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Crise federativa, guerra fiscal e

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Page 1: Crise federativa, guerra fiscal e

Crise

Federativa,

Guerra Fiscal e

“hobbesianism

o Municipal”Marcus André Melo

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Crise Federativa Percepções:

1- O fortalecimento dos níveis subnacionaisde governo é um processo virtuoso que nãosó robustece a democracia, como tambémproduz maior eficiência alocativa no sistemade governo.

2- Os Estados e Municípios são loci declientelismo e ineficiência, sendo que suaautonomização representa fonte deingovernabilidade.

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Crise federativa

A ideia de um setor público centralizadoe intervencionista está efetivamenteassociada à tradição social-democrata,consubstanciando-se no chamadoestado keynesiano de bem-estar socialdo pós-guerra (exceção páisesescandinavos)

Acreditava-se que a centralização erarequisisto para superação de problemascomo desigualdade e pobreza.

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Crise federativa A ideia da descentralização também foi ingrediente

importante do elenco de reformas advogadas porgovernos neoliberais a partir da década de 1980.

Embora as justificativas para as reformasdescentralizantes na última década estejaminformadas fundamentalmente pelo neoliberalismo,no qual, a descentralização é assimilada a ideia dedesmonte do estado central e de redução de suaatividade regulatória e produtiva, o consenso estáancorado num diagnóstico de patologiasinstitucionais encontradas em estruturascentralizadas e nas virtudes econômicas dadecentralização.

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Conceito de descentralização O conceito tem sido desagregado em várias

dimensões, tais como: desconcentração,delegação e devolução.

Devolução- transferência ao nívelintergovernamental de poder decisório sobre asesferas financeira, administrati8va eprogramática.

Desconcentração – mecanismos de transferênciae encargos e tarefas entre unidadesadministrativas ou políticas subnacionais.

Delegação – apenas algum grau de poderdecisório é transferido

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Duas dimensões

complementares

Descentralização enquanto transferência depoder decisório a municípios ou entidades eórgãos locais – tendências democratizantes,participativas e de responsabilização –coalizões social-democratas.

Descentralização como processo demodernização gerencial da gestão pública,em que apenas a questão da eficiência éconsiderada – coalizõesliberais/conservadoras

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Efeitos perversos da

descentralização

- burocracias locais de baixa qualificação oque pode acarretar em perda da eficiênciagerencial nos casos em que as burocraciaslocais não têm capacidade institucional paraprover adequadamente bens e serviçossociais.

Transferência de receitas públicas semresponsabilidades de geração de receitas, oque rompe o vínculo entre benefício(disponibilidade de recursos) e o custo (oônus político e administrativo de gerarreceita).

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Efeitos perversos da

descentralização

Indefinição e ambiguidade quanto àdefinição de competências entre esferasde governo, devido à generalização dascompetências concorrentes.

Perda de capacidade regulatória e deformulação de políticas por parte dogoverno central pelo desmonte deestruturas setoriais descentralizadas erelativamente insuladas da competiçãopolítica

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Efeitos perversos da

descentralização

Descentralização fiscal com transferência deimpostos importantes para o nível de estadose províncias, o que minou a capacidade dogoverno central de levar a cabo políticas deestabilização e reformas fiscais.

Porosidade do governo local em relação aselites locais e provinciais, acarretando maiorcorrupção e clientelismo.

Fragmentação institucional – proliferação demunicipalidades ou entes administrativo.

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Efeitos perversos da

descentralização no Brasil

Neolocalismo – hobbesianismo municipal –disputa entre localidades por investimentosindustriais.

Exclusão social – mendigos expulsos ouimpedidos de entrar em municípios afluentes

Benefícios fiscais e isenções tributárias para asempresas.

Investimentos sociais compensatórios tendema ser pensados como custos e/oudesincentivos a localização de empresas.

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Efeitos perversos do

federalismo fiscal

Proliferação de municípios.

Endividamento de estadose municípios

Prática da renúncia fiscalcom objetivo de atrairmaiores investimentos

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Perda da Qualidade do Gasto

Social

Os governos locais aumentaram

significativamente sua participação na

receita fiscal. No entanto, a excepcional

heterogeneidade dos 5 mil municípios

brasileiros, no plano socioeconômico e no

que se refere à capacidade de gestão das

prefeituras quanto a recursos humanos,

infraestrutura material , tamanho e renda,

constitui-se num impedimento formidável

para a implantação de um modelo único.

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Perda da Qualidade do Gasto

Social

Uma grande parcela desses municípios não

tem condições de organizar isoladamente ou

em consórcio um sistema local de saúde,

salvo com a interveniência dos estados.

Com relação ao SUS, os estados não tiveram

atribuições claramente definidas.

Dificuldades administrativas, informacionais e

técnicas para organização de distritos

sanitários segundo perfis epidemiológicos