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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR GRAMÁTICA E REDAÇÃO Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

Estudo sintático dos verbos

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  • 1. PR-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR GRAMTICA E REDAO Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br

2. 2006-2008 IESDE Brasil S.A. proibida a reproduo, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorizao por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Produo Projeto e Desenvolvimento Pedaggico Disciplinas Autores Lngua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Mrcio F. Santiago Calixto Rita de Ftima Bezerra Literatura Fbio Dvila Danton Pedro dos Santos Matemtica Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba Costa Fsica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. Saquette Qumica Edson Costa P. da Cruz Fernanda Barbosa Biologia Fernando Pimentel Hlio Apostolo Rogrio Fernandes Histria Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogrio de Sousa Gonalves Vanessa Silva Geografia Duarte A. R. Vieira Enilson F. Venncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer I229 IESDE Brasil S.A. / Pr-vestibular / IESDE Brasil S.A. Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor] 686 p. ISBN: 978-85-387-0572-7 1. Pr-vestibular. 2. Educao. 3. Estudo e Ensino. I. Ttulo. CDD 370.71 Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 3. GRAMTICA Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 4. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 5. 1 EM_V_GRA_010 De que nos vale saber conjugar o verbo se no soubermos empreg-lo corretamente? Precisamos agora pensar mais alm em nosso estudo dessa classe to importante para o usurio da lngua por- tuguesa. Estudaremos ento a sintaxe dos verbos, isto , a maneira como os verbos participam da estrutura da orao. Sintaxe dos modos verbais Usos do modo indicativo O indicativo o modo empregado para indicar propriamente as aes tomadas como certas, dada a atitude do falante em relao ao verbal. Assim, verifica-se o indicativo em oraes regidas por verbos que expressam certeza. Estou certo de que ele um bom aluno. Tenho certeza de que nada de ruim ocorreu. Afirmou que no iria festa. Creio que ele no fez a lio. Usos do modo subjuntivo O subjuntivo o modo empregado para deno- tar as aes tomadas como duvidosas, hipotticas e tambm para denotar o pensamento subjetivo do falante em relao ao verbal. Assim, verifica-se o subjuntivo em oraes regidas por verbos que ex- pressam dvida, hiptese, receio, vontade. Talvez ela no venha. Duvido que ele seja um bom aluno. No estou certo de que algo de ruim tenha ocorrido. Temo que no possa ir festa. Quero que ele faa a lio. O subjuntivo pode ser independente ou subordina- do. O subjuntivo independente regido por advr- bio de dvida (geralmente talvez) ou, ento, caracte- riza uma frase optativa (que expressa desejo). Talvez eles tenham sado. Deus te abenoe! Que o vento te leve em segurana! Caso o subjuntivo no ocorra nesses casos, ele caracteriza uma orao subordinada e dito subjuntivo subordinado. Agora atente ao seguinte fato: nem toda orao subordinada traz o verbo no subjuntivo, mas o subjuntivo, quando no indepen- dente, caracteriza uma orao subordinada. Veja exemplos: Caso eles apaream, avise-me. possvel que ela tenha morrido. Quando voc fizer a lio, estar apto para a prova. Preciso de um carro que corra mais. No havia quem o fizesse desistir. Para que tudo fosse perfeito, ela tomaria as medidas necessrias. Ela saiu da sala, como se estivesse tendo uma crise de asma. Se estivesse mais disposto, dar-lhe-ia uma surra. Aspectos sintticos dos verbos Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 6. 2 EM_V_GRA_010 por isso que se diz que o subjuntivo o modo prprio, caracterstico da orao subordinada. E por isso tambm que em algumas gramticas, como a portuguesa (de Portugal), a italiana e a alem, ele aparece com o nome de conjuntivo, j que a orao subordinada um sintagma conjuncional. Usos do modo imperativo O imperativo o modo empregado para denotar o comando, a ordem, o pedido, o conselho. Ajude-me, por favor! No saia daqui! Vem aqui agora! No fume neste ambiente. Modo indicativo versus modo subjuntivo Dados os contextos especficos para cada uso, verifica-se uma importante analogia entre os tempos do indicativo e os do subjuntivo. COMPARAOINDICATIVOVERSUSSUBJUN- TIVO Tempo Modo indicativo Modo subjuntivo Presente Afirmo que ela estuda. Duvido que ela estude. Pretrito perfeito Afirmo que ela estudou. Duvido que ela tenha estudado. Pretrito imperfeito Afirmei que ela estudava. Duvidei que ela estudasse. Pretrito mais- -que-perfeito Afirmava que ela estudara. (tinha estudado) Duvidava que ela tivesse estudado. Observe que o tempo verbal comum em cada linha. O que muda o modo, apenas. Isso ocorre porque se queremos enunciar uma ao no presente, o tempo ser presente. Mas diante de nossa atitude em relao a essa ao (de certeza ou de dvida, por exemplo), o modo se altera. Sintaxe dos tempos verbais Faremos, agora, o estudo de cada tempo verbal, mas nos concentraremos no modo indicativo, j que no subjuntivo muda apenas a atitude do falante. Presente do indicativo O indicativo denota as aes tomadas como certas. Observe o uso do presente do indicativo em jornais: eles se referem a um fato j acontecido. Divulgao:FolhadeSoPaulo. Usamos o presente do indicativo para nos re- ferirmos a aes que ocorrem no momento da fala: aspecto momentneo do presente. dia 15 de maio. Chove. A temperatura est em 15C. Natal. L fora, as crianas brincam. Tambm usamos o presente do indicativo para indicar aes que se prolongam no tempo e que so sempre tomadas como vlidas: aspecto durativo do presente. O homem no cuida do meio ambiente. A Terra gira em torno do sol. Fora uma grandeza capaz de retirar um corpo de seu estado de equilbrio. A lei no prev isso. Outro uso do presente do indicativo aquele em que indicamos aes que no precisam neces- sariamente ocorrer no momento da fala, mas que acontecem com frequncia: aspecto habitual ou frequentativo. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 7. 3 EM_V_GRA_010 Sou um esportista. Fao jud. Quando algum me agride, uso minha fora e minha inteligncia. No como carne vermelha. Fao bastantes exerccios. Mantenho minha sade. Sempre estudo Geografia. Observe o uso do presente habitual (entro e venho) e do durativo (protege) na tira abaixo. IESDEBrasilS.A. O presente do indicativo tambm usado em narrativas para aproximar o leitor do fato narrado: presente histrico ou narrativo. A mulher estava parada, esperando a chegada do amigo. Um carro para sua frente, ela faz um si- nal, o motorista abre a porta do veculo, e ela entra. A rua fica escura, silenciosa. Tambm se usa o presente do indicativo para substituir o futuro prximo. Amanh parto para Lisboa. Vou l a trabalho. O presente do indicativo tambm se usa como substituto do imperativo. Voc no me esquece os livros, hein? Pretrito imperfeito do indicativo Usamos o pretrito imperfeito para indicarmos aes pretritas no-concludas, isto , que se pro- longam no passado. Assim, quando nos transportamos ao passado e narramos o que ento era presente, fazemos uso desse tempo. Naquela poca, eu saa, danava, bebia, fu- mava, fazia o que me vinha cabea. Cssia Eller era uma tima cantora, mas sua postura em pblico nem sempre agradava a todos. Tambm usamos o imperfeito para indicarmos aes pretritas simultneas. A msica ia aumentando e as pessoas entra- vam no recinto. O imperfeito usado tambm para indicar uma ao que ocorria no pretrito quando outra lhe sobre- veio e a interrompeu. Eu comia um belo espaguete quando mame chegou. Ainda, usa-se o imperfeito para indicar aes passadas durativas. Quando Juliana falava, todos a ouviam. Depois que a noite caa, os jovens dirigiam-se praa. A rua ficava perto da igrejinha onde todos se encontravam. Com outros valores sintticos, o imperfeito substitui o futuro do pretrito. Se eu soubesse disso antes, no falava nada. (falaria) Se a me no a obrigasse, ela no saa de casa. (sairia) Tambm o imperfeito recorrente para situar vagamente os acontecimentos narrativos, com se observa com o verbo ser em sentido existencial no incio das narrativas. Era uma vez um prncipe, que vivia num castelo bem longnquo... Pretrito perfeito do indicativo O pretrito perfeito situa as aes no pretrito de maneira acabada, concluda. Ela procurou o livro por toda a parte. Sa de casa s trs horas. Comi alguns pastis gordurosos e, em segui- da, dormi. Tive pssimos sonhos. Compare-se o uso do perfeito com o imperfeito nos exemplos abaixo. Quando o vi, cumprimentei-o. (perfeito) Quando o via, cumprimentava-o. (imperfeito) Note que, ao passo que o pretrito perfeito tra- duz um aspecto pontual no pretrito, o imperfeito traduz aspecto durativo. tambm interessante notar o efeito de prolongamento na narrativa ao se substituir o perfeito pelo imperfeito. Veja: Olhou o mar e pensou no marido. Naquele momento, sentiu tantas saudades dele... Olhava o mar e pensava no marido. Naquele momento, sentia tantas saudades dele... Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 8. 4 EM_V_GRA_010 O pretrito perfeito composto tem uso diferente do simples. O composto indica a repetio da ao passada concluda. Observe a diferena nas seguintes constru- es: Ela estudou muito este ano. (perfeito simples) Ela tem estudado muito este ano. (perfeito composto) O perfeito composto traz a ao pretrita at o presente, indicando que, apesar de ela j ter estuda- do, continua fazendo essa ao no presente. Pretrito mais-que-perfeito do indicativo O pretrito mais-que-perfeito (tanto em forma simples como em forma composta) situa um aconte- cimento pretrito anterior a outro tambm pretrito. Da seu nome mais-que-perfeito, indicando maior anterioridade que o perfeito. Suponhamos, por exem- plo, que tenhamos os seguintes fatos: A esposa de Pedro1) encontrou o livro que ele tanto procurava. Pedro2) chegou do trabalho. Suponhamos que quando se deu a ao 2, a ao 1 j tivesse ocorrido. Faramos a seguinte localizao temporal: Quando Pedro chegou do trabalho, sua esposa j encontrara o livro que ele tanto procurava. O mais-que-perfeito indica, portanto, essa an- terioridade pretrita. Veja outros exemplos: A esposa tornara-se to ciumenta, que Praxe- des deixou de sair com os amigos. Mijardina encontrara os amigos, pouco antes de sofrer o grave acidente. Voltei para parabeniz-lo, mas o homem tinha sofrido um ataque cardaco. Quando cheguei ao colgio, a mulher j havia ido embora. O pretrito mais-que-perfeito tambm substitui o futuro do pretrito do indicativo. Mais um olhar daqueles e beijara a amante em frente de todos. (beijaria) Ainda, o mais-que-perfeito empregado no lugar do imperfeito do subjuntivo. Pudera eu toc-la, senti-la em meus braos... (pudesse) Futuro do presente do indicativo O futuro do presente indica as aes que devem ocorrer aps o momento da fala. As aulas tero incio aps o almoo. Farei o trabalho hoje. Entretanto, comum tambm seu uso como indicador de dvidas em relao ao que se afirma. Nesse caso, seu valor temporal de futuro atenuado ou at inexistente. Serei eu o homem que ela busca? Ser que ele morreu? Tambm comum seu uso como substituto do imperativo. Fars o trabalho agora, no irs festa e ficars em casa por toda a semana. No matars. Em narrativas, seu emprego tambm se d como indicador de futuro em relao ao fato narrado ge- ralmente no presente histrico. Juvenaldo nasce em 1910, mas apenas dez anos depois seus pais o registraro. O futuro composto associado ideia de ante- rioridade, isto , indica uma ao futura anterior outra, tambm futura. Veja os exemplos: Quando chegares amanh, eu j terei partido. No ters terminado o trabalho, quando derem as trs horas. Terei morrido antes de ver meus filhos cres- cidos. Tambm se usa o futuro composto para indicar dvida em relao ao que se afirma. Ter ele tido um ataque do corao? Ela no veio ter o marido batido nela no- vamente? Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 9. 5 EM_V_GRA_010 Divulgao:WarnerHomeVideo. Cartaz do filme: O que ter acontecido a Baby Jane? Note o futuro composto do presente do indicativo expressando dvida. O futuro do presente comumente substitudo por locues verbais, como aquelas com o verbo ha- ver (no presente) e o verbo ir (no presente). Hei de tornar-me um escritor. Vou dar-lhe um timo presente. Deve-se, entretanto, evitar o uso do verbo ir no futuro seguido de infinitivo, construo considerada viciosa. Irei falar com a diretora amanh. Prefira, em textos formais, a construo: Falarei com a diretora amanh. No h problemas, porm, em situaes de menos formalidade, o uso da locuo verbal, desde que com o verbo ir no presente: Vou falar com a diretora amanh. Observe este exemplo extrado do texto de Verissimo. Mas no vou dar aos meus difamadores a satisfao de reconhecer a pseudoirregula- ridade. Futuro do pretrito do indicativo O futuro do pretrito indica uma ao que se pro- cessa aps outra ao passada. Quando voc o deixasse, ele encontraria outra mulher. Ao trmino de minhas palavras, chorarias bastante. Aps se dedicar tanto ao emprego, a famlia seria sua vida. Tambm empregado com carga de dvida, tanto na forma simples como na composta. Seria aquele o novo professor? De acordo com o promotor, o ru teria sado de casa s dez. A oposio simples versus composto para o futuro do pretrito ntida nas sentenas condiciona- das. O futuro do pretrito composto sempre aparece associado a eventos impossveis. Se ela viesse, faramos uma grande festa. Se ela tivesse vindo, teramos feito uma grande festa. Veja, agora, essa comparao entre o futuro do presente que denota posterioridade em relao ao presente e o futuro do pretrito que denota posterioridade em relao ao pretrito. Se ela vier, faremos uma grande festa. Se ela viesse, faramos uma grande festa. O futuro do pretrito tambm substitudo por locues verbais com o verbo ir (no imperfeito) seguido de infinitivo. Ia sair cedo, se tivesse acordado s seis. Deve-se, entretanto, evitar o uso do verbo ir no futuro do pretrito seguido de infinitivo, construo considerada viciosa. Iria sair cedo, se tivesse acordado s seis. Prefira, em textos formais, a construo: Sairia cedo, se tivesse acordado s seis. Predicao verbal O verbo determina a estrutura frasal. Chama- mos de predicao verbal a relao estabelecida entre o verbo e os demais termos da orao que a ele se ligam. Quanto predicao verbal, os verbos podem ser: relacionais ou de ligao; nocionais, os quais se subdividem em tran- sitivos e intransitivos. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 10. 6 EM_V_GRA_010 Verbos relacionais ou de ligao Os verbos relacionais so aqueles que relacio- nam dois sintagmas atribuindo um ao outro. So os verbos puros da lngua. Normalmente, so estu- dados como verbos desprovidos de contedo signi- ficativo de ao. Ligam sempre o sujeito (ser sobre o qual se deseja afirmar algo) a um predicativo do sujeito (atributo conferido ao sujeito). Pedro estudioso. Pedro era engenheiro civil. Pedro um bom profissional. O verbo de ligao (VL) por definio ser. Os outros s o so como variantes aspectuais de ser. Assim, ao passo que ser relaciona predicativo e sujeito sob o aspecto de relao intrnseca o predi- cativo inerente ao ser os demais podem indicar: Aspecto transitrio: estar Pedro estava triste. Aspecto permanente: ficar, permanecer, continuar... Pedro ficou calado. Pedro continua calado. Pedro permaneceu imvel. Aspecto incoativo (de incio, de mudana de estado): tornar-se, ficar, virar... Pedro ficou vermelho. Pedro tornou-se arquiteto. Pedro virou uma fera. Aspecto aparente: parecer Pedro parecia uma tima pessoa. Observe um exemplo extrado do texto. O cinismo dessa gente ilimitado. Conceito de complemento circunstancial Complemento circunstancial (CC) ou circuns- tante um elemento que modifica o verbo atribuindo ao verbal uma circunstncia. Essa circunstncia pode ser de modo, de tempo, de lugar, de dvida, de concesso, de negao, entre outras. O conceito de circunstancial bastante til na anlise da predicao verbal, porque, se os despre- zarmos na anlise sinttica, reduziremos a frase a uma estrutura mnima que nos informar a predica- o do verbo. Chegou ao colgio. (CC de lugar) Ele no veio. (CC de negao) Talvez ele venha. (CC de dvida) O conceito de circunstante do verbo ope-se ao de actante do verbo, o que veremos em seguida. Verbos nocionais Verbos nocionais so aqueles que trazem em si uma noo de significao interna que acrescenta informao relao entre os sintagmas. Os verbos nocionais podem ser transitivos ou intransitivos. Esses nomes vm do fato de que, antigamente, ape- nas os transitivos transitavam da voz ativa para a voz passiva, o que no serve hoje para diferenci-los em termos de nomenclatura. Veja a diferena entre um verbo relacional e um nocional. VERBO RELACIONAL Jos meu pai. Jos meu pai. VERBO NOCIONAL Jos conheceu meu pai. Jos meu pai. O verbo relacional (de ligao) indica a asso- ciao entre as ideias expressas nos sintagmas no- minais Jos e meu pai como pertinente. Assim, dizemos que a informao meu irmo pertinente, conveniente a Jos. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 11. 7 EM_V_GRA_010 O verbo nocional de nosso exemplo indica a ao partindo de determinado ser Jos e recaindo no objeto meu irmo. importante que notemos tambm que h ver- bos que no so relacionais sempre. Veja: VERBO RELACIONAL Jos est cansado. Jos cansado. VERBO NOCIONAL Jos est no escritrio. Jos no escritrio. O verbo estar relaciona Jos a cansado no primeiro exemplo, indicando que a informao cansado um estado provisrio do sujeito. Mas, no segundo exemplo, o verbo estar no mais relaciona Jos a um atributo dele: ele situa esse ser num lugar. No primeiro caso, relacional; no segundo, nocional. Verbos transitivos (incompletos) Verbos transitivos so os que necessitam de complemento de sentido. Podem ser transitivos di- retos, indiretos ou diretos e indiretos. Nas anlises abaixo, chamaremos de sujeito (suj.) o ser que conjuga o verbo, o ser sobre o qual a declarao verbal feita. Verbos transitivos diretos (VTD) so os que se ligam ao complemento de sentido sem a obriga- toriedade de uma preposio. Seu complemento de sentido chamado objeto direto. Juliana encontrou meu livro. sujeito (SN) VTD objeto direto (SN) O verbo encontrar pressupe um sintagma que indique quem realiza a ao (sujeito) e o que encontrado (objeto). Esses termos, que atuam no verbo, so chamados actantes. Em cada contexto, o verbo pedir determinado nmero, limitado de actantes. Note tambm que, na ligao do verbo com o objeto, no ocorre a obrigatoriedade do uso da pre- posio. Por isso, o verbo transitivo DIRETO. Veja mais exemplos (entre parnteses, note os actantes do verbo): Ele fez todos os exerccios. (ALGUM fazer ALGO) O professor me viu. (ALGUM ver ALGO) Euocumprimentei.(ALGUMcumprimentar ALGUM) Verbos transitivos indiretos (VTI) so os que se ligam ao complemento de sentido com a obriga- toriedade de uma preposio. Seu complemento de sentido chamado objeto indireto. Lembre-se sempre de que o verbo que exige a preposio. Juliana precisou de meu livro. sujeito (SN) VTI objeto indireto (SN) O verbo precisar pressupe dois actantes: um sintagma que indique quem realiza a ao (sujeito) e qual o alvo da ao (objeto), isto , o que precisa- do. Note-se que, na ligao do verbo com o objeto, ocorre a obrigatoriedade do uso da preposio (pre- cisar de). Por isso, o verbo transitivo INDIRETO. Veja mais exemplos: Ele concordou comigo. (ALGUM concordar com ALGUM) Discordei de tudo. (ALGUM discordar de ALGO) Isto convm a eles. (ALGO convir a AL- GUM) Verbos transitivos diretos e indiretos (VTDI) so os que so, ao mesmo tempo, VTD e VTI, ou seja, pedem dois complementos de sentido: um direto, outro indireto. Eu emprestei a Juliana meu livro sujeito (SN) VTI objeto indireto (SN) objeto direto (SN) O verbo emprestar pressupe trs actantes: um sintagma que indique quem realiza a ao (su- jeito), outro que indique o que emprestado (objeto direto) e outro que indique a quem que se empresta (objeto indireto). Isto porque algum (actante 1 su- jeito) empresta (verbo) algo (actante 2 objeto direto) a algum (actante 3 objeto indireto). Por isso, o verbo transitivo DIRETO E INDIRETO. Dei a nota aos alunos. (ALGUM dar a AL- GUM ALGO) Preferi o livro revista. (ALGUM preferir a ALGO ALGO) Entreguei-lhes o carro. (ALGUM entregar a ALGUM ALGO) Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 12. 8 EM_V_GRA_010 Verbos intransitivos (completos) Verbos intransitivos (VI) so os que no neces- sitam de complemento de sentido. Juliana saiu. sujeito (SN) VI Entretanto, h verbos classificados como intran- sitivos que exigem circunstantes. Veja exemplos: Juliana saiu de casa. (de casa CC de lugar) Juliana chegou ao colgio. (ao colgio CC de lugar) Juliana falou sobre o ru. (sobre o ru CC de assunto) Importante notar que os termos de casa, ao colgio e sobre o ru denotam circunstncias ao verbo e, por isso, no so seus actantes. Observe os verbos da tira abaixo. IESDEBrsailS.A. Nessa tira vou fazer locuo verbal transiti- va direta; sacou intransitivo; ficou de ligao; tinha visto locuo verbal transitiva direta; falar e cuspindo so intransitivos. Aprofundamento predicao verbal Vamos retomar as ideias de predicao verbal, j que esse assunto importantssimo para a anlise sinttica. Se identificarmos os circunstantes numa orao que estamos analisando e os desprezarmos, a ora- o assume configuraes, estruturas-padro. Se o verbo for de ligao, ele no dar contedo significativo de ao verbal orao. Dever, neces- sariamente, ligar um sujeito a um predicativo. Vamos reduzir a orao seguinte configurao: SN (sujeito) VL Predicativo Exemplo:`` Ela no estava feliz ontem. Retirando os circunstantes no (negao) e ontem (tempo) chegamos estrutura Ela estava feliz, que preenche as condies estruturais do esquema acima. Se o verbo for transitivo direto, reduziremos a seguinte estrutura: SN (sujeito) VL Objeto Direto Exemplo:`` Eu no encontrei Maria no colgio. Retirando os circunstantes no e no colgio (lugar), chegamos estrutura Eu encontrei Maria, que respeita as condies estruturais do esquema dos VTDs. Se o verbo for transitivo indireto, reduziremos seguinte estrutura. prep. SN (sujeito) VTI Objeto Indireto Se for transitivo direto e indireto, estrutura seguinte: SN (sujeito) VTDI Objeto Direto Objeto Indireto prep. Se for intransitivo, reduziremos seguinte es- trutura: SN (sujeito) VI Assim, no faremos confuso em anlises de sentenas como: Ela estava em casa. Se em casa circunstancial de lugar, o verbo s pode ser intransitivo daqueles que pedem cir- cunstancial. Os verbos de ligao mais comuns so ser, estar, permanecer, ficar, continuar, andar, tornar- se. Isso no significa que sero sempre verbos de ligao. H duas exigncias para que um verbo tenha tal predicao: Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 13. 9 EM_V_GRA_010 No pode ter contedo significativo de ao1) verbal. Deve estar necessariamente ligando o sujeito2) a um predicativo desse sujeito. Um mesmo verbo pode apresentar predica-1) es distintas dependendo do contexto em que aparece. Florisbela estava cansada. Suj. VL Pred. do Suj. Florisbela estava no colgio. Suj. VI CC de lugar Juara falava. (VI) Juara falava a todos. (VTI) Juara falava vrias coisas. (VTD) Juara falava a todos vrias coisas. (VTDI) Juara falava sobre tudo. (VI) CC de assunto. Observe que o verbo comprar transitivo em Eu comprei um relgio, mas observe o anncio abaixo. Voc consegue ver o objeto direto? Ele faz falta neste caso? Comprou, chegou. Divulgao:Correios. Nem todo verbo que liga sujeito a predicativo2) de ligao. Carla estava preocupada. (VL) Carla chegou preocupada. (VI) Note que ambos os verbos ligam o sujeito (Carla) ao predicativo (preocupada), mas o segundo no- cional, isto , traduz noo de significado chegar pressupe ao verbal. Por vezes, o sujeito aparece elptico, isto ,3) sabe-se quem o sujeito, mas ele no vem expresso. Encontrei muitas mulheres na casa de Pedro. VTD OD CC Veja que o sujeito existe (EU que encontrei), mas no aparece expresso na frase. Lembrando que pronomes substantivos4) ocupam o lugar do substantivo, o objeto pode vir, tambm, representado por pronome pessoal. Encontrei-os na festa. (os = eles objeto direto) Dei-lhe a bolsa. (lhe = a ele(a) objeto indi- reto) Os pronomes pessoais5) o, a, os e as so, por natureza, objeto direto. Os pronomes lhe e lhes so, por sua vez, objeto indireto. Eu no o vi. Eu a amo. Eu lhe entreguei os livros. Os pronomes6) me, te, se, nos e vos podem figurar tanto como objeto direto quanto como objeto indireto. a predicao do verbo que nos permite classific-los sintaticamente como um ou como outro. Viu-me e no me disse nada. VER = VTD me objeto direto DIZER = VTDI nada objeto direto; me objeto indireto. O objeto indireto s no aparece preposicio-7) nado quando representado por pronome pes- soal (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes, comigo, contigo...). Ela me (OI) entregou tudo (OD). O objeto direto pode vir preposicionado.8) Lembre-se de que o verbo que traduz a predicao verbal. Ame a todos os seus amigos. VTD OD Preposicionado O verbo no deixa de ser VTD por ter aparecido a preposio, pois no necessita dela para se ligar a seus complementos. Ame algum. Ame estas pessoas. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 14. 10 EM_V_GRA_010 Trataremos do estudo do objeto direto prepo- sicionado em outra oportunidade. Em textos mais antigos do portugus do9) Brasil, pronomes OD e OI podem sofrer con- trao, gerando formas estranhas, mas perfeitamente corretas, pertencentes ao nvel hiperformal da linguagem, hoje em desuso. Deu a mim o livro. Deu -me o livro. Deu -o a mim. Deu -mo. Esta resposta, no ta posso dar hoje. Exemplo:`` Vamos identificar a predicao que os verbos abaixo destacados assumem. a) Entreguei os livros ao professor ontem, na sala. verbo transitivo direto e indireto Note que os complementos circunstanciais so ontem (tempo) e na sala (lugar). O sujeito eu; os livros o objeto direto; e ao professor, o objeto indireto. b) Ningum comentou nada sobre o ocorrido. verbo transitivo direto O termo sobre o ocorrido complemento circunstancial (assunto); ningum o sujeito; e nada, o objeto direto. c) O professor morreu de cirrose. verbo intransitivo O termo de cirrose complemento circunstancial de causa; o professor o sujeito. d) A mulher e o filho saram cedo de casa. verbo intransitivo Os termos cedo e de casa so complementos cir- cunstanciais, respectivamente, de tempo e de lugar; a mulher e o filho o sujeito. e) Gerusa andava triste devido morte da me. verbo de ligao devido morte da me complemento circunstancial de causa; triste predicativo do sujeito; e o sujeito Gerusa. f) Estava no colgio no momento da exploso. verbo intransitivo no colgio e no momento da exploso so CCs, respectivamente, de lugar e de tempo; o verbo s pode ser intransitivo; note-se que o sujeito descoberto pelo contexto. Isoladamente poderia ser eu, ele, ela, voc... g) Preferiu o livro revista. verbo transitivo direto e indireto o livro objeto direto; revista, objeto indireto; o sujeito est implcito no verbo o contexto diria se ele ou ela, por exemplo. Locuo verbal D-se o nome de locuo verbal ao conjunto de verbos que, em seu conjunto, trazem apenas uma ao verbal. Nesse caso, o verbo que expressa a ao (sempre o ltimo) chamado verbo principal. O verbo auxiliar antecede o principal. s vezes, uma locuo formada por mais de dois verbos. Costumo sair s trs. (ao: sair) Ela havia feito a lio. (ao: fazer) Estrutura da locuo verbal Em locues verbais, o verbo principal sempre aparece em uma forma nominal (infinitivo, gerndio ou particpio), e o auxiliar aparece flexionado. Assim, so quatro as estruturas bsicas de locuo verbal: auxiliar + principal no infinitivo: Devo chegar s trs. Quero ficar aqui. auxiliar + preposio + principal no infi- nitivo: Comeou a chorar de repente. Pare de reclamar. auxiliar + principal no gerndio: Eles estavam fazendo a lio. Continuava saindo noite. auxiliar + principal no particpio: Tinha bebido bastante antes de cometer o crime. Ela foi encontrada morta. Essas estruturas podem se misturar, gerando locues mais complexas. Ele est tentando parar de fumar. (s h uma ao: a de fumar) Outro exemplo: Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 15. 11 EM_V_GRA_010 O corpo deve ter sido encontrado sobre a mesa. (a ao continua sendo uma apenas: a ao de en- contrar) Bastante comuns so as locues de tempos com- postos (ter ou haver + particpio) e as de voz passiva (ser + particpio). Tinha sado s duas. Os dois foram encontrados na rua. Aspectos e modalidades da ao verbal Os verbos auxiliares nas locues verbais geral- mente transmitem aspectos e modalidades da ao. Veja os principais: Aspecto incoativo (incio da ao principal): Comeou a chorar. Ps-se a falar sobre o filho. Aspecto permansivo (de continuidade): Continuou falando. Continuou a falar. Estava jantando. Aspecto conclusivo: Parou de chorar. Deixei de fumar. Verbos modais de possibilidade: Ela no pde vir. Ele deve ser professor. Pode chover amanh. Verbos modais de capacidade: No posso entender Matemtica. No consigo fazer isso. Verbos modais de dever, obrigao: Devo sair agora. Tenho que fazer isso. Verbos modais de tentativa: Tentei encontr-lo. Verbos modais volitivos (de vontade): Quero ficar aqui. Desejo saber tudo. Verbos modais de aparncia: Ele parece gostar de uvas. Sintaxe da locuo verbal Na locuo verbal, quem determina a sintaxe o verbo principal; quem se flexiona em modo, tempo, nmero e pessoa o auxiliar. Assim, nos exemplos abaixo, quem determina a predicao da locuo verbal o verbo principal. Quero sair agora. (locuo verbal intransi- tiva) Ela comeou a dizer palavras fortes. (locuo verbal transitiva direta) Eles deviam ser amigos. (locuo verbal de ligao) Vozes verbais A voz verbal leva em considerao o papel do sujeito diante da ao verbal. Quando o sujeito re- aliza a ao expressa pelo verbo, diz-se que h voz ativa. Quando sofre essa ao, voz passiva. E quando realiza a ao e sofre esta ao ao mesmo tempo, voz reflexiva. Note-se: O cientista matou a mulher. (voz ativa) A mulher foi morta pelo cientista. (voz pas- siva) O cientista matou-se. (voz reflexiva) A voz passiva pode ser analtica (verbal) ou sinttica (pronominal). Voz passiva Voz passiva analtica ou verbal A voz passiva analtica feita com o uso de um verbo auxiliar (geralmente o verbo ser) e o particpio passado do verbo que se deseja levar passiva. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 16. 12 EM_V_GRA_010 Exemplo 1 (verbo transitivo direto) A mulher encontrou as flores. sujeito agente VTD OD As flores foram encontradas pela mulher. Sujeito pa- ciente LV (passiva) VTD agente da passiva Exemplo 2 (verbo transitivo direto e indire- to) A mulher deu as flores ao marido. sujeito agente VTDI OD OI As flores foram dadas pela mulher ao marido. sujeito paciente LV (passiva) VTDI agente da passiva OI 1. Um verbo, para passar da forma ativa passiva, deve ter objeto direto (que se transfor- mar no sujeito paciente). Assim, VTDs e VTDIs se flexionam na passiva; os demais no. 2. A voz passiva analtica constri-se com o verbo ser (auxiliar) e o particpio passado do verbo principal. 3. O sujeito agente da ativa torna-se agente da passiva. 4. O objeto direto da ativa torna-se sujeito na voz passiva. 5. O objeto indireto da ativa, se o verbo for VTDI, no sofrer mudanas. 6. Na ativa, o sujeito o termo agente (que realiza a ao). 7. Na passiva, o sujeito o termo paciente (que sofre a ao). 8. O agente da voz ativa o mesmo agente da voz passiva: o que muda o nome da funo sinttica. O mesmo vale para o paciente. 1. Faz-se, ainda, a voz passiva com os verbos estar e ficar. A rua foi tomada de pessoas. (voz passiva analtica de ao) A rua est tomada de pessoas. (voz passiva analtica de estado) A rua ficou tomada de pessoas. (voz passiva analtica de estado) 2. H tambm a construo passiva com os verbos ire vir (voz passiva de movimen- to). Porcincula ia abraada pelo namorado. Porcincula vinha cercada de admiradores. 3. Se o agente da passiva no vier expresso, na passagem para a ativa, o sujeito ficar indeterminado. Este terreno vendido ??? sujeito paciente LV (passiva) VTD agente da passiva ??? Vendem este terreno. sujeito indetermina- do VTD OD Observe o seguinte trecho do texto: A corte eclesistica era dominada pelos nepotes. Passando-o para a ativa, temos: Os nepotes dominavam a corte ecle- sistica. Voz passiva sinttica ou pronominal A voz passiva sinttica construda asso- ciando-se o verbo partcula apassivadora se. Observe-se este exemplo novamente: Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 17. 13 EM_V_GRA_010 Este terreno vendido ??? sujeito paciente LV (passiva) VTD agente da passiva ??? Vendem este terreno. sujeito indetermina- do VTD OD Nesse caso, excluindo-se o agente da passiva, h outra construo passiva possvel. Vende-se este terreno. = Este terreno vendido. VTD sujeito paciente sujeito paciente LV (VTD) se: partcula apassivadora ou pronome apas- sivador Vendem-se estes terrenos. = Estes terrenos so vendidos. VTD sujeito paciente sujeito paciente LV (VTD) Outros exemplos: Deram-se os livros quele aluno. No se encontram mais brinquedos como antigamente. Compraram-se todos aqueles livros. No se disseram palavras duras naquele discurso. No se fez nada. No se deve confundir a construo do se apassivador (PA) com a do se ndice de indeter- minao do sujeito (IIS). Neste ltimo caso o verbo fica na 3. pessoa do singular, sempre. Precisa-se de secretria. (se IIS) Precisam-se de secretrias. (se IIS) Contrata-se secretria. (se PA) Contratam-se secretrias. (se PA) Faamos uma simplificao que, ao momento, pode ser bastante til. VTD e VTDI podem ir para a voz passiva. Quando se ligam ao se, so apassivados e devem concordar com o sujeito. VI, VTI e VL no podem ir para a voz passiva. Quando se ligam ao se, este ndice de indeterminao do sujeito, e o verbo fica na 3. pessoa do singular. SUJEITO INDETERMINADO Diz-se que o sujeito indeterminado quando existe, mas no pode ser descoberto. No por- tugus, h duas maneiras de se indeterminar o sujeito: uma levar o verbo 3. pessoa do plural sem contexto; outra associar o verbo ao ndice de indeterminao do sujeito se. Mexeram em minhas coisas. Encontraram aquele animal desaparecido. Trabalha-se muito aqui. No se vai a esse tipo de lugar. Voz reflexiva A voz reflexiva ocorre quando o sujeito sofre a mesma ao verbal que pratica. A mulher matou -se. Suj. VTD OD A mulher gosta de si. Suj. VTI OD A mulher deu -se um presente. Suj. VTDI OI OD Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 18. 14 EM_V_GRA_010 Um verbo, para se flexionar na voz reflexiva, deve ser transitivo. Outros exemplos: Chamo-me Gumercinda. Feriste-te com essa tesoura? No nos odiamos a ns mesmos. No nos odiamos um ao outro. Observe o uso da voz reflexiva no trecho abaixo: Mas ela apenas resmungou alguma coisa, virou-se para o outro lado e comeou a dormir, obviamente perplexa. Vozes verbais e locues verbais Quando ocorre locuo verbal, o mesmo racioc- nio que fizemos para as vozes verbais vlido. Ela deve trazer o documento hoje. (voz ativa) O documento deve ser trazido por ela hoje. (voz passiva) Analisemos, porm, o caso da voz passiva sinttica. No se dizem estas palavras. (dizer: VTD + se apassivador verbo concorda com o sujeito estas palavras) No se devem dizer estas palavras. Note-se que, no ltimo caso, o verbo auxiliar que se flexiona para concordar com o sujeito, seguin- do aquilo que o principal faria se estivesse sozinho na orao. Verbos impessoais So aqueles que no tm sujeito. So particula- res, pois, como vimos, o sujeito o ser sobre o qual se faz a declarao verbal. Assim, os verbos impessoais podem at fazer ligao com outros sintagmas, mas o sujeito ser sempre inexistente. aquela em que aparece um verbo impessoal. Nosso estudo sobre esses verbos resume-se a dois pontos fundamentais: Quais so os verbos impessoais?1) Como feita sua concordncia de acordo com2) a norma padro? Verbos impessoais Havera) (nos sentidos de existir ou de aconte- cer). Haverb) , ir e fazer (indicando tempo decorrido). Verbos que indicamc) fenmenos da natureza. Verbos d) chegar (de), bastar (de), passar (de) sem sujeito aparente. e) Ser indicando tempo (hora, data) e distn- cia. Concordncia dos verbos impessoais Os verbos impessoais em (a), (b), (c) e (d) se flexionam apenas na 3. pessoa do singular. O verbo ser, impessoal, concorda com o predicativo (na 3. do singular ou na 3. do plural). Exemplo:`` Havera) versus existir (acontecer) H um gato ali. Existe um gato ali. (um gato: OD) (um gato: sujeito) H uns gatos ali.Existem uns gatos ali. (uns gatos: OD) (uns gatos: sujeito) Note-sequeoverbohaverimpessoal;exis- tir no o , portanto, tem sujeito. Havia um problema. Existia um proble- ma. Havia vrios problemas. Existiam vrios pro- blemas. Haver acidentes na estrada. Acontecero acidentes na estrada. (sujeito) Senohouvesseaquelasguerras,omundoseria totalmente diferente hoje. Se no acontecessemaquelas guerras, o mundo seria totalmente diferente hoje. Deve haver muitas dvidas sobre este assunto. Devem existir muitas dvidas sobre este as- sunto. (sujeito) Vai haver polmica. Vai acontecer polmica. (sujeito) Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 19. 15 EM_V_GRA_010 Haver, fazer e irb) (indicando tempo) Faz um ano que no a vejo. (um ano: OD) Faz dez anos que no a vejo. Conheo-a h dez anos. Havia uns cinco dias desde que ela adoecera. Deve fazer uns mil anos que isso aconteceu. Vai para dez anos que ele morreu. Verbos que indicam fenmeno da nature-c) za. Chove. Trovejou bastante ontem. Est frio. Est uns quinze graus agora. Fez invernos rigorosos naquele ano. Vai chover chuvas fortes esta semana. Chegar de, bastar de e passar de.d) Chega de saudade... Basta de choro! Passava das dez quando ela saiu. Verbo ser impessoale) uma hora. (uma hora: predicativo) So duas horas. Eram dez de agosto. primeiro de julho. dia quinze de maio. So quinze de maio. So quinze quilmetros at l. Devem ser umas dez horas. Obs.: meio-dia e meia. Analise as sentenas abaixo quanto concordncia.1. No podem haver dvidas neste assunto.a) Vo fazer meses que ele no nos visita.b) Existe muitas coisas para fazermos.c) Haver mudanas nesta empresa.d) Daqui at minha casa uns trs quilmetros.e) Agora fazem dez graus em Belo Horizonte.f) Se no nos programssemos, poderia haver muitosg) problemas para resolvermos agora. Os jovens amanheceram cansados.h) Choveram chuvas torrenciais em agosto.i) Choveram canivetes naquele apartamento ontem.j) Ho de chorar por ela.k) Ho de haver muitos alunos nesta turma.l) Soluo:`` No podem haver dvidas neste assunto.a) Locuo verbal poder haver. Quem determina a sintaxe haver; quem se flexiona poder. Sendo haver impessoal no sentido de existir, o auxiliar deve se flexionar na 3.a do singular. A concordncia est inadequada. No pode haver dvidas neste assunto. Vo fazer meses que ele no nos visita.b) Locuo verbal ir fazer. Quem determina a sintaxe fazer; quem se flexiona ir. Sendo fazer im- pessoal indicando tempo decorrido, o auxiliar deve se flexionar na 3.a do singular. A concordncia est inadequada. Vai fazer meses que ele no nos visita. Existe muitas coisas para fazermos.c) Existir no impessoal, portanto, concorda com o sujeito muitas coisas. A concordncia est inade- quada. Existem muitas coisas para fazermos. Haver mudanas nesta empresa.d) Haver impessoal no sentido de existir, portanto, se flexiona concorda na 3.a pessoa do singular. A concordncia est adequada. Daqui at minha casa uns trs quilmetros.e) O verbo ser impessoal indicando distncia, mas uma exceo entre os impessoais, pois concorda com o predicativo uns trs quilmetros. A concordncia est inadequada. Daqui at minha casa so uns trs quilmetros. Agora fazem dez graus em Belo Horizonte.f) Verbos que indicam fenmeno da natureza so im- pessoais e devem concordar na 3.a pessoa do singular. A concordncia est inadequada. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 20. 16 EM_V_GRA_010 Agora faz dez graus em Belo Horizonte. Se no nos programssemos, poderia haver muitosg) problemas para resolvermos agora. Locuo verbal poder haver. Quem determina a sintaxe haver; quem se flexiona poder. Sendo haver impessoal nesse caso, o auxiliar deve se flexionar na 3.a do singular. A concordncia est adequada. Os jovens amanheceram cansados.h) amanhecer no indica fenmeno da natureza nesse caso, por isso no impessoal e deve concordar com o sujeito. A concordncia est adequada. Choveram chuvas torrenciais em agosto.i) chover denota fenmeno da natureza nesse caso, por- tanto, fica na 3.a pessoa do singular. A concordncia est inadequada. Choveu chuvas torrenciais em agosto. Choveram canivetes naquele apartamento ontem.j) Nesse caso, chover no est indicando fenmeno, portanto, no impessoal e deve concordar com seu sujeito canivetes. A concordncia est adequada. Ho de chorar por ela.k) Locuo verbal ho de chorar. Quem determina a sintaxe chorar; quem se flexiona haver. Como chorar no impessoal, o auxiliar deve fazer a con- cordncia na 3.a pessoa do plural, j que o sujeito indeterminado. A concordncia est adequada. Ho de haver muitos alunos nesta turma.l) Locuo verbal ho de haver. Quem determina a sintaxe haver; quem se flexiona haver! Como haver (principal) impessoal, o auxiliar deve se flexionar na 3.a pessoa do singular. A concordncia est inadequada. H de haver muitos alunos nesta turma. 2. (Fuvest) Indique a alternativa correta. Tratavam-se de questes fundamentais.a) Comprou-se terrenos no subrbio.b) Precisam-se de datilgrafas.c) Reformam-se ternos.d) Obedeceram-se aos severos regulamentos.e) Soluo:`` D Na alternativa A, o verbo transitivo indireto, a palavra se ndice de indeterminao do sujeito, e o verbo deve ficar no singular. Na alternativa B, o verbo transitivo direto, a palavra se pronome apassivador, e o verbo deve ficar no plural, concordando com o sujeito (terrenos). Na alternativa C, o verbo transitivo indireto, a palavra se ndice de indeterminao do sujeito, e o verbo deve ficar no singular. Na alternativa D, o verbo transitivo direto, a palavra se pronome apassivador, e o verbo deve ficar no plural, concordando com o sujeito (ternos). A alter- nativa est correta. Na alternativa E, o verbo transitivo indireto, a palavra se ndice de indeterminao do sujeito, e o verbo deve ficar no singular. 3. (Fuvest) ......... dez horas que se .......... iniciado os tra- balhos de apurao dos votos sem que se .......... quais seriam os candidatos vitoriosos. fazia haviam previsse.f) faziam haviam prevesse.g) fazia havia previsse.h) faziam havia previssem.i) fazia haviam prevessem.j) Soluo:`` A O verbo fazer, em sentido impessoal, fica na 3. pessoa do singular. O verbo haver auxiliar e se flexiona de acordo com o sujeito (os trrabalhos). O verbo prever transitivo direto, associa-se ao se apassivador, e o verbo deve ficar no singular, pois o sujeito oracional (quais seriam os candidatos vitoriosos). 4. Leia o texto abaixo, extrado do livro de Machado de Assis, Memrias Pstumas de Brs Cubas. [] e tudo ficou sob a guarda de Dona Plcida, suposta, e, a certos respeitos, verdadeira dona da casa. Custou- lhe muito a aceitar a casa; farejara a inteno, e doa-lhe o ofcio; mas afinal cedeu. Creio que chorava, a princpio: tinha nojo de si mesma. Ao menos, certo que no levantou os olhos para mim durante os primeiros dois meses; falava-me com eles baixos, sria, carrancuda, s vezes triste. Eu queria angari-la, e no me dava por ofendido, tratava-a com carinho e respeito; forcejava por obter-lhe a benevolncia, depois a confiana. Quando obtive a confiana, imaginei uma histria pattica dos meus amores com Virglia, um caso anterior ao casamento, a resistncia do pai, a dureza do marido, e no sei que outros toques de novela. Dona Plcida no rejeitou uma s pgina da novela: aceitou-as todas. Era uma necessidade da conscincia. Ao cabo de seis meses quem nos visse a todos trs juntos diria que Dona Plcida era minha sogra. No fui ingrato; fiz-lhe um peclio de cinco contos, os cinco contos achados em Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 21. 17 EM_V_GRA_010 Botafogo, como um po para a velhice. Dona Plcida agradeceu-me com lgrimas nos olhos, e nunca mais deixou de rezar por mim, todas as noites, diante de uma imagem da Virgem, que tinha no quarto. Foi assim que lhe acabou o nojo. Com base no texto, responda s perguntas seguintes. No segundo perodo, Machado de Assis utiliza umaa) forma verbal em que expressa uma ao passada anterior a outra(s) ao(es) tambm passada(s). Transcreva a forma verbal e indique o tempo e o modo verbais. Que caracterstica marcante da obra de Machadob) de Assis pode ser visualizada nesse trecho no que se refere ao comportamento de Dona Plcida? Soluo:`` farejara: pretrito-mais-que-perfeito do indicativo. Na obra de Machado de Assis, verifica-se bastante a pre- sena da ironia associada crtica social. Nesse trecho, o autor revela que, por suas necessidades materiais, Dona Plcida era forada a agir contra seus sentimentos e valo- res morais: a contragosto ela emprestava a casa para que Brs Cubas e Virglia se encontrassem em segredo. Texto 1 Ponto de vista Luis Fernando Verissimo Avolumam-se, com suspeito sincronismo, as denncias na imprensa sobre a prtica do nepotismo entre os polticos brasileiros. Como um dos atingidos pela nefasta campanha, que visa a denegrir a imagem do servidor pblico no Brasil, a mando de interesses inconfessveis, me senti no dever de responder publicamente s insidiosas insinuaes, na certeza de que assim fazendo estarei defendendo no apenas minha honra apangio maior de uma vida toda ela dedicada causa pblica e tradio familiar que assimilei ainda no colo de meu saudoso pai quando ele era prefeito nomeado da nossa querida Queijadinha do Norte e eu era seu secretrio particular, depois da escola mas tambm a honra de toda uma classe to injustamente vilipendiada, a no ser quando pertence a outro partido, porque a merecido. A imprensa brasileira, em vez de cumprir seu legtimo papel numa sociedade democrtica, que o de dar previso do tempo e o resultado da Loteria, insiste em perscrutar as aes dos polticos, como se estes fossem criminosos comuns, no-qualificados, e em difam-los com mentiras. Ou, em casos de extrema irresponsabilidade e crueldade, com verdades. Outro dia, depois de ler uma reportagem em que um rgo da nossa grande imprensa me fazia acusaes especialmente levianas, virei-me para meu chefe de gabinete e comentei: Querida, por que eles fazem isto comigo? Mas ela apenas resmungou alguma coisa, virou-se para o outro lado e comeou a dormir, obviamente perplexa. As hienas da imprensa no medem as consequncias de suas infmias. Tive que proibir aos meus filhos a leitura de jornais, para poup-los. Como a funo dos quatro no meu gabinete unicamente a de ler jornais e eventualmente recortar algum cupom de desconto, o resultado que passam o dia inteiro sem ter o que fazer e incomodando a av, que serve o cafezinho. No me surpreenderei se algum jornal publicar este fato como exemplo de ociosidade nos gabinetes governamentais custa do contribuinte. O cinismo dessa gente ilimitado. Mas enganam-se as hienas se pensam que me intimidaram. No viro a cara para meus acusadores, embora eles s meream desprezo, mas os enfrento com um olhar lmpido como minha conscincia e um leve sorriso no canto da boca. Minha vida como parlamentar um livro-ponto aberto, imaculadamente branco. Como ministro, no tenho o que esconder. E, mesmo que tivesse, so to fceis de responder que at meu secretrio de imprensa, o Gedeo, casado com a mana Das Mercs, e que um bobalho, poderia se encarregar disto. Mas eu mesmo o farei. No, no vou recorrer a subterfgios e alegar que o nepotismo antigo como o mundo, existe desde os tempos bblicos e est mesmo nas origens do cristianismo. Quando Deus Todo Poderoso, quis mandar um salvador para a Terra, quem foi que escolheu? Um filho! Nem vou responder infmia com a razo, denunciando a hipocrisia. Vivemos numa sociedade que d o mais alto valor lealdade e aos sentimentos de famlia. Enaltecemos o bom filho, o bom pai, o bom marido (e o bom cunhado, como acaba de me lembrar o Gedeo, aqui do lado), e no entanto esperamos que o poltico, abjetamente, deixe de dar um emprego para algum do seu sangue e d para o parente de outro. s vezes um completo estranho, cuja nica credencial ser competente ou ter passado num concurso. Tambm no vou usar o argumento do pragmatismo, perguntando o que melhor para a nao, o governante ser obrigado a roubar para sustentar um bando de desocupados como a famlia da minha mulher ou transferir os encargos para os cofres pblicos, com suas verbas dotadas, e regularizar a situao? Neste caso, o nepotismo profundamente moralizante. Com a vantagem de estarmos proporcionando a um vagabundo treinamento no emprego. Meu menino mais velho, por exemplo, poderia ocupar a cadeira de ministro do Estado Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 22. 18 EM_V_GRA_010 a qualquer instante, pois, como meu assessor, aprendeu tudo sobre o cargo, menos a combinao do cofre, que eu no sou louco. Mas no vou dar aos meus difamadores a satisfao de reconhecer a pseudoirregularidade. No meu caso, ela simplesmente no existe. Nepotismo vem do italiano nepote, sobrinho, e se refere s vantagens usufrudas pelos sobrinhos do papa na Corte Papal, em Roma. Bastava ser sobrinho do papa para ter abertas todas as portas do poder, sem falar de bares e bordis. Sobrinho no era um grau de parentesco, era uma profisso e uma bno. A corte eclesistica era dominada pelos nepotes, e, neste caso, a corrupo era evidente. Qual o paralelo possvel com o que acontece no Brasil hoje em dia? S na fantasia de editores ressentidos, articulistas mal-intencionados e reprteres maldizentes as duas situaes so comparveis. Desafio qualquer rgo de imprensa a vasculhar meus escritrios, meus papis, minha casa, meu staff, minha vida e encontrar um um nico! sobrinho do papa entre meus colaboradores. No h sequer um sobrenome polons! Exijo retratao. (Luis Fernando Verissimo pseudnimo. VEJA, 12 abr. 1989, p. 19.) Existe uma voz no texto que ocupa o papel de um fun-1. cionrio pblico que se pronuncia contra uma nefasta campanha da imprensa. A voz em questo faz a defesa do funcionalismo e at certo ponto, tem-se a impresso de que a campanha difamatria real. Assinale a opo em que ocorre a revelao implcita de que se trata de um texto irnico. Avolumam-se, com suspeito sincronismo, as de-a) nncias na imprensa sobre a prtica do nepotismo entre os polticos brasileiros. [....] me senti no dever de responder publicamenteb) s insidiosas insinuaes [...] [....] apangio maior de uma vida toda ela dedicadac) causa pblica e tradio familiar que assimilei ainda no colo de meu saudoso pai quando ele era prefeito nomeado da nossa querida Queijadinha do Norte e eu era seu secretrio particular, depois da escola [...] A imprensa brasileira, em vez de cumprir seu leg-d) timo papel numa sociedade democrtica, que o de dar previso do tempo e o resultado da Loteria [....] Mas enganam-se as hienas se pensam que me intimi-e) daram. Duas vozes manifestam-se no texto. Uma que, a todo2. o custo, defende o funcionrio pblico, outra que o ridiculariza. Assinale a opo em que no ocorre tal ridicularizao. Querida, por que eles fazem isto comigo? a) Desafio qualquer rgo de imprensa a vasculharb) meus escritrios, meus papis, minha casa, meu staff, minha vida e encontrar um um nico! so- brinho do papa entre meus colaboradores. No h sequer um sobrenome polons! Exijo retratao.c) Minha vida como parlamentar um livro-pontod) aberto, imaculadamente branco. [...] at meu secretrio de imprensa, o Gedeo,e) casado com a mana Das Mercs, e que um bo- balho, poderia se encarregar disto. Leia atentamente as seguintes afirmaes e julgue-as.3. No trecho destacado em MasI. enganam-se as hienas se pensam que me intimidaram, ocorre voz passiva sinttica. No trecho [...] incomodando a av,II. que serve o cafezinho, passando-se a orao destacada para a voz passiva, obtm-se que servido pela av. Na voz passiva sinttica, o trecho Enaltecemos oIII. bom filho, o bom pai, o bom marido torna-se Enal- tece-se o bom filho, o bom pai, o bom marido. Quais esto corretas? Apenas I.a) Apenas II.b) Apenas IIIc) Apenas I e II.d) Apenas I e III.e) Mas ela apenas4. resmungou alguma coisa, virou-se para o outro lado e comeou a dormir, obviamente perplexa. Tempos verbais, sufixos, verbos auxiliares em locues verbais podem traduzir a categoria de aspecto ao verbo. Os aspectos traduzidos para os verbos em destaque so, respectivamente: concludo, concludo, incoativo.a) permansivo, concludo, incoativo.b) concludo, permansivo, permansivo.c) durativo, conclusivo, incoativo.d) concludo, durativo, incoativo.e) (G5. ama Filho-RJ) Na treva que se fez em torno a mim / Eu vi a carne. / Eu senti a carne que me afogava o peito / E me trazia boca o beijo maldito (Vinicius de Moraes). Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 23. 19 EM_V_GRA_010 Forma verbal composta correspondente forma simples fez : tinha feito.a) teria feito.b) tem feito.c) tenha feito.d) tivesse feito.e) (F6. uvest) Ao trazer a discusso para o campo jurdico, o antigo magistrado tentou amenizar o que dissera; a rigor, no entanto, suscitou dvidas cruis: que quer dizer por sua prpria fora? Ser a fora fsica do posseiro, ou essa mais aquela que a ela se soma pelo emprego de armas? Observando no texto as formas verbais; dissera, tentou, ser, soma. correto concluir que: tentou denota evento contemporneo de dissera.a) dissera situa o evento em ponto do tempo anterior ab) tentou. ser indica evento imediatamente posterior a ten-c) tou. soma situa o evento referido no mesmo ponto dod) tempo indicado em ser. dissera descreve o quadro em que ocorrem ose) eventos detalhados pelas demais formas. (U7. nitau-SP) Observe: Essa questo no pode ser resolvida em bases lgi-I. cas. A deciso, contudo, ter considervel influnciaII. sobre nosso pensamento e nosso julgamento mo- ral, desde que se origine numa convico profunda e inabalvel. As frases I e II esto, respectivamente, na voz: passiva analtica em I e ativa em II.a) passiva sinttica em I e passiva analtica em II.b) ativa em I e ativa em II.c) ativa em I e passiva analtica em II.d) passiva analtica em I e passiva analtica em II.e) (Uerj)8. Observe o emprego dos verbos CONHECER e AGUARDAR no trecho: Os prprios jagunos conheciam a sorte que os aguardava. Reescreva duas vezes (ambas integralmente) o perodo anterior, fazendo, em cada uma das modificaes pedidas, apenas as adaptaes necessrias. Transponha a orao principal para a voz passiva.a) Substitua o verbo AGUARDAR pela expresso ES-b) TAR RESERVADO. (Uerj)9. Releia os versos abaixo para responder questo. ONDE AVANO, ME DOU, e O QUE SUGADO AO MIM DE MIM em ecos se desmembra; Classifique,quantosvozesdoverbo,astrsconstrues em maisculo. Texto para a questo 10. Aves de rapina H muitos anos que os caminhos se arrastavam subindo para as montanhas. Percorriam as florestas perseguindo a distncia, lentos e longos deslizavam nas plancies. Passaram chuvas, passaram ventos, Passaram sombras aladas... Um dia os avies surgiram e libertaram a distncia, Os avies desceram e levaram os caminhos. (CARDOZO, Joaquim. Poesias Completas. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1971.) (UFRJ) Na primeira estrofe, fala-se do passado como10. o tempo dos acontecimentos que deslizavam lentos e longos. O emprego do pretrito imperfeito e o uso do gerndio reforam essa ideia. Explique por qu. Sinha Vitria 1. Sinha Vitria tinha amanhecido nos seus azeites. Fora de propsito, dissera ao marido umas inconvenincias a respeito da cama de varas. Fabiano, que no esperava semelhante desatino, apenas grunhira: Hum! hum! E amunhecara, porque realmente mulher bicho difcil de entender, deitara-se na rede e pegara no sono. Sinha Vitria andara para cima e para baixo, procurando em que desabafar. Como achasse tudo em ordem, queixara- se da vida. E agora vingava-se em Baleia, dando-lhe um pontap. 2. Avizinhou-sedajanelabaixadacozinha,viuosmeninos, entretidos no barreiro, sujos de lama, fabricando bois Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 24. 20 EM_V_GRA_010 de barro, que secavam ao sol, sob o p de turco, e no encontrou motivo para repreend-los. Pensou de novo na cama de varas e mentalmente xingou Fabiano. Dormiam naquilo, tinham-se acostumado, mas seria mais agradvel dormirem numa cama de lastro de couro, como outras pessoas. 3. Fazia mais de um ano que falava nisso ao marido. Fabianoaprincpioconcordaracomela,mastigaraclculos, tudo errado. Tanto para o couro, tanto para a armao. Bem. Poderiam adquirir o mvel necessrio economizando na roupa e no querosene. Sinha Vitria respondera que isso era impossvel, porque eles vestiam mal, as crianas andavam nuas, e recolhiam-se todos ao anoitecer. Para bem dizer, no se acendiam candeeiros na casa. Tinham discutido, procurado cortar outras despesas. Como no se entendessem, Sinha Vitria aludira, bastante azeda, ao dinheiro gasto pelo marido na feira, com jogo e cachaa. Ressentido,Fabianocondenaraossapatosdevernizqueela usava nas festas, caros e inteis. Calada naquilo, trpega, mexia-se como um papagaio, era ridcula. Sinha Vitria ofendera-segravementecomacomparao,esenofosse o respeito que Fabiano lhe inspirava, teria despropositado. Efetivamenteossapatosapertavam-lheosdedos,faziam-lhe calos. Equilibrava-se mal, tropeava, manquejava, trepada nos saltos de meio palmo. Devia ser ridcula, mas a opinio de Fabiano entristecera-a muito. 4. Desfeitas essas nuvens, curtidos os dissabores, a cama de novo lhe aparecera no horizonte acanhado. 5. Agora pensava nela de mau humor. Julgava-a inatingvel e misturava-a s obrigaes da casa. (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1947.) (Uerj)1. realmente mulhera) bicho difcil de entender, (par. 1) Nessa passagem, o emprego do verbo no presente do indicativo contrasta com o restante das formas verbais, todas flexionadas no tempo passado. Justifique esse emprego do presente do indicativo. Calada naquilo, trpega, mexia-se como um pa-b) pagaio, era ridcula. (par. 3) Esse trecho, embora seja um discurso em terceira pessoa, corresponde fala do personagem Fabiano e no a um enunciado do narrador. Retire do texto duas informaes que comprovem essa afirmativa. (IME-RJ) Nas frases a seguir h erros ou improprieda-2. des. Reescreva-as e justifique a correo. A polcia no interviu a tempo de evitar o roubo.a) Haviam bastantes razes para confiarmos no teub) amigo. (U3. nirio-RJ) Assinale a opo correta quanto predi- cao atribuda ao verbo em maisculo na passagem do texto. A casa FICA num alto lavado de ventos. liga-a) o. Aqui no H encantos. intransitivo.b) No tem jardim: as znias e os manjerices que LE-c) VANTAVAM um muro colorido ao p dos estacotes, transitivo direto e indireto. Sim, s COMPARO o Nordeste Terra Santa. d) intransitivo. (...) em torno do qual GRAVITAM as plantas, ose) homens e os bichos. intransitivo. Texto para a questo 4. A estrela o ndio Histrias de um Brasil com mais de 500 anos Nacontramodoventoque 1 moveascomemoraes dos500anos,umaprogramaoalternativaestdeixando de lado a caravela para se embrenhar no Brasil de antes de Cabral. E est dando ao ndio lugar de destaque na festa. As atividades incluem encontros com integrantes de tribos variadas, debates e uma exposio com trabalhos do fotgrafo Sebastio Salgado e textos do poeta Thiago de Mello. Desde o incio da semana, no FOYER do Centro Cultural Banco do Brasil, crianas de diferentes idades vm aprendendo histria e deixando preconceitos de lado com a ajuda de Thini- um ndio de 29 anos, da tribo fulni-, de Pernambuco que abandonou a aldeia ainda menino aps uma invaso de terra em que perdeu vrios parentes. Do massacre nasceu o desejo de falar aos pequenos homens brancos os filhos da elite, como dizia e impedir conflitos futuros. H trs anos Thini- percorre escolas do Rio [...] 2 Fala das tribos e da memria de seus ancestrais, apresenta danas e ritos, mostra arcos, flechas e seduz o pblico com a fala mansa e um timo humor. Agora, como centro dos 500 Anos de Revista das Populaes Indgenas no Brasil, organizado pela Cineduc: Cinema e Educao, ele fala para mais crianas e adultos. As comemoraes dos 500 anos, de certa forma, at expem a cultura indgena, mas de maneira muito romntica. 3 Essa atividade pretende desmistificar isso e deixar uma semente para que o contato com a cultura indgena continue e se torne corriqueiro, 4 diz Ricardo Paes, coordenador do projeto. (...) (S, Ftima. Veja, 22 mar. 2000.) Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 25. 21 EM_V_GRA_010 (Uerj)4. O presente do indicativo um tempo verbal que pode ser empregado com valores diversos. Dos trechos transcritos, aquele em que o emprego do presente do indicativo est corretamente explicado : [...] do vento que MOVE as comemoraes dosa) 500 anos... (ref.1) atualiza passado histrico. FALA das tribos e da memria de seus ances-b) trais... (ref. 2) demonstra ao habitual. Essa atividade pretende desmistificar isso... (ref. 3) c) marca futuro prximo. [...] DIZ Ricardo Paes, coordenador do projeto. (ref.d) 4) expressa ao simultnea. Texto para a questo 5. Namorados O rapaz chegou-se para junto da moa e disse: Antnia, ainda no me acostumei com o seu corpo, com a sua cara. A moa olhou de lado e esperou. Voc no sabe quando a gente criana e de repente v uma lagarta listada? A moa se lembrava: A gente fica olhando... A meninice brincou de novo nos olhos dela. O rapaz prosseguiu com muita doura: Antnia, voc parece uma lagarta listada. A moa arregalou os olhos, fez exclamaes. O rapaz concluiu: Antnia, voc engraada! Voc parece louca. (BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: Jos Olympio,1979.) (UFRJ)5. No verso Voc sabe quando a gente criana e de repente V uma lagarta listada? (v. 5), o presente do indicativo, nas formas destacadas, foi empregado para expressar aes: presentes e simultneas ao momento da fala.a) presentes e posteriores ao momento da fala.b) passadas mas que tm validade permanente.c) que vo se realizar num futuro bem prximo.d) passadas que negam o aspecto durativo do verbo.e) (UFRJ) A alternativa em que est correta a classifi-6. cao do verbo DAR quanto predicao : Dei com os dois velhos sentados. transitivo di-a) reto. Os jornais no deram a notcia. transitivo indireto.b) O relgio deu onze horas. transitivo direto e in-c) direto. Quem d aos pobres empresta a Deus. intransi-d) tivo. Esse dinheiro no d. intransitivo.e) (U7. niFOA) Os tempos verbais compostos da sequncia Assim, posto sempre tivesse sido homem de terra, conto aquela parte da minha vida como um marujoteria contado o seu naufrgio so, respectivamente: pretrito perfeito composto do subjuntivo / pretri-a) to mais-que-perfeito composto do indicativo. pretrito mais-que-perfeito composto do indicativob) / futuro composto do subjuntivo. futuro composto do subjuntivo / futuro do pretritoc) composto do indicativo. pretrito mais-que-perfeito composto do subjuntivod) / futuro do pretrito composto do indicativo. pretrito mais-que-perfeito composto do indicativoe) / futuro do pretrito composto do indicativo. Texto para a questo 8. 1. Educai o corao da mulher, esclarecei seu intelecto com o estudo de coisas teis e com a prtica dos deveres, inspirando nela o deleite que se experimenta ao cumpri-los; purgai a sua alma de tantas nocivas frivolidades pueris de que se acha rodeada mal abre os olhos luz. 2. Cessai aqueles tolos discursos com os quais atordoais sua razo, fazendo-a crer que rainha, quando nada mais que a escrava dos vossos caprichos. No faais dela a mulher da Bblia; a mulher de hoje em dia pode sair-se melhor do que aquela; nem muito menos a mulher da Idade Mdia: da qual estamos todas to distantes que no poder-nos-ia servir de modelo; mas a mulher que deve progredir com o sculo dezenove, ao lado do homem, rumo regenerao dos povos. 3. Guarde-se bem o homem de ter a mulher para seu joguete, ou sua escrava; trate-a como uma companheira da sua vida, devendo ela participar de suas alegres e tristes aventuras; considere-a desde o bero at seu leito de morte, como aquela que exerce uma influncia real sobre o destino dele, e por conseguinte sobre o destino das naes; dedique-lhe, por ltimo, uma educao como exige a grande tarefa que ela deve cumprir na sociedade como o benfico ascendente do corao; e a mulher ser como deve ser, filha e irm dedicadssima, terna e pudica esposa, boa e providente me. (FLORESTA, Nsia. Cintilaes de uma Alma Brasileira. Florianpolis/Santa Cruz: Mulheres/ Ed. Da UNISC, 1997. p. 115-117.) Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 26. 22 EM_V_GRA_010 (UFF-RJ) No texto, o uso dos verbos no imperativo8. justifica-se pela necessidade de: mostrar que a escritora Nsia Floresta (1810-1855)a) escreveu sobre os direitos das mulheres, dos n- dios, dos escravos. expressar uma ordem absoluta, isto , uma ordem queb) deve ser cumprida sem condio, como se fosse um mandamento. exprimir uma orientao da autora para que se faamc) aes que, na sua opinio, tm o fim de melhorar a con- dio da mulher. fazer da mulher de hoje a mulher da Bblia, porqued) pode, como a da Idade Mdia, servir-nos de mode- lo. educar o corao da mulher, dando ordens ao seue) intelecto para a prtica dos deveres que lhe trazem alegria. (C9. esgranrio) Assinale a opo em que a concordncia verbal contraria a norma culta da lngua. No se assistia a tais espetculos por aqui.a) Podem-se respeitar essas convenes.b) Pode-se perdoar aos exilados.c) H de se fazer muitas alteraes.d) No se trata de problemas graves.e) (Uerj)10. O verbo em portugus varia em tempo, modo, nmero e pessoa. Observe o trecho abaixo: Procurava-se descobrir o espao completo e gerala) Onde se pudesse definir a pulsao originria;b) Nele, duas formas verbais expressam a diferena entre fato e hiptese. Identifique esse par de formas e a variao gramatical responsvel por essa diferena. Texto para a questo 11. O bbado e a equilibrista Aldir Blanc / Joo Bosco Caa a tarde feito um viaduto e um bbado trajando luto me lembrou Carlitos A lua, tal qual a dona de um bordel, pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel E nuvens, l no mata-borro do cu, chupavam manchas torturadas, que sufoco! Louco, o bbado com chapu-coco fazia irreverncias mil pra noite do Brasil, meu Brasil Que sonha com a volta do irmo do Henfil, com tanta gente que partiu num rabo-de-foguete. Chora a nossa ptria, me gentil, choram Marias e Clarisses no solo do Brasil. Mas sei que uma dor assim pungente no h de ser inutilmente, a esperana Dana na corda bamba de sombrinha e em cada passo dessa linha pode se machucar Azar, a esperana equilibrista sabe que o show de todo artista tem que continuar EvandroTeixeira. 11. Sobre o texto anterior, responda aos itens abaixo. Levando-se em considerao o contexto histricoa) em que ele foi escrito, explique a que se refere a alegoria da noite. O texto faz referncia a dois mecanismos de repres-b) so da ditadura militar. Quais so esses mecanis- mos? Os tempos verbais das formas sonha, chora ec) choram nos informam que esse texto foi escrito antes da Anistia de 1979. Indique o aspecto verbal a que o uso do presente nesses casos est asso- ciado. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 27. 23 EM_V_GRA_010 12. (Unesp) Divulgao:RevistaManchete. Uma boa mensagem publicitria, como a apresentada, deve unir com refinamento e at mesmo com certa malcia palavras e imagens, fazendo com que o discurso exera com mxima intensidade sua funo de induzir o destinatrio ao consumo do produto (no caso, o tecido tergal). Com base nesse comentrio: Indique a relao que h entre os elementos lin-a) gusticos e visuais dessa pea publicitria. Justifique a relao entre o modo verbal do neolo-b) gismo e os objetivos da mensagem. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 28. 24 EM_V_GRA_010 C1. C2. E3. A4. C5. B6. A7. 8. A sorte que os aguardava era conhecida pelos pr-a) prios jagunos. Os prprios jagunos conheciam a sorte que lhesb) estava reservada. Onde avano: voz ativa; me dou: voz reflexiva; o que 9. sugado ao mim de mim: voz passiva. O pretrito imperfeito exprime um fato que no foi total-10. mente concludo no momento da fala; portanto, longo, lento. O gerndio d a ideia de ao verbal em curso, reiterando a noo de acontecimentos longos. 1. Trata-se da reproduo de uma frase tomada comoa) verdade absoluta (ou como fato do conhecimento de todos ou como realidade imutvel). Duas dentre as seguintes referncias feitas no texto:b) - condenao que Fabiano, ressentido, fizera dos sapatos; - ao fato de Sinha Vitria ter se ofendido, indicando que ela ouvira a comparao do prprio Fabiano; - opinio de Fabiano, reafirmando sua autoria. 2. A polcia no INTERVEIO a tempo de evitar o rou-a) bo. Intervir derivado de vir e segue seu mo- delo de conjugao. HAVIA bastantes razes para confiarmos no teub) amigo. O verbo haver impessoal e deve ficar na 3.a pessoa do singular. E3. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 29. 25 EM_V_GRA_010 B4. C5. E6. D7. C8. D9. Procurava indica fato tomado como certo; pudesse10. indica fato duvidoso, hipottico. A variao que permite essa oposio a flexo verbal de modo. 11. A noite representa o perodo da ditadura pelo quala) o Brasil passou. Exlio e tortura.b) As formas verbais revelam um aspecto habitual, fre-c) quentativo do presente, o que sugere que o exlio e o sofrimento dos que perderam seus entes queri- dos ainda no cessou. 12. H uma fuso entre a palavra, o objeto que elaa) designa e o consumidor do produto, tornando-os indissociveis. A mensagem busca convencer o destinatrio ab) consumir o produto; logo, o imperativo o modo verbal mais persuasivo para esse objetivo. Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 30. 26 EM_V_GRA_010 Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 31. 27 EM_V_GRA_010 Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br 32. 28 EM_V_GRA_010 Esse material parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informaes www.aulasparticularesiesde.com.br