1 ( ) LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DA EDUCAÇÃO Artigo 1º - A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º - Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º - A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. TÍTULO II DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL Artigo 2º - A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Artigo 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. ( ) Com as alterações introduzidas pelas Leis nºs 9.475/97; 10.287/01; 10.328/01; 10.639/03; 10.709/03; 10.793/03; 11.114/05; 11.183/05; 11.274/06; 11.301/06; 11.330/06; 11.331/06; 11.525/07; 11.632/07; 11.645/08; 11.684/08; 11.700/08; 11.741/08; 11.769/08; 11.788/08; 12.013/09; 12.014/09;12.020/09; 12.056/09; 12.061/09; 12.287/10; 12.416/11 e 12.472/11; 12.603/12; 12.608/12; 12.796/13.
1. 1 ( ) LEI N 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 Estabelece as
diretrizes e bases da educao nacional O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei: TTULO I DA EDUCAO Artigo 1 - A educao abrange os processos
formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivncia
humana, no trabalho, nas instituies de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizaes da sociedade civil e nas
manifestaes culturais. 1 - Esta Lei disciplina a educao escolar,
que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em
instituies prprias. 2 - A educao escolar dever vincular-se ao mundo
do trabalho e prtica social. TTULO II DOS PRINCPIOS E FINS DA
EDUCAO NACIONAL Artigo 2 - A educao, dever da famlia e do Estado,
inspirada nos princpios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exerccio da cidadania e sua qualificao para o
trabalho. Artigo 3 - O ensino ser ministrado com base nos seguintes
princpios: I - igualdade de condies para o acesso e permanncia na
escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias
e de concepes pedaggicas; IV - respeito liberdade e apreo
tolerncia; V - coexistncia de instituies pblicas e privadas de
ensino; VI - gratuidade do ensino pblico em estabelecimentos
oficiais; VII - valorizao do profissional da educao escolar; VIII -
gesto democrtica do ensino pblico, na forma desta lei e da legislao
dos sistemas de ensino; IX - garantia de padro de qualidade; X -
valorizao da experincia extra-escolar; XI - vinculao entre a educao
escolar, o trabalho e as prticas sociais. ( ) Com as alteraes
introduzidas pelas Leis ns 9.475/97; 10.287/01; 10.328/01;
10.639/03; 10.709/03; 10.793/03; 11.114/05; 11.183/05; 11.274/06;
11.301/06; 11.330/06; 11.331/06; 11.525/07; 11.632/07; 11.645/08;
11.684/08; 11.700/08; 11.741/08; 11.769/08; 11.788/08; 12.013/09;
12.014/09;12.020/09; 12.056/09; 12.061/09; 12.287/10; 12.416/11 e
12.472/11; 12.603/12; 12.608/12; 12.796/13.
2. 2 TTULO III DO DIREITO EDUCAO E DO DEVER DE EDUCAR Artigo 4
- O dever do Estado com educao escolar pblica ser efetivado
mediante a garantia de: (1) I - educao bsica obrigatria e gratuita
dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da
seguinte forma: a) pr-escola; b) ensino fundamental; c) ensino
mdio; (2) II - educao infantil gratuita s crianas de at 5 (cinco)
anos de idade; (3) III - atendimento educacional especializado
gratuito aos educandos com deficincia, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, transversal a
todos os nveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede
regular de ensino; (4) IV - acesso pblico e gratuito aos ensinos
fundamental e mdio para todos os que no os concluram na idade
prpria; V - acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pesquisa e
da criao artstica, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de
ensino noturno regular, adequado s condies do educando; VII -
oferta de educao escolar regular para jovens e adultos, com
caractersticas e modalidades adequadas s suas necessidades e
disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as
condies de acesso e permanncia na escola; (5) VIII - atendimento ao
educando, em todas as etapas da educao bsica, por meio de programas
suplementares de material didtico-escolar, transporte, alimentao e
assistncia sade; IX - padres mnimos de qualidade de ensino,
definidos como a variedade e quantidade mnimas, por aluno, de
insumos indispensveis ao desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagem. (6) X vaga na escola pblica de educao infantil
ou de ensino fundamental mais prxima de sua residncia a toda criana
a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (7)
Artigo 5 O acesso educao bsica obrigatria direito pblico subjetivo,
podendo qualquer cidado, grupo de cidados, associao comunitria,
organizao sindical, entidade de classe ou outra legalmente
constituda e, ainda, o Ministrio Pblico, acionar o poder pblico
para exigi-lo. (8) 1 O poder pblico, na esfera de sua competncia
federativa, dever: (9) I - recensear anualmente as crianas e
adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que no
concluram a educao bsica; II - fazer-lhes a chamada pblica; III -
zelar, junto aos pais ou responsveis, pela frequncia escola. 2 - Em
todas as esferas administrativas, o Poder Pblico assegurar em
primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatrio, nos termos deste
artigo, contemplando em seguida os demais nveis e modalidades de
ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. (1) O
inciso I do art. 4 est com a redao dada pela Lei n 12.796/13. (2 )
O inciso II do art. 4 est com a redao dada pela Lei n 12.796/13.
(3) O inciso III do art. 4 est com a redao dada pela Lei n
12.796/13. (4) O inciso IV do art. 4 est com a redao dada pela Lei
n 12.796/13. (5) O inciso VIII do art. 4 est com a redao dada pela
Lei n 12.796/13. (6) O inciso X foi acrescentado ao caput do art. 4
pela Lei n 11.700/08. (7) O caput, do art. 5, est com a redao dada
pela Lei n 12.796/13. (8) O 1 do art. 5 est com a redao dada pela
Lei n 12.796/13. (9) O inciso I do 1 do art. 5 est com a redao dada
pela Lei n 12.796/13.
3. 3 3 - Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo
tem legitimidade para peticionar no Poder Judicirio, na hiptese do
2 do art. 208 da Constituio Federal, sendo gratuita e de rito
sumrio a ao judicial correspondente. 4 - Comprovada a negligncia da
autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino
obrigatrio, poder ela ser imputada por crime de responsabilidade. 5
- Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder
Pblico criar formas alternativas de acesso aos diferentes nveis de
ensino, independentemente da escolarizao anterior. (10) Artigo 6
dever dos pais ou responsveis efetuar a matrcula das crianas na
educao bsica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. Artigo 7 - O
ensino livre iniciativa privada, atendidas as seguintes condies: I
- cumprimento das normas gerais da educao nacional e do respectivo
sistema de ensino; II - autorizao de funcionamento e avaliao de
qualidade pelo Poder Pblico; III - capacidade de autofinanciamento,
ressalvado o previsto no art. 213 da Constituio Federal. TTULO IV
DA ORGANIZAO DA EDUCAO NACIONAL Artigo 8 - A Unio, os Estados, o
Distrito Federal e os Municpios organizaro, em regime de colaborao,
os respectivos sistemas de ensino. 1 - Caber Unio a coordenao da
poltica nacional de educao, articulando os diferentes nveis e
sistemas e exercendo funo normativa, redistributiva e supletiva em
relao s demais instncias educacionais. 2 - Os sistemas de ensino
tero liberdade de organizao nos termos desta Lei. Artigo 9 - A Unio
incumbir-se- de: I - elaborar o Plano Nacional de Educao, em
colaborao com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; II -
organizar, manter e desenvolver os rgos e instituies oficiais do
sistema federal de ensino e o dos Territrios; III - prestar
assistncia tcnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municpios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o
atendimento prioritrio escolaridade obrigatria, exercendo sua funo
redistributiva e supletiva; IV - estabelecer, em colaborao com os
Estados, o Distrito Federal e os Municpios, competncias e
diretrizes para a educao infantil, o ensino fundamental e o ensino
mdio, que nortearo os currculos e seus contedos mnimos, de modo a
assegurar formao bsica comum; V - coletar, analisar e disseminar
informaes sobre a educao; VI - assegurar processo nacional de
avaliao do rendimento escolar no ensino fundamental, mdio e
superior, em colaborao com os sistemas de ensino, objetivando a
definio de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; VII -
baixar normas gerais sobre cursos de graduao e ps-graduao; VIII -
assegurar processo nacional de avaliao das instituies de educao
superior, com a cooperao dos sistemas que tiverem responsabilidade
sobre este nvel de ensino; (10 ) Redao dada ao art. 6 pela Lei n
12.796/13.
4. 4 IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e
avaliar, respectivamente, os cursos das instituies de educao
superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. 1 - Na
estrutura educacional, haver um Conselho Nacional de Educao, com
funes normativas e de superviso e atividade permanente, criado por
lei. 2 - Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a Unio
ter acesso a todos os dados e informaes necessrios de todos os
estabelecimentos e rgos educacionais. 3 - As atribuies constantes
do inciso IX podero ser delegadas aos Estados e ao Distrito
Federal, desde que mantenham instituies de educao superior. Artigo
10 - Os Estados incumbir-se-o de: I - organizar, manter e
desenvolver os rgos e instituies oficiais dos seus sistemas de
ensino; II - definir, com os Municpios, formas de colaborao na
oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuio
proporcional das responsabilidades, de acordo com a populao a ser
atendida e os recursos financeiros disponveis em cada uma dessas
esferas do Poder Pblico; III - elaborar e executar polticas e
planos educacionais, em consonncia com as diretrizes e planos
nacionais de educao, integrando e coordenando as suas aes e as dos
seus Municpios; IV - autorizar, reconhecer, credenciar,
supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituies
de educao superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino;
V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; (11)
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o
ensino mdio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art.
38 desta Lei; (12) VII - assumir o transporte escolar dos alunos da
rede estadual. Pargrafo nico - Ao Distrito Federal aplicar-se-o as
competncias referentes aos Estados e aos Municpios. Artigo 11 - Os
Municpios incumbir-se-o de: I - organizar, manter e desenvolver os
rgos e instituies oficiais dos seus sistemas de ensino,
integrando-os s polticas e planos educacionais da Unio e dos
Estados; II - exercer ao redistributiva em relao s suas escolas;
III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; IV
- autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu
sistema de ensino; V - oferecer a educao infantil em creches e
pr-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a
atuao em outros nveis de ensino somente quando estiverem atendidas
plenamente as necessidades de sua rea de competncia e com recursos
acima dos percentuais mnimos vinculados pela Constituio Federal
manuteno e desenvolvimento do ensino; (13) VI - assumir o
transporte escolar dos alunos da rede municipal. Pargrafo nico - Os
Municpios podero optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual
de ensino ou compor com ele um sistema nico de educao bsica. Artigo
12 - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e
as do seu sistema de ensino, tero a incumbncia de: I - elaborar e
executar sua proposta pedaggica; (11) O inciso VI do art. 10 foi
acrescentado pela Lei n 12.061/09. (12) O inciso VII do art. 10 foi
acrescentado pela Lei n 10.709/2003. (13) O inciso VI do art. 11
foi acrescentado pela Lei n 10.709/2003.
5. 5 II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e
financeiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e
horas-aula estabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de
trabalho de cada docente; V - prover meios para a recuperao dos
alunos de menor rendimento; VI - articular-se com as famlias e a
comunidade, criando processos de integrao da sociedade com a
escola; VII - informar os pais e responsveis sobre a freqncia e o
rendimento dos alunos, bem como sobre a execuo de sua proposta
pedaggica. (14) VIII informar pai e me, conviventes ou no com seus
filhos, e, se for o caso, os responsveis legais, sobre a freqncia e
rendimento dos alunos, bem como sobre a execuo da proposta
pedaggica da escola; Artigo 13 - Os docentes incumbir-se-o de: I -
participar da elaborao da proposta pedaggica do estabelecimento de
ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
proposta pedaggica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela
aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratgias de recuperao
para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e
horas-aula estabelecidos, alm de participar integralmente dos
perodos dedicados ao planejamento, avaliao e ao desenvolvimento
profissional; VI - colaborar com as atividades de articulao da
escola com as famlias e a comunidade. Artigo 14 - Os sistemas de
ensino definiro as normas da gesto democrtica do ensino pblico na
educao bsica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princpios: I - participao dos profissionais da educao na
elaborao do projeto pedaggico da escola; II - participao das
comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Artigo 15 - Os sistemas de ensino asseguraro s unidades escolares
pblicas de educao bsica que os integram progressivos graus de
autonomia pedaggica e administrativa e de gesto financeira,
observadas as normas gerais de direito financeiro pblico. Artigo 16
- O sistema federal de ensino compreende: I - as instituies de
ensino mantidas pela Unio; II - as instituies de educao superior
criadas e mantidas pela iniciativa privada; III - os rgos federais
de educao. Artigo 17 - Os sistemas de ensino dos Estados e do
Distrito Federal compreendem: I - as instituies de ensino mantidas,
respectivamente, pelo Poder Pblico estadual e pelo Distrito
Federal; II - as instituies de educao superior mantidas pelo Poder
Pblico municipal; (14) O inciso VIII do art. 12 foi acrescentado
pela Lei n 10.287/2001 e est com a redao dada pela Lei n
12.013/2009.
6. 6 III - as instituies de ensino fundamental e mdio criadas e
mantidas pela iniciativa privada; IV - os rgos de educao estaduais
e do Distrito Federal, respectivamente. Pargrafo nico - No Distrito
Federal, as instituies de educao infantil, criadas e mantidas pela
iniciativa privada, integram seu sistema de ensino. Artigo 18 - Os
sistemas municipais de ensino compreendem: I - as instituies do
ensino fundamental, mdio e de educao infantil mantidas pelo Poder
Pblico municipal; II - as instituies de educao infantil criadas e
mantidas pela iniciativa privada; III - os rgos municipais de
educao. Artigo 19 - As instituies de ensino dos diferentes nveis
classificam-se nas seguintes categorias administrativas: I -
pblicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e
administradas pelo Poder Pblico; II - privadas, assim entendidas as
mantidas e administradas por pessoas fsicas ou jurdicas de direito
privado. Artigo 20 - As instituies privadas de ensino se enquadraro
nas seguintes categorias: I - particulares em sentido estrito,
assim entendidas as que so institudas e mantidas por uma ou mais
pessoas fsicas ou jurdicas de direito privado que no apresentem as
caractersticas dos incisos abaixo; (15) II - comunitrias, assim
entendidas as que so institudas por grupos de pessoas fsicas ou por
uma ou mais pessoas jurdicas, inclusive cooperativas educacionais,
sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora
representantes da comunidade; III - confessionais, assim entendidas
as que so institudas por grupos de pessoas fsicas ou por uma ou
mais pessoas jurdicas que atendem a orientao confessional e
ideologia especficas e ao disposto no inciso anterior; IV -
filantrpicas, na forma da lei. TTULO V DOS NVEIS E DAS MODALIDADES
DE EDUCAO E ENSINO CAPTULO I DA COMPOSIO DOS NVEIS ESCOLARES Artigo
21 - A educao escolar compe-se de: I - educao bsica, formada pela
educao infantil, ensino fundamental e ensino mdio; II - educao
superior. CAPTULO II DA EDUCAO BSICA SEO I DAS DISPOSIES GERAIS
Artigo 22 - A educao bsica tem por finalidades desenvolver o
educando, assegurar-lhe a formao comum indispensvel para o exerccio
da cidadania e fornecer- lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores. (15) O inciso II do caput do art. 20 est com a
redao dada pela Lei n 12.020/09.
7. 7 Artigo 23 - A educao bsica poder organizar-se em sries
anuais, perodos semestrais, ciclos, alternncia regular de perodos
de estudos, grupos no seriados, com base na idade, na competncia e
em outros critrios, ou por forma diversa de organizao, sempre que o
interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. 1 - A
escola poder reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de
transferncias entre estabelecimentos situados no Pas e no exterior,
tendo como base as normas curriculares gerais. 2 - O calendrio
escolar dever adequar-se s peculiaridades locais, inclusive
climticas e econmicas, a critrio do respectivo sistema de ensino,
sem com isso reduzir o nmero de horas letivas previsto nesta Lei.
Artigo 24 - A educao bsica, nos nveis fundamental e mdio, ser
organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga
horria mnima anual ser de oitocentas horas, distribudas por um
mnimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excludo o tempo
reservado aos exames finais, quando houver; II - a classificao em
qualquer srie ou etapa, exceto na primeira do ensino fundamental,
pode ser feita: a) por promoo, para alunos que cursaram, com
aproveitamento, a srie ou fase anterior, na prpria escola; b) por
transferncia, para candidatos procedentes de outras escolas; c)
independentemente de escolarizao anterior, mediante avaliao feita
pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experincia do
candidato e permita sua inscrio na srie ou etapa adequada, conforme
regulamentao do respectivo sistema de ensino; III - nos
estabelecimentos que adotam a progresso regular por srie, o
regimento escolar pode admitir formas de progresso parcial, desde
que preservada a seqncia do currculo, observadas as normas do
respectivo sistema de ensino; IV - podero organizar-se classes, ou
turmas, com alunos de sries distintas, com nveis equivalentes de
adiantamento na matria, para o ensino de lnguas estrangeiras,
artes, ou outros componentes curriculares; V - a verificao do
rendimento escolar observar os seguintes critrios: a) avaliao
contnua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalncia dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao
longo do perodo sobre os de eventuais provas finais; b)
possibilidade de acelerao de estudos para alunos com atraso
escolar; c) possibilidade de avano nos cursos e nas sries mediante
verificao do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concludos
com xito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperao, de preferncia
paralelos ao perodo letivo, para os casos de baixo rendimento
escolar, a serem disciplinados pelas instituies de ensino em seus
regimentos. VI - o controle de frequncia fica a cargo da escola,
conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo
sistema de ensino, exigida a frequncia mnima de setenta e cinco por
cento do total de horas letivas para aprovao; VII - cabe a cada
instituio de ensino expedir histricos escolares, declaraes de
concluso de srie e diplomas ou certificados de concluso de cursos,
com as especificaes cabveis. Artigo 25 - Ser objetivo permanente
das autoridades responsveis alcanar relao adequada entre o nmero de
alunos e o professor, a carga horria e as condies materiais do
estabelecimento.
8. 8 Pargrafo nico - Cabe ao respectivo sistema de ensino,
vista das condies disponveis e das caractersticas regionais e
locais, estabelecer parmetro para atendimento do disposto neste
artigo. 16Artigo 26. Os currculos da educao infantil, do ensino
fundamental e do ensino mdio devem ter base nacional comum, a ser
complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento
escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas caractersticas
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos
educandos. 1 - Os currculos a que se refere o caput devem abranger,
obrigatoriamente, o estudo da lngua portuguesa e da matemtica, o
conhecimento do mundo fsico e natural e da realidade social e
poltica, especialmente do Brasil. (17) 2 O ensino da arte,
especialmente em suas expresses regionais, constituir componente
curricular obrigatrio nos diversos nveis da educao bsica, de forma
a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (18) 3 A educao
fsica, integrada proposta pedaggica da escola, componente
curricular obrigatrio da educao bsica, sendo sua prtica facultativa
ao aluno: I que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis
horas; II maior de trinta anos de idade; III que estiver prestando
servio militar inicial ou que, em situao similar, estiver obrigado
prtica da educao fsica; IV amparado pelo Decreto-Lei n 1.044, de 21
de outubro de 1969; V (VETADO) VI que tenha prole. 4 - O ensino da
Histria do Brasil levar em conta as contribuies das diferentes
culturas e etnias para a formao do povo brasileiro, especialmente
das matrizes indgena, africana e europeia. 5 - Na parte
diversificada do currculo ser includo, obrigatoriamente, a partir
da quinta srie, o ensino de pelo menos uma lngua estrangeira
moderna, cuja escolha ficar a cargo da comunidade escolar, dentro
das possibilidades da instituio. (19) 6 A msica dever ser contedo
obrigatrio, mas no exclusivo, do componente curricular de que trata
o 2 deste artigo. (20) 7 Os currculos do ensino fundamental e mdio
devem incluir os princpios da proteo e defesa civil e a educao
ambiental de forma integrada aos contedos obrigatrios. (21) Art.
26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino mdio,
pblicos e privados, torna-se obrigatrio o estudo da histria e
cultura afro-brasileira e indgena. 1 O contedo programtico a que se
refere este artigo incluir diversos aspectos da histria e da
cultura que caracterizam a formao da populao brasileira, a partir
desses dois grupos tnicos, tais como o estudo da histria da frica e
dos africanos, a luta dos negros e dos povos indgenas no Brasil, a
cultura negra e indgena brasileira e o negro e o ndio na formao da
sociedade nacional, resgatando as suas contribuies nas reas social,
econmica e poltica, pertinentes histria do Brasil. (16) Redao dada
ao caput do art. 26 pela Lei n 12.796/13. (17) O 2 do art. 26 est
com a redao dada pela Lei n 12.287/10. (18) Redao dada ao 3 do art.
26 pela Lei n 10.328/01 e, posteriormente, pela Lei n 10.793/03.
(19) O 6 do art. 26 foi acrescentado pela Lei n 11.769/08. Os
sistemas de ensino tero 3 (trs) anos letivos para se adaptarem
exigncia estabelecida nesse pargrafo. (art. 3 da Lei n 11.769/08)
(20) O 7 foi acrescentado ao art. 26 pela Lei n 12.608/12. (21) O
art. 26-A foi acrescentado pela Lei n 10.639/03 e alterado pela Lei
n 11.645/08.
9. 9 2 Os contedos referentes histria e cultura afro-brasileira
e dos povos indgenas brasileiros sero ministrados no mbito de todo
o currculo escolar, em especial nas reas de educao artstica e de
literatura e histria brasileiras. Artigo 27 - Os contedos
curriculares da educao bsica observaro, ainda, as seguintes
diretrizes: I - a difuso de valores fundamentais ao interesse
social, aos direitos e deveres dos cidados, de respeito ao bem
comum e ordem democrtica; II - considerao das condies de
escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III - orientao
para o trabalho; IV - promoo do desporto educacional e apoio s
prticas desportivas no formais. Artigo 28 - Na oferta de educao
bsica para a populao rural, os sistemas de ensino promovero as
adaptaes necessrias sua adequao s peculiaridades da vida rural e de
cada regio, especialmente: I - contedos curriculares e metodologias
apropriadas s reais necessidades e interesses dos alunos da zona
rural; II - organizao escolar prpria, incluindo adequao do
calendrio escolar s fases do ciclo agrcola e s condies climticas;
III - adequao natureza do trabalho na zona rural. SEO II DA EDUCAO
INFANTIL (22) Artigo 29 A educao infantil, primeira etapa da educao
bsica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criana de
at 5 (cinco) anos, em seus aspectos fsico, psicolgico, intelectual
e social, complementando a ao da famlia e da comunidade. Artigo 30
- A educao infantil ser oferecida em: I - creches, ou entidades
equivalentes, para crianas de at trs anos de idade; (23) II -
pr-escolas, para as crianas de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de
idade. (24) Artigo 31. A educao infantil ser organizada de acordo
com as seguintes regras comuns: I - avaliao mediante acompanhamento
e registro do desenvolvimento das crianas, sem o objetivo de
promoo, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; II - carga
horria mnima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuda por um
mnimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; III -
atendimento criana de, no mnimo, 4 (quatro) horas dirias para o
turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; IV -
controle de frequncia pela instituio de educao pr-escolar, exigida
a frequncia mnima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; V
- expedio de documentao que permita atestar os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criana. (22) O art. 29 est com a
redao dada pela Lei n 12.796/13. (23) O inciso II do art. 30 est
com a redao dada pela Lei n 12.796/13. (24) O art. 31 est com a
redao dada pela Lei n 12.796/13.
10. 10 SEO III DO ENSINO FUNDAMENTAL (25) Art. 32. O ensino
fundamental obrigatrio, com durao de 9 (nove) anos, gratuito na
escola pblica, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, ter por
objetivo a formao bsica do cidado, mediante: I - o desenvolvimento
da capacidade de aprender, tendo como meios bsicos o pleno domnio
da leitura, da escrita e do clculo; II - a compreenso do ambiente
natural e social, do sistema poltico, da tecnologia, das artes e
dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o
desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisio de conhecimentos e habilidades e a formao de atitudes e
valores; IV - o fortalecimento dos vnculos de famlia, dos laos de
solidariedade humana e de tolerncia recproca em que se assenta a
vida social. 1 - facultado aos sistemas de ensino desdobrar o
ensino fundamental em ciclos. 2 - Os estabelecimentos que utilizam
progresso regular por srie podem adotar no ensino fundamental o
regime de progresso continuada, sem prejuzo da avaliao do processo
de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema
de ensino. 3 - O ensino fundamental regular ser ministrado em lngua
portuguesa, assegurada s comunidades indgenas a utilizao de suas
lnguas maternas e processos prprios de aprendizagem. 4 - O ensino
fundamental ser presencial, sendo o ensino a distncia utilizado
como complementao da aprendizagem ou em situaes emergenciais. (26)
5 O currculo do ensino fundamental incluir, obrigatoriamente,
contedo que trate dos direitos das crianas e dos adolescentes,
tendo como diretriz a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990, que
institui o Estatuto da Criana e do Adolescente, observada a produo
e distribuio de material didtico adequado. (27) 6 O estudo sobre os
smbolos nacionais ser includo como tema transversal nos currculos
do ensino fundamental." (NR) (28) Artigo 33 - O ensino religioso,
de matrcula facultativa, parte integrante da formao bsica do cidado
e constitui disciplina dos horrios normais das escolas pblicas de
ensino fundamental, assegurado o respeito diversidade cultural
religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. 1 -
Os sistemas de ensino regulamentaro os procedimentos para a definio
dos contedos do ensino religioso e estabelecero as normas para a
habilitao e admisso dos professores. 2 - Os sistemas de ensino
ouviro entidade civil, constituda pelas diferentes denominaes
religiosas, para a definio dos contedos do ensino religioso. Artigo
34 - A jornada escolar no ensino fundamental incluir pelo menos
quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo
progressivamente ampliado o perodo de permanncia na escola. 1 - So
ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de
organizao autorizadas nesta Lei. (25) Redao dada ao caput do art.
32 pela Lei n 11.274/2006. Os Municpios, os Estados e o Distrito
Federal tero prazo at 2010 para implementar a obrigatoriedade para
o ensino fundamental disposto no art. 32 desta Lei. 12.796/13. (26)
O 5 foi acrescentado ao art. 32 pela Lei n 11.525/2007. (27) O 6 do
art. 32 foi acrescentado pela Lei n 12.472/11. (28) Redao dada ao
art. 33 pela Lei n 9.475/97.
11. 11 2 - O ensino fundamental ser ministrado progressivamente
em tempo integral, a critrio dos sistemas de ensino. SEO IV DO
ENSINO MDIO Artigo 35 - O ensino mdio, etapa final da educao bsica,
com durao mnima de trs anos, ter como finalidades: I - a consolidao
e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a
preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com
flexibilidade a novas condies de ocupao ou aperfeioamento
posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana,
incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crtico; IV - a compreenso dos
fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos produtivos,
relacionando a teoria com a prtica, no ensino de cada disciplina.
Artigo 36 - O currculo do ensino mdio observar o disposto na Seo I
deste Captulo e as seguintes diretrizes: I - destacar a educao
tecnolgica bsica, a compreenso do significado da cincia, das letras
e das artes; o processo histrico de transformao da sociedade e da
cultura; a lngua portuguesa como instrumento de comunicao, acesso
ao conhecimento e exerccio da cidadania; II - adotar metodologias
de ensino e de avaliao que estimulem a iniciativa dos estudantes;
III - ser includa uma lngua estrangeira moderna, como disciplina
obrigatria, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em
carter optativo, dentro das disponibilidades da instituio. (29) IV
sero includas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas
obrigatrias em todas as sries do ensino mdio. 1 - Os contedos, as
metodologias e as formas de avaliao sero organizados de tal forma
que ao final do ensino mdio o educando demonstre: I - domnio dos
princpios cientficos e tecnolgicos que presidem a produo moderna;
II - conhecimento das formas contemporneas de linguagem; (30) III -
Revogado (31) 2 - Revogado 3 - Os cursos do ensino mdio tero
equivalncia legal e habilitaro ao prosseguimento de estudos. (32) 4
- Revogado (33) "Seo IV-A Da Educao Profissional Tcnica de Nvel
Mdio Art. 36-A. Sem prejuzo do disposto na Seo IV deste Captulo, o
ensino mdio, atendida a formao geral do educando, poder prepar-lo
para o exerccio de profisses tcnicas. Pargrafo nico. A preparao
geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitao profissional
podero ser desenvolvidas nos prprios estabelecimentos de ensino
mdio ou em cooperao com instituies especializadas em educao
profissional. (29) O inciso IV foi acrescentado ao art. 36 pela Lei
n 11.684/08 . (30) O inciso III do 1 do art. 36 foi revogado pela
Lei n 11.684/08. (31) O 2 do art. 36 foi revogado pela Lei n
11.741/08. (32) O 4 do art. 36 foi revogado pela Lei n 11.741/08.
(33 ) A Seo IV-A foi acrescentada ao Captulo II do Ttulo V, com os
arts. 36A, 36B, 36C e 36D, pela Lei n 11.741/08.
12. 12 Art. 36-B. A educao profissional tcnica de nvel mdio ser
desenvolvida nas seguintes formas: I - articulada com o ensino
mdio; II - subsequente, em cursos destinados a quem j tenha
concludo o ensino mdio. Pargrafo nico. A educao profissional tcnica
de nvel mdio dever observar: I - os objetivos e definies contidos
nas diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho
Nacional de Educao; II - as normas complementares dos respectivos
sistemas de ensino; III - as exigncias de cada instituio de ensino,
nos termos de seu projeto pedaggico. Art. 36-C. A educao
profissional tcnica de nvel mdio articulada, prevista no inciso I
do caput do art. 36-B desta Lei, ser desenvolvida de forma: I -
integrada, oferecida somente a quem j tenha concludo o ensino
fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno
habilitao profissional tcnica de nvel mdio, na mesma instituio de
ensino, efetuando-se matrcula nica para cada aluno; II -
concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino mdio ou j o
esteja cursando, efetuando-se matrculas distintas para cada curso,
e podendo ocorrer: a) na mesma instituio de ensino, aproveitando-se
a oportunidades educacionais disponveis; b) em instituies de ensino
distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais
disponveis; c) em instituies de ensino distintas, mediante convnios
de intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao
desenvolvimento de projeto pedaggico unificado. Art. 36-D. Os
diplomas de cursos de educao profissional tcnica de nvel mdio,
quando registrados, tero validade nacional e habilitaro ao
prosseguimento de estudos na educao superior. Pargrafo nico. Os
cursos de educao profissional tcnica de nvel mdio, nas formas
articulada concomitante e subsequente, quando estruturados e
organizados em etapas com terminalidade, possibilitaro a obteno de
certificados de qualificao para o trabalho aps a concluso, com
aproveitamento, de cada etapa que caracterize uma qualificao para o
trabalho. SEO V DA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS Artigo 37 - A educao
de jovens e adultos ser destinada queles que no tiveram acesso ou
continuidade de estudos no ensino fundamental e mdio na idade
prpria. 1 - Os sistemas de ensino asseguraro gratuitamente aos
jovens e aos adultos, que no puderam efetuar os estudos na idade
regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as
caractersticas do alunado, seus interesses, condies de vida e de
trabalho, mediante cursos e exames. 2 - O Poder Pblico viabilizar e
estimular o acesso e a permanncia do trabalhador na escola,
mediante aes integradas e complementares entre si. (34) 3 A educao
de jovens e adultos dever articular-se, preferencialmente, com a
educao profissional, na forma do regulamento. (34) O 3 foi
acrescentado ao art. 37 pela Lei n 11.741/08.
13. 13 Artigo 38 - Os sistemas de ensino mantero cursos e
exames supletivos, que compreendero a base nacional comum do
currculo, habilitando ao prosseguimento de estudos em carter
regular. 1 - Os exames a que se refere este artigo realizar-se-o: I
- no nvel de concluso do ensino fundamental, para os maiores de
quinze anos; II - no nvel de concluso do ensino mdio, para os
maiores de dezoito anos. 2 - Os conhecimentos e habilidades
adquiridos pelos educandos por meios informais sero aferidos e
reconhecidos mediante exames. CAPTULO III (35) DA EDUCAO
PROFISSIONAL E TECNOLGICA (NR) (36) Art. 39 -- A educao
profissional e tecnolgica, no cumprimento dos objetivos da educao
nacional, integra-se aos diferentes nveis e modalidades de educao e
s dimenses do trabalho, da cincia e da tecnologia. 1 Os cursos de
educao profissional e tecnolgica podero ser organizados por eixos
tecnolgicos, possibilitando a construo de diferentes itinerrios
formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nvel de
ensino. 2 A educao profissional e tecnolgica abranger os seguintes
cursos: I - de formao inicial e continuada ou qualificao
profissional; II - de educao profissional tcnica de nvel mdio; III
- de educao profissional tecnolgica de graduao e ps-graduao. 3 Os
cursos de educao profissional tecnolgica de graduao e ps- graduao
organizar-se-o, no que concerne a objetivos, caractersticas e
durao, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educao. Artigo 40 - A
educao profissional ser desenvolvida em articulao com o ensino
regular ou por diferentes estratgias de educao continuada, em
instituies especializadas ou no ambiente de trabalho. (37) Art. 41.
O conhecimento adquirido na educao profissional e tecnolgica,
inclusive no trabalho, poder ser objeto de avaliao, reconhecimento
e certificao para prosseguimento ou concluso de estudos. Pargrafo
nico. Revogado (38) Art. 42. As instituies de educao profissional e
tecnolgica, alm dos seus cursos regulares, oferecero cursos
especiais, abertos comunidade, condicionada a matrcula capacidade
de aproveitamento e no necessariamente ao nvel de escolaridade.
CAPTULO IV DA EDUCAO SUPERIOR Artigo 43 - A educao superior tem por
finalidade: I - estimular a criao cultural e o desenvolvimento do
esprito cientfico e do pensamento reflexivo; II - formar diplomados
nas diferentes reas do conhecimento, aptos para a insero em setores
profissionais e para a participao no desenvolvimento da sociedade
brasileira, e colaborar na sua formao contnua; (35) O Captulo III
do Ttulo V passou a denominar-se DA EDUCAO PROFISSIONAL E
TECNOLGICA, por fora da Lei n 11.741/08. (36) O art. 39 est com a
redao dada pela Lei n 11.741/08. (37) O art. 41 est com a redao
dada pela Lei n 11.741/08. O seu par. nico foi revogado por essa
mesma lei. (38) O art. 42 est com a redao dada pela Lei n
11.741/08.
14. 14 III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigao
cientfica, visando o desenvolvimento da cincia e da tecnologia e da
criao e difuso da cultura, e, desse modo, desenvolver o
entendimento do homem e do meio em que vive; IV - promover a
divulgao de conhecimentos culturais, cientficos e tcnicos que
constituem patrimnio da humanidade e comunicar o saber atravs do
ensino, de publicaes ou de outras formas de comunicao; V - suscitar
o desejo permanente de aperfeioamento cultural e profissional e
possibilitar a correspondente concretizao, integrando os
conhecimentos que vo sendo adquiridos numa estrutura intelectual
sistematizadora do conhecimento de cada gerao; VI - estimular o
conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os
nacionais e regionais, prestar servios especializados comunidade e
estabelecer com esta uma relao de reciprocidade; VII - promover a
extenso, aberta participao da populao, visando difuso das
conquistas e benefcios resultantes da criao cultural e da pesquisa
cientfica e tecnolgica geradas na instituio. Artigo 44 - A educao
superior abranger os seguintes cursos e programas: (39) I - cursos
sequenciais por campo de saber, de diferentes nveis de abrangncia,
abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas
instituies de ensino, desde que tenham concludo o ensino mdio ou
equivalente; II - de graduao, abertos a candidatos que tenham
concludo o ensino mdio ou equivalente e tenham sido classificados
em processo seletivo; III - de ps-graduao, compreendendo programas
de mestrado e doutorado, cursos de especializao, aperfeioamento e
outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduao e que
atendam s exigncias das instituies de ensino; IV - de extenso,
abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos em
cada caso pelas instituies de ensino. (40) Pargrafo nico. Os
resultados do processo seletivo referido no inciso II do caput
deste artigo sero tornados pblicos pelas instituies de ensino
superior, sendo obrigatria a divulgao da relao nominal dos
classificados, a respectiva ordem de classificao, bem como do
cronograma das chamadas para matrcula, de acordo com os critrios
para preenchimento das vagas constantes do respectivo edital.
Artigo 45 - A educao superior ser ministrada em instituies de
ensino superior, pblicas ou privadas, com variados graus de
abrangncia ou especializao. Artigo 46 - A autorizao e o
reconhecimento de cursos, bem como o credenciamento de instituies
de educao superior, tero prazos limitados, sendo renovados,
periodicamente, aps processo regular de avaliao. 1 - Aps um prazo
para saneamento de deficincias eventualmente identificadas pela
avaliao a que se refere este artigo, haver reavaliao, que poder
resultar, conforme o caso, em desativao de cursos e habilitaes, em
interveno na instituio, em suspenso temporria de prerrogativas da
autonomia, ou em descredenciamento. 2 - No caso de instituio
pblica, o Poder Executivo responsvel por sua manuteno acompanhar o
processo de saneamento e fornecer recursos adicionais, se
necessrios, para a superao das deficincias. (39) O Inciso I do
caput do art. 44 com a redao dada pela Lei n 11.632/07. (40 ) PO
pargrafo nico acrescentado ao art. 44 pela Lei n 11.331/96.
15. 15 Artigo 47 - Na educao superior, o ano letivo regular,
independente do ano civil, tem, no mnimo, duzentos dias de trabalho
acadmico efetivo, excludo o tempo reservado aos exames finais,
quando houver. 1 - As instituies informaro aos interessados, antes
de cada perodo letivo, os programas dos cursos e demais componentes
curriculares, sua durao, requisitos, qualificao dos professores,
recursos disponveis e critrios de avaliao, obrigando-se a cumprir
as respectivas condies. 2 - Os alunos que tenham extraordinrio
aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros
instrumentos de avaliao especficos, aplicados por banca examinadora
especial, podero ter abreviada a durao dos seus cursos, de acordo
com as normas dos sistemas de ensino. 3 - obrigatria a frequncia de
alunos e professores, salvo nos programas de educao a distncia. 4 -
As instituies de educao superior oferecero, no perodo noturno,
cursos de graduao nos mesmos padres de qualidade mantidos no perodo
diurno, sendo obrigatria a oferta noturna nas instituies pblicas,
garantida a necessria previso oramentria. Artigo 48 - Os diplomas
de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, tero
validade nacional como prova da formao recebida por seu titular. 1
- Os diplomas expedidos pelas universidades sero por elas prprias
registrados, e aqueles conferidos por instituies no universitrias
sero registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional
de Educao. 2 - Os diplomas de graduao expedidos por universidades
estrangeiras sero revalidados por universidades pblicas que tenham
curso do mesmo nvel e rea ou equivalente, respeitando-se os acordos
internacionais de reciprocidade ou equiparao. 3 - Os diplomas de
Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades estrangeiras s
podero ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de
ps-graduao reconhecidos e avaliados, na mesma rea de conhecimento e
em nvel equivalente ou superior. Artigo 49 - As instituies de
educao superior aceitaro a transferncia de alunos regulares, para
cursos afins, na hiptese de existncia de vagas, e mediante processo
seletivo. Pargrafo nico - As transferncias ex officio dar-se-o na
forma da lei. Artigo 50 - As instituies de educao superior, quando
da ocorrncia de vagas, abriro matrcula nas disciplinas de seus
cursos a alunos no regulares que demonstrarem capacidade de
curs-las com proveito, mediante processo seletivo prvio. Artigo 51
- As instituies de educao superior credenciadas como universidades,
ao deliberar sobre critrios e normas de seleo e admisso de
estudantes, levaro em conta os efeitos desses critrios sobre a
orientao do ensino mdio, articulando-se com os rgos normativos dos
sistemas de ensino. Artigo 52 - As universidades so instituies
pluridisciplinares de formao dos quadros profissionais de nvel
superior, de pesquisa, de extenso e de domnio e cultivo do saber
humano, que se caracterizam por: I - produo intelectual
institucionalizada mediante o estudo sistemtico dos temas e
problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista cientfico e
cultural, quanto regional e nacional; II - um tero do corpo
docente, pelo menos, com titulao acadmica de mestrado ou
doutorado;
16. 16 III - um tero do corpo docente em regime de tempo
integral. Pargrafo nico - facultada a criao de universidades
especializadas por campo do saber. Artigo 53 - No exerccio de sua
autonomia, so asseguradas s universidades, sem prejuzo de outras,
as seguintes atribuies: I - criar, organizar e extinguir, em sua
sede, cursos e programas de educao superior previstos nesta Lei,
obedecendo s normas gerais da Unio e, quando for o caso, do
respectivo sistema de ensino; II - fixar os currculos dos seus
cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes;
III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa
cientfica, produo artstica e atividades de extenso; IV - fixar o
nmero de vagas de acordo com a capacidade institucional e as
exigncias do seu meio; V - elaborar e reformar os seus estatutos e
regimentos em consonncia com as normas gerais atinentes; VI -
conferir graus, diplomas e outros ttulos; VII - firmar contratos,
acordos e convnios; VIII - aprovar e executar planos, programas e
projetos de investimentos referentes a obras, servios e aquisies em
geral, bem como administrar rendimentos conforme dispositivos
institucionais; IX - administrar os rendimentos e deles dispor na
forma prevista no ato de constituio, nas leis e nos respectivos
estatutos; X - receber subvenes, doaes, heranas, legados e cooperao
financeira resultante de convnios com entidades pblicas e privadas.
Pargrafo nico - Para garantir a autonomia didtico-cientfica das
universidades, caber aos seus colegiados de ensino e pesquisa
decidir, dentro dos recursos oramentrios disponveis, sobre: I -
criao, expanso, modificao e extino de cursos; II - ampliao e
diminuio de vagas; III - elaborao da programao dos cursos; IV -
programao das pesquisas e das atividades de extenso; V - contratao
e dispensa de professores; VI - planos de carreira docente. Artigo
54 - As universidades mantidas pelo Poder Pblico gozaro, na forma
da lei, de estatuto jurdico especial para atender s peculiaridades
de sua estrutura, organizao e financiamento pelo Poder Pblico,
assim como dos seus planos de carreira e do regime jurdico do seu
pessoal. 1 - No exerccio da sua autonomia, alm das atribuies
asseguradas pelo artigo anterior, as universidades pblicas podero:
I - propor o seu quadro de pessoal docente, tcnico e
administrativo, assim como um plano de cargos e salrios, atendidas
as normas gerais pertinentes e os recursos disponveis; II -
elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas
gerais concernentes; III - aprovar e executar planos, programas e
projetos de investimentos referentes a obras, servios e aquisies em
geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder
mantenedor; IV - elaborar seus oramentos anuais e plurianuais; V -
adotar regime financeiro e contbil que atenda s suas peculiaridades
de organizao e funcionamento;
17. 17 VI - realizar operaes de crdito ou de financiamento, com
aprovao do Poder competente, para aquisio de bens imveis, instalaes
e equipamentos; VII - efetuar transferncias, quitaes e tomar outras
providncias de ordem oramentria, financeira e patrimonial
necessrias ao seu bom desempenho. 2 - Atribuies de autonomia
universitria podero ser estendidas a instituies que comprovem alta
qualificao para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliao
realizada pelo Poder Pblico. Artigo 55 - Caber Unio assegurar,
anualmente, em seu Oramento Geral, recursos suficientes para
manuteno e desenvolvimento das instituies de educao superior por
ela mantidas. Artigo 56 - As instituies pblicas de educao superior
obedecero ao princpio da gesto democrtica, assegurada a existncia
de rgos colegiados deliberativos, de que participaro os segmentos
da comunidade institucional, local e regional. Pargrafo nico - Em
qualquer caso, os docentes ocuparo setenta por cento dos assentos
em cada rgo colegiado e comisso, inclusive nos que tratarem da
elaborao e modificaes estatutrias e regimentais, bem como da
escolha de dirigentes. Artigo 57 - Nas instituies pblicas de educao
superior, o professor ficar obrigado ao mnimo de oito horas
semanais de aulas. CAPTULO V DA EDUCAO ESPECIAL (41) Art. 58.
Entende-se por educao especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educao escolar oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino, para educandos com deficincia, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao. 1 -
Haver, quando necessrio, servios de apoio especializado, na escola
regular, para atender s peculiaridades da clientela de educao
especial. 2 - O atendimento educacional ser feito em classes,
escolas ou servios especializados, sempre que, em funo das condies
especficas dos alunos, no for possvel a sua integrao nas classes
comuns de ensino regular. 3 - A oferta de educao especial, dever
constitucional do Estado, tem incio na faixa etria de zero a seis
anos, durante a educao infantil. (42) Art. 59. Os sistemas de
ensino asseguraro aos educandos com deficincia, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao: I -
currculos, mtodos, tcnicas, recursos educativos e organizao
especficos, para atender s suas necessidades; II - terminalidade
especfica para aqueles que no puderem atingir o nvel exigido para a
concluso do ensino fundamental, em virtude de suas deficincias, e
acelerao para concluir em menor tempo o programa escolar para os
superdotados; III - professores com especializao adequada em nvel
mdio ou superior, para atendimento especializado, bem como
professores do ensino regular capacitados para a integrao desses
educandos nas classes comuns; IV - educao especial para o trabalho,
visando a sua efetiva integrao na vida em sociedade, inclusive
condies adequadas para os que no revelarem capacidade de insero no
trabalho competitivo, mediante articulao com os rgos oficiais
afins, (41) O caput do art. 58 est com a redao dada pela Lei n
12.796/13. (42) O caput do art. 59 est com a redao dada pela Lei n
12.796/13.
18. 18 bem como para aqueles que apresentam uma habilidade
superior nas reas artstica, intelectual ou psicomotora; V - acesso
igualitrio aos benefcios dos programas sociais suplementares
disponveis para o respectivo nvel do ensino regular. Artigo 60 Os
rgos normativos dos sistemas de ensino estabelecero critrios de
caracterizao das instituies privadas sem fins lucrativos,
especializadas e com atuao exclusiva em educao especial, para fins
de apoio tcnico e financeiro pelo Poder Pblico. (43) Pargrafo nico.
O Poder Pblico adotar, como alternativa preferencial, a ampliao do
atendimento aos educandos com deficincia, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao na prpria rede
pblica regular de ensino, independentemente do apoio s instituies
previstas neste artigo. TTULO VI DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAO (44)
Artigo 61 - Consideram-se profissionais da educao escolar bsica os
que, nela estando em efetivo exerccio e tendo sido formados em
cursos reconhecidos, so: I - professores habilitados em nvel mdio
ou superior para a docncia na educao infantil e nos ensinos
fundamental e mdio; II - trabalhadores em educao portadores de
diploma de pedagogia, com habilitao em administrao, planejamento,
superviso, inspeo e orientao educacional, bem como com ttulos de
mestrado ou doutorado nas mesmas reas; III - trabalhadores em
educao, portadores de diploma de curso tcnico ou superior em rea
pedaggica ou afim. Pargrafo nico. A formao dos profissionais da
educao de modo a atender s especificidades do exerccio de suas
atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e
modalidades da educao bsica, ter como fundamentos: I - a presena de
slida formao bsica, que propicie o conhecimento dos fundamentos
cientficos e sociais de suas competncias de trabalho; II - a
associao entre teorias e prticas, mediante estgios supervisionados
e capacitao em servio; III - o aproveitamento da formao e
experincias anteriores, em instituies de ensino e em outras
atividades. (45) Artigo 62 A formao de docentes para atuar na
educao bsica far-se- em nvel superior, em curso de licenciatura, de
graduao plena, em universidades e institutos superiores de educao,
admitida, como formao mnima para o exerccio do magistrio na educao
infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fundamental, a
oferecida em nvel mdio na modalidade normal. (46) 1 A Unio, o
Distrito Federal, os Estados e os Municpios, em regime de
colaborao, devero promover a formao inicial, a continuada e a
capacitao dos profissionais de magistrio. 2 A formao continuada e a
capacitao dos profissionais de magistrio podero utilizar recursos e
tecnologias de educao a distncia. 3 A formao inicial de
profissionais de magistrio dar preferncia ao ensino presencial,
subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educao a
distncia. (47) 4 A Unio, o Distrito Federal, os Estados e os
Municpios adotaro mecanismos facilitadores de acesso e permanncia
em cursos de formao de docentes em nvel superior para atuar na
educao bsica pblica. (43) O par. nico do art. 60 est com a redao
dada pela Lei n 12.796/13. (44) Redao dada pela Lei n 12.014/09.
(45) O caput do art. 62 est com a redao dada pela Lei n 12.796/13.
(46) Os 1, 2 e 3 do art. 62 foram acrescentados pela Lei n
12.056/09. (47) O 4 foi acrescentado pela Lei n 12.796/13.
19. 19 (48) 5 A Unio, o Distrito Federal, os Estados e os
Municpios incentivaro a formao de profissionais do magistrio para
atuar na educao bsica pblica mediante programa institucional de
bolsa de iniciao docncia a estudantes matriculados em cursos de
licenciatura, de graduao plena, nas instituies de educao superior.
(49) 6 O Ministrio da Educao poder estabelecer nota mnima em exame
nacional aplicado aos concluintes do ensino mdio como pr-requisito
para o ingresso em cursos de graduao para formao de docentes,
ouvido o Conselho Nacional de Educao - CNE. 7 VETADO (50) Artigo
62-A. A formao dos profissionais a que se refere o inciso III do
art. 61 far-se- por meio de cursos de contedo tcnico-pedaggico, em
nvel mdio ou superior, incluindo habilitaes tecnolgicas. Pargrafo
nico. Garantir-se- formao continuada para os profissionais a que se
refere o caput, no local de trabalho ou em instituies de educao
bsica e superior, incluindo cursos de educao profissional, cursos
superiores de graduao plena ou tecnolgicos e de ps-graduao. Artigo
63 - Os institutos superiores de educao mantero: I - cursos
formadores de profissionais para a educao bsica, inclusive o curso
normal superior, destinado formao de docentes para a educao
infantil e para as primeiras sries do ensino fundamental; II -
programas de formao pedaggica para portadores de diplomas de educao
superior que queiram se dedicar educao bsica; III - programas de
educao continuada para os profissionais de educao dos diversos
nveis. Artigo 64 - A formao de profissionais de educao para
administrao, planejamento, inspeo, superviso e orientao educacional
para a educao bsica, ser feita em cursos de graduao em pedagogia ou
em nvel de ps-graduao, a critrio da instituio de ensino, garantida,
nesta formao, a base comum nacional. Artigo 65 - A formao docente,
exceto para a educao superior, incluir prtica de ensino de, no
mnimo, trezentas horas. Artigo 66 - A preparao para o exerccio do
magistrio superior far-se- em nvel de ps-graduao, prioritariamente
em programas de mestrado e doutorado. Pargrafo nico - O notrio
saber, reconhecido por universidade com curso de doutorado em rea
afim, poder suprir a exigncia de ttulo acadmico. Artigo 67 - Os
sistemas de ensino promovero a valorizao dos profissionais da
educao, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos
planos de carreira do magistrio pblico: I - ingresso exclusivamente
por concurso pblico de provas e ttulos; II - aperfeioamento
profissional continuado, inclusive com licenciamento peridico
remunerado para esse fim; III - piso salarial profissional; IV -
progresso funcional baseada na titulao ou habilitao, e na avaliao
do desempenho; V - perodo reservado a estudos, planejamento e
avaliao, includo na carga de trabalho; VI - condies adequadas de
trabalho. (48) O 5 foi acrescentado pela Lei n 12.796/13. (49) O 6
foi acrescentado pela Lei n 12.796/13. (50) O art. 62 A foi
acrescentado pela Lei n 12.796/13.
20. 20 1 - A experincia docente pr-requisito para o exerccio
profissional de quaisquer outras funes de magistrio, nos termos das
normas de cada sistema de ensino. (51) 2 Para os efeitos do
disposto no 5 do art. 40 e no 8 do art. 201 da Constituio Federal,
so consideradas funes de magistrio as exercidas por professores e
especialistas em educao no desempenho de atividades educativas,
quando exercidas em estabelecimento de educao bsica em seus
diversos nveis e modalidades, includas, alm do exerccio da docncia,
as de direo de unidade escolar e as de coordenao e assessoramento
pedaggico. (52) 3 A Unio prestar assistncia tcnica aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municpios na elaborao de concursos pblicos
para provimento de cargos dos profissionais da educao. TTULO VII
DOS RECURSOS FINANCEIROS Artigo 68 - Sero recursos pblicos
destinados educao os originrios de: I - receita de impostos prprios
da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; II -
receita de transferncias constitucionais e outras transferncias;
III - receita do salrio-educao e de outras contribuies sociais; IV
- receita de incentivos fiscais; V - outros recursos previstos em
lei. Artigo 69 - A Unio aplicar, anualmente, nunca menos de
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, vinte e
cinco por cento, ou o que consta nas respectivas Constituies ou
Leis Orgnicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as
transferncias constitucionais, na manuteno e desenvolvimento do
ensino pblico. 1 - A parcela da arrecadao de impostos transferida
pela Unio aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, ou
pelos Estados aos respectivos Municpios, no ser considerada, para
efeito do clculo previsto neste artigo, receita do governo que a
transferir. 2 - Sero consideradas excludas das receitas de impostos
mencionadas neste artigo as operaes de crdito por antecipao de
receita oramentria de impostos. 3 - Para fixao inicial dos valores
correspondentes aos mnimos estatudos neste artigo, ser considerada
a receita estimada na lei do oramento anual, ajustada, quando for o
caso, por lei que autorizar a abertura de crditos adicionais, com
base no eventual excesso de arrecadao. 4 - As diferenas entre a
receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas, que
resultem no no atendimento dos percentuais mnimos obrigatrios, sero
apuradas e corrigidas a cada trimestre do exerccio financeiro. 5 -
O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da Unio, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municpios ocorrer imediatamente
ao rgo responsvel pela educao, observados os seguintes prazos: I -
recursos arrecadados do primeiro ao dcimo dia de cada ms, at o
vigsimo dia; II - recursos arrecadados do dcimo primeiro ao vigsimo
dia de cada ms, at o trigsimo dia; III - recursos arrecadados do
vigsimo primeiro dia ao final de cada ms, at o dcimo dia do ms
subsequente. (51) O 2 do art. 67 foi acrescentado pela Lei n
11.301/06, que renumerou o pargrafo nico para 1. (52) O 3 foi
acrescentado pela Lei n 12.796/13.
21. 21 6 - O atraso da liberao sujeitar os recursos correo
monetria e responsabilizao civil e criminal das autoridades
competentes. Artigo 70 - Considerar-se-o como de manuteno e
desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas
consecuo dos objetivos bsicos das instituies educacionais de todos
os nveis, compreendendo as que se destinam a: I - remunerao e
aperfeioamento do pessoal docente e demais profissionais da educao;
II - aquisio, manuteno, construo e conservao de instalaes e
equipamentos necessrios ao ensino; III - uso e manuteno de bens e
servios vinculados ao ensino; IV - levantamentos estatsticos,
estudos e pesquisas visando precipuamente ao aprimoramento da
qualidade e expanso do ensino; V - realizao de atividades-meio
necessrias ao funcionamento dos sistemas de ensino; VI - concesso
de bolsas de estudo a alunos de escolas pblicas e privadas; VII -
amortizao e custeio de operaes de crdito destinadas a atender ao
disposto nos incisos deste artigo; VIII - aquisio de material
didtico-escolar e manuteno de programas de transporte escolar.
Artigo 71 - No constituiro despesas de manuteno e desenvolvimento
do ensino aquelas realizadas com: I - pesquisa, quando no vinculada
s instituies de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de
ensino, que no vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua
qualidade ou sua expanso; II - subveno a instituies pblicas ou
privadas de carter assistencial, desportivo ou cultural; III -
formao de quadros especiais para a Administrao Pblica, sejam
militares ou civis, inclusive diplomticos; IV - programas
suplementares de alimentao, assistncia mdico- odontolgica,
farmacutica e psicolgica, e outras formas de assistncia social; V -
obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar
direta ou indiretamente a rede escolar; VI - pessoal docente e
demais trabalhadores da educao, quando em desvio de funo ou em
atividade alheia manuteno e desenvolvimento do ensino. Artigo 72 -
As receitas e despesas com manuteno e desenvolvimento do ensino
sero apuradas e publicadas nos balanos do Poder Pblico, assim como
nos relatrios a que se refere o 3 do artigo 165 da Constituio
Federal. Artigo 73 - Os rgos fiscalizadores examinaro,
prioritariamente, na prestao de contas de recursos pblicos, o
cumprimento do disposto no art. 212 da Constituio Federal, no art.
60 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias e na legislao
concernente. Artigo 74 - A Unio, em colaborao com os Estados, o
Distrito Federal e os Municpios, estabelecer padro mnimo de
oportunidades educacionais para o ensino fundamental, baseado no
clculo do custo mnimo por aluno, capaz de assegurar ensino de
qualidade. Pargrafo nico - O custo mnimo de que trata este artigo
ser calculado pela Unio ao final de cada ano, com validade para o
ano subsequente, considerando variaes regionais no custo dos
insumos e as diversas modalidades de ensino.
22. 22 Artigo 75 - A ao supletiva e redistributiva da Unio e
dos Estados ser exercida de modo a corrigir, progressivamente, as
disparidades de acesso e garantir o padro mnimo de qualidade de
ensino. 1 - A ao a que se refere este artigo obedecer frmula de
domnio pblico que inclua a capacidade de atendimento e a medida do
esforo fiscal do respectivo Estado, do Distrito Federal ou do
Municpio em favor da manuteno e do desenvolvimento do ensino. 2 - A
capacidade de atendimento de cada governo ser definida pela razo
entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatrio na manuteno
e desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao
padro mnimo de qualidade. 3 - Com base nos critrios estabelecidos
nos 1 e 2, a Unio poder fazer a transferncia direta de recursos a
cada estabelecimento de ensino, considerado o nmero de alunos que
efetivamente frequentam a escola. 4 - A ao supletiva e
redistributiva no poder ser exercida em favor do Distrito Federal,
dos Estados e dos Municpios se estes oferecerem vagas, na rea de
ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o
inciso V do art. 11 desta Lei, em nmero inferior sua capacidade de
atendimento. Artigo 76 - A ao supletiva e redistributiva prevista
no artigo anterior ficar condicionada ao efetivo cumprimento pelos
Estados, Distrito Federal e Municpios do disposto nesta Lei, sem
prejuzo de outras prescries legais. Artigo 77 - Os recursos pblicos
sero destinados s escolas pblicas, podendo ser dirigidos a escolas
comunitrias, confessionais ou filantrpicas que: I - comprovem
finalidade no lucrativa e no distribuam resultados, dividendos,
bonificaes, participaes ou parcela de seu patrimnio sob nenhuma
forma ou pretexto; II - apliquem seus excedentes financeiros em
educao; III - assegurem a destinao de seu patrimnio a outra escola
comunitria, filantrpica ou confessional, ou ao Poder Pblico, no
caso de encerramento de suas atividades; IV - prestem contas ao
Poder Pblico dos recursos recebidos. 1 - Os recursos de que trata
este artigo podero ser destinados a bolsas de estudo para a educao
bsica, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficincia de
recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede
pblica de domiclio do educando, ficando o Poder Pblico obrigado a
investir prioritariamente na expanso da sua rede local. 2 - As
atividades universitrias de pesquisa e extenso podero receber apoio
financeiro do Poder Pblico, inclusive mediante bolsas de estudo.
TTULO VIII DAS DISPOSIES GERAIS Artigo 78 - O Sistema de Ensino da
Unio, com a colaborao das agncias federais de fomento cultura e de
assistncia aos ndios, desenvolver programas integrados de ensino e
pesquisa, para oferta de educao escolar bilingue e intercultural
aos povos indgenas, com os seguintes objetivos: I - proporcionar
aos ndios, suas comunidades e povos, a recuperao de suas memrias
histricas; a reafirmao de suas identidades tnicas; a valorizao de
suas lnguas e cincias; II - garantir aos ndios, suas comunidades e
povos, o acesso s informaes, conhecimentos tcnicos e cientficos da
sociedade nacional e demais sociedades indgenas e no-ndias.
23. 23 Artigo 79 - A Unio apoiar tcnica e financeiramente os
sistemas de ensino no provimento da educao intercultural s
comunidades indgenas, desenvolvendo programas integrados de ensino
e pesquisa. 1 - Os programas sero planejados com audincia das
comunidades indgenas. 2 - Os programas a que se refere este artigo,
includos nos Planos Nacionais de Educao, tero os seguintes
objetivos: I - fortalecer as prticas scioculturais e a lngua
materna de cada comunidade indgena; II - manter programas de formao
de pessoal especializado, destinado educao escolar nas comunidades
indgenas; III - desenvolver currculos e programas especficos, neles
incluindo os contedos culturais correspondentes s respectivas
comunidades; IV - elaborar e publicar sistematicamente material
didtico especfico e diferenciado. (53) 3 No que se refere educao
superior, sem prejuzo de outras aes, o atendimento aos povos
indgenas efetivar-se-, nas universidades pblicas e privadas,
mediante a oferta de ensino e de assistncia estudantil, assim como
de estmulo pesquisa e desenvolvimento de programas especiais. (NR)
(54) Art. 79A (VETADO) (55) Art. 79B O calendrio escolar incluir o
dia 20 de novembro como Dia Nacional da Conscincia Negra. Artigo 80
- O Poder Pblico incentivar o desenvolvimento e a veiculao de
programas de ensino a distncia, em todos os nveis e modalidades de
ensino, e de educao continuada. 1 - A educao a distncia, organizada
com abertura e regime especiais, ser oferecida por instituies
especificamente credenciadas pela Unio. 2 - A Unio regulamentar os
requisitos para a realizao de exames e registro de diplomas
relativos a cursos de educao a distncia. 3 - As normas para a
produo, controle e avaliao de programas de educao a distncia e a
autorizao para sua implementao cabero aos respectivos sistemas de
ensino, podendo haver cooperao e integrao entre os diferentes
sistemas. 4 - A educao a distncia gozar de tratamento diferenciado,
que incluir: (56) I - custos de transmisso reduzidos em canais
comerciais de radiodifuso sonora e de sons e imagens e em outros
meios de comunicao que sejam explorados mediante autorizao,
concesso ou permisso do poder pblico; II - concesso de canais com
finalidades exclusivamente educativas; III - reserva de tempo
mnimo, sem nus para o Poder Pblico, pelos concessionrios de canais
comerciais. Artigo 81 - permitida a organizao de cursos ou
instituies de ensino experimentais, desde que obedecidas as
disposies desta Lei. (57) Artigo 82 - Os sistemas de ensino
estabelecero as normas de realizao de estgio em sua jurisdio,
observada a lei federal sobre a matria. (53) Acrescentado pela Lei
n 12.416/11. (54) Seria acrescentado pela Lei n 10.639/03, mas foi
vetado pelo Exmo. Sr. Presidente da Repblica. (55) Acrescentado
pela Lei n10.639/03. (56) O inciso I do 4 do art. 80 est com a
redao dada pela Lei n 12.603/12
24. 24 Pargrafo nico Revogado Artigo 83 - O ensino militar
regulado em lei especfica, admitida a equivalncia de estudos, de
acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino. Artigo 84 -
Os discentes da educao superior podero ser aproveitados em tarefas
de ensino e pesquisa pelas respectivas instituies, exercendo funes
de monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos.
Artigo 85 - Qualquer cidado habilitado com a titulao prpria poder
exigir a abertura de concurso pblico de provas e ttulos para cargo
de docente de instituio pblica de ensino que estiver sendo ocupado
por professor no concursado, por mais de seis anos, ressalvados os
direitos assegurados pelos arts. 41 da Constituio Federal e 19 do
Ato das Disposies Constitucionais Transitrias. Artigo 86 - As
instituies de educao superior constitudas como universidades
integrar-se-o, tambm, na sua condio de instituies de pesquisa, ao
Sistema Nacional de Cincia e Tecnologia, nos termos da legislao
especfica. TTULO IX DAS DISPOSIES TRANSITRIAS Artigo 87 - instituda
a Dcada da Educao, a iniciar-se um ano a partir da publicao desta
Lei. 1 - A Unio, no prazo de um ano a partir da publicao desta Lei,
encaminhar, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educao, com
diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a
Declarao Mundial sobre Educao para Todos. (58) 2 - Revogado (59) 3
- O Distrito Federal, cada Estado e Municpio, e, supletivamente, a
Unio, devem: (60) I Revogado a) Revogada b) Revogada c) Revogada II
- prover cursos presenciais ou a distncia aos jovens e adultos
insuficientemente escolarizados; III - realizar programas de
capacitao para todos os professores em exerccio, utilizando tambm,
para isso, os recursos da educao a distncia; IV - integrar todos os
estabelecimentos de ensino fundamental do seu territrio ao sistema
nacional de avaliao do rendimento escolar. (61) 4 - Revogado 5 -
Sero conjugados todos os esforos objetivando a progresso das redes
escolares pblicas urbanas de ensino fundamental para o regime de
escolas de tempo integral. 6 - A assistncia financeira da Unio aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, bem como a dos
Estados aos seus Municpios, ficam condicionadas ao (57) O art. 82
est com a redao dada pela Lei n 11.788/08. (58) Redao dada ao 2 do
art. 87 pela Lei n 11.274/06. Revogado pela Lei n 12.796/13. (59)
Redao dada ao caput do 3 do do art. 87 pela Lei n 11.330/96. (60)
Redao dada ao inciso I do 3 do art. 87 pela Lei n 11.274/06.
Revogado pela Lei n 12.796/13. (61) Revogado pela Lei n
12.796/13.
25. 25 cumprimento do art. 212 da Constituio Federal e
dispositivos legais pertinentes pelos governos beneficiados. Art.
87- A Vetado Artigo 88 - A Unio, os Estados, o Distrito Federal e
os Municpios adaptaro sua legislao educacional e de ensino s
disposies desta Lei no prazo mximo de um ano, a partir da data de
sua publicao. 1 - As instituies educacionais adaptaro seus
estatutos e regimentos aos dispositivos desta Lei e s normas dos
respectivos sistemas de ensino, nos prazos por estes estabelecidos.
2 - O prazo para que as universidades cumpram o disposto nos
incisos II e III do art. 52 de oito anos. Artigo 89 - As creches e
pr-escolas existentes ou que venham a ser criadas devero, no prazo
de trs anos, a contar da publicao desta Lei, integrar-se ao
respectivo sistema de ensino. Artigo 90 - As questes suscitadas na
transio entre o regime anterior e o que se institui nesta Lei sero
resolvidas pelo Conselho Nacional de Educao ou, mediante delegao
deste, pelos rgos normativos dos sistemas de ensino, preservada a
autonomia universitria. Artigo 91 - Esta Lei entra em vigor na data
de sua publicao. Artigo 92 - Revogam-se as disposies das Leis ns.
4.024, de 20 de dezembro de 1961, e 5.540, de 28 de novembro de
1968, no alteradas pelas Leis ns. 9.131, de 24 de novembro de 1995,
e 9.192, de 21 de dezembro de 1995, e, ainda, as Leis ns 5.692, de
11 de agosto de 1971, e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as
demais leis e decretos-lei que as modificaram e quaisquer outras
disposies em contrrio. Braslia, 20 de dezembro de 1996; 175 da
Independncia e 108 da Repblica. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo
Renato Souza ___________________________
26. 26 RESOLUO CNE/CEB N 1, DE 5 DE JULHO DE 2000 Estabelece as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao de Jovens e Adultos
O Presidente da Cmara de Educao Bsica do Conselho Nacional de
Educao, de conformidade com o disposto no artigo 9, 1, alnea c, da
Lei n 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com a redao dada pela Lei n
9.131, de 25 de novembro de 1995, e tendo em vista o Parecer
CNE/CEB n 11/2000, homologado pelo Senhor Ministro da Educao, em 7
de junho de 2000, Resolve: Artigo 1 Esta Resoluo institui as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao de Jovens e Adultos
a serem obrigatoriamente observadas na oferta e na estrutura dos
componentes curriculares de ensino fundamental e mdio dos cursos
que se desenvolvem, predominantemente, por meio do ensino, em
instituies prprias e integrantes da organizao da educao nacional
nos diversos sistemas de ensino, luz do carter prprio desta
modalidade de educao. Artigo 2 A presente Resoluo abrange os
processos formativos da Educao de Jovens e Adultos como modalidade
da Educao Bsica nas etapas dos ensinos fundamental e mdio, nos
termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, em especial
dos seus artigos 4, 5, 37, 38 e 87, e, no que couber, da Educao
Profissional. 1 Estas Diretrizes servem como referncia opcional
para as iniciativas autnomas que se desenvolvem sob a forma de
processos formativos extra-escolares na sociedade civil. 2 Estas
Diretrizes se estendem oferta dos exames supletivos para efeito de
certificados de concluso das etapas do ensino fundamental e do
ensino mdio da Educao de Jovens e Adultos. Artigo 3 As Diretrizes
Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental estabelecidas e
vigentes na Resoluo CNE/CEB n 2/98 se estendem para a modalidade da
Educao de Jovens e Adultos no ensino fundamental. Artigo 4 As
Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Mdio estabelecidas e
vigentes na Resoluo CNE/CEB n 3/98 se estendem para a modalidade de
Educao de Jovens e Adultos no ensino mdio. Artigo 5 Os componentes
curriculares consequentes ao modelo pedaggico prprio da educao de
jovens e adultos e expressos nas propostas pedaggicas das unidades
educacionais obedecero aos princpios, aos objetivos e s diretrizes
curriculares tais como formulados no Parecer CNE/CEB n 11/2000, que
acompanha a presente Resoluo, nos Pareceres CNE/CEB n 4/98, CNE/CEB
n 15/98 e CNE/CEB n 16/99, suas respectivas resolues e as orientaes
prprias dos sistemas de ensino. Pargrafo nico. Como modalidade
destas etapas da Educao Bsica, a identidade prpria da Educao de
Jovens e Adultos considerar as situaes, os perfis dos estudantes,
as faixas etrias e se pautar pelos princpios de equidade, diferena
e proporcionalidade na apropriao e contextualizao das diretrizes
curriculares nacionais e na proposio de um modelo pedaggico prprio,
de modo a assegurar: I quanto equidade, a distribuio especfica dos
componentes curriculares a fim de propiciar um patamar igualitrio
de formao e restabelecer a igualdade de direitos e de oportunidades
face ao direito educao;
27. 27 II quanto diferena, a identificao e o reconhecimento da
alteridade prpria e inseparvel dos jovens e dos adultos em seu
processo formativo, da valorizao do mrito de cada qual e do
desenvolvimento de seus conhecimentos e valores; III quanto
proporcionalidade, a disposio e alocao adequadas dos componentes
curriculares face s necessidades prprias da Educao de Jovens e
Adultos com espaos e tempos nos quais as prticas pedaggicas
assegurem aos seus estudantes identidade formativa comum aos demais
participantes da escolarizao bsica. Artigo 6 - Cabe a cada sistema
de ensino definir a estrutura e a durao dos cursos da Educao de
Jovens e Adultos, respeitadas as diretrizes curriculares nacionais,
a identidade desta modalidade de educao e o regime de colaborao
entre os entes federativos. Artigo 7 - Obedecidos o disposto no
artigo 4, I e VII, da LDB, e a regra da prioridade para o
atendimento da escolarizao universal obrigatria, ser considerada
idade mnima para a inscrio e realizao de exames supletivos de
concluso do ensino fundamental a de 15 anos completos. Pargrafo
nico. Fica vedada, em cursos de Educao de Jovens e Adultos, a
matrcula e a assistncia de crianas e de adolescentes da faixa etria
compreendida na escolaridade universal obrigatria, ou seja, de sete
a quatorze anos completos. Artigo 8 Observado o disposto no artigo
4, VII, da LDB, a idade mnima para a inscrio e realizao de exames
supletivos de concluso do ensino mdio a de 18 anos completos. 1 O
direito dos menores emancipados para os atos da vida civil no se
aplica para o da prestao de exames supletivos. 2 Semelhantemente ao
disposto no pargrafo nico do artigo 7, os cursos de Educao de
Jovens e Adultos de nvel mdio devero ser voltados especificamente
para alunos de faixa etria superior prpria para a concluso deste
nvel de ensino, ou seja, 17 anos completos. Artigo 9 Cabe aos
sistemas de ensino regulamentar, alm dos cursos, os procedimentos
para a estrutura e a organizao dos exames supletivos, em regime de
colaborao e de acordo com suas competncias. Pargrafo nico. As
instituies ofertantes informaro aos interessados, antes de cada
incio de curso, os programas e demais componentes curriculares, sua
durao, requisitos, qualificao dos professores, recursos didticos
disponveis e critrios de avaliao, obrigando-se a cumprir as
respectivas condies. Artigo 10 No caso de cursos semi-presenciais e
a distncia, os alunos s podero ser avaliados, para fins de
certificados de concluso, em exames supletivos presenciais
oferecidos por instituies especificamente autorizadas, credenciadas
e avaliadas pelo poder pblico, dentro das competncias dos
respectivos sistemas, conforme a norma prpria sobre o assunto e sob
o princpio do regime de colaborao. Artigo 11 No caso de circulao
entre as diferentes modalidades de ensino, a matrcula em qualquer
ano das etapas do curso ou do ensino est subordinada s normas do
respectivo sistema e de cada modalidade. Artigo 12 Os estudos de
Educao de Jovens e Adultos realizados em instituies estrangeiras
podero ser aproveitados junto s instituies nacionais, mediante a
avaliao dos estudos e reclassificao dos alunos jovens e adultos, de
acordo com as normas vigentes, respeitados os requisitos
diplomticos de acordos culturais e as competncias prprias da
autonomia dos sistemas.
28. 28 Artigo 13 Os certificados de concluso dos cursos a
distncia de alunos jovens e adultos emitidos por instituies
estrangeiras, mesmo quando realizados em cooperao com instituies
sediadas no Brasil, devero ser revalidados para gerarem efeitos
legais, de acordo com as normas vigentes para o ensino presencial,
respeitados os requisitos diplomticos de acordos culturais. Artigo
14 A competncia para a validao de cursos com avaliao no processo e
a realizao de exames supletivos fora do territrio nacional
privativa da Unio, ouvido o Conselho Nacional de Educao. Artigo 15
Os sistemas de ensino, nas respectivas reas de competncia, so
co-responsveis pelos cursos e pelas formas de exames supletivos por
eles regulados e autorizados. Pargrafo nico . Cabe aos poderes
pblicos, de acordo com o princpio de publicidade: a) divulgar a
relao dos cursos e dos estabelecimentos autorizados aplicao de
exames supletivos, bem como das datas de validade dos seus
respectivos atos autorizadores; b) acompanhar, controlar e
fiscalizar os estabelecimentos que ofertarem esta modalidade de
educao bsica, bem como no caso de exames supletivos. Artigo 16 As
unidades ofertantes desta modalidade de educao, quando da autorizao
dos seus cursos, apresentaro aos rgos responsveis dos sistemas o
regimento escolar para efeito de anlise e avaliao. Pargrafo nico. A
proposta pedaggica deve ser apresentada para efeito de registro e
arquivo histrico. Artigo 17 A formao inicial e continuada de
profissionais para a Educao de Jovens e Adultos ter como referncia
as diretrizes curriculares nacionais para o ensino fundamental e
para o ensino mdio e as diretrizes curriculares nacionais para a
formao de professores, apoiada em: I ambiente institucional com
organizao adequada proposta pedaggica; II investigao dos problemas
desta modalidade de educao, buscando oferecer solues teoricamente
fundamentadas e socialmente contextuadas; III desenvolvimento de
prticas educativas que correlacionem teoria e prtica; IV utilizao
de modelos e tcnicas que contemplem cdigos e linguagens apropriados
s situaes especficas de aprendizagem. Artigo 18 Respeitado o artigo
5 desta Resoluo, os cursos de Educao de Jovens e Adultos que se
destinam ao ensino fundamental devero obedecer em seus componentes
curriculares aos artigos 26, 27, 28 e 32 da LDB e s diretrizes
curriculares nacionais para o ensino fundamental. Pargrafo nico. Na
organizao curricular, competncia dos sistemas, a lngua estrangeira
de oferta obrigatria nos anos finais do ensino fundamental. Artigo
19 Respeitado o artigo 5 desta Resoluo, os cursos de Educao de
Jovens e Adultos que se destinam ao ensino mdio devero obedecer em
seus componentes curriculares aos artigos 26, 27, 28, 35 e 36 da
LDB e s diretrizes curriculares nacionais para o ensino mdio.
29. 29 Artigo 20 Os exames supletivos para efeito de
certificado formal de concluso do ensino fundamental, quando
autorizados e reconhecidos pelos respectivos sistemas de ensino,
devero seguir o artigo 26 da LDB e s diretrizes curriculares
nacionais para o ensino fundamental. 1 A explicitao desses
componentes curriculares nos exames ser definida pelos respectivos
sistemas, respeitadas as especificidades da Educao de Jovens e
Adultos. 2 A Lngua Estrangeira, nesta etapa do ensino, de oferta
obrigatria e de prestao facultativa por parte do aluno. 3 Os
sistemas devero prever exames supletivos que considerem as
peculiaridades dos portadores de necessidades especiais. Artigo 21
Os exames supletivos, para efeito de certificado formal de concluso
do ensino mdio, quando autorizados e reconhecidos pelos respectivos
sistemas de ensino, devero observar os artigos 26 e 36 da LDB e s
diretrizes curriculares nacionais do ensino mdio. 1 Os contedos e
as competncias assinalados nas reas definidas nas diretrizes
curriculares nacionais do ensino mdio sero explicitados pelos
respectivos sistemas, observadas as especificidades da educao de
jovens e adultos. 2 A Lngua Estrangeira componente obrigatrio na
oferta e prestao de exames supletivos. 3 Os sistemas devero prever
exames supletivos que considerem as peculiaridades dos portadores
de necessidades especiais. Artigo 22 Os estabelecimentos podero
aferir e reconhecer, mediante avaliao, conhecimentos e habilidades
obtidos em processos formativos extra-escolares, de acordo com as
normas dos respectivos sistemas e no mbito de suas competncias,
inclusive para a educao profissional de nvel tcnico, obedecidas as
respectivas diretrizes curriculares nacionais. Artigo 23 Os
estabelecimentos, sob sua responsabilidade e dos sistemas que os
autorizaram, expediro histricos escolares e declaraes de concluso,
e registraro os respectivos certificados, ressalvados os casos dos
certificados de concluso emitidos por instituies estrangeiras, a
serem revalidados pelos rgos oficiais competentes dos sistemas.
Pargrafo nico. Na sua divulgao publicitria e nos documentos
emitidos, os cursos e os estabelecimentos capacitados para a
prestao de exames devero registrar o nmero, o local e a data do ato
autorizador. Artigo 24 As escolas indgenas dispem de norma
especfica contida na Resoluo CNE/CEB n 3/99, anexa ao Parecer
CNE/CEB n 14/99. Pargrafo nico. Aos egressos das escolas indgenas e
postulantes de ingresso em cursos de Educao de Jovens e Adultos,
ser admitido o aproveitamento desses estudos, de acordo com as
normas fixadas pelos sistemas de ensino. Artigo 25 Esta Resoluo
entra em vigor na data de sua publicao, ficando revogadas as
disposies em contrrio. FRANCISCO APARECIDO CORDO
30. 30 ANEXO: PARECER CNE/CEB N 11/2000 CEB APROVADO EM
10.05.2000 ASSUNTO: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao
de Jovens e Adultos MANTENEDORA/INTERESSADO: CNE/Cmara de Educao
Bsica UF: DF RELATOR(A) CONSELHEIRO(A): Carlos Roberto Jamil Cury
PROCESSO N 23001.000040/2000-55 I RELATRIO E VOTO DO RELATOR Os
Estados Partes do presente Pacto reconhecem que, com o objetivo de
assegurar o pleno exerccio desse direito: a educao primria dever
ser obrigatria e acessvel gratuitamente a todos; a educao secundria
em suas diferentes formas, inclusive a educao secundria tcnica e
profissional, dever ser generalizada e tornar-se acessvel a todos,
por todos os meios apropriados e, principalmente, pela implementao
progressiva do ensino gratuito; (...); dever-se- fomentar e
intensificar na medida do possvel, a educao de base para aquelas
pessoas que no receberam educao primria ou no concluram o ciclo
completo da educao primria. (art.13,1,d do Pacto Internacional
sobre Direitos Econmicos, Sociais e Culturais da Assembleia Geral
da ONU de 16.12.66, aprovado, no Brasil, pelo decreto legislativo n
226 de 12.12.95 e promulgado pelo decreto n 591 de 7.7.92) I-
Introduo A Cmara de Educao Bsica (CEB) do Conselho Nacional de
Educao (CNE) teve aprovados o Parecer CEB n 4 em 29 de janeiro de
1998 e o Parecer CEB n 15 de 1 de junho de 1998 e de cujas
homologaes, pelo Sr. Ministro de Estado da Educao, resultaram tambm
as respectivas Resolues CEB n 2 de 15/4 e CEB n 3 de 23/6, ambas de
1998. O primeiro conjunto versa sobre as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental e o segundo sobre as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio. Isto significou que, do
ponto de vista da normatizao da Lei de Diretrizes e Bases da Educao
Nacional, a Cmara de Educao Bsica respondia sua atribuio de
deliberar sobre as diretrizes curriculares propostas pelo M