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Universidade Federal da Grande Dourados Programa de Pós-Graduação em Educação Faculdade de Educação A política de ampliação do ensino fundamental: implicações à formação de professores ® Mestrandas: Ana Paula Moreira de Sousa Kellcia Rezende Souza MATO GROSSO DO SUL 2011

A politica do Ensino Fundamental de Nove Anos - implicações para a formação de professores - IV Encontro de Políticas e Práticas de Formação de Professores - Corumbá - MS

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Universidade Federal da Grande DouradosPrograma de Pós-Graduação em Educação

Faculdade de Educação

A política de ampliação do ensino fundamental: implicações à formação de

professores

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Estrutura do Artigo

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Metodologia de análise adotada

Pesquisabibliográfica

Pesquisadocumental

Enfoque

qualitativo

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Legislação que trata do Ensino Fundamental (EF) de Nove Anos

• 1988 - Escolarização obrigatória de oito anos, mas não deixa clara a idade de ingresso (BRASIL, 1988).

• 1996 - Escolarização obrigatória de oito anos, centrada no tempo de permanência na escola e não vinculada a idade (BRASIL, 1996).

• 2001 – Ampliação dos anos de escolaridade de oito para nove anos e a matrícula obrigatória aos seis anos de idade (BRASIL, 2001).

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• 2005 – A matrícula da criança de seis anos de idade no EF de nove anos (BRASIL, 2005b).

• 2005 – O EF com duração mínima de oito anos e matrícula com seis anos de idade (BRASIL, 2005a).

• 2005 – As implicações da antecipação da escolaridade obrigatória com matrícula aos seis anos de idade (BRASIL, 2005c).

LEI11.274

• 2006 – Obrigatoriedade do EF de nove anos, com matrícula aos seis anos de idade (BRASIL, 2006).

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Papel de intervenção do Ministério da Educação (MEC) sobre a transição dos anos de

escolaridade

Preocupação em aliar a ampliação dos anos de escolaridade a uma nova lógica de organização escolar;

• As especificidades da criança com seis anos de idade e durante todo o processo dos cinco anos iniciais do EF;

Redimensionamento da ação pedagógica no interior escolar;

• As instituições deverão organizar as turmas observando a idade e o desenvolvimento das crianças;

Prever e prover os recursos didáticos e assegurar a formação continuada à equipe pedagógica, bem como administrativa (BRASIL, 2004,2007,2009, grifo nosso).

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Literatura

Formação docente, infra-estrutura, currículo, corte etário, risco de uma

educação compulsória na Educação Infantil (EI) e dificuldades de interpretação e

apreciação dos dispositivos legais (SANTOS e VIEIRA, 2006).

A qualidade nas ações empreendidas pelos municípios e estados, via políticas públicas.

Busca por implantação de propostas curriculares e formação de profissionais voltadas para a EI e EF (KRAMER, 2006).

A necessidade de um processo de formação continuada, envolvendo equipe pedagógica e professores em Taboão da Serra (ALVES,

2006).

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Preocupação com a formação inicial e continuada dos professores que trabalharão

no EF ampliado (MARTINS, 2006).

A precocidade da implantação de forma ampla e generalizada, antes de garantidas as

condições de preparação das escolas e professores (GORNI, 2007).

Questionamento sobre a formação docente para discutir, utilizar e avaliar as orientações

presentes em um material pedagógico, referente a escrita e leitura (BROTTO, 2007).

A necessidade da formação continuada para permitir ao professor oportunidades e

formulação de metodologias de intervenção pedagógica com experiências lúdicas,

linguística e discursiva (GOULART, 2007).

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Necessidade de investimento num processo de formação continuada e de romper com o

formalismo presente no processo de alfabetização desenvolvido com as crianças

(BRAGAGNOLO e SANTOS, 2007).

Os riscos do EF de nove anos para a criança de seis anos (CORREIA, 2007).

A ampliação do EF é uma política de caráter afirmativo, garantido o acesso a escolaridade obrigatória e gratuita para crianças com seis

anos, resgatando um direito de cidadania (SAVELI, 2008).

As dificuldades dos professores em trabalhar com as especificidades do EF de nove anos

em Santa Maria/RS (SANTOS e BOLZAN, 2009).

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Necessidade de mudança nos aspectos estruturais e organizacionais das escolas, nos projetos políticos pedagógicos e na formação

de professor (DURLI e SCHNEIDER, 2009).

A implantação do EF no Distrito Federal está marcada pela descontinuidade na transição da EI para o EF (DANTAS e MACIEL, 2010).

Para Silva e Scaff (2010) existem dois grandes desafios que se impõem à educação atual, que são:

Permanência

dos alunos

na escola

Qualidade

do ensino oferecido

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As pesquisas evidenciaram aspectos importantes sobre a formação de professores no EF de nove anos, sejam eles:

A formação de professores como impasse desta etapa da educação básica;

Dificuldade dos professores em trabalhar nas séries iniciais do EF;

Carência e fragilidade de cursos de formação;

Necessidade de um processo de formação continuada.

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A política de ampliação do EF de nove anos tem como um de seus princípios básicos a garantia do direito da criança em ingressar mais cedo no EF, garantia da melhoria do trabalho pedagógico nas escolas por meio da formação de professores;

Foi destacado nas pesquisas que a qualidade da educação, especificamente do EF de nove anos é comprometida, o que exige mudanças, uma delas, a implantação de políticas que possibilitem aos professores estarem em constantes processos formativos. A partir disso, lançamos um questionamento:

Será que as políticas educacionais desenvolvidas em âmbito

municipal têm priorizado a formação de professores que atendem o EF de nove anos?

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Considerações Finais

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Referências Bibliográficas

ALVES, Maria Leila. A escola de nove anos: integrando as potencialidades da educação infantil e do ensino fundamental. In: Anais eletrônicos do Encontro Nacional de Didáticas e Práticas de Ensino - ENDIPE, Recife – PE, abr. 2006.

BRAGAGNOLO, A.; SANTOS, M. L. L. dos. A criança de seis anos no ensino fundamental: as armadilhas e os desafios da formação. In: Anais eletrônicos do16° Congresso de Leitura do Brasil. Campinas- SP, jul. 2007.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 5 de outubro de 1988. Disponível em: <http: planalto.gov.br/ccivil_03/constituição/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 25/02/11.

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BROTTO, I. J. de O. As práticas de Alfabetização para um ensino fundamental de nove anos. In: Anais eletrônicos do16° Congresso de Leitura do Brasil. Campinas- SP, jul. 2007.

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CORREIA, César. Crianças aos seis anos no ensino fundamental: desafios à garantia de direitos. In: Anais da 30° Reunião anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - ANPED. Caxambu - MG, out. 2007.

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MARTINS, Ângela Maria. Os municípios e a escola de nove anos: dilemas e perspectivas. In: In: Anais do Encontro Nacional de Didáticas e Práticas de Ensino - ENDIPE, Recife – PE, abr. 2006.

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SANTOS, Lucíola Licínio de Castro Paixão; VIEIRA, Lívia Maria Fraga. “Agora seu filho entra mais cedo na escola”: a criança de seis anos no ensino fundamental de nove anos em Minas Gerais. Educação e Sociedade, Campinas, v. 27, n. 96, p. 775-796, out. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v27n96/a08v2796.pdf. Acesso em: 05/05/2011.

SAVELI, E. L. Ensino fundamental de nove anos: bases legais para sua implantação. In: Práxis Educativa, Ponta Grossa, n. 1, p. 67-72, 2008.

SILVA, Antônia Almeida; SCAFF, Elisângela Alves da Silva. O Ensino Fundamental de nove anos: política de integração ou de conformação social? In: Práxis Educativa, Ponta Grossa, n. 1, p. 97-107, 2010.

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