos Pinheiro
Grande renovador da escultura europeia, aproximando-
a dos objetivos e da estética da pintura do seu tempo.
Admirava Miguel Ângelo e foi dele que tirou a forma
inacabada que caracteriza as suas esculturas.
Foi considerado realista, impressionista, simbolista e
expressionista, tal é a mistura de formas que
desenvolve nos seus trabalhos.
A sua primeira obra “O Homem de nariz quebrado” – 1864,
não foi aceite no Salão de Paris e, a justificação que o júri
deu foi, que a obra era apenas um esboço, encontrando-se
inacabada.
Como escultor contrapôs as formas lisas, polidas e
aveludadas dos corpos, de delicadas superfícies e
doces contornos, com o bloco de pedra rugoso,
inacabado e em bruto de onde saíram.
Rodin - Aurora, 1895-1897
Os fragmentos de obras não eram um capricho
artístico, mas sim o que ele pretendia mostrar: o
momento da criação. Talvez por isto tenha sido
considerado impressionista.
Muitas vezes deixou mesmo a marca dos seus
dedos em algumas das obras, captando assim os
aspetos emocionais registados no momento que
precedeu a ação.
Rodin - Catedral, 1908, pedra, 60 x 34 cm
Rodin – “Danaide” – 1885. Mármore, 35 x 72 x 77 cm
As delicadas curvas
do corpo feminino
continuam-se
elegantemente
pelas ondas fluidas
da cabeleira,
lembrando a
estética Arte Nova,
em voga na época e
à qual sem dúvida
Rodin não foi alheio.
O mármore branco
contribui, com a sua
pureza, para o
encanto que se
desprende da peça.
Rodin – “Os Burgueses de Calais” – 1884/89
Esta obra possui
figuras de tamanho
real, simbólico-
impressionistas que
têm uma atitude
individualizada e
personalizada e
expressam os
sentimentos de cada
uma delas.
Nela o autor evocou
a história dos seis
notáveis de Calais
que se entregaram
ao inimigo para
salvar a cidade,
quando esta estava
cercada pelos
ingleses.
Rodin – “A Porta do Inferno” – 1880-1917.
Bronze, 6,35 x 4 x 0,85 m
Encomendada para o Museu de Artes Decorativas de
Paris, foi fundida mas nunca chegou a ser aplicada
no local. Baseou-se, provavelmente, nas portas
renascentistas do Batistério de Florença, da autoria
de Ghiberti. As figuras e cenas que a decoram
inspiram-se nas personagens da Divina Comédia, de
Dante.
Rodin – “O Beijo” – 1892/98. Mármore, 1,84 x 1,11 x 1,19 m
As figuras entrelaçadas parecem presas à
matéria que simboliza a paixão. As suas peças
modeladas não são lisas nem polidas, estão
cheias de superfícies reentrantes e salientes,
côncavas e convexas que absorvem e refletem
a luminosidade, criando uma ilusão de força,
dinamismo e vitalidade.
O casal entrelaçado é Paolo e Francesca,
heróis de Dante.
Foi concebida originalmente para a “Porta do
Inferno”
Rodin – “A mão de Deus”, 1918
Esta obra tem uma ambivalência de
significados: a mão divina é na
realidade a de um escultor em plena
atividade.
Esta obra foi concebida para o
centro do tímpano de A
Porta do inferno.
O Pensador representa
Dante, refletindo sobre a sua
criação poética e simboliza o
homem criador, em geral.
Rodin – O Pensador , 1880/1904
Mármore, 71,9 x 45,1 x 56,2 cm