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O cepticismo

Cepticismo

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Os argumentos cépticos. Filosofia 11º ano.

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O cepticismo

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O conhecimento é possível?É possível justificar a verdade das nossas crenças?

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O problema da possibilidade do conhecimento é um dos mais importantes da epistemologia...

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Se concluirmos por uma resposta negativa, temos que aceitar que a ciência não tem fundamento...

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Mas, se isso for verdade, como explicamos o progresso tecnológico que caracteriza as sociedades contemporâneas? Se não fosse possível justificar o conhecimento científico, como seria possível o progresso tecnológico?

Na verdade a tecnologia depende da ciência...

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Se concluirmos por uma resposta negativa, temos que aceitar que a ciência não tem fundamento...

De facto, o cepticismo recusa a possibilidade de justificação da verdade de toda e qualquer crença.

Nos nossos dias é fácil refutar o cepticismo radical, uma vez que estamos rodeados de exemplos que o contradizem: se nada fosse possível conhecer, como é que poderíamos ter coisas tão básicas como a energia eléctrica, os computadores pessoais, os telemóveis, a Internet ?

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Cepticismo - Concepção que considera que não é possível alcançar o conhecimento

Skepsis - “Suspensão do juízo”

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Górgias foi o primeiro a postular o cepticismo...

Ao afirmar que:

“1. A verdade não existe.

2. Mesmo que a verdade existisse, não poderia ser conhecida.

3. Mesmo que a verdade pudesse ser conhecida, não poderia ser ensinada.”

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O cepticismo radical foi defendido por Pirro de Élis (c.365-275a.C.).Essa posição ficou conhecida por

pirronismo.

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Argumentos cépticos

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Argumento da divergência de Argumento da divergência de opiniõesopiniões

Se há de facto justificação das nossas crenças, não há divergências relativamente a todos os assuntos. Há divergências relativamente a todos os assuntos. Logo, não há de facto justificação das nossas crenças.

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Objeções ao primeiro argumento

Os cépticos refutam, portanto, a presença da justificação.

Ora, com isto criam um problema: Têm uma ideia justificada.

Afinal, é possível justificar.

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Outra premissa encontrada pelos cépticos é a presença de divergências o que, para eles, torna impossível a defesa universal de qualquer ideia.

Contrariamente ao que os cépticos defendem, é possível haver ideias universais: a Física e a Matemática, por exemplo, são capazes de produzir consensos.

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As divergências de opiniões, segundo os cépticos, são irreversíveis e definitivas. Tal não é verdade.

Existem inúmeros exemplos que contrariam esta tese. Por exemplo, a igualdade de direitos entre homens e mulheres.

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Argumento da Regressão Argumento da Regressão infinitainfinita

A justificação de qualquer crença é inferida de outras crenças.

Se a justificação de qualquer crença é inferida de outras crenças, então dá-se a regressão infinita.

Se há regressão infinita, as nossas crenças não estão justificadas.

Logo, as nossas crenças não estão justificadas.

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Objecções ao argumento da regressão infinita

A possibilidade de duvida tem limites.

Há certezas que se justificam a si mesmas e que servem de base a outras verdades: por exemplo, a soma dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus.

As nossas certezas são proporcionais à nossa condição humana.

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Argumento da Argumento da falibilidade do falibilidade do conhecimento conhecimento sensorialsensorial

(Argumento das (Argumento das ilusões e dos ilusões e dos erros erros perceptivos)perceptivos)

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O conhecimento sensorial engana-nos frequentemente:

Baseando-se nas teorias da percepção, este argumento defende haver uma desconexão entre aquilo que julgamos conhecer e a própria realidade.

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Há ilusões perceptivas que são inevitáveis, tendo em conta como funciona a nossa percepção.Um exemplo retirado da cosmologia dos nossos dias (os cépticos na antiguidade não tinham conhecimento deste fenómeno):Sabemos que há estrelas que são vistas por nós e que podem já não existir, apesar de nós as visualizarmos.

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Da mesma forma, sabemos que a cor de um objecto depende da forma como é atingido pela luz, desencadeando comprimentos de onda que vão condicionar a nossa percepção.

A cores não são, portanto, características físicas dos objectos.

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Contudo, nós temos a noção de que vivemos num mesmo mundo,

o certo é que quando digo «o Diogo é alto», há pessoas que o reconhecem como tal.

Isto é, os meus sentidos captam o que os outros captam e isso já é o bastante para considerarmos que partilhamos um conhecimento sensorial sobre o mundo em que vivemos.

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Isso é suficiente para termos a convicção de que vivemos no mesmo mundo...

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Esta apresentação, em grande parte da sua extensão, baseia-se na seguinte:http://pt.slideshare.net/filosofiaesjs/cepticismo-11027566