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Simone Helen Drumond [email protected] (92) 8808-2372 / 8813-9525 A HISTÓRIA DO CIRCO - VOLUME 4

A história do circo volume 4 simone helen drumond

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Simone Helen Drumond

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A HISTÓRIA DO CIRCO - VOLUME 4

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A HISTÓRIA DO CIRCO - VOLUME 41º MOMENTO - EDUCADORA: - Vou levar vocês para uma fantástica

viagem a história do CIRCO, coloque as máscaras de Piolin e

Carequinha.

2º MOMENTO - EDUCADORA: - Vamos sentar numa grande roda com

seus amigos que vou contar a história do CIRCO.

3º MOMENTO - EDUCADORA: - Trabalhe as questões relevantes sobre

este contexto por meio da Linguagem oral. Brincadeira PASSA OU

REPASSA DA HISTÓRIA DO CIRCO.

Obs. Um saquinho de pipoca e muita alegria também são fatores que

ajudam nossos educandos a compreender melhor está fantástica

história do CIRCO.

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MÁSCARA DO PALHAÇO

PIOLIN

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MÁSCARA DO PALHAÇO

PIOLIN

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MÁSCARA DO PALHAÇO

CAREQUINHA

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MÁSCARA DO PALHAÇO

CAREQUINHA

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO! Na época em que não existia televisão nem cinema, e o teatro era

diversão para as elites, a chegada de um circo era uma festa que

empolgava adultos e crianças. Como as opções de lazer e

entretenimento eram poucas, o circo promovia o grande evento em

que as pessoas se reuniam para se divertirem com palhaços,

mágicos, malabaristas e outras atrações.

A China revela os registros mais antigos de atividades circenses;

nesse país há pinturas de cinco mil anos, com figuras de acrobatas,

contorcionistas e equilibristas. Foi na Grécia e em Roma antigas,

porém, que o circo adquiriu forma e até uso político.

Os Césares instituíram a política do "pão e circo", que consistia em

oferecer comida e entretenimento à população, como formas de

domínio e contenção. Por volta do ano 70 a.C., surgiu o Circo

Máximo de Roma, que foi destruído totalmente por um incêndio.

Mais tarde, para aplacar a insatisfação popular, foi construído no

mesmo lugar o Coliseu, com capacidade para 87 mil pessoas.

Oferecia apresentações de engolidores de fogo, gladiadores e

espécies exóticas de animais. Anos depois, com a perseguição ao

cristianismo, o Coliseu transformou-se em uma arena em que os

cristãos capturados eram jogados aos leões para serem devorados

diante do público.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO! Os verdadeiros artistas circenses passaram, então,

a se apresentar em feiras, praças e igrejas. A

prática acabou se espalhando pela Europa e

perdurou vários séculos na figura dos saltimbancos,

que apresentavam simulações de combate e

equitação e os tradicionais malabarismos que

encantavam o público.

O circo moderno surgiu na Inglaterra. O oficial

Philip Astley, da Cavalaria Britânica, inaugurou o

Astley's Amphitheatre em 1770, o qual apresentou a

estrutura que os circos utilizam até hoje, com um

picadeiro central e uma arquibancada. A principal

atração era um espetáculo com cavalos, mas Astley

logo contratou saltimbancos, malabaristas e

palhaços. O apresentador do show era o próprio

Astley, surgindo então a figura do mestre-de-

cerimônias.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO! No Brasil, os circos apresentavam uma estrutura teatral.

Sua introdução deve-se às famílias ciganas que, com suas

tendas, atraíam espectadores para suas apresentações. O

espetáculo do circo-teatro era dividido em duas partes.

A primeira era tradicional, com malabaristas e mágicos.

A segunda introduzia o teatro, apresentando peças, em

sua maioria cômicas. Esse estilo de circo predominou

durante quase um século, colocando os brasileiros em

contato com as artes cênicas.

O picadeiro ficou conhecido como o berço do teatro

brasileiro. O maior expoente desse teatro cômico que

começava a dar os seus primeiros passos foi o palhaço

Piolin. Seu nome era Abelardo Pinto; nasceu em Ribeirão

Preto, São Paulo, em 27 de março de 1897.

O Dia Nacional do Circo foi instituído em sua

homenagem, devido a seu trabalho pioneiro na introdução

do circo e das artes cênicas.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO! Há, contudo, uma noite triste nos espetáculos circenses:

os animais.

As suas imagens felizes apresentadas pelos proprietários

do circo perderiam todo o seu charme se os detalhes

horríveis de suas vidas fossem revelados.

Todos os animais de circo, de qualquer espécie, são

aprisionados até a morte. Além de passarem fome, ficam

confinados em espaços minúsculos, sem as mínimas

condições de higiene, sujeitos a diversas doenças, até as

contagiosas ao próprio ser humano, como por exemplo a

tuberculose.

Seu treinamento é baseado no medo, na tortura e na

anulação dos seus próprios instintos, ou seja, um

tratamento bizarro e inaceitável.

Hoje a lei brasileira define e incrimina a prática de maus-

tratos em animais e permite que qualquer pessoa registre

um boletim de ocorrência policial.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO! Respeitável público, começa agora a história de um dos

maiores espetáculos da Terra: o circo. Crianças e adultos

ficam encantados com esse grande show, que apesar de

ser milenar, até hoje atrai muita gente.

Acredita-se que a origem do circo está na China, pois lá

foram descobertas pinturas de cerca de 5 mil anos de

acrobatas, contorcionistas e equilibristas. Essas acrobacias

eram treinamentos para guerreiros, pois nelas eram

exigidas muita força, flexibilidade e agilidade. Mas também

encontramos indícios da arte circense nas pirâmides do

Egito, na Grécia, na Índia e em Roma.

No ano 40 a.C foi criado o Circo Máximo de Roma, onde é

hoje o Coliseu. Com mais de 87 mil lugares, o Coliseu era

uma casa de espetáculos onde eram apresentados, além

dos famosos gladiadores, engolidores de fogo e animais

exóticos. Mas depois, o Coliseu foi transformando em uma

arena de apresentação de espetáculos sangrentos, como a

perseguição de cristãos por leões e animais ferozes.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO! Desde então, os artistas passaram a compor suas

apresentações em praças públicas, feiras e entradas

de igrejas. Feiras populares também exibiam truques

mágicos e habilidades como o malabarismo.

No século XVII, grupos de incipientes artistas circenses

percorriam a Europa fazendo exibições de destreza

com cavalo e combates simulados, além de

apresentações das tradicionais artes circenses como o

contorcionismo e o malabarismo.

A forma como conhecemos o circo, com picadeiro e

lona, de forma arredonda é a chamada forma moderna

e tem origem na última década do século XVIII.

Hoje em dia, além de malabarismo e contorcionismo,

elementos da dança e do teatro foram incorporados ao

circo.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO! O circo brasileiro nasceu juntamente com a imigração dos

ciganos, vindos da Europa, pois foram eles que nos

apresentaram as artes circenses. Mas pouco a pouco o

nosso circo foi tomando um rumo próprio e isso é

constatado, principalmente, na figura do nosso palhaço.

O palhaço europeu é essencialmente um mímico, enquanto

o brasileiro é falante e bastante humorístico.

A primeira escola de circo que se instalou no Brasil

chamava-se Piolin, em São Paulo, no estádio do Pacaembu

(1977). Em 1982, surgiu a Escola Nacional de Circo, no Rio

de Janeiro e jovens de todas as classes sociais têm acesso

às técnicas circenses. Formados, os ex-alunos vão trabalhar

nos circos brasileiros ou no exterior, ou formam grupos que

se apresentam em teatros, ginásios e praças. Atualmente, a

Intrépida Trupe, os Acrobáticos Fratelli, os Parlapatões,

Patifes e Paspalhões, a Nau de Ícaros, o Circo Mínimo, o

Circo Escola Picadeiro, as Linhas Aéreas e o Teatro de

Anônimo, entre outros, formam o Circo Contemporâneo

Brasileiro.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

"O circo é como o trem:

uma coisa romântica, de

uma grande ternura, do

passado. É uma coisa

prática para o povo. Você

vai à vontade. O circo tem

de ser preservado. É uma

dessas coisas que jamais

deveriam terminar."

Dercy Gonçalves

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO! Capa do livro Circo Nerino.

Editado pelo SESC, São Paulo. Há registros, segundo o autor Antonio Torres, em

seu livro O circo no Brasil, de que a arte circense

remonta a antes da era Cristã, e que suas raízes

estão nos hipódromos da Grécia antiga e no

grande Império Egípcio. No Egito, os primeiros

sinais da arte circense estão gravados nas

pirâmides, com desenhos de domadores,

equilibristas, malabaristas e contorcionistas.

Os espetáculos desse período eram como as

procissões, que tinham o objetivo de saudar os

generais vitoriosos. Nesses cortejos, havia a

doma, o desfile de animais exóticos e soldados

conduzindo os novos escravos, além de

apresentações em argolas e barras, que

lembravam números da moderna ginástica

olímpica. No início, a arte circense tinha uma forte

relação com esse esporte, com números

baseados em saltos e acrobacias.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO! Capa do livro Circo Nerino.

Editado pelo SESC, São Paulo. Também há registros, com mais de 4 mil anos, do

desenvolvimento da arte circense na China, onde a

acrobacia era bastante popular.

Relatos dão conta que no ano 108 a.C., já havia um

festival anual de arte circense com novas atrações a

cada ano. Foi aí que apareceram os números da

corda bamba e do equilíbrio sobre as mãos.

Oleg PopovMas foi na Europa que o circo ganhou

força e se desenvolveu. Os espetáculos tomaram

impulso ainda no Império Romano, quando seus

anfiteatros recebiam apresentações de habilidades

(mais tarde classificadas como circenses).

A importância e a grandiosidade desse espetáculo

pode ser atestada pelo Circo Máximo de Roma,

construído onde hoje estão as ruínas do Coliseu

Romano.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

Capa do livro El Circo Soviético.

Com a decadência do Império Romano, os artistas

circenses ganham espaço nas praças públicas, nos

adros das igrejas e, sobretudo, nas feiras. "... ela (a

feira) foi o lugar onde a arte circense permaneceu, de

Roma a Philip Astley."(CASTRO,1998:p.17).

Os circos, agrupados em pequenas companhias,

rodavam vilas, cidades e castelos, em busca de público

e de sustento. Nessa época os circos não tinham a

mesma organização dos nossos dias, com cobertura de

lona, arquibancadas e picadeiro, Mas já apresentavam

números que permanecem até hoje, como engolidores

de fogo, truques mágicos e malabarismos.

" Já o circo, como nós o conhecemos - um picadeiro,

lonas, mastros, trapézios, desfiles de animais - é a

forma moderna de antiquíssimos entretenimentos de

diversos povos e culturas."(CASTRO,1998: p.16).

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

Capa do livro El Circo Soviético.

Para melhor compreensão, deve-se

fazer separação entre o circo e a arte

circense.

A arte circense é o resultado de

performances artísticas desenvolvidas

em diversos países ao longo do tempo.

Essas performances incluem:

habilidades físicas, equilíbrio na corda

bamba, saltos mortais, contorcionismo;

elementos de teatro e dança; e

habilidades em geral: andar em

monociclo, domar animais, etc.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

Capa do livro El Circo Soviético.

O circo, o local físico, onde são

feitas as apresentações de arte

circense, sofreu várias

modificações.

O seu conjunto, com formato

arredondado, picadeiro, cobertura

de lona e cercado de

arquibancadas, só foi criado em

1770, dando origem ao circo

moderno, que é o que

conhecemos hoje em dia.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

Platéia: Circo Nerino Segundo a pesquisadora Alice Viveiros de

Castro, é consenso entre os historiadores

reconhecer que o pai do circo moderno foi Philip

Astley, suboficial inglês que comandava

apresentações da cavalaria. Em seu circo, além

das atrações com cavalos, Astley colocou

saltimbancos, saltadores e palhaços. Entretanto,

este circo tinha uma estrutura fixa, diferente dos

circos modernos atuais.

Astley começou a difundir o circo moderno e

abriu uma filial em Paris, após convite para

apresentar-se para o rei da França. Só mais

tarde, alguns países da Europa como Suécia,

Espanha, Alemanha e Rússia, começaram a

desenvolver sua arte circense. Em apenas

cinqüenta anos o circo moderno já tinha se

espalhado por todo o mundo.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

Platéia: Circo Nerino Antes de falar do circo no Brasil, vale destacar a

chegada do circo aos Estados Unidos, primeiro

país das Américas a receber esta atração.

Foi lá que o circo moderno tornou-se móvel.

A idéia foi de um homem chamado Barnum, que

passou a viajar de trem com seu circo, parando

nas cidades para fazer apresentações. Também

nos Estado Unidos, o espetáculo ganhou

números esdrúxulos, como a famosa mulher

barbada.

Documentos apontam que no século XVIII, antes

mesmo da criação do circo moderno, já haviam

grupos circenses no Brasil. Normalmente, essas

companhias eram formadas por ciganos,

expulsos da Península Ibérica.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

Platéia: Circo Nerino Em suas apresentações eles faziam de

tudo: doma de animais, números de

ilusionismo e até teatro de bonecos.

O circo moderno só chegou ao Brasil a

partir de 1830. Incentivadas pelos ciclos

econômicos do café, borracha e cana-de-

açúcar, grandes companhias européias

vinham apresentar-se nas cidades

brasileiras.

Foram essas companhias que ajudaram a

formar as primeiras famílias de circo, que

passaram a ser as responsáveis pelo

desenvolvimento do circo moderno no

Brasil.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

Platéia: Circo Nerino Eram realmente famílias, com laços consangüíneos,

que sustentavam esta atividade. Pai, avô, filho,

sobrinhos e netos eram responsáveis por tudo, desde

a infra-estrutura e montagem do circo, até o

espetáculo. Sempre foram mantidos os números

clássicos, como o do engolidor de fogo ou o da corda

bamba, mas foram criadas também novas atrações, já

enquadradas à cultura do povo brasileiro.

Até a pouco tempo, esta era a situação dos circos no

Brasil. Mas diversos fatores levaram a uma mudança

na sua organização e administração. Com o

surgimento dos grandes centros urbanos e o

desenvolvimento tecnológico, apareceram também

novas formas de entretenimento, como a televisão,

cinema, teatro e parques de diversão. Com isso, o

circo foi perdendo espaço e público. "Na verdade, o

circo adaptou-se aos novos tempos da mass media.

Tornou-se performático. Mas sem esquecer a maioria

das atrações de antigamente."(TORRES,1998: p.45).

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

Platéia: Circo Nerino A primeira mudança foi na relação familiar. Agora, os

pais preferem que seus filhos se dediquem aos estudos,

ao invés de se dedicarem apenas à arte circense. Os

pais passaram a perceber que, com estudo, seus filhos

continuariam trabalhando no circo, mas agora como

proprietários de uma empresa, e não apenas como

artistas.

Esta atitude acabou trazendo duas conseqüências:

A primeira, diz respeito à visão que estes "novos

empresários" têm do circo. Menos sentimentais, para

eles o circo é um negócio que tem que dar lucro.

A segunda é que, para suprir a demanda de artistas, já

que as famílias circenses agora cuidavam da

administração, surgiram as escolas de circo, que

formam novos artistas. Eles não fazem parte da família.

A relação é apenas de patrão e empregado. Igual a um

funcionário, que trabalha em troca de salário.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

Platéia: Circo NerinoHoje, estas mudanças se refletem em vários circos

brasileiros, como Beto Carrero, Circo Garcia, Orlando

Orfei, Circo Vostok e outros. As velhas famílias, que

faziam de tudo, ainda continuam nos circos, mas agora

na administração de verdadeiras empresas.

As mudanças ocorridas na administração do circo

moderno ajudaram a criar também uma nova categoria

de circo. Conhecidas como "novo circo", estas

companhias não têm picadeiro, nem lona, nem

arquibancadas e se apresentam, na maioria das vezes,

em teatros ou casas de espetáculo.

Nas apresentações, há inovações na linguagem, com

a incorporação de elementos de dança, teatro e

música. Um exemplo desse tipo de circo é o Cirque du

Soleil, do Canadá.

No Brasil, há vários grupos desse gênero, como o

Intrépida Trupe, Fratellis, Teatro de Anônimos e Nau de

Ícaros.

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27 DE MARÇO – DIA DO CIRCO!

Platéia: Circo Nerino Á margem de todas estas grandes

transformações, ainda há os pequenos circos,

que não conseguiram se "modernizar", mas

que resistem, fazendo apresentações nas

pequenas cidades do interior e bairros da

periferia das grandes cidades. Nesses circos,

com pequenas estruturas, as famílias ainda

trabalham como antigamente, fazendo de tudo.

Os espetáculos são simples. São raras as

apresentações com animais, que custam caro,

ou com equipamentos grandes e sofisticados.

Esses pequenos circos, ainda com

sentimentalismo e, certamente, um pouco de

saudosismo, continuam no picadeiro, com a

certeza de que fazer sorrir ainda é o melhor

remédio pra não deixar a tradição acabar.