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O B R A S D A T E R C E I R A G E R A Ç Ã O D O M O D E R N I S M O
CAPITÃES DE AREIA
APRESENTAÇÃO
Discentes:
o Jason Levy Reis;
o Mateus Barbosa;
o Victor Said;
o Victória Cabral.
Docente: Sandra Carneiro;
Disciplina: Português III;
Tema: Capitães de Areia;
Turma: 5832 – Unidade III;
Curso: Automação Industrial.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
Departamento Acadêmico de Automação e Sistemas
Coordenação de Automação Industrial
Salvador
20142
Objetivo e Metodologia
INTRODUÇÃO
A segunda fase do modernismo é caracterizada por um forte regionalismo
e criticas sociais do autor e o mundo em que vive. Dentre os grandes
escritores encontra-se Jorge Amado, que traz como principal tema em seus
trabalhos a miscigenação, o culto ao candomblé e consequentemente a
cultura afrodescendente, questões socioeconômicas e outros.
Esse trabalho tem por objetivo realizar uma análise crítica e descritiva a
respeito do livro “Capitães de Areia”, demonstrando sua importância histórica
e características da sociedade de sua época. A metodologia empregada foi a
revisão bibliográfica, que fundamentou-se utilizando de artigos, apostilas,
textos disponibilizados pelo docente e websites.
BIOGRAFIA
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• Nascimento: 10 de Agosto de 1912;
• Local: Fazenda da Auricidia, Itabuna;
• Pais : João Amado Faria e D. Eulália Leal;
• Mudança de 1917;
• 1922 – Criação do “Luneta”;
• 1922 – Vem para Salvador estudar no Antônio Vieira;
• 1927 – Publica na revista “Luva” uma poesia “Poema
ou Prosa”
• 1931 - Seu primeiro Romance “País do Carnaval” e
logo após “Cacau” e “Suor”
• 1935 - Se forma na Faculdade Nacional de Direito do
Rio de Janeiro;
• 1936 – É preso por questões politicas
• 1937 – É lançado “Capitães da Areia”
BIOGRAFIA
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• 1945 – É eleito deputado pelo PCB
• 1961 – Participa da Academia de Letras Brasileira
• 1951 - Recebe o Prêmio Stalin da Paz;
• 1959 – Primeiro Nacional Romance Nacional do
Livro;
• 1985 – Premio BNB de Literatura;
• Faleceu em 2001.
• Principais Obras: • “Tieta do Agreste”• “Gabriela cravo e canela”• “A morte e a morte de Quincas
Berro d’Água”• "Tenda dos Milagres”• “Capitães de Areia”• “Jubiabᔕ “Dona Flor e seus Dois maridos”• “Teresa Batista cansada de guerra”
Capitães da Areia – 1937
• Personagens:
Pedro BalaProfessorGatoSem-PernasPirulitoVolta-SecaBoa-Vida João Grande Padre José PedroDona AninhaQuerido-de-Deus
PERSONAGENS E ENREDO
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• Descrição de Furtos e
Serviços
• Apresentação dos
Personagens
• Epidemia de Varíola
• Dora e Zé Fuinha
• Orfanato e Reformatório
• Morte de Dora
• Mudanças no Bando
• Pedro Bala – Grevista
Enredo:
• A recepção ao livro Capitães daAreia foi entremeada de escândaloe represálias, que começaram já noano em que ele foi lançado, poisdevido a um decreto do EstadoNovo, 808 exemplares da obra,foram queimados juntamente comoutras obras do autor.
• Em dezembro do mesmo ano maisexemplares foram apreendidos naslivrarias do Rio de Janeiro.
ANÁLISE DA OBRA
“Capitães de Areia”, é uma obra singular na produção literária de Jorge Amado, pois
faz uma crítica social extremamente atemporal, ao mesmo tempo em que retrata
aspectos corriqueiros e típicos da cidade de Salvador. Dentro dos aspectos abordados
na obra pode-se destacar:
• Cotidiano das crianças pobres: a questão da desigualdade social;
• Comparativo entre os ricos burgueses e as crianças maltrapilhas;
• Valorização dos valores e sensibilidade, a questão da “humanidade”;
• Na obra, a Bahia é apresentada como sendo: fantásticas ou indiferente/fria;
• Crítica à estrutura político-econômica-social vigente, com divisão da socie-dade pelas
classes dominantes: Burguesia, Igreja, Estado.
• O papel do estado é dar continuidade à estrutura corrupta, desigual e distorcida, estabelecida
pelo capitalismo, a qual é fomentada pelo discurso ideológico/religioso da Igreja, junto à Mídia.
• A questão principal, talvez, seja são os capitães: vítimas ou criminosos?
Não havia passado muito tempo sobre a morte de Dora, a imagem da sua presença tão rápida e no
entanto tão marcante, da sua morte também, ainda enchia de visões as noites do trapiche. Alguns, quando
entravam, todavia, olhavam para o canto onde ela costumava sentar ao lado do Professor e de João
Grande. Ainda com a esperança de encontrá-la. Fora um acontecimento sem explicação.
Fora o totalmente inesperado na vida deles, o aparecimento de u’a mãe, de uma irmã. Motivo por que eles
ainda a procuravam, apesar de terem visto o Querido-de-Deus a levar no seu saveiro para o fundo do mar.
Só Pedro Bala não a procurava no trapiche. Procurava ver, no céu de tanta estrela, uma que tivesse longa
e loira cabeleira. (AMADO, 1937 p. 227)
ANÁLISE CRÍTICA DA OBRA
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ANÁLISE CRÍTICA DA OBRA
Não seriam meninos toda vida... Bem sabia que eles nunca tinham parecido crianças. Desde
pequenos na arriscada vida da rua, os Capitães da Areia eram como homens eram iguais a homens.
Toda a diferença estava no tamanho. No mais eram iguais: amavam e derrubavam negras no areal
desde cedo furtavam para viver como os ladrões da cidade. Quando eram preso apanhavam surras
como os homens. Por vezes assaltavam de armas na mão como os mais temidos bandidos da Bahia.
Não tinham também conversas de meninos, conversavam como homens. Sentiam mesmo como
homens. Quando outras crianças só se preocupavam com brincar, estudar livros para aprender a ler,
eles se viam envolvidos em acontecimentos que só os homens sabiam resolver. Sempre tinham sido
como homens, na sua vida de miséria e de aventura, nunca tinham sido perfeitamente crianças.
Porque o que faz a criança é o ambiente de casa, pai, mãe, nenhuma responsabilidade. Nunca eles
tiveram pai e mãe na vida da rua. E tiveram sempre que cuidar de si mesmos, foram sempre os
responsáveis por si. Tinham sido sempre iguais a homens. (AMADO, 1937 p. 242)
Eles furtavam, brigavam nas ruas, xingavam nomes, derrubavam negrinhas no areal, por vezes
feriam com navalhas ou punhal homens e polícias. Mas, no entanto, eram bons, uns eram amigos dos
outros. Se faziam tudo aquilo é que não tinham casa, nem pai, nem mãe, a vida deles era uma vida
sem ter comida certa e dormindo num casarão quase sem teto. Se não fizessem tudo aquilo
morreriam de fome, porque eram raras as casas que davam de comer a um, de vestir a outro. E nem
toda a cidade poderia dar a todos.(AMADO, 1937 p. 105).
CAPITÃES DA ALAMEDA – POR: VICTOR SAIDEram meninos,
meninos comuns, meninos pobres, meninos de rua.
Consequência de tragédia,O Destino resguardou uma fatídica alameda
Tiveram de escolher: viver ou morrer? E a escolha sabida ficaram de fazer.
Não que pudessem eles sobrepor-se ao Destino,
Por isso mesmo, de certo, tanta crueldade se abateu
Ao furto praticaram, coisas horríveis impuseram
Eram heróis ou vilões? Não: vítimas ou criminosos?
Mas pior sofrer, foi o mal que sobre eles se abateu
Vivendo esfomeados, maltrapilhos e agonizantes,
Solução não havia: senão o tentar ser, buscaram aos caminhos que possuíam.
E disso muito se arrependeram!Tragédia maior foi quando o ímpeto trouxe ao
grupo o primeiro morrer.Ao não-ser se uniu a Dora, que não soube
como sobreviver.Tragédia sem igual, oh, foi sim!
Não que pudessem, mas haviam de querer: será que o mundo, gentil não podia ser?
Garotos infortunados, amaldiçoados, diria até.
Incapazes de conceber ao mundo toda a bênção da criação,
optaram por em nada lhe esvanecer.Desigual, como as desigualdades que
sofreram, Como o mundo que os tornou como são,
Jamais foram capazes de encontrar o porquê de ser como são.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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As obras de romance de Jorge Amado foram de grande
importância para a Bahia, pois trazia diversas criticas a
situação de pobreza e opressão, entre outros. A obra Capitães
da Areia foi particularmente importante pois ela trouxe a
temática das crianças abandonadas à discussão, porém não
os trouxe como meliantes, bandidos, degredados, e sim como
as crianças que eles ainda o eram.
REFERÊNCIAS
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AMADO, Jorge. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das
Letras, 2008.