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FICHA RESUMO DO TEXTO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- UFPel Área: Subprojeto das Ciências Sociais Nome do Bolsista: Julio Marinho Ferreira Referência Bibliográfica: POMBO, Olga. Práticas Interdisciplinares, Porto Alegre, ano 8, nº 15, jan/jun, p. 208-249, 2006. Título do texto: Práticas Interdisciplinares Introdução: A ciência e os campos de investigação A autora começa falando sobre a fragmentação recorrente, que retoma o que os pensadores falam sobre a autonomia das disciplinas. Que seriam como se houvesse um afastamento de uma ou mais unidades sistêmicas. A divisão que viria a partir disso é algo que vem de todo um arcabouço, de todo um passado em que a ciência era vista como a única detentora dos conhecimentos. Então o crescimento cientifico deveria auxiliar os reordenamentos das disciplinas de uma forma que fosse mais clara e limpa de barreiras temporais ou outras. Visto que a interdisciplinaridade como meio e como prática surge da emergência de novas disciplinas e de novos conceitos e formas de saberes. Saber esses ordenados por novas práticas de ensino. A ciência como prática e como forma para tanto precisaria de uma nova divisão, que deve ser uma divisão em áreas

Fichamento Olga Pombo

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Page 1: Fichamento Olga Pombo

FICHA RESUMO DO TEXTO

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- UFPel

Área: Subprojeto das Ciências Sociais

Nome do Bolsista: Julio Marinho Ferreira

Referência Bibliográfica: POMBO, Olga. Práticas Interdisciplinares, Porto

Alegre, ano 8, nº 15, jan/jun, p. 208-249, 2006.

Título do texto: Práticas Interdisciplinares

Introdução:

A ciência e os campos de investigação

A autora começa falando sobre a fragmentação recorrente, que retoma o que os

pensadores falam sobre a autonomia das disciplinas. Que seriam como se

houvesse um afastamento de uma ou mais unidades sistêmicas.

A divisão que viria a partir disso é algo que vem de todo um arcabouço, de todo

um passado em que a ciência era vista como a única detentora dos

conhecimentos.

Então o crescimento cientifico deveria auxiliar os reordenamentos das

disciplinas de uma forma que fosse mais clara e limpa de barreiras temporais ou

outras.

Visto que a interdisciplinaridade como meio e como prática surge da

emergência de novas disciplinas e de novos conceitos e formas de saberes.

Saber esses ordenados por novas práticas de ensino.

A ciência como prática e como forma para tanto precisaria de uma nova divisão,

que deve ser uma divisão em áreas integradoras.

Ciências de fronteiras, interdisciplinas e interciências:

Novas ciências que surgem do reordenamento e que seriam de três tipos:

Ciências de fronteiras: Disciplinas em formatos hibridos, que seriam

cruzamentos, como por exemplo, bioquímica, biofísica ou até geofísica.

Há também o cruzamento das ciências sociais e demais humanas, como

biologia social, ecologia, geo-economia, etc. Também a partir das

ciências naturais e disciplinas técnicas surgiriam os cruzamentos,

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exemplos, engenharia genética e biônica.

As Interdisciplinas: Disciplinas a partir do cruzamento de muitas outras

disciplinas cientificas com o campo industrial, como as relações

industriais, a psicologia industrial, etc.

As Interciências: Interdisciplinas múltiplas como, ecologia, ciência da

complexidade, e ciências cognitivas. Segundo Norbert Wiener, pai da

cibernética, as novas disciplinas devem ser amparadas por especialistas

em várias áreas, visto que assim o melhor de cada disciplina poderia ser

melhor extraído.

Ciências cognitivas: A psicologia, a linguística (fonética, gramatica,

acústica, pragmática), a filosofia (logica), inteligência artificial, e as

neurociências.

As ciências cognitivas podem ser mais amplas, como as ciências que estudam

e se derivam da matemática ou até das ciências da natureza. E pode também

ser mais ampla que as ciências humanas. Então a cognição seria um conjunto

disciplinar aberto que pode ser sempre alargado, como um exemplo vemos a

matemática com a logica, ou até a física que em muitos momentos pode incluir

a filosofia em suas explicações, visto que a filosofia foi o pontapé inicial de

muitas das disciplinas que vemos hoje em dia como principais nas grades

escolares ao redor do globo.

Para as naturezas cognitivas do saber, a ciência seria uma chave para a melhor

interação entre tudo o que podemos aprender. Seria o ponto central para a

interdisciplinaridade.

E seguiria essa forma de ação:

Funcionalidade, que utilizam inicialmente as operações de conhecimento

em vários níveis, como uma melhor forma de surgir a interação.

Formalidade, testaria a causalidade das operações.

Internalidade, visam as regras, os conjuntos que devem ser operados.

A cognição usa a percepção, que chega até a linguagem e a ação:

A interdisciplinaridade presente nas inerentes formas de interação da ciência

cognitiva e suas formas não hierarquizadoras é que torna a cognição um meio,

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um caminho.

Novas estruturas institucionais da investigação interdisciplinar:

As novas estruturas fazem e traduzem a interdisciplinaridade como uma prática,

como uma melhor forma de ação.

Um exemplo que deu certo, foi a da Santa Fé Institute: (1984), que falam e

estudam os meios de se melhor investigar a interdisciplinaridade, através de

uma colaboração que seja de fato prática.

O reconhecimento da natureza interdisciplinar das ciências da complexidade, e

os cruzamentos inéditos, como em biológicas, complexas, economia, ciências

sociais, etc.

Sobre o comportamento dos sistemas complexos:

“Uma aventura interdisciplinar que opera fora das limitações das investigações

convencionais e institucionalizadas.” Isso segundo o SFI, que dessa forma

trabalham a partir da identidade, de potenciais, tudo em prol de temas que

sejam integradores. Dessa forma esse Instituto consegue com essas

integrações ser transdisciplinar, a última e mais difícil etapa da integração que

os pensadores tanto idealizam.

Uma sistema complexo deve ser sempre adaptativo, para assim assegurar a

natureza interdisciplinar.

Para uma tipologia das práticas de investigação interdisciplinares:

A tipologia foi elaborada a partir de dois modelos de interdisciplinaridade, que

primeiro fala de uma versão que seja instrumental, que é instaurada segundo a

complexidade do objeto, isso se daria com os passos seguidos segunda a

anteriormente dita ciência cognitiva. E numa segunda versão da tipologia em

que os meios de colaboração levam em contas as naturezas processuais.

Surgem também como possibilidades de melhor integrar as áreas, e que seriam

as, Práticas de importação:

A transcendência das fronteiras, a necessidade de um regime de trocas,

a metodologia da integração como práticas rotineiras.

Práticas de cruzamento:

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A disciplina não deve ser vista estritamente pelo o que a mesma trataria em si.

Sem deveria haver um espaço para o novo, para a discussão de possibilidades

e de novas práticas. As disciplinas devem se cruzar e gerar uma dita

“contaminação” que fariam a transdisciplinaridade surgir e tomar corpo, uma

disciplina se contaminaria com a outra gerando uma espécie de geração em

cadeia.

Práticas de convergência:

Estudos por áreas, convergências de perspectivas em torno de um determinado

objeto de análise, exemplo ciências sociais em que disciplinas podem conviver

e se completar, como a sociologia em união com a política e a antropologia com

a geografia humana, etc.

Práticas de descentralização:

Os problemas novos surgidos do desenvolvimento cientifico requerem fugas em

torno do objeto analisado, no caso as disciplinas. Uma fuga do centro e das

barreiras impostas devem ser o mote para a real interação. A

interdisciplinaridade e as estruturas devem ser os meios para realizar a prática

e o método é a aproximação.

Práticas de comprometimento:

Há as questões de difíceis solução que surgem da necessidade de integração,

unir disciplinas é difícil.

A solução para os problemas que recorrem da aproximação das áreas por

práticas novas é a colaboração, nisso se inserem os sistemas complexos e os

meios de usarmos os recursos cognitivos.

Os educadores e quem mais se propõe a mudar os paradigmas devem se

comprometer com a mudança, com as formas novas e com o arrojamento das

mesmas. Não se atrelando a barreiras e a má vontade recorrente para quem

quer mudar algo.

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Análise crítica do texto: O ponto principal mostrado pela autora está na

interdisciplinaridade como algo que seja uma colaboração entre as áreas, a

interdisciplinaridade deve fugir da fragmentação que a ciência propõe e através

dessa fuga devemos aprender a nos aproximar das disciplinas como áreas que

colidem e se fundem e não como simples disciplinas separadas.

Devemos tentar utilizar de exemplos externos, mas adaptando a nossa

realidade. Além de sempre entender que a interdisciplinaridade e a ideia de

romper com as barreiras das disciplinas nunca irão acontecer de forma rápida,

mas através de pesquisas, práticas e reproduções.