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Folhetim do Estudante Digital núm. IX

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Page 1: Folhetim do Estudante Digital núm. IX

1

do estudanteNum IX

2ª quinzena - setembro/2012

Folhetim do estudante é uma

publicação de cunho cultural e

educacional com artigos e textos

exclusivos de Professores, alunos

e membros da comunidade da

“E.E. Miguel Maluhy”.

Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br

Sugestões e textos para:

[email protected]

Variedades “Alunos do

Maluhy participam de

evento na EMEF Ileusa

“Diálogos com o Sagrado”

pág.2

Debate “A importância da

Leitura na formação dos

jovens” pág. 2 e 3

Resenha “Sarau do Binho e

a obra Literária de Jorge

Amado adaptada ao

cinema “ pág. 4 e 5

Notícias Quentinhas

“Comparativo do IDEB

aponta necessidades de

melhoria do Maluhy” pág.7

NOTÍCIAS DO INTERCÂMBIO

Um “viva” aos alunos

participantes

Assalaam ´Aleikum!!

Mi nombre es Agustín Dib,

soy profesor de idioma árabe

en Buenos Aires, Argentina.

La semana del 3 al 9 de

septiembre tuve el gusto de

visitar el gigantesco Estado

de Sao Paolo, y me lleve una

agradable y alegre sorpresa

cuando tuve la oportunidad

de presenciar por la mañana

del día jueves, una clase de

idioma árabe que el profesor

marroquí Ibrahim dirigió

hacia sus alumnos en

colaboración del eminente

profesor Muhammad Eissa

(Universidad de Chicago).

Me divertí mucho viendo a

los chicos hablar y

presentarse con tanta fluidez,

y ganas de participar, se los

vio muy enganchados con la

dinámica de la clase, esto sin

dudas les abrirá grandes

puertas para un prospero

futuro. Mis felicitaciones a

estos jovencillos, también a

la gente de BibliASPA por

este programa de

popularización de la lengua y

cultura árabe.

Y una mención MUY

ESPECIAL al profesor de

historia de estos jóvenes, el

señor Valter Gomes y al

profesor y Director de

BibliASPA Paulo Farah por

esta grandiosa iniciativa!!!

Me pareció muy entretenida

la clase de Ibrahim y muy

copados los alumnos!!

Sigan Así!

Saludos cordiales desde Munro,

Buenos Aires, Argentina.

Prof. Agustín Dib

Folhetim

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do estudante setembro/2012

debate

DIÁLOGOS COM O

SAGRADO, a experiência de fé

no humanismo e na tolerância

religiosa

Diálogos com o

Sagrado

O Projeto pedagógico

DIALOGOS COM O SAGRADO

promoveu evento em que recebeu

o Sheik JIHAD HASSAM e

alunos do ensino médio noturno

da EE MIGUEL MALUHY,

estudantes de árabe em

intercâmbio na BIBLIASPA, que

compareceram para assistirem a

palestra do sheik e para

interagirem em árabe com o sheik.

Um grande momento da

educação pública, a irmandade

dos alunos da zona sul se

encontrando com os alunos da

EMEF ILEUSA. Um grande

momento pedagógico.

A iniciativa de ter levado o

Sheik Jihad para fazer uma visita

e uma comunicação em uma

escola pública para alunos do

ensino fundamental foi uma forma

esplêndida de acabar com o

preconceito que a mídia e a

sociedade constroem na mente das

pessoas desde a infância.

O preconceito começa a

ser implantado na mente das

crianças enquanto ainda estão se

desenvolvendo, ou seja, é

difundida a ideia de que os

muçulmanos são pessoas ruins e

elas vão manter isso e formar um

conceito pobre, porém se o

contrário é feito , nenhum meio de

comunicação ou a sociedade será

capaz de causar alguma influência

sobre essa perspectiva de visão

humanista.

A Visita do Sheik de certa

forma foi fundamental para que

no futuro as crianças estejam se

desenvolvendo e não tenham um

conceito errôneo dessa

comunidade. Suas explicações

foram de suma importância para a

formação do caráter humanista e

de respeito á diversidade para as

crianças que participaram do

encontro e escutaram seus

ensinamentos.

Romário Oliveira – 2ºF

OFICINAS DE

LEITURA

Literatura

Poesia

Sarau

È lendo que se cresce!

“Vocês precisam ler !” – diz o

professor

O que será que o aluno entende

pelo que seja ler ?

“Ler não é traduzir o código

secreto da escrita ? Então, se

consigo traduzir todas as formas

de palavras, se já aprendi a ler,

porque devo continuar o

treinamento de leitura ?” – pensa

o aluno.

Assim, quando seu

professor disser que você precisa

ler ele está na realidade dizendo

que você precisa descobrir na

literatura o mundo maravilhoso

que existe à espera de poder ser

explorado.

Literatura ? O que é isso ?

– perguntaria o aluno

Literatura é o nome dado

ao conjunto da produção universal

de textos dos mais variados

autores. Existe a literatura

científica, técnica e a literatura

que compreende as obras de arte,

isto é, dos livros escritos pelos

autores doe romances, contos,

crônicas, poesias. Todo livro é

sempre uma fotografia da época

em que seu autor viveu e expressa

sempre uma parte do próprio

autor. Assim, a literatura é

também um meio de conhecer

pessoas, países, épocas.

Ler um livro é de certa

forma viajar no tempo. Encontrar

o mundo descrito pelo autor que

folhetim

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do estudante setembro/2012

nos permite exercitar a

imaginação.

Você se lembra de quando

era menor ? Lembra de quando

pegava um brinquedo, um objeto,

e fazia de conta que era uma

arma, ferramenta, peça...sabe-se lá

o que mais...lembra ? Pois

bem...você estava trabalhando sua

imaginação, alimentando seu

cérebro com fantasias, com coisas

irreais para o mundo mas que

existiam dentro de sua cabeça –

chegando mesmo a sonhar com

elas. Você crescia por dentro,

silenciosamente, preparando seu

cérebro, exercitando seus

neurônios para a carga de

informações que durante o resto

da vida teriam que receber e

trabalhar.

Ler um livro de poesias,

de contos ou um romance é além

de tudo uma forma de lazer, isto

é, uma oportunidade de desligar

da realidade por um período e

“ficar conversando consigo

mesmo” como se falasse com o

escritor, pondo-se no lugar dele,

querendo ter sido você o autor

daquelas idéias ou de ter vivido

aquelas aventuras. Além disso, ao

visitarmos a imaginação dos

outros estamos sempre ampliando

nosso arquivo de coisas

conhecidas e com base nelas

podemos criar novas formas de

expressar nossas idéias. É desse

modo que recebemos influências e

que também a transmitirmos.

Além do mais, quanto

mais investigamos o

comportamento dos personagens –

como ocorre com as novelas de

televisão – mais questionamos as

verdades em que acreditávamos

como fruto das observações feitas

sobre o mundo, com a maior

segurança para emitirmos

opiniões. Afinal, uma idéia que

por acaso tivemos, quando a

encontramos descrita num livro,

podemos defendê-la melhor, ou

mesmo nega-la conforme sejam

os argumentos do autor.

Normalmente nas escolas

oferecemos para leitura livros

infantis desejando com isso que

nossos alunos aprendam a gostar

de ler sem desanimarem com uma

obra densa. Nesses livros breves a

narrativa quase não envolve a

descrição em detalhes de cenas

que estimulem nossa imaginação.

Daí talvez não termos conseguido

oferecer aos alunos o gosto de

“passear” pelo universo mágico

da fantasia.

Quando jovens todos

queremos ser famosos, ou

queremos resolver graves

problemas do mundo e com isso

alimentamos grandes esperanças.

Quantos não quererão ser grandes

escritores, ganhar muito dinheiro

escrevendo novelas para a

televisão, por exemplo? Muitos

talvez queiram, mas apenas uns

poucos poderão conseguir. Para

escrever bem é preciso bem ler. É

preciso aprender com os outros

autores como eles constroem seus

personagens, como montam as

tramas, o enredo. Bons poetas

aprenderam com os que antes

escreveram poemas, captando-

lhes o estilo, tomando para si um

tipo de construção de rima, de

versos, a maneira como formam

uma imagem.

Para a maioria das

profissões de maior valorização

no mercado de trabalho é

fundamental escrever bem.

Quanto melhor escreverem,

maiores serão as chances de se

darem bem na vida. Quanto mais

puderem ler, melhor se tornará

sua bagagem interior, facilitando

sua comunicação com os outros,

inclusive por meio da escrita.

No mundo de hoje em que

prevalece a comunicação da

imagem no vídeo, as pessoas

tendem a falar todas as mesmas

coisas, parecendo ser todas iguais,

o que se chama de comportamento

de massa.

Sabendo como pensa uma,

saberemos o que pensam as

demais. O elemento diferenciador

entre cada um de nós é a riqueza

interior que temos e que podemos

mostrar. Para tanto, primeiro

teremos que construir em nós

mesmos essa riqueza. Depois

poderemos mostrá-la. A leitura é

uma das maneiras que temos de

nos fazermos diferentes e sendo

de nossa livre escolha, tenderá a

ser no futuro, o caminho para

deixarmos de ser como todos e

essa diferença poderá ser a

fronteira que precisaremos

atravessar para obtermos sucesso.

Daí porque será preciso ler.

Leia... é lendo que se cresce !

Prof. Eduardo Berardi Junior,

diretor da E. E. Mary Moraes,

ex-diretor do M. Maluhy e ex-

dirigente de educação na

Diretoria do Taboão da Serra

“Enquanto existir

alguém que acredita

que a educação é

transformadora...

Pronto, ai existe um

professor...”

folhetim

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do estudante setembro/2012

OPINIÃO

CURTA SARAUS

Sarau.sm.Festa com muitos

divertimentos, realizada à noite. O

clube convida os associados para

o sarau do fim de semana .Sa.rau Fonte: Geraldo Matos, dicionário Jr.

O sarau tem uma presença

admirável na história da cultura

brasileira, notadamente a carioca.

Durante o Império e a República, a

cidade do Rio de Janeiro vivia em

dois universos distintos, as elites

econômicas, os políticos,

escritores, admiravam a poesia, a

literatura e a música, hábito

herdado dos salões europeus,

franceses com que os cariocas

faziam de tudo para se parecerem.

A elite manteve a tradição de ter

uma boa casa, onde não podia

faltar o piano na sala para a filha

tocar nos saraus. No centro velho

da mesma cidade, os ex-escravos

se reuniam, em casarões antigos

que se tornaram cortiços, uma

habitação coletiva e foi ali, num

desses cortiços, vivia uma ex-

escrava baiana, Tia Ciata, que

realizava rodas de sambas, jongo e

partido alto a verdadeira raiz da

cultura do povo brasileiro. Esse

período delicioso pode ser

descoberto com grande encanto em

livros como Memórias de um

Sargento de Milícias, O Cortiço de

Aluísio de Azevedo e Dom

Casmurro de Machado de Assis.

A EE. MIGUEL MALUHY,

tem recebido a equipe do SARAU

DO BINHO. Binho formou uma

equipe de poetas, cantores, atrizes

e como uma verdadeira cavalaria

utópica, visita escolas e quaisquer

ambientes para dialogar com as

pessoas sobre poesia e a cultura da

periferia. Já realizamos saraus em

muitas turmas e classes diferentes,

por exemplo, todas as oitavas

séries do vespertino, tiveram a

oportunidade de participarem do

sarau no ambiente da sala de aula,

assim como todos os primeiros

anos do curso noturno.

A experiência de vivenciar

e partilhar um sarau permite que a

escola adquira inúmeros ganhos

pedagógicos. A maneira como são

apresentados os poemas e canções

tem a finalidade de atingir

diretamente a sensibilidade de um

jovem que não conseguiu

desenvolver uma experiência

sensível e vibrante com a poesia e

a literatura. Em um entardecer do

primeiro semestre o grupo do

Binho, distribuiu entre os alunos,

mais de trezentos volumes de

livros de literatura. Realizamos a

visita a biblioteca do bairro Marcos

Rey, com a finalidade de permitir

ao aluno vivenciar uma

experiência cultural em um

equipamento público comunitário,

onde ele pode aprender a descobrir

que temos sim, ambientes

silenciosos para o estudo paciente,

a humildade na busca e a ousadia

na descoberta.

O Sarau que foi realizado

com as turmas dos primeiros anos

do noturno adquiriu contornos

inesperados. Entre mais de cem

jovens, nenhum tinha participado

de um sarau, ouvido uma poesia

diferente que falasse da vida da

periferia e das dificuldades

também vivenciadas pelos

integrantes da equipe do Binho,

como é o caso do cantor de rap

Paw que declarou aos alunos, que

frequentava a escola unicamente

para comer merenda e que desco-

briu a poesia, adulto, no Sarau do

Binho.

A projeção do filme

CURTA SARAUS, um importante

documentário que registra todas as

comunidades da periferia que tem

realizado saraus como uma

experiência cultural, de vivência

comunitária e resistência social a o

abandono cruel que vivem as

comunidades da Zona Sul. Os

escritos que se seguem foram

elaborados pelos alunos do

noturno, sensibilizados e tocados

pelo encanto da poesia,

descobriram que podem adquirir

uma nova consciência cultural e

social e assim se transformarem

como pessoas, em estudantes que

buscam sim uma realização

individual e social, estudantes que

empunharam uma caneta e

escreverem sobre suas descobertas

e emoções com a equipe do Sarau

do Binho. Ao descobrirem que o

sarau tem tudo a ver com o livro

escolhido para o TCS (trabalho de

conclusão semestral) Os capitães

da Areia de Jorge Amado, ao

verem o filme, eles adquiriram um

repertório cultural, passo

fundamental para a mudança de

relações na escola e com a vida.

“ A PERIFERIA NOS UNE PELO

AMOR, PELA DOR, PELA COR.

DOS BECOS E VIELAS HÁ UM

DEVIR QUE GRITA CONTRA O

SILÊNCIO QUE NOS PUNE. EIS

QUE SURGE DAS LADEIRAS

UM POVO LINDO E

INTELIGENTE GALOPANDO

CONTRA O PASSADO. A

FAVOR DE UM FUTURO

LIMPO PARA TODOS OS

BRASILEIROS” – Sérgio Vaz

Prof. Rubens Aparecido

folhetim

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do estudante setembro/2012

RESENHAS Sarau na sala de aula

Sarau do Binho em aula com

alunos do Maluhy

O sarau é muito legal e interessante.

Os poemas, as músicas e as ideias do

sarau são criativos, eles usam a

imaginação e criam poemas lindos. O

Sarau cresce mais e mais nas

comunidades e qualquer pessoa pode

participar, eles só querem melhorar o

ambiente, a forma em que as pessoas

pensam, curtem os raciocínios,

melhoram. Eles só querem ajudar.

Jhanaína Dantas da Silva - 1º H

Bom, eu achei o filme bom e muito

legal, eu gostei muito, gostei também

da parte que eles foram em favelas

para ajudar os povos, dos povos que

antes de conhecer o Sarau, cantavam

rap mas não sabiam o que significava

isso e achei isso muito legal. Depois

começaram O Sarau, cantando rap,

através de poesias e rimas.

Acho que o que eles fizeram

é uma coisa e tanto, gostei muito

principalmente das poesias, as

musicas, legal isso incentiva muito

as pessoas a seguirem seus sonhos,

foi muito legal que eles darem um

pouquinho do seu tempo um

pouquinho do seu tempo para ouvir

os alunos que queriam cantar, o

sarau pelo que eu vi continua nas

periferias de São Paulo, quem dera

se fosse em todos os lugares de São

Paulo iria incentivar a molecada.

Teve um poema que era pros

homens mas as mulheres gostaram e

principalmente eu, achei que foi

demais, gostei.

Deyse Pereira de Souza - 1º I

Ao assistir o filme “Curta Saraus”

muitas coisas me surpreenderam,

chamou minha atenção como a dança

do boi-bumbá e principalmente a

união do povo do sarau.

Hoje em dia a periferia é conhecida

como favela (lugar de gente pobre),

também tem visão de lugar de

bandido, ladrão, traficante, etc...

também mora gente certa.

Na minha opinião, tudo é gente, é

tudo igual, nada muda sabe porque?

Por que a casa da favela é construída

da mesma forma que é construída

uma casa de bairro chique, casa de

luxo, um prédio. Nela tem teto, chão,

parede, é tudo normal.

Na periferia mora o povo do amor,

da humildade, do respeito e da união.

Uma coisa é dita

O rico tem dinheiro, mas não tem

amor.

O rico tem dinheiro, mas não é feliz.

O rico tem dinheiro, mas não é

humilde.

O rico tem dinheiro , mas não tem

paz.

Já o pobre é bem diferente dos ricos,

o pobre tem amor, é feliz, tem paz,

vive em união, é batalhador e uma

coisa, e uma coisa não pode faltar,

humildade.

O dinheiro não é tudo na vida, com

ele conseguimos o necessário para

sobreviver.

Rafaela dos Santos - 1ºI

O sarau é um grande estilo das

pessoas suas cultura, sem ter medo

do preconceito das pessoas do

mundo, ele ajuda a esquecer

problemas, fala sobre problemas, ele

ajuda a reconhecer o medo, enfrentar

a vida de jeito livre. É muito legal, é

jovem, mas algumas pessoas da

população. As palavras nos poemas

fazem muito sentido, muita música,

muito rap, muito, muito!

Gosto das palavras que as vezes

fazem senti as vezes não, do estilo

simples de se vestir, o mais legal do

sarau são as pessoas humildes de se

falar, sem limites nenhum na hora de

se expressar! O único sentido no

sarau que eu apenas acho é

simplicidade e o mais importante

humildade.

Tenho vontade de conhecer melhor,

mas espero a hora certa, mas apoio e

acho legal, da parte deles, as pessoas

que lá estão não tratar com

indiferença as pessoas, eu acho e fico

muito brava é o jeito que as pessoas

tratam o sarau.

Fabiane Santos Moreira - 1ºK

Hoje em dias há um grande

preconceito em relação as nossas

comunidades, pois muitas pessoas

julgam a periferia sem ao menos

saber a diversidade do local

Nelas encontramos crianças, jovens

querendo ser, médicos, bombeiros e

outras profissões para compor a

nossa sociedade. Porém encontramos

traficantes e ladrões que infelizmente

traz uma ilusão contraditória na

sociedade sobre nossas periferia, nas

pessoas trabalhadoras, demonstram

que nesses locais há muito a nos

oferecer em termos de cultura e

aprendizagem.

Assim como todos os lugares, as

periferias também tem problemas,

nós devemos encarar que sendo lá ou

cá, os dois lugares: favela ou classe

tem muito a nos ensinar.

Mesmo as pessoas que criticam as

comunidades convivem diariamente

que moram na periferia.

Vinícius Araujo - 1ºK

O sarau ajuda a divulgar as belezas

da cultura da periferia que nem

sempre é reconhecida pela sociedade

alheia.

Artistas, músicos e poetas que

residem em bairros periféricos de

São Paulo se agrupam nos saraus que

estão espalhados pela cidade.

Muitas vezes grandes talentos da

periferia não são reconhecidos

apenas pelo preconceito, como é o

caso de um cantor de rap que mal

interpretado e sofre preconceitos, o

grafite também é reconhecido como

arte por ter origem periférica é

tratado com ato marginal.

Felipe S. Soares - 1ºK

folhetim

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do estudante setembro/2012

RESENHAS

A morte e a morte de Quincas

Berro D´água

Bom, para falar a verdade

se me perguntarem o nome do

diretor, créditos, nomes dos

atores, tempo de filme, não

saberei lhes dizer, mas como

sempre, quando escrevo, vou

abordar o que me vem a cabeça e

expressar minhas ideias.

Eu estava ansiosa para ver

o filme, para saber se era de fato

“igualzinho” ao livro e percebi

que tem sim suas diferenças, por

exemplo, logo no início do filme

você já se entende com a

linguagem que, digamos, é muito

facilmente entendida pelo público

jovem pois contém palavras que

nós usamos e entendemos, já no

livro existem aqueles diálogos

mais consistente, sensato e

correto, porém mais difícil,

todavia, em minha opinião curti

muito tanto o livro quanto o filme.

Quincas era um cidadão

correto, pai de família e

trabalhador, mas estava cansado

da sua vidinha pacata, então um

dia , enraivecido, muda sua vida,

não para melhor, ao contrário,

mas em busca da felicidade, fez

uma nova família composta por

amigos e uma nova companheira;

ele era o rei dos mendigos de

salvador, se metia em encrencas e

ajudava aos outros também; por

esses desvios há algum tempo não

se sentia bem com sua saúde e em

pleno dia de seu aniversário,

quando seus amigos tinham

preparado uma festa surpresa no

bordel que ele costumava

frequentar, Quincas não apareceu,

foi para seu quartinho e lá se

“afogou” na cachaça, estaria

morte para todos os efeitos. Sua

filha que não convivia com ele

ficou chocada ao saber da morte

do pai, preparou o velório e

expulsou os “intrusos”, para ela,

que queria ver o defunto; tentaram

até expulsar os amigos de

Quincas, mas eles insistiram e

ficaram velando o falecido. Vanda

e os demais parentes foram para

casa, enquanto o corpo ficou ali

com os verdadeiros amigos e na

mente deles ele não tinha morrido,

então saíram com o corpo pelas

ruas e fizeram várias trapalhadas,

a família do morto deu parte na

polícia como se o corpo do

defunto tivesse sido roubado.

Quincas estava morto mas para

ele não poderia haver morte

melhor.

Ao final todos ficaram

felizes. Quincas teve uma de suas

mortes como queria, jogado ou

caído no mar, Vanda (sua filha)

encontrou um meio de felicidade,

o marido dela também, os amigos

de Quincas fizeram, mesmo sem

querer, a vontade do amigo e

ficaram felizes.

Muito boa a obra de Jorge

Amado!!!

Thaynara Oliveira – 2ºG

O filme retrata a vida de

Joaquim Soares da Cunha,

homem que era orgulho de sua

família antes dos dez anos que

antecederam sua morte. Quincas

foi em busca de sua felicidade e

resolveu levar uma vida de

vadiagem, de má fama e no

alcoolismo, momento no qual se

torna o desgosto de sua família

que era conservadora e vivia de

aparências.

Quincas morreu, o que

para seus amigos foi terrível para

a família foi um alívio já que

assim não precisariam ver o nome

da família sendo jogado no lixo.

Quincas recebeu o apelido

de Berro D´água porque um dia

depois de entornar um copo de

cachaça gritou por água depois de

muitos anos sem bebê-la. Quando

seus amigos fiéis ficaram sabendo

de sua morte entraram em

completo luto e foram ao encontro

do corpo do falecido, após

roubarem o corpo por não

considerarem que ele estava

morto, o levaram para farra, para

comemorar seu aniversário,

enquanto a filha de Quincas, na

busca do corpo do pai descobriu e

entendeu o verdadeiro sentido da

vida, compreendendo a vida

desregrada do pai.

O filme retrata a cultura

religiosa também e mostra que

nem sempre a religião que

servimos é a religião que

merecemos. Mostra também o

valor da amizade, com tanta

reviravolta com o corpo de

Quincas a alma dele percebe que

ele divertiu-se mais morto do que

vivo e mostra que ele deveria ter

aproveitado mais já que a vida é

uma só.

O corpo de Quincas

perdeu-se no mar, onde ele

sempre quis viver enquanto vivo.

Ele caiu do barco em meio a

bagunça e a festança de seus

amigos e fiéis companheiros.

Amanda Pereira – 2ºG

___________________________

Resenhas do filme “A morte e a

morte de Quincas Berro

d´água” adaptação da obra de

Jorge Amado

Direção: Sérgio Machado

Brasil -2010

folhetim

Page 7: Folhetim do Estudante Digital núm. IX

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do estudante setembro/2012

NOTÍCIAS QUENTINHAS

A

B

Índices do IDEB apontam

os desafios do MALUHY

Recentemente foram

divulgados nacionalmente os

resultados das escolas brasileiras

na avaliação de desempenho dos

alunos na educação básica em

nível nacional e refletindo as

médias obtidas por escolas tanto

do âmbito privado quanto escolas

públicas.

Fazendo uma análise dos

resultados podemos observar duas

situações significativas para

refletir sobre nossas práticas

cotidianas na escola e a formação

dos nossos estudantes. É

importante ressaltar que a média

reflete não apenas as

competências e habilidades dos

alunos com relação a sua

suficiência ou não mas também o

índice de fluxo das escolas no que

diz respeito á promoção,

reprovação e evasão dos alunos

durante o ano letivo avaliado.

Desde de 2007 quando o

Maluhy começou a ser avaliado

por esse índice observamos uma

oscilação nos resultados obtidos

além do fato de não atingirmos as

metas propostas para nossa

unidade escolar conforme o

gráfico B acima demonstra. Essa

oscilação da média de

desempenho está diretamente

relacionada ao fluxo que

apresentou fortes desvios

porcentuais nos anos de 2009 e

2011.

Um dado importante a ser

analisado é que as médias de

desempenho dos alunos apontam

um melhor rendimento em

matemática se comparado ao

rendimento em língua portuguesa

nas séries avaliadas conforme o

gráfico C abaixo, algo que não se

confirma quando verificamos os

resultados dos mesmos alunos no

SARESP que representa outro

indicativo avaliativo das escolas

em São Paulo.

C

Todavia gostaria de

ressaltar o que observamos no

gráfico A, onde verificamos uma

posição destacada da nossa escola,

mesmo com o resultado abaixo das

metas estabelecidas, em relação ás

outras escolas que localizam-se no

perímetro urbano da nossa unidade

escolar. Podemos observar que

apenas a Escola de Aplicação da

USP bem como a E.E.Domingos

Mignoni e a E.E. Pres. Keneddy

além da EMEF Ileusa aparecem

com resultados melhores que os

nossos porém não tão distantes

assim. Entendemos que devemos

melhorar e muito as nossas ações

para que nossos alunos possam

atingir, cada vez mais, melhores e

significativos resultados em

processos avaliativos externos e,

para isso, urge a necessidade de um

compromisso coletivo em buscar

essa escola de qualidade e

eficiência que planejamos.

Prof. Valter Gomes

AGENDA

Cine-Pipoca: “RIO”, sala 17-

tarde, 20/09/2012

Sarau do BINHO na Biblioteca

Marcos Rey –28/09/2012 das 14h ás

18h

DICAS Participar: Aulas e Orientações

preparatórias para o ENEM e para

concursos vestibulares de São Paulo

Sábados – manhã e tarde

Informação e agenda Prof. Ana

Rita

folhetim