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“BRIÓFITAS” Waldir Miron Berbel Filho

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“BRIÓFITAS”

Waldir Miron Berbel Filho

ORIGEM DAS PLANTAS TERRESTRES

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QUE TIPOS DE MODIFICAÇÕES SERIAM NECESSÁRIAS PARA COLONIZAÇÃO VEGETAL DO AMBIENTE TERRESTRE?

ORIGEM DAS PLANTAS TERRESTRES

Aparecimento de adaptações que tornaram os vegetais progressivamente mais independentes do meio aquático em níveis morfológicos, bioquímicos, fisiológicos e reprodutivos

ORIGEM DAS PLANTAS TERRESTRES

ORIGENS DAS PLANTAS TERRESTRES - Necessidade para sobrevivência no ambiente terrestre está relacionada à redução da perda de água por evaporação. Várias adaptações podem ser encontradas nas plantas, com essa função: ● Epiderme e cutícula (impermeabilização) ● Poros e câmaras aeríferas (trocas gasosas) ● Rizóides e raízes (absorção e fixação)

- Surgiram também adaptações dos elementos reprodutivos passando a serem protegidos por um envoltório de células vegetativas;

ORIGENS DAS PLANTAS TERRESTRES

ORIGEM DAS PLANTAS Algas Carofíceas/

Carófitas

Coleochaetales Charales

COLEOCHAETALES - Ordens de carófícieas com fragmoplasto durante citocinese; -  Crescimento apical e periférico;

-  Crescem em superfícies de rochas ou submersas em plantas de água doce;

-  Oogamia,

CHARALES -  Crescimento apical; -  Talo diferenciado em regiões nodais e internodais; -  Anterozóides similares aos das briófitas; -  Zigotos com espropolenina;

RELAÇÕES ENTRE CARÓFITAS E PLANTAS TERRESTRES

o  Cloroplastos em grana; o  Células móveis assimétricas com flagelos laterais; o  Fragmoplasto; o  Perda do envoltório nuclear durante a mitose; o  Reprodução por oosfera fecundada por um anterozóide

biflagelado;

RELAÇÕES ENTRE BRIÓFITAS E PLANTAS VASCULARES - Gametângios masculinos (anterídios) e femininos (arquegônios) com envoltório; -  Retenção do zigoto e esporófito jovem dentro do arquegônio;

-  Esporófito diplóide multicelular;

- Esporângios envoltos por células estéreis;

-  Esporos contendo esporopolenina;

-  Tecidos produzidos por um meristema apical;

-  Matotrofia (“retenção do embrião com alimento derivado da mãe”)

O QUE SÃO BRIÓFITAS?

- Consideradas as plantas mais primitivas, compreendem cerca de 23 mil espécies distribuídas nos mais variados habitats - Plantas pequenas avasculares (hidróides e leptóides); -  Cortéx superior semelhante a cutícula;

-  Geração heteromófica com esporófito dependente do gametófito;

-  Gametófitos talosos ou folhosos;

O QUE SÃO BRIÓFITAS?

-  Gametófito maior e de vida livre (diferença das plantas vasculares)

-  Esporófito com único esporângio terminal;

-  Gametófitos com rizóides; -  Distribuídas em três filos: Hepatophyta,

Anthocerophyta e Bryophyta;

GAMETÓFITOS TALOSOS

- Gametófitos aplanados não diferenciados em fílidios e caulídios (hepáticas talosas e antóceros)

GAMETÓFITOS TALOSOS

GAMETÓFITOS FOLHOSOS

- Gametófito com caulídios e filídios (hepáticas folhosas e musgos)

ESTRUTURA E REPRODUÇÃO COMPARADA

- Poros análogos aos estômatos; - Camada superficial semelhante a cutícula; -  Rizóides responsáveis apenas pela fixação;

-  Absorção feita pelos gametófitos;

-  Plasmodesmos com desmotúbulos; - Plastídeos em grana;

-  Reprodução assexuada: Fragmentação: Partes do tecido formam

um gametófito completo; Gemas: Corpos multicelulares que geram

novos gametófitos

REPRODUÇÃO

CICLO DE VIDA

1.

-  Protonemas: Gametófitos iniciais em algumas hepáticas e musgos.

-  Esporos diretamente transformados em gametófitos

1.FORMAÇÃO DOS GAMÉTOFITOS

2

2.FORMAÇÃO DOS GAMETÂNGIOS Anterídios (gametângios masculinos):

Anterídio: 1)  Camada de células estéreis: Camada

de células sem capacidade de produção de anterozóides;

2)  Tecido espermatógeno: Cada célula espermatógena forma um anterozóide biflagelado;

3)  Pé: Fixação do esporófito;

Arquegônios (esporófito feminino) 1

2

3

4

Arquegônio: 1)  Arquegônios:Estrutura reprodutiva

feminina, envolve a ooesfera; 2) Pé: Fixação do esporófito; 3) Ooesfera: Gameta feminino; 4) Células do canal do colo ou pescoço:

Canal no qual o anterozóide nada até a o ooesfera;

2.FORMAÇÃO DOS GAMETÂNGIOS

3

3. FECUNDAÇÃO E MATURAÇÃO DO ESPORÓFITO - Anterozóide entra pelo canal do

arquegônio e encontra a oosfera

3. FECUNDAÇÃO E MATURAÇÃO DO ESPORÓFITO

Placenta Pé

Seta

Cápsula

3. FECUNDAÇÃO E MATURAÇÃO DO ESPORÓFITO

4

4. ESPORÓFITO MADURO E LIBERAÇÃO DOS ESPOROS

CICLO DE VIDA

CLASSIFICAÇÃO DAS BRIÓFITAS

CLASSIFICAÇÃO DAS BRIÓFITAS

Briófitas

Hepatophyta Bryophyta

Sphagnidae (musgos-de-

turfeira)

Andreaeidae (musgos-de-

granito) Bryidae (Musgos

verdadeiros)

Anthocerophyta

FILO HEPATOPHYTA

-  Cerca de 6.000 espécies; -  Gametófitos talosos ou folhosos; -  Desenvolvimento do gametófito direto do

esporo; -  Rizóides unicelulares; -  Anterídios e arquegônios superficiais; -  Esporófito reduzido geralmente

aclorofilado; -  Cápsula simples; -  Dispersão por elatérios;

ELATÉRIOS

Eláter movimentos higroscópicos; dispersão;

HEPÁTICAS TALOSAS COMPLEXAS

-  Possuem tecidos diferenciados; -  Riccia, Ricciocarpus e Marchantia -  Marchantia: Gametângios unisexuais

modificados em: Anteridióforos e Arquegonióforos

Anteridióforo Arquegonióforos

HEPÁTICAS FOLHOSAS

-  Abundantes nos trópicos; -  Arranjo foliar distinto dos musgos;

Androdécio: Fílidio modificado abrangendo o anterídio

REPRODUÇÃO ASSEXUADA EM HEPATOPHYTA -  Fragmentação; -  Gemas: Formadas dentro dos

conceptáculos;

FILO ANTHOCEROPHYTA

-  6 gêneros: 100 espécies; -  Cloroplasto único por célula como em

Coleochaete -  Gametófitos em forma de roseta, com

cianobactérias em suas cavidades; -  Esporófito com cápsula alongada e

clorofilada; -  Estômatos -  Deiscência longitudinal da cápsula - 1 ou 2

fendas Presença de pseudo-elatérios;

Estômatos

Esporófitos maduros com valvas

Esporo em desenvolvimento

Esporo maduro

- Zonas de células permanentemente ativas entre o pé e esporângio;

FILO ANTHOCEROPHYTA

Região meristemática

Placenta

FILO BRYOPHYTA

Bryophyta

Sphagnidae

Andreaeidae

Bryidae

Gametófitos folhosos eretos com simetria radial - Rizóides pluricelulares - Vários cloroplastos por célula - Protonema desenvolvido - Maiores representantes de briófitas - -Estômatos no esporófito

SPHAGNIDAE: MUSGOS-DE-TURFEIRA

-  Classe monogenérica: Sphagum -  Cerca de 400 espécies; -  Esporófitos com cápsulas avermelhadas

elevados por um pseudopódio; -  Fragmentação comum: Longos

agregados; -  Abertura explosiva do opérculo; -  Filídios com camadas de células mortas

Pseudopódio

Opérculo

SPHAGNIDAE: MUSGOS-DE-TURFEIRA

Poros para captação de

água nos filídeos, que

são capazes de reter até 20

vezes o peso do corpo!

Cobrem 1% da superfície terrestre; grande influência no ciclo de carbono;

ANDREAEIDAE: MUSGOS-DE-GRANITO

-  Dois gêneros: Andreaea e Anadrearobryum;

-  Regiões árticas ou montanhosas, em cima de rochas graníticas;

Protonema com duas camadas de células;

Esporófitas com valvas sensíveis ao ar;

BRYIDAE: MUSGOS VERDADEIROS

-  Maior n° de espécies; -  Protonemas com fileiras de células

únicas; -  Células especializados para a condução

de água (hidróides) e substâncias orgânicas(leptóides);

BRYIDAE: MUSGOS VERDADEIROS Esporófitos com cloroplasto

Opérculo protegendo o peristômio antes da maturação

Filo Gametófito Esporófito

Hepatohphyta Geração dominante; gêneros talosos e folhosos;rizóides unicelulares;células com muitos cloroplastos, gemas; crescimento por meristema apical.

Pequeno e dependente; menor dos filos, apenas com esporângio ou uma seta curta e esporângio; sem estômatos

Anthocerophyta

Geração dominante; talosos; rizóides unicelulares; cloroplasto único por célula.

Pequeno e dependente; pé e longo esporângio cilíndrico com meristema entre; estômatos; sem tecidos condutores

Bryophyta Geração dominante; rizóides multicelulares; gemas; protonemas com crescimento marginal e apical; algumas espécies com leptóides e hidróides não lignificados.

Pequeno e dependente; pé, seta longa e esporângio em Bryidae; estômatos; leptóides e hidróides não lignificados; substâncias fenólicas na parede das células epidérmicas

IMPORTÂNCIAS ECOLÓGICAS DAS BRIÓFITAS -  Bioindicadores;

-  Recolonizadores de áreas degradadas;

-  Sphagnum: Importância para a agricultura e ciclos biogeoquímicos;

-  Formação de microhabitas, simbiose com cianobactérias;

Formações de briófitas em leitos de rio;

Surgimento de tecidos condutores; Esporófito de vida livre; Lignina verdadeira, entre outras...

Assim continua a história evolutiva das plantas....