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DIRETORIA DE ENSINO DA REGIÃO DE SERTÃOZINHO
• Projeto: “Prevenção Também se Ensina”
FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação da SEE/SP
Adolescência• É preciso fortalecer a presença dos jovens,
não apenas nas nossas ações, mas como “voz”, é importante ouvi-los, ver o que eles têm para dizer – colocá-los dentro dos grupos gestores para apresentarem seus pontos de vista.
• Fala de aluno: “vocês adultos fazem coisas interessantes, mas, façam com a gente”
O que entendemos por:
• Mitos• Sexualidade• Diversidade sexual• Orientação sexual• Identidade de gênero• Papel de gênero
É preciso dominar estas termologias
Mitos
• Relatos simbólicos – passados de geração para geração dentro de um grupo – que narram e explicam a origem de determinado fenômeno - e não são necessariamente verdadeiros
• São as dúvidas e a busca de esclarecimento que permitem desconstruir os mitos
A sexualidade
De acordo com a OMS (1975) • A sexualidade é parte integrante da
personalidade de cada um de nós – a vivência da sexualidade é própria do ser humano – constitui uma dimensão de liberdade humana e está relacionada com a busca do prazer físico e emocional.
A sexualidade
• Aspecto central de nossa personalidade – é por meio dela que nos relacionamos com os outros – amamos, obtemos prazer e nos reproduzimos
• É um processo que se inicia em nosso nascimento e vai até nossa morte
• Envolve – além do nosso corpo: nossa história/nossos costumes/nossa cultura
A sexualidade
• É norteada por normas de gênero – as quais impõem modelos de comportamentos e de atitudes para cada sexo.
• A aprendizagem dessas normas passa por uma ordem que diferencia o masculino e o feminino – reforçando desigualdades e hierarquias entre os gêneros
A sexualidade e sexo são diferentes?
O sexo refere-se: • às características físicas ou anatômicas
que distinguem o macho e a fêmea – remete a questões biológicas de cada pessoa.
O ser humano e a sexualidade
• No ser humano a sexualidade é seu ponto mais conflituoso, controverso e desconhecido.
• Nossa cultura: lida mal, agrava, cria modelos, muitos dos quais pretende encaixar e classificar as pessoas, baseando-se por vezes, apenas no preconceito e na falta de informação, não nos permitindo ser exatamente aquilo que somos ou que poderíamos ser.
O SER HUMANO/DIMENSÕES BÁSICAS
• A biológica• A psicológica• Social
As três são inter-relacionadas e
inseparáveis
QUANTO ÀS DIMENSÕES
• Biológica: Temos um corpo físico que sente, vê e é visto;
• Psicológica: Remete a nossa mente, ao psiquismo, às emoções mais primárias, aos afetos, às fantasias, aos sonhos;
• Social: É o mundo que nos rodeia, povoado de outros seres inseridos na natureza ou naquilo que o homem transformou, como as cidades.
POTENCIALIDADES
Ao nascermos trazemos dentro de
nós três potencialidades a serem
Desenvolvidas.
1. A espontaneidade
2. A criatividade
3. “O fator tele”
A ESPONTANEIDADE
• Capacidade de responder adequadamente a uma situação nova ou dar uma resposta diferente a uma situação antiga.
• Ser espontâneo é estar presente de “corpo e alma” nas relações existentes à nossa volta
A CRIATIVIDADE• É a capacidade que temos de ser criativos,
ou seja, criar algo novo.
“FATOR TELE”Segundo: Jacob Levi Moreno (1889-1974)• É a capacidade de perceber de forma
objetiva o que ocorre nas situações e o que se passa entre as pessoas
• Toda ação pressupõe relação, factual ou simbólica – Toda a relação pressupõe formas de comunicação, logo, ele influi decisivamente sobre a comunicação, pois só nos comunicamos a partir do que podemos perceber.
“FATOR TELE”
Para Moreno:
• Tele é também uma “percepção interna mútua entre dois indivíduos”
• “O fenômeno Tele é a empatia ocorrendo em duas direções”.
Diversidade Sexual
• É a expressão usada para designar as várias formas de expressão da sexualidade humana
Expressão da sexualidade
• A heterossexualidade• A relação sexual ou afetiva sexual com
pessoas do sexo oposto – é apenas uma entre outras formas de sexualidade – legitimou-se amplamente na sociedade – em vista da associação entre sexo e procriação.
Expressão da sexualidade
• A homossexualidade e a bissexualidade• São outras possibilidades• Não existe – só uma possibilidade de
expressão da sexualidade ao longo da vida• É preciso entender a sexualidade em toda
a sua dimensão humana• Perceber que o modelo reprodutivo – que
implica a participação de atores de sexos opostos - é apenas um modelo – não necessariamente o único
Questionar a heterossexualidade
• Como modelo único
• Ir além da polarização homem-mulher e dos padrões de gênero que lhes são tradicionalmente atribuídos
• Aprofundar os conhecimentos das múltiplas facetas da sexualidade.
Orientação sexual/adolescência• Sensação interna – capacidade de
relacionamento amoroso ou sexual com alguém – determina nossa atração sexual por alguém
• Segundo pesquisas científicas – a orientação sexual é construída, psicologicamente na 1ª infância (até os 4 ou 5 anos)
• No entanto – somente na adolescência é possível ter percepção desses sentimentos – que se confirmam na idade adulta.
Papel de gênero
• Nosso comportamento diante das demais pessoas e da sociedade como um todo -
“Um modo de ser” – masculino ou feminino
É preciso haver uma perfeita sintonia entre o que sentimos e nossa maneira de agir – do contrário – surgirá um conflito entre a nossa identidade de gênero e o papel que desempenhamos
O comportamento masculino e o feminino
• São constituídos a partir das prescições e normas estabelecidas pelos indivíduos – pela sociedade – pelo estado – pela cultura
• Podem ser diferentes de uma região para outra – de um estado para o outro – de um país para o outro
• Esse comportamento – forma de agir – é moldado pelas “normas de gênero”
As Normas de Gênero
• Influenciam fortemente o comportamento sexual – estabelecem um modelo dominante de masculinidade e de feminilidade
• O modelo heterossexual de família – baseado numa divisão sexual do trabalho doméstico – ainda é predominante
• As normas de gênero expressam os costumes de um dado momento histórico e por isso podem sofrer mudanças
Identidade de gênero
• Refere-se à experiência interna e individual do gênero de cada pessoa – pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento
• Trata-se da forma que nos vemos e queremos ser vistos – reconhecidos e respeitados – como homens ou como mulheres
Identidade de gênero
• Se estabelece a partir de um processo dinâmico e complexo – envolve aspectos genéticos – culturais e sociais – no qual as pessoas possam se identificar com o masculino ou o feminino – não importando o sexo biológico
• Um exemplo: os transexuais sentem-se como mulher (identidade de gênero) – mas seu comportamento pode ser masculino (papel de gênero)
Travesti
• Homem – sente-se ao mesmo tempo homem e mulher – sabe que é homem – geralmente não pensa em eliminar o órgão sexual - relaciona-se com homens heterossexuais
• Mulher – comporta-se como homem (não rejeita seu corpo de mulher – nem pensam em mudar de sexo) – seu objeto de desejo e amor geralmente é uma mulher – sabem que são mulheres mas sentem-se “quase homens”
Transexuais
• T. Masculinos – (ponto de vista psicológico) – eles são mulheres – têm vergonha de seus órgãos sexuais - buscam a troca
• T. femininas – sentem-se como meninos – mesmo sabendo que são meninas – é possível viverem a vida toda em conflito – como solteironas/religiosas.
A abordagem diversidade sexual com os alunos
• Deve acontecer naturalmente – para esclarecer dúvidas
• Ajudar a desconstruir mitos• Permite interferir em situações de
preconceito – evitando o fortalecimento da homofobia
• Contribui para que os jovens conheçam melhor seus próprios desejos – condição fundamental para que entendam e respeitem o desejo dos outros
A escola – espaço privilegiado• Para se ensinar a praticar o respeito às
diversidades• Falar das questões da diversidade - é algo
que beneficia a escola como m todo – não apenas os/as alunos/as LGBT
• Diz-se: “pra que estudar isso aqui, se não temos LGBT na nossa escola?” – Também não temos esquimós – mas estudamos os diferentes povos do planeta com suas culturas e histórias – aprendemos a respeitá-los
A diversidade – como instrumento pedagógico
• Negar a existência de LGBTs na escola – é também uma forma de negar o respeito àqueles/as que têm orientação sexual diferente da heterossexual.
A diversidade deve ser vista na escola• Como um grande instrumento pedagógico
– capaz de alçar os/as alunos/as a outro nível de compreensão da cidadania – introduzindo uma gama de situações e de sujeitos que ficam muitas vezes à margem do processo educativo por conta dos seus marcadores identitários ( pessoas com idades que não correspondem à série/indígenas/povos do campo e da floresta/deficientes/LGBTs/etc.)
Dados – ENEM (2004-2008)
• 13% dos meninos disseram que ficariam incomodados “se tivessem como parente ou colega de escola ou trabalho uma pessoa homossexual – entre as meninas 4%
• O ano com maior nº de respostas positivas foi 2005 – 16,9% dos meninos e 5,1% das meninas
• O que reforça a necessidade de trabalhar esse tema na escola
Dados – ENEM (2004-2008)
O estudo analisou mais duas perguntas:
1.Você já sofreu discriminação por ser (ou parecer) homossexual?
2.Você já presenciou discriminação contra homossexuais?
Os meninos também são a maioria entre os que afirmaram ter sofrido discriminação.
Já entre os alunos que afirmam ter presenciado episódios de discriminação homofóbica – as meninas são a maioria 67,8%
O convívio
• Os heterossexuais não se tornam homossexuais – travestis ou transexuais somente pela convivência
• Mas é na convivência e na troca de experiência que aprendemos o respeito à diferença e a reconhecer a diversidade humana
• É nesse convívio que também se estabelecem parâmetros de respeito e de proteção à dignidade humana
Não faz sentido• Trabalhar a sexualidade apenas abordando
a heterossexualidade
• A maioria dos/as alunos/as homossexuais não é percebida como tal
• Muitas vezes essa invisibilidade é reforçada pelo modo como o/a educador/a se relaciona com a sala – como enxerga o conjunto de seus alunos
A diversidade sexual – abordagem transversal (dia a dia escolar)
• Os jovens lésbicas-gays-bissexuais-transexuais e travestis reconhecem o preconceito da sociedade em relação a eles/elas e têm medo de perder o respeito dos/as educadores/as e colegas – caso manifestem explicitamente sua orientação sexual
A abordagem dessas questões
• Muitas vezes vale mais do que cumprir esse ou aquele conteúdo – pois garantirá uma maior harmonia na sala de aula e consequentemente um espaço mais propício para a aprendizagem – ampliar a visão de currículo.
Enfrentamento da discriminação
É preciso
Avaliar e rever pré-conceitos em relação:• Às orientações sexuais• Identidade de gênero• Papel de gênero• E à própria sexualidade dos/das jovens• Trabalho pedagógico – (dentro e fora da
sala de aula) – enfrentamento da discriminação
1-Sexismo /2-Racismo
1- Tratamento indigno e desigual que se dá a um determinado gênero – acreditando-se que um sexo vale mais que outro
2- É a convicção de que existe uma relação entre as características físicas hereditárias, como:cor da pele, determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais que fazem com algumas raças sejam superiores às demais.
Homofobia• Intolerância e rejeição por quem demonstra
ou sente atração afetiva e sexual por pessoas do mesmo sexo, ou revela condutas diferenciadas em relação aos padrões tradicionais de gênero
(Transfobia: aversão ou discriminação contra pessoas – transexuais e travestis)
(Lesfobia: Ódio, aversão ou discriminação às lésbicas)
• São incontáveis – os casos de agressões e assassinatos por conta dessa intolerância.
Violência – LGBTT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais)
• Relatório anual – Centro de Justiça Global sobre Direitos Humanos no Brasil (2003)
• Apontou a violência contra os LGBTT – Um dado preocupante – indicativo da violação de direitos humanos
FUNDAMENTAÇÃO• Os onze sexos -Dr. Ronaldo Pamplona –PTE• A adolescência – Contardo calligaris –PTE• Diversidade Sexual – uma metodologia de
trabalho com adolescentes e jovens – Sylvia Cavasin e outros – PTE
• Guia com sugestões de atividades preventivas para a HTPC e sala de aula -PTE