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iteratura O Barroco português 1580-1756

Barroco português

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Page 1: Barroco português

LiteraturaO Barroco português

1580-1756

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Momento histórico

• O Rei da Espanha, Filipe II, realizou a integração de Portugal ao império espanhol, após dois anos de disputas pela sucessão de D. Sebastião, desaparecido na Batalha de Alcácer Quibir.

• Declínio comercial e naval do reino mesmo com as exportações do açúcar brasileiro;

• Mito do sebastianismo;

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• Perda de colônias orientais e de parte do território brasileiro;

• Em 1640, após conflito militar, Portugal reconquista sua independência levando ao trono o primeiro rei da dinastia de Bragança: D. João IV;

Momento histórico

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Momento histórico

• Portugal vive um novo período de riqueza com a descoberta do ouro em Minas Gerais, o que permitiu a D. João V a construção de palácios e templos monumentais;

• Portugal e Espanha tornam-se os baluartes da Contra-reforma;

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Características• Pessimismo;• Desequilíbrio entre a razão e a emoção,

entre a fé e a razão, antropocentrismo e teocentrismo, mundo material e mundo espiritual;

• Dualidade; contradição;• Tendência à ilusão (fuga a realidade

objetiva, subjetivismo)• Tendência à alusão (descrição indireta);• Predomínio de figuras como a metáfora,

a antítese, o paradoxo, a hipérbole, o hipérbato;

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CaracterísticasTendências do Barroco literário• Cultismo: também chamado de

Gongorismo, devido ao seu maior representante, o poeta espanhol D. Luís de Góngora, consiste na valorização da forma do texto e procura enfatizar a expressividade deste através do uso (e abuso) das figuras de linguagem.

• Conceptismo: enfatiza o plano das ideias do texto, e procura ressaltá-las, evidenciando-as e as tornando o mais claras possível; O espanhol D. Francisco de Quevedo é o mais influente autor desse estilo;

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Pe. Antônio Vieira (1608-1697)“Devemos dar muitas graças a Deus por fazer este homem católico, porque se não o fosse poderia dar muito cuidado a Igreja de Deus”• Nasceu em Lisboa, mas com apenas seis anos de

idade mudou-se com a família para a Bahia;• Sua ação foi decisiva para a promulgação da “Lei

da Liberdade dos Índios”, em 1655;• Foi perseguido pela inquisição, que cassou-lhe a

palavra em 1667.• Depois de anos em Roma conseguiu a isenção da

inquisição, concedida por Clemente X• Seus últimos anos foram vividos na Bahia, onde

organizou suas obras para publicação;• Morreu em Salvador em 18 de julho de 1697.

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Pe. Antônio Vieira (1608-1697)Suas principais obras são:• Sermões (perto de 200, organizados em 16

volumes);• Cartas (cerca de 500, publicadas em 3

volumes)Postumamente:• História do futuro;• Esperanças de Portugal;Estilo:• Conceptista;• Obtém efeitos extraordinários sem exageros

sintáticos ou rebuscamentos metafóricos;• Discurso engenhoso, inventivo, original, sem

ser pedante e obscuro;

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O Sermão da Sexagésima1. Exórdio ou introdução:• O tema do Sermão da Sexagésima é a Parábola

do semeador, tirada do Evangelho segundo São Lucas.

• Na exposição, Vieira pergunta: “se a palavra de Deus é tão poderosa; se apalavra de Deus tem hoje tantos pregadores, por que não vemos hoje nenhum fruto da palavra de Deus?” E explica que: “Esta tão grande e tão importante dúvida será a matéria do sermão”.

2. Na demonstração, examina todas as possíveis causas da ineficiência dos sermões. A culpa seria ou de Deus, ou dos ouvintes, ou do pregador. Depois de eliminar as duas primeiras possibilidades; conclui que a culpa é do pregador.

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O Sermão da SexagésimaAo analisar o estilo, Vieira faz uma

crítica veemente ao Cultismo, que considera afetado e obscuro.3. Vieira diz na conclusão: “Semen est verbum Dei. Sabeis, cristãos, a causa por que se faz hoje tão pouco fruto com tantas pregações? É porque as palavras dos pregadores são palavras, mas não são palavras de Deus”.