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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 1 LEGISLAÇÃO Constituição Federal: Da Administração Pública (artigos 37 a 41); Improbidade Administrativa na Lei nº 8.429/92 (artigos 1º a 13); Crimes contra a fé pública e contra a administração pública no Código Penal. Constituição Federal: Da Administração Pública (artigos 37 a 41); ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ARTIGOS 37 A 43 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência (estudaremos a seguir a cada um deles). A Administração Pública significa a atividade mediante a qual as auto- ridades públicas tomam providências para a satisfação das necessidades de interesse público, utilizando, quando necessário, as prerrogativas do Poder Público, para alcançar os fins que não sejam os próprios à legislação ou à distribuição da justiça. Sobre Administração Pública, o professor José Afonso da Silva (in Cur- so de Direito Constitucional Positivo) assim explica: “... É o conjunto de meios institucionais, material, financeiro e humano preordenado à execução das decisões políticas. Essa é uma noção simples de Administração Públi- ca que destaca, em primeiro lugar, que é subordinada ao Poder político; em segundo lugar, que é meio e, portanto, algo de que se serve para atingir fins definidos e, em terceiro lugar, denota os dois aspectos: um conjunto de órgãos a serviço do Poder político e as operações, as atividades adminis- trativas”. O artigo 37 da Constituição Federal emprega a expressão Administra- ção Pública nos dois sentidos: (1) Como conjunto orgânico, ao falar em Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fede- ral e dos Municípios. (2) “Como atividade administrativa, quando determina sua submissão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, da licitação e os de organização do pessoal administrativo...” Em linguagem bem simples (academicamente) podemos dizer que a Administração Pública (independentemente da esfera Federal, Estadual ou Municipal) é um conjunto de órgãos, bens, serviços e pessoas subordina- das ao Poder Executivo (Presidente da República, Governadores ou Prefei- tos), com a finalidade de prestar serviços públicos. Finalizando, sobre o conceito, ou sobre a definição ou ainda sobre a noção de Administração Pública, não podemos deixar de citar o professor Uadi Lammêgo Bulos (in Constituição Federal Anotada) que nos ensina: “Existem vários critérios utilizados doutrinariamente para se estabelecer à noção de Administração Pública”. Realcemos, nessa oportunidade, os três critérios de maior destaque: (a) CRITÉRIO RESIDUAL OU NEGATIVISTA = A Administração Públi- ca é toda a atividade estatal que não esteja embutida na função legislativa ou jurisdicional; (b) CRITÉRIO FORMAL OU SUBJETIVO = A Administração Pública é formada por um conjunto de órgãos incumbidos de exercer a função admi- nistrativa; (c) CRITÉRIO MATERIAL OU OBJETIVO = A Administração Pública equivale ao conjunto de atividades concretas do Estado, exercidas de forma imediata para atender às necessidades e aos interesses da coletivi- dade. E finaliza: todavia, a noção de “Administração Pública” pode ser demarcada numa acepção orgânica. “Para tanto, convém recorrermos à teoria geral dos órgãos públicos, a- inda que de modo sumário”. Formas da Administração A Administração Pública pode ser exercida pela forma (poderá também ser chamada de espécies) direta ou pela forma indireta. FORMA DIRETA (ou espécie) = São os órgãos centrais diretamente in- tegrados à estrutura do Poder Público (Ministérios de Estado, Secretarias Estaduais e Municipais, etc.; vale dizer: É aquela que é formada pela Presi- dência da República, Ministérios (Ministros de Estado) e órgãos que lhes são diretamente subordinados. Nos Estados-membros e Municípios, res- pectivamente, são exercidas pelos Governadores e Prefeitos e pelas Secre- tarias Estaduais e Secretarias Municipais). FORMA INDIRETA (ou espécie) = São os órgãos (ou entidades) des- centralizados que mantêm vínculo com o Poder Público (Autarquias, Socie- dade de Economia Mista, Empresa Pública etc. Decreto-lei nº 200 de 1967 e Decreto-lei nº 900 de 1969). Sobre a Administração direta e indireta, o professor Petrônio Braz (in Direito Municipal na Constituição) observa o seguinte: “A Constituição Federal distingue a Administração Pública direta e indireta, e a centralizada e a descentralizada. Ao referir-se à Administração Pública direta ou indireta, de qualquer dos poderes da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal ou dos Municípios, incluindo as autarquias, sociedades de econo- mia mista, empresas e fundações públicas, a vigente Constituição Federal engloba a Administração Pública sob o aspecto orgânico (subjetivo), em sua organização básica. “O Estado pode desenvolver por si mesmo as atividades por ele cria- das ou atribuí-las a particulares (pessoas físicas ou jurídicas), mediante concessão ou permissão”. Na primeira hipótese = As atividades administrativas são desenvolvidas por entidades estatais, órgãos e agentes públicos, entendendo-se, como entidades estatais às pessoas jurídicas de direito público, que integram a estrutura constitucional do Estado. São entidades estatais a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal. Na segunda hipótese = Como esclarece o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, a Administração ou transfere a particular o exercício de certas atividades que lhe são próprias ou, então, cria outras pessoas, como entidades adrede concebidas para desempenhar cometimentos de sua alçada. Essas entidades criadas pelo Estado podem ser de direito público ou de direito privado. DE DIREITO PÚBLICO = As autarquias, conceituadas pelo DL nº 200 de 1967, como o serviço autônomo, instituído por lei, com personalidade jurídica, com patrimônio próprio e receita própria, para executar atividades típicas da Administração Pública que requeiram, para seu funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada, como o INSS; e de DE DIREITO PRIVADO = As entidades paraestatais, que não integram diretamente os órgãos do Estado, mas que exercem funções que deveriam estar a cargo do Estado, como as empresas públicas, as fundações públi- cas e os serviços sociais autônomos como SESI e o SENAI. A execução das atividades administrativas opera-se de forma direta ou indireta, através da Administração centralizada ou descentralizada. O Estado, pelos seus diversos órgãos e agentes públicos, executa as ativida- des administrativas que lhe são diretamente afetas, especial mente as atribuições consideradas essenciais ou indelegáveis, por dizerem direta- mente com a própria segurança do Estado. Assim, a Execução Direta = É a que é realizada pelos órgãos das pes- soas jurídicas de direito público, sem intermediários, por seus próprios meios. São pessoas jurídicas de direito público ou entidades estatais, a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, em presença do princípio federativo, que a si mesmo se impôs o Estado brasileiro. A Administração direta pode ser centralizada ou descentralizada. SERÁ CENTRALIZADA = Quando realizada pelos próprios órgãos da Administração, seja a nível federal, estadual, distrital ou municipal; e

Apostila CBTU - Legislação - Part#5

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 1

LEGISLAÇÃO Constituição Federal: Da Administração Pública (artigos 37 a 41); Improbidade Administrativa na Lei nº 8.429/92 (artigos 1º a 13); Crimes contra a fé pública e contra a administração pública no Código Penal.

Constituição Federal: Da Administração Pública (artigos 37 a 41); ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ARTIGOS 37 A 43 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL

A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência (estudaremos a seguir a cada um deles).

A Administração Pública significa a atividade mediante a qual as auto-ridades públicas tomam providências para a satisfação das necessidades de interesse público, utilizando, quando necessário, as prerrogativas do Poder Público, para alcançar os fins que não sejam os próprios à legislação ou à distribuição da justiça.

Sobre Administração Pública, o professor José Afonso da Silva (in Cur-so de Direito Constitucional Positivo) assim explica: “... É o conjunto de meios institucionais, material, financeiro e humano preordenado à execução das decisões políticas. Essa é uma noção simples de Administração Públi-ca que destaca, em primeiro lugar, que é subordinada ao Poder político; em segundo lugar, que é meio e, portanto, algo de que se serve para atingir fins definidos e, em terceiro lugar, denota os dois aspectos: um conjunto de órgãos a serviço do Poder político e as operações, as atividades adminis-trativas”.

O artigo 37 da Constituição Federal emprega a expressão Administra-ção Pública nos dois sentidos:

(1) Como conjunto orgânico, ao falar em Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fede-ral e dos Municípios.

(2) “Como atividade administrativa, quando determina sua submissão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, da licitação e os de organização do pessoal administrativo...”

Em linguagem bem simples (academicamente) podemos dizer que a Administração Pública (independentemente da esfera Federal, Estadual ou Municipal) é um conjunto de órgãos, bens, serviços e pessoas subordina-das ao Poder Executivo (Presidente da República, Governadores ou Prefei-tos), com a finalidade de prestar serviços públicos.

Finalizando, sobre o conceito, ou sobre a definição ou ainda sobre a noção de Administração Pública, não podemos deixar de citar o professor Uadi Lammêgo Bulos (in Constituição Federal Anotada) que nos ensina: “Existem vários critérios utilizados doutrinariamente para se estabelecer à noção de Administração Pública”.

Realcemos, nessa oportunidade, os três critérios de maior destaque:

(a) CRITÉRIO RESIDUAL OU NEGATIVISTA = A Administração Públi-ca é toda a atividade estatal que não esteja embutida na função legislativa ou jurisdicional;

(b) CRITÉRIO FORMAL OU SUBJETIVO = A Administração Pública é formada por um conjunto de órgãos incumbidos de exercer a função admi-nistrativa;

(c) CRITÉRIO MATERIAL OU OBJETIVO = A Administração Pública equivale ao conjunto de atividades concretas do Estado, exercidas de forma imediata para atender às necessidades e aos interesses da coletivi-dade. E finaliza: todavia, a noção de “Administração Pública” pode ser demarcada numa acepção orgânica.

“Para tanto, convém recorrermos à teoria geral dos órgãos públicos, a-inda que de modo sumário”.

Formas da Administração

A Administração Pública pode ser exercida pela forma (poderá também ser chamada de espécies) direta ou pela forma indireta.

FORMA DIRETA (ou espécie) = São os órgãos centrais diretamente in-tegrados à estrutura do Poder Público (Ministérios de Estado, Secretarias Estaduais e Municipais, etc.; vale dizer: É aquela que é formada pela Presi-dência da República, Ministérios (Ministros de Estado) e órgãos que lhes são diretamente subordinados. Nos Estados-membros e Municípios, res-pectivamente, são exercidas pelos Governadores e Prefeitos e pelas Secre-tarias Estaduais e Secretarias Municipais).

FORMA INDIRETA (ou espécie) = São os órgãos (ou entidades) des-centralizados que mantêm vínculo com o Poder Público (Autarquias, Socie-dade de Economia Mista, Empresa Pública etc. Decreto-lei nº 200 de 1967 e Decreto-lei nº 900 de 1969).

Sobre a Administração direta e indireta, o professor Petrônio Braz (in Direito Municipal na Constituição) observa o seguinte: “A Constituição Federal distingue a Administração Pública direta e indireta, e a centralizada e a descentralizada. Ao referir-se à Administração Pública direta ou indireta, de qualquer dos poderes da União, dos Estados-membros, do Distrito Federal ou dos Municípios, incluindo as autarquias, sociedades de econo-mia mista, empresas e fundações públicas, a vigente Constituição Federal engloba a Administração Pública sob o aspecto orgânico (subjetivo), em sua organização básica.

“O Estado pode desenvolver por si mesmo as atividades por ele cria-das ou atribuí-las a particulares (pessoas físicas ou jurídicas), mediante concessão ou permissão”.

Na primeira hipótese = As atividades administrativas são desenvolvidas por entidades estatais, órgãos e agentes públicos, entendendo-se, como entidades estatais às pessoas jurídicas de direito público, que integram a estrutura constitucional do Estado. São entidades estatais a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal.

Na segunda hipótese = Como esclarece o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, a Administração ou transfere a particular o exercício de certas atividades que lhe são próprias ou, então, cria outras pessoas, como entidades adrede concebidas para desempenhar cometimentos de sua alçada.

Essas entidades criadas pelo Estado podem ser de direito público ou de direito privado.

DE DIREITO PÚBLICO = As autarquias, conceituadas pelo DL nº 200 de 1967, como o serviço autônomo, instituído por lei, com personalidade jurídica, com patrimônio próprio e receita própria, para executar atividades típicas da Administração Pública que requeiram, para seu funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada, como o INSS; e de

DE DIREITO PRIVADO = As entidades paraestatais, que não integram diretamente os órgãos do Estado, mas que exercem funções que deveriam estar a cargo do Estado, como as empresas públicas, as fundações públi-cas e os serviços sociais autônomos como SESI e o SENAI.

A execução das atividades administrativas opera-se de forma direta ou indireta, através da Administração centralizada ou descentralizada. O Estado, pelos seus diversos órgãos e agentes públicos, executa as ativida-des administrativas que lhe são diretamente afetas, especial mente as atribuições consideradas essenciais ou indelegáveis, por dizerem direta-mente com a própria segurança do Estado.

Assim, a Execução Direta = É a que é realizada pelos órgãos das pes-soas jurídicas de direito público, sem intermediários, por seus próprios meios.

São pessoas jurídicas de direito público ou entidades estatais, a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, em presença do princípio federativo, que a si mesmo se impôs o Estado brasileiro.

A Administração direta pode ser centralizada ou descentralizada.

SERÁ CENTRALIZADA = Quando realizada pelos próprios órgãos da Administração, seja a nível federal, estadual, distrital ou municipal; e

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 2

SERÁ DESCENTRALIZADA = Quando as atividades essenciais do Es-tado são realizadas por pessoas jurídicas de direito público institucional (autarquias), às quais são atribuídas funções que poderiam ser realizadas diretamente pelo Estado.

Pela Administração indireta o Estado realiza atividades não essenciais através de pessoas jurídicas de direito privado, por delegação, pessoas essas que podem ser paraestatais (empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas), concessionárias e pressionarias; e por descentralização =

Entende-se a delegação e o deslocamento de competência, ressalvado o interesse público e as conveniências da segurança nacional, a realizar-se dentro dos Quadros da Administração, distinguindo-se o nível de direção do de execução (artigo 10 do DL nº 200 de 1967), contudo, a este fenômeno de distribuição interna de plexos de competências.

O professor Celso Antônio denomina de desconcentração, que se rea-liza tanto em razão da matéria e do grau hierárquico, quanto territorialmen-te.

A descentralização realiza-se, também, da Administração Federal para a das unidades federadas (Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio, como igualmente de ser realiza da Administração do Estado-membro para a do Município, nas mesmas condições.

Nesse sentido a disposição normativa contida no artigo 10 § 5º do DL nº 200 de 1967. “Mediante contratos administrativos concessões, a descen-tralização opera-se das Administrações federal, estadual e municipal

para a órbita privada, obedecida os princípios, as normas e os progra-mas definidos pela Administração...”.

PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO:

Tem por objetivo, fornecer à Administração Pública, orientação na ação do administrador quando na prática dos atos administrativos e a garantir (para todos – sem exceção) a boa administração na correta gestão dos negócios públicos, como também, no honesto e probo manuseio do dinhei-ro (erário) público, visualizando o atendimento de bens e de serviços so-mente no interesse de todos (público). São eles:

Princípio Þ LEGALIDADE = (constava do texto anterior). Impõe à Ad-ministração Pública que atue observando os estritos termos da lei, não sendo admitida nenhuma outra forma (todo ato administrativo deve – tem de ser – antecedido de lei. Na Administração Pública, tem por princípio básico, somente fazer o que a lei permite ou determina. Na administração particular, tal princípio ordena a fazer tudo o que a lei não proíbe. Não podemos deixar de falar sobre o princípio da finalidade administrativa (não referido no artigo 37 CF), pois certamente o legislador constituinte o enten-deu como um aspecto da legalidade. O professor Hely Lopes Meirelles (in Direito Administrativo Brasileiro) assim se manifesta sobre esse princípio “impõe que o administrador público só pratique o ato para o seu fim legal”. Assim, a finalidade é inafastável do interesse público, de sorte que o admi-nistrador tem que praticar o ato com finalidade pública, sob pena de desvio de finalidade, uma das mais insidiosas modalidades de abuso de poder).

Princípio Þ IMPESSOALIDADE = (constava do texto anterior) Tal prin-cípio não permite a vontade pessoal, subjetiva do administrador. Melhor dizendo, significa o afastamento, no tratamento pelo administrador, de qualquer espécie de discriminação ou favorecimento, tratando somente (isonomia) do interesse público, nos termos da legislação (proíbe tratamen-to discriminatório). Para a professora Cármen Lúcia Antunes Rocha “O princípio constitucional da

impessoalidade administrativa tem como objetivo a neutralidade da ati-vidade administrativa, fixando como única diretriz jurídica válida para os comportamentos estatais o interesse público”. Por fim, no vigente texto constitucional, para evitar a quebra deste princípio (§ 1º do artigo 37 CF), o legislador constituinte trouxe expressa proibição para que conste: símbolos, nomes ou imagens, que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos (quando: programas de obras, obras realizadas, cam-panhas, e outros).

Princípio Þ MORALIDADE = (constava do texto anterior) Obrigação do administrador público de observar não somente a lei que condiciona sua

atuação, mas também, regras éticas extraídas dos padrões de comporta-mento designados como moralidade administrativa (obediência à lei). Não basta ao administrador ser apenas legal, deve também, ser honesto tendo como finalidade o bem comum. Para Maurice Hauriou, o princípio da mora-lidade administrativa significa um conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de probidade administrativa, que é a forma de moralidade. Tal preceito mereceu especial atenção no texto vigente constitucional (§ 4º do artigo 37 CF), que pune o ímprobo (pessoa não correto - desonesta) com a suspensão de direitos políticos. Por fim, devemos entender que a moralidade como também a probidade administrativa consistem exclusivamente no dever de funcionários públicos exercerem (prestarem seus serviços) suas funções com honestidade. Não devem aproveitar os poderes do cargo ou função para proveito pessoal ou para favorecimento de outrem.

Princípio Þ PUBLICIDADE = (constava do texto anterior) O ato do ad-ministrador público deve ser de conhecimento público como também, para que produza seus efeitos regulares. Significa, publicar no jornal (Diário Oficial da União) todos os atos ofertando à população o conhecimento e o controle da ação governamental, exceção feita aos atos considerados sigilosos. Também pode (a publicidade) ser realizada por edital afixado no lugar de divulgação de atos públicos, para conhecimento do público em geral e início de produção de seus efeitos. É exigência da executoriedade do ato que tenha que produzir efeitos externos. Para o festajedo professor Hely Lopes Meirelles (in Direito Administrativo Brasileiro) “a publicidade como princípio da administração pública, abrange toda atuação estatal, não só sobre o aspecto de divulgação oficial de seus atos como também de propriação de conhecimento da conduta interna de seus agentes. Essa publicidade atinge, assim, os atos concluídos e em formação, os processos em andamento, os pareceres dos órgãos técnicos e jurídicos, os despachos intermediários e finais, as atas de julgamentos das licitações e os contratos com quaisquer interessados, bem como os comprovantes de despesas e as prestações de contas submetidas aos órgãos competentes. Tudo isto é papel ou documento público que pode ser examinado na repartição por qualquer interessado e dele obter certidão ou fotocópia autenticada para fins constitucionais”.

Princípio Þ EFICIÊNCIA = (não constava do texto anterior) A EC nº 19 de 1998 introduziu no artigo 37 “caput” o princípio da eficiência. O princípio tem por finalidade orientar a atividade administrativa no sentido de conse-guir os melhores resultados com os meios escassos de que se dispõe e a menor custo. Assim, tem por consecução a máxima do maior benefício com o menor custo possível. Este princípio tem como conteúdo à relação meios e resultados. Para o professor José Afonso da Silva (in Curso de Direito Constitucional Positivo) “... a eficiência administrativa se obtém pelo melhor emprego dos recursos e meios (humanos, materiais e institucionais) para melhor satisfazer às necessidades coletivas num regime de igualdade dos usuários. Logo, o princípio da eficiência administrativa consiste na organi-zação racional dos meios e recursos humanos, materiais e institucionais para a prestação de serviços públicos de qualidade em condições econô-micas de igualdade dos consumidores. O princípio inverte as regras de competência, pois o bom desempenho das atribuições de cada órgão ou entidade pública é fator de eficiência em cada área da função governamen-tal...”. Finalmente, o princípio constitucional da eficiência, é o que impõe a Administração Pública direta ou indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma impar-cial, neutra, transparente, participativa, na busca da qualidade, primado pela legalidade e a moralidade para melhor utilização dos recursos públi-cos, visando o bem social.

OBSERVAÇÕES:

(1ª) = Além dos princípios já mencionados, devemos observar, tam-bém, aqueles implícitos, tais como:

LICITAÇÃO PÚBLICA Þ (inciso XXI do artigo 37 da Constituição Fede-ral) = Significa que as contratações ficam sujeitas como regra, ao procedi-mento de seleção de propostas mais vantajosas para a Administração Pública;

PRESCRITIBILIDADE DOS ILÍCITOS ADMINISTRATIVOS Þ (§ 5º do artigo da 37 Constituição Federal) = Surge especialmente em relação aos ilícitos administrativos;

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Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 3

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO Þ (§ 6º do artigo 37 da Constituição Federal) = Significa a obrigação de reparar danos ou prejuízos de natureza patrimonial (às vezes moral) que uma pessoa cause a outra. A obrigação de indenizar é da pessoa jurídica a que pertence o agente;

PARTICIPAÇÃO Þ (§ 3º do artigo 37 CF) = Foi introduzido pela EC nº 19 de 1998;

AUTONOMIA GERENCIAL Þ (§ 8º do artigo 37 CF) = Foi introduzido pela EC nº 19 de 1998. Ainda, ISONOMIA, MOTIVAÇÃO E FINALIDADE, sob pena de invalidade dos atos da Administração Pública direta ou indire-ta.

(2ª) = O novo texto constitucional impôs a necessidade do concurso público para todos aqueles que pretendam ingressar nos quadros públicos. As exceções previstas no próprio texto.

(3ª) = Inova, também, o novo texto constitucional, a condição da cida-dania brasileira (natos e naturalizados) para acesso aos cargos, funções e empregos públicos.

(4ª) = Outra inovação é aquela que busca disciplinar a forma de preen-chimento de cargos em comissão, dando-se preferência aos servidores ocupante de cargo de carreira técnica ou profissional, prestigiando, assim, aqueles que já pertencem ao quadro funcional.

(5ª) = Determina o texto constitucional (no inciso XI) o limite máximo para a maior retribuição. A lei específica deve estipula o valor à norma constante.

Ao versarmos esta unidade, não poderia deixar de enaltecer a figura de um grande publicista, professor Petrônio Braz, que, no Direito Administrati-vo demostrou raro descortino, evidenciando matéria atualizada. Basta salientar em comprovação disto os seus mais recentes livros “in Manual do Direito Administrativo, LED – Editora de Direito, 1999”, e Direito Municipal na Constituição, LED – Editora de Direito, 2001”, que transcrevo, parte, doravante.

(6ª) = No (inciso XIV) = surge o impedimento ao chamado “efeito cas-cata” que se expressa pela utilização de acréscimos a título de vantagem. O (inciso XV) = trata da irredutibilidade de vencimentos para todos os funcionários. Os (incisos XVI e XVII) = proíbem acumular cargos públicos, levando em consideração o magistério que faz exceção a essa regra. O princípio da legalidade se vê aplicado nos incisos XIX e XX. Outra inovação surge no texto do parágrafo 1o que procura vincular a publicidade da atua-ção de governo ao interesse da comunidade. Finalmente, os funcionários públicos civis do Município, dos Estados ou os Federais, podem livremente se associar e, igualmente, se sindicalizar, como também, poderão fazer greve, nos termos e nos limites estabelecidos em lei, respondendo, eviden-temente, pelos excessos praticados.

CONCEITOS:

Administração “lato sensu” é toda atividade destinada a organizar o de-senvolvimento das atividades humanas, entendendo-se como Administra-ção Pública às atividades do Estado objetivando a realização de seus fins.

O vocábulo administração, do latim ‘administratione’, induz o entendi-mento de ato de exercitamento de gerência ou governo.

Administração Pública = É a atividade do Estado exercida pelos seus órgãos encarregados do desempenho das funções públicas, dentro de uma relação jurídica que se estrutura ao influxo de uma finalidade cogente (conceito do professor Ruy Cirne Lima).

Administrar é, assim ato de gerir, de governar, inferindo-se como admi-nistrador a pessoa que dirige, gerência ou governa e administrado a pessoa subordinada a um administrador.

ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO:

A Administração Pública, em presença do princípio vinculado da legali-dade, incorporar-se ao próprio conceito de Direito esposado por Jhering: o Direito é o complexo das condições existências da sociedade asseguradas pelo Poder Público. Deste conceito Diogo de Figueiredo conclui que o Direito é o complexo das condições existenciais de uma organização políti-

ca, conceito que incorpora as relações de subordinação e de coordenação existentes na Administração Pública.

Desdobra-se a Administração Pública através de agentes públicos, de-finindo-se agente público como todo aquele que exerce, com ou sem remu-neração, ainda que transitoriamente, por eleição, nomeação, designação, contratação, ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública direta ou indireta, da União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios.

A atividade administrativa, em qualquer dos poderes, como impõe a norma fundamental do artigo 37 da Constituição Federal (1988), obedece aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (além de outros) temos que a forma de prestação dos serviços públicos não se inscreve como princípio constitucional, mas como um dever do Estado.

Isto vale dizer que:

I - Os atos da Administração são públicos;

II - A conduta da Administração deve estar amparada em expressa dis-posição legal;

III - O procedimento administrativo deve caracterizar-se pela probidade, objetivando o bem comum; e.

IV - A Administração deve tratar a todos igualmente, sem conferir dis-tinção ou tratamento privilegiado, pautando-se pelo equilíbrio e pelo bom senso.

Na análise da atividade administrativa cumpre distinguir Governo e Administração.

O Governo é o conjunto dos poderes do Estado, objeto de estudo do Direito Constitucional, enquanto a Administração constitui-se do conjunto de órgãos e funções de atuação do Governo.

Assim, a Administração é o instrumento-meio do Governo, compreen-dendo as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos e englobando as atividades por eles exercidas.

Em sua organização básica, sob o aspecto orgânico (subjetivo), a Ad-ministração Pública, no Brasil, dentro dos princípios federativos, engloba, numa organização constitucional trina, os aparelhos administrativos da União, dos Estados e dos Municípios, da Administração direta e, também, da indireta, incorporando no contexto os aparelhos administrativos do Distrito Federal (Município - Estado).

No sentido funcional (objetivo) a expressão Administração Pública de-signa a natureza da atividade exercida pelos órgãos e agentes públicos visando à promoção do bem-estar social.

Os órgãos e entidades integram a Administração através de subordina-ção hierárquica (Ministérios e Secretarias de Estado ou Municipais, órgãos autônomos e unidades da Administração Direta), vinculação

(autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista) e cooperação (fundações e empresas privadas).

Esse conjunto de aparelhos que instrumentalizam as atividades esta-tais, integralizam o conceito de Administração Pública em seu sentido amplo.

A execução das atividades administrativas opera-se de forma direta ou indireta, através da Administração centralizada ou descentralizada.

O Estado, pelos seus diversos órgãos e agentes públicos, executa as atividades administrativas que lhe são diretamente afetas, especialmente as atribuições consideradas essenciais ou indelegáveis, por dizerem dire-tamente com a própria segurança do Estado.

Assim, a execução direta é a que é realizada pelos órgãos das pessoas jurídicas de direito público, sem intermediários, por seus próprios meios. São pessoas jurídicas de direito público ou entidades estatais, a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municípios, em presença do princípio federativo, que a si mesmo se impôs o Estado brasileiro.

A Administração direta pode ser centralizada ou descentralizada.

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 4

Será CENTRALIZADA quando realizada pelos próprios órgãos da Ad-ministração, seja a nível federal, estadual, distrital ou municipal.

Será DESCENTRALIZADA quando as atividades essenciais do Estado são realizadas por pessoas jurídicas de direito público institucional (autar-quias), às quais são atribuídas funções que poderiam ser realizadas dire-tamente pelo Estado.

Através da Administração Indireta o Estado realiza atividades não es-senciais através de pessoas jurídicas de direito privado, por delegação, pessoas essas que podem ser paraestatais (empresas públicas, socieda-des de economia mista, fundações públicas), concessionárias e permissio-nárias.

FONTES NORMATIVAS DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA:

A organização, a estrutura e os procedimentos da Administração Públi-ca da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, como entes federativos, regem-se pelas seguintes fontes:

(I) - Constituição Federal;

(II) - Constituições dos Estados;

(III) - Lei Orgânica do Distrito Federal;

(IV) - Leis Orgânicas dos Municípios;

(V) - Legislação federal, estadual, distrital e municipal;

(VI) - Políticas, diretrizes, planos e programas de governo;

(VII) - Atos dos Ministros e Secretários;

(VIII) - Atos dos dirigentes de órgãos autônomos ou entidades, e por ti-tular de unidade administrativa.

ÓRGÃOS PÚBLICOS:

Por órgão público entende-se a instituição a que se atribuem funções determinadas. Dentro deste conceito, órgão público é a instituição com competência para o desempenho de funções estatais.

O professor Marcelo Caetano (in Manual de Direito Administrativo) es-clarece que todo e qualquer grupo social organizado tem uma estrutura ordenada em atenção a certos fins cuja realização carece de desenvolver atividade.

A estrutura do Estado é organizada em órgãos, cujas atividades (fun-ções) são desenvolvidas pelos agentes públicos.

Como pessoa jurídica, o Estado necessita, para externar a sua vonta-de, de pessoas físicas (agentes) dotados de capacidade (competência). As relações jurídicas entre o Estado (pessoa jurídica) e os agentes públicos (pessoas físicas) têm sido explicadas através das teorias do mandato, da representação e do órgão.

Vejamos a cada uma delas:

TEORIA DO MANDATO = O Estado, como pessoa jurídica, confere aos agentes públicos (pessoas físicas) poderes para praticar atos ou admi-nistrar interesses em seu nome. Para a existência, contudo, de um manda-to impõe-se à manifestação expressa ou tácita de duas vontades, a de quem outorga (mandante) e a de quem recebe (mandatário), ou, como definiam os romanos, o entendimento das mãos que se apertavam em sinal de aceitação do pacto (“manu datum”). Não tendo a pessoa jurídica como manifestar diretamente a sua vontade, a teoria não prosperou.

TEORIA DA REPRESENTAÇÃO = Apresenta o agente público como representante do Estado “ex vi legis”. Essa representação teria que ser outorgada pelo próprio Estado, pessoa jurídica sem vontade própria.

TEORIA DO ÓRGÃO = Foi formulada por Otto Gierke, em contraposi-ção às teorias do mandato e da representação. Pela teoria do órgão as pessoas jurídicas expressam a sua vontade através de seus próprios órgãos, titularizados por seus agentes (pessoas humanas), na forma de sua organização interna. Assim, o órgão é parte do corpo da entidade e todas as suas manifestações de vontade são consideradas como da própria entidade.

O festejado professor Hely Lopes Meirelles (in Estudos e Pareceres de Direito Público) esclarece que os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas como partes desses corpos vivos, dotados de vontade e capazes de exercerem direitos e contrair obrigações para a consecução de seus fins institucionais. Os atos praticados pelos agentes públicos são atos dos órgãos aos quais estes se encontram integrados, sendo, portanto, atos da Administração.

Por fim, Maria Sylvia Zanella De Pietro (in Direito Administrativo) com base na teoria de Otto Gierke (acima mencionada), conceitua órgão público

“como uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado”.

ENTIDADES ADMINISTRATIVAS:

São entidades administrativas, que não se confundem com entidades estatais, as autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas, que se vinculam ao Ministério (ou Secretari-a) em cuja área de competência estiver enquadradas sua principal ativida-de.

A seguir os conceitos ou definições de cada uma dessas entidades:

(·) Autarquias = O DL nº 200 de 1967 com as alterações do DL nº 900 de 1969, conceitua autarquia como o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar ativida-des típicas da administração pública que requeiram, para seu melhor fun-cionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Nota-se que exercitando a autarquia atividade típica da administração pública enquadra-se no contexto da administração direta descentralizada. Como entidade de direito público as autarquias são criadas e extintas por lei, como estabelece expressamente a norma fundamental do artigo 37, inciso XIX, da Constituição Federal, cabendo à lei complementar definir as áreas de sua atuação.

(·) Empresas Públicas = O DL nº 200 de 1967, define a empresa públi-ca como a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, instituídas com autori-zação legislativa, para a exploração de atividade econômica que o governo seja levado a exercer por força de contingências ou de conveniência admi-nistrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. Somente por lei específica poderão ser criadas empresas públicas, conso-ante texto do inciso XIX do artigo 37 da Constituição Federal.

(·) Sociedade de Economia Mista = Utilizando, ainda, o mesmo decreto (200 de 1967) em seu artigo 5º, inciso III, com redação dada pelo DL nº 900 de

1969, conceitua a sociedade de economia mista como entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. Somente por lei específica poderá ser autorizada a instalação de sociedades de economia mista, conforme inciso XIX do artigo 37 da Constituição Federal.

(·) Fundações Públicas = As fundações públicas ou fundações gover-namentais são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, patrimônio próprio geridos pelos respectivos órgãos de direção e funcionamento cus-teados pelo poder público e incorporado à administração pública por um vínculo de subordinação, cabendo à lei complementar definir as áreas de sua atuação. Somente por lei específica poderá ser autorizada a instalação de fundações pública. Artigo 37, inciso XIX da Constituição Federal.

PODERES ADMINISTRATIVOS:

Para o desempenho de suas atividades, visando o interesse público, a Administração Pública é dotada de poderes instrumentais que garantem o desempenho das atribuições que lhe são legalmente definidas. Segundo a doutrina do professor Hely Lopes Meirelles (in Direito Administrativo) os poderes administrativos nascem com a administração e se apresentam diversificados, segundo as exigências do serviço público, o interesse da coletividade e os objetivos a que se dirigem.

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Tais poderes classificam-se em (1) Poder de polícia; (2) Poder hierár-quico; (3) Poder disciplinar; (4) Poder discricionário e (5) Poder regulamen-tar, que se vinculam aos princípios informativos da administração.

Vejamos a seguir, resumidamente, cada um deles:

PODER DE POLÍCIA = poder deferido ao estado, necessário ao esta-belecimento das medidas que a ordem, a saúde e a moralidade públicas exigem. Através do poder de polícia a administração limita o exercício dos direitos individuais e coletivos com o objetivo de assegurar a ordem pública, estabelecendo um nível aceitável de convivência social. É, assim, o poder de polícia um poder de vigilância objetivando o bem-estar social, impedindo que os abusos dos direitos pessoais possam perturbar ou ameaçar os interesses gerais da coletividade. o poder de polícia, em seu conceito moderno, é a atividade do estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público. Mesmo considerado como poder discricionário da administração pública é limitado pelas normas legais que regem a atuação da própria administração, isto porque o fim do estado é o interesse público, sem ofensa aos direitos individuais legalmente garantidos. Dentro do estado de direito o poder de polícia não mais se limita à vontade do príncipe, nem mesmo à vontade do estado através de seus agentes, por vincular-se à vontade da lei.

PODER HIERÁRQUICO = poder hierárquico é, no conceito de Hely Lopes Meirelles (in direito administrativo), o de que dispõe o executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servi-dores do seu quadro de pessoal. a hierarquia, como graduação de valores subjetivos, estabelece uma ordem de importância dando forma às relações de coordenação e de subordinação entre os agentes públicos. é, assim, uma relação de subordinação escalonada, com o objetivo de ordenar as atividades administrativas. Para Leon Duguit o princípio do poder hierárqui-co domina todo o direito administrativo e deveria ser aplicado, ainda mesmo que nenhum texto legal o consagrasse. Para a preservação do princípio fundamental da hierarquia, indispensável ao bom desempenho da função da administração do estado, o descumprimento de ordem de superior hierárquico constitui-se em ato ilícito, passível de punição administrativa e penal. o servidor público subalterno deve estrita obediência às ordens e instruções legais de seus superiores, daí porque deixar de cumprir, atrasar ou delongar dolosamente o

cumprimento do dever funcional pode ele ser acusado de prevaricação, sujeitando-se a norma do artigo 319 do código penal.

PODER DISCIPLINAR = o poder disciplinar não se confunde com o poder hierárquico, porém a ele está vinculado. Pelo descumprimento do poder hierárquico o subalterno pode ser punido administrativa ou judicial-mente. É, assim, o poder disciplinar a faculdade da hierárquica de punir administrativamente o subalterno, dentro dos limites da lei autorizativa. Para o professor Marcelo Caetano (in manual de direito administrativo), o poder disciplinar tem sua origem e razão de ser no interesse e na necessi-dade de aperfeiçoamento progressivo do serviço público. o poder discipli-nar, esclarece hely Lopes Meirelles (in direito administrativo), é uma supre-macia especial que o estado exerce sobre todos aqueles que se vinculam à administração por relações de qualquer natureza, subordinando-se às normas de funcionamento do serviço ou do estabelecimento a que passam a integrar definitiva ou transitoriamente. em se tratando de servidor público, as penas disciplinares vêm definidas nos estatutos respectivos. a aplicação do poder disciplinar necessariamente obedece aos princípios informativos da administração, entre eles o da legalidade e o da motivação, aos quais se anexa o da ampla defesa (artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal ).

PODER DISCRICIONÁRIO = como poder do estado, o poder discricio-nário está presente na administração pública, na lição de Hely Lopes Mei-relles (in direito administrativo), como o que é concedido à administração de modo explícito ou implícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. O poder discricionário concede à administração, obedecida as regras expres-sas de vinculação, a escolha da conveniência e da oportunidade da prática dos atos administrativos. a discricionariedade atribuída à administração não leva ao livre arbítrio para o exercício de suas atribuições, cabendo, contu-do, à administração a análise livre da conveniência e da oportunidade da prática de qualquer ato, obedecidas às regras vinculativas definidas pelo direito positivo. A discricionariedade encontra limites na lei, nos princípios gerais de direito e nos preceitos de moralidade administrativa.

PODER REGULADOR = o regulamento constitui-se em um conjunto de normas que orientam a execução de uma determinada matéria. Paulo Dourado de Gusmão (in introdução ao estudo do direito) conceitua regula-mento como a norma jurídica emanada, exclusivamente, da administração, em virtude de uma atribuição constitucional de poderes. É também denomi-nada lei material em contraposição à lei formal. Para o professor Hely Lopes Meirelles (obra já citada) o poder regulamentar é a faculdade de que dispõem os chefes de executivos (presidente da república, governadores e prefeitos) de explicitar a lei para sua execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada em lei. Somos, porém, que o regulamento é a explicitação da lei em forma de decreto executivo, não se inscrevendo como tal os decretos autônomos, mesmo porque inexistente em nosso ordenamento jurídico o regulamento autônomo, com força de lei.

Crimes (ou ilícitos administrativo) praticados contra a administração pública:

Os ilícitos administrativos cometidos por servidor público são aprecia-dos no estatuto. Os ilícitos penais vêm capitulados no código penal brasilei-ro e os ilícitos civis são capitulados no código civil brasileiro. Em qualquer caso (administrativo, criminal ou civil), sempre será assegurado ao servidor público o direito consagrado no vigente texto constitucional, no inciso LV do artigo 5º, ou seja, o direito ao contraditório e à ampla defesa.

São crimes (ilícitos):

(1) advocacia administrativa;

(2) abandono de função;

(3) concussão;

(4) condescendência criminosa;

(5) corrupção passiva;

(6) emprego irregular de verbas públicas;

(7) excesso de exação;

(8) exercício funcional ilegal;

(9) extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento;

(10) facilitação de contrabando ou descaminho;

(11) prevaricação;

(12) peculato;

(13) violação de sigilo de proposta de licitação;

(14) violência arbitrária; e

(15) violação de sigilo funcional.

Vejamos cada um deles, resumidamente, nos conceitos dos eminentes professores administrativistas: Walter Brasil Mujalli e Petrônio Braz, mo-mento em que aproveito para render minhas homenagens.

ADVOCACIA ADMINISTRATIVA = Patrocinar direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário; pena – detenção de um a três meses e multa. Crime capitu-lado no artigo 321 do Código Penal. Embora possa parecer que o sujeito ativo deva ser advogado servidor público, a ilicitude pode ser praticada por qualquer servidor e o co-autor não precisa ser servidor público (artigo 29 e 30 do Código Penal). A Lei nº 8.666/93, em seu artigo 91, capitula o mesmo crime, em caso de licitações, com pena de detenção de seis meses a dois anos e multa. Patrocinar não é advogado, é amparar, apadrinhar ou pleitear interesse de outrem. O patrocínio deverá ser realizado perante a adminis-tração pública, valendo-se o servidor da qualidade de agente público do estado.

ABANDONO DE FUNÇÃO = O servidor que abandona, indevidamente, cargo ou função pública fora dos casos previstos em lei, comete crime pena-detenção de quinze dias a um mês ou multa. se do fato, resulta prejuízo público; - pena detenção de três meses a um ano, e multa se o fato

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ocorrer em lugar compreendido na faixa de fronteira; pena – de um a três anos e multa.

CONCUSSÃO = Constitui crime a extorção por parte de servidor públi-co, exigindo, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagens indevi-das. O crime é apenado com dois a oito anos de reclusão e multa.

CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA = Deixar o funcionário por indul-gência de responsabilidade subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, ou quando falte competência, não levar o fato ao conhecimento de autoridade competente; pena-reclusão de quinze dias a um mês, ou multa. Poder-se-á também definir como o descumprimento dos deveres impostos pelo princípio da hierarquia constitui crime. Assim comete crime o servidor público que deixa, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competên-cia, não leve o fato ao conhecimento da autoridade competente.

CORRUPÇÃO PASSIVA = Para o professor Petrônio Braz “ocorre a corrupção passiva quando o servidor público solicita ou recebe, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceita promessa de tal vantagem”. A pena é de reclusão de um a oito anos e multa.

EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS PÚBLICAS = Assim o professor Walter Brasil Mujalli nos explica: “dar a verbas ou rendas públicas, aplica-ção diversa da estabelecida em lei”; pena-reclusão de um a três meses ou multa.

EXCESSO DE EXAÇÃO = Se o funcionário público exige imposto taxa, ou emolumento que sabe indevido, ou vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza; pena-detenção de seis meses a dois anos, ou multa; ou ainda, se o servidor, como define o artigo 316, § 1º, de Código Penal, exige imposto, taxa ou emolumentos que sabe indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza, comete o crime de cobrança rigoroso de tributos.

EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGAL = Entrar no exercício de função pú-blica antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-las, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removi-do, substituído ou suspenso; pena-detenção de quinze dias a um mês, ou multa. Ainda podemos conceituar: “o servidor, embora nomeado, que entra no

exercício da função antes de satisfeitas as exigências legais, ou conti-nua a exercê-la depois de exonerado, removido, substituído ou suspenso, comete crime (artigo 324, do Código Penal)”.

EXTRAVIO, SONEGAÇÃO ou INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCU-MENTO = Extraviar livro oficial ou qualquer documento de que tenha a guarda, em razão do cargo, sonega-lo, ou inutiliza-lo total ou parcialmente; pena-reclusão de um a quatro anos, se o fato não construir crime mais grave. Também: “a falta de zelo no trato da coisa pública, que leve à falha ou desvirtuamento da guarda de livros oficiais ou documentos públicos pelo servidor dela encarregado, que provoque ou à sonegação de sua exibição quando provocado, constitui-se crime apenado com a reclusão de um a quatro anos, se o fato não constituir crime mais grave”.

FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO = Constitui contrabando ou descaminho a importação ou a exportação de mercadoria proibida sem as formalidades aduaneiras. Comete crime o servidor público que facilita, com infração do dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho.

PREVARICAÇÃO = retardar ou deixar de praticar (descumprimento do-loso pelo servidor) indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra dispo-sição expressa de lei, para satisfazer interesses ou sentimento pessoal; pena-três meses a um ano, e multa.

PECULATO = o peculato, consoante define o artigo 312, do Código Penal, constitui-se em apropriação indébita praticada pelo servidor público (ainda definido no código como funcionário público) de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem posse em razão no cargo, ou desvia-lo, em proveito próprio ou alheio. A pena é de reclusão de dois a doze anos, além de multa.

VIOLAÇÃO DE SIGILO DE PROPOSTA DE LICITAÇÃO = Devassar o sigilo de proposta de ocorrência pública, ou proporcionar a terceira o ensejo de

devassá-lo; pena-detenção de três meses a um ano, e multa. a pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração pública direta, sociedade de economia mista, empresa pública, ou fundação instituída pelo poder públi-co. Considera-se funcionário público, para os defeitos penais, quem embo-ra, transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou fun-ção pública. Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, ou função em entidade paraestatal (artigo 326, do Código Penal), vem capitu-lado como crime no artigo 94, da Lei nº 8.666/93, com pena de detenção de dois anos e multa.

VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA = quem pratica violência, no exercício da função pública ou a pretexto de exercê-la, comete crime.

VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL = a não observância do dever de sigilo funcional com a revelação (revelar) pelo servidor público de fato de que tem ciência em razão do cargo e que deve permanecer em segredo, ou facilitar-se a revelação, constitui crime, capitulado no artigo 325, do Código Penal, com pena de detenção de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

APOSENTADORIA

Com redação nova dada pela Emenda Constitucional nº 20 de 1998, al-terada pela Emenda Constitucional nº 41 de 2003, assegura (no artigo 40, §§ e incisos) o novo texto constitucional aos servidores (funcionários) público regime de previdência de caráter contributivo, observando-se crité-rios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.

A aposentadoria para os servidores (funcionários) públicos de cargos efetivos (incluindo suas autarquias e fundações) da União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, se divide em três modalidades:

1ª Modalidade = INVALIDEZ PERMANENTE = Sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei (redação determinada pela Emenda Constitucional nº 41 de 2003). Artigo 40, § 1º, inciso I da Constituição Federal;

2ª Modalidade = COMPULSORIAMENTE = Aos setenta (70) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição (artigo 2º § 5º; 3º § 1º da Emenda Constitucional nº 41 de 2003). Artigo 40, § 1º, inciso II da Constituição Federal.

3ª Modalidade = VOLUNTARIAMENTE = (como regra) – Desde que cumprido tempo mínimo de dez (10) anos de efetivo exercício no serviço público e cinco (5) anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (a) sessenta (60) anos de idade e trinta e cinco (35) de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco (55) anos de idade e trinta (30) de contribuição, se mulher; (b) sessenta e cinco (65) de idade, se homem, e sessenta (60) de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição (artigo 2º, § 1º, da Emenda Consti-tucional nº 41 de 2003 e artigo 3º, § 1º, da Emenda Constitucional nº 20 de 1998). Artigo 40, § 1º, inciso III, letras “a” e “b” da Constituição Federal.

OBSERVAÇÕES:

(1ª) = Para entendimento completo desta unidade, devemos separar os parágrafos que foram mantidos suas redações daqueles que tiveram suas redações alteradas pela Emenda Constitucional nºs 20 de 1998 e 41 de 2003. Os §§ 4º, 5º e 6º do artigo 40 mantiveram suas redações advindas pela Emenda Constitucional nº 20 de 1998. Os parágrafos 7º, 8º e 15 do mesmo artigo tiveram suas redações modificadas pela Emenda Constitu-cional nº 41 de 2003.

2ª = Complementando a 1ª observação: Os parágrafos 9º até o 14 e o 16 foram acrescentados ao texto e até agora mantidos, pela Emenda Constitucional nº

20 de 1998. Em contra partida, os parágrafos 17 até 20 foram acres-centados ao texto pela Emenda Constitucional nº 41 de 2003.

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3ª = Os proventos de aposentadoria e as pensões, quando de sua con-cessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão (o parágrafo 2º do artigo 40 da Constituição Federal com redação determinada pela Emenda Constitucional nº 20 de 1998).

4ª = Nos termos da Emenda Constitucional nº 41 de 2003, os proven-tos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão considerados a remuneração utilizada como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o artigo 201 do mesmo diploma (§ 3º do artigo 40 da Constituição Federal).

5ª = Para os servidores com direito adquirido (já incorporada no patri-mônio) à aposentadoria sob o regime anterior, e desde que cumpridos todos os requisitos para a fruição desse direito, aplicar-se-á a Emenda Constitucional nº 41 de 2003, no seu artigo 3º “É assegurada a concessão, a qualquer tempo, de aposentadoria aos servidores públicos, bem como pensão aos seus dependentes, que, até a data de publicação desta Emen-da, tenham cumprido todos os requisitos para a obtenção desses benefí-cios, com base nos critérios da legislação então em vigor”. Para aqueles que não adquiriram esse direito, aplica-se à regra do artigo 6º da mesma Emenda Constitucional.

(6ª) = Sendo professor ou professora, comprovando o tempo de efetivo exercício do magistério na educação infantil, fundamental e médio, o tempo de contribuição e o limite de idade serão reduzidos em cinco anos para a concessão de aposentadoria voluntária com base no texto constitucional do artigo 40.

(7ª) = Quanto ao abono de permanência, regime de previdência com-plementar, nova regra para a aposentadoria, contribuição dos servidores inativos, teto de remuneração, previdência social, ler com muita cautela, interpretando cada

escrito, da Emenda Constitucional nº 41 de 2003, como também os §§ dos artigos 37 a 43 da Constituição Federal.

(8ª) = A Emenda Constitucional nº 20 de 1998 (que mantemos para es-tudo), quanto aos direitos adquiridos, no seu artigo 3º, assegurou a conces-são de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos servidores públicos, bem como a seus dependentes, que, até a data de sua publicação, tenham cumprido os requisitos para a obtenção destes benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente. Para evitar discussões jurídicas, guardando, assim, o Estado de Direito, o texto manteve, ainda, a manuten-ção de todos os direitos e garantias assegurados nas disposições constitu-cionais vigentes à data de sua publicação aos servidores (funcionários) e militares inativos e pensionistas e aos ex-combatentes, assim como àque-les que já cumpriram, até aquela data, os requisitos para usufruírem tais direitos.

(9ª) = No dizer do professor Uadi Lammêgo Bulos (in Constituição Fe-deral Anotada) quem desejar conhecer as características nucleares da eficiência (hoje um dos princípios constitucionais da administração pública), basta lançar mão dos “Sete Princípios da Vida Pública, apresentados, em maio de 1995, pelo Primeiro-Ministro Britânico, no relatório Nolan. Confor-me nossa interpretação (diz ele), ele pode ser concebido da seguinte for-ma”:

(1) INTERESSE PÚBLICO = Finalidade básica da Administração, mas que também dá espaço ao setor público não estatal, abrindo oportunidade à proliferação de entes intermédios (agências executivas, agências regula-doras e organizações sociais de colaboração);

(2) INTEGRIDADE = Retrata a independência funcional dos titulares dos cargos públicos, de não cederem a pressões que possam comprometer a execução de seus deveres;

(3) OBJETIVIDADE = Traduz a busca de resultados positivos para o administrado, perseguindo o alto padrão de qualidade dos serviços públi-cos;

(4) RESPONSABILIDADE (accountability) = Envolve a submissão de entidades sociais, órgãos e agentes públicos na fiscalização da moralidade administrativa;

(5) TRANSPARÊNCIA = É a lisura e neutralidade na tomada de deci-sões, no acesso às informações, na motivação dos atos administrativos, na política de gerenciamento do Estado, na desburocratização da “rés publi-ca”;

(6) HONESTIDADE = Diz respeito à conduta proba e imparcial dos a-gentes públicos, isenta de vícios ilegais e imorais; e

(7) LIDERANÇA = Importa no exemplo daqueles que se destacam pela seriedade, competência e rendimento funcional. Continua. Eficiência e eficácia da Administração Pública são faces de uma mesma moeda. En-quanto a eficiência colima resolver problemas, através do cumprimento de deveres, voltados para reduzir custos, a eficácia – palavra polissêmica que logra vários sentidos – tem em vista a produção de alternativas racionais e criativas, para obter lucros e resultados positivos.

(10ª) = Veja sucintamente agora os incisos do artigo 37:

(Inciso I) = O texto atual adveio da Emenda Constitucional nº 19 de 1998. O texto refere-se aos cargos, empregos e funções públicas. Pelo diploma legal dos Funcionários Públicos, cargo público é aquele criado por lei, com denominação própria, em número certo e pago pelos cofres da União. O professor Hely Lopes Meirelles (in Direito Administrativo Brasilei-ro) assim define: “é o lugar instituído na organização do funcionalismo, com denominação própria, atribuições específicas e estipêndio correspondente, para ser provido e exercido por um titular, na forma estabelecida em lei”;

(Inciso II) = O texto atual adveio da Emenda Constitucional nº 19 de 1998. Investidura, em sentido restrito, é a simples posse. Falando-se em concurso público, é necessário que se entenda o professor Pontes de Miranda (in Comentários à Constituição) que divide “os pressupostos pré-concursais e os

ordinários concursais. São pré-concursais: (a) capacidade de direito e de exercício; (b) legitimação ativa para o cargo, como a de ser brasileiro e a de exigência relativa à idade; (c) necessidade da tutela jurídica. São pres-supostos ordinários concursais: (a) pedido de inscrição; (b) inspeção da saúde; (c) a inscrição; (d) a comparência à prova ou às provas ou a compa-rência às provas e a apresentação dos títulos, conforme a lei; (e) a presta-ção da prova ou das provas; (f) a anonimia, se a lei a exige, ou a respeito da prova ou das provas em que se exige; (g) julgamento da prova ou das provas, de modo que se possa chegar à classificação dos candidatos; (h) a classificação; (I) a cognição e o julgamento do mérito do recurso de ofício ou voluntário, se a lei estabelece a recorribilidade”;

(Inciso III) = Norma oriunda da Emenda Constitucional nº 8 de 1967. Trata o texto do prazo de validade do concurso. Ninguém poderá ser no-meado a não ser o concursado, enquanto tiver validade o concurso. Regi-amente deve ser observada a classificação dos concorrentes aprovados, não podendo, em hipótese nenhuma, o posterior passar na frente do ante-rior;

(Inciso IV) = Texto novo, uma norma inédita no ordenamento constitu-cional. Remanescentes de concurso anterior terão prioridade para assumir o cargo. No texto, a garantia de um direito líquido e certo, pois não há dúvidas quanto à sua existência. O não respeito permitirá ao concursado buscar a tutela jurisdicional do Estado, com o remédio constitucional, ou seja, o mandado de segurança;

(Inciso V) = O texto desse inciso, também é oriundo da Emenda Consti-tucional nº 19 de 1998. O cargo em comissão (chamado de confiança) independe de concurso. Podem ser preenchidos por pessoas estranhas ao quadro do funcionalismo ou, mesmo, por funcionários estáveis. Importante anotar, que esse tipo de contratação, deixa livre a nomeação como também a demissão; vale dizer: quem nomeia, demite;

(Inciso VI) = Também o texto traz novidade. Ao funcionário público mili-tar, nada de novo, vale dizer, continua o proibitivo constitucional (artigo 142, § 3º, inciso V), ou seja, proibida a sindicalização (artigo 8º) e a greve (artigo 9º). Ao

funcionário público civil foi concedido o direito à sindicalização (também o de greve por lei complementar – veja o inciso VII);

(Inciso VII) = Esse texto também veio com a Emenda Constitucional nº 19 de 1998. Mais uma das inovações da Constituição de 1988. O servidor público civil (atenção - não o militar) esta autorizada com o direito de greve,

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a buscar reivindicações (interesses) de suas prerrogativas, devendo obser-var, entretanto, os limites definidos em lei complementar;

(Inciso VIII) = O texto demonstra, cristalinamente, a preocupação dos legisladores constituintes de 1988, para com os deficientes;

(Inciso IX) = Texto sem alteração. A Constituição ou (Carta Constitu-cional) de 1967, não permitia esse tipo de contratação, por entender alta-mente perigoso. A regra é a obrigatoriedade de concurso. Nesse caso, a contratação por tempo determinado, é à exceção da regra;

(Inciso X) = Outro texto advindo com a Emenda Constitucional nº 19 de 1998. Trata-se do princípio de isonomia, ou seja, um tratamento de igual-dade;

(Inciso XI) = Modificado pela Emenda Constitucional nº 41 de 2003. Chamamos corriqueiramente de – teto salarial – ou seja, o limite máximo da remuneração para os ocupantes de cargos, funções ou empregos públicos na Administração Pública;

(Inciso XII) = Texto sem alteração. Adverte o professor José Afonso da Silva (in Curso de Direito Constitucional Positivo) sobre a palavra vencimen-to. A palavra vencimento, no singular = É a retribuição devida a funcionário pelo efetivo exercício do cargo, emprego ou função, correspondente ao símbolo ou ao nível e grau de progressão funcional ou ao padrão, fixada em lei. Nesse sentido a palavra não é empregada uma só vez na Constitui-ção. A palavra vencimentos, no plural = Consiste no vencimento (retribuição correspondente ao símbolo ou ao nível ou ao padrão fixado em lei) acresci-do das vantagens pecuniárias fixas. “Nesse sentido, o termo é empregado em vários dispositivos constitucionais”;

(Inciso XIII) = O inciso também esta com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998. Vejamos o significado das palavras vincula-ção e equiparação que constam do texto:

(1) Vinculação – Significa a relação de comparação vertical, que liga um cargo de menores atribuições e menor complexidade ao cargo superior, a fim de manter a diferença remuneratória entre ambos. Como conseqüên-cia disso, o aumento ou a redução dos vencimentos do cargo-paradigma acarreta, automaticamente, a majoração ou diminuição dos vencimentos do cargo de escalão inferior.

(2) Equiparação – Por sua vez, é instituto que postula tratamento idên-tico para aqueles que estão em situação de desigualdade. Propõem situar os cargos de níveis diferentes e atribuições diversas num mesmo patamar, para fins de remuneração;

(Inciso XIV) = Também, tem o inciso, redação dada pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998. O que objetivo esse inciso é tirar a denomi-nação “incorporação” ou o chamado efeito “repicão”, que em linguagem comum, nada mais é do que, computar uma vantagem pecuniária sobre outra;

(Inciso XV) = Também com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998. Foi mantido o princípio da irredutibilidade, que, aliás, já estava no texto original;

(Inciso XVI) = Também com redação dada pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998. Decidiram (RDA 199/121) o STF, que a acumulação de proventos (ou vencimentos) somente será (passou a ser) permitida no caso de cargos, funções ou empregos acumuláveis na atividade, no texto do artigo 37 este inciso e o inciso subseqüente. Por fim, o sistema de acumu-lação de cargos públicos, pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998, deverá respeitar o previsto no inciso IX, também do artigo 37 da Constitui-ção Federal;

(Inciso XVII) = Esse inciso também com redação dada pela EC nº 19 de 1998. Com o novo texto, emendado, a proibição de ajuntamento de cargos, passou a atingir as subsidiárias e sociedades, de espécies direta ou indireta, pelo Poder Público;

(Inciso XVIII) = Texto inalterado. Resguardando os cofres públicos (erá-rio público) e evitando a sonegação de impostos, como também a boa administração do tesouro, estabelece este inciso, a precedência e preces-são da administração fazendária e seus servidores fiscais, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, sobre os demais setores administrati-vos. À medida é sem dúvida importante, desde que inexiste qualquer res-quício de desliza na atividade fiscalizadora fazendária. É aconselhável a

leitura do inciso I do artigo 109 da Constituição Federal e a Lei nº 5.010 de 1966;

(Inciso XIX) = Mais um inciso com redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 19 de 1998. Assim comenta Uadi Lammêgo Bulos (in Constitui-ção Federal Anotada) “Com a reforma administrativa, o inciso foi reestrutu-rado, para firmar o posicionamento de que o regime jurídico das entidades mencionadas condiciona-se a uma lei específica, isto é, uma lei ordinária criada para fim determinado”. Pela nova redação do dispositivo, alias con-fusa, parece-nos que a terminologia “neste último caso” foi inserida no sentido de restringir à lei complementar a definição das áreas em que devem atuar, apenas, as fundações, ficando de fora as autarquias, as sociedades de economia mista e as empresas públicas. Estas, pela letra do inciso, não estão sujeitas à incidência da lei complementar. Todavia, uma interpretação lógica do preceito induz, necessariamente, à inclusão das três espécies institucionais como objetos de autorização;

(Inciso XX) = Texto inalterado. A criação de subsidiárias das entidades existentes depende de lei como também a participação de qualquer delas em empresas privadas. Necessário é que saibamos, na linguagem constitu-cional, o significado de subsidiárias. É a criação de novas entidades pelas empresas públicas, sociedades de economia mista, autarquias e funda-ções;

(Inciso XXI) = Texto inalterado. Presente esta a moralidade administra-tiva, ou seja, um dos princípios constitucionais da Administração Pública. Também o princípio da licitação pública, no texto constitucional, é quase que uma imposição da implantação de um Estado Democrático de Direito, já implantado. É de se lembrar, que o princípio de licitação, além de demo-cratizar o acesso e permitir a igualdade de seus participantes, em tese é um principio moralizador;

(Inciso XXII) = Acrescentado no texto constitucional pela Emenda Constitucional nº 42 de 2003. (§1º) = Novidade na ordem constitucional. É uma medida altamente saneadora e que tem várias virtudes. Como exem-plo: a economia do erário (cofres) em dinheiro gasto em propaganda; (§2º) = A inobservância no estatuído nos incisos II e III do artigo 37, redundará em nulidade da admissão e a conseqüente punição da autoridade respon-sável pela ilegalidade, nos termos da lei. Estamos presentes a uma norma constitucional de eficácia contida com aplicabilidade imediata; (§3º) = A redação deste parágrafo foi dada pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998, com a incumbência de instrumentalizar a aplicação do novo princípio constitucional (na Administração Pública) da eficiência; (§4º) = Trata esse parágrafo da Improbidade Administrativa (má versão do administrador). O texto, na realidade, não passa do que é o normal, no campo constitucional, ou seja, de que o administrador público (agente) tem a obrigação de ter conduta ilibada, séria, honesta, moral e impessoal; (§5º) = Esse dispositivo prevê duas situações distintas: uma relativa à sanção pelo ato ilícito, outra relacionada à reparação do prejuízo. No primeiro aspecto, fica a lei ordiná-ria encarregada de fixar os prazos prescricionais; no segundo, garantiu-se a imprescritibilidade das ações – medida considerada imprópria, mas que veio consagrada pela Constituição de 1988 (Uadi Lammêgo Bulos); (§6º) = Exceto a Constituição (ou Carta Constitucional) brasileira de 1937, todas as outras, trataram do assunto. A responsabilidade objetiva do Estado por danos causados a particulares, no exercício de suas atribuições públicas, proveio da Constituição (a melhor de todas as brasileiras) de 1946. Dela para hoje a matéria vem evoluindo pouco a pouco, chegando às indeniza-ções por danos morais (artigo 5º, incisos V e X). Esse parágrafo reporta-se apenas ao comportamento comissivo do Estado; (§7º) = Acrescentado ao texto constitucional pela Emenda Constitucional nº 19

de 1998. Procurou aqui o legislador ordinário (reformador) fiscalizar as diretrizes do princípio constitucional da eficiência; (§8º) = Também, acres-centado ao texto constitucional pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998. Com base nesse parágrafo, o contrato de gestão, nada mais é do que um acordo para a realização de programas específicos da Administração Pública, que visam ampliar a autonomia gerencial dos órgãos públicos. É o vínculo jurídico de um acordo de vontades; (§9º) = Também foi acrescenta-do ao texto constitucional pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998; (§10) = Acrescentado ao texto constitucional pela Emenda Constitucional nº 20 de 1998. Proibição constitucional para o recebimento de mais de uma aposentadoria, principalmente ao se tratar dos artigos 40, 42 e 142 da Constituição Federal. (§11) = Acrescentado ao texto constitucional pela Emenda Constitucional nº 47 de 2005 = Não serão computadas, para efeito

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dos limites remuneratórios de que tratam o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (§12) = Acrescentado ao texto constitucional pela Emenda Constitucional nº 47 de 2005 = Trata sobre o inciso XI do caput deste artigo à faculdade para os Estados e Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda as respectivas constituições e lei orgânica, como limite único dos subsídios para os cargos ali declinados.

(11ª) = O artigo 38 da Constituição Federal com seus incisos trata do servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, todos no exercício de mandato eletivo. O artigo 39 com oito parágrafos trata das questões referentes aos servidores públicos, com rubrica da seção II reno-meada pela Emenda Constitucional nº 18 de 1998. A vigente redação adveio com a Emenda Constitucional nº 19 de 1998. O artigo 40 (completo) tem preceito constitucional oriundo da Emenda Constitucional nº 20 de 1998. Quanto ao artigo 40 § 4º recebem pela Emenda Constitucional nº 47 de 2005, passando a vigorar com nova redação no seu texto e acrescenta-dos foram três incisos. Também acrescentado, pela mesma emenda, o § 21 com texto sobre a contribuição prevista no § 18 etc. O artigo 41 tem reda-ção dada pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998, trata da estabilidade, da invalidade e da extinção.

(12ª) = O artigo 42 tem redação dada pela Emenda Constitucional nº 18 de 1998. Trata dos membros das Polícias Militares e Corpos de Bombei-ros Militares. Afirmam a hierarquia e a disciplina. O § 1º tem redação de-terminada pela Emenda Constitucional nº 20 de 1998. O § 2º do mesmo artigo tem redação determinada pela Emenda Constitucional nº 41 de 2003. Combinar o artigo 42 com o artigo 142. Quanto ao artigo 43 todos do mes-mo diploma legal, o objetivo maior, aos efeitos administrativos, significando dizer, que as regiões podem existir para realizar propósitos meramente administrativos, jamais normativos.

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DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Seção I

DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Po-

deres da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obede-cerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitu-cional nº 19, de 1998)

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasi-leiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprova-ção prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 19, de 1998)

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchi-dos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites defini-dos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admis-são;

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determi-nado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específi-ca, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento)

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legisla-tivo e o sub-sídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Ju-diciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço públi-co; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empre-gos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exce-to, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Cons-titucional nº 19, de 1998)

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científi-co; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucio-nal nº 34, de 2001)

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de econo-mia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indireta-mente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autori-zada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concor-rentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, manti-das as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento)

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XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma inte-grada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campa-nhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na admi-nistração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em ge-ral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXII-I; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide Lei nº 12.527, de 2011)

III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos pratica-dos por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agen-tes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regres-so contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o aces-so a informações privilegiadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - o prazo de duração do contrato; (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 19, de 1998)

II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, o-brigações e responsabilidade dos dirigentes; (Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 19, de 1998)

III - a remuneração do pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às so-ciedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para paga-mento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentado-ria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indeni-zatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Or gânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distri-tais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fun-dacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposi-ções:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, empre-go ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

Seção II DOS SERVIDORES PÚBLICOS

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios insti-

tuirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios insti-tuirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)

§ 1º - A lei assegurará, aos servidores da administração direta, iso-nomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. (Regulamento)

§ 2º - Aplica-se a esses servidores o disposto no art. 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX.

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componen-tes do sistema remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos car-gos componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 19, de 1998)

III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 19, de 1998)

§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promo-ção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contra-tos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos

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servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anual-mente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da econo-mia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e raciona-lização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Es-tados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que tra-ta este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, mo-léstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condi-ções: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se ho-mem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mu-lher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribui-ção. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servi-dor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 47, de 2005)

III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que pre-judiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 47, de 2005)

§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão redu-zidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o pro-fessor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das fun-ções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e mé-dio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acu-muláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de

uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste arti-go. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por mor-te, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o li-mite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdên-cia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efeti-vo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proven-tos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribui-ção para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 20, de 15/12/98)

§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência soci-al. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previ-dência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respecti-vos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.(Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 20, de 15/12/98)

§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Consti-tucional nº 41, 19.12.2003)

§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspon-dente regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda Consti-tucional nº 20, de 15/12/98)

§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdên-cia social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitu-cional nº 41, 19.12.2003)

§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as e-xigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que

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opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de pre-vidência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalva-do o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas so-bre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servido-res nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pe-la Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzi-do ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Seção III DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS

TERRITÓRIOS (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual especí-fica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras provi-

dências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO I Das Disposições Gerais

Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente públi-co, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concor-ra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.

Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades menciona-das no artigo anterior.

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obri-gados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impes-soalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarci-mento do dano.

Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.

Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indis-ponibilidade dos bens do indiciado.

Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.

CAPÍTULO II Dos Atos de Improbidade Administrativa

Seção I Dos Atos de Improbidade Administrativa que Impor-tam Enriquecimento Ilícito

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enri-quecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comis-são, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de servi-ço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equi-pamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposi-ção de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocí-

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nio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra ativida-de ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencio-nadas no art. 1° desta lei;

XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores inte-grantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

Seção II Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonali-zado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem inte-grante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevida-mente;

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas perti-nentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei.(Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)

Seção III Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às insti-tuições, e notadamente:

I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

CAPÍTULO III Das Penas

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrati-vas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).

I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicita-mente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;

III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indireta-

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mente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.

CAPÍTULO IV Da Declaração de Bens

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patri-mônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competen-te. (Regulamento) (Regulamento)

§ 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, di-nheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimo-niais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.

§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a pres-tar falsa.

§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformida-de da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natu-reza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo .

CAPÍTULO V Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administra-tiva competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.

§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assina-da, conterá a qualificação do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que tenha conhecimento.

§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despa-cho fundamentado, se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a representação ao Ministério Públi-co, nos termos do art. 22 desta lei.

§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determi-nará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma prevista nos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e, em se tratando de servidor militar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.

Art. 15. A comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ou Conselho de Contas da existência de procedimen-to administrativo para apurar a prática de ato de improbidade.

Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designar representante para acompanhar o procedimento administrativo.

Art. 16. Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ou à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público.

§ 1º O pedido de seqüestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de Processo Civil.

§ 2° Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.

§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público.

§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. (Redação dada pela Lei nº 9.366, de 1996)

§ 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

§ 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)

§ 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que conte-nham indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

§ 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos pro-cessos regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001)

Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

CAPÍTULO VI Das Disposições Penais

Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.

Pena: detenção de seis a dez meses e multa.

Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.

Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:

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I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009).

II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.

CAPÍTULO VII Da Prescrição

Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;

II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

CAPÍTULO VIII Das Disposições Finais

Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1° de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de 1958 e demais disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência e 104° da República.

FERNANDO COLLOR

Crimes contra a fé pública e contra a administração pública no Código Penal.

TÍTULO X DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA

CAPÍTULO I DA MOEDA FALSA

Moeda Falsa

Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:

Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.

§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.

§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda fal-sa ou alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, e multa, o fun-cionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão:

I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;

II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.

§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.

Crimes assimilados ao de moeda falsa

Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na repartição

onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo. (Vide Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Petrechos para falsificação de moeda

Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

Emissão de título ao portador sem permissão legal

Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou tí-tulo que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena de detenção, de quinze dias a três meses, ou multa.

CAPÍTULO II DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLI-COS

Falsificação de papéis públicos

Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

I - selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer pa-pel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo; (Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004)

II - papel de crédito público que não seja moeda de curso legal;

III - vale postal;

IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa econômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de direito público;

V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável;

VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte ad-ministrada pela União, por Estado ou por Município:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004)

I - usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)

II - importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado a controle tributá-rio; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)

III - importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade co-mercial ou industrial, produto ou mercadoria: (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)

a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributá-rio, falsificado; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)

b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária deter-mina a obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)

§ 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

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Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 16

§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qual-quer dos papéis a que se refere o parágrafo anterior.

§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.

§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exerci-do em vias, praças ou outros logradouros públicos e em residên-cias. (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)

Petrechos de falsificação

Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto es-pecialmente destinado à falsificação de qualquer dos papéis referidos no artigo anterior:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o crime pre-valecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

CAPÍTULO III DA FALSIDADE DOCUMENTAL

Falsificação do selo ou sinal público

Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União, de Es-tado ou de Município;

II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

§ 1º - Incorre nas mesmas penas:

I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;

II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuí-zo de outrem ou em proveito próprio ou alheio.

III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevale-cendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

Falsificação de documento público

Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou al-terar documento público verdadeiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevale-cendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testa-mento particular.

§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

I - na folha de pagamento ou em documento de informações que se-ja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II - na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, decla-ração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

III - em documento contábil ou em qualquer outro documento rela-cionado com as obrigações da empresa perante a previdência social,

declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos men-cionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remunera-ção, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de servi-ços.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Falsificação de documento particular (Redação dada pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência

Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

Falsificação de cartão (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência

Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equipara-se a do-cumento particular o cartão de crédito ou débito. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência

Falsidade ideológica

Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obri-gação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é pú-blico, e reclusão de um a três anos, e multa, se o documento é particular.

Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o cri-me prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assen-tamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

Falso reconhecimento de firma ou letra

Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pú-blica, firma ou letra que o não seja:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é pú-blico; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular.

Certidão ou atestado ideologicamente falso

Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função públi-ca, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:

Pena - detenção, de dois meses a um ano.

Falsidade material de atestado ou certidão

§ 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alte-rar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:

Pena - detenção, de três meses a dois anos.

§ 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.

Falsidade de atestado médico

Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado fal-so:

Pena - detenção, de um mês a um ano.

Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.

Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica

Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha va-lor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está visivel-mente anotada na face ou no verso do selo ou peça:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

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Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 17

Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de co-mércio, faz uso do selo ou peça filatélica.

Uso de documento falso

Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou altera-dos, a que se referem os arts. 297 a 302:

Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.

Supressão de documento

Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é pú-blico, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular.

CAPÍTULO IV DE OUTRAS FALSIDADES

Falsificação do sinal empregado no contraste de metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou para outros fins

Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, marca ou sinal em-pregado pelo poder público no contraste de metal precioso ou na fiscaliza-ção alfandegária, ou usar marca ou sinal dessa natureza, falsificado por outrem:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é o que usa a auto-ridade pública para o fim de fiscalização sanitária, ou para autenticar ou encerrar determinados objetos, ou comprovar o cumprimento de formalida-de legal:

Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e multa.

Falsa identidade

Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro:

Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

Fraude de lei sobre estrangeiro

Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permanecer no território nacional, nome que não é o seu:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualidade para promo-ver-lhe a entrada em território nacional: (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou possuidor de a-ção, título ou valor pertencente a estrangeiro, nos casos em que a este é vedada por lei a propriedade ou a posse de tais bens:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. (Redação da-da pela Lei nº 9.426, de 1996)

Adulteração de sinal identificador de veículo automo-tor(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamen-to: (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996))

Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)

§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão dela, a pena é aumentada de um terço. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente material ou informação oficial. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)

CAPÍTULO V (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

Fraudes em certames de interesse público (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de bene-ficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

I - concurso público; (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

II - avaliação ou exame públicos; (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administração públi-ca: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pe-la Lei 12.550. de 2011)

§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

TÍTULO XI DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO I DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

Peculato culposo

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de ou-trem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se pre-cede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

Peculato mediante erro de outrem

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Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 18

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no e-xercício do cargo, recebeu por erro de outrem:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar da-no: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Modificação ou alteração não autorizada de sistema de infor-mações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informa-ções ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autori-dade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e mul-ta. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a me-tade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.

Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da es-tabelecida em lei:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, a-inda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vanta-gem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Excesso de exação

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indi-retamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de o-fício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

Facilitação de contrabando ou descaminho

Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

Prevaricação

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofí-cio, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interes-se ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).

Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Condescendência criminosa

Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade compe-tente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Advocacia administrativa

Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado pe-rante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

Violência arbitrária

Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena corres-pondente à violência.

Abandono de função

Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

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Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 19

Violação de sigilo funcional

Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

I - permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e emprésti-mo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autoriza-das a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Públi-ca; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II - se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Violação do sigilo de proposta de concorrência

Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:

Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.

Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, em-prego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, empre-go ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de ativi-dade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituí-da pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)

CAPÍTULO II DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Usurpação de função pública

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

Resistência

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:

Pena - detenção, de dois meses a dois anos.

§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:

Pena - reclusão, de um a três anos.

§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das corres-pondentes à violência.

Desobediência

Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:

Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

Desacato

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)

Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:(Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação da-da pela Lei nº 9.127, de 1995)

Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente ale-ga ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcioná-rio. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)

Corrupção ativa

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

Contrabando ou descaminho

Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:

Pena - reclusão, de um a quatro anos.

§ 1º - Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)

a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; (Redação dada pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)

b) pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando ou desca-minho; (Redação dada pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)

c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer for-ma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comerci-al ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)

d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exer-cício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência es-trangeira, desacompanhada de documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos. (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)

§ 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. (Redação dada pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)

§ 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo. (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)

Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência

Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou ven-da em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concor-

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rente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou ofereci-mento de vantagem:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pe-na correspondente à violência.

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de con-correr ou licitar, em razão da vantagem oferecida.

Inutilização de edital ou de sinal

Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edi-tal afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Subtração ou inutilização de livro ou documento

Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave.

Sonegação de contribuição previdenciária (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de in-formações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equipa-rado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabili-dade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remu-nerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informa-ções devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamen-te, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fis-cais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de paga-mento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previ-dência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

CAPÍTULO II-A (Incluído pela Lei nº 10.467, de 11.6.2002)

DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINIS-TRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA

Corrupção ativa em transação comercial internacional

Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, van-tagem indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à transa-ção comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em ra-zão da vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Tráfico de influência em transação comercial internacio-nal(Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada a funcionário estrangei-ro. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Funcionário público estrangeiro (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os e-feitos penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organiza-ções públicas internacionais. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)

CAPÍTULO III DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

Reingresso de estrangeiro expulso

Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele foi expulso:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova expul-são após o cumprimento da pena.

Denunciação caluniosa

Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de pro-cesso judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000)

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.

§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.

Comunicação falsa de crime ou de contravenção

Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocor-rência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Auto-acusação falsa

Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.

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Falso testemunho ou falsa perícia

Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra van-tagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da adminis-tração pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)

Coação no curso do processo

Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favore-cer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena cor-respondente à violência.

Exercício arbitrário das próprias razões

Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer preten-são, embora legítima, salvo quando a lei o permite:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.

Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se pro-cede mediante queixa.

Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Fraude processual

Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em pro-cesso penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro.

Favorecimento pessoal

Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:

Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão:

Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.

§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena.

Favorecimento real

Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:

Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.

Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional.(Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009).

Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009).

Exercício arbitrário ou abuso de poder

Art. 350 - Ordenar ou executar medida privativa de liberdade indivi-dual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder:

Pena - detenção, de um mês a um ano.

Parágrafo único - Na mesma pena incorre o funcionário que:

I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a estabeleci-mento destinado a execução de pena privativa de liberdade ou de medida de segurança;

II - prolonga a execução de pena ou de medida de segurança, dei-xando de expedir em tempo oportuno ou de executar imediatamente a ordem de liberdade;

III - submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei;

IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.

Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança

Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança detentiva:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

§ 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a pena é de reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

§ 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à violência.

§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime é pra-ticado por pessoa sob cuja custódia ou guarda está o preso ou o internado.

§ 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

Evasão mediante violência contra a pessoa

Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo sub-metido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena correspon-dente à violência.

Arrebatamento de preso

Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena corresponden-te à violência.

Motim de presos

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Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da prisão:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena corres-pondente à violência.

Patrocínio infiel

Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confia-do:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

Patrocínio simultâneo ou tergiversação

Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou procu-rador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamen-te, partes contrárias.

Sonegação de papel ou objeto de valor probatório

Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar de restituir au-tos, documento ou objeto de valor probatório, que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

Exploração de prestígio

Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo.

Violência ou fraude em arrematação judicial

Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:

Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da pena correspondente à violência.

Desobediência a decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito

Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por decisão judicial:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.

CAPÍTULO IV DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLI-CAS (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Contratação de operação de crédito

Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, inter-no ou externo, sem prévia autorização legislativa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Parágrafo único. Incide na mesma pena quem ordena, autoriza ou realiza operação de crédito, interno ou externo: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

I - com inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em lei ou em resolução do Senado Federal; (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

II - quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o limite má-ximo autorizado por lei. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pa-gar (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em restos a pagar, de despesa que não tenha sido previamente empenhada ou que exceda limite estabelecido em lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatu-ra (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despe-sa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parce-la a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Ordenação de despesa não autorizada (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Prestação de garantia graciosa (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que tenha sido constituída contragarantia em valor igual ou superior ao valor da ga-rantia prestada, na forma da lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Não cancelamento de restos a pagar (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou de promover o cance-lamento do montante de restos a pagar inscrito em valor superior ao permi-tido em lei: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Aumento de despesa total com pessoal no último ano do man-dato ou legislatura (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete aumento de despesa total com pessoal, nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato ou da legislatura: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000))

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Oferta pública ou colocação de títulos no mercado (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover a oferta pública ou a co-locação no mercado financeiro de títulos da dívida pública sem que tenham sido criados por lei ou sem que estejam registrados em sistema centraliza-do de liquidação e de custódia: (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

PROVA SIMULADA 1 .(TRT-24ª Região, FCC - Técnico Judiciário - 2006) NÃO constitui um dos princípios da administração pública direta e indireta expressa-mente previstos no artigo 37, da Constituição Federal de 1988, a A) publicidade. B) eficiência. C) impessoalidade. D) moralidade. E) proporcionalidade.

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Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 23

2 . (TRT-24ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2006) No que se refere aos princípios administrativos, considere: I. Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avalia-ção especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. II. A Administração Pública, no exercício de faculdades discricionárias, deve atuar em plena conformidade com critérios racionais, sensatos e coerentes, fundamentados nas concepções sociais dominantes. As proposições I e II dizem respeito, respectivamente, aos princípios da A) eficiência e razoabilidade. B) moralidade e eficiência. C) eficiência e impessoalidade. D) imperatividade e razoabilidade. E) publicidade e motivação. 3 .(TRT-ES, FCC - Técnico Judiciário - 1999) São princípios da Administra-ção Pública, expressamente previstos na Constituição Federal, dentre outros: A) publicidade e a pessoalidade. B) improbidade e o sigilo. C) eficiência e a pessoalidade. D) legalidade e a improbidade. E) impessoalidade e a eficiência. 4 .(TRE-MS, FCC - Técnico Judiciário - 2007) Entidade administrativa que presta serviço público com excessiva burocracia e produtividade precária, re-tardando, assim, o interesse da coletividade, ofende o princípio da A) impessoalidade. B) moralidade. C) legalidade. D) eficiência. E) publicidade. 5 .(TCE-CE, FCC - Auditor - 2006) A Assembleia Legislativa, no exercício de sua atípica função administrativa, ao aplicar, de ofício, "resolução" por ela anteriormente editada, atua em conformidade com A) o princípio da reserva legal. B) o princípio da legalidade. C) seu poder de revisão. D) seu poder regulamentar. E) o princípio da autotutela. 6 .(Companhia Energética de Alagoas, FCC - Advogado - 2005) Os princí-pios constitucionais que regem a Administração Pública podem ser expres-sos ou implícitos, são multifuncionais, sendo certo que, dentre outras carac-terísticas, I. norteiam a elaboração legislativa e a aplicação das normas jurídicas (função orientadora); II. não permitem uma compreensão global e unitária do texto constitucional, ou ainda, a harmonia na aplicação do direito (função supletiva); III. esclarecem o sentido, a dimensão e o conteúdo das normas jurídicas (função interpretativa); IV. têm funções normogenética e discricionária, mas desprovidas de fun-ções sistêmica e vinculante. É correto o que consta APENAS em A) l e ll. B) I e III. C) I e IV. D) II e IV. E) III e IV. 7 .(TRT-13ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2005) Considere as asserti-vas: I - A Constituição Federal proíbe a inserção de nome, símbolo ou imagens que caracterizam promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos. II - A Administração Pública, em toda sua atividade funcional, só poderá fazer o que a lei expressamente autorizar. As proposições citadas correspondem, respectivamente, aos princípios da Administração Pública, denominados: A) impessoalidade e legalidade. B) presunção de legitimidade e impessoalidade.

C) publicidade e presunção de legitimidade. D) impessoalidade e autoexecutoriedade. E) publicidade e legalidade. 8 .(TRT-22ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) Ao tomar ciência de suposta irregularidade perpetrada pela prefeitura da cidade de Campo Verde, Aristóteles Neto peticionou perante àquela municipalidade, objeti-vando ter acesso aos documentos que comprovariam referida irregularida-de. Ocorre que, por ordem expressa do Prefeito, teve seu pleito indeferido. Em virtude da negativa, o executivo municipal desrespeitou o princípio da A) imperatividade. B) impessoalidade. C) tipicidade. D) publicidade. E) razoabilidade. 9 .(TRF-4ª Região, FCC - Analista Judiciário - 2004) No que concerne aos princípios administrativos, é INCORRETO afirmar que A) o princípio da moralidade impõe ao administrador o dever de, além de obedecer à lei jurídica, regrar suas condutas funcionais de acordo com a lei ética e em consonância com regras tiradas da disciplina interior da Adminis-tração, posto que nem tudo o que é legal é honesto. B) a busca pelo aperfeiçoamento na prestação de serviços públicos, exigin-do do administrador resultados positivos que atendam às necessidades da comunidade e seus membros, caracteriza o princípio da eficiência. C) o principio da impessoalidade obriga a Administração Pública a agir de modo imparcial em relação aos administrados, bem como proíbe a promo-ção pessoal de autoridade ou servidores públicos sobre suas realizações. D) os princípios administrativos previstos constitucionalmente representam uma relação meramente exemplificativa de dogmas que deverão ser obriga-toriamente observados pelo administrador público. E) o Poder Público pode criar obrigações ou impor vedações aos adminis-trados, independentemente da existência de lei prévia. 10 .(TCE-AM, FCC - Procurador de Contas - 2006) No decorrer de proce-dimento administrativo que tenha por objetivo a apuração de ato caracteri-zado como de improbidade administrativa, A) poderá a comissão processante decretar, desde logo, o sequestro dos bens dos acusados, como garantia de eventual condenação. B) deverá haver necessária intervenção do Ministério Público e do Tribunal de Contas, sob pena de nulidade. C) deverá ser dada ciência da instauração do procedimento ao Ministério Público, apenas nos casos em que o ato de improbidade importar enrique-cimento ilícito. D) o sequestro dos bens dos acusados somente poderá ser efetuado se houver fundada suspeita de responsabilidade, por decisão judicial. E) pode ser dispensada a oitiva dos acusados e a apresentação de defesa, sempre que o sigilo das apurações assim o justificar. 11. (PFN/92-ESAF) O princípio de legalidade consiste em que a) é possível fazer tudo aquilo que a lei não proíbe b) é necessário indicar nos atos administrativos a sua fundamentação c) só é permitido fazer o que a lei autoriza ou permite d) a disciplina depende de lei e) presume-se legítimo todo ato administrativo, enquanto não for revogado ou declarado nulo 12. (AFTN/90-ESAF) Na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe, Na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza, regra esta que compõe o princípio básico da a) legalidade b) moralidade c) finalidade d) impessoalidade e) publicidade 13. (Oficial de Justiça Avaliador/TRT/ES-1999-FCC) A proibição de excesso que, em última análise, objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com lesões aos direitos fundamentais, refere-se ao princípio da (A) razoabilidade

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Legislação A Opção Certa Para a Sua Realização 24

(B) legalidade. (C) moralidade. (D) eficiência. (E) finalidade. 04. (Técnico Judiciário/TRT/ES-1999-FCC) São princípios da Administração Pública, expressamente previstos na Constituição Federal, dentre outros : (A) publicidade e a pessoalidade. (B) improbidade e o sigilo. (C) eficiência e a pessoalidade. (D) legalidade e a improbidade. (E) impessoalidade e a eficiência 15. (Analista Judiciário - execução de mandados - TRF/RS-1999 - FCC)Em relação aos princípios básicos da Administração Pública, é INCORRETO afirmar que o da : (A) razoabilidade significa que a Administração deve agir com bom senso e de modo proporcional. (B) autotutela significa que a Administração controla os seus próprios atos através da anulação e da revogação. (C) indisponibilidade consiste no poder da Administração de revogar ou anular seus atos irregulares, inoportunos ou ilegais. (D) impessoalidade significa que a Administração deve servir a todos, sem preferências ou aversões pessoais ou partidárias. RESPOSTAS 01. E 11. C 02. A 12. A 03. E 13. A 04. D 14. E 05. B 15. C 06. B 16. 07. A 17. 08. D 18. 09. E 19. 10. D 20.

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