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Disciplina: HERMENEUTICA - MEDIO

Hermeneutica Prof Sandro Valentin

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Disciplina: HERMENEUTICA - MEDIO

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PROF SANDRO [email protected]

(31) 8353-9579 / 9581-6544

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SOBRE O PROFESSOR O Diácono Sandro Valentin é Pregador, Palestrante e Conferencista. Congrega na Assembléia Deus Min. Belo Horizonte Região da Pampulha

(Sta Mônica), Bacharel em Theologia pela Faculdade Unida de Vitória ES, Professor de Theologia na Escola de Theologia Minas Gerais, Casado com Suliane Camila, exerce seu ministério Denominado Voando

Como Águia, onde Ministra a Palavra De Deus em Todo o Brasil.

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Definição de Hermenêutica "Hermenêutica" é uma palavra de origem grega. Platão (c. 427-347

a.C.) foi o primeiro a utilizá-la como termo técnico. No sentido amplo do termo, a hermenêutica pode ser definida como a ciência que nos ensina os princípios, as leis e os métodos de interpretação de qualquer produção literária. Antônio Almeida diz que hermenêutica é "a ciência e a arte de interpretar. É ciência porque postula princípios seguros e imutáveis; é arte porque estabelece regras práticas"(1).

Especificamente falando, a hermenêutica sacra tem caráter muito especial, porque trata de um livro peculiar no campo da literatura - a Bíblia como inspirada Palavra de Deus. E somente quando reconhecemos o princípio ativo da pessoa do Espírito Santo na inspiração da Bíblia, e por Ele somos guiados na compreensão da mesma, é que podemos conservar o caráter doutrinário e prático da hermenêutica bíblica.

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O Propósito da Hermenêutica Em geral, estuda-se hermenêutica com o propósito de interpretar

produções literárias do passado. Sua tarefa principal é indicar o meio pelo qual possam ser removidas as diferenças ou distâncias entre um autor e seus leitores. A hermenêutica nos ensina que isso só se realiza satisfatoriamente quando os leitores se transpõem ao tempo e ao espírito do autor para, por exemplo, analisar as características pessoais do autor, as circunstâncias sociais do mesmo e as circunstâncias peculiares aos escritos.

Na hermenêutica sacra o ponto de partida é a própria Bíblia, uma vez que ela mesma é o objeto de pesquisa da hermenêutica. O propósito da hermenêutica sacra é "transportar a mensagem bíblica, a partir do seu contexto original, a uma situação histórica contemporânea" (2).

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Infelizmente, boa parte dos estudiosos bíblicos partem da metodologia para a Bíblia. Primeiro formulam suas conclusões pessoais e depois vão aplicá-las à interpretação das Escrituras, ao invés de deixar que a Bíblia formule as regras para sua própria interpretação. Valdir Steurnagel, por exemplo, entende que "nós podemos ter as duas coisas. Teologia de baixo e teologia de cima" (3). Entretanto, Padilla observa corretamente:

"O esforço para deixar que as Escrituras falem, sem impor-lhes uma interpretação elaborada de antemão, é uma tarefa hermenêutica obrigatória de todo intérprete, seja qual for sua cultura" (4).

Um dos princípios defendidos pelos reformadores do século XVI era que a Scriptura Scripturae interpres. Um século depois da Reforma Protestante, este princípio foi apreciado e elaborado pela Assembléia de Westminster do seguinte modo:

"A regra infalível de interpretação da Escritura é a mesma Escritura; portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas único), esse texto pode ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente" (5).

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Na verdade é quase que impossível nos aproximarmos da Bíblia sem pressuposições variadas, herança herdada de diversas influências (sociais, culturais, teológicas, etc.). Os reformadores, por exemplo, não foram os primeiros e nem seriam os últimos a negarem, entre eles mesmos, o princípio de que a Escritura interpreta a si mesma. Dentre outras coisas, temos o exemplo clássico dos conceitos teológicos de Lutero, Zuínglio e Calvino em relação à Ceia do Senhor.

Além disso, Calvino, muito mais centrado no método histórico-gramatical de interpretação bíblica, não estava livre de alegorizações, como é o caso de sua interpretação do Salmo 133. Contudo, todas as pressuposições, sejam as nossas ou sejam as deles, não são e nem podem ser justificadas pela Bíblia. Por isso, afim de que as Escrituras possam ser estudadas com o mínimo de coerência, é preciso interpretá-las gramática, histórica e teologicamente de mente e coração abertos para ouvirmos com humildade e disposição a voz do Espírito Santo de Deus.

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Princípios de Interpretação BíblicaTrazendo para hoje uma palavra de ontem

Um dos grandes desafios da interpretação é cultural. A Bíblia foi escrita para pessoas deoutro tempo. Isso pode parecer estranho, mas vou já explicar. Quando, por exemplo, oapóstolo Paulo sentou-se para escrever a sua carta aos efésios, ele não estava pensandonos cristãos brasileiros. Sua atenção estava voltada para pessoas do século I, que viviamdentro da cultura greco-romana-judaica. O mesmo podemos dizer do autor do Apocalipse. Quando João escreveu sua obra, utilizou uma linguagem simbólica que era comumprincipalmente aos cristãos judeus de seu tempo. Em sua época, eram comuns os escritosapocalípticos, que buscavam transmitir mensagens de reforço na fé em linguagem cheia deimagens e significados ocultos.

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Hoje, quando lemos a Epístola aos Efésios ou o Apocalipse, ficamos às vezes desnorteados com algumas expressões e, pior ainda, podemos compreendê-las mal. Daí podemos inferir que a primeira tarefa do intérprete bíblico é entender o que as Escrituras significaram para os seus primeiros destinatários. A partir desse ponto, é que podemos estabelecer qual a aplicação da mesma para hoje.

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Princípios muito úteis Oração Todo o trabalho de interpretação deve começar com a oração. É necessário

que nos cubramos com a proteção de Deus e convidemos o Espírito Santo a ser o nosso Mestre. O Espírito Santo tem uma tarefa de ensinar-nos acerca de Cristo (Jo 16:13-14).

O verdadeiro entendimento da Palavra advém, em primeiro lugar, desse contato íntimo e freqüente entre o intérprete e o Deus que inspirou as Escrituras.

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Descrição ou Prescrição? É preciso distinguir entre texto descritivo e texto prescritivo. Descritivo é o

texto que descreve algo, narra um acontecimento. O fato de algo ser contado na Bíblia não significa que o mesmo é regra para hoje. Os relatos históricos, por exemplo, transmitem-nos preciosas lições espirituais. No entanto, não devemos tirar deles doutrinas absolutas para nós hoje. Só podemos tirar doutrina de história se houver concordância dos textos bíblicos doutrinários, principalmente nas epístolas do Novo Testamento. Prescritivo é o texto que traz regras, ensinamentos e mandamentos para nós hoje. Vemos nas Escrituras passagens destinadas claramente à instrução e doutrinamento.

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Ir do simples ao complexo Pergunte sempre qual o significado mais simples, mais claro, mais singelo. A

Bíblia é um livro que pode ser entendido por todo cristão, do erudito até o semi-analfabeto. A verdade mais clara é sempre preferível aos posicionamentos nebulosos e "profundos" (às vezes sem fundo mesmo!).

Isso não significa que todo o conteúdo bíblico seja fácil de entender. Em algumas partes do mesmo, precisaremos de auxílio adicional, e aqui entra a contribuição das boas introduções, manuais e comentários. E não apenas isso. Algumas passagens, ficarão simplesmente sem interpretação, por completa falta de informação. Mesmo o maior estudioso não sabe tudo sobre a Bíblia. Por isso mesmo devemos fugir de interpretações que exijam verdadeiras ginásticas mentais. Só devemos ir ao complexo se houver indício de revelação progressiva.

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MÉTODOS DA HERMENÊUTICA

Método é a maneira ordenada de fazer alguma coisa. É um procedimento seguido passo a passo com o objetivo de alcançar um resultado.

Durante séculos os eruditos religiosos procuraram todos os métodos possíveis para desvendar os tesouros da Bíblia e arquitetar meios de descobrir os seus segredos.

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1. Método Analítico É o método utilizado nos estudos pormenorizados com anotações de detalhes,

por insignificantes que pareçam com a finalidade de descrevê-los e estudá-los em todas as suas formas. Os passos básicos deste método são:

a) Observação – É o passo que nos leva a extrair do texto o que realmente descreve os fatos, levando também em conta a importância das declarações e o contexto;

b) Interpretação – É o passo que nos leva a buscar a explicação e o significado (tanto para o autor quanto para o leitor) para entender a mensagem central do texto lido. A interpretação deverá ser conduzida dentro do contexto textual e histórico com oração e dependência total do Espírito Santo, analisando o significado das palavras e frases chaves, avaliando os fatos, investigando os pontos difíceis ou incertos, resumindo a mensagem do autor a seus leitores originais e fazer a contextualização (trazer a mensagem a nossa época ou ao nosso contexto);

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c) Correlação – É o passo que nos leva a comparar narrativas ou mensagem de um fato escrito por vários autores, em épocas distintas em que cada um narra o fato, em ângulos não coincidentes como por exemplo a mesma narrativa descrita em Mc 10.46 e Lc 18.35, onde o primeiro descreve "saindo de Jericó" e o segundo "chegando em Jericó";

d) Aplicação – É o passo que nos leva a buscar mudanças de atitudes e de ações em função da verdade descoberta. É a resposta através da ação prática daquilo que se aprendeu.

Um exemplo de aplicação é o de pedir perdão e reconciliar-se com alguém ou mesmo o de adoração à Deus.

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2. Método Sintético. É o método utilizado nos estudos que abordam cada livro como uma unidade

inteira e procura o seu sentido como um todo, de forma global. Neste caso determina-se as ênfases principais do livro ou seja, as palavras repetidas em todo o livro, mesmo em sinônimo e com isto a palavra-chave desenvolve o tema do livro estudado. Outra maneira de determinar a ênfase ou característica de um livro é observar o espaço dedicado a certo assunto

. Como por exemplo, o capítulo 11 da Epístola aos Hebreus enfatiza a fé e em todos os demais capítulos ela enfatiza a palavra SUPERIOR. (De acordo com a versão Almeida Revista e Atualizada – ARA).

SUPERIOR:a) Aos anjos – 1.4; f) Ao sacrifício – 9.23; l) Ao sacerdócio – 5 a 7;b) A aliança – 7.22; g) Ao patrimônio – 10.34;c) A bênção – 7.7.; h) A ressurreição – 11.35;d) A esperança – 7.19; i) A pátria – 11.16;e) A promessa – 8.6; j) A Moisés – 3.1 a 4;

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3. Método Temático

É o método utilizado para estudar um livro com um assunto específico, ou seja, no estudo do livro terá um tema específico definido. Como exemplo temos a FÉ:

a) Salvadora – Ef. 2.8; d) Grande – Mt 15.21 a 28;b) Comum – Tt 1.4; Jd 3; e) Vencedora – I Jo 5.4;c) Pequena – Mt 14.28 a 31; f) Crescente – II Ts 1.3.

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4. Método Biográfico de Estudo da Bíblia

Esta espécie de estudo bíblico é divertida, pois você tem a oportunidade de sondar o caráter das pessoas que o Espírito Santo colocou na Bíblia, e de aprender de suas vidas. Paulo, escrevendo aos Coríntios, disse: "Estas cousas lhes sobrevieram como exemplo, e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado." (I Cor. 10.11)Sobre alguns personagens bíblicos muito foi escrito. Quando você estuda pessoas como Jesus, Abraão e Moisés, pode precisar restringir o estudo a áreas como, "A vida de Jesus como nos é revelada no Evangelho de João", "Moisés durante o Êxodo", ou "Que diz o Novo Testamento sobre Abraão". Lute sempre para manter os seus estudos bíblicos em tamanho manejável.

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5. Método de Estudo Indutivo. a) O método indutivo se baseia na convicção de que o Espírito Santo ilumina a quem examina

as escrituras com sinceridade, e que a maior parte da Bíblia não é tão complicada que quem saiba ler não possa entendê-la. Os Judeus da Bereia foram elogiados por examinarem cada dia as escrituras "se estas coisas eram assim". (At 17.10,11)

b) É óbvio que obras literárias tem "partes" que se formam no "todo". Existe uma ordem crescente de partes, de unidades simples e complexas, até se formarem na obra completa.

c) A unidade literária menor, que o Estudo Bíblico Indutivo (EBI) emprega, é a palavra. Organizam-se palavras em frases, frases em períodos, períodos em parágrafos, parágrafos em seções, seções em divisões, e por fim, a obra completa.

PALAVRA – Unidade menor; FRASES – Reunião de palavras que formam um sentido completo; PERÍODO – Reunião de frases ou orações que formam sentido completo; PARÁGRAFOS – Um discurso ou capítulo que forma sentido completo, e que usualmente se

inicia com mudança de linha. SEÇÃO – Parte de um todo, divisão ou subdivisão de uma obra, tratado, estudo.

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REGRAS FUNDAMENTAIS DE INTERPRETAÇÃO

A maior de todas as regras é: A ESCRITURA É EXPLICADA PELA PRÓPRIA ESCRITURA, ou seja, A BÍBLIA, SUA PRÓPRIA INTERPRETE.

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1. Primeira Regra – É preciso, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum.

Porém, tenha-se sempre presente a verdade de que o sentido usual e comum não eqüivale sempre ao sentido literal.Exemplo: Gn 6.12 = A palavra CARNE (no sentido usual e comum significa pessoa)A palavra CARNE (no sentido literal significa tecido muscular)

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2. Segunda Regra – É de todo necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase.

Exemplos:a) FÉ em Gl 1.23 = significa crença, ou seja, doutrina do Evangelho.FÉ em Rm 14.23 = significa convicção.

b) GRAÇA em Ef 2.8 = significa misericórdia, bondade de Deus.GRAÇA em At. 14.3 = significa pregação do Evangelho.c) CARNE em Ef. 2.3 = significa desejos sensuais.CARNE em I Tm 3.16 = significa forma humana.CARNE em Gn 6.12 = significa pessoas.

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3. Terceira Regra

É necessário tomar as palavras no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que estão antes e os que estão depois do texto que se está estudando.

No contexto achamos expressões, versículos ou exemplos que nos esclarecem e definem o significado da palavra obscura no texto que estamos estudando.

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4. Quarta Regra

É preciso levar em consideração o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.O objetivo ou desígnio de um livro ou passagem se adquire, sobretudo, lendo-o e estudando-o com atenção e repetidas vezes, tendo em conta em que ocasião e a quais pessoas originalmente foi escrito. Alguns livros da Bíblia já trazem estas informações. Ex.: Provérbios 1.1-4.

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5. Quinta Regra

É necessário consultar as passagens paralelas, "explicando cousas espirituais pelas espirituais". (I Cor. 2.13)Passagens paralelas são as que fazem referência uma à outra, que tem entre si alguma relação, ou tratam de um modo ou outro de um mesmo assunto.

Existe paralelos de palavras, paralelos de idéias e paralelos de ensinos gerais.

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a) Paralelos de palavras – Quando lemos um texto e encontramos nele uma palavra duvidosa, recorremos a outro texto que contenha palavra idêntica e assim, entendemos o seu significado. Ex.: "Trago no corpo as marcas de Jesus." (Gl 6.17). Fica mais fácil o seu entendimento quando lemos a passagem paralela: "Trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus (I Cor. 4.10).

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b) Paralelos de Idéias – Para conseguir idéia completa e exata do que ensina determinado texto, talvez obscuro ou discutível, consulta-se não somente as palavras paralelas, mas os ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou passagens que se relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Tais textos ou passagens chamam-se paralelos de idéias.

Ex.: "Sobre esta pedra edificarei a minha igreja". (Mt 16.16) Quem é esta pedra? Se pegarmos em I Pd 2.4, a idéia paralela: "E, chegando-vos para ele, (Jesus) pedra viva..." entenderemos que a pedra é Cristo.

Outro exemplo: Em Gl 6.15, o que é de valor para Cristo é a nova criatura. Que significa esta expressão figurada? Consultando o paralelo de 2 Cor. 5.17, verificamos que a nova criatura é a pessoa que "esta em Cristo", para a qual "as cousas antigas passaram", e "se fizeram novas".

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c) Paralelos de ensinos gerais – Para a correta interpretação de determinadas passagens não são suficientes os paralelos de palavras e de idéias, é preciso recorrer ao teor geral, ou seja, aos ensinos gerais das Escrituras.

Exemplos: - O ensino de que "o homem é justificado pela fé sem as obras da lei", só será bem compreendido, com a ajuda dos ensinos gerais na Bíblia toda.

- Segundo o teor ou ensino geral das Escrituras, Deus é um espírito onipotente, puríssimo, santíssimo, conhecedor de todas as cousas e em todas as partes presente. Porém há textos que, aparentemente, nos apresentam um Deus como o ser humano, limitando-o a tempo ou lugar, diminuindo em algum sentido sua pureza ou santidade, seu poder ou sabedoria; tais textos devem ser interpretados à luz dos ensinos gerais das Escrituras.

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Guia para Interpretação BíblicaI. Pano de fundo da passagem

A. Qual o tema principal do livro? B. Quais os propósitos do autor? C. Qual o pano de fundo do autor? D. Qual o cenário histórico? E. Que tipo de literatura é essa? Parábola, poesia, apocalíptica, de

ensino? F. Entendimento/Contexto dos Leitores - a quem o livro foi escrito? G. Uso de outros conceitos escriturísticos - Citações?

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II. Contexto Imediato

A. Leia a passagem em pelo menos 3 traduções diferentes. B. O que precede e se segue imediatamente à passagem? C. Há algumas definições fornecidas pelo contexto imediato? D. Qual é o argumento principal do capítulo inteiro? E. Qual é o ponto principal da própria passagem? F. Qual é o entendimento consistente da passagem no contexto?

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III. Contexto Amplo

A. A minha interpretação faz essa passagem contradizer com 1. o próprio autor? 2. outras passagens bíblicas? 3. com o bom senso? B. Quais outras passagens na Escritura lançam luz sobre os assuntos

levantados nessa passagem?

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ESTUDO ADICIONALI. Identificação de termos chaves

A. Liste as palavras “chave” na passagem. B. Os significados delas é claro? Como as traduções diferem nesse ponto? C. Consulte uma concordância para o significado das palavras nos idiomas

originais. D. Examine o uso da palavra (no idioma original) pelo autor, e então em outros

livros. E. Se for uma passagem do Novo Testamento, veja como os termos são usados

no Antigo Testamento. Se do Antigo Testamento, veja como o conceito é levantado pelo Novo Testamento.

F. Determina se a frase é um idioma da linguagem.

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II. Estudos de Palavras / Estudos Sintáticos

A. Consulte algum dicionário lingüístico sobre o uso do termo na Escritura e na literatura secular.

B. Estude a ocorrência de cada palavra no contexto cada vez que ela é usada na Escritura.

C. Estude possíveis termos cognatos (Grego-> Hebraico/Hebraico->Grego) e relações.

D. Examine a forma gramatical da palavra no contexto, e determina as relações sintáticas.

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III. Estudos Textuais

A. Consulte um texto crítico da passagem nos idiomas originais. B. Examine qualquer variante textual que tenha significado. C. Determine possíveis efeitos de aceitação de várias leituras.