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A tutela tempestiva do divórcio: das amarras processuais à busca pela felicidade

A tutela tempestiva do divórcio - Dr. marcelo truzzi

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A tutela tempestiva do divórcio: das amarras processuais à busca pela

felicidade

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“Com a simplicidade imposta pelo novo comandoconstitucional, qualquer ato atentatório contra taldispositivo que signifique ou implique protelaçãoprocessual pode ser caracterizado como má-fé emrazão da apresentação injustificada ao andamentoprocessual. (...) Quanto ao pedido de divórcio, apósa citação, pode ser requerida a antecipação parcialdo julgamento, de acordo com o artigo 468 do CPC”(Rodrigo da Cunha Pereira, Divórcio, teoria eprática)

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Art. 468: “a sentença que julgar total ouparcialmente a lide, tem força de lei nos limitesda lide e das questões decididas”.

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“Não haveria racionalidade em admitir afragmentação do mérito, pois a demanda, aindaque necessitasse de provas apenas emparte, seria julgada com mais qualidade eperfeição caso fosse apreciada em suaintegralidade” (Giuseppe Chiovenda. Principiosde derecho processual civil).

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“parece mais apropriado compreender a lide como um conceito deordem processual, caracterizando-a exatamente pela extensão daquiloque foi posto á apreciação do juízo, excluindo-se, pois, aquela porçãoporventura existente e não posta ao exame jurisdicional. (...) Difícil,senão impossível, harmonizar o art. 468, CPC, com o conceito de lide.Daí pela qual a única forma de bem compreendê-lo e aplicá-lo é pelavia de sua inspiração histórica, eis que compreendido com o conceitode lide pré-processual instituído por Carnelutti e inspirador do ProjetoLodovico Mortara, que em seu art. 290 contemplava regra idêntica ado artigo 468, CPC. Assim, possível afirmar que não há hipótese dejulgamento parcial da lide, no plano processual, e também não seinclui dentre os propósitos do dispositivo a pretensão da ocorrência detal fenômeno, pois tem esse como fonte inspiradora primeira oconflito no plano material.” (Sérgio Porto. Comentários ao Código deProcesso Civil. v.6. Coord. Ovídio A. Baptista da Silva. São Paulo: EditoraRevista dos Tribunais, 2000, 191/192)

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“O que se antecipa não é propriamente acertificação do direito, nem a constituição etampouco a condenação porventura pretendidacomo tutela definitiva. Antecipam-se, isto sim, osefeitos executivos daquela tutela. Em outraspalavras: não se antecipa a eficácia jurídico-formal(ou seja, a eficácia declaratória, constitutiva econdenatória) da sentença; antecipa-se a eficáciaque a futura sentença pode produzir no campo darealidade dos fatos” (Teori Zavascki. Antecipação datutela. São Paulo: Saraiva, 1997, p. 48/49)

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“Se em face de um caso concreto for possívelextrair da mera constituição provisória (ou se foro caso, da mera declaração sumária) algumautilidade prática, é evidente que ela deve seradmitida” (Luis Guilherme Marinoni e SergioCruz Arenhart. Processo de conhecimento. 11ªed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,2013, p. 219)

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Projeto do novo CPC:

Art. 363. O juiz decidirá parcialmente o mérito, quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:

I - mostrar-se incontroverso;

II – estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 362 (não houver necessidade de produção de outras provas ou se o réu for revel).

(...)

§ 4º A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento”