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www.enegegeologia.blogspot.com Edição Especial 47º Congresso Brasileiro de Geologia Setembro de 2014, n. 1. 1 Jornal da ENEGE Executiva Nacional dos Estudantes de Geologia Nesta edição: U Editorial U Manifesto sobre o 47º CBG U ENEGE: 10 anos de reativação! U ENEGEO: um histórico. U Diretrizes Curriculares para a Geologia U Novo Marco regulatório da Mineração U Cartão Comemorativo Dia do Geólogo U Camiseta dos 10 anos de Reativação U Chamado para o ENEGEO 2015! EDITORIAL Germano Alves Batista - UFOP Presidente da ENEGE Em 2014, com os 10 ANOS DE REATIVAÇÃO DA ENEGE, comprovamos que a chama da luta dos estudantes continua acesa em prol dos interesses estudantis e necessidades do meio de atuação profissional. Mais uma nova diretoria da ENEGE toma posse, composta por alguns membros de diretorias passadas, e a mesma traça um perfil para que a reestruturação da Executiva continue sólida e embasada em meios às dificuldades de articulação em que as representações estudantis de todo país se encontram nos dias atuais. Até então, o ano de 2014 foi um ano conturbado, marcado por vitórias, concretização de negativas previsões feitas no ano passado e algumas surpresas inexplicáveis. Dentre as vitórias, podemos citar a aprovação pelo MEC das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Geologia e Engenharia Geológica. Dentre as negativas vivenciadas por nós, devemos, inevitavelmente, citar a instabilidade no mercado de trabalho marcada pela crise mineral decorrente do fantasmagórico Novo Marco Regulatório da Mineração que nos foram, tão competentemente, anunciadas pelo Movimento Consciência Mineral. Mas nossa surpresa está concentrada nos vergonhosos e absurdos preços de inscrições do 47° Congresso Brasileiro de Geologia que, mesmo diante de todas as tentativas de intervenção que nos foram possíveis, foram mantidos pela organização do mesmo levando inúmeros colegas, de estudantes a profissionais, a desistirem de participarem deste que é o maior evento das geociências da América Latina. Esta edição especial do Jornal da ENEGE é um breve informativo que atualiza o resgate da atuação de nossa Executiva, retomando textos de documentos históricos e antigas reportagens publicadas em edições anteriores, marcando a luta pela efetiva reativação desta, e ressaltando não só a importância mas a pertinência destas discussões. Vale também ressaltar a importância de nós estudantes buscarmos cada vez mais nos unirmos para pensarmos a nossa comunidade acadêmica como um todo, e não sermos egoístas pensando apenas em nossas necessidades individuais, para que então nossos interesses e objetivos sejam alcançados. Temos que lutar para que cada vez mais os Centros/Diretórios Acadêmicos se fortaleçam em conjunto com a ENEGE pois somente com UNIÃO teremos uma ENEGE FORTE, EFICAZ e verdadeiramente REPRESENTATIVA. ESTUDANTES DE TODO O PAÍS, UNI- VOS!! SOBRE O 47º CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA Nada mais lógico do que abrir esta edição de nosso jornal nos manifestando acerca da realização do 47º Congresso Brasileiro de Geologia. Para tal, retomaremos aqui os nossos manifestos anteriores.

Jornal 47cbg ed. Setembro 2014

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Jornal da Enege

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www.enegegeologia.blogspot.com Edição Especial 47º Congresso Brasileiro de Geologia Setembro de 2014, n. 1.

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Jornal da ENEGE

Executiva Nacional dos Estudantes de Geologia

Nesta edição: U Editorial U Manifesto sobre o 47º CBG U ENEGE: 10 anos de reativação! U ENEGEO: um histórico. U Diretrizes Curriculares para a Geologia

U Novo Marco regulatório da Mineração U Cartão Comemorativo Dia do Geólogo U Camiseta dos 10 anos de Reativação U Chamado para o ENEGEO 2015!

EDITORIAL

Germano Alves Batista - UFOP Presidente da ENEGE

Em 2014, com os 10 ANOS DE

REATIVAÇÃO DA ENEGE, comprovamos que a chama da luta dos estudantes continua acesa em prol dos interesses estudantis e necessidades do meio de atuação profissional. Mais uma nova diretoria da ENEGE toma posse, composta por alguns membros de diretorias passadas, e a mesma traça um perfil para que a reestruturação da Executiva continue sólida e embasada em meios às dificuldades de articulação em que as representações estudantis de todo país se encontram nos dias atuais.

Até então, o ano de 2014 foi um ano conturbado, marcado por vitórias, concretização de negativas previsões feitas no ano passado e algumas surpresas inexplicáveis. Dentre as vitórias, podemos citar a aprovação pelo MEC das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Geologia e Engenharia Geológica. Dentre as negativas vivenciadas por nós, devemos, inevitavelmente, citar a instabilidade no mercado de trabalho marcada pela crise mineral decorrente do fantasmagórico Novo Marco Regulatório da Mineração que nos foram, tão competentemente, anunciadas pelo Movimento Consciência Mineral. Mas nossa surpresa está concentrada nos vergonhosos e absurdos preços de inscrições do 47° Congresso Brasileiro de Geologia que, mesmo diante de todas as tentativas de intervenção que nos foram possíveis, foram mantidos pela organização do mesmo levando inúmeros colegas, de estudantes

a profissionais, a desistirem de participarem deste que é o maior evento das geociências da América Latina.

Esta edição especial do Jornal da ENEGE é um breve informativo que atualiza o resgate da atuação de nossa Executiva, retomando textos de documentos históricos e antigas reportagens publicadas em edições anteriores, marcando a luta pela efetiva reativação desta, e ressaltando não só a importância mas a pertinência destas discussões.

Vale também ressaltar a importância de nós estudantes buscarmos cada vez mais nos unirmos para pensarmos a nossa comunidade acadêmica como um todo, e não sermos egoístas pensando apenas em nossas necessidades individuais, para que então nossos interesses e objetivos sejam alcançados. Temos que lutar para que cada vez mais os Centros/Diretórios Acadêmicos se fortaleçam em conjunto com a ENEGE pois somente com UNIÃO teremos uma ENEGE FORTE, EFICAZ e verdadeiramente REPRESENTATIVA.

ESTUDANTES DE TODO O PAÍS, UNI-

VOS!!

SOBRE O 47º CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA

Nada mais lógico do que abrir esta edição de

nosso jornal nos manifestando acerca da realização do 47º Congresso Brasileiro de Geologia. Para tal, retomaremos aqui os nossos manifestos anteriores.

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Como sabemos, o Congresso Brasileiro de Geologia é uma oportunidade única que temos para aumentar, integralizar e atualizar, não somente nossos conhecimentos, mas adquirirmos uma maior proximidade com pesquisadores, colegas de profissão, instituições e empresas atuantes no ramo. E foi com pesar que a comunidade geológica como um todo se deparou com a impossibilidade de participar do 47º CBG diante das condições de precificação do evento.

A ENEGE enquanto entidade representativa da comunidade acadêmica de Geologia, buscou a Comissão Organizadora do evento apresentando carta de manifestação de insatisfação/indignação da comunidade acadêmica de geologia frente aos valores cobrados como taxa de inscrição para o 47º CBG que sofreram um aumento superior a 250% sobre os valores cobrados no 46º CBG, reivindicando novo cálculo da taxa de inscrição e que os mesmos fossem reajustados com base no aumento da inflação vigente no período entre os dois congressos. Como resposta recebemos que a reivindicação dos estudantes de geologia sobre o valor da taxa de inscrição no 47º CBG foi analisada pela Comissão Organizadora do evento, mas que deveríamos considerar que “a organização do 47º CBG contou com um repasse financeiro um terço menor que aquele recebido pelo último congresso” e que “atualmente existe uma contração acentuada do setor produtivo como um todo e particularmente na área de atuação dos geólogos”. Ainda segundo a Comissão Organizadora do evento, os valores das inscrições do 47º CBG foram estabelecidos sem levar em conta os subsídios de patrocinadores, diferentemente de suas edições anteriores e que “em caso de haver uma boa captação de recursos junto ao setor produtivo, que venha a garantir a realização do 47º CBG, poderemos avaliar a redução do valor da taxa para estudantes associados da SBG”.

A declaração de impossibilidade de revisão dos valores aplicados por parte desta comissão nos levou a elaboração de um abaixo-assinado que circulou em muitas de nossas escolas de Geologia. O “Abaixo-Assinado pelo reajuste dos valores de inscrição do 47º Congresso Brasileiro de Geologia” foi então entregue à Sociedade Brasileira de Geologia, durante a sexta edição do SIMEXMIN, Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral, manifestando a insatisfação/indignação da

comunidade acadêmica de geologia frente aos valores cobrados como taxa de inscrição do evento.

Entendemos que a inflexibilidade de redução dos valores cobrados demonstram que a SBG pouco deseja a participação dos estudantes no respectivo evento, em especial se levarmos em conta o fato de ainda arcarmos com gastos de transporte, alimentação e hospedagem durante a realização do evento.

Além disso, entendemos que o maior evento de Geociências da América Latina não requer necessariamente o maior requinte em sua estrutura. O corte de gastos é a principal forma de conseguirmos diminuir os custos de realização do evento e, em especial, de reverter esta diminuição de custos nos valores das inscrições de todos os participantes.

A proposta da comunidade acadêmica, com apoio de empresas patrocinadoras do CBG, é a de rever os parâmetros sobre os quais os Congressos Brasileiros de Geologia vem sido montados. A comunidade geológica não necessita de um evento faraônico para congregar e compartilhar conhecimentos, precisamos minimamente de auditórios, microfones e espaços físicos previamente delimitados para os expositores, e podemos consegui-los com pés no chão de acordo com a realidade em que nos encontramos.

Nós da ENEGE acreditamos que novas posturas possam ser tomadas para a realização dos próximos congressos e, contamos que a nova comissão organizadora assuma o compromisso pela busca de uma forma mais econômica e transparente na construção deste grande evento.

Além disso entendemos, que espaços como o Congresso Brasileiro de Geologia, devem sempre prezar pela a participação efetiva do corpo discente, tanto em sua construção quanto em sua real realização. Para tal, é imprescindível a dedicação da comissão organizadora pela oferta de alojamentos mais acessíveis (que este ano foram apresentados em última hora) e a concessão de espaços para que entidades como a ENEGE possam também marcar presença. Para nós da ENEGE, já era costume sermos convidados a compor um stand durante o CBG, e foi-nos uma infelicidade a recusa que este ano recebemos.

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EXECUTIVA NACIONAL DOS ESTUDANTES DE GEOLOGIA - ENEGE

Enegeo Chapada dos Guimarães (MT), 1979 A ENEGE foi fundada em 1962 com o intuito

de defender os interesses da classe, como a regulamentação da profissão geólogo, a luta contra o Ministro de Educação da época que propunha reduzir os cursos de Geologia1 para três anos e a campanha pela criação de uma empresa estatal de mineração, a MINEROBRAS.

A ENEGE era filiada a UNE (União Nacional dos Estudantes), que foi alvo da primeira ação da ditadura militar brasileira com a tomada do poder em 1964. Sua sede, localizada na Praia do Flamengo, foi metralhada, invadida e incendiada, na noite de 30 de março 1964. Assim, a ENEGE que surgiu em um período de instabilidade política acabou se desintegrando em 1968 em resultado a desarticulação do movimento estudantil após o incêndio na sede da UNE.

Felizmente, as péssimas condições de ensino e a reanimação do movimento popular, incitaram as discussões sobre o ensino superior e questões profissionais, resultando na rearticulação da UNE e na organização de uma comissão Pró-ENEGE. O resultado deste movimento foi a realização do primeiro ENEGEO, na cidade de Recife (PE), em 1978 e o ressurgimento da ENEGE em 1980.

Na década de 80 a nossa ressurgente ENEGE para a trabalhar como organizadora e difusora das discussões de temas pertinentes à Geologia, como o ensino da Geologia e as questões profissionais que envolviam a carreira do geólogo, essencialmente, organizando os Encontros

1 Os cursos até então existentes eram: USP, UFOP, UFRGS, UFPE, UFBA E UFRJ.

Nacionais de Estudantes de Geologia e o Simpósio Nacional dos Cursos de Geologia.

No final da década de 80, já haviam no país 18 cursos de Geologia. 1957: USP, UFOP, UFRGS E EFPE; 1958: UFBA, UFRJ; 1963-64: UnB, UFPA; 1970-73: Unesp, UFCE, UFRRJ, UFMG, UFPR, Unisinos; ✩ 1970 † 1980 Unifor; 1976-77: UFAM, UFMT, UFRN, UERJ.

Na década de 90 a ENEGE perde a força e o ENEGEO perde seu caráter político.

Em 2001, durante o XXIII ENEGEO (Lençóis, BA), acontece uma nova tentativa de reorganização e retomada dos interesses políticos. Em 2003, durante o XXV ENEGEO (São Jorge, GO), foi montada a Comissão Pró-ENEGE contando com a participação de 14 escolas. Em dezembro de 2003 (Belo Horizonte, MG), realizou-se a primeira reunião desta comissão para a discussão dos currículos dos cursos de Geologia e a participação dos alunos no Fórum Nacional dos Cursos de Geologia. Em 2004, em Seropédica (RJ), realizou-se a II Reunião da Comissão Pró-ENEGE onde foi discutida a participação no Fórum Nacional dos Cursos de Geologia, currículos e campos, além da divulgação da Geologia para a Sociedade. Em junho de 2004, em Diamantina (MG), a ENEGE participa pela primeira vez do Fórum de Coordenadores.

Em agosto de 2004, durante o XXVI ENEGEO

(Boiçucanga, SP), acontecem novas reuniões Pró-ENEGE, reorganização de palestras para a volta do caráter cultural do evento e esforços para o reavivamento da entidade. Em 2005, em uma nova reunião Pró-ENEGE em Salvador (BA) propõe-se a reestruturação do Estatuto da ENEGE e durante o XXVII ENEGEO (Conceição do Mato Dentro, MG) discute-se a retomada dos cursos no Eschewege. No final deste ano, ocorre uma última reunião da Comissão Pró-ENEGE em Campinas (SP), onde tem-se a aprovação do Estatuto e a formação da Chapa “AGORA VAI” (Presidência: Torresmo – USP).

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Em 2006 a ENEGE é novamente regulamentada e a realização do XXVIII ENEGEO em Farol de Santa Marta (SC) demonstra grande importância social, com foco no ensino de Geologia e na divulgação dos conhecimentos geológicos para a sociedade (através da realização de palestras, campos e aulas com a comunidade.

Enegeo Farol da Santa Marta (SC), 2006

Durante a Gestão de 2006/07, “ENEGE,

Avante!” (Presidência: Joaninha – UNESP) acontece a primeira participação reconhecida da ENEGE no 43º Congresso Brasileiro de Geologia.

A Gestão 2007/08 marca o segundo mandato de Joaninha (UNESP), após eleição durante o XXIX ENEGEO (Chapada dos Guimarães, MT). Gestão 2008/09 - Presidência Maminha Gestão 2009/10 - Presidência Marcinha Gestão 2010/11 - Presidência Rabikó (USP) Gestão 2011/12 - Presidência Barbariza (UFMG) “Botando a ENEGE em frente!” Gestão 2012/13 - Presidência Barbariza (UFMG) Gestão 2013/14 - Presidência Panca (UFRGS) Gestão 2014/15 - Presidência Germano Alves Batista (UFOP)

As chapas da ENEGE são eleitas nas Assembléias Gerais de Estudantes de Geologia, realizadas durante os Encontros Nacionais de Estudantes de Geologia. Os interessados em compor a nova gestão se manifesta publicamente aos presentes e são eleitos por consenso, ocupando os cargos distribuídos em: Coordenadoria Geral, Coordenadoria Financeira, Coordenadoria de Imprensa, Coordenadoria Sede, Coordenadoria Acadêmica e Estudantes Representantes de suas respectivas Escolas.

Enegeo Santa Leopoldina, 2009

Atualmente a ENEGE busca estar sempre em

contato com os estudantes, através dos representantes de seus centros acadêmicos e dos representantes de suas respectivas Universidades, pois estreitando as relações consegue se aproximais mais da realidade de cada instituição garantindo uma luta política mais organizada e unificada.

ENEGEO: UMA HISTÓRIA

O Encontro Nacional dos Estudantes de

Geologia (ENEGEO) foi criado como instrumento de organização estudantil no contexto da política ao final da ditadura militar e, teve sua primeira edição no ano de 1978, na cidade de Recife (PE), como resultado da movimentação Pró-ENEGE. Desde sua primeira edição o ENEGEO é realizado anualmente, com exceção ao ano 1989, quando não pode ser realizado.

Enegeo Tibagi, 2013. Foto: Rabikó.

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Até a década de 90, o ENEGEO foi palco de

discussões de temas pertinentes como o ensino da Geologia e as questões profissionais que envolviam a carreira do geólogo, mas esta década é marcada pela desarticulação da ENEGE e perda do cunho político e social deste evento. Felizmente o XXVIII ENEGEO em Farol de Santa Marta (SC) nos demonstra como o ENEGEO pode ter uma grande importância social, baseando sua realização na divulgação dos conhecimentos geológicos para a sociedade, unindo estudantes e convidados participantes do evento com a comunidade que sedia-o, através de palestras, aulas campos e exposições.

Atualmente o ENEGEO é, anualmente, construído em ações conjuntas da ENEGE e dos estudantes do curso de Geologia da Universidade sede do encontro, com o propósito de resgatar a essência do evento.

O encontro é realizado em regiões geologicamente interessantes, e preza pela realização de saídas de campo geralmente ministradas por professores e/ou pesquisadores convidados, além de contar com palestras sobre a Geologia da região e temáticas geológicas. Acontecem também palestras e discussões pertinentes a temas recorrentes na área. Também são realizadas duas reuniões da ENEGE, uma logo no início do evento com o objetivo de apresentar o balanço da Gestão que se encerra, onde são discutidos os feitos do ano, e outra, ao final do evento, com o objetivo de eleger a sede do próximo ENEGEO e a nova Gestão da ENEGE.

O número crescente de escolas de Geologia pelo país e as facilidades de comunicação estão engrandecendo anualmente o nosso ENEGEO. Segue então uma lista do histórico de realização dos Encontros Nacionais de Geologia:

Enegeo Chapada dos Guimarães (MT), 1979

I ENEGEO (1978) Recife -PE

II ENEGEO (1979) Cuiabá - MT III ENEGEO (1980) Ouro Preto - MG

IV ENEGEO (1981) São Leopoldo - RS V ENEGEO (1982) Fortaleza - CE VI ENEGEO (1983) Brasília - DF

VII ENEGEO (1984) São Paulo - SP VIII ENEGEO (1985) Ouro Preto - MG

IX ENEGEO (1986) Cuiabá - MT X ENEGEO (1987) Belém - PA

XI ENEGEO (1988) Porto Alegre - RS XII ENEGEO (1990) Belo Horizonte - MG

XIII ENEGEO (1991) Pirassunga - SP XIV ENEGEO (1992) Ouro Preto - MG

XV ENEGEO (1993) Fortaleza - CE XVI ENEGEO (1994) Rio de Janeiro - RJ XVII ENEGEO (1995) Tramandaí - RS

XVIII ENEGEO (1996) Águas de São Pedro - SP XIX ENEGEO (1997) Ajuruteua - PA XX ENEGEO (1998) Ilha do Mel - PR

XXI ENEGEO (1999) Chapada dos Guimarães - MT XXII ENEGEO (2000) Ilha Grande - RJ

XXIII ENEGEO (2001) Chapada Diamantina - BA XXIV ENEGEO (2002) Canoa Quebrada - CE

XXV ENEGEO (2003) Chapada dos Veadeiros - GO XXVI ENEGEO (2004) Boiçucanga - SP

XXVII ENEGEO (2005) Conceição do Mato Dentro MG XXVIII ENEGEO (2006) Farol de Santa Marta - SC

XXIX ENEGEO (2007) Chapada dos Guimarães - MT XXX ENEGEO (2008) Cabo Frio - RJ

XXXI ENEGEO (2009) Santa Leopoldina - ES XXXII ENEGEO (2010) Fortaleza - CE

XXXIII ENEGEO (2011) Delfinópolis - MG XXXIV ENEGEO (2012) Praia dos Garcez - BA

XXXV ENEGEO (2013) Tibagi – PR XXXVI ENEGEO (2014) Ubatuba – SP

XXXVII ENEGEO (2015) Chapada dos Veadeiros (GO)

Vista de uma das cacheiras da Chapada dos Veadeiros publicada no grupo da ENEGE no Facebook e Primeira

Reunião da Comissão Pró-ENEGEO Chapada dos Veadeiros (GO) - Sede UNB

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DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA OS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA: ENFIM NORTEADOS!

Desde 20 de dezembro 1996, com a

homologação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso o antigo Decreto de Lei que regulamentava o currículo mínimo dos cursos de Geologia não possuía mais validade. A partir desta decisão, tornou-se um ponto chave da luta da comunidade geológica implementar as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação de Geologia e Engenharia Geológica, de forma que a partir destas fossem assegurados os direitos de todos os estudantes da área uma estrutura adequada de bases de ensino.

Sendo assim, em 1999 foi elaborada a primeira proposta de composição destas Diretrizes e, em 2007 o processo pela primeira vez tramitou no Conselho Nacional de Educação.

Em uma reunião decisiva, em 3 de setembro de 2012, na qual a ENEGE esteve representada pelos seus membros Luiz Filipe Horta Jr. e Guilhermino Rocha, a proposta de 1999 foi debatida com representantes das classes geológicas e atualizada.

Após 13 anos, em 7 de novembro de 2012, foi aprovado o parecer das Diretrizes Curriculares. Posteriormente, houve um período em que a proposta ficou estagnada, até que em 2 de julho deste ano de 2014 foi homologado o parecer, desta forma tornando as Diretrizes Curriculares o parâmetro oficial para todos os cursos das áreas das Geociências.

O desafio agora será o processo de adequação dos cursos a estas Diretrizes, mas o maior passo já foi dado! E, como sempre, para essa adaptação podem contar com a ENEGE!

Abaixo alguns pontos importantes das diretrizes aprovadas: • Orientam o perfil de egresso desejado bem como as competências e habilidades que este deve possuir ao concluir o curso. • Especificam que a carga horária mínima do curso é de 3600 horas aula, que os trabalhos de campo devem corresponder a 20% ou 720 horas aula desse total e que é necessário um estágio

supervisionado obrigatório de no mínimo 120 horas. • Definem o conteúdo básico e comum do curso, que engloba além de conteúdos de exatas, biologia e geociências conteúdos referentes a habilidades de leitura e escrita, ética, cidadania, sociologia, política brasileira e desenvolvimento sustentável. Assim o futuro geólogo é inserido em uma ampla esfera de habilidades para não só desenvolver o seu trabalho, mas também para compreender a sociedade e a importância social de seu papel nela. • Determinam o conteúdo de formação específica, que deve constar, sem exceções, de todas as matérias obrigatórias do curso. • As Diretrizes abrangem também a carga optativa de matérias que se configuram pelos conteúdos temáticos específicos das geociências aplicadas e pelos conteúdos complementares de caráter interdisciplinar.

AINDA FALANDO SOBRE O NOVO MARCO REGULATÓRIO DA MINERAÇÃO

O fantasma do Novo Marco Regulatório da

Mineração (Projeto de Lei n°5.807/2013) continua assombrando e acarretando drásticas conseqüências no setor mineral brasileiro. A desaceleração do setor, como previsto pelo Movimento Consciência Mineral, já é mais que uma realidade e, como um “efeito dominó” vem acarretando grandes prejuízos para os profissionais de geologia e de setores afins. Atualmente o que mais se encontra não são apenas profissionais recém formados desempregados, mas também profissionais qualificados e com grande experiência no mercado de molho, vítimas da má elaboração e do atraso deste Projeto de Lei que conta no momento com 372 emendas.

Atualmente, um fator revoltante é que em meio “a corrida pelo Planalto” os então candidatos à Presidência da República nem se quer citaram de forma incisiva em seus Programas de Governo o que farão para que o setor saia da recessão em que se encontra, tendo em vista que segundo dados do IBRAM (Instituto

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Brasileiro de Mineração) o setor é responsável por 5% do PIB e quase 30% da balança comercial do país. Prejuízos incalculáveis continuam sendo somados, como por exemplo quantas minas poderiam terem suas atividades iniciadas e estão com seus projetos de pesquisa mineral parados? Quantas novas jazidas deixaram de ser pesquisadas com esta estagnação da pesquisa mineral?

Consequentemente as áreas de pós graduação em geociências vem se tornando um refúgio para os profissionais de geologia até então afetados, o que ocasiona a inflação pela busca de bolsas de mestrados e doutorados pelas diversas escolas de geologia do país. Somamos mais de 4 anos de discussão deste assunto que nos assombra e a pergunta que fica é: Até quando seremos reféns do Novo Marco Regulatório da Mineração?

RELEMBRANDO O DIA DO GEÓLOGO

Este ano, em comemoração ao Dia do Geólogo (30 de maio) a ENEGE realizou uma promoção para a confecção de um cartão comemorativo, composto de uma foto e um texto enviados por estudantes e geólogos que nos acompanham pelas redes sociais. O requisito era que ambos, fotos e textos, representassem a figura d@ geólog@!

A antiga Gestão da ENEGE elegeu então a fotografia e o texto vencedor do concurso, que além de terem seus produtos artísticos divulgados no cartão comemorativo da ENEGE, receberão (assim que saírem do plano das ideias), uma camiseta “ENEGE - Dez anos de Reativação”.

Então, relembrando o concurso cultural, aprsentamos aqui o belíssimo texto enviado pelo Tiago Fischer, geólogo formado pela UFRGS, e da icônica fotografia de Arnon Costa, acadêmico de geologia da UFMG.

Mais uma vez o nosso parabéns a toda a comunidade geológica: Que todo dia seja dia de Geologia em nossas vidas! E, o nosso obrigado e o nosso parabéns especial aos dois participantes, que receberão (prometemos que sim!) uma

camiseta comemorativa dos 10 Anos de Reativação da ENEGE como prêmio pela seleção.

Arnon Costa

O que acontece, desde a estranha plasticidade de massas altamente tenazes, às disputas pelo espaço milimétrico do crescimento (im)perfeito de um cristal, passando pelo cenário das formas de relevo esculpidas nas rochas e pela história escondida num tempo que não se registra em estado sólido, em qualquer lugar que se esteja, nada mais é do que a simples, ainda que complexa, relação entre os elementos e leis primordiais da natureza. E num ponto silencioso e observador da imensidão da paisagem um ser inundado de inspiração é constantemente construído, pois, à medida que avança na descrição do fenômeno, mais reconhece-se como seu produto, mais integra-se a ele. Ali, naquele ponto quase imperceptível do imenso, envolto em ideias, medidas, dúvidas e soluções, sempre haverá um ser chamado Geólogo.

Tiago Fischer

CAMISETA “ENEGE 10 ANOS DE REATIVAÇÃO”

Ficou curioso em saber sobre essa citada

camiseta dos 10 anos de REATIVAÇÃO da ENEGE? Então dê uma conferida.

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Infelizmente, como ainda estamos

trabalhando na regularização de nossa Executiva, não foi possível tirá-la do plano das ideias, mas estamos trabalhando para que não demore muito tempo para esta, e novas propostas de nossa gestão se concretizarem.

E fica aqui o nosso agradecimento ao Ezequiel de Souza, geólogo formado pela UFRGS, pela composição da logo da Reativação da ENEGE:

CHEGA ENEGEO!!!

2015 SERÁ ANO DE ENEGEO DE SERRA, E O ENEGEO SERÁ REALIZADO NA CHAPADA DOS VEADEIROS (GO). COMO SEMPRE A ESCOLA SEDE, NESTE CASO A UNB, ESCOLHERÁ A DEDO UM LOCAL FANTÁSTICO QUE COMPORTE O EVENTO. EM BREVE ESTAREMOS DIVULGANDO MAIORES INFORMAÇÕES A RESPEITO, MAS JÁ PODEMOS ADIANTAR QUE A GALERA DA UNB ESTÁ EMPOLGADA E JÁ ESTÃO TESTANDO AS RECEITAS DE BOLOVO E APURANDO O SABOR DA TRADICIONAL JALALAH.

Primeira Geocerva Pró ENEGEO Chapada dos Veadeiros,

o famoso Happy Hour da Geologia da Unb

CONVIDE SEUS COLEGAS, E VÁ AO ENEGEO 2015!!!

CHEGAAAA ENEGEO!!!